Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Química
QUÍMICA ORGÂNICA II
TEXTOS DE APOIO
Índice
Kekulé propôs que os átomos de carbono do benzeno estão em um anel, que são
ligados uns ais outros por ligações simples e duplas que se alternam e que cada
átomo de hidrogênio está ligado a um átomo de carbono, atendendo aos requisitos
da teoria estrutural onde os átomos de carbono formam quatro ligações e todos os
átomos de hidrogênio são equivalentes1.
Por ser uma molécula cíclica, planar, com uma nuvem cíclica de
elétrons π deslocalizados, abaixo e acima do plano do anel, o benzeno é
classificado como um nucleófilo, e é facilmente atraído por um eletrófilo 4. Quando
um eletrófilo se liga a um anel benzênico, é formado um carbocátion intermediário.
Se este intermediário tivesse de reagir de modo semelhante com um nucleófilo, o
produto não seria mais aromático . Como há uma grande estabilização energética
associada a aromaticidade, o anel perde um próton do sítio de ataque eletrófilo, e a
aromaticidade é restaurada. O resultado é a substituição de um hidrogênio, do
anel, por um eletrófilo.
Com base no que foi descrito anteriormente, iremos estudar as cinco
reações mais comuns de substituição aromática eletrofílicas do benzeno, sendo estas:
2. Reações
2.1 Nitração
2.2Halogenação
O benzeno não reage com o bromo ou o cloro a não ser que um ácido de
Lewis esteja presente na mistura. Quando ácidos de Lewis estão presentes,
entretanto, o benzeno reage prontamente com o bromo ou o cloro, e as reações
fornecem bromobenzeno e clorobenzeno , respectivamente, com bons rendimentos.
2.3 Sulfonação
Reação de sulfonação
Seu uso foi proibido em muitas partes do mundo porque ele pode interromper o
equilíbrio natural do meio ambiente, envenenando peixes e enfraquecendo as cascas de
ovos das aves.
Bioacumulação, Bioconcentração, Metabolização (Em muitas aves, os metabólitos
interferem na enzima que regula a distribuição de cálcio →ovos com casca fina )
- Problema semelhante tem sido criado pelas PCBs (bifenilas policloradas).
Reações
com derivados do benzeno
Vimos, até agora, como obter vários benzenos substituídos. Nesta etapa, veremos
reações envolvendo os derivados do benzeno. Muitas vezes, para se obter um
determinado composto, é necessário se preparar um derivado da maneira como vimos
anteriormente e, após, modificar quimicamente este substituinte. Os substituintes,
entretanto, exercem efeitos sobre a reatividade do benzeno. Veremos, também, os
efeitos provocados por estes substituintes e as consequências sobre as reações
envolvendo o anel.
O grupo carbonila faz parte de varias funções orgânicas que estão presentes na Natu-
reza e na indústria química desempenhando papel importante. Os aldeídos, RCHO, e
cetonas, RCOR1, são responsáveis pelo aroma e sabor de muitos alimentos. No sistema
biológico participam das funções de muitas enzimas. O centro reativo das estruturas
carboniladas esta no grupo carbonila, - C = O, que devido ao efeito de ressonância
permite uma variedade de reações de adição.
O benzeno é um substrato pouco reativo e por esta razão esta reação ocorre na
presença de um catalisador. O catalisador utilizado é o cloreto de alumínio, que inicia o
mecanismo preparando o eletrófilo. Qualquer eletrófilo ao interagir com o anel
aromático quebra a aromaticidade do anel.
As reações orgânicas são muito lentas, por isso geralmente necessitam de catalisadores,
altas pressões e temperaturas elevadas.
As reações de adição são comuns nas cadeias insaturadas (com ligação dupla ou tripla),
ou seja, cadeias que apresentam ligação π. Não esqueça que a ligação π é fraca e por
isso se quebra com muita facilidade. A ligação π proporciona certa instabilidade à
cadeia carbônica, possibilitando reações conforme ilustrado abaixo.
O anel benzênico possui três ligações duplas. Em função disso, era de se esperar que
sofresse reações de adição com a quebra das ligações pi.
Porém o fenômeno da ressonância (deslocamento dos elétrons pi) atrapalha, dificulta,
impede a quebra das ligações pi, tornando a cadeia estável de forma que dificilmente
ocorrerá reação de adição.
As cadeias cíclicas com três ou quatro carbonos são muito instáveis, ou seja, se
rompem com grande facilidade permitindo reações de adição com quebra da cadeia
cíclica.
– Reação de Halogenação.
Substituição: Quando X2 reage com cadeias abertas saturadas, ciclos estáveis ou anel
benzênico.
Observe que à medida que aumenta o número de átomos de carbono no anel, diminui
a distorção sofrida no ângulo entre as ligações. Sendo assim os anéis são mais estáveis,
à medida que aumenta o número de átomos de carbono.
Qual o produto orgânico formado pela reação entre cloro gasoso e benzeno?
Adição de Halogenidretos
Reação entre composto orgânico e moléculas do tipo HX (HCℓ, HBr ou HI).
Ocorrem na forma de adição com a quebra da ligação pi em compostos alifáticos ou
quebra de anéis pouco estáveis (3 ou 4 carbonos no ciclo).
Regra de Markownikoff Nas reações de adição, a parte positiva (H+, por exemplo) é
preferencialmente adicionada ao carbono mais hidrogenado.
Quais os dois produtos obtidos quando o buteno – 1 é tratado com ácido clorídrico ?
Qual deles é produzido em maior percentual ?
Qual o produto obtido quando o buteno–1 é tratado com brometo de hidrogênio diante
de água oxigenada?
