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EOL Terra Santa

Coordenação de Isolamento da RMT 34,5 kV

Elaboração: LT Engenharia Ltda.


15/01/2019
EOL Terra Santa – Coordenação de Isolamento da RMT 34,5 kV – rev02 2/7

SUMÁRIO

1. OBJETIVO 4

2. NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 4

3. CARACTERÍSTAS DO EMPREENDIMENTO 4

3.1 LOCALIZAÇÃO 4

3.2 CONFIGURAÇÕES DAS INSTALAÇÕES DA EOL TERRA SANTA 5

4. PREMISSAS E DIRETRIZES 5

4.1 NÚMERO DE DESCARGAS DIRETAS NA RMT 6

5. DADOS DO SISTEMA 7

5.1 DIAGRAMA UNIFILAR DA EOL TERRA SANTA II 7

5.2 DIAGRAMA UNIFILAR DA SUBESTAÇÃO COLETORA 8

5.3 ARRANJO DA SUBESTAÇÃO COLETORA 9

5.4 CORTES DA SUBESTAÇÃO COLETORA 10

6. MODELAGEM DO SISTEMA SIMULADO 12

6.1 TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA DA SUBESTAÇÃO 12

6.2 PÁRA-RAIOS 69 KV D SUBESTAÇÃO 13

6.3 PÁRA-RAIOS 34,5 KV DA SUBESTAÇÃO 13

6.4 RESISTOR DE ATERRAMENTO 14

6.5 DEMAIS EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO 14

6.6 PÁRA-RAIOS DA RMT 34,5 KV 14

6.7 CABOS ISOLADOS DA RMT 34,5 KV 15

6.8 CABOS AÉREOS DA RMT 34,5 KV 16

7. METODOLOGIA DE ESTUDO 16

7.1 MODELOS DE SURTOS DE TENSÃO E CORRENTE 16

7.2 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO 17

7.3 SOLICITAÇÕES ELÉTRICAS 18

7.4 FORMAS NORMALIZADAS DE TENSÃO 19

7.5 SUPORTABILIDADE DIELÉTRICA DA ISOLAÇÃOS 19

7.6 TENSÃO CRÍTICA DE DESCARGA (CFO) 19

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7.7 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 19

7.8 PROCEDIMENTO PARA COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO 20

7.9 SELEÇÃO DO NÍVEL DE ISOLAMENTO NOMINAL 20

8. SIMULAÇÕES 20

8.1 DESCARGAS ATINGINDO DIRETAMENTE A RMT 22

8.2 DESCARGAS ATINGINDO OS AEROGERADORES 22

8.3 CASOS ADICIONAIS: INCLUSÃO DE PÁRA-RAIOS 23

9. CONCLUSÕES 23

10. RECOMENDAÇÕES 24

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1. OBJETIVO

Este relatório tem por objetivo apresentar os resultados obtidos das simulações de transitórios
eletromagnéticos para verificação da Coordenação de Isolamento da Rede de Média Tensão 34,5 kV da
EOL Terra Santa, tende como foco as sobretensões resultantes de eventos transitórios e as condições de
operação dos elementos supressores de surto, os pára-raios localizados ao longo do tronco principal da
rede aérea e os trechos subterrâneos de conexão da geração.

2. NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

[1] 120-1300495-M-DE-002_FL1-0B - Arranjo Geral - Planta;


