Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
energética:
futuro na
complementaridade
SUMÁRIO
QUAL A
INTRODUÇÃO SINFONIA
IDEAL?
CAPÍTULO
01
O PETRÓLEO
URGE
CAPÍTULO
02
CAPÍTULO
CRISE E
TRANSIÇÃO
03
DE ONDE
VIRÁ A
ENERGIA?
OPÇÕES
CONCLUSÃO E CAMINHOS
POSSÍVEIS
INTRODUÇÃO: QUAL A SINFONIA IDEAL?
Qual a
sinfonia
ideal?
Alguns drives
direcionam a política
energética global,
em um percurso
pró-fontes renováveis;
ao Brasil, resta crescer
sem sair tanto do tom
A matriz energética de um
país é como uma orquestra. Nela, alguns
naipes de instrumentos podem brilhar
mais do que outros, mas cada um tem
o seu papel naquela grande sinfonia.
Qualquer desafinação em uma das partes
pode causar sérios prejuízos para o
desenvolvimento harmônico do conjunto.
A comparação é do professor Nivalde
de Castro, coordenador do Grupo de
Estudos do Setor Elétrico, vinculado ao
Instituto de Economia da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ). O
pesquisador não detecta riscos na melodia
que vem sendo tocada pelo setor elétrico
nacional desde a grande desafinação
causada pela crise energética de 2001.
3
INTRODUÇÃO: QUAL A SINFONIA IDEAL?
4
INTRODUÇÃO: QUAL A SINFONIA IDEAL?
5
CAPÍTULO
01
O PETRÓLEO
URGE
CAPÍTULO 01: O PETRÓLEO URGE
O petróleo urge
Hidroeletricidade Em termos percentuais,
a boa participação de renováveis
é uma tradição antiga na matriz energética do Brasil
só encontra rival à altura no
no país, mas o desafio Paraguai, país que compartilha
de exploração das conosco uma das maiores
usinas hidrelétricas do mundo
riquezas do pré-sal pode – Itaipu Binacional – e que tem
influenciar o futuro população, parque industrial
e economia muito menores.
da matriz energética Então, qualquer comparação
é despropositada.
7
CAPÍTULO 01: O PETRÓLEO URGE
8
CAPÍTULO 01: O PETRÓLEO URGE
9
CAPÍTULO 01: O PETRÓLEO URGE
10
CAPÍTULO 01: O PETRÓLEO URGE
40,11 40,85
37,89
35,12
31,89
28,17
25,83
22,93 24,07
+78,1%
Fonte: ANP
“Pré-sal acrescentará
37 milhões de m³
à produção nacional, montante
próximo à geração atual.”
11
CAPÍTULO 02: CRISE E TRANSIÇÃO
CAPÍTULO
02
CRISE E
TRANSIÇÃO
12
CAPÍTULO 02: CRISE E TRANSIÇÃO
Crise e
transição
Crise energética
demandou mudanças que,
em muitos casos, ajudaram
na melhor estruturação da
governança do setor
13
CAPÍTULO 02: CRISE E TRANSIÇÃO
para 75%
14
CAPÍTULO 02: CRISE E TRANSIÇÃO
15
CAPÍTULO 02: CRISE E TRANSIÇÃO
No caso brasileiro,
o foco principal está
na eólica e no bagaço
de cana (biomassa),
muito embora a
fotovoltaica viva
crescimento, ainda que
só represente
0,5% da oferta de
energia nacional
16
CAPÍTULO
03
DE ONDE VIRÁ
A ENERGIA?
CAPÍTULO 03: DE ONDE VIRÁ A ENERGIA?
De onde virá
a energia?
Gás natural, especialmente A questão do título é, de fato, a pergunta de
1 milhão de dólares. Hoje, é impossível cravar
a produção que virá uma resposta, mas é certo também que o
mercado apresenta várias alternativas, além das
das reservas do pré-sal, já citadas nos capítulos anteriores. Hoje, por
é aposta do mercado, exemplo, o mercado de gás natural tende a
ganhar impulso, depois de muito tempo em que
apesar de mais poluente a Petrobras, que domina amplamente o setor,
do que outras fontes parecia não saber o que fazer com o insumo.
O governo federal lançou um ambicioso
programa batizado de Novo Mercado de Gás.
Os pilares da iniciativa são a promoção da
concorrência, a harmonização das regulações
estaduais e federal, o estímulo à integração do
segmento com os setores elétrico e industrial,
bem como a remoção de barreiras tarifárias que
impedem a abertura do mercado.
18
CAPÍTULO 03: DE ONDE VIRÁ A ENERGIA?
19
CAPÍTULO 03: DE ONDE VIRÁ A ENERGIA?
Infraestrutura atual
A malha dutoviária tem pouco mais de 21 mil quilômetros, sendo dividida da seguinte forma:
Belém
Manaus
Fortaleza
Natal
João Pessoa
Recife
Maceió
Aracajú
Salvador
Oleodutos
Belo Horizonte
Campo Grande Vitória
Gasodutos
Florianópolis
Porto Alegre
DUTOVIAS EXTENSÃO %
Gasodutos 11.696km 54.7
Minerodutos 1.680km 7,9
Oleodutos 8.013km 37,5
Totais 21.389km 100
Fonte: EPL
20
CAPÍTULO 03: DE ONDE VIRÁ A ENERGIA?