Reação de Hidratação
Corresponde a adição de água em meio ácido sob ação catalítica, provocando a quebra
da ligação pi.
Importante: Água = H+ OH–
Hidratação do acetileno
Hidratação do propino
Quando a adição de água quebra a molécula orgânica em outras duas moléculas, têm-se
uma hidrólise do composto orgânico (reação essa que será vista posteriormente nesse
mesmo capítulo). Quando a água é adicionada ao composto orgânico sem quebra da
molécula, temos reação de hidratação.
05.Exercícios
01.Os alcenos podem reagir com várias substâncias como mostrado abaixo originando
produtos exemplificados como B, C e D. Quais os produtos exemplificados
08. O odor agradável das cascas de limão e laranja é devido ao limoneno. Qual a massa,
em gramas, de hidrogênio gasoso necessária para saturar completamente 2,72 kg de
limoneno na presença de platina metálica (100% de rendimento)? Considere as
seguintes massas atômicas molares (g/mol): H = 1,0 e C = 12,0.
:Qual o produto obtido quando o propano é tratado com ácido nítrico em solução de
ácido sulfúrico concentrado?
Quando o hidrocarboneto é tratado com uma mistura de ácido nítrico e sulfúrico, quem
reage é o ácido nítrico e o ácido sulfúrico é apenas o agente que provoca a reação (a
desidratação).
Quando já existe um grupo (G) ligado ao anel benzênico, ele influi em todas as
substituições aromáticas descritas anteriormente. Ocorrem, então, duas situações
distintas:
Qual o produto orgânico formado quando o ácido benzóico é tratado com mistura de
ácido nítrico e ácido sulfúrico concentrado ?
Substituintes são radicais que são acrescentados a cadeia orgânica substituindo um dos
hidrogênios dessa cadeia.
Substituinte Nucleofílico ( Y-)
Em linguagem simplificada.
8.Lista de exercícios
04. A adição de HCl a alcenos ocorre em duas etapas. Na primeira delas, o íon H+,
proveniente do HCl, liga-se ao átomo de carbono da dupla ligação que está ligado ao
menor número de outros átomos de carbono. Essa nova ligação (C–H) é formada à custa
de um par eletrônico da dupla ligação, sendo gerado um íon com carga positiva, chamado
carbocátion, que reage imediatamente com o íon cloreto, dando origem ao produto final.
A reação do 1-penteno com HCl, formando o 2-cloropentano, ilustra o que foi descrito.
a)Escreva a fórmula estrutural do carbocátion que, reagindo com o íon cloreto, dá origem
ao seguinte haleto de alquila:
b) Escreva a fórmula estrutural de três alcenos que não sejam isômeros cis-trans entre si e
que, reagindo com HCl, podem dar origem ao haleto de alquila do item anterior.
c)Escreva a fórmula estrutural do alceno do item b que não apresenta isomeria cis-trans.
Justifique.
05.O medicamento utilizado para o tratamento da gripe A (gripe suína) durante a pandemia
em 2009 foi o fármaco antiviral fosfato de oseltamivir, comercializado com o nome
Tamiflu®. A figura representa a estrutura química do oseltamivir.
Uma das rotas de síntese do oseltamivir utiliza como reagente de partida o ácido
siquímico. A primeira etapa dessa síntese é representada na equação:
9. EXPERIMENTOS
OBJETIVOS
EXAME PRELIMINAR - O exame preliminar pode fornecer muitas informações se este for levado
a cabo inteligentemente. Vejamos alguns exemplos:
Cor - A cor da amostra é bastante informativa; amostras mais puras são incolores, brancas ou
pouco coloridas. A cor de uma substância orgânica pura é usualmente atribuída a presença de duplas
conjugadas. Substâncias orgânicas coloridas comuns incluem: nitro e nitrosos (amarelo), -dicetonas
(amarelo), quinonas (amarelo ao vermelho), azo (amarelo ao vermelho) e olefinas conjugadas e
cetonas (amarelo ao vermelho). A cor marrom é característica mais freqüente da presença de pequenas
impurezas, por exemplo, aminas e fenóis (incolores) tornam-se rapidamente marrom ou púrpura pela
formação de produtos de oxidação.
Odor - O cheiro de muitas substâncias orgânicas é extremamente característico, particularmente os
de baixo peso molecular. Através de um esforço consciente, poderemos ser capazes de reconhecer os
odores característicos de muitas classes funcionais. Álcoois, cetonas, hidrocarbonetos aromáticos e
olefinas alifáticas têm odores característicos. Algumas aminas líquidas e sólidas são reconhecidas por
seus odores de peixe. Ésteres apresentam, freqüentemente, fragrância agradável. O desagradável odor
dos tióis, isonitrilas e ácidos carboxílicos de baixo peso molecular não podem ser descritos com
clareza, mas é facilmente reconhecido. O odor mais agradável pode ser reconhecido mais facilmente
do que descrito. Devemos ser cautelosos ao cheirar substâncias desconhecidas, pois muitos compostos
não são apenas mal cheirosos bem como irritantes para as mucosas.
TESTE DE SOLUBILIDADE
Cada grupo funcional apresenta certas reações características, daí as mesmas serem utilizadas como
reações de identificação. Estas reações são testes qualitativos que permitem caraterizar uma
determinada funcionalidade observando-se uma transformação química através de mudanças físicas
provocadas por uma reação. Algumas dessas mudanças não são fáceis de serem observadas, mas úteis
num determinado instante particular. Com restrições adicionais, os testes de análise funcional devem
ser realizados à pressão atmosférica e num intervalo de tempo relativamente pequeno.