[2] 120-1300495-M-DE-002_FL2-01;
[3] 120-1300495-M-DE-002-R04 - Arranjo Geral - Planta;
[4] Cabo-Aluminio-Liga-CAL-1120-Web;
[5] EOL-SDM00-04-ETR-EN-050-01 - Desenho Dimensional - Chaves Sec - Maurizio;
[6] GD289851-EN R9 Characteristics and general operation information for SG 3.4-132;
[7] GD313752 Rev4.0_GCM_TRANSFORMER SG3_X 132;
[8] TERRA SANTA - TRAFO - CURVAS;
[9] TS-DE-COL-ELM-ABB-002-0B - Planta;
[10] TS-DE-COL-ELM-ABB-003-0B - Cortes A-A, B-B e C-C;
[11] TS-DE-COL-ELM-ABB-004-0B - Cortes C-C, D-D, E-E, F-F, G-G;
[12] TS-DE-COL-EQP-ABB-001-0B - Placa do transformador;
[13] TS-DE-GER-ELE-STA-007-0A;
[14] TS-DE-GER-ELE-STA-011-0A;
[15] TS-DE-GER-ELM-STA-005-01 - Desenho Dimensional Isoladores;
[16] TS-DE-GER-ELM-STA-007-0A - Para Raios - Desenhos Dimensionais;
[17] TS-DE-TS1-ELE-STA-001-0A;
[18] TS-DG-COL-ELE-ABB-001-0A - DIAGRAMA UNIFILAR DA SE (1);
[19] IEEE-C37.11: IEEE Guide for the Application of Transient Recovery Voltage for AC High-Voltage
Circuit Breakers;
[20] IEEE STD 141 (Red Book): IEEE Recommended Practice for Electric Power Distribution For
Industrial Plants - New York: Institute of Electrical and Electronics Engineers, Inc., 1993;
[21] PRIKLER, László; HOIDALEN, Hans K.: ATPDRAW (Alternative Transients Program), Version
3.5 for Windows 9x/NT/2000/XP, Users’ Manual, August 2002;
[22] DOMMEL, HERMANN WILHELM - EMTP THEORY BOOK - Second Edition Microtran Power
System Analysis Corporation - Vancouver, British Columbia - May, 1992;
[23] Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): Guia de Aplicação de Coordenação de
Isolamento, NBR 8186;
[23] IEC Standard 71-1: Insulation Coordination Part 1: Definitions, Principles and Rules, 1993;

3. CARACTERÍSTAS DO EMPREENDIMENTO

3.1 LOCALIZAÇÃO

O mapa apresentado na figura 1 mostra a Rede Básica localizada no Estado do Rio Grande do Norte,
incluindo a subestação de João Câmara II onde será conectado a EOL Terra Santa.

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Figura 1 - Rede Básica do RN com ponto de conexão da EOL Terra Santa.

3.2 CONFIGURAÇÕES DAS INSTALAÇÕES DA EOL TERRA SANTA

A conexão das usinas analisadas ao SIN, ocorrerá no barramento de 69 kV da subestação João Câmara II
através de uma linha de transmissão em 69 kV, circuito simples, que interligará a subestação
elevadora do empreendimento eólico com a subestação João Câmara II. Na subestação do
empreendimento serão instalados 2 transformadores 69-34,5 kV, 42/56/70 MVA.

4. PREMISSAS E DIRETRIZES

Os estudos de transitórios eletromagnéticos visam analisar o sistema frente a eventos transitórios, dentre
os quais pode-se citar: descargas atmosféricas, manobras de disjuntores, curto-circuito etc. Quando se
fala em redes elétrica aéreas na classe de tensão 34,5 kV, as maiores solicitações são frente a descargas
atmosféricas (frente rápida), que são estudadas através da Coordenação de Isolamento.
Dito isto, o estudo de Coordenação de Isolamento, para as condições dispostas ao longo deste
documento, buscará analisar: pára-raios e NBI dos equipamentos conectados frente as piores
sobretensões resultantes na RMT.
O estudo adotou como premissa a modelagem do sistema de influência a eventos na Rede de Média
Tensão da EOL Terra Santa II, já que se identificou como o trecho mais susceptível a descargas
atmosféricas diretas em virtude da maior área de exposição entre o aerogerador TS2-09 e a subestação.
Por fim, após as conclusões, serão apresentadas as recomendações também para os demais parques do
complexo com base nos resultados obtidos.
Foram adotadas as seguintes considerações:
 Para efeito de estudo, utilizou-se o software ATP para realização das análises eletromagnéticas
frente a eventos transitórios;
 A modelagem do sistema contou com os elementos e suas capacitâncias parasitas desde a
subestação coletora 69/34,5 kV até o ponto principal dos elementos de geração elétrica;

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 A rede de média tensão foi modelada com base no método de Bergeron de parâmetros
distribuídos;
 A análise visa observar as sobretensões envolvidas na rede frente a fenômenos transitórios, afim
de garantir a suportabilidade dos equipamentos envolvidos ao sistema;
 A RMT aérea não conta com a instalação de cabo guarda no topo das estruturas, o que deixa os
cabos de média tensão com maior índice de exposição a descargas atmosféricas diretas;
 O sistema contou com a modelagem trifásica dos elementos envolvidos.

