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Universidade do Estado da Bahia

Docente: Maria Josina Costa Barreto Neta


Docente: Angélica Silvia
Turma: Língua Portuguesa 2

Atividade avaliativa

Questão 1

Comunicação:
Comunicação é a forma como as pessoas se relacionam entre si, trocando
reciprocamente experiências, ideias, sentimentos, informações, alterando
mutuamente a sociedade onde estão inseridas. Sem a comunicação, cada um
de nós seria um mundo isolado.
“Comunicar é tornar comum, podendo ser um ato de mão única, como
TRANSMITIR (um emissor transmite uma informação a um receptor), ou de
mão dupla, como COMPARTILHAR (emissores e receptores constroem o
saber, a informação, e a transmitem). Comunicação é a representação de uma
realidade. Serve para partilhar emoção, sentimento, informação. ”
Dessa forma, pode-se determinar que o ato de comunicar é o ato de transmitir
e receber as informações, desejos e atos de forma verbal ou não verbal com o
intuito de estabelecer a comunicação, interação entre pessoas.

Elementos da comunicação:
“Emissor: chamado também de locutor ou falante, o emissor é aquele que
emite a mensagem para um ou mais receptores, por exemplo, uma pessoa, um
grupo de indivíduos, uma empresa, dentre outros.
Receptor: denominado de interlocutor ou ouvinte, o receptor é quem recebe a
mensagem emitida pelo emissor.
Mensagem: é o objeto utilizado na comunicação, de forma que representa o
conteúdo, o conjunto de informações transmitidas pelo locutor.
Código: representa o conjunto de signos que serão utilizados na mensagem.
Canal de Comunicação: corresponde ao local (meio) onde a mensagem será
transmitida, por exemplo, jornal, livro, revista, televisão, telefone, dentre outros.
Contexto: também chamado de referente, trata-se da situação comunicativa em
que estão inseridos o emissor e receptor.
Ruído na Comunicação: ele ocorre quando a mensagem não é decodificada de
forma correta pelo interlocutor, por exemplo, o código utilizado pelo locutor,
desconhecido pelo interlocutor; barulho do local; voz baixa; dentre outros. ”
Esses são os elementos descritos na doutrina que constituem os elementos da
comunicação e demonstram uma relação de reciprocidade comunicativa
pautada da transmissão e recepção de informações, no conhecimento mutuo
da linguagem/ código estabelecido na comunicação e do contexto e canal
estabelecido no momento da relação comunicativa.

Linguagem:
“O termo linguagem tem muitos significados e sentidos, mas vamos nos deter
aqui em duas de suas definições, as mais importantes. A primeira é: faculdade
cognitiva exclusiva da espécie humana que permite a cada indivíduo
representar e expressar simbolicamente sua experiência de vida, assim como
adquirir, processar, produzir e transmitir conhecimento. Nós somos seres muito
particulares, porque temos precisamente essa capacidade admirável de
significar, isto é, de produzir sentido por meio de símbolos, sinais, signos,
ícones etc. Nenhum gesto humano é neutro, ingênuo, vazio de sentido: muito
pelo contrário, ele é sempre carregado de sentido, nos mais variados graus, e
cabe justamente à nossa capacidade de linguagem interpretar o sentido
implicado em cada manifestação dos outros membros da nossa espécie.
A segunda definição de linguagem é decorrente da primeira: todo e qualquer
sistema de signos empregados pelos seres humanos na produção de sentido,
isto é, para expressar sua faculdade de representação da experiência e do
conhecimento. É dessa segunda acepção de linguagem que provém uma
distinção fundamental: a de linguagem verbal e linguagem não verbal. A
linguagem verbal é aquela que se expressa por meio do verbo (termo de
origem latina que significa “palavra”), ou seja, da língua, que é, de longe, o
sistema de signos mais completo, complexo, flexível e adaptável de todos: não
por acaso, é de língua que deriva a palavra linguagem, pois toda linguagem é
sempre uma “imitação da língua”, uma tentativa de produção de sentido tão
eficiente quanto a que se realiza linguisticamente. ”
A definição estabelecida por Marcos Bagno demonstra a pluralidade de
definição da palavra linguagem e de suas implicações na realização da
comunicação e o fato que de que a Linguagem é a sistematização da língua
dotada de sentido e intencionalidade na transmissão da mensagem desejada.
Apresenta dois tipos que são definidos como: Linguagem verbal, aquela
estabelecida através de uso de símbolos, letras escritas para a transmissão da
mensagem; E a linguagem não verbal que diz respeito a utilização de sinais
para estabelecer a comunicação.
Função da Linguagem:
A função da linguagem está pautada na transmissão plena da mensagem,
desejo e intencionalidade desejada para que haja comunicação e compreensão
do outro. A linguagem é a sistematização elaborada dos signos linguísticos e
de sua transmissão correta e de compreensão mutua.
As funções da linguagem no sentido mais técnico na construção de um texto
estão pautadas nas seguintes funções:
Função Fática: Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a
comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que
se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor
Função Emotiva: Reflete o estado de ânimo daquele que emite a mensagem
(emissor), seus sentimentos e emoções.
Função Metalinguística: A linguagem tem função metalinguística quando o uso
do código tem por finalidade explicar o próprio código.
Função Conativa: Refere-se a ordens e chamados.
Função Referencial: Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá
prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias.
Função Poética: Tem a utilização das palavras de forma especifica com o
intuito de estabelecer relação com melodia e com a poesia.