A partir da evidência experimental acumulada, deduz-se o grupo funcional, ou os grupos
funcionais, que provavelmente estão presentes na amostra desconhecida, e realizam-se os ensaios por
meio de reagentes apropriados à classificação.
Listados abaixo encontramos os mais importantes testes de análise funcional, organizados por
classes funcionais, inclusive com as instruções para o respectivo emprego. O estudante é fortemente
aconselhado a não efetuar ensaios desnecessários, pois não somente constituem uma perda de tempo e
reagente bem como aumentam a possibilidade de erro. Sugere-se a leitura de obras especializadas em
que são discutidas em profundidade as limitações de cada teste.
ALQUENOS E ALQUINOS
H2O
C=C + MnO4 C C + MnO2
(violáceo) OH OH (precipitado
marron)
Procedimento: Testar uma pequena porção da amostra a ser analisada, sob agitação, com uma
solução de permanganato de potássio até que a coloração violácea persista. Uma vez que o
permanganato não é miscível com compostos orgânicos poderá ser adicionado 0,5 mL de 1,2-
dimetoxi-etano ou uma pequena quantidade de um catalisador de transferência de fase.
Br Br
R C C R CCl4
+ 2 Br2 R C C R
Br Br
(vermelho) (incolor)
HALOGENETOS DE ALQUILA
Os testes químicos de identificação de halogenetos de alquila tanto servem para evidenciar a presença
de halogênio (cloro, bromo ou iodo) como para decidir se a amostra em questão é um halogeneto
primário, secundário ou terciário. Os dois testes mais empregados são: a reação com solução alcoólica
de nitrato de prata e a reação com solução de iodeto de sódio em acetona.
acetona
R Cl + NaI R I + NaCl
(ppt)
acetona
R Br + NaI R I + NaBr
(ppt)
A reação ocorre através de mecanismo SN2 e a reatividade dos halogenetos de alquila segue a segue
ordem: primário secundário terciário.
Este ensaio é limitado a cloretos e brometos de alquila. Os brometos primários precipitam
como brometo de sódio em cerca de 3 minutos à temperatura ambiente. Os brometos secundários e
terciários reagem quando aquecidos a 50 C. Os cloretos primários e secundários só reagem quando
aquecidos a 50 C. Os cloretos terciários não reagem.
Outro ensaio para verificar a presença de halogênios (alquila ou arila) é o Teste de Beilstein. Neste
ensaio faz-se um pequeno anel na extremidade de um fio de cobre e aquece-se na chama de um
combustor Bunsen até que não apareça mais a coloração verde. O fio é então arrefecido naturalmente.
Depois mergulha-se o anel no composto original e aquece-se na borda da chama de Bunsen. A chama
verde indica a presença de halogênio.
FENÓIS
Os fenóis têm características ácidas. Os valores de pKa variam muito com a natureza dos
substituintes. Os principais testes de identificação de fenóis produzem cor. São os testes
com hidróxido de sódio e com cloreto férrico.
TESTE COM CLORETO FÉRRICO - Os fenóis formam complexos coloridos com íon Fe3+. A
coloração varia do azul ao vermelho. O teste do cloreto férrico pode ser efetuado em água, metanol ou
em diclorometano.
ÁLCOOIS
A identificação dos álcoois primários e secundários é feita com o teste de Jones e com o teste de
Lucas.
O O
RCH2OH + CrO3 + H2SO4 R C R C + Cr2(SO4)3
H OH
(verde)
R
R2CHOH + CrO3 + H2SO4 C O + Cr2(SO4)3
R
(verde)
Procedimento: Dissolver 2 gotas de amostra a ser analisada (ou 15 mg, se a amostra for sólida) em
10 gotas de acetona pura. Adicionar, com agitação, 5 a 6 gotas da solução de ácido crômico. O
aparecimento, em 5 segundos, de um precipitado verde confirma a presença de álcool primário ou
secundário. Testar primeiro a acetona que será utilizada como solvente. No caso positivo, adicionar
uma pequena quantidade de permanganato de potássio, refluxar e destilar.
TESTE DE LUCAS - O chamado teste de Lucas é a reação de álcoois com solução de ácido
clorídrico e cloreto de zinco, com a formação de cloreto de alquila.
ZnCl2
R OH + HCl R Cl + H2O
ALDEÍDOS E CETONAS
NO2 NO2
R
H2 SO4
+
(H)R C=O
NO2 NO2
R
NHNH2 NH N=C
R(H)
2,4-dinitrofenilidrazina 2,4-dinitrofenilidrazona
(ppt amarelo-avermelhado)
Procedimento: Dissolver 1 ou 2 gotas do líquido (ou cerca de 100 mg do sólido) a ser analisado em 2
mL de etanol e adicionar 2 mL da solução de 2,4-dinitrofenilidrazina. Agitar fortemente. Caso não
haja precipitação imediata, deixar em repouso por 15 min. Se ainda assim não ocorrer precipitação,
aquecer ligeiramente a solução, e deixar em repouso por mais 15 min. Um precipitado amarelo-
avermelhado é resultado positivo.
ENSAIO DE TOLLENS - Este ensaio permite a distinção entre aldeídos e cetonas. A oxidação do
aldeído pelo reagente de Tollens fornece um precipitado de prata elementar que aparece como um
espelho nas paredes do tubo de ensaio. As cetonas não reagem.