4.1 NÚMERO DE DESCARGAS DIRETAS NA RMT

Utilizando os dados do ELAT - Grupo de Atividades Atmosféricas, do INPE – Instituto Nacional de


Pesquisas Espaciais, observou-se que a densidade de descargas atmosférica no município de João Câmara
é de 0,2578267887 descargas/km²/ano.
O número esperado de descargas atmosféricas diretas ocorridas anualmente por cada 100 km de linha
aérea instalada em terreno plano pode ser determinado pela da equação:

Nd = 0,18 x Nda x (L + 10,5 x H^0,75)

 Nd – número provável de descarga atmosférica anual para cada 100 km de rede;


 Nda = 0,2578267887 descargas/km²/ano;
 H = 12 m (altura média dos condutores);
 L 2,20 m (distância entre os condutores das extremidades da rede).

Assim,
Nd = 0,18 x 0,2578267887 x (2,20 + 10,5 x 12^0,75) = 3,24/100 km/ano

Como a rede possui um comprimento total de exposição em torno de 12 km, então é 0,4 descargas por
ano é o resultado probabilístico de que uma descarga atmosférica direta atinja a RMT. Este
resultado servirá como base para as considerações que serão apresentadas para os casos simulados ao
longo do estudo.

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5. DADOS DO SISTEMA

5.1 DIAGRAMA UNIFILAR DA EOL TERRA SANTA II

Figura 2 - Diagrama Unifilar da EOL Terra Santa II.

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5.2 DIAGRAMA UNIFILAR DA SUBESTAÇÃO COLETORA

Figura 3 - Diagrama Unifilar da SE Coletora Terra Santa.

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5.3 ARRANJO DA SUBESTAÇÃO COLETORA

Figura 4 - Arranjo da SE Coletora Terra Santa.

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5.4 CORTES DA SUBESTAÇÃO COLETORA

Figura 5 - Cortes A-A, B-B e C-C da SE Coletora Terra Santa.

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Figura 6 - Cortes C-C, D-D, E-E, F-F e G-G da SE Coletora Terra Santa.

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6. MODELAGEM DO SISTEMA SIMULADO

Para representação no ATP cada elemento elétrico foi modelado conforme o fenômeno ao qual estaria
submetido. Se tratando de transitórios eletromagnéticos, fenômenos de alta frequências e frentes rápidas.
Cada elemento segue descrito individualmente a seguir.

6.1 TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA DA SUBESTAÇÃO

Os dados dos transformadores estão indicados a seguir:

Tabela 1 - Dados do tansformador de potência.


Potência nominal (ONAN): 42 MVA
Potência nominal (ONAF1): 56 MVA
Potência nominal (ONAF2): 70 MVA
Tensão nominal do primário: 69 kV
Tensão nominal do secundário: 34,5 kV
Conexão do primário: D
Conexão do secundário: yn
Comutação sob carga: 8 x 1,25%

A curva de saturação do transformador:

Figura 7 - Curva de saturação do transformador.

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6.2 PÁRA-RAIOS 69 KV D SUBESTAÇÃO

Os pára-raios da subestação do setor de alta tensão foi modelado com base nas características de curva V
x I através de elementos não lineares. Os dados estão apresentados:

Tabela 2 - Dados VxI do PR 69 kV da subestação.


I (A) V (V)
0,1 120000
10 140000
1000 165000
2000 176000
5000 192000
10000 201000
20000 218000

A curva utilizada:

Figura 8 - Curva do PR 69 kV da subestação.

6.3 PÁRA-RAIOS 34,5 KV DA SUBESTAÇÃO

Os pára-raios da subestação do setor de média tensão foi modelado com base nas características de curva
V x I através de elementos não lineares. Os dados estão apresentados:

Tabela 3 - Dados VxI do PR 34,5 kV da subestação.


I (A) V (V)
0,1 48000
10 52000
1000 60000
2000 64000
5000 74000
10000 80000
20000 86000

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A curva utilizada:

Figura 9 - Curva do PR 34,5 kV da subestação.

6.4 RESISTOR DE ATERRAMENTO

Tabela 4 - Dados do resistor de aterramento.


