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26/01/2020 BNCC

BNCC na prática: do currículo à sala de aula 

Desvendando as diretrizes para a Educação


Física

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Seja bem-vindo ao curso!


O que é a BNCC para Educação Física?

A Base Nacional Comum Curricular define as aprendizagens essenciais que


devem ser garantidas ao longo do processo de escolarização dos
estudantes brasileiros. 

A Educação Física, assim como os demais componentes do currículo


escolar, deve comprometer-se com o desenvolvimento pleno dos
estudantes e, por meio de sua especificidade, promover o desenvolvimento
das dez competências gerais previstas na BNCC. 

Para alcançar esse objetivo, as aulas de Educação Física ganham novos


contornos, competências e habilidades específicas que devem orientar os
currículos das redes de ensino e o planejamento de aulas dos professores. 

Nesse curso, você terá a oportunidade de compreender a concepção de


trabalho, os fundamentos pedagógicos e a proposta de organização
curricular da Educação Física na Educação Infantil, nos anos iniciais e finais
do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, a partir da BNCC. 

O curso foi pensado para atender professores especialistas em Educação


Física, professores da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino
Fundamental, coordenadores pedagógicos e profissionais das Secretarias
de Educação responsáveis pelo currículo e pela formação continuada na
área de Educação Física.

Portanto, neste curso vamos refletir sobre as inovações que a BNCC traz e
como assegurá-las no dia-a-dia das aulas de Educação Física.

Vamos lá!

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OBJETIVOS DO CURSO

Módulo 1

Vamos discutir como as aulas de Educação Física se integram à


proposta de campos de experiência na Educação Infantil.

Neste módulo vamos compreender a concepção de trabalho, os


fundamentos pedagógicos e a proposta de organização curricular da
Educação Física na Educação Infantil.
 
Vamos também orientar como utilizar a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) como documento orientador do currículo e do planejamento
escolar das aulas de Educação Física na Educação Infantil.
.

Módulo 2

Vamos compreender as competências e habilidades específicas


da Educação Física nos anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental e como podem ser desenvolvidas nas unidades
temáticas de jogos e brincadeiras, esportes, ginásticas, lutas
e práticas corporais de aventura.

Aqui vamos compreender a Educação Física no Ensino Fundamental como


componente curricular que tematiza as práticas corporais na perspectiva
cultural.
 
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Também vamos descrever as unidades temáticas sugeridas na BNCC e


sua distribuição ao longo do Ensino Fundamental.
 
Além disso vamos refletir sobre como incorporar as dimensões de
conhecimento  das práticas corporais.

Módulo 3

Vamos situar a presença da Educação Física na área de


linguagens no Ensino Médio, identificando, nas competências da
área, a especificidade da Educação Física para o
desenvolvimento pleno dos jovens.

Neste módulo vamos compreender a integração das aulas de Educação


Física na área de linguagens.
 
Também vamos conhecer as aprendizagens essenciais que devem ser
garantidas nas aulas de Educação Física do Ensino Médio a partir das
competências da área de linguagens previstas na BNCC.
 
E por fim, iremos refletir sobre as possibilidades de formulação de
itinerários formativos envolvendo aprendizagens da Educação Física na
área de linguagens, segundo a BNCC.

BNCC na prática: videoaula 1

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Entendendo o Impulsiona Educação Esportiva

A ideia central do Impulsiona é contribuir para o desenvolvimento


integral dos alunos, capacitando educadores para incentivar a
prática de novos esportes na escola, trabalhar as competências
socioemocionais e fortalecer a cultura esportiva em cada
comunidade escolar.

Saiba Mais
O Impulsiona é uma iniciativa do Instituto Península, uma
organização social que atua nas áreas de Educação e Esporte para
aprimorar a formação de professores, porque acredita que eles são
a base para uma educação pública de qualidade.

Acesse: www.institutopeninsula.org.br
(http://www.institutopeninsula.org.br/)

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Módulo 1 – Campos de experiência e a implantação do currículo de Educação

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Campos de experiência
e a implantação do currículo de Educação Física
na Educação Infantil

OBJETIVOS DO MÓDULO

Módulo 1
Vamos discutir como as aulas de Educação Física se integram à
proposta de campos de experiência na Educação Infantil.
Neste módulo vamos compreender a concepção de trabalho, os fundamentos
pedagógicos e a proposta de organização curricular da Educação Física na Educação
Infantil.

Vamos também orientar como utilizar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
como documento orientador do currículo e do planejamento escolar das aulas de
Educação Física na Educação Infantil.

A BNCC organiza as aprendizagens das crianças da Educação Infantil em cinco


campos de experiência:

1. O eu, o outro e o nós – envolve a interação, as relações sociais;

2. Corpo, gestos e movimentos – abarca o uso do corpo, dos gestos e movimentos em


situações significativas e lúdicas.

3. Traços, sons, cores e formas – envolve a apreciação e produção de diferentes


manifestações artísticas: artes visuais, música, teatro, dança e audiovisual.

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4. Escuta, fala, pensamento e imaginação – envolve o uso da linguagem em situações


comunicativas variadas e como recurso de pensamento e apropriação da língua
materna.

5. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações – envolve experiências


com fenômenos naturais, socioculturais e conhecimentos físicos.

Portanto, nesse módulo, vamos compreender como estruturar as aulas de Educação


Física, de modo a garantir aprendizagens específicas do campo de experiência corpo,
gestos e movimentos, sem perder de vista suas conexões com os demais campos de
experiência.

Vamos discutir o que muda no planejamento das aulas de Educação Física e de outros
tempos e espaços do currículo, como as situações de brincar, quando compreendemos
a criança pequena como ser observador, questionador, capaz de criar hipóteses,
julgamentos, assimilar valores e construir conhecimentos de forma ativa e
protagonista.

Aula 1
Pontos de partida da BNCC para boas práticas
no campo de experiências corpo, gestos e
movimentos
Desde a Constituição de 1988, a educação das crianças pequenas em creches (0 a 3
anos) e pré-escolas (4 a 5 anos) é um direito das crianças. Em 1996, a Lei de
Diretrizes e Bases Nacionais da Educação incorporou a Educação Infantil à Educação
Básica. A partir daí, documentos como o Referencial Curricular Nacional de Educação
Infantil (BRASIL, 1998) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infanti
(BRASIL, 2009) buscaram orientar a elaboração de currículos, projetos pedagógicos e
planejamentos dos professores e professoras.

A formulação da Base Nacional Comum Curricular (2017) segue esse caminho e


define 6 direitos de aprendizagem, trazendo uma concepção de criança como se
observador, questionador, capaz de criar hipóteses, julgamentos, assimilar valores e
construir conhecimentos de forma ativa e protagonista na interação cultural.

Vamos ver quais são direitos de aprendizagem das crianças na Educação Infantil e
como se relacionam com o trabalho no campo de experiências corpo, gestos e
movimentos?

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Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos,


utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o
respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.

Nas crianças pequenas o conhecimento de si nasce da percepção do próprio


corpo, dos espaços que ele ocupa. Suas interações sociais primeiro se
estabelecem pela linguagem corporal e as crianças vão construindo, ao longo
da primeira infância sua identidade e diferenciação com o outro por meio das
experiências corporais.

Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e


tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando
seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua
criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas,
cognitivas, sociais e relacionais.

A cultura corporal da infância é repleta de brincadeiras que compõem a


identidade cultural das crianças e favorecem aprendizagens nas diferentes
dimensões do desenvolvimento infantil.

Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do


planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador
quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das
brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes
linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.
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Contemplar esse direito envolve criar oportunidades para que as crianças


sejam ativas nos modos de realizar ações e pensar o corpo. Trata-se de
prover estratégias de trabalho participativas, que envolvam as crianças de
corpo inteiro.

Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras,


emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da
natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas
diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.

Para o campo de experiências com corpo, gestos e movimentos vale pensar


na diversidade de possibilidades de explorar movimentos, gestos. Não se trata
de executar movimentos dirigidos pelo(a) professor(a) mas de abrir novas
possibilidades gestuais sempre contextualizadas na experiência cultural e nos
processos de auto conhecimento das crianças.

Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas


necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões,
questionamentos, por meio de diferentes linguagens.

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Na primeira infância, a linguagem corporal é a primeira forma de expressão


que vai se constituindo e se aperfeiçoando conforme outras linguagens se
desenvolvem.

Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural,


constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas
diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens
vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.

As primeiras formas de auto conhecimento das crianças pequenas envolvem


as experiências com corpo, gestos e movimentos.

Como a BNCC define o campo de experiências corpo,


gestos e movimentos?

“Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou

intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o


mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam- -
se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo
social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade.
Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as
brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento
entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as
sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam
suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência
sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na
Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe
privilegiado das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a
emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar
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precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre


animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um
amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para
descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (tais como
sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em berços,
mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se

etc.). ”

Esse modo de compreender a importância do corpo, dos gestos e movimentos no


currículo da Educação Infantil vai muito além de fazer “ginástica” ou treina
“movimentos”, como foram, antigamente, as aulas de Educação Física Infantil
Envolve o amplo significado que a corporeidade e a motricidade têm durante os
primeiros anos do desenvolvimento humano.

A BNCC define mais 4 campos de experiência que devem ser trabalhados de forma
integrada, superando a perspectiva transmissiva e disciplinar do currículo.

eu, o outro e o nós

01. Campo que envolve a interação, as relações sociais com adultos e


crianças .

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Traços, sons, cores e formas

02. Campo que envolve o contato com diferentes manifestações


artísticas como as artes visuais ( pintura, modelagem, colagem, fotografia
etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras e que envolve
experiências estéticas de apreciação e produção.

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Escuta, fala, pensamento e imaginação

03. Campo que envolve o uso da linguagem em situações


comunicativas variadas e como recurso de pesamento e apropriação da
língua materna. Envolve o trabalho com histórias, contos, poemas, cordéis,
livros, com diferentes gêneros literários.

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Espaços, tempos, quantidades, relações e tranformaçoes

04. Campo que envolve experiências com fenômenos naturais,


socioculturais e conhecimentos fisícos.

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Na primeira etapa da Educação Básica, e de acordo com os eixos estruturantes d


Educação Infantil (interações e brincadeiras), devem ser assegurados seisdireitos d
aprendizagem e desenvolvimento para que as crianças tenham condições de aprende
e se desenvolver.

Conviver
Brincar
Participar
Explorar
Expressar
Conhecer-se

O trabalho no campo de experiências corpo, gestos e movimentos deve garantir os


direitos de aprendizagem definidos na BNCC.

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Considerando os direitos de aprendizagem e desenvolvimento, a BNCC estabele


cinco campos de experiências, nos quais as crianças podem aprender e se
desenvolver.

O eu, o outro e o nós


Corpo, gestos e movimentos
Traços, sons, cores e formas
Escuta, fala, pensamento e imaginação
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações

O trabalho no campo de experiências de corpo, gestos e movimentos deve se


desenvolvido pelo professor de Educação Física e pela professora pedagoga
garantindo o alcance dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de cada faixa
etária, mas de forma integrada ao trabalho com os demais campos.
(Além de atividades estruturadas em tempos específicos do currículo (aulas de
Educação Física, ministradas pelo professor especialista ou pela professora
pedagoga) é preciso garantir experiências de corpo, gestos e movimentos em
situações de brincadeiras, cuidados e projetos integrados).

Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento


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Em cada campo de experiências, são definidos objetivos de


aprendizagem e desenvolvimento organizados em trêsgrupos por
faixa etária.

CRECHE

PRÉ-ESCOLA
Bebês
(zero a 1 ano e 6 meses)

Nessa faixa etária, o campo corpo, gestos e movimentos está ainda mais integrado
às demais experiências de desenvolvimento das crianças, pois elas pensam e se
expressam com o corpo e os movimentos. O conhecimento de si, do mundo dos
objetos, as interações sociais acontecem pelo movimento.

Crianças bem pequenas


(1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

Nessa faixa etária, o crescente desenvolvimento da linguagem verbal e do


pensamento simbólico permite que as experiências de corpo, gestos e movimentos
se conectem com a ampliação do repertório de brincadeiras e das possibilidades de
interação social das crianças.

Crianças pequenas
(4 anos a 5 anos e 11 meses)

Na última etapa da educação infantil, o trabalho com corpo, gestos e movimentos


favorece o desenvolvimento das interações sociais, do trabalho em grupo, da
construção de regras e brincadeiras coletivas.
.

Como vimos, na BNCC, o currículo da Educação Infantil deve promover, de forma


integrada, experiências de aprendizagem nas diferentes dimensões do
desenvolvimento infantil. Desta forma, não é possível pensar as experiências de corpo
gestos e movimentos desconectadas do projeto pedagógico das creches e pré-escolas
e do trabalho nos demais campos de experiência, por isso é preciso incluir diferentes
tempos e espaços do currículo para essas aprendizagens.