Procedimento: Dissolver uma pequena quantidade da amostra a ser analisada em algumas gotas de
água ou etanol. Gotejar esta solução, com agitação constante, sobre cerca de 0,5 mL do reagente de
Tollens. Caso a reação não ocorra imediatamente, aquecer o tubo de ensaio levemente, em banho-
maria. A formação de um precipitado escuro de prata e/ou a formação de espelho de prata são
resultados indicativos da presença de aldeído ou de outro grupo redutor.
TESTE DO IODOFÓRMIO - Este ensaio é positivo com amostras que contêm os grupos
CH3CO-, ou CH2ICO-, ou CHI2CO-, ligados a um átomo de hidrogênio ou um átomo de carbono que
não tem hidrogênios muito ativos, ou grupos que contribuem com um grau excessivo de impedimento
estéreo. O ensaio permite a distinção entre cetonas (RCOR) e metilcetonas (RCOCH3). As substâncias
que contêm um dos grupos mencionados não darão iodofórmio se o grupo for destruído pela ação
hidrolítica do reagente, antes da iodação se completar.
O
RCOCH3 + 3I2 + 3NaOH R C CI3 + 3NaI + 23H
O
NaOH
RCO2Na + CHI3
iodofórmio
(sólido amarelo)
O ensaio do iodofórmio será positivo, como é claro, com compostos que reagem com o reagente teste
e formam um derivado que contem um dos grupos mencionados acima. A seguir aparecem os tipos
principais de compostos que dão resultado positivo no ensaio:
Procedimento: Dissolver uma pequena quantidade da amostra a ser analisada em algumas gotas de
dioxano (se a amostra não for solúvel em água), em um tubo de ensaio. Adicione 1 mL de solução de
hidróxido de sódio a 10% e depois uma pequena quantidade de uma solução de iodo em iodeto de
potássio, agitando sempre até que, até ter um ligeiro excesso, evidenciado pela coloração típica do
iodo. Coloque o tubo de ensaio em um banho de água, mantido à temperatura de 60 C. Quando o
ligeiro excesso de iodo for descorado (neste aquecimento), continue a adição da solução de iodo,
mantendo o aquecimento e agitando sempre, até que se manifeste, novamente, o excesso de iodo. A
adição de iodo de iodo deverá ser continuada até que a coloração escura não desapareça depois de 2
min de aquecimento no banho de água a 60 C. Ao final dessa etapa, o excesso de iodo é removido
pela adição de algumas gotas da solução de hidróxido de sódio a 10%. Então, enche-se o tubo de
ensaio com água e deixa-se em repouso por 15 min. o resultado positivo é indicado pela formação de
um sólido amarelo de odor característico (iodofórmio).
calor
RCHO + 2Cu+2 + 4OH RCO
2H + Cu2O + 2H2O
ppt marrom-avermelhado
A D-glicose e outros carboidratos que são oxidados por oxidantes fracos, como reagente de Tollens
(Ag+), Fehling ou Benedict (Cu+2), são chamados redutores (porque reduzem estes reagentes) O
reagente de Fehling é usado como um teste qualitativo para a presença de glicose na urina, uma
indicação de diabetes ou disfunção renal.
ÁCIDO CARBOXÍLICO
Procedimento para análise do pH. Para ácidos carboxílicos solúveis em água, dissolver uma
pequena porção da amostra a ser analisada em 1 mL de água e testar o pH da solução com papel
indicador. Para ácidos carboxílicos insolúveis em água, dissolver uma pequena quantidade de
amostra em 1 mL de etanol ou metanol. Adicionar água, lentamente e com agitação, até a
turvação da solução. Acrescentar etanol ou metanol, gota a gota, até que a solução se torne
límpida, e testar o pH com papel indicador.
ÉSTERES
O NaOH O HCl O
R C + H3NOHCl R C R C
OR' N O Na N OH
H H
ácido hidroxâmico
O
O R C Fe
3R C + FeCl3 + 3HCl
N O
N OH
H 3
H
complexo de cor
violácea
Os cloretos de ácido, os anidridos, as aminas, o ácido fórmico e algumas amidas também formam
complexos coloridos com os reagentes citados acima. Compostos nitrados alifáticos interagem com
cloreto férrico em meio básico. Este teste não é recomendado para compostos que contenham grupos
capazes de formar complexos coloridos com cloreto férrico. Dentre estes grupos, destacam-se a
hidroxila de fenóis e a forma enólica de certos aldeídos e cetonas. Por este motivo, costuma-se fazer
um ensaio preliminar, utilizando apenas cloreto férrico.
Procedimento:
Teste preliminar Dissolver cerca de 50 mg da substância a ser analisada em 1 mL de etanol e
adicionar 1 mL de ácido clorídrico 1 M. Adicionar, então, 1 gota de solução aquosa de cloreto férrico
a 5% e observar o aparecimento de cor laranja, vermelha ou violeta. Se isto acontecer, o teste para a
função éster não poderá ser usado.
Teste para o grupo éster Colocar, em um tubo de ensaio, cerca de 50 mg da substância a ser
analisada, 1 mL de solução etanólica 0,5 M de cloreto de hidroxilamônio e 0,2 mL de hidróxido de
sódio a 20%. Aquecer a mistura até a ebulição, esfriar um pouco e adicionar 2 mL de ácido clorídrico
1 M. Se houver turvação, adicionar cerca de 2 mL de etanol. Adicionar 1 a 2 gotas de solução aquosa
de cloreto férrico a 5% e observar o aparecimento de cor. Comparar com a do teste preliminar. A cor
vinho ou violeta, comparada com a coloração amarelada do teste preliminar, confirma a presença do
grupo éster.