Tensão nominal do sistema (kV): 34,5
Frequência nominal (Hz): 60
Corrente nominal (A): 800
Tempo de atuação (s): 10
Resistência a 40 °C (Ohm): 24,9

6.5 DEMAIS EQUIPAMENTOS DA SUBESTAÇÃO

Tabela 5 - Capacitâncias equipamentos subestação.


Equipamento Capacitância
Parasita (pF)
TC 69 kV: 150
Chave 69 kV: 45
Disjuntor 69 kV: 70
Disjuntor 69 kV (entre polos): 100
TC 34,5 kV: 150
TP 34,5 kV: 350
Disjuntor 34,5 kV: 20
Disjuntor 34,5 kV (entre polos): 30
Chave 34,5 kV: 30

6.6 PÁRA-RAIOS DA RMT 34,5 KV

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Tabela 6 - Dados pára-raios RMT.


Fabricante: Isoelectric
Modelo: 36-DT
Varistor: ZnO
Tensão nominal (kV) 36
Frequência (Hz): 60
Tensão de operação contínua (kV): 28,8
Corrente nominal (kA): 10
Capacidade de absorção de energia (kJ/kV): 1,8

A curva utilizada:

Figura 10 - Curva PR RMT.

6.7 CABOS ISOLADOS DA RMT 34,5 KV

Os cabos isolados utilizados na RMT foram modelados na rotina LCC do programa ATP,
considerando os seguintes dados básicos:

Tabela 7 - Dados cabo 70 mm² XLPE.


Tipo: XLPE
Bitola (mm²): 70
Raio do condutor de fase (mm): 4,85
Configuração: Trifólio

Tabela 8 - Dados cabo 400 mm² XLPE.


Tipo: XLPE
Bitola (mm²): 400
Raio do condutor de fase (mm): 11,65
Configuração: Trifólio

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Tabela 9 - Dados cabo 500 mm² XLPE.


Tipo: XLPE
Bitola (mm²): 500
Raio do condutor de fase (mm): 13,1
Configuração: Trifólio

6.8 CABOS AÉREOS DA RMT 34,5 KV

O tronco principal da rede 34,5 kV aérea é composto de cabos nús, conforme:

Tabela 10 - Dados cabo nú da RMT.


Tipo (MCM): CAL 1158
Resistência CC (Ohm/km): 0,051
Raio do condutor de fase (mm): 15,75

7. METODOLOGIA DE ESTUDO

7.1 MODELOS DE SURTOS DE TENSÃO E CORRENTE

O programa utilizado nesta análise dispõe de diversos tipos de fontes para a excitação das redes elétricas.
No caso específico em questão, o interesse está voltado para a modelagem de surto de tensão ou corrente,
e diversas alternativas podem ser aplicadas. Entretanto, antes de se iniciar a análise das alternativas dos
modelos específicos, é importante verificar a questão da equivalência das fontes e sua incorporação ao
modelo completo utilizado nos estudos de injeção de surtos. O conceito básico, que se aplica a qualquer
equivalente da rede e para qualquer tipo de estudo, consiste em se utilizar a menor representação possível
do sistema em análise, de forma a minimizar o tempo de processamento e evitar a inclusão de
componentes desnecessários. No caso específico em análise, o problema consiste em injetar um surto de
tensão ou corrente, com forma de onda e amplitude conhecidas, na linha de transmissão ou na entrada da
subestação, sem que a fonte modifique a impedância vista pelas reflexões provenientes do interior da
subestação. Quando se utiliza uma fonte de tensão o modelo apresentado a seguir deve ser aplicado.

U
R=Z0

2U ~

Figura 11 - Modelo surto de tensão.


RT678-10-CPFL

A tensão da fonte deve ser igual a duas vezes o valor do surto de tensão desejado e a impedância de surto
(Z0) deve ser igual a impedância de surto do barramento onde o modelo será conectado para injetar o
surto na subestação.

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U
R=Z0
Z0 I

Figura 12 - Modelo surto de corrente.


