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Choro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
História do Choro
Século XIX
A história do Choro provavelmente começa em 1808, ano em que a Família Real
portuguesa chegou ao Brasil. Em 1815 a cidade do Rio de Janeiro foi promulgada
capital do `Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves´. Em seguida passou por uma
reforma urbana e cultural, quando foram criados cargos públicos. Com a corte
portuguesa vieram instrumentos de origem européia como o piano, clarinete, violão,
saxofone, bandolim e cavaquinho e também músicas de dança de salão européias, como
a valsa, quadrilha, mazurca, modinha, minueto, xote e principalmente a polca, que
viraram moda nos bailes daquela época. Esta última foi apresentada ao público em Julho
de 1845.
A reforma urbana, os instrumentos e as músicas estrangeiras, juntamente com a
abolição do tráfico de escravos no Brasil em 1850, podem ser considerados uma
“receita” para o surgimento do Choro, já que possibilitou a a emergência de uma nova
classe social, a classe média, composta por funcionários públicos, instrumentistas de
bandas militares e pequenos comerciantes, geralmente de origem negra, nos subúrbios
do Rio de Janeiro. Essas pessoas, sem muito compromisso, passaram a formar conjuntos
para tocar de “ouvido” essas músicas, que juntamente com alguns ritmos africanos já
enraizados na cultura brasileira, como o batuque e o lundu, passaram a ser tocadas de
maneira a brasileirada pelos músicos que foram então batizados de chorões.
Embora não se possa fixar uma música ou uma data para o surgimento de um
gênero musical, pois se trata de um processo lento e contínuo, dentre esses músicos se
destacou o flautista Joaquim Antônio da Silva Calado e seu conjunto, surgido por volta
de 1870, que ficou conhecido como "O Choro de Calado". Esse flautista era professor
da cadeira de flauta do Conservatório Imperial, portanto tinha grande conhecimento
musical e reunia os melhores músicos da época, que tocavam por simples prazer. O
conjunto de Calado era composto de dois violões, um cavaquinho e sua flauta, que era o
instrumento de solo. Devido ao fato das flautas serem de ébano, essa formação era
também chamada de “pau-e-corda”. No conjunto de Calado os instrumentistas de cordas
tinham liberdade e todos eram bons em fazer, de propósito, improvisos sobre o
acompanhamento harmônico e modulações complicadas com o intuito de "derrubar" os
outros músicos. Ou seja, foi desenvolvido um novo diálogo entre solo e
acompanhamento, uma característica do Choro atual. Logo, outros conjuntos com essa
mesma formação apareceram.
Desse modo, Joaquim Calado é considerado um dos criadores do Choro, ou pelo
menos um dos principais colaboradores para o surgimento do gênero.
A polca “Flor Amorosa”, composta por Calado e Catulo da Paixão Cearense em
1867, é tocada até hoje pelos chorões e tem características do choro moderno, portanto é
considerada a primeira composição do gênero. Desse conjunto fez parte Viriato
Figueira, seu aluno e amigo e também sua amiga, a maestrina Chiquinha Gonzaga, uma
pioneira como a primeira chorona, compositora e pianista do gênero. Em 1897,
Chiquinha compôs “Gaúcho” ou “Corta-Jaca”, uma grande contribuição ao repertório
do gênero. Outras composições de destaque foram “Atraente” e “Lua Branca”.
O Choro, nesse início, era considerado apenas uma maneira mais emotiva ou
chorosa de se interpretar aquelas músicas, portanto recebeu forte influência das mesmas,
porém aos poucos a música gerada sob o improviso dos chorões foi perdendo as
características dos seus países de origem e os conjuntos de choro proliferaram na
cidade, estendendo-se ao Brasil. No final do século XIX e início do século XX outros
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Origem do termo
Existe controvérsia entre os pesquisadores sobre a origem da palavra “choro”,
porém essa palavra pode significar várias coisas.
• Choro pode derivar da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras no
final do século XIX e os que a apreciavam passaram a chamá-la de música de
fazer chorar. Daí o termo Choro. O próprio conjunto de choro passou a ser
denominado como tal, por exemplo, “Choro do Calado”.
• O termo pode também derivar de “xolo”, um tipo de baile que reunia os escravos
das fazendas, expressão que, por confusão com a parônima portuguesa, passou a
ser conhecida como "xoro" e finalmente, na cidade, a expressão começou a ser
grafada com "ch".
• Outros defendem que a origem do termo é devido à sensação de melancolia
transmitida pelas “baixarias” do violão.
