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UMA VIDA AVENTUROSA E O OPERÁRIO DA CULTURA

Otto Maria Carpeaux teve uma vida atribulada politicamente


antes de chegar ao Brasil. Vivia em sua cidade natal e
tinha alto cargo no governo local. Com a anexação
(Anschluss) da
Áustria pela Alemanha nazista, Carpeaux fugiu para a
Antuérpia,
Bélgica, em 1938. Ali, no mesmo ano, trabalhou como
jornalista e
publicou o livro Dos Habsburgos a Hitler. Já havia ele
publicado
alguns livros na Áustria, entre os quais O caminho para
Roma,
Aventura e vitória do espírito, em 1934, e A missão européia
da
Áustria. Um panorama da política exterior, em 1935.
Atuando principalmente no final do segundo e terceiro
quartéis do século XX, Carpeaux não apenas trouxe em sua
bagagem de exilado toda a vasta cultura humanística
européia, mas
também se aclimatou e esteve atento à produção literária
brasileira. Chegou ao Brasil em 1939, mas demorou a
ingressar no meio
literário, já que andou pelo Paraná e, depois, por São Paulo.
Foi
Álvaro Lins, no Rio de Janeiro, quem lhe abriu 2 as portas da
vida
2 Para que se tenha da biografia cultural de Otto Maria Carpeaux uma idéia mais
profunda e abrangente, sugere-se a leitura do vigoroso ensaio que Olavo de Carvalho
escreve como introdução aos Ensaios Reunidos, Ed. Topbooks, 1999.
História da Literatura Ocidental XXI
cultural brasileira a partir de uma carta de Carpeaux
comentandolhe um artigo.
E aí começa a intensa produção na imprensa e em livros,
no plano das idéias e, principalmente, no da crítica literária.
Em
1942, publica o livro de ensaios A cinza do Purgatório, em
que
estuda longamente autores e as idéias de alguns
pensadores, além de
escrever ensaios curtos sobre música.
Nesse mesmo ano, já está integrado no meio intelectual
brasileiro, a ponto de dirigir a Biblioteca da Faculdade
Nacional
de Filosofia. Ainda em 1942, naturaliza-se, latinizando à
francesa – Carpeaux – o seu sobrenome de origem (Karpfen).
Até o final
da vida, em fevereiro de 1978, contribuiu de maneira
superlativa
para o alargamento de horizontes da cultura e da crítica
literária
brasileiras.
A bibliografia de Carpeaux é significativamente extensa
se levarmos em conta os números de páginas escritas

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