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Aula 2
Atividades orientadas e o trabalho com corpo,
gestos e movimentos
Atividades 1, 2 ou 3 vezes por semana, com duração de 30 a 45 minutos
desenvolvidas pelo professor(a) de Educação Física ou pelo(a) professor(a
pedagogo(a), dependendo da rede de ensino são uma das estratégias de organização
do currículo de Educação Infantil para o trabalho com corpo, gestos e movimentos.

A primeira etapa do planejamento dessas atividades é selecionar o objetivo de


aprendizagem da BNCC que será trabalhado. Em seguida, contextualizar e detalhar o
foco do trabalho e escolher as estratégias adequadas. Vejamos um exemplo.

exemplificando

Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

(EI01CG05)
Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas
possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.

Com um grupo de crianças com idades entre 1 ano a 1 ano e 6 meses, o


professor(a) pode estabelecer como foco a exploração de movimentos com
bolinhas macias de pano, bolas coloridas de plástico ou de papel e agregar caixas
de papelão com orifícios nos quais as crianças podem encaixar e desencaixar as
bolinhas, tecidos pendurados como redes onde as crianças podem balançar e
observar os movimentos das bolas, garrafas pet de 2 litros unidas como um túnel
onde as bolas podem ser roladas, planos inclinados com colchões para as
crianças lançarem as bolas. O importante nessa idade é que a atividade orientada
permita a exploração sensório-motora mais livre, com o professor observando,
sugerindo formas de brincar, mas sem forçar as crianças a realizarem os mesmos
movimentos.

Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

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(EI02CG05)
Desenvolver progressivamente as habilidades manuais, adquirindo controle para
desenhar, pintar, rasgar, folhear, entre outros.

Mantendo o foco no desenvolvimento de habilidades manuais com bola, com um


grupo de crianças com idades entre 3 anos e 3 anos e 11 meses, o professor (a)
pode programar uma atividade de descoberta guiada. Nessa idade, as crianças já
podem acompanhar melhor as orientações verbais do professor por isso essa
estratégia funciona. Nessa forma de brincar, o professor inicia o trabalho
sugerindo movimentos: quem consegue lançar a bola bem alto, lá no céu? Quem
consegue rolar a bola, bem longe? Quem consegue passar a bola de uma mão
para a outra sem deixar cair? Quem consegue equilibrar a bola na mão, no
cotovelo, no nariz? Em seguida pede que as próprias crianças criem seus truques
e compartilhem com os colegas. Vale também pensar essa atividade agregando
alvos como suspender uma corda em diferentes alturas e desafiar as crianças e
lançar por cima, por baixo, como uma mão com a outra. Aqui, a liberdade e o
protagonismo das crianças se mantém, mas já é possível pensar em atividades
mais coletivas.
.

Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses)

(EI03CG05)
Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses
e necessidades em situações diversas.

Nessa faixa etária, o trabalho com o desenvolvimento de habilidades manuais com


bola já pode envolver brincadeiras com regras simples. Arremessar a bola em
alvos como nas brincadeiras de boliche e derruba latas, lançar a bola em aros
pendurados em diferentes alturas. O importante é que as atividades sejam
dinâmicas e não exijam tempo de espera das crianças. Não basta, por exemplo,
trazer apenas um jogo de boliche para 20 crianças, pois cada criança poderá ter
apenas uma ou duas chances. Embora possa parecer mais caótico, vale a pena
investir na autonomia das crianças sem se preocupar com a distância padrão ou
regras rígidas. O objetivo é diversificar a exploração. São materiais fáceis de
confeccionar. O professor pode realizar uma roda inicial, combinar a dinâmica, os
cuidados com o material, os movimentos que serão explorados e durante a
atividade circular pelos cantos do espaço onde as brincadeiras estão
acontecendo. Se necessário, fazer paradas pera recombinar a dinâmica e ao final
conversar com as crianças sobre as aprendizagens.

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O que é importante garantir no planejamento das


atividades orientadas?
No exemplo acima mostramos que o trabalho com habilidades manuais, previsto na
BNCC, pode se desenvolver progressivamente com um determinado foco e trouxemos
algumas estratégias possíveis para cada faixa etária.

As possibilidades são imensas. É possível focar as habilidades manuais com outros


objetos da cultura lúdica, explorando movimentos variados como rolar, arremessar
balançar, chutar, rebater, equilibrar, quicar. A mesma lógica vale para a exploração de
outras formas gestuais e de movimento presentes nos objetivos de aprendizagem da
BNCC.

Trabalhando com os demais objetivos de aprendizagem descritos na BNCC, teremos


outras tantas possibilidades de planejamento das atividades orientadas. Então, vamos
trabalhar alguns princípios e conhecimentos que podem favorecer o protagonismo
docente nesse planejamento.

Para ampliar ainda mais as experiências de aprendizagem das crianças no campo do


corpo, gestos e movimentos, durante as atividades orientadas, Você pode lançar mão
de conhecimentos sistematizados por pesquisadores da área de Educação Física
Escolar. Como David Gallahue e João Batista Freire, entre outros.

Vamos conhecer um pouco sobre eles...

David Gallahue foi professor da Escola de Saúde, Educação Física e Recreação


da Universidade de Indiana nos Estados Unidos suas pesquisas e livros sobre o
papel da escola em prover experiências de movimento significativas e de alta
qualidade para crianças e jovens lhe concedeu reconhecimento internacional
nesse campo.

Foi professor da escola básica e durantes seus mais de 40 anos de trabalho na


área de Educação Física formou e influenciou grande número de profissionais e
pesquisadores.

Duas obras do autor foram traduzidas para a língua portuguesa:

GALLAHUE, David. L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento


motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. David L. Gallahue, John C.
Ozmun; [Tradução Maria Aparecida da Silva Pereira Araújo] São Paulo: Phorte
editora, 2001.
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GALLAHUE, David. L.; DONNELLY, Francês, C. Educação Física


Desenvolvimentista para todas as crianças/David Gallahue, Francês Cleland
Donnelly; [tradução Samantha Prado Stamatiu, Adriana Elisa Inácio]. 4 ed. – São
Paulo: Phorte, 2008.

Para Gallahue, boas práticas de movimento na Educação Infantil devem


contemplar experiências em três categorias de movimentos: movimentos
estabilizadores, locomotores e manipulativos.

ESTABILIZADORES

manter o equilíbrio em relação à força de gravidade

Inclinar, Alongar, Girar


Virar, Balançar
Apoios invertidos (parada de mãos e cabeça, estrela)
Rolamento, esquivar-se
Equilíbrio estático e dinâmico

LOCOMOTORES

alterar a localização do corpo em relação a pontos fixos

Andar, Correr
Saltar (em distância, em profundidade, em altura)
Saltar com os 2 pés
Saltar com 1 pé, Saltitar
Deslizar, Escalar

MANIPULATIVOS

fornecer ou absorver força de objetos com as mãos ou pés

Arremessar, Interceptar
Chutar, Capturar
Golpear, Volear
Quicar, Rolar um objeto
Rebater
.

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Objetivos de aprendizagem da BNCC relacionados a


cada categoria

(EI01CG01)
Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades
e desejos.

(EI03CG02)
Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos,
escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.

(EI02CG02)
Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no
alto, embaixo, dentro, fora etc., ao se envolver em brincadeiras e atividades de
diferentes naturezas

(EI02CG03)
Explorar formas de deslocamento no espaço (pular, saltar, dançar), combinando
movimentos e seguindo orientações.

(EI01CG05)
Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas
possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos.

(EI03CG05)
Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e
necessidades em situações diversas.

Gallahue também explora a aprendizagem de conceitos de movimento que as


crianças a perceber como o corpo se move, diversificando suas experiências. Os
conceitos de movimento são divididos em três categorias: esforço (como o corpo se
move variando força, tempo e fluência); espaço (onde o corpo se move) e
relacionamentos (como o corpo se move com objetos e pessoas).

ESFORÇO
Como o corpo se move com variadas quantidades de...

ESPAÇO
Onde o corpo se move em diferentes...
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RELACIONAMENTOS Força
Forte
Movendo-se com... Leve
Moderado
Níveis Objetos (ou pessoas)
Alto
Médio Em cima/ embaixo
Baixo Dentro/fora
Entre dois/entre vários
Tempo Em frente/atrás
Acima/abaixo
Rápido Através/ao redor
Lento
Médio
Estável Direções
Acelerando
Para frente/para trás
Desacelerando
Diagonalmente/lateralmente
Para cima/para baixo
Pessoas Vários caminhos (curva, reta, ziguezague...)
Espelhando
Copiando como sombra Alcances
Em uníssono Formas de corpo (largo, estreito, curvo, reto).
Junto/separado Espaços de corpo (espaço próprio e espaço geral).
Extensões do corpo
Alternando

Fluência
Livre
Limitado

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Utilizando esse referencial, Você pode planejar atividades e mediações diversificadas


como: atividades que favoreçam as crianças andar e correr explorando direções
ritmos, relacionamentos e intensidades variadas.

Correr para frente, para trás, para o lado, rápido, lento, acelerando, carregando
objetos, de mãos dadas, no mesmo ritmo do grupo.

Tudo isso contextualizado na cultura corporal lúdica, a exemplo das brincadeiras de


pega-pega, atividades com música, cantigas dança criativa.

Não se trata de “treinar” habilidades motoras em atividades dirigidas pelo professor


nas quais as crianças apenas obedecem a comandos.

Trata-se de afinar o olhar para as múltiplas possibilidades de explorar como o corpo se


move nas brincadeiras e atividades exploratórias das crianças.

João Batista Freire – Foi professor do curso de Educação Física da Universidade


Estadual de Campinas. É considerado como autor pioneiro no estudo das relações entre a
Educação Física Escolar e as perspectivas construtivistas de desenvolvimento e aprendizagem
de Piaget, Vygotsky e Wallon.

Ele discute o trabalho na Educação Infantil e dois livros publicados no Brasil.

FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro, Teoria e Prática da Educação Física. São
Paulo: Scipione, 1989.

FREIRE, João Batista e SCAGLIA, Alcides José. Educação como prática corporal. São Paulo:
Scipione, 2000.

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João Batista Freire, em seu clássico livro Educação de Corpo Inteiro defende que o
desenvolvimento da motricidade não deve significar somente uma maior proficiência
em determinadas habilidades motoras, mas a aquisição de maiores recursos para
se relacionar com o mundo dos objetos e das pessoas.

Na perspectiva da educação de “corpo inteiro” a importância da atividade motora


não se restringe ao aspecto da aprendizagem do movimento, mas à motricidade
enquanto primeira forma de conhecimento sobre o qual se edificam todos os
aspectos da pessoa, como defendido na BNCC.

Não há porque desenvolver habilidades ( correr, saltar, girar etc.) que não

sejam significativas, isto é, que não seja uma promoção de relações aperfeiçoadas
do sujeito com o mundo, de modo a produzir as ações que o tornem cada vez mais
humano, isto é, mais presente, mais consciente, testemunha do mundo em que vive”
Freire, João Batista da Silva - Educação de Corpo Inteiro, Teoria e Prática da
Educação Física. São Paulo: Scipione, 1989, p. 139.

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Nessa concepção não existem formas gestuais ideais, únicas, “certas” que a
criança deve aprender. Uma característica singular do movimento humano é a
necessidade de construir, ao mesmo tempo, consistência e variabilidade.

A consistência garante encontrar coordenações motoras mais eficientes,


construídas para que o sujeito apresente soluções eficientes frente aos desafios
motores. Para aprender a andar, por exemplo, é preciso que a criança ganhe
consistência em sua capacidade de controlar as relações de equilíbrio postural e
as contrações musculares adequadas para realizar o movimento.

A consistência garante encontrar um caminho seguro e confiável para realizar o


movimento. No entanto, estamos constantemente sendo desafiados pelas
variações do ambiente. Os pisos que enfrentamos para caminhar são diferentes,
podemos andar na subida e na descida, podemos andar sobre um caminho
estreito, somos desafiados a caminhar em espaços lotados, com pessoas
locomovendo-se em diferentes direções e velocidades, e é a variabilidade de
nosso sistema motor que garante esta adaptabilidade e o desenvolvimento de
esquemas de ação flexíveis. Por isso, nas atividades orientadas os
professores devem promover experiências a partir da observação sobre como as
crianças solucionam problemas corporais.

Na educação de “corpo inteiro”, a atividade lúdica é o contexto cultural no qual a


criança se apropria e recria seus gestos e movimentos. O(a) professor(a) deve
partir dos conhecimentos prévios das crianças e desenvolver atividades
significativas para o auto conhecimento, a expressão, a convivência, o brincar, a
participação ativa e a exploração do mundo, garantindo que as experiências de
corpo, gestos e movimentos vivenciadas na escola estejam a serviço da garantia
dos 6 direitos de aprendizagem definidos na BNCC .