Resumo do artigo “Adoção por estrangeiro” do autor Gabriel


Alves de Barros

O artigo apresentado tem como tema central a adoção de crianças por


estrangeiros, motivo de muitas dúvidas acerca do processo e proteção infantil e
que ainda não tem o amplo debate no âmbito acadêmico, assim exemplificando
a clara importância e necessidade do debate acerca do tema. Embasado na
proteção da Dignidade da Pessoa Humana e atuação de diversos organismos,
internacionais ou nacionais, o artigo traz como premissa a proteção infantil que
e o objetivo do processo, que é declarado popularmente como excessivamente
burocrático, mas que ao analisar através do artigo exposto, expressa
necessidade da sua realização de forma burocrática para que não haja erros e
nem a possibilidade de crimes contra criança, como tráfico de menores,
sequestros, cárcere privado, trabalho escravo, tráfico de mulheres, prostituição
de crianças, abusos sexuais, entre outras atrocidades vistas nos jornais
diariamente, assim protegendo a criança na realização da adoção,
especialmente no âmbito de caráter internacional. O primeiro ponto descrito no
artigo debatido, é o que a realização da adoção por estrangeiros tornou-se
popular a partir do processo de globalização, já que na pós- modernidade
global as fronteiras entre os países e entre a comunicação geral é quase que
invisível e as barreiras tem sido diariamente quebradas. Dessa forma, seguindo
o corpo do artigo, o autor demonstra uma preocupação mundial no que cerne a
proteção das crianças nos países em que foram viver após a realização da
adoção, nesse ponto o autor faz relação acerca dessa preocupação com a
maior burocratização dos processos de adoção nos mais diferenciados países.
Como meio de superação desse problema apontado a ONU (Organizações das
Nações Unidas), têm garantido uma série de prerrogativas e proteções à
criança adotada, assegurando uma segurança jurídica independentemente do
local que vá residir: dos novos pais estrangeiros ou mesmo em seu país, assim
desestimulando o processo de desburocratização do processo de adoção.
Apesar do processo de popularização da adoção internacional, a preferência
adotiva ainda é que a criança permaneça em seu país de origem, mas
esgotada a possibilidade de garantia do melhor interesse da criança e da
convivência familiar, que são diretrizes básicas dos textos de proteção infantil,
a criança deve ter a possibilidade de ter uma família e um lar (lugar de afeto e
respeito) em qualquer localidade que melhor condiz com as necessidades e
proximidade cultural da criança envolvida. Para a descrição do processo de
adoção, trago nas palavras do autor passos exemplificados acerca do processo
de adoção de caráter internacional, definido passo a passo “Segue a seguinte
sequência prática do sistema da adoção: ” 1) Os pretendentes estrangeiros
devem procurar a Autoridade Central de seu local de origem para organizar
toda a documentação necessária e, principalmente, um estudo psicossocial da
família. 2). Receber, após diversas entrevistas e julgamento final, a habilitação
para adoção internacional. A documentação é recebida por eles, no país de
origem. 3). Procurar, ainda no exterior, um Organismo Credenciado para
adoção e, conforme o país onde o estrangeiro pretenda adotar, receber as
orientações pertinentes ao país de origem da criança ou do adolescente. 4) O
Organismo ou Associação credenciado nos termos da Convenção de Haia, no
caso do Brasil, irá enviar toda a documentação ao seu representante também
credenciado na Autoridade Central Administrativa Federal – ACAF e
cadastrado na Polícia Federal, para dar início ao processo de Habilitação dos
pretendentes em uma das Comissões Estaduais Judiciárias de Adoção
Internacional – CEJAI. São 27 CEJAIs ou CEJAs no Brasil 5) A CEJAI irá