NITROCOMPOSTOS
Procedimento. Misturar, em um tubo de ensaio, uma pequena quantidade da amostra a ser analisada e
1,5 mL de uma solução recém prepara de sulfato ferroso amoniacal a 5%. Adicionar 1 gota de ácido
sulfúrico 3 M e 1 mL de solução metanólica de hidróxido de potássio 2 M. Arrolhar o tubo, agitar
bem e observar a mudança de cor azul para o marrom O oxigênio do também é capaz de interferir na
análise. Recomenda-se, portanto, o uso de um tubo de ensaio pequeno e a feitura de um teste em
branco para efeito de comparação.
AMINAS
TESTE DE pH EM SOLUÇÕES AQUOSAS - Aminas são substâncias com caráter básico, isto
é, interagem com água para produzir íons hidróxido. O pH da solução resultante normalmente é maior
do que 7.
Procedimento. Dissolver em água uma pequena porção da amostra a ser analisada e testar o pH da
solução com papel indicador universal. No caso de aminas insolúveis em água, dissolvê-la em uma
mistura etanol-água.
TESTE DO ÁCIDO NITROSO - As aminas primárias alifáticas ou aromáticas reagem com ácido
nitroso para formar íons diazônio. Os sais de diazônio alifáticos são muito pouco estáveis e se
decompõem com produção de nitrogênio, álcool e olefinas, além de outros produtos derivados de
reações de acoplamento e de reações via carbocátion. Os sais de diazônio aromáticos são estáveis a
temperatura baixa (0 a 5 C) e reagem com fenóis e naftóis, com produção de corantes.
Procedimento. Dissolver, em um tubo de ensaio, uma pequena porção da amostra a ser analisada em
2 mL de ácido clorídrico 2 M e esfriar até 0-5 C em banho de gelo. Adicionar 5 gotas de solução fria
de nitrito de sódio a 20% e observar os resultados.
i) Se houver liberação imediata de gás incolor (nitrogênio), a amina é primária alifática.
NaNO2 H2 O
RNH2 R N2 Cl N2 + ROH + RCl + alquenos
HCl
ii) Se houver liberação imediata de nitrogênio, adicionar algumas gotas de uma solução fria contendo
50 mg de 2-naftol em 2 mL de hidróxido de sódio 2 M. O aparecimento de cor vermelha ou laranja
indica a presença de amina aromática.
iii) Se houver separação de um líquido amarelo insolúvel, sem liberação de gás, a substância pode ser
uma amina secundária alifática ou aromática.
iv) Se não for observada reação, a amina é terciária alifática. O sal é insolúvel em solução ácida.
NH2 N(CH3)2
H
CH3 CO2 H
+ N C N(CH3)2
CHO
base de Schiff
AMINOÁCIDOS
TESTE COM NINIDRINA - Todos os aminoácidos que contêm o grupo -amino livre
reagem com ninidrina, produzindo uma substância de coloração azul-violácea. Enquanto que a
prolina e a hidroxiprolina, que possuem o grupo -amino substituído, fornece derivados com a
cor amarelo característica
O O NH2 O
OH R
H2O RCHCO2H
O N C CO2H
OH
O O H
O
ninidrina
O O
H H O
- CO2 H2O
+ R C
N=CHR NH2 H
O O
O O O O
H
+ O N=
NH2
O O O O
azul
Objetivo: Demonstrar que os grupos funcionais apresentam certas reações características, daí as
mesmas poderem ser utilizadas como reações de identificação. Pretende-se mostrar ainda que funções
muito parecidas podem ser diferenciadas por esse mecanismo e que, mesmo dentro de uma
determinada classe funcional, as substâncias que ali se enquadram manifestam comportamento
diferenciado, na maioria das vezes, em função de efeitos eletrônicos e estéreos.
Procedimento Experimental:
B) Teste com solução de Iodeto de sódio em acetona – Em tubos de ensaio contendo cerca de 0,5
mL de solução de iodeto de sódio/acetona adicionar 2 a 3 gotas de cada amostra de haleto.
Aguardar alguns minutos e observar a eventual formação do precipitado. Agitar e deixar em
repouso durante 3 minutos, à temperatura ambiente. Se não houver formação de precipitado,
aquecer a mistura em banho-maria a 50 C. Após alguns minutos de aquecimento, resfriar até
atingir temperatura ambiente e observar a formação do precipitado.
Parte III – Reatividade de álcoois, éteres e fenóis [amostras sugeridas: álcoois (1-butanol, 2-
propanol, terc-butanol), fenóis (resorcinol, 2-naftol) e éter (dioxano ou éter etílico).
B) Teste de Tollens (Teste específico para distinção entre aldeídos e cetonas) O reagente de
Tollens é obtido misturando-se cerca de 1mL de AgNO3 a 5% com 1 a 2 gotas de NaOH a 10% e
redissolvendo o precipitado formado com hidróxido de amônio (apenas o suficiente para total
dissolução). Testar as várias amostras de aldeídos e cetonas fornecidas misturando-se 3 a 5 gotas
(ou alguns miligramas, se sólido) com cerca de 1 mL do reagente de Tollens previamente
preparado. Caso a reação não ocorra imediatamente, aquecer brandamente o tubo de ensaio em
banho-maria. A formação de um precipitado escuro de prata e/ou a formação de espelho de prata
são resultados indicativos da presença de aldeído ou de outro grupo redutor.
