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Ministério da Defesa

DECEx - DETMil
Escola de Instrução Especializada
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

Tarefa do Estágio de Aprendizagem – APB


Disciplina: Administração Pública Brasileira
Tutor: Sidney Gomes da Silva – 2º Ten
Aluno: André Wilson Sant’Anna Silva – S Ten (2º B Log L)
Grupo: 02

Introdução

Barão de Mauá
Irineu Evangelista de Souza – Barão de Mauá, foi um dos maiores empreendedores que este
país já teve.
O Barão de Mauá enfrentou vários obstáculos, no seu sonho de enriquecer e construir um
país melhor, dentre eles a administração pública, que veremos no presente trabalho.

Breves considerações sobre o filme Mauá – O Imperador e o rei


O Barão de Mauá nasceu em 28 de dezembro de 1813, durante o Reino Unido, mas sua
mocidade e vida adulta ocorreram durante o Império, que curiosamente acabou alguns dias após a
sua morte, 21 de outubro de 1889.
Possuía um estilo liberal de administrar, o que era diferenciado para o Brasil, país
acostumado à forte centralização monárquica que o Poder Moderador, expresso na Constituição de
1824, havia reafirmado. Sua característica principal, em qualquer setor econômico que atuou, foi o
pioneirismo.
Foi tão rico e poderoso que havia um boato no Império que D. Pedro II era o Imperador, mas
o Barão de Mauá era o Rei.
No começo do século XIX, o panorama socioeconômico nacional apresentava-se da seguinte
forma: concentração de interesses no campo, trabalho escravo e uma aristocracia que investia
somente em terras e na própria segurança. Todos estes fatores atravancavam o crescimento do Brasil
no que se refere à industrialização e ao capitalismo. A preocupação com o comércio e a indústria era
mínima, assim como a continuidade do escravismo, que dificultava o desenvolvimento da
economia.

Isso começa a mudar no ano de 1844, quando a produção interna do País é favorecida com a
Tarifa Alves Branco, pois as alíquotas, que são percentuais de incidência de imposto no valor
tributado, aumentaram no que se refere aos importados. Ou seja, o mercado de produção interna
tornava-se mais competitivo com os produtos que vinham do exterior. Outro fator que ajudou na
mudança dos rumos da economia brasileira foi o fim do tráfico de escravos (1850). Assim, uma
grande quantidade de capital incidiu sobre o setor industrial e comercial.

Naquele ano foi criado o Código Comercial, que era uma ferramenta de regulação em
transações comerciais e para companhias capitalistas que surgiam. Desta forma, essa combinação de
fatores favoreceu a economia brasileira e, entre os anos de 1850 e 1889, diversas pequenas fábricas
de muitos setores começaram a surgir. Entre as áreas econômicas que se desenvolveram, destacam-
se as que produziam couro, sabão, papel e bens de consumo.

Neste momento surge a figura do Visconde de Mauá, como era conhecido Irineu Evangelista
de Souza. Entre suas ações para o impulso da economia, estão: criação de estaleiros e fundições,
companhias de linhas telegráficas, ferrovias, iluminação a gás, transporte urbano, entre outros
negócios. O Barão tinha, até mesmo, bancos no Brasil e no exterior. Porém, o crescimento industrial
brasileiro incomodava a elite rural escravista e os países concorrentes.

Assim, começa um processo que levaria o Barão à falência. O mercado interno ainda não
estava completamente estabilizado, pois os escravos não tinham participação nas trocas monetárias
e as relações de mercado não se desenvolviam de forma plena. A constante oposição dos senhores
rurais freavam o crescimento econômico, além de Mauá possuir diversos inimigos no Brasil e no
exterior. Devido a isso, as transformações na economia tornaram-se ações isoladas de alguns
empresários. O País continuava dominado pela elite rural arcaica, o que gerou o fim da Era Mauá.

Neste período tivemos uma administração pública patrimonialista, que é um modelo de


administração pública com base nos modelos de Estados absolutistas dos séculos XVII e XVIII,
período em que o patrimônio do monarca absoluto se misturava com o patrimônio público, gerando
uma linha tênue entre o que era público e privado.
Podemos destacar as seguintes alguns fatos e estruturas (inclusive organizacionais), citadas
nas apostilas (1 e 2) e no filme (3):
- Estado oligárquico e patrimonial;
- economia agrícola e mercantil;
- escravismo;
- Guerra do Paraguai;
- saúde debilitada do Imperador;
- forte desequilíbrio das finanças;
- Parlamento;
- Poder Moderador do Imperador;
- Visconde de Rio Branco – José Maria da Silva Paranhos, no período de 1871 a 1875;
- Banco do Brasil;
- Conselho de Ministros.

Conclusão
Com certeza o Barão de Mauá não era só herói, assim como D. Pedro II, não era tão
“marionetes”. Contudo o Barão era um homem à frente de seu tempo, com ideias liberais como a
industrialização e a abolição dos escravos, que lutou até ao fim de seus dias pelo que acreditava.
Oxalá, surjam sempre homens (e mulheres) com o ímpeto do Barão de Mauá, para o
desenvolvimento do Brasil.

Referências:
- GUTIAN, GERALDO MENDES; SOUZA, EDSON CARMELO DE; PAIVA, ALEXANDRE
DUARTE DE; BATISTA, WESLEY JARDIM – Unidade I, Parte A, História da Administração
Pública Brasileira, <http://ebaula.ensino.eb.br/file.php/8078/Apostilas/CHQAO_APB_Unidade_I-
A_apostila.pdf> Acesso em 09 set 15. (1)
- GUTIAN, GERALDO MENDES; SOUZA, EDSON CARMELO DE; PAIVA, ALEXANDRE
DUARTE DE; BATISTA, WESLEY JARDIM – Unidade I, Parte B, História da Administração
Pública Brasileira, <http://ebaula.ensino.eb.br/file.php/8078/Apostilas/CHQAO_APB_Unidade_I-
B_apostila.pdf> Acesso em 09 set 15. (2)
- Irineu Evangelista de Souza, <https://pt.wikipedia.org/wiki/Irineu_Evangelista_de_Sousa> Acesso
em 09 set 15.
- Barão de Mauá, < http://www.infoescola.com/historia/barao-de-maua/> Acesso em 09 set 15.
- Filme Mauá – O Imperador e o Rei, 1999, Direção Sérgio Rezende, Brasil. (3)

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