É um processo no qual o professor interage com as crianças e, partindo do que


elas já sabem, procura gerar desafios que levam à construção possibilidades com
o corpo, os gestos e os movimentos.

Essa interação, entretanto, não precisa obedecer somente o modelo de “aula”,


mesmo pensando em aulas lúdicas e significativas, que utilizam o brincar como
instrumento pedagógico, mas também por meio do planejamento de espaços ,
oferta de tempo e material para a brincadeira auto organizada nos grupos infantis,
nas situações de cuidado e projetos integrados.

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Aula 3
Brincadeiras e o trabalho com corpo, gestos e
movimentos
Segundo a BNCC, as brincadeiras e interações são eixos estruturantes do currículo
de Educação Infantil, por isso, a Escola tem o papel de garantir espaço para a
vivência lúdica em seu interior, fomentando a produção cultural das crianças.

Garantir espaços e tempos para o brincar significa oferecer às crianças momentos


de liberdade para criar, escolher parceiros, materiais, espaços, decidindo o tempo
de envolvimento na atividade, a mudança para outra atividade e a maneira de
utilizar os objetos e espaços disponíveis na Escola (respeitando questões de
segurança).

O papel mais importante do professor, nesses momentos, é observar, interagindo


conforme as solicitações das crianças, ou para propor novos desafios, apoiar as
crianças a solucioná-los.

As experiências de aprendizagem com corpo, gestos e movimentos têm íntima


relação com o brincar, por isso boas práticas a partir da BNCC precisam incorporar
o planejamento intencional de situações de aprendizagem dos espaços e tempos do
brincar.

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Na concepção da BNCC, o Brincar é um modo de expressão, desenvolvimento da


inteligência e apropriação cultural.
Os jogos e brincadeiras possibilitam que as crianças aprendam de uma maneira
estimulante e prazerosa e desenvolvam diferentes aspectos de seu
desenvolvimento de forma integrada.

Quando uma criança aprende a explorar sua criatividade dentro da prática de jogos
e brincadeiras, tende a aplicar tais habilidades a outras situações da vida.

Essa dimensão do currículo da Educação Infantil convida o olhar de toda a equipe


escolar para as aprendizagens no campo de experiências corpo, gestos e
movimentos nos momentos de brincadeiras, sempre com intencionalidade e
mediação dos professores na organização do espaço, na oferta de materiais e na
interação com as crianças.

Faz toda a diferença para as experiências de aprendizagem no campo de corpo,


gestos e movimentos oferecer, nas atividades do parque e demais espaços amplos
da escola, materiais diversificados da cultura corporal como bolas, petecas,
brinquedos construídos com material reciclável, cordas, bambolês, caixas de
papelão, carrinhos para puxar e empurrar, brinquedos da cultura tradicional, além da
oferta de equipamentos estruturados que favoreçam a exploração de movimentos
como balançar, escalar, equilibrar, saltar, saltitar etc...

Todo esse trabalho pode e deve estar integrado às propostas de atividades


orientadas desenvolvidas pelo(a) professor(a).

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Para promover boas práticas no campo de experiências corpo,


gestos e movimentos a equipe escolar precisa olhar para os espaços
de brincadeiras e pensar em intervenções que permitam:

Proporcionar variedade de Propor estímulos Incorporar elementos para


movimentos, perceptivos e não estimular a imaginação.
individualmente ou em visar Muitas das brincadeiras
cooperação, por exemplo, apenas ao corporais nos espaços lúdicos
se a escola dispõe de um desenvolvimento integram o faz de conta. Os
escorregador, que tal em motor, umexemplo pequenos utilizam,por
alguns momentos amarrar seria oferecer exemplo, uma mureta para se
uma corda e criar a brinquedos com apelo equilibrar imaginando
possibilidade das crianças visual e estético como que são super-heróis ou
escalarem o equipamento cata-vento,bolinha de heroínas em perigo, correm
pela rampa; se há um sabão, brinquedos para alcançar o vilão ou
espaço vazio com um sonoros com sinos e representam os príncipes e
muro, é possível pintar chocalhos, materiais princesas se aventurando
alvos, pendurar objetos comtexturas e cores pelo espaço. Estudando o
que instiguem as crianças imenso valor que a
diferentes, atividades
a lançarem; atividade simbólica tem para
de pintura corporal.
o desenvolvimento da
linguagem e do pensamento
das crianças fica fácil
perceber que a expressão
corporal fornece fontes para
aimaginação e a ela podem
ser agregados adereços
tecidos, fantasias

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Segundo pesquisadores que estudam espaços lúdicos, a combinação de materiais


com baixo realismo e estruturação (areia, madeira, cordas, pneus, tecidos, papel...com
materiais com alto realismo e estruturação (casa de brinquedo, modelo de carrooutros
brinquedos fixos do parque...) possibilita envolvimento mais criativoe imaginativo
para o brincar.

Todas as intervenções nos momentos e espaços destinados ao brincar precisamde


planejamento docente a partir da BNCC: selecionar objetivos de aprendizagema
serem contemplados, contextualizá-los, detalhando o foco, escolha de estratégias
(materiais, formas de mediação do(a) professor(a), organização das crianças).

Saiba Mais
Para conhecer mais, leia este interessante artigo, em que as autoras apresentam
diferentes possibilidades de intervenção nos espaços lúdicos da Educação Infantil.

Brincadeiras e Jogos no Parque. Isabel Porto Filgueiras e Adriana Freyberger

Revista Avisa lá edição de janeiro de 2001.

Link: https://avisala.org.br/index.php/conteudo-por-edicoes/revista-avisala-
05/brincadeiras-e-jogos-n

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Aula 4
Situações de cuidado e o trabalho com corpo,
gestos e movimentos.
A integração entre educar e cuidar é uma das premissas do currículo da Educação
Infantil segundo a BNCC.

No campo de experiências corpo, gestos e movimentos aparecem diversos objetivos


de aprendizagem que visam apoiar as crianças a cuidarem do próprio corpo. Aos (as
professores(as) cabe planejar intencionalmente ações nesse sentido.

Bebês
(zero a 1 ano e 6 meses)
(EI01CG04)

Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.

Segundo a BNCC, os bebês aprendem a cuidar de si na interação com os


adultos, isso significa que as ações de cuidar como trocar fraldas e roupas,
alimentar as crianças, pegar no colo, acalentar precisam acontecer em
contextos lúdicos, de diálogo ativo do adulto com as crianças. Cantar uma
música, brincar de fazer caretas, bater palmas, emitir sons enquanto troca a
crianças são ações do adulto que enriquecem as experiências gestuais e
perceptivas das crianças. Orientá-las e ajuda-las a utilizar os objetos do
cotidiano como segurar a mamadeira, usar os talheres, segurar os copos
também são ações pedagógicas no campo do corpo, gestos e movimentos.

Crianças bem pequenas


(1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)
(EI02CG04)

Demonstrar progressiva independência no cuidado do seu corpo.

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No artigo Do meu nariz cuido eu – Como educar para os cuidados pessoais num
ambiente coletivo de autora de Elza Corsi, você encontra um exemplo de como
envolver as crianças nos cuidados com o corpo. Olhar-se no espelho e perceber
a necessidade de limpar o nariz, aprender a fazer isso sozinha são pequenas
ações que significam muito para o desenvolvimento da autonomia das crianças.
Elas passam a assumir o próprio cuidado com apoio dos(as) professores(as).
Lavar as mãos, beber água, cuidar da segurança do próprio corpo e dos colegas
nas brincadeiras corporais podem ser objetos de aprendizagem muito ricos no
âmbito do cuidar.

Publicado na Revista Avisa lá Abril de 2002. Disponível em:


https://avisala.org.br/index.php/assunto/jeitos-de-cuidar/do-meu-nariz-cuido-eu-
como-educar-para-os-cuidados-pessoais-num-ambiente-coletivo/

Crianças pequenas
(4 anos a 5 anos e 11 meses)
(EI02CG04)

Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação,


conforto e aparência.

O domínio de gestos como pentear os cabelos, calçar e amarrar os sapatos,


vestir-se, servir-se nos momentos de alimentação fornecem às crianças
progressiva independência e autoconfiança. Ao(a) professor (a) cabe
transformar essas ações em momentos de aprendizagem intencional. Pode
parecer mais fácil fazer os movimentos pelas crianças, especialmente quando a
rotina de cuidados é apressada, mas estimular as crianças a se interessarem
em descobrir e aperfeiçoar esses gestos é muito mais significativo para seus
processos de desenvolvimento.

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Aula 5
Projetos integrados e o trabalho com corpo,
gestos e movimentos.
A BNCC , ao trazer para a Educação Infantil os campos de experiência, procura
superar a visão disciplinar e fragmentada do currículo, se encaixando perfeitamente
com a globalidade das aprendizagens e do desenvolvimento humano na primeira
infância.

Ao interagir com objetos, construindo habilidades manuais, as crianças também


constroem conhecimentos sobre as propriedades físicas dos objetos e quais relações
podem estabelecer com e entre eles. Aprendem quando e como puxar, empurrar
chegar perto, se afastar, colocam os objetos em relação, comparam, classificam.

Segundo Piaget, essa exploração sensório-motora permite a construção de categorias


da inteligência prática que serão fundamentais para o desenvolvimento do pensamento
lógico. Vejamos alguns deles na faixa etária de 5 anos a 5 anos e 11 meses).

Campo de experiências espaços, tempos,


quantidades, relações e transformações.
Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.

Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre


eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.

Classificar objetos e figuras de acordo com suas semelhanças e diferenças.

Um projeto integrado envolvendo o campo de experiências corpo, gestos e


movimentos e o campo espaços, tempos quantidades, relações e
transformações pode envolver a exploração de bolas de diferentes tamanhos e
pesos, a construção de uma coleção de bolas.

Durante o processo as crianças serão convidadas a comparar tamanhos, pesos,


formas, tipo de material. Poderão pesquisar bolas criadas em diferentes culturas,
construir esses materiais. Fazer medidas de peso, distância. Levantar
hipóteses sobre porque uma bola quica mais que a outra, ou porque esportes
diferentes exigem bolas diferentes.

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Tudo isso explorando os movimentos que cada tipo de bola convida a fazer, criando
jogos e brincadeiras com a mediação dos professores. No final podem organizar
uma exposição dos trabalhos para as famílias, convidá-las a explorar jogos e
brincadeiras com bola. Esse é apenas um exemplo dentro de tantas outras
possibilidades que a BNCC convida osprofessores a desenvolver.

Olhar atentamente para os campos de experiências e procurar conexões entre seus


objetivos de aprendizagem para pensar projetos e atividades integradas é uma
tarefa fundamental dos professores durante o planejamento escolar na Educação
Infantil.

Vejamos outro exemplo agora pensando na integração com o


campo de experiências traços, sons, cores e formas. Alguns
objetivos de aprendizagem que se conectam com objetivos do
campo de corpo, gestos e movimentos são:

Campo de experiências traços, sons, cores e formas.

Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)


.
(EI01TS01) Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do
ambiente

Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

(EI02TS01) Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para


acompanhar diversos ritmos de música.

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Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses)

(EI03TS01) Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais


durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas.

Campos de experiências corpo, gestos e movimentos.

Bebês (zero a 1 ano e 6 meses)

(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos,


sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras,
dança, teatro, música.

Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)

(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras


e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras
possibilidades.

Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses)

(EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e


atividades artísticas como dança, teatro e música.

Esses objetivos de aprendizagem referem-se muito mais à dimensão


expressiva e rítmica do currículo do campo de experiências corpo, gestos e
movimentos, por isso essa conexão com o campo mais ligado às atividades
artísticas.
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A dimensão expressiva do movimento foi bastante explorada nas produções de


Henri Wallon, um psicólogo francês contemporâneo de Piaget. Wallon não
dissocia a motricidade do funcionamento da pessoa como um todo.
A psicogênese da motricidade se confunde com apsicogênese da pessoa.

O autor argumenta que o movimento tem uma função cinética e umafunção


expressiva, ligada às emoções e percepções do próprio corpo. Na Educação
Infantil, as brincadeiras com sons, dança, expressão corporal e encenação
trabalham essa dimensão e favorecem o desenvolvimento corporal, do
pensamento e da afetividade.

Planejar atividades integrando os objetivos de aprendizagens explicitados nos


dois campos descritos acima favorece ainda mais ariqueza de experiências das
crianças. Nossa cultura popular está repleta de brinquedos sonoros, cantigas,
brincadeiras de roda, músicas populares, eruditas que podem inspirar esse
trabalho.

Psicogênese: Origem e desenvolvimento dos processos cognitivos e


psicológicos; psicogenia. Michaelis - Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa
(2019)

https://youtu.be/XtlWU3Xh0f8

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Relembrando

Neste módulo você viu:

Pelo movimento a criança conhece mais sobre si mesma e sobre o outro, aprende
a se relacionar, conhece o mun do dos objetos. O movimento é parte integrante
da construção da autonomia e identidade, pois para a criança, o
autoconhecimento envolve, num primeiro momento, a gestualidade.