realizar, pelo SIPIA, sistema de informação criado pela ACAF e fomentado
pelas informações de todas as Autoridades Centrais Estaduais, um cruzamento
de informações sobre as crianças ou adolescentes disponíveis para adoção,
nos quais nenhum brasileiro veio manifestar interesse. 6). Havendo empatia de
informações entre adotante e adotando, a CEJAI prepara uma proposta de
acordo (art. 17, letra c – Convenção de Haia). 7) Antes de vir ao Brasil, os
adotantes se apresentarão à Embaixada do Brasil em seu país, onde
receberão um Visto Especial para Adoção, que mencionará em que Estado da
Federação brasileira irão adotar. 8) A própria CEJAI ou o representante da
entidade credenciado no Brasil dará início ao pedido judicial no processo de
adoção na Vara da Infância de onde se encontra a criança. 9). Novamente toda
a documentação é analisada pela equipe técnica do Juizado e, estando tudo
em conformidade, inclusive sendo apresentado o parecer favorável do
Ministério Público, terá início o Estágio de Convivência. 10) O Estágio de
convivência é todo acompanhado pela equipe da CEJAI e da Vara de Infância
que, ao final, fará o relatório conclusivo da adaptação. 11) O Juiz, após o
parecer do promotor de justiça, caso favorável, decretará a sentença de
adoção, que, após o trânsito em julgado, será irrevogável, com exceção do art.
42, §6º. Consta, expressamente, no art. 47, §7º do ECA: Art. 47, § 7º – A
adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença
constitutiva, exceto na hipótese prevista no § 6o do art. 42 desta Lei, caso em
que terá força retroativa à data do óbito. 12). Os adotantes farão cumprir a
sentença, cancelando primeiramente a certidão original da criança e
registrando, por meio de mandado judicial, a nova certidão de nascimento do
adotado, na qual não poderá constar nenhuma observação sobre a origem do
ato. 13). Novamente, retornam à CEJAI, que examinará a sentença judicial de
adoção e a nova certidão, e assim expedirá o Certificado de Conformidade com
a Convenção de Haia 14). De posse da sentença e do Certificado de
Conformidade, os adotantes vão à Polícia Federal providenciar o passaporte da
criança. 15) os adotantes, finalmente, após mais ou menos 60 dias no Brasil,
farão traduzir todos os documentos em português para o seu idioma pátrio e se
encaminharão à Embaixada de seu país no Brasil, para obter o visto de entrada
da criança (Visto de adoção) no seu novo país de residência. 16) após
chegarem ao seu país de origem, eles novamente entram em contato com o
Organismo Credenciado para dar início aos relatórios pós-adotivos de
adaptação e também dar início ao processo de reconhecimento da sentença de
adoção brasileira. 17) A entidade que durante dois anos, ou até a obtenção da
cidadania da criança no país de adoção, não enviar, a cada 6 meses, relatórios
de acompanhamento do caso, será descredenciada pela ACAF/ SEDH, nos
termos do Decreto n. 5.491, de 18 de julho de 2005, publicado no DOU em
19/07/2005 (BELLINO, 2012).”.Dessa forma, observa-se que todo o processo
burocrático para adoção infantil e também do adolescente visa o melhor
estabelecimento e construção tanto jurídica, quando afetiva do laços familiares
desenvolvidos através da adoção, de forma que seja segura para ambas as
partes e que garanta a formulação de um lar propicio e acolhedor a criança e
adolescente que tem como maior sonho ter uma família.

Referências Bibliográficas

http://ana-intervalo.blogspot.com/2009/02/o-que-e-comunicacao.html
https://www.todamateria.com.br/elementos-da-comunicacao/
http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/linguagem
https://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil13.php

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