A magnitude da fonte de corrente deve ser estipulada de tal forma que se obtenha o surto de tensão em
função da impedância de surto do barramento onde o modelo será conectado para injetar o surto na
subestação. Nos dois modelos apresentados anteriormente, as reflexões provenientes das
descontinuidades existentes no interior da subestação encontram uma impedância de surto igual à do
barramento por onde estão se propagando, não havendo, portanto, reflexões em direção à subestação. Na
prática este modelo está no lugar de uma linha de transmissão, onde os surtos provenientes da subestação
se propagariam até encontrar uma descontinuidade na extremidade oposta. Considerando a disparidade
entre a duração do transitório no interior da subestação e o tempo de propagação da linha de transmissão,
não há a menor necessidade de se modelar a linha para estudos de injeção de surtos em subestações de
transmissão. Para efeito do transitório dentro da subestação tudo se passa como se a linha de transmissão
tivesse comprimento infinito. No caso de se considerar a incidência pelos cabos para-raios ou estruturas
pode-se determinar as sobretensões e correntes equivalentes, adotando-se a seguinte equação:

(1  k).ID .ZST
US 
Z
1  2. ST
Z PR
Onde:
US - Sobretensões resultantes na fase em [kV];
ID - Correntes de descarga diretamente nos cabos para-raios em [kA];
k - Fator de amortecimento;
ZST - Impedância de surto da torre ou estrutura em [Ω];
ZPR - Impedância de surto dos cabos para-raios em [Ω].

Deve-se salientar que em função da geometria do ponto de incidência têm-se diferentes correntes de
descargas na estrutura ou cabos para-raios, as quais são equivalentes a injeção nos condutores de fase em
função da mesma sobretensão resultante.

7.2 COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO

A adequação da suportabilidade de um equipamento, ou arranjo isolante, às tensões que podem surgir no


sistema para o qual ele foi projetado, bem como as características dos dispositivos de proteção contra
surtos são objetos do Estudo de Coordenação de Isolamento. Sua principal função é reduzir a um valor
econômico e operacionalmente aceitável a probabilidade de que as tensões resultantes impostas causem
danos ou afetem a continuidade do serviço. Trata-se, portanto, de uma decisão de engenharia,
parametrizada pela economia e confiabilidade de operação, considerando-se a capacidade do
equipamento planejado através da seleção da suportabilidade dielétrica e definição das características de
isolamento nominal ou normalizado.
Recomenda-se que as tensões suportáveis sejam associadas com a tensão máxima dos equipamentos para
fins de coordenação de isolamento. Em regra geral, as informações correspondentes à coordenação do
isolamento são traçadas em um diagrama como o mostrado a seguir. Neste gráfico de tensão em função
do tempo estão representadas tanto a curva de proteção dos para-raios quanto a de suportabilidade da
isolação de um determinado equipamento.

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Figura 13 - Curva Coordenação de Isolamento.

As curvas mostradas representam graficamente as características físicas de um determinado equipamento,


observadas em testes controlados. Observa-se que a curva característica frente a descarga (sparkover) do
dispositivo de proteção é influenciada pela inclinação do surto da tensão incidente, tal como pode ser
observado pela curva de proteção dos para-raios.

7.3 SOLICITAÇÕES ELÉTRICAS

O conhecimento dos diferentes esforços elétricos aos quais o sistema fica sujeito e com os quais ele
necessariamente terá que conviver também se constitui em ponto chave para a coordenação de
isolamento. Estes, constituídos por tensões e sobretensões, são classificados de acordo com sua forma de
onda e duração, e são divididos nas seguintes classes:

- Tensão nominal do sistema: valor de tensão fase-fase usado para designar ou identificar um sistema;
- Tensão máxima do sistema: máximo valor de tensão de operação que ocorre sob condições normais de
operação em qualquer tempo e em qualquer ponto do sistema;
- Tensão máxima do equipamento (Umáx): máximo valor de tensão fase-fase para o qual o equipamento
é projetado, considerando o seu isolamento, bem como outras características relacionadas a esta tensão
em normas específicas para o equipamento;
- Sobretensão: qualquer valor entre fase e terra, ou entre fases, cujo valor de crista excede o valor de
crista deduzido da tensão máxima do equipamento (Um. 2 / 3 ou Um. 2 ), respectivamente;
- Tensão contínua de frequência fundamental: tensão de frequência fundamental tendo valor eficaz
constante, continuamente aplicada a qualquer par de terminais de uma configuração de isolação de um
determinado equipamento;
- Sobretensão temporária: sobretensão à frequência fundamental de duração relativamente longa.