Reagentes
50 mL de Solução de HCl 5%
50 mL de Solução de NaOH 5%
50 mL de Solução de NaHCO3 5%
300 mL de Éter Etílico (Capela)
Ácido Sulfúrico 98% (Conc.) (Capela)
p-metil anilina (ou p-toluidina)
ácido benzóico
Antraceno
etanodiol (etilenoglicol)
acetato de etila
Objetivo:
Determinar a solubilidade de algumas amostras líquidas e sólidas (A, B, C, D e E) para
identificar o tipo de grupo funcional que as amostras devem conter e conseqüentemente
propor qual será o composto orgânico em cada caso.
Fundamentações Teóricas
A solubilidade de compostos orgânicos é um importante parâmetro para a
caracterização química. Testes de solubilidade permitem prever a presença ou ausência
de grupos funcionais e reatividade
em alguns casos. De forma genérica, os testes de solubilidade permitem em uma
primeira análise classificar o composto em substância ácida, básica ou neutra. Assim os
testes são realizados em água, solução de hidróxido de sódio, solução de bicarbonato de
sódio, ácido clorídrico diluído, éter e ácido sulfúrico
concentrado.
A solubilidade dos compostos orgânicos pode ser dividida em duas categorias principais:
a solubilidade decorrente da simples miscibilidade e a solubilidade resultante de uma
reação química, por exemplo, uma reação ácido-base. As duas estão inter-relacionadas.
Procedimento Experimental
1. Testar a solubilidade das amostras A, B, C, D e E seguindo o roteiro apresentado
no Esquema 1, ou seja, realizar o primeiro teste com água, caso a substância seja
solúvel em água, testar com éter etílico, caso seja insolúvel em água, testar com
hidróxido de sódio 5% e assim por diante. Realizar os mesmos testes com as
amostras B, C, D e E, separadamente.
2. Inicialmente adicionar 2,0 mL do solvente em um tubo de ensaio. No caso dos
ácidos adicionar apenas 1 mL (redução de resíduos).
3. Adicionar algumas gotas do líquido (ou alguns cristais do sólido) desconhecido,
diretamente no solvente. (Atenção não adicionar grande quantidade de amostra
porque a análise visual poderá ser comprometida).
4. Agitar cuidadosamente durante alguns minutos, acompanhando visualmente o
comportamento do sistema.
5. Se houver dissolução completa da amostra, o composto será considerado solúvel
no solvente de teste.
6. Se a amostra dissolver em água, o pH deverá ser medido com papel indicador.
SUBSTÂNCIA
DESCONHECIDA
ÁGUA
INSOLÚVEL SOLÚVEL
NaOH 5% ÉTER
INSOLÚVEL
INSOLÚVEL SOLÚVEL SOLÚVEL
S2
H2SO4 96%
INSOLÚVEL
H3PO4 85%
I
SOLÚVEL INSOLÚVEL
N1 N2
Observações
1. Quando um composto colorido se dissolve a solução assume esta cor.
2. O ácido sulfúrico concentrado pode provocar uma mudança de coloração,
indicando um teste positivo de solubilidade.
3. Sólidos desconhecidos que não dissolvem nos solventes citados acima podem
ser substâncias inorgânicas.
Quando forem fazer o relatório, indiquem quais compostos abaixo correspondem às
amostras A, B, C, D e E com base na Tabela 1 e nos resultados de solubilidade obtidos
experimentalmente. JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS
Questões:
1. Defina solubilidade e miscibilidade.
2. Por que determinados compostos orgânicos são solúveis em soluções ácidas e
outros são solúveis em soluções básicas? Esta dissolução é devido à solubilidade
ou miscibilidade?
3. Por que determinados compostos orgânicos são solúveis em água e éter etílico?
Esta dissolução é devido à solubilidade ou miscibilidade?
4. Indique a reação que está ocorrendo, quando for o caso.
Materiais
1 Termômetro
Vários tubos capilares (MP)
Banho de aquecimento de glicerina (óleo mineral) - 1 Bico de bunsen
1 Tubo de Thiele
1 Rolha adaptada para termômetro.
1 Proveta de 10 mL
Elásticos (MP)
2 Balanças Semi-Analíticas (MP)
2 Pipeta Volumétrica de 20 mL (MP)
1 Pipeta Volumétrica de 20 mL
2 Espátulas (MP)
4 béqueres de 25 mL
4 Pipetas Pasteur (MP)
2 caixas de fósforo (MP)
2 peras (MP)
1 Garra por bancada (fixar tubo de Thiele)
1 Suporte Universal por bancada
2 Tubos de ensaio pequenos para Ponto de Ebulição
2 Almofariz com pistilo (MP)
Reagentes
Amostras sólidas A e B
Amostras líquidas C e D
Amostras metálicas 1 e 2
Objetivos:
Determinar o ponto de fusão e ebulição de alguns compostos orgânicos sólidos e
líquidos, respectivamente.
Determinar a densidade de alguns metais e de alguns líquidos.
Introdução:
O ponto de fusão
O ponto de fusão depende das forças existentes entre as moléculas (ou entre íons, no
caso de cristais iônicos) da substância sólida. Se estiverem fortemente ligadas umas as
outras, a temperatura necessária para separá-las deve ser elevada, para dispô-las em sua
nova forma, o líquido.
O ponto de ebulição
Se um líquido é colocado em um recipiente fechado, parte dele evapora, até que o vapor
formado tenha certo valor de pressão denominado tensão de vapor. Esta é uma
propriedade que depende da temperatura. Representa o limite máximo para a
evaporação daquele líquido, naquela temperatura. Quando a pressão de vapor iguala-
se ao valor da pressão externa exercida sobre o líquido, a água ferve, com o
característico fenômeno da formação de bolhas de ar na massa líquida. Durante a
Procedimento Experimental.
