Contexto
O princípio da Conservação de Energia diz que " a energia pode ser transformada ou
transferida, mas nunca criada ou destruída".
Uma das formas que a energia pode assumir é a energia potencial elástica. Esta forma
de energia está associada à energia necessária para deformar as ligações químicas entre
os átomos que constituem um determinado material. Quando comprimimos um
material, estamos aproximando os átomos constituintes. Quando esticamos, estamos
afastando-os. A quantidade de deformação (compressão ou alongamento) suportável
pelo material determina se ele é elástico ou não. Um material elástico geralmente não se
rompe quando sujeito a quantidades razoáveis de deformação. Nos materiais elásticos,
os átomos tendem a re-ocupar a sua posição normal, quando liberados da deformação.
Como receberam energia para sair da posição normal, quando liberados da deformação
devem devolvê-la de alguma forma.
Um bom exemplo é o estilingue. Quando puxamos seu elástico com uma pedra
encaixada, entregamos energia do nosso corpo ao elástico. Ao liberar o elástico, este
praticamente devolve a energia que recebeu na forma de energia cinética da pedra, mais
energia sonora (energia envolvida na criação e propagação do som). Se não colocarmos
a pedra, ao soltar o elástico este entrega a maior parte da sua energia de volta para o
corpo: a outra mão tem que absorver o " tranco". Até a energia sonora é maior neste
caso.
A energia potencial elástica é diretamente proporcional à deformação sofrida pelo
material. Assim, quanto mais deformado estiver o material, mais energia potencial
elástica acumulada ele terá.
Ideia do Experimento
A ideia do experimento é fazer algo parecido com um estilingue, mas de modo a
podermos observar mais facilmente o processo de acumulação e, depois, de
transferência de energia potencial elástica. Trata-se de um arranjo onde pode-se
observar em sequência, a velocidade de aproximação de uma bolinha (e portanto pode-
se ter uma ideia de sua quantidade de energia cinética), a transformação da energia
cinética da bolinha em energia potencial de um elástico, a devolução desta energia
potencial do elástico para a bolinha, que ganha aproximadamente a mesma quantidade
de energia cinética que tinha antes.
O experimento consiste em impulsionar uma bolinha, através de uma canaleta de
réguas, fazendo com que colida com um elástico, esticado, ao final da canaleta (ver
figura no esquema geral de montagem).
Para puxar um elástico com o dedo, precisa-se de uma certa quantidade de energia para
deformá-lo. Esta energia vem de algum lugar: ela foi cedida pelo nosso corpo e é
acumulada no elástico na forma de energia potencial elástica. Este mesmo procedimento
é observado no caso da bolinha impulsionada contra o elástico. A energia cinética que a
bolinha tinha no início do movimento é acumulada no elástico na forma de energia
potencial elástica, que, imediatamente, após a colisão retoma a sua velocidade inicial (
no sentido contrário) na forma de energia cinética novamente. Nota-se que a
transformação da energia potencial elástica em energia cinética neste experimento é
praticamente instantânea, sendo difícil de ser observada.
Tabela do Material
Item Observações
duas réguas de Usamos as duas réguas para formar uma canaleta por onde rolará a
30cm bolinha.
bolinha Bolinha de vidro (bola de gude).
elástico Usamos um elástico comum, encontrado em lojas de armarinho.
Montagem
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