A sobretensão pode ser não amortecida ou fracamente amortecida. Em alguns casos sua frequência pode
ser várias vezes menor ou maior do que a frequência fundamental;

- Sobretensão transitória: sobretensão de curta duração, de alguns milissegundos ou menos, oscilatória ou


não oscilatória, fortemente amortecida. As sobretensões transitórias podem ser seguidas imediatamente
por sobretensões temporárias. Em tais casos as duas sobretensões são consideradas eventos separados.

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Nota: A menos que claramente indicado os valores de tensão expressos em [pu] serão referenciados a
base de Um. 2/ 3 .

7.4 FORMAS NORMALIZADAS DE TENSÃO

- Tensão de frequência fundamental de curta duração: tensão senoidal com frequência entre 58 e 62 [Hz]
e duração de 1 minuto;
- Impulso atmosférico: impulso de tensão tendo tempo de frente de 1,2 [µs] e um intervalo de tempo até a
metade do valor de pico em 50 [µs].

7.5 SUPORTABILIDADE DIELÉTRICA DA ISOLAÇÃOS

A suportabilidade dielétrica da isolação corresponde ao valor do isolamento normalizado para o qual as


tensões suportáveis normalizadas estão associadas à tensão máxima do equipamento.

7.6 TENSÃO CRÍTICA DE DESCARGA (CFO)

Valor da crista especificado de uma tensão de ensaio para a qual a isolação (auto-recuperante) tem % de
probabilidade de suportar impulsos ou de haver descargas (Ux).

7.7 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

A função do sistema de proteção é assegurar que as sobretensões que atingem a subestação proveniente
das linhas de transmissão ou originada na própria subestação, sejam reduzidas a valores compatíveis com
a tensão nominal do sistema. Tal coordenação necessita considerar o número de caminhos de descarga,
bem como a suportabilidade dos diversos equipamentos da subestação. O maior número de componentes
isolantes de uma subestação é constituído de isolações em ar, para as quais uma descarga apresente
consequências menos sérias, mas, a suportabilidade mínima ocorre entre as partes internas de
transformadores de potência, de corrente e de potencial (ou reatores, onde aplicável). Na área da
subestação em análise os dispositivos de proteção a serem utilizados para controlar a magnitude das
sobretensões serão os para-raios de óxido de zinco (ZnO), instalados em 69 e 34,5 [kV]. Apresenta-se a
curva tensão em pu (Tensão de Pico / NBI) em função do tempo, a qual pode ser utilizada como método
de análise da coordenação do isolamento em função da razão e margem de proteção proporcionada pelos
para-raios, conforme apresentado:

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7.8 PROCEDIMENTO PARA COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO

O procedimento para coordenação do isolamento consiste na seleção de um conjunto de tensões


suportáveis normalizadas que caracterizam a isolação do equipamento. O conjunto de tensões
normalizadas selecionado constitui o valor de isolamento nominal. Se as tensões suportáveis
normalizadas são também associadas com a mesma tensão máxima do equipamento (Umáx), este
conjunto constitui o valor de isolamento normalizado.

7.9 SELEÇÃO DO NÍVEL DE ISOLAMENTO NOMINAL

A seleção do nível de isolamento nominal consiste na seleção do conjunto mais econômico de tensões
suportáveis normalizadas da isolação, suficientes para garantir que todas as tensões suportáveis
especificadas sejam atendidas. A tensão suportável contínua de frequência fundamental da isolação, ou
seja, a tensão máxima do equipamento é então escolhida como o valor normalizado mais próximo, igual
ou maior a tensão suportável contínua de frequência fundamental especificada.

8. SIMULAÇÕES

Para as simulações dos transitórios eletromagnéticos visando a análise da Coordenação de Isolamento


considerou-se o sistema de transmissão operando sem carga (a vazio). Foram realizadas simulações para
verificação do impacto de descargas atmosféricas sob configurações normais de operação, considerando
a modelagem ao longo do sistema de distribuição em 34,5 kV, considerando as ocorrências de descargas
diretamente na torre dos aerogeradores e descargas diretamente nos condutores de fase.
Com base nos dados apresentados no item 4.1 optou-se, a nível de estudo, utilizar intensidades de
descargas de 10 kA de amplitude, visto que a RMT da EOL Terra Santa possui uma baixa probabilidade
de queda de descargas atmosféricas diretas. Tal valor, com base no método de distribuição de
apresentado pelo IEEE, representa 95% de probabilidade de ser excedida.