DESTILAÇÃO SIMPLES
Procedimento experimental
Curva de destilação da gasolina
Materiais:
Balão de fundo redondo de 125 mL;
Manta de aquecimento
Cabeça de destilação
Termômetro de 0 a 200°C
Condensador de tubo reto
Provetas graduadas de 100 e de 25 mL
Suportes, garras, mufas, funil, rolha para termômetro, pipeta de 10 mL, tubo de
ensaio, pera, tripê e tela de amianto.
Procedimento
1. Medir com a proveta graduada, 100 mL de gasolina e transferir
completamente para o balão de fundo redondo, usando um funil. Não deixar
“escorrer” gasolina pelas laterais do balão. Não esqueça que você está
trabalhando com combustível. Colocar o balão na manta de aquecimento
apropriada.
2. Colocar umas pedrinhas de ebulição no balão e conectar a adaptação com o
termômetro, deixando o bulbo deste, um pouco abaixo da saída lateral. Conectar
a saída lateral ao condensador de tubo reto, prendendo-o ao suporte com auxílio
de garras e mufas. Tomar cuidado para não deixar “sob tensão”
nenhuma vidraria que irá a ficar presa ao sistema de suporte.
3. Colocar na saída do condensador uma “alonga” ou unha e recolher o destilado na
mesma proveta graduada utilizada na medida do volume da gasolina, sem lavá-
lo ou secá-lo (vedar com papel de alumínio).
4. Ligar a manta de aquecimento (tomada de 110v) e ir aumentando gradualmente
a temperatura de modo que a primeira gota caia na proveta graduada após 5 a
10 minutos. Anotar numa tabela a temperatura correspondente à saída da
primeira gota, que caracteriza “o ponto inicial” da destilação.
5. Regular o aquecimento para que a velocidade de destilação seja de 4 a 5 mL/min.
6. Registrar a temperatura de destilação a cada 5,0 mL de gasolina destilada, até o
volume de 90 mL. A partir desse valor registrar a temperatura a cada 1,0 mL.
O aquecimento deve ser cada vez mais intenso. Deixar de registrar a temperatura
e considerar a destilação terminada quando observar que o seu valor começa a
cair, apesar do aquecimento ter sido mais intenso. O valor máximo da
temperatura caracteriza o “o ponto final” da destilação. Normalmente o
volume da gasolina destilada varia de 90 a 95 mL.
7. Interromper o aquecimento e, depois que o resíduo do balão voltar à temperatura
ambiente, medir o seu volume com uma pipeta de 10 mL e registrar o valor
na tabela. Guardar esse resíduo para a experiência seguinte.
8.
DADOS DA EXPERIÊNCIA
Questionário
1. Qual seria a curva de destilação de uma gasolina que fosse constituída apenas por
n-hexano puro?
2. Por que uma gasolina de boa qualidade não deve conter compostos sulfurados?
3. Como, pela comparação das curvas de destilação de duas gasolinas, pode-se
prever qual deverá ser mais facilmente inflamável?
4. Por que introduz pedras de ebulição no experimento?
5. Por que deve-se manter o sistema aberto e não hermeticamente fechado?
Introdução
As essências ou aromas das plantas devem-se principalmente aos óleos essenciais. Os
óleos essenciais são usados, principalmente por seus aromas agradáveis, em perfumes,
incenso, temperos e como agentes flavorizantes em alimentos. Alguns óleos essenciais
são também conhecidos por sua ação antibacteriana e antifúngica. Outros são usados na
medicina, como a cânfora e o eucalipto. Além dos ésteres, os óleos essenciais são
compostos por uma mistura complexa de hidrocarbonetos, álcoois e compostos
carbonílicos, geralmente pertencentes a um grupo de produtos naturais chamados
terpenos. Muitos componentes dos óleos essenciais são substâncias de alto ponto de
ebulição e podem ser isolados através de destilação por arraste a vapor.
A destilação por arraste de vapor é uma destilação de misturas imiscíveis de compostos
orgânicos e água (vapor). Misturas imiscíveis não se comportam como soluções. Os
componentes de uma mistura imiscível "fervem" a temperaturas menores do que os
pontos de ebulição dos componentes individuais. Assim, uma mistura de compostos de
alto ponto de ebulição e água pode ser destilada à temperatura menor que 100°C, que é
o ponto de ebulição da água.
O princípio da destilação à vapor baseia-se no fato de que a pressão total de vapor de
uma mistura de líquidos imiscíveis é igual a soma da pressão de vapor dos componentes
puros individuais. A pressão total de vapor da mistura torna-se igual a pressão
atmosférica (e a mistura ferve) numa temperatura menor que o ponto de ebulição de
qualquer um dos componentes.
A destilação por arraste a vapor pode ser utilizada nos seguintes casos:
1. Quando se deseja separar ou purificar uma substância cujo ponto de ebulição é
alto e/ou apresente risco de decomposição;
2. Para separar ou purificar substâncias contaminadas com impurezas resinosas;
3. Para retirar solventes com elevado ponto de ebulição, quando em solução existe
uma substância não volátil;
4. Para separar substâncias pouco miscíveis em água cuja pressão de vapor seja
próxima a da água a 100°C.
Metodologia
Neste experimento será isolado o eugenol (4-alil-2-metoxifenol, 1) do óleo de cravo
(Eugenia caryophyllata), pela técnica de destilação por arraste a vapor. Uma vez obtido
o eugenol, deve-se separá-lo da solução aquosa através de extrações com
diclorometano. Traços de água presentes no solvente deverão ser retirados com a ajuda
de um sal dessecante (sulfato de sódio anidro). Como é difícil purificar o composto
original ou caracterizá-lo através de suas propriedades físicas, pode-se convertê-lo em
um derivado. Este derivado será obtido através da reação do eugenol com cloreto de
benzoíla. O produto formado é o benzoato de eugenila 2, um composto cristalino com
ponto de fusão bem definido.