Essa viv ência de ações motoras possibilita que criança também interaja com a
cultura, seja para dominar o uso dos diferentes objetos que a espécie humana
desenvolveu, seja para usufruir de atividades lúdicas e de lazer, como jogos e
brincadeiras.

As variações de postura e posições do corpo, a possibilidade de movimentar-se


pela sala, fazer experiências, expressar-se, por isso é tão importante que os(as)
professores(as) da educação infantil planejem atividades orientadas, brincadeiras,
situações de cuidado e projetos integrados que considerem os objetivos de
desenvolvimento e aprendizagem definidos na BNCC para o campo de
experiências corpo, gestos e movimentos.

Parabéns!
Você chegou ao final do Módulo 1 - Campos de experiência e
a implantação do currículo de Educação Física na Educação
Infantil
Siga sua formação acessando o módulo 2

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Unidades temáticas da Educação Física no currículo


do Ensino Fundamental

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OBJETIVOS DO MÓDULO

Módulo 2
Vamos compreender as competências e habilidades específicas
da Educação Física nos anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental e como podem ser desenvolvidas nas unidades
temáticas de jogos e brincadeiras, esportes, ginásticas, lutas
e práticas corporais de aventura.

Aqui vamos compreender a Educação Física no Ensino Fundamental como


componente curricular que tematiza as práticas corporais na perspectiva
cultural.
 
Também vamos descrever as unidades temáticas sugeridas na BNCC e sua
distribuição ao longo do Ensino Fundamental.
 
Além disso vamos refletir sobre como incorporar as dimensões de
conhecimento  das práticas corporais.

Na BNCC do Ensino Fundamental a Educação Física é compreendida como


componente curricular que tematiza as práticas corporais nas unidades
temáticas de jogos e brincadeiras, danças, lutas, esportes e práticas
corporais de aventura. 

Nesse módulo, vamos discutir o que muda na prática pedagógica quando


planejamos as aulas para desenvolver as competências do componente e
como a BNCC propõe o desenvolvimento de habilidades em cada unidade
temática, bem como as sugestões para a progressão das aprendizagens
nos anos iniciais e finais. 

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Também discutiremos exemplos de tematização das práticas corporais a


partir das 8 dimensões de conhecimento: experimentação, uso e
apropriação, fruição, reflexão sobre a ação, construção de valores, análise,
compreensão e protagonismo comunitário.

Aula 1

 A BNCC no Ensino Fundamental

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QUAIS SÃO OS PONTOS DE PARTIDA DA BNCC PARA BOAS


PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO
FUNDAMENTAL?
A presença da Educação Física no currículo escolar precisa ser pensada a
partir das premissas gerais da BNCC. 

Os professores de Educação Física precisam pensar suas aulas a partir do


compromisso da BNCC com o desenvolvimento integral dos alunos, ou seja,
os alunos precisam ter oportunidades de desenvolver as dimensões físicas,
corporais, cognitivas, afetivas, sociais e culturais associadas às práticas
corporais. 

A BNCC inova, com uma perspectiva de Educação Integral, mostrando que


componentes como a Educação Física devem ter o mesmo status no
currículo escolar. Nessa concepção, as aulas de Educação Física devem
mobilizar aprendizagens que integram fazer, sentir e pensar as práticas
corporais. 

O currículo e as aulas de Educação Física precisam ser pensados a partir de


suas contribuições para o desenvolvimento das competências gerais da
BNCC.

Competência é a mobilização de conhecimentos


(conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes
e valores para resolver demandas complexas da
vida cotidiana, do exercício da cidadania e do
mundo do trabalho. 

Um currículo de Educação Física comprometido com o desenvolvimento de


competências propõe momentos de reflexão e construção de conceitos,
valores e atitudes integrados nas atividades práticas. 
 
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A seguir apresentamos alguns comentários que podem ajudar a entender


o currículo de Educação Física comprometido com o desenvolvimento das
competências gerais da BNCC. Esses comentários são ilustrativos e só
orientam diversas possibilidades de trabalho. O importante é
compreendermos como o compromisso com o desenvolvimento de
competências gerais modifica o que tradicionalmente tem sido trabalhado
nas aulas do componente.

Competências gerais da BNCC

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos


sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e
explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Reflexões sobre o papel da Educação Física

Na perspectiva da BNCC, professor de Educação Física passa a


trabalhar com os conhecimentos historicamente construídos sobre
  as práticas corporais, seus sentidos e seu enquadramento nos
valores democráticos. Os estudantes devem ter a oportunidade de
relacionar processos históricos e de grupos culturais diversos ao
desenvolvimento de práticas corporais. Por exemplo, compreender
a origem do racismo tendo em vista a origem histórica da Capoeira
e do Futebol no Brasil.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem


própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise
crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas,
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.

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Reflexões sobre o papel da Educação Física


Para atender ao desenvolvimento dessa competência o
tratamento das práticas corporais deve incorporar processos de
investigação, reflexão e solução de problemas e não mais a mera
reprodução de técnicas e táticas de algumas modalidades
esportivas coletivas. 

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais,


das locais às mundiais, e também participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural.
Reflexões sobre o papel da Educação Física
As aulas de Educação Física passam a contemplar maior
diversidade de práticas corporais locais e mundiais, ampliando o
repertório cultural dos estudantes.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora,


como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como
conhecimentos das linguagens artística, matemática e cientifica,
para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem
ao entendimento mútuo.
Reflexões sobre o papel da Educação Física
As aulas de Educação Física enfocam as diferentes possibilidades
de utilização da linguagem corporal, valorizando a dimensão
intrínseca do fazer corporal na formação dos estudantes. 

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação


e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se
comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e
autoria na vida pessoal e coletiva.

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Reflexões sobre o papel da Educação Física


Cada vez mais as crianças e adolescentes acessam e produzem
conhecimentos sobre as práticas corporais por meio de
tecnologias digitais, aplicativos, jogos, vídeos tutoriais, textos e
imagens. As aulas de Educação Física podem contribuir com o
desenvolvimento de competências para usar as tecnologias
digitais a favor de modos de vida mais ativos, questionar o
crescimento do sedentarismo e da obesidade pelo excesso de
tempo dedicado ao uso de tecnologias digitais, bem como o uso da
linguagem digital para a ampliação de conhecimentos sobre as
práticas corporais. 

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e


apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem
entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de
vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e
responsabilidade.
Reflexões sobre o papel da Educação Física
O contato com diferentes práticas corporais nas aulas de
Educação Física permite que os e as estudantes possam escolher
formas de participar dessas práticas ao longo da vida, adotando
valores da sociedade democrática e de vida ativa.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações


confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos
humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável
em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
Reflexões sobre o papel da Educação Física
O tratamento das práticas corporais nas aulas de Educação Física
deve envolver olhares de diferentes pontos de vista, culturas,
grupos, questões éticas, ambientais e o respeito a diferentes

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culturas e seus modos próprios de criar e vivenciar práticas


corporais.  

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e


emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas.
Reflexões sobre o papel da Educação Física
Olhar para si mesmo, compreendendo o próprio corpo e seu
envolvimento em práticas corporais, bem como os sentimentos
decorrentes das práticas deve ser objeto das aulas de Educação
Física.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos  e a


cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de
qualquer natureza.
Reflexões sobre o papel da Educação Física
Promover valores, exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de
conflitos e a cooperação em práticas corporais pode favorecer o
desenvolvimento dessa competência, bem como discutir e analisar
criticamente com os e as alunas a presença de preconceitos nas
práticas corporais, desde que, durante as atividades o professor de
educação física promova diálogos construtivos sobre os sentidos
atribuídos às práticas.

10.  Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando
decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
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Reflexões sobre o papel da Educação Física


Todo o trabalho com valores  nas práticas corporais deve contribuir
para o desenvolvimento dessa competência, o que é facilitado
quando o professor promove atividades de colaboração e reflexão
crítica.

Na BNCC estão previstas 10 competências específicas


para o componente Educação Física:

Competências específicas da Educação Física

Questões de problematização

1. Compreender a origem da cultura corporal de movimento e


 

seus vínculos com a organização da vida coletiva e individual.

Que grupos culturais criaram essa prática? Em que sentido ela


se diferencia de práticas do contexto comunitário e regional?
Onde ela é realizada? Há diferentes possibilidades de acesso a
essa prática em função de marcadores sociais como gênero,
etnia e condição econômica.
Quais eram os objetivos dos grupos culturais que criaram a
prática? 
Com a prática se transformou e quais fatores influenciaram
tais mudanças?

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2.  Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e


aumentar as possibilidades de aprendizagem das práticas
corporais, além de se envolver no processo de am pliação do
acervo cultural nesse campo.

Como aprendo os movimentos, regras, materiais e estratégias


dessa prática? Praticamos essa prática a partir de valores
democráticos?
Como conseguimos realizar essa prática adaptando
materiais, espaços, regras aos nossos interesses e aos valores
de respeito, diversidade e inclusão de todos e todas?
Como vivenciamos essa prática incluindo pessoas com
deficiência? Colegas com alguma dificuldade?
Como aprendemos uns com os outros novas práticas? Como
podemos propagar esses conhecimentos para a
comunidade?

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3.  Refletir , criticamente, sobre as relações entre a realização


das práticas corporais e os processos de saúde/doença,
inclusive no contexto das atividades laborais.

Como posso cuidar da saúde em práticas corporais que eu


goste? Quais as possibilidades reais de praticar atividades
corporais em função das condições de vida na cidade? Que
fatores sociais, culturais e econômicos regulam o
envolvimento de diferentes grupos culturais em práticas
corporais para a saúde?
Como posso cuidar do meu corpo nas atividades cotidianas,
analisando criticamente as condições de trabalho e lazer da
cidade?
Que cuidados tenho que tomar com a prática de atividades
corporais? Que críticas faço aos padrões de beleza e saúde
associados às práticas corporais?

4.  Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho,


saúde, beleza e estética corporal, analisando, criticamente, os
modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas
e preconceituosas.

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Como observo e questiono padrões de beleza presentes na


mídia?
Como conheço meu corpo e me posiciono criticamente para
cuidar dele sem aderir a padrões de beleza socialmente
construídos?
Como percebo meu corpo e reconheço sua beleza?
Posso acreditar em tudo que a mídia divulga sobre as práticas
corporais? Como posso divulgar novos modos de
compreender o corpo e a beleza?

5.  Identificar as formas de produção dos preconceitos,


compreender seus efeitos e combater posicionamentos
discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus
participantes.

Como identifico preconceitos em práticas corporais? Como


modifico atitudes preconceituosas nas práticas corporais da
minha comunidade?
Tenho consciências sobre como os preconceitos aparecem de
formas sutis em modos de falar e agir em práticas corporais?

Sem perceber eu discrimino colegas nas práticas corporais?


Como posso mudar isso?

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6.  Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados


atribuídos às diferentes práticas corporais, bem como aos
sujeitos que delas participam.

Respeito meus colegas quando participo de práticas


corporais? Como me posiciono frente a colegas que adotam
atitudes discriminatórias e ou preconceituosas em práticas
corporais?
Sou colaborativo nas práticas corporais?
Respeito os diferentes sentidos que pessoas e grupos culturais
dão às práticas da cultura corporal?

7.  Reconhecer as práticas corporais como elementos


constitutivos da identidade cultural dos povos e grupos.

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Respeito práticas corporais de outras culturas?


Me interesso por conhecer práticas corporais de outras
culturas?
O que práticas corporais de outras culturas agregam à minha
experiência corporal?

8.  Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para


potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as
redes de sociabilidade e a promoção da saúde.

Como posso realizar práticas corporais no meu lazer?


De que práticas corporais eu gosto e como posso conhecer
pessoas, ampliar laços em práticas corporais? Como posso
estimular a comunidade a se envolver em práticas corporais?

9.  Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do


cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização
no contexto comunitário.

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Reconheço as práticas corporais de lazer como direito de


todos? Conheço e defendo o direito de acesso ao esporte e ao
lazer garantidos nos marcos legais brasileiros?
Incentivo outras pessoas da comunidade a participar de
práticas corporais?
Posso agir em instâncias de representação social e
participação democrática para reivindicar o direito de acesso
às práticas corporais? Como faço isso?

10.  Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes


brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas
corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o
protagonismo.

Como posso criar novas práticas corporais a partir das que eu


conheço?
Que aspectos interessantes eu identifico nas práticas
corporais que aprecio?
Como trabalho em grupo para colaborar com os colegas em
práticas corporais?