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Na determinação da curva das descargas aplicadas, elementos com maiores altitudes estão susceptíveis a
frentes de ondas mais lentas. Assim, foram adotadas as seguintes formas de onda:

- Descarga atingindo diretamente a torre eólica na forma de onda 10 x 350 µs e 10 kA de amplitude;


- Descarga atingindo diretamente o condutor de fase da RMT no circuito C1 na forma de onda 1,2 x 50
µs e 10 kA de amplitude;

Portanto, as descargas atmosféricas foram modeladas por fontes de corrente equivalentes de forma a
obter as piores condições. As figuras a seguir apresentam as curvas características das fontes de corrente
utilizadas no programa ATP:

Figura 14 - Descarga atmosférica 10 kA 1,2x50 us.

Figura 15 - Descarga atmosférica 10 kA 10x350 us.

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Com base nos dados de referência, os equipamentos conectados a RMT da EOL Terra Santa possuem os
seguintes níveis de isolação frente a descargas atmosféricas (NBI):

Tabela 11 - NBI equipamentos RMT.


Switchgears (kV): 170
Chaves seccionadoras (kV): 170
Isoladores da RMT (kV): 260

A fim de gerar maior segurança para a operação, a nível de estudo, será aplicada uma margem de
segurança de 15% em cada valor de NBI dos equipamentos. Portanto, o estudo buscará apresentar
resultados que não superem os valores:

Tabela 12 - NBI equipamentos RMT utilizados para estudo.


Switchgears (kV): 144,5
Chaves seccionadoras (kV): 144,5
Isoladores da RMT (kV): 221

8.1 DESCARGAS ATINGINDO DIRETAMENTE A RMT

CASO 1 – Injeção de corrente de surto (IS) de 10 kA na fase B do circuito 1 da RMT em 34,5 kV a uma
distância de 1 km da transição do TS2-9 com a RMT.

CASO 2 – Injeção de corrente de surto (IS) de 10 kA na fase B do circuito 1 da RMT em 34,5 kV a uma
distância de 3 km da transição do TS2-9 com a RMT.

A Tabela 13 a seguir apresenta os resultados das sobretensões geradas nos switchgears para os casos
simulados. A coluna “kJ/kV” apresenta a maior energia absorvidas pelos pára-raios instalados na RMT:

Tabela 13 - Resultados sobretensões nos switchgears para os casos 1 e 2.


SWG1 SWG2 SWG3 SWG4 SWG5 SWG6 SWG7 SWG8 SWG9 kJ
(kV) (kV) (kV) (kV) (kV) (kV) (kV) (kV) (kV)
CASO 1 87,7 82,2 87,4 114,7 64,9 51,7 63,0 55,8 78,2 13,8
CASO 2 75,2 74,7 75,8 95,7 64,3 62,1 61,8 67,8 85,4 27,2

Também foram observados alguns pontos ao longo da RMT: no circuito 1 próximo ao TS2-7 (P1-C1), no
circuito 1 distante 2 km do TS2-9 (P2-C1) e no circuito 2 distante 2 km do TS2-09 (P2-C2). Os
resultados foram:

Tabela 14 - Resultados sobretensões ao longo da RMT para os casos 1 e 2.


P1-C1 P2-C1 P2-C2
(kV) (kV) (kV)
CASO 1 258,5 1425,6 858,3
CASO 2 242,1 1425,1 813,1

8.2 DESCARGAS ATINGINDO OS AEROGERADORES

CASO 3 – Injeção de corrente de surto (IS) de 10 kA atingindo diretamente o aerogerador TS2-02.

CASO 4 – Injeção de corrente de surto (IS) de 10 kA atingindo diretamente o aerogerador TS2-06.

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Tabela 15 - Resultados sobretensões nos switchgears para os casos 3 e 4.


SWG1 SWG2 SWG3 SWG4 SWG5 SWG6 SWG7 SWG8 SWG9 kJ
(kV) (kV) (kV) (kV) (kV) (kV) (kV) (kV) (kV)
CASO 3 23,6 93,5 24,1 14,5 9,3 7,8 8,5 5,8 10,9 0,07
CASO 4 8,6 8,2 8,3 9,6 20,2 93,5 23,4 9,8 8,1 0,07

Tabela 16 - Resultados sobretensões ao longo da RMT para os casos 3 e 4.