•
Século XX
Os conjuntos de choro foram muito requisitados nas gravações fonográficas (de
LPs de 78 rotações) que tiveram início em 1902, o compositor Anacleto de Medeiros foi
um dos pioneiros ao participar das primeiras gravações do gênero e de um dos primeiros
discos impressos no Brasil em 1902. Misturou a xote e a polca com as sonoridades
brasileiras. Como grande orquestrador, traduziu a linguagem das bandas para as rodas
de choro.
O virtuoso da flauta Patápio Silva, considerado o sucessor de Joaquim Calado,
ficou famoso por ser o primeiro flautista a fazer um registro fonográfico.
O violonista João Pernambuco, autor de “Sons de Carrilhões”, trouxe do sertão
sua forma típica de canção e enriqueceu o gênero com elementos regionais, colaborando
para que o violão deixasse de ser um mero acompanhante na música popular.
Ernesto Nazareth, músico de trajetória erudita e ligado à escola européia de
interpretação, compôs “Brejeiro” (1893), “Odeon” (1910) e “Apanhei-te Cavaquinho”
(1914), que romperam a fronteira entre a música popular e a música erudita, sendo vitais
para a formação da linguagem do gênero.
Pixinguinha, um dos maiores compositores da música popular brasileira, que
também era tenor, arranjador, saxofonista e flautista, contribuiu diretamente para que o
choro encontrasse uma forma musical definitiva.
Em 1919, Pixinguinha formou o conjunto Oito Batutas, formado por
Pixinguinha na flauta, João Pernambuco e Donga no violão, dentre outros músicos. Fez
sucesso entre a elite carioca, tocando maxixes e choros e utilizando instrumentos até
então só conhecidos nos subúrbios cariocas. Quando compôs “Carinhoso”, entre 1916 e
1917 e “Lamentos” em 1928, que são considerados dois dos choros mais famosos,
Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma
inaceitável influência do jazz. Mas na verdade elas eram avançadas demais para a
época. Além disso, “Carinhoso” na época não foi considerado choro e sim polca. Outras
composições, entre centenas, são “Rosa”, “Vou vivendo”, “Lamentos”, “1X0”,
“Naquele tempo” e “Sofres porque Queres”.
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Zequinha de Abreu
Luiz Americano
Um solista de destaque, nos anos 20 e 30, foi o clarinetista e saxofonista
sergipano Luiz Americano, que em 1937 integrou o inovador Trio Carioca ao lado do
pianista e maestro Radamés Gnattali.
A partir de 1930, os conjuntos regionais, formaram uma base de sustentação às
nascentes estações de rádio, devido à sua versatilidade em acompanhar, com facilidade
e sem muitos ensaios, os diversos estilos de música vocal que surgiram.
Severino Araújo
Um dos exemplos de união entre o choro e o jazz foi realizado por Severino
Araújo, que, em 1944, adaptou choros à linguagem das big bands. Como maestro da
Orquestra Tabajara, Severino Araújo gravou vários choros de sua autoria, como
“Espinha de Bacalhau”. Esse exemplo foi seguido por outras orquestras ou
compositores como K-Ximbinho.
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Waldir Azevedo
Em 1947, Waldir Azevedo, o mais popular artista do choro e virtuoso do
cavaquinho, compôs “Brasileirinho” o maior sucesso da história do gênero, gravado por
Carmen Miranda e, mais tarde, por músicos de todo o mundo. Waldir Azevedo foi um
pioneiro que retirou o cavaquinho de seu papel de mero acompanhante e o colocou em
destaque como instrumento de solo, explorando de forma inédita as potencialidades do
instrumento.
Jacob do Bandolim
Jacob do Bandolim foi um virtuoso no seu instrumento que promovia famosas
rodas de choro em sua casa, nos anos 50 e 60, além de grande compositor. “Doce de
Coco”, de 1951 e “Noites Cariocas”, de 1957, são parte do repertório clássico do
gênero. Jacob também promoveu o resgate de compositores antigos e fundou o famoso
conjunto Época de Ouro, com César Faria e Dino 7 Cordas.
O Choro perdeu grande parte de sua popularidade devido ao surgimento da
Bossa Nova nas décadas de 50 e 60, quando foi considerado “fora de moda”. Mas o
gênero manteve-se presente no ritmo de vários músicos, como Paulinho da Viola e
Arthur Moreira Lima.
Radamés Gnattali
Em 1956 Radamés Gnattali compôs a Suíte "Retratos", homenageando quatro
compositores que considerava fundamentais para a música brasileira, Chiquinha
Gonzaga, Anacleto de Medeiros, Ernesto Nazareth e Pixinguinha.