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Cada uma dessas competências se materializa no


desenvolvimento de habilidades previstas para o Ensino
Fundamental. 
Observando o conjunto de Competências específicas da Educação
Física percebemos que os professores devem criar condições para
que os alunos tenham oportunidade de aproveitar brincadeiras,
jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de
aventura com o objetivo de apoia-los a compreender suas origens
culturais, os modos de aprender e ensinar essas práticas, a
presença de valores, condutas sociais, emoções, modos de viver e
perceber o mundo, padrões de beleza,   relações entre cultura
corporal, mídia e consumo, a presença e questionamento de
preconceitos e estereótipos nas práticas, bem como as marcas de
identidade presentes em cada prática. A ideia é que os alunos
construam autonomia para usufruir, criar e recriar essas práticas
com posturas éticas e responsáveis para eles e para os demais. 

Segundo a BNCC, “A Educação Física é o componente curricular


que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de
codificação e significação social, entendidas como manifestações
das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos
grupos sociais no decorrer da história.  Nessa concepção, o
movimento humano está sempre 

inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento


espaço-temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo”
A concepção da linguagem corporal no âmbito da cultura significa
dar uma nova visão às práticas corporais, acrescentando ao
percurso formativo das aulas de Educação Física a
experimentação junto com a reflexão e produção de novos
sentidos para as práticas.  

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Essa visão é diferente das que visam exclusivamente o


desenvolvimento motor ou psicomotor ou que entendem a
Educação Física apenas como forma de descanso e ou gasto de
energia dos alunos. A visão cultural permite unir as práticas
corporais e o trabalho com valores, atitudes, autoconhecimento,
reflexão crítica e não o fazer por fazer. 
No caso das aulas de Educação Física, não significa que irão perder
a especificidade do componente e torna-lo somente um caminho
para outras aprendizagens, mas de compreender as práticas
corporais como objetos, que por sua própria natureza, integram-se
com os processos de conhecimento dos alunos nas demais
linguagens e áreas do conhecimento.

prática:…
BNCC na prática:…

https://youtu.be/iPNZu6f1QBs

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Aula 2
O Planejamento Curricular no Ensino
Fundamental – anos iniciais

A BNCC DEFINE AS HABILIDADES POR BLOCOS. QUE


DECISÕES DEVEM SER TOMADAS PELOS CURRÍCULOS
ESTADUAIS E MUNICIPAIS E PELO PROFESSOR NO
PLANEJAMENTO DAS APRENDIZAGENS ANO A ANO?

Para a Educação Física a BNCC define habilidades em blocos (primeiro e segundo


anos, terceiro ao quinto anos, sexto e sétimo anos e oitavo e nono anos). A escolha
desse formato de apresentação é justificada por oferecer maior flexibilidade à
elaboração dos currículos.

Cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na

BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e


do agrupamento desses objetos em unidades temáticas) expressam um arranjo
possível (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser
tomados como modelo obrigatório para o desenho dos currículos

No trecho acima observamos que o documento dá bastante abertura para a


elaboração dos currículos, desde que se atenda o desenvolvimento do conjunto de
habilidades previstas e os critérios de progressão do conhecimento.

Em princípio, todas as práticas corporais podem ser objeto do trabalho

pedagógico em qualquer etapa e modalidade de ensino. Ainda assim, alguns


critérios de progressão do conhecimento devem ser atendidos, tais como os

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elementos específicos das diferentes práticas corporais, as características dos


sujeitos e os contextos de atuação, sinalizando tendências de organização dos
conhecimentos.

Assim, os currículos estaduais e municipais e os professores devem definir os focos


de trabalho de cada ano e selecionar objetos de conhecimento que serão
tematizados nas práticas pedagógicas. (aprofundaremos mais essa conversa e
traremos exemplos de escolhas que podem ser realizadas)

COMO O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E


HABILIDADES DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESTÁ
ORGANIZADO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL?

As habilidades definidas na BNCC no componente Educação Física para os anos


iniciais do ensino fundamental estão organizadas em blocos/ciclos. Habilidades
que devem ser desenvolvidas no primeiro e segundo anos, e habilidades para o
terceiro, quarto e quinto anos, nas unidades temáticas de brincadeiras e jogos,
danças, lutas e esportes.

Nas unidades temáticas de brincadeiras e jogos, danças e lutas a progressão se


dá em objetos de conhecimento conforme essas práticas corporais ocorrem
socialmente (das esferas sociais mais familiares - localidade e região - às menos
familiares - esferas nacional e mundial).

Na unidade temática das ginásticas trabalha-se a ginástica geral e na


unidade de esportes a progressão acontece conforme a classificação dos
esportes adotada na BNCC; esportes de marca e precisão no primeiro e
segundo anos e esportes de rede/parede, campo/taco e de invasão no
terceiro, quarto e quinto anos.

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Os esportes de marca envolvem o “conjunto de modalidades


que se caracterizam por comparar os resultados registrados em
segundos, metros ou quilos (patinação de velocidade, todas as
provas do atletismo, remo, ciclismo, levantamento de peso
etc.)”

Os esportes de precisão reúnem o “conjunto de modalidades


que se caracterizam por arremessar/lançar um objeto,
procurando acertar um alvo específico, estático ou em
movimento, comparando-se o número de tentativas
empreendidas, a pontuação estabelecida em cada tentativa
(maior ou menor do que a do adversário) ou a proximidade do
objeto arremessado ao alvo (mais perto ou mais longe do que o
adversário conseguiu deixar), como nos seguintes casos: bocha,
curling, golfe, tiro com arco, tiro esportivo etc.”

Os esportes de rede/quadra envolvem o conjunto de “modalidades que se


caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a bola em direção a setores
da quadra adversária nos quais o rival seja incapaz de devolvê-la da
mesma forma ou que leve o adversário a cometer um erro dentro do
período de tempo em que o objeto do jogo está em movimento. Alguns

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exemplos de esportes de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis de campo,


tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de parede incluem
pelota basca, raquetebol, squash etc.”

Os esportes de campo e taco agregam “modalidades que se


caracterizam por rebater a bola lançada pelo adversário o mais
longe possível, para tentar percorrer o maior número de vezes
as bases ou a maior distância possível entre as bases, enquanto
os defensores não recuperam o controle da bola, e, assim,
somar pontos (beisebol, críquete, softbol etc.).”

Os esportes de invasão ou territoriais agregam o “conjunto de


modalidades que se caracterizam por comparar a capacidade de
uma equipe introduzir ou levar uma bola (ou outro objeto) a uma
meta ou setor da quadra/ campo defendida pelos adversários
(gol, cesta, touchdown etc.), protegendo, simultaneamente, o
próprio alvo, meta ou setor do campo (basquetebol, frisbee,
futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei sobre grama,
polo aquático, rúgbi etc.).”

É importante ressaltar que nos anos iniciais todas essas práticas são ajustadas ao
contexto escolar e vivenciadas de forma lúdica.

Se observarmos as habilidades, por exemplo para a unidade de jogos e brincadeiras,


percebemos que, do primeiro e segundo anos, para o terceiro, quarto e quinto anos,
além de novas práticas da cultura lúdica do Brasil e do mundo e das matrizes
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indígena e africanas os alunos deverão refletir sobre a importância desse patrimônio


cultural para os povos que os criam e cultivam. Os alunos avançam para além de
reconhecerem e respeitarem as diferenças, para criar formas de brincar
incluindo todos.

Cabe ao currículo e ao professor decidir que habilidades do ciclo trabalhar em cada ano e que objetos
de conhecimento serão foco, por exemplo, uma rede ou professor pode decidir pelos seguintes objetos
de conhecimento no primeiro e segundo anos.

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Para exemplificar as aprendizagens em jogo nas aulas de Educação Física nos anos iniciais do ensino
fundamental vamos ver as habilidades previstas do terceiro ao quinto anos na unidade temática de lutas.
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Aula 3
O planejamento curricular no Ensino
Fundamental – anos finais

COMO O DESENVOLVIMENTO DE
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DAS AULAS
DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESTÁ ORGANIZADO
NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL?
Nos anos finais do Ensino Fundamental, as modificações no corpo, decorrentes da
puberdade, os novos espaços de socialização dos adolescentes e seu envolvimento
com as culturas juvenis torna as questões do corpo e da cultura corporal relevantes
para a formação dos alunos.

O compromisso da BNCC em promover processos educativos sintonizados com as


necessidades e interesses dos alunos, em uma visão de educação integral, abre
espaço para que as práticas corporais sejam objetos de conhecimento privilegiados
para mobilizar e integrar novos conhecimentos sobre si e sobre o mundo,
aproveitando que nessa fase os alunos estão ampliando suas possibilidades de
interpretação e análise da realidade.

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Nessa fase, os alunos passam a interagir com docentes especialistas nas diferentes
disciplinas, e essa nova configuração da escola traz novos desafios para a rotina de
estudos e riscos de fragmentação e descontextualização dos conhecimentos, tornando
mais complexa a tarefa de dar sentido ao trabalho escolar. Nessa fase de
escolarização os alunos vão desenvolver maior capacidade de abstração e de acessa
diferentes fontes de informação. Essas características também permitem maio
aprofundamento no estudo das práticas corporais na escola.

Os diferentes ritmos de ingresso na puberdade afetam a construção das


subjetividades durante o ensino fundamental. Nas aulas de Educação Física esse
corpo em transformação, carregado de significados culturais estará mais exposto.
Entrarão em jogo questões de gênero e sexualidade, a construção da autoimagem e
da autoestima, e por isso o professor deve estar atento aos modos particulares de
cada turma, e de como cada menino e menina estão vivendo esse processo.
Abordar abertamente essas questões, escutar ativamente as suas necessidades e
curiosidades sobre o próprio corpo é tarefa importante do professor de Educação
Física.

A compreensão da dimensão cultural do objeto de estudo da Educação Física e as


especificidades da linguagem corporal e seu papel na formação dos estudantes de
forma integrada ao trabalho com as demais linguagens amplia o papel das aulas de
Educação Física na formação dos alunos do Ensino Fundamental, pois ela deixa de
tratar apenas a dimensão física das práticas corporais para integrar o
desenvolvimento das competências gerais da BNCC e da área de linguagens.

As habilidades da BNCC no componente Educação Física para os anos finais do


ensino fundamental estão organizadas em dois blocos: habilidades a serem
desenvolvidas no sexto e sétimo anos e habilidades para o oitavo e nono anos.

As temáticas dessa fase são:

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Os currículos dos Estados e Municípios podem definir quais modalidades devem ser abordadas em cada
unidade temática, dependendo da realidade local e da flexibilidade de escolha dos professores nas suas
escolas. Vamos ver um exemplo:

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Ao tematizar as práticas, elas podem e devem ser ajustadas ao contexto escolar. Não há necessidade e
nem indicação que sejam vivenciadas com equipamentos, materiais, regras e espaços “oficiais”. O
importante é garantir que, por meio da experimentação, apropriação, uso e análise os alunos possam
compreender as práticas corporais no contexto cultural.

Em relação aos anos iniciais, o trabalho com as práticas corporais, nas diferentes unidades temáticas
ganha novos conteúdos conectados às culturas juvenis, às práticas de outras culturas e a abordagem de
temáticas sociais como preconceitos, estereótipos, questões de gênero, etnia e as relações entre saúde e
práticas corporais, analisadas de modos mais críticos e reflexivos.

Para exemplificar as aprendizagens em jogo nas aulas de Educação Física nos anos finais do ensino
fundamental vamos ver as habilidades previstas para o oitavo e nonos anos na unidade temática de
ginásticas.
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Aula 4
DIMENSÕES DE CONHECIMENTO E O
TRABALHO COM AS PRÁTICAS CORPORAIS
NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A BNCC define oito dimensões de conhecimento que devem ser trabalhadas em


todas as unidades temáticas.

Dimensões de conhecimentos definas na BNCC para a


Educação Física

Experimentação: dimensão que valoriza os conhecimentos só


ser acessados pela vivência da linguagem corporal. A experimentação
“de carne e osso” é que precisa fazer sentido para o sujeito, trazendo
sensações positivas.

Implicações para o professor

Ao tratar essa dimensão o(a) professor(a) se preocupa em


proporcionar experiências adequadas às possibilidades e interesses
dos e das estudantes, cuidando para que todos sejam incluídos e
aprendam por meio da experimentação ativa, construindo movimentos
de forma autoral e não apenas reproduzindo técnicas. Isso implica
criar estratégias mais abertas de solução de problemas corporais,
valorizando os processos subjetivos dos meninos e meninas. Por

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exemplo, se o(a) professor(a) está tematizando as danças de salão


deverá criar vivências nas quais os e as estudantes possam vivenciar
o ritmo, os passos de diferentes formas, buscando, em diálogo com as
técnicas da dança, um modo próprio de se expressarem.

Uso e apropriação: envolve conhecimentos advindos do saber


fazer que permitem a construção da autonomia na utilização práticas
corporais agrega a capacidade de ajustar a experiência corporal a
contextos nas atividades de lazer.

Implicações para o professor

Essa dimensão chama atenção para o trabalho com as múltiplas


formas de ajustar as vivências corporais a espaços, tempos e
materiais. Por exemplo, se o(a) professor(a) está tematizando o
futebol, deverá abordar saberes que permitem saber jogar de
diferentes formas e não apenas com as regras oficiais do esporte.