P1-C1 P2-C1 P2-C2
(kV) (kV) (kV)
CASO 3 11,4 13,8 13,0
CASO 4 37,5 15,6 16,5

8.3 CASOS ADICIONAIS: INCLUSÃO DE PÁRA-RAIOS

Visto que os casos 1 e 2 apresentaram valores que superaram o limite estabelecido pelo estudo na Tabela
12, serão realizadas algumas simulações adicionais com a inclusão de pára-raios adicionais em alguns
pontos estratégicos a fim de provocar a diminuição dos resultados negativos mostrados na Tabela 14.

CASO 5 – Injeção de corrente de surto (IS) de 10 kA na fase B do circuito 1 da RMT em 34,5 kV a uma
distância de 1 km da transição do TS2-09 com a RMT, com a inclusão de um conjunto de pára-raios
adicionais no circuito 1, e outro no circuito 2, 2 km distante do TS2-09 no sentido até a subestação.

CASO 6 – Injeção de corrente de surto (IS) de 10 kA na fase B do circuito 1 da RMT em 34,5 kV a uma
distância de 3 km da transição do TS2-9 com a RMT, com a inclusão de um conjunto de pára-raios
adicionais no circuito 1, e outro no circuito 2, 2 km distante do TS2-09 no sentido até a subestação.

A seguir são apresentados apenas os resultados nos pontos destacados em vermelho no item 8.1:

Tabela 17 - Resultados sobretensões ao longo da RMT para os casos 5 e 6.


P1-C1 P2-C1 P2-C2
(kV) (kV) (kV)
CASO 5 239,7 345,8 193,7
CASO 6 144,3 345,8 137,6

9. CONCLUSÕES

Com base nos resultados apresentados ao longo deste documento, no que diz respeito a coordenação de
isolamento da RMT 34,5 kV da EOL Terra Santa, pode-se observar as seguintes conclusões:
 De modo probabilístico, a possibilidade de descargas diretas atingirem a RMT coletora aérea é
baixíssima, apresentando o resultado de 1 descarga a cada 2,5 anos, conforme demostrado em
4.1;
 Como objetos mais altos funcionam com guarda para os elementos mais próximos ao solo, os
trechos da RMT próximos as aerogeradores apresentam uma baixa susceptibilidade de descargas
atmosféricas diretas;
 Os casos 3 e 4 apresentaram os resultados para descargas atingindo diretamente os
aerogeradores, onde observou-se que as sobretensões resultantes para o sistema ficaram abaixo
dos limites estabelecidos na Tabela 12;
 Olhando para as medições nos switchgears, os casos 1 e 2 simulados não apresentaram resultados
que superaram os limites estabelecidos na Tabela 12 recomendados;

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 A Tabela 14 indica que sobretensões perigosas, de alto valor, podem aparecer em trechos
caracterizados por maiores distâncias sem a existência de pára-raios;
 Para que possíveis problemas pudessem ser mitigados, foram acrescentados pára-raios adicionais
na RMT em locais estratégicos, assim como apresentado nos casos 5 e 6. Observou-se, através da
Erro! Fonte de referência não encontrada. que, em comparação com a Tabela 14, obteve-se
uma redução nos valores de sobretensão para trechos mais expostos;
 Ainda observando os resultados da Tabela 17, verifica-se alguns limites superiores aos
estabelecidos para os isoladores da RMT. Tal resultado é extremamente aceitável visto as
condições apresentadas na Tabela 14 e por se tratar de um fenômeno não previsível e
probabilístico, tornando assim impossível atendimento à 100% das ocorrências possíveis;
 Em todos os casos analisados a energia dos pára-raios não foi superada;
 A configuração apresentada nos casos 5 e 6 mostram-se como as melhores alternativas para a
RMT da EOL Terra Santa;
 Com base nas análises, não se verifica a necessidade de instalação de pára-raios adicionais, além
dos indicados na Figura 2, para a EOL Terra Santa I.

10. RECOMENDAÇÕES

A partir das conclusões mostradas no item anterior, as seguintes recomendações são apresentadas:
 Instalar um conjunto adicional de pára-raios no TS2-CIRCUITO 1 a 2 km distante do TS2-09
sentido subestação;
 Instalar um conjunto adicional de pára-raios no TS2-CIRCUITO 2 a 2 km distante do TS2-09
sentido subestação.

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