Década de 70
Ocorreu uma revitalização do gênero na década de 70. Em 1973, uniram-se o
Conjunto Época de Ouro e Paulinho da Viola no show Sarau. Foram criados os Clubes
do Choro em Brasília, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte, Goiânia e São Paulo,
dentre outras cidades. Surgiram grupos jovens dedicados ao gênero, como Galo Preto e
Os Carioquinhas. O novo público e o novo interesse pelo gênero propiciou também a
redescoberta de veteranos chorões, como Altamiro Carrilho, Copinha e Abel Ferreira,
além de revelar novos talentos, como os bandolinistas Joel Nascimento e Déo Rian e o
violonista Rafael Rabello.
Festivais do gênero ocorreram no ano de 1977. A TV Bandeirantes de São Paulo
promoveu duas edições do Festival Nacional do Choro e a Secretaria de Cultura do Rio
de Janeiro promoveu o Concurso de Conjuntos de Choro.
Em 1979 com o LP “Clássicos em Choro”, o flautista Altamiro Carrilho fez
sucesso tocando músicas eruditas em ritmo de Choro. Altamiro é uma lenda viva do
Choro, já gravou mais de 100 discos, fez mais de 200 composições e já se apresentou
em mais de 40 países difundindo o gênero.
Também em 1979, por ocasião do evento intitulado "Tributo a Jacob do
Bandolim", em homenagem aos dez anos do falecimento do bandolinista, é criado o
grupo Camerata Carioca, formado por Radamés Gnatalli, Joel Nascimento e Raphael
Rabello, dentre outros músicos.
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Década de 80
A década de 1980 foi marcada por inúmeras oficinas e seminários de Choro.
Importantes instrumentistas se reuniram para discutir e ensinar o gênero às novas
gerações. Em 1986, realizou-se o primeiro Seminário Brasileiro de Música
Instrumental, em Ouro Preto, uma proposta ampla que ocasionou uma redescoberta do
Choro.
A partir de 1995 o gênero foi reforçado por grupos que se dedicaram à sua
divulgação e modernização e pelo lançamento de CDs.
Século XXI
O Choro entra no terceiro século da sua existência, com uma bagagem de mais
de 130 anos, completamente firmado como um dos principais gêneros musicais do
Brasil. São milhares de discos gravados e centenas de chorões que marcaram presença.
O choro além de ser um gênero musical rico e complexo, é também um
fenômeno artístico, histórico e social.
No entanto falta divulgação, pois enquanto o Dia Nacional do Choro é
comemorado em outros países, como a França e o Japão, no Brasil a maioria da
população nem sabe que existe essa data comemorativa. Sobre isso, Hermínio Bello de
Carvalho escreveu: “Ao defender a tese de que a cultura deveria ser tratada como
matéria de segurança nacional, penso traduzir a necessidade cada vez mais premente de
abrasileirar o brasileiro, como advertiu Mário de Andrade...”
Dia do Choro
No dia 23 de abril se comemora o Dia Nacional do Choro, trata-se de uma
homenagem ao nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de
setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista
Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello.
O virtuoso
v Jaccob do Band
dolim é o mais
m
conhecidoo bandolinistta de choro
Exxemplo de Pandeiro,
P qu
ue faz o pappel
de marcaddor de ritmoo no choro
O Violão
V juntoo com o vio
olão de 7 corrdas
forma a base do coonjunto
Chorões
Os chorões geralmente são compositores e também instrumentistas do gênero.
Afirma-se que os bons chorões precisam ter grande capacidade de improviso e domínio
dos instrumentos.
Lista de Chorões em ordem cronológica
• Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
• Joaquim Calado (1848-1880)
• Viriato Figueira (1851-1883)
• Juca Kallut (1858-1922)
• Sátiro Bilhar (1860-1927)
• Ernesto Nazareth (1863-1934)
• Catulo da Paixão Cearense (1863-1946)
• Anacleto de Medeiros (1866-1907)
• Irineu de Almeida (1873-1916)
• Quincas Laranjeiras (1873-1935)
• Patápio Silva (1880-1907)
• Zequinha de Abreu (1880-1935)
• João Pernambuco (1883-1947)
• Heitor Villa-Lobos (1887-1959)
• Donga (1890-1974)
• Bonfiglio de Oliveira (1894-1940)
• Pixinguinha (1897-1973)
• Luiz Americano (1900-1960)
• Benedito Lacerda (1903-1958)
• Luperce Miranda (1904-1977)
• Radamés Gnattali (1906-1988)
• Copinha (1910-1984)
• Abel Ferreira (1915-1980)
• Garoto (1915-1955)
• Raul de Barros (1915- )
• Dilermando Reis (1916-1977)
• K-Ximbinho (1917-1980)
• Jacob do Bandolim (1918-1968)
• Dino 7 Cordas (1918-2006)
• Rossini Ferreira (1919 - ?)