Fruição: essa dimensão envolve conhecimentos que contribuam


para que os estudantes possam realizar a apreciação estética e sensível
das experiências corporais que são tematizadas no currículo escolar.

Implicações para o professor


Trabalhar com essa dimensão implica chamar a atenção dos meninos
e das meninas acerca dos sentimentos gerados nas práticas corporais,
observar a estética dos próprios movimentos apreciando e fruindo, por
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exemplo, a estética de jogadas do basquetebol como a badeja, as


fintas, as enterradas...

Reflexão sobre a ação: envolve o acesso dos alunos a


observação e análise das vivências corporais. Envolve resolver desafios
peculiares à prática realizada por meio de reflexões sobre como fazer.

Implicações para o professor

Um exemplo de trabalho com essa dimensão é criar situações nas


quais os e as estudantes analisam os próprios gestos e dos colegas.
Por que, por exemplo, um time está obtendo mais sucesso em um jogo
de queimada? Que sistema de organização está utilizando? Como
está organizando o ataque e a defesa e porque essa forma de jogar
está sendo mais eficiente?

Construção de valores: conhecimentos que permitem aos


e as estudantes refletir sobre os valores veiculados e experimentados nas
práticas corporais e seu enquadramento nos valores da sociedade
democrática: respeito às diferenças e combate aos preconceitos e
estereótipos presentes nas práticas corporais.

Implicações para o professor


Ao tratar essa dimensão, o professor deve se preocupar em apoiar os
e as estudantes a refletir e agir de forma ética durante as vivências
corporais. Em uma brincadeira de pega-pega, por exemplo: o grupo
está respeitando as regras? Elas podem ser modificadas para que

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todos se sintam incluídos? Conseguimos tocar o colega para pegá-lo


de forma cuidadosa, sem machucar? Quando ganhamos um jogo,
respeitamos a equipe contrária?

Análise: envolve o acesso a conceitos sobre as práticas corporais,


conhecimentos que contribuem para a análise dos sentidos associados
às práticas, acesso aos conhecimentos científicos que as embasam.

Implicações para o professor


Essa dimensão envolve trabalhar, por exemplo, os esquemas táticos
utilizados nas práticas esportivas, os conceitos de espaço e tempo de
práticas da dança, os conhecimentos fisiológicos e biomecânicos que
explicam porque determinadas técnicas corporais acabam sendo mais
eficientes do que outras. É uma dimensão mais conceitual, do saber
sobre as práticas.

Compreensão: conhecimentos da dimensão sociocultural das


práticas corporais: aspectos históricos, culturais como o estudo das
condições que permitem o surgimento de uma determinada prática
corporal em uma dada região e época.

Implicações para o professor


Um exemplo de tratamento dessa dimensão é abordar a forma como
as práticas corporais são disseminadas na mídia. Porque algumas têm
mais destaque do que outras? Porque, geralmente os esportes
femininos têm menos espaços nos noticiários? Que relações isso tem

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com os papéis historicamente construídos das mulheres na


sociedade? Que movimentos têm acontecido para mudar essa
realizada? Como nos posicionamos frente a essa questão?

Protagonismo comunitário: aborda conhecimentos que


permitem aos e às estudantes assumir o compromisso com a
democratização do acesso às práticas corporais.

Implicações para o professor


O trabalho com essa dimensão envolve conhecimentos sobre os
direitos de acesso às práticas corporais, os mecanismos e instâncias
de decisão sobre políticas de esporte e lazer, a organização de
melhorias nos espaços da comunidade, os movimentos de
reivindicação de melhores condições de esporte e lazer para a
comunidade.

O documento da BNCC destaca que “não há nenhuma hierarquia entre essas


dimensões, tampouco uma ordem necessária para o desenvolvimento do trabalho
no âmbito didático. Cada uma delas exige diferentes abordagens e graus de
complexidade para que se tornem relevantes e significativas. Considerando as
características dos conhecimentos e das experiências próprias da Educação Física,
é importante que cada dimensão seja sempre abordada de modo integrado com as
outras, levando-se em conta sua natureza vivencial, experiencial e subjetiva. Assim,
não é possível operar como se as dimensões pudessem ser tratadas de forma
isolada ou sobreposta”.

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https://youtu.be/Q2sqRUDQQWs

Relembrando
Neste módulo você viu:

o currículo e as aulas de Educação Física precisam ser pensados a partir de


suas contribuições para o desenvolvimento das competências gerais da BNCC.

Que os professores devem criar condições para que os alunos tenham


oportunidade de aproveitar brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas
e práticas corporais de aventura com o objetivo de apoiá-los a compreender suas
origens culturais, os modos de aprender e ensinar essas práticas, condutas
sociais, emoções, entre outros.

E que o importante é que os alunos possam compreender as práticas corporais


no contexto cultural, por meio da experimentação, apropriação, uso e análise.

Parabéns!
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Educação Física no currículo do Ensino Fundamental

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A integração das aulas de Educação Física à


área de linguagens no currículo do Ensino
Médio

OBJETIVOS DO MÓDULO

Módulo 3
Vamos situar a presença da Educação Física na área de linguagens no
Ensino Médio, identificando, nas competências da área, a especificidade
da Educação Física para o desenvolvimento pleno dos jovens.

Neste módulo vamos compreender a integração das aulas de Educação Física na


área de linguagens.

Também vamos conhecer as aprendizagens essenciais que devem ser garantidas nas
aulas de Educação Física do Ensino Médio a partir das competências da área de
linguagens previstas na BNCC.

E por fim, iremos refletir sobre as possibilidades de formulação de itinerários


formativos envolvendo aprendizagens da Educação Física na área de linguagens,
segundo a BNCC.

No Ensino Médio, a proposta da área de linguagens, da qual a Educação Física é


componente curricular obrigatório, prevê a ampliação da autonomia, do protagonismo
e da autoria dos estudantes na apreciação e produção das diferentes linguagens.

À Educação Física cabe o trabalho com a linguagem corporal, seus usos e significados
em abordagens capazes de permitir aos jovens formarem-se como sujeitos, críticos
criativos e reflexivos no uso, apreciação e produção das práticas corporais.

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Essa perspectiva traz novos desafios para o currículo de Educação Física no Ensino
Médio, pois os professores precisam reconhecer as especificidades da Educação
Física no conjunto de competências e habilidades da área, bem como as mudanças
metodológicas e de conteúdo que a BNCC traz para a Educação Física no Ensino
Médio.

Nesse módulo vamos discutir como estruturar as aulas de Educação Física no Ensino
Médio de forma a garantir o trabalho em área sem perder de vista as especificidades
do componente.

Aula 1

A BNCC no Ensino Médio

QUAIS OS PONTOS DE PARTIDA DA BNCC PARA BOAS


PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO?
O Ensino Médio é a etapa final da Educação Básica. Representa o momento de
máximo no desenvolvimento de competências gerais definidas na BNCC.Ao longo dos

três ou quatro anos dessa etapa da Educação Básica, os alunos deverão


ter a oportunidade de se desenvolver em três grandes áreas:

1. A preparação básica para o trabalho e a cidadania;


2. O aprimoramento como pessoa humana e;
3. A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos.

A BNCC define um conjunto de finalidades que devem orientar o currículo e o


planejamento docente nesses âmbitos. Nós organizamos, a seguir, possíveis
finalidades das aulas de Educação Física dentro de cada um deles.

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Preparação básica para o trabalho e a cidadania


Discutir os contextos de produção histórico-cultural das práticas corporais e
suas relações com o lazer e como o trabalho.
Discutir a inserção das práticas corporais no lazer e suas relações com a
organização do trabalho e da produção.
Conhecer as possibilidades de empreender e trabalhar na área de Educação
Física.

Aprimoramento como pessoa humana


Desenvolver consciência corporal.
Perceber as relações entre estados emocionais e corporais.
Reconhecer as práticas corporais de diferentes grupos étnico-raciais que
compõem a cultura brasileira.
Solucionar conflitos e diferenças de opinião nas práticas corporais de forma
não violenta.
Combater estereótipos, discriminações e violações de direitos de pessoas ou
grupos sociais nas práticas corporais
Participar politica e socialmente na garantia de direitos relacionados às
práticas corporais.
Vivenciar as práticas corporais a partir de valores democráticos.
Vivenciar práticas corporais de forma livre, justa, solidária e cooperativa.

Compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos


Conhecer e utilizar os conhecimentos científicos para compreender as
práticas corporais.
Apropriar-se de estratégias de pesquisa e de uso das tecnologias digitais
para continuar aprendendo e produzindo conhecimentos acerca das práticas
corporais.

Segundo a BNCC, para atingir seus objetivos, os currículos do Ensino Médio precisam
estar sintonizados com os jovens e os desafios da sociedade contemporânea, supera a
fragmentação disciplinar, a falta de sentido do currículo escolar e construi
abordagens pedagógicas que estimulem a aplicação dos conhecimentos à vida real
valorizando o protagonismo dos alunos. Esses princípios também devem esta
presentes nas aulas de Educação Física.

Portanto, no Ensino Médio, os alunos deverão ter a oportunidade de refletir sobre as


práticas corporais em seus projetos de vida, e mais importante do que dominar mais
técnicas esportivas, como normalmente ocorre no currículo de Educação Física no
Ensino Médio, é fundamental que os alunos reconheçam as práticas corporais como
modos de expressão pessoal, com sentido para a vida ativa, solidária e cidadã.

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Estudos têm demostrado que o Ensino Médio tem sido a etapa da Educação Básica na
qual os alunos mais se distanciam das aulas de Educação Física. A repetição de
conteúdos esportivos, a falta de conexão das aulas com as experiências corporais das
culturas juvenis, a preocupação com o futuro leva os jovens a se desinteressarem
pelas aulas. Por isso, assim como os demais componentes do currículo, as aulas de
Educação Física devem incorporar o diálogo e participação dos alunos.

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Aula 2
As aulas de Educação Física no currículo do
Ensino Médio

COMO AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA CONTRIBUEM


PARA QUE O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO ACOLHA
AS JUVENTUDES?

A BNCC chama atenção para a necessidade de o currículo do Ensino Médio


considerar a pluralidade de modos dos jovens viverem a juventude, por isso usa a
palavra no plural: “juventudes”. Acompanhando documentos legais anteriores,
entende a juventude como:

Condição sócio-histórico-cultural de uma categoria de sujeitos que

necessita ser considerada em suas múltiplas dimensões, com especificidades


próprias que não estão restritas às dimensões biológica e etária, mas que se
encontram articuladas com uma multiplicidade de atravessamentos sociais e
culturais, produzindo múltiplas culturas juvenis ou muitas juventudes (Parecer
CNE/CEB nº 5/2011).

Ao adotar a noção ampliada e plural de juventudes, as aulas de Educação Física se


abrem para as práticas corporais criadas e cultivadas pelos próprios jovens,
especialmente porque é exatamente no âmbito dessas práticas que os grupos de
jovens se unem e se identificam.

Boas práticas de Educação Física no Ensino Médio, na perspectiva da BNCC,


devem se basear em maior interlocução entre professores e alunos na escolha de
objetos de conhecimento que serão abordados em aula. Sem abrir mão das
aprendizagens essenciais que devem ser garantidas no Ensino Médio, os
professores devem considerar a diversidade, o protagonismo e a liberdade
crescente dos jovens para escolherem práticas corporais de seu interesse e a partir

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delas orientar o desenvolvimento de competências da área de linguagens. Essa


forma de trabalho permite que os professores de Educação Física considerem as
histórias de vida dos jovens, criando espaço para se reconheçam no currículo.

COMO AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA INTEGRAM-SE


À AREA DE LINGUAGENS?
A integração das aulas de Educação Física à área
de linguagens não é uma novidade da BNCC. Já
aparece no marco legal do Ensino Médio, desde o
final dos anos 1990, nos movimentos de
renovação pedagógica da Educação Física, que
ampliaram olhares sobre o objeto de estudo da
área. Rompendo com o foco nos aspectos
biológicos e nas práticas esportivas de rendimento
para compreender as práticas corporais no âmbito
da cultura.
A organização em área não exclui os referenciais
teóricos, as metodologias e as especificidades da
Educação Física para a formação dos jovens do
Ensino Médio, mas destaca o esforço em tratar o
conhecimento sobre as práticas corporais em
conexão com as aprendizagens das demais
linguagens.

As aulas de Educação Física mostram um campo


da cultura especialmente importante para a
Seus diferentes conteúdos como esportes, danças, formação dos
lutas, ginásticas, jogos e práticas corporais de alunos do Ensino Médio, a cultura corporal.
aventura, já trabalhados no Ensino Fundamental,
são apropriados e transformados pelas culturas
juvenis,
representam formas de socialização, expressão de
identidades e campos de luta que os jovens
encontram
para manifestar seus lugares sociais, suas vozes;
independentemente da escola.