A privatização dos
gasodutos vai permitir
que as empresas privadas
que dominarão o negócio
busquem maximizar os
lucros. Só mais tarde, com
o aumento efetivo da
produção de gás do
pré-sal, essa queda de
preços para o consumidor
final vai se materializar.”
LUIZ PINGUELLI ROSA
21
CAPÍTULO 03: DE ONDE VIRÁ A ENERGIA?
22
CAPÍTULO 03: DE ONDE VIRÁ A ENERGIA?
15.000
10.000
5.000
0
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
Fonte: Associação Brasileira de
Energia Eólica (ABEEólica) Nova (MW) Acumulada (MW)
A geração eólica apresenta muitas vantagens. De O avanço recente da energia solar também
fato, trata-se de uma das fontes mais competitivas merece destaque. Apesar da base mais reduzida
de energia, o que lhe permite fazer frente aos em comparação às demais fontes, o salto na
sistemas de geração convencionais. Contribuem geração entre 2017 e 2018 foi de impressionantes
para isso os baixos gastos com manutenção, bem 316,6%. Hoje, há 115 projetos de centrais
como a boa rentabilidade do investimento. geradoras fotovoltaicas previstos no país, com
Especialistas dizem que o retorno de investimento capacidade instalada de 4,07 mil MW.
ocorre entre cinco e sete anos, por exemplo. O mercado de energia solar cresce, sobretudo,
Em contrapartida, assim como a hidrelétrica, a pela massiva adesão de consumidores que veem
geração eólica também está sujeita às intempéries vantagens a longo prazo com a implementação do
climáticas – e a falta do vento necessário para a sistema. Como citado no capítulo anterior,
produção de eletricidade vira um problema. Dessa possíveis mudanças podem atrapalhar o segmento.
forma, se pensarmos em segurança energética, Em outubro, a Aneel anunciou que pretende
existem riscos se, de fato, o país apostar todas as mudar as regras sobre a energia que o consumidor
fichas nessa fonte. gera a mais e joga na rede da distribuidora.
23
CAPÍTULO 03: DE ONDE VIRÁ A ENERGIA?
24
CAPÍTULO 03: DE ONDE VIRÁ A ENERGIA?
25
CONCLUSÃO
O EQUILÍBRIO
DÁ O TOM
CONCLUSÃO: O EQUILÍBRIO DÁ O TOM
O equilíbrio
dá o tom
A chave do futuro para
a segurança energética
brasileira está na
harmonia entre fontes
complementares
27
CONCLUSÃO: O EQUILÍBRIO DÁ O TOM
Pró-renováveis,
Barroso vê uma
combinação
harmônica entre
eólica, solar,
biomassa e
hidrelétricas como Já Nivalde de Casto vê o fim da hegemonia
hidrelétrica na matriz. “Você não consegue
capaz de produzir mais construir novas hidrelétricas. Temos
uma harmonia restrições, por conta das áreas de proteção
perfeita ambiental e indígenas. Há ainda questões
geográficas, porque a região Norte é plana.
As usinas, portanto, precisam ser a fio d’água.
Com isso, a produção é necessariamente menor
e dificulta a equação dos custos”, explica.
Pró-renováveis, Barroso vê uma
combinação harmônica entre eólica, solar,
biomassa e hidrelétricas como capaz de
produzir uma harmonia perfeita. “É uma
equação muito boa. São todas fontes limpas,
com muita economicidade para as nossas
condições de país tropical. Se não tivermos
vento ou sol, teremos a hidrelétrica, que pode
sustentar a demanda”, avalia.
28
CONCLUSÃO: O EQUILÍBRIO DÁ O TOM
No entanto, Barroso acredita que, por conta termelétricas sem a menor culpa. Os grandes
dos fatores impeditivos dos projetos de novas poluidores são China, Estados Unidos e
hidrelétricas, a expansão da oferta de energia nos Europa”, finaliza professor do Gesel/UFRJ.
próximos anos não virá por esse lado. “Os novos Como na alegoria da orquestra, a chave
projetos vencedores serão de energia eólica e para o futuro de segurança energética
solar. O Brasil vai crescer com essas renováveis, nacional (e da nossa matriz) não está em
que são cada vez mais competitivas. Ainda assim, um ou outro instrumento. Na verdade, a
é a hidrelétrica que garante a capacidade de complementaridade que forma o conjunto
integração dessas fontes em nosso sistema”, diz. é o que deve guiar as decisões.
A urgência do pré-sal, contudo, não é
descartada por nenhum dos especialistas ouvidos
em função do seu potencial dinamizador da
economia. Isso porque ele movimenta uma cadeia
produtiva ampla e com vários players importantes.
Pinguelli chama atenção para o fato de as
termelétricas a gás serem emissoras de gases
do efeito estufa, colaborando com o
aquecimento global. “Esse é um problema.
Os países estão fazendo pouco para prevenir
Pinguelli chama atenção
o aquecimento”, comenta.
Já Castro não considera essa uma questão para o fato de as
relevante no processo de transição da matriz
energética brasileira. “Política energética precisa
termelétricas a gás
ser feita com pragmatismo. O Brasil pode ligar serem emissoras de gases
do efeito estufa, colaborando
com o aquecimento global.
29
CONCLUSÃO: O EQUILÍBRIO DÁ O TOM
www.mobilindustrial.com.br
30