• Ademilde Fonseca (1921- )
• Orlando Silveira (1922-1993)
• Waldir Azevedo (1923-1980)
• Álvaro Brochado Hilsdorf (1923-1997)
• Altamiro Carrilho (1924- )
• Carlos Poyares (1928- )
• Antônio da Silva Torres, o Jacaré (1930-2005)
• Evandro do Bandolim (1932-1994)
• Paulo Moura (1933- )
• Joel Nascimento (1937- )
• Canhotinho (1938- )
• Ventura Ramirez (1939- )
• Arthur Moreira Lima (1940- )
• Paulinho da Viola (1942- )
• Toninho Ramos - 7 cordas (1942- )
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Curiosidades
Choro ou Chorinho?
O nome do gênero é Choro, mas popularmente é chamado de Chorinho. Muitos
chorões, ou mesmo apreciadores do gênero, não gostam desta última denominação,
alegando que não se chama samba de “sambinha” ou jazz de “jazzinho”. Outros
consideram o chorinho como um aspecto do choro ou o ambiente proporcionado pelo
gênero.
Sucesso internacional
O choro faz sucesso em países muito distantes do Brasil, como o Japão, França,
Itália e Estados Unidos. Já em 1985, quando a Camerata Carioca esteve no Japão,
constatou a existência de músicos que tocavam e estudavam música brasileira, como o
Choro Club que faz uma fusão da linguagem do choro com as tendências
contemplativas da música oriental, com um repertório de composições próprias e de
Ernesto Nazareth e Jacob do Bandolim. Em outubro de 2006 houve uma Roda do Choro
da Camerata do Choro ( direção: Paulo Gouveia, flauta) em Hamburgo/Alemanha que
contou com participação entre outros de Wilfried Berk (Rio de Janeiro/Hannover), com
sua clarineta chorona, e de Fabiano Borges (Brasília) no violão de 7 cordas. Em
Novembro de 2007, o Trio Madeira Brasil atuou em Berlim e Munique tocando com
convidados (Yamandú Costa, Zé da Velha) os highlights do filme "Brasileirinho" de
Mika Kaurismäki. Em Dezembro de 2007 foi fundado em Turim (Itália) o Clube do
Choro de Turim, que realiza periodicamente Rodas de Choro e pouco a pouco se torna
uma referência do gênero no Norte da Itália.
Violão de 7 cordas
No choro, além do violão de seis cordas, existe o violão de 7 cordas, introduzido
nos regionais provavelmente pelo violonista Tute, quando procurava notas mais graves
para a chamada baixaria.
”Jazz Brasileiro”?
Muitas pessoas dizem que o choro é o “jazz brasileiro”, mas ocorre que, apesar
de ambos terem em comum a improvisação, o choro surgiu antes do jazz, portanto este
último é que deveria chamar-se “choro estadunidense”. Além disso, a origem dos
mesmos é diferente, o jazz provém da cultura negra estadunidense e o choro tem origem
européia, da polca principalmente. Uma comparação muito mais apropriada entre dois
gêneros musicais brasileiro e estadounidense é a feita entre o Jazz e a Bossa Nova, essa
sim, diretamente influenciada pelo ritmo criado nos EUA.
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Opiniões
• Radamés Gnattali reconhecia o choro como a mais sofisticada forma de música
instrumental popular.
• “A verdadeira encarnação da alma brasileira”, disse Heitor Villa-Lobos.
• “O choro está para o brasileiro como o tango está para o argentino.”; “O
chorinho é música clássica tocada com pé no chão, calo na mão, alma no céu.”
(Aquiles Rique Reis, vocalista do conjunto MPB-4.
Letra
Uma das principais discussões sobre o Choro é se deve ou não ter letra. Essa
polêmica sempre foi discutida entre os chorões, que tem opiniões diversas, já que o
gênero é puramente instrumental, mas de vez em quando algum compositor coloca letra.
Um exemplo famoso é o de “Carinhoso” de Pixinguinha que recebeu letra de
João de Barro e foi gravado com sucesso por Orlando Silva. As interpretações de
Ademilde Fonseca a consagraram como a maior intérprete do choro cantado, sendo
considerada a "Rainha do choro".
Filme “Brasileirinho”
Em 2005 foi lançado o filme documentário Brasileirinho, um tributo ao gênero
choro, do cineasta e diretor finlandês Mika Kaurismäki. Alguns músicos que
participaram do filme foram Yamandú Costa, Paulo Moura e Trio Madeira Brasil,
dentre outros.