No entanto, toda cultura corporal é também objeto


da cultura de massa ou de grupos culturais que
nem
sempre estão comprometidos com a propagação
de valores da sociedade democrática, justa e
inclusiva,
por isso é necessário tematizar a cultura corporal
na escola.

A diferença é que no Ensino Médio as capacidades


crescentes de abstração e autonomia intelectual
permitem explorar novos elementos das práticas
corporais, suas bases científicas e culturais, que
irão fornecer aos e às jovens condições de fazer
escolhas como praticantes e como espectadores
das práticas corporais.

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Na área de linguagens, as aulas de Educação Física contribuem para ampliar conhecimentos e
pensar criticamente as produções culturais que se manifestam pela linguagem corporal.

A linguagem corporal não se desenvolve isolada


das A linguagem corporal não se desenvolve
isolada das demais linguagens, dos contextos de
vida e cultura. Suas formas de produção são
dinâmicas e integradas a discursos nas diferentes
linguagens. Pensemos no universo de uma prática
corporal muito presente nas culturas juvenis
urbanas: o Skate. Além dos movimentos que
compõem as manobras, a cultura do Skate
envolve a produção de vídeos e fotografias que
divulgam e ensinam a praticar, modos de se vestir,
falar e se comportar socialmente.

Valores que permeiam as relações entre meninos


e meninas que praticam Skate, modos de ver e
representações que os adultos e a mídia têm
sobre os praticantes de Skate. Modos de encarar o
espaço e a arquitetura urbana próprios dos
Skatistas e os conflitos que isso gera com outros
habitantes da cidade. Na escola, os alunos
precisam ser provocados a compreender toda
essa dinâmica de produção cultural, pela vivência,
pela observação, pesquisa, debate e
sistematização de conhecimentos.

Dessa forma, o trabalho da área de linguagens com


a cultura corporal, realizado pelo professor de
Educação Física, deve prever o desenvolvimento
da curiosidade intelectual, da pesquisa e da
capacidade de argumentação, características dos
alunos do Ensino Médio. Não deve apenas praticar
para desenvolver habilidades motoras e adotar um
estilo de vida ativo.

Os alunos do Ensino Médio precisam ser


desafiados a pensar a cultura corporal olhando
para diferentes campos de conhecimento como as
ciências da natureza (biologia, química e física) que
explicam os fenômenos do movimento e de suas
ações sobre o corpo, à luz das ciências humanas
(história, geografia, filosofia e sociologia) que
permitem compreender as dinâmicas culturais de
forma mais reflexiva.

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As aulas de Educação Física no Ensino Médio com seus diferentes campos de conhecimento
buscam integrar vivência, produção e reflexão em processos de construção da autonomia e do
protagonismo dos alunos.

A BNCC do Ensino Fundamental prevê o contato


com diferentes práticas corporais, sugerindo
inclusive, objetos de conhecimento para cada bloco
de habilidades. Já a BNCC do Ensino Médio optou
por não apresentar habilidades e objetos de
conhecimento para cada ano do Ensino Médio,
mas juntamente com os alunos e os professores
terá de definir as práticas que serão abordadas, as
competências da área a serem trabalhadas para
então construir habilidades e objetivos de
aprendizagem de cada unidade temática.

O importante é que os alunos possam ampliar seus


conhecimentos pesquisando e praticando atividade
da cultura corporal que façam sentido para eles,
em processos de planejamento participativo com o
(a) professor(a).

O Ensino Médio é um momento de refletir sobre as


próprias escolhas, quanto mais opções os alunos
explorarem maiores serão a chances de se
identificarem com as práticas corporais e
compreenderem a si e à cultura que vivem.

A capacidade de se expressar por meio da linguagem


corporal também é um elemento que
deve ser bem cuidado no trabalho da área de
linguagens, a equipe de professores, com o professor
de educação física apoiando o trabalho,
deve prover situações de aprendizagem em que os
estudantes experimentem a linguagem corporal em
atividades integradas aos demais componentes.

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A BNCC do Ensino Médio propõe a integração da área de linguagens por meio da vivência de experiências
significativas em 5 diferentes campos de atuação social:

Essa forma de organizar as aprendizagens não é comum na formação dos professores de Educação
Física, p or isso podem surgir algumas dificuldades para adequar o planejamento de aulas e atender às
orientações da BNCC.

As situações de aprendizagem das linguagens devem se aproximar das práticas sociais e não do estudo
da estrutura das linguagens.

Mudar o foco das aulas de Língua Portuguesa, do ensino da gramática para o trabalho com práticas
sociais da língua falada, da escrita e da leitura ou mudar o foco das aulas de Arte dos aspectos
estruturais (dastécnicas) das artes visuais para a apreciação e produção críticas em situações de uso.

Esse modo de compreender o ensino das linguagens se relaciona com a perspectiva cultural da
EducaçãoFísica adotada na BNCC. Olhando dessa forma, o foco não são as técnicas corporais (a
estrutura da linguagem), mas a vivência e reflexão sobre das práticas sociais de linguagem corporal. Ou
seja, deixa-se de focar, por exemplo, no ensino dos esportes, a mera aprendizagem das técnicas e
táticas. O importante, nessa nova perspectiva, é trazer para a Escola os diferentes modos culturalmente
construídos de praticar os esportes.

Exemplificando

Como esporte competitivo, o Basquetebol tem determinadas técnicas (drible da bola, fintas, arremesso
livre arremesso de 3 pontos, bandeja etc.) e certas táticas (sistemas de ataque e defesa), além de regras
oficiais. Antigamente, esses eram os aspectos estruturais da modalidade abordados nas aulas, geralmente
utilizandoexercícios técnicos dos “fundamentos” do esporte. Entretanto, muitas das práticas sociais
presentes nas culturas dos jovens com Basquetebol eram ignoradas pela Escola. Essas práticas
apresentam elementos gestuais, regras, espaços, materiais e modos de se relacionar socialmente diferentes
do Basquetebol oficial Os movimentos, regras, vestimentas, relações entre os jogadores,
aspectos identitários e de relações sociaistêm outros contornos. Se os professores de Educação Física
ensinam apenas as técnicas oficiais os/as jovens não têm oportunidade de vivenciar e refletir sobre os
sentidos culturais do Basquetebol em seus projetos de vida, ou seja, nas práticas sociais concretas em que
vivenciam a modalidade.

Vamos entender, um pouco mais sobre como as práticas corporais se situam nesses campos?

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Campos:
Campo da vida pessoal:
Campo das práticas de estudo e pesquisa
Campo jornalístico midiático
Campo de atuação na vida púbica
Campo artístico

Campo da vida pessoal:


Temas/questões
Reflexões dos e das estudantes sobre suas preferências em relação às práticas da cultura corporal;
reflexões sobre os valores, preconceitos e estereótipos que, sem refletir, os e as estudantes podem
reproduzir quando praticam cultura corporal.

Tomada de consciência e reflexão sobre suas atitudes e posicionamentos ideológicos acerca das práticas
da cultura corporal: até que ponto, por receber toda uma tradição cultural somos racistas, sexistas,
machistas, preconceituosos, violentos, antiéticos quando praticamos atividades da cultura corporal e
estamos imersos pelo contágio de emoções coletivas?

Até que ponto a comunidade e os e as jovens têm acesso às práticas da cultura corporal? Quais as opções
de lazer ativo na comunidade?

Como aprendo e insiro práticas da cultura corporal em meu cotidiano?

Como vejo meu corpo e minhas competências corporais?

Como cuido do meu corpo no cotidiano?

Quais são meus projetos de envolvimento com práticas da cultura corporal hoje e no futuro? Como vou
incorporar um estilo de vida ativo em minha rotina de estudos e trabalho?

Que profissões atuam no campo das práticas da cultura corporal? Como o mundo do trabalho trata o corpo?

Como minhas escolhas profissionais vão afetar minha corporeidade e como posso reivindicar condições de
trabalho que respeitem meu bem-estar corporal e minha saúde?

Possibilidades de trabalho
Práticas da cultura corporal que valorizem a consciência corporal e postural como pilates, yoga,
antiginástica...

Vista, vivência e intervenção em espaços de lazer e cultura corporal na comunidade.

Análise de espaços urbanos, domésticos e de lazer em relação a sua adequação ao conforto corporal.

Vivências corporais de observação e tomada de consciência da própria imagem corporal.

Acesso a conhecimentos sobre o corpo que permitam que os jovens valorizem as práticas corporais para o
bem-estar e a qualidade de vida, que possam ajustar os espaços domésticos, de trabalho e de lazer às suas
necessidades de bem estar corporal.

Vivências de diferentes danças, esportes, lutas, ginásticas e práticas corporais de aventura que possam ser
incorporadas no projeto de vida dos estudantes.
Campo das práticas de estudo e pesquisa
Temas/questões
Como pesquiso sobre a cultura corporal?

Que ciências trazem respostas para questões ligadas às práticas corporais?

Como encontro, utilizo e comunico dados de pesquisa sobre as práticas corporais e seus efeitos em mim e
na sociedade em que vivo?

Quais são as fontes confiáveis para me informar sobre os avanços científicos a respeito das práticas
corporais?

Possibilidades de trabalho

Acesso a conhecimentos da biomecânica, fisiologia de exercício e nutrição que embasam a relação entre
práticas corporais e saúde.

Acesso a conhecimentos das ciências humanas que contribuam para a compreensão dos sentidos da
cultura corporal nas sociedades e culturas: história, sociologia e antropologia das práticas corporais.

Campo jornalístico midiático


Temas/questões

Como a mídia divulga práticas corporais?

Há diferenças de cobertura entre esportes masculinos e femininos na mídia?

Que questões polêmicas ligadas às práticas corporais a mídia trata?

As mídias e a veiculação de padrões de beleza e consumo de produtos associados às práticas corporais


afetam o modo como vejo e sinto meu corpo?

Que ideologias sobre o esporte e as demais práticas da cultura corporal na publicidade divulgada nas
diferentes mídias?

Possibilidades de trabalho
Análise dos valores e conhecimentos sobre a cultura corporal veiculados pela mídia.

Leitura crítica de notícias, crônicas, vídeos, documentários sobre as práticas da cultura corporal.

Campo de atuação na vida púbica


Temas/questões
As práticas corporais estão presentes nas políticas públicas voltadas para a minha comunidade?

Como posso atuar politicamente para reivindicar políticas de acesso a práticas da cultura corporal?
Possibilidades de trabalho
Análise e reivindicação de políticas públicas de acesso a práticas corporais.
Campo artístico
Temas/questões
Quais são as qualidades estéticas que observo nas práticas corporais?

Que modos de expressão artística são mobilizados pela linguagem corporal?

Como a dança, a música, a performance, as artes visuais e o teatro estão presentes em minhas
experiências com linguagem corporal.

Possibilidades de trabalho
Vivência de danças, teatro e atividades de expressão corporal em interface com as linguagens
artísticas.

https://youtu.be/Qhbyz-wMovw
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Aula 3
Competências e habilidades nas aulas de
educação física

A BNCC DEFINE COMPETÊNCIAS E


HABILIDADES PARA A ÁREA DE LINGUAGENS.
QUAIS SÃO AS COMPETÊNCIAS E
HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS NAS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA?

Na área de Linguagens e suas Tecnologias, a Educação Física possibilita

aos estudantes explorar o movimento e a gestualidade em práticas corporais de


diferentes grupos culturais e analisar os discursos e os valores associados a elas,
bem como os processos de negociação de sentidos que estão em jogo na sua
apreciação e produção. Nesse sentido, estimula o desenvolvimento da curiosidade
intelectual, da pesquisa e da capacidade de argumentação.

Vamos olhar para as competências da área de linguagens e refletir sobre


aprendizagens específicas que as aulas de Educação Física precisam garantir:

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS PARA O
ENSINO MÉDIO

1. Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas


culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos
na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação
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social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social,


o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da
realidade e para continuar aprendendo.

Para contribuir com o desenvolvimento dessa competência, as aulas de


Educação Física devem orientar os alunos a compreender o funcionamento
da linguagem corporal nas dimensões fisiológicas, biomecânicas,
expressivas, culturais e afetivas e suas implicações nos diferentes modos
de o ser humano se envolver em práticas corporais, a presença dessas
práticas no cotidiano, na pesquisa, na mídia, nas produções artísticas e na
atuação na vida pública.

Exemplificando
Ao abordar as ginásticas de condicionamento físico, os professores devem
trabalhar a observação dos movimentos e sua adequação tanto na expressão
subjetiva como nas pesquisas sobre o funcionamento do corpo, da postura,
dos impactos que cada movimento pode ter nas articulações, nos músculos,
nos sistemas corporais.
Ao mesmo tempo, deve abordar as razões que levam as pessoas a se
envolver em práticas de ginástica de condicionamento físico:

Estão buscando padrões de beleza impostos pela mídia?

Estão conscientes sobre os cuidados e benefícios que a prática pode trazer?