Procedimento experimental
Extração do eugenol:
Monte a aparelhagem conforme a Figura 1. O frasco coletor, de 125 mL pode ser um
erlenmeyer e a fonte de calor uma manta elétrica.
Coloque 10 g de cravos num balão de três bocas e adicione 150 mL de água. Inicie o
aquecimento de modo a ter uma velocidade de destilação lenta, mas constante. Durante
a destilação continue a adicionar água através do funil de separação, numa velocidade
que mantenha o nível original de água no frasco de destilação. Continue a destilação até
coletar 100 mL do destilado. Tire a água do funil de separação e coloque o destilado
nele. Extraia o destilado com duas porções de cloreto de metileno (10 mL). Separe as
camadas e despreze a fase aquosa. Seque a fase orgânica com sulfato de sódio anidro.
Filtre a mistura em papel pregueado (diretamente em um balão de fundo redondo
previamente tarado), lave com uma pequena porção de CH2Cl2 e em seguida retire o
solvente no evaporador rotativo.
Opcionalmente, após a filtração concentre a mistura (utilizando um banho de vapor na
capela), transfira o líquido restante para um tubo de ensaio previamente tarado e
concentre o conteúdo novamente por evaporação em banho-maria até que somente um
resíduo oleoso permaneça. Seque o tubo de ensaio e pese. Calcule a porcentagem de
extração de óleo, baseado na quantidade original de cravo usada.
Preparação de um derivado:
Coloque cerca de 0,2 mL de eugenol bruto num tubo de ensaio pequeno e adicione 1
mL de água. Adicione algumas gotas de uma solução 1 M de hidróxido de sódio até que
o óleo seja dissolvido. A solução final pode ser turva, mas não deverá conter gotas
grandes de óleo. Adicione cuidadosamente 0,1 mL (3 a 4 gotas) de cloreto de benzoíla.
Excesso de cloreto de benzoíla deverá ser evitado, uma vez que este impede a
cristalização do produto final. Aqueça a mistura em banho-maria durante 5 a 10
minutos. Esfrie a mistura e atrite o interior do tubo de ensaio com um bastão de vidro,
até que a mistura se solidifique. Caso isto não aconteça, esfrie a mistura num banho de
gelo. Caso ainda não haja solidificação, decante a fase aquosa. Adicione algumas gotas
de metanol ao óleo e continue a atritar com o bastão de vidro o interior do tubo, imerso
em banho de gelo. Colete o sólido num funil de Hirsch e lave com um pequeno volume
de água gelada.
Recristalize o sólido com uma quantidade mínima de metanol. Caso um óleo se separe
da solução, reaqueça a mesma e esfrie mais lentamente, com atrito no interior do
recipiente. Colete os cristais num funil de Hirsch. Seque os cristais e determine o ponto
de fusão. O ponto de fusão do benzoato de eugenol é 70°C.
Objetivos
Nesta aula o aluno deverá aprender uma das técnicas de separação mais empregadas
em um laboratório Química Orgânica: A Extração com Solvente, assim como todos os
conceitos nela envolvidos. Os conceitos a serem assimilados nos alunos:
Pré-laboratório
Faça uma pesquisa sobre polaridade;
Faça uma pesquisa sobre solubilidade de uma substância;
Faça uma pesquisa sobre extração com solvente de uma substância;
Faça um resumo do procedimento experimental deste roteiro de prática.
Introdução
A extração com solvente é um método amplamente utilizado para separação de
substâncias. Desde que, estas apresentem um diferença de solubilidade. A extração
do produto desejado se dá pela adição de um solvente capaz de solubilizar a
substância e ao mesmo tempo não ser solúvel em água. Por tanto, neste processo,
seriam obtidas duas fases: uma fase orgânica contendo o produto desejado e uma fase
aquosa contendo os subprodutos.
Procedimento Experimental
7. Espere que as duas fases se separarem. A fase aquosa deverá ser a camada
inferior e a orgânica a superior;
8. Abra a tampa da parte superior, separe as duas fases abrindo a torneira;
9. Em seguida, transfira a fase orgânica pela tampa do funil de decantação para
um Bécker;
10. Recoloque a fase aquosa dentro do funil de decantação e adicione mais 10 mL
de n-hexano. Separe novamente as fases. Faça esse processo ao todo 3 vezes;
11. Em seguida colete a fase aquosa em um Bécker de massa conhecida e aqueça-o
até a completa evaporação da água. Deixe o Bécker resfriar e pese-o;
Pós-laboratório
1. Em que se baseia o princípio da técnica de extração com solvente?
2. O Iodo foi solúvel na fase orgânica ou na aquosa, por quê?
3. O Iodeto de Potássio foi solúvel na fase orgânica ou na aquosa, por quê?
4. Calcule o rendimento em porcentagem (%) de KI recuperado na extração.
mKI = B - A
Onde: Massa do Bécker vazio (A);
Massa do béker vazio + massa do Bécker com KI (B);
Massa de KI recuperado − m(KI).
Objetivos
Estudar a reatividade relativa de diversos grupos funcionais.
Realizar algumas interconversões funcionais por meio de testes de grupos
funcionais e preparação de derivados.
Usar a análise orgânica qualitativa clássica na identificação de amostras
desconhecidas.
Referencias
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!