Se sentem realizadas e respeitadas em suas subjetividades quando


praticam?
Respeitam e são respeitadas em suas singularidades?

Que pode praticar ginásticas?

Pessoas ricas e pobres tem o mesmo acesso a essas modalidades?

O que pensamos e falamos sobre ginástica revela nossas formas de conceber


o ser humano e o corpo?

Como transformamos essas práticas em nossos projetos de vida?

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2. Compreender os processos de identidade, conflitos e relações de


poder que ocorrem nas práticas sociais de linguagem, respeitando as
diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com
base em princípios e valores propostos na democracia, na igualdade e nos
Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a
resolução de conflitos e a cooperação, combatendo preconceitos de
qualquer natureza.

Para contribuir com o desenvolvimento dessa competência de área, as


aulas de Educação Física devem orientar os alunos a refletir sobre os
significados culturais das práticas corporais. Durante as vivências devem
valorizar o respeito a diversidade de corpos, emoções e pensamentos de
cada praticante, resolvendo conflitos pelo diálogo e pela cooperação.

Exemplificando

Nas aulas de futebol, o professor pode mostrar aos alunos a realidade da


carreira de jogador de futebol, mostrando histórias de meninos e meninas que
saem cedo de casa para tentar a carreira e acabam em clubes que não
estimulam seu desenvolvimento, não garantem condições de moradia,
alimentação e acompanhamento adequados. Que a grande maioria de
jogadores de futebol no país recebe menos de um salário mínimo ou que o
futebol feminino recebe menos recursos e as meninas ainda sofrem
preconceitos de toda natureza para poder jogar. Dessa forma, o futebol
vivenciado na escola deixa de ter um caráter de lazer ou de aprendizado
técnico e passar a envolver o desenvolvimento integral e a cidadania dos
alunos.

3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para


exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo

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pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a


consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local,
regional e global.

Para contribuir com o desenvolvimento dessa competência, as aulas de


Educação Física devem propor a construção subjetiva de gestos, evitando
que os alunos simplesmente reproduzam os movimentos dos professores.

Os alunos aprendem movimentos pela imitação, pela observação dos


gestos de outras pessoas e o professor pode e deve ser uma referência,
mas não impor um único modo de realizar os movimentos, insistindo no
jeito “certo”, mas mostrando que há diferentes formas executar e que cada
praticante pode encontrar a sua forma de movimento.
Essa aprendizagem de movimento deve ser em ambientes que estimulem a
colaboração entre os alunos, o respeito às diferenças, a troca de
experiências.

Essa competência também propõe que o professor de Educação Física fale


das questões ambientais presentes nas atividades como o consumo e
descarte de materiais esportivos, o apelo ao consumo de produtos para a
prática de esportes, os impactos ambientais de grandes eventos esportivos,
o impacto das práticas corporais de aventura na natureza e outros temas
relacionados à educação ambiental.

4. Compreender as línguas como fenômeno político, histórico, cultural,


social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso,
reconhecendo suas variedades e as vivenciando como formas de
expressões de identidade, pessoais e coletivas, bem como agindo no
enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza.

Essa competência sugere usar da língua portuguesa e as línguas


estrangeiras em situações das práticas corporais. A linguagem própria de
cada exercício, a presença de expressões em língua estrangeira nos
exercícios trazidas para o Brasil por imigrantes, os modos próprios de
atletas conversarem, a narração de eventos esportivos e outros temas
relacionados a língua e a linguagem corporal que podem ajudar em
parcerias com os professores de inglês e de português.

5. Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas


práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de
expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de
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respeito à diversidade.

Essa competência mostra contribuições específicas das aulas de Educação


Física na área de linguagens para os alunos do Ensino Médio.

Exemplificando
Selecionar e utilizar movimentos corporais de forma consciente e intencional
para interagir socialmente em práticas corporais, de modo a estabelecer
relações construtivas, empáticas, éticas e de respeito às diferenças.

Analisar criticamente preconceitos, estereótipos e relações de poder presentes


nas práticas corporais, adotando posicionamento contrário a qualquer
manifestação de injustiça e desrespeito a direitos humanos e valores
democráticos.

Vivenciar práticas corporais e relacionar com seu projeto de vida, como forma
de autoconhecimento, autocuidado com o corpo e com a saúde, socialização e
entretenimento.

6. Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e


culturais, considerando suas características locais, regionais e globais, e
mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar
significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas,
exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à
diversidade de saberes, identidades e culturas.

Nessa competência, os professores de Educação Física devem fazer


parcerias com os professores de Arte trabalhando a dança, os jogos
teatrais, o teatro, as atividades de expressão corporal para que os alunos
tenham oportunidade de ampliar suas possibilidades de produção artística
utilizando a linguagem corporal.

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7. Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as


dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as
formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas,
e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho,
informação e vida pessoal e coletiva.

Nessa competência o professor de Educação Física deve ajudar os


estudantes a:
- Compreender o impacto das tecnologias digitais da comunicação e da
informação nas vivências corporais cotidianas e nos modos de produzir e
disseminar cultura corporal.
- Mobilizar diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais em
diferentes projetos autorais e processos produtivos de suas práticas
corporais
- Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação,
para pesquisar, selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos
sobre a cultura corporal.

Exemplificando

Visualização e produção de vídeos tutoriais sobre as práticas corporais.


Visualização e produção de ensaios fotográficos das práticas corporais
vivenciadas.

Utilização de tecnologias digitais para avaliar e monitorar as práticas corporais


como aplicativos de corrida, monitores de frequência cardíaca etc...

Discussões sobre o uso de tecnologias digitais para monitorar e auxiliar a


arbitragem de eventos esportivos

Uso das tecnologias digitais no treinamento esportivo


Produção de conteúdo digital sobre as práticas corporais vivenciadas na
escola.

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Aula 4
A Educação Física e os itinerários formativos no
ensino médio

A BNCC prevê que os currículos do Ensino Médio devem criar itinerários


formativos que complementem a formação dos estudantes, permitindo
flexibilização do currículo, pois os estudantes poderão escolher entre
aprofundamentos nas áreas de conhecimento ou na formação profissional. Esses
itinerários, são caminhos e meios que facilitam atingir os objetivos principais.
Nesse cenário, a carga horária das aulas de Educação Física, tal como
tradicionalmente a disciplina se constituiu no Ensino Médio, é reduzida. No entanto,
dependendo das decisões que as redes de ensino tomarem sobre esses itinerários
formativos, o professor de Educação Física poderá atuar com componentes
curriculares inovadores no aprofundamento da área de linguagens.

Esse modo de pensar o currículo do Ensino Médio é novo e aberto para as


decisões das secretarias de educação, escolas e professores. Então, vamos refletir
sobre as possibilidades que esses novos itinerários podem trazer para a Educação
Física, lembrando que o objetivo é levantar ideias para implantar nas redes de
ensino.

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Segundo a BNCC, os itinerários da área de


linguagens envolvem:

Aprofundamento de conhecimentos estruturantes para aplicação de

diferentes linguagens em contextos sociais e de trabalho, estruturando arranjos


curriculares que permitam estudos em línguas vernáculas, estrangeiras, clássicas e
indígenas, Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), das artes, design, linguagens
digitais, corporeidade, artes cênicas, roteiros, produções literárias, dentre outros,
considerando o contexto local e as possibilidades de oferta pelos sistemas de
ensino

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Os currículos podem, portanto, incluir componentes curriculares com foco nas


práticas corporais que os estudantes poderão escolher, diversificando suas
aprendizagens conforme seus interesses.

No documento de orientação para elaboração


dos itinerários formativos publicado pelo MEC
após a homologação da BNCC, os itinerários
são definidos como:

Conjunto de situações e atividades educativas que os estudantes podem

escolher conforme seu interesse, para aprofundar e ampliar aprendizagens em uma


ou mais Áreas de Conhecimento e/ou na Formação Técnica e Profissional, com
carga horária total mínima de 1.200 horas

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Segundo o Guia de Implementação do Novo Ensino Médio (MEC) os


itinerários podem envolver a criação de:

Laboratórios: envolvem observação, experimentação e produção em uma área de


estudo e/ ou o desenvolvimento de práticas de um determinado campo.

Oficinas: espaços de construção coletiva de conhecimentos, técnicas e tecnologias


que possibilitam articulação entre teorias e práticas.

Clubes: agrupamentos de estudantes livremente associados que partilham de gostos


e opiniões comuns.

Observatórios: grupos de estudantes que se propõe, com base em uma problemática


definida, a acompanhar, analisar e fiscalizar a evolução de fenômenos, o
desenvolvimento de políticas públicas.

Núcleos de estudos: desenvolvem estudos e pesquisas, promovem fóruns de


debates sobre um determinado tema de interesse e disseminam conhecimentos po
meio de eventos.

Núcleos de criação artística: desenvolvem processos criativos e colaborativos


com base nos interesses de pesquisa dos jovens e na investigação das
corporalidades, espacialidades, musicalidades, textualidades literárias e teatralidades
presentes em suas vidas e nas manifestações culturais das suas comunidades.

Os professores de Educação Física poderão criar e


desenvolver componentes nessas opções de arranjo para
aprofundar o estudo e a experimentação das atividades
físicas!

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Relembrando
Neste módulo você viu:

Os pontos de partida da BNCC para boas práticas de Educação Física no Ensino


Médio;

Como as aulas de Educação Física contribuem para que o currículo do Ensino


Médio acolha as juventudes;

A integração das aulas de educação Física à área de Linguagens;

As competências e habilidades que devem ser desenvolvidas nas aulas de


Educação Física;

E os itinerários formativos da Educação Física no Ensino Médio;

Parabéns!
Parabéns!
Espero que tenha aproveitado bastante o curso “BNCC na
prática: do currículo à sala de aula” e a partir de agora possa
utilizar as inovações da BNCC no dia-a-dia das suas aulas de
Educação Física.
Muito sucesso e até breve!
SEU PROGRESSO NO CURSO
100%

Para liberar seu certificado acesse aqui sua avaliação final do


curso.

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Avaliação Final

Impulsiona na rede:
http://impulsiona.org.br

Ficha técnica
Produção e desenvolvimento
Instituto Península

Gestão técnica
Vanderson Berbat

Coordenação de desenvolvimento e de conteúdo


Verônica Fonseca

Pesquisa e elaboração de conteúdo


Isabel Filgueiras

Revisão técnica
Sirlene Alves

BILIOGRAFIA DO CURSO
Módulo 1
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GALLAHUE, David. L.; OZMUN, John C. Compreendendo o desenvolvimento motor


bebês, crianças, adolescentes e adultos. David L. Gallahue, John C. Ozmun
[Tradução Maria Aparecida da Silva Pereira Araújo] São Paulo: Phorte editora, 2001.

GALLAHUE, David. L.; DONNELLY, Francês, C. Educação Física Desenvolvimentista


para todas as crianças/David Gallahue, Francês Cleland Donnelly; [tradução Samantha
Prado Stamatiu, Adriana Elisa Inácio]. 4 ed. – São Paulo: Phorte, 2008.

FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro, Teoria e Prática da Educação


Física. São Paulo: Scipione, 1989.

FREIRE, João Batista e SCAGLIA, Alcides José. Educação como prática corporal. São
Paulo: Scipione, 2000.

FILGUEIRAS, Isabel Porto; FREYBERGER, Adriana. Brincadeiras e jogos no parque


Avisa lá, p. 16-21.

GARANHANI, Marynelma Camargo; NADOLNY, Lorena de F. O movimento do corpo


Infantil: uma linguagem da criança. Caderno de formação: didática dos conteúdos
formação de professores / Universidade Estadual Paulista. Pró-Reitoria de Graduação
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. – São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011.

Módulo 2
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Caderno
Cedes, Campinas, n. 48, p. 69-89, 1999.

DAOLIO, Jocimar. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas: Autores


Associados, 2004.

DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade (Coord.). Educação


Física na escola. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

DARIDO, Suraya Cristina (Org.). Educação Física escolar: compartilhando


experiências. São Paulo: Phorte, 2011.

GONZÁLEZ, Fernando Jaime. Sistema de classificação de esportes com base nos


critérios: cooperação, interação com o adversário, ambiente, desempenho comparado
e objetivos táticos da ação. Lecturas, Educación Física y Deportes, año 10, n. 71
2004.

GONZÁLEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido


Bássoli (Org.). Práticas corporais e a organização do conhecimento. Esportes de
marca e com rede divisória ou muro/parede de rebote: badminton, peteca, tênis de
campo, tênis de mesa, voleibol, atletismo. Maringá: Eduem, 2017.

Módulo 3
RUFINO, Luiz Gustavo Bonatto et al. Educação Física escolar no ensino médio
analisando o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 36, 2016.
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DARIDO, S. et al. Educação física no ensino médio: reflexões e ações. Revista


MOTRIZ - Volume 5, Número 2, Dezembro/1999

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