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Linguagem
Prof.ª Cláudia Suéli Weiss
Prof.ª Elisabeth Penzlien Tafner
Prof.ª Estela Maris Bogo Lorenzi
Prof.ª Luana Ewald
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Prof.ª Cláudia Suéli Weiss
Prof.ª Elisabeth Penzlien Tafner
Prof.ª Estela Maris Bogo Lorenzi
Prof.ª Luana Ewald
W429c
ISBN 978-85-515-0222-8
CDD 401
Impresso por:
Apresentação
Linguagem e comunicação são partes integrantes de nossas vidas,
indispensáveis não somente para a aquisição de conhecimentos, nas mais
diversas áreas do saber, como para a participação nos diferentes contextos
sociais.
III
e a comunicação sejam mais eficazes, devemos conhecer o vocabulário e as
regras que são aceitas pela nossa comunidade linguística, o que implica, em
determinados momentos, o uso da norma padrão da língua portuguesa.
Bons estudos!
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES
COGNITIVAS................................................................................................................ 1
VII
4.4 FUNÇÃO FÁTICA............................................................................................................................ 46
4.5 FUNÇÃO METALINGUÍSTICA..................................................................................................... 47
4.6 FUNÇÃO POÉTICA......................................................................................................................... 48
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 49
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 51
VIII
UNIDADE 3 – A GRAMÁTICA E SUAS PARTES........................................................................... 109
IX
3 ESTRANGEIRISMOS.........................................................................................................................198
4 PLEONASMO.......................................................................................................................................200
5 EXPRESSÕES........................................................................................................................................201
5.1 USO DOS PORQUÊS.....................................................................................................................201
5.2 USO DE MAU E MAL...................................................................................................................203
5.3 USO DE SENÃO E SE NÃO.........................................................................................................205
5.4 USO DE MAIS E MAS...................................................................................................................206
5.5 USO DO HÁ E A............................................................................................................................207
5.6 USO DE AONDE E ONDE...........................................................................................................208
5.7 USO DE A FIM E AFIM................................................................................................................210
5.8 USO DE DEMAIS E DE MAIS......................................................................................................211
5.9 USO DE AO ENCONTRO DE E DE ENCONTRO A.................................................................212
5.10 USO DE ACERCA, A CERCA E HÁ CERCA...........................................................................213
5.11 USO DE A PRINCÍPIO E EM PRINCÍPIO................................................................................214
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................216
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................218
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................219
X
UNIDADE 1
LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO:
REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES
COGNITIVAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Expressar-se de maneira competente na língua materna é uma necessidade
inegável para o bom desempenho de atividades que envolvam a palavra. Portanto,
uma primeira reflexão merece atenção: qual é a distinção de linguagem e língua?
Para interagir, articular a linguagem, o ser humano faz uso de uma língua,
constituída de uma gramática própria. É importante ressaltar que a língua é um
organismo vivo e, por esse motivo, é natural que exista um distanciamento, por
vezes, entre o que é prescrito pelas normas de uma gramática tradicional e o que
é efetivamente utilizado por seus falantes.
3
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
FIGURA 1 – COMUNICAÇÃO
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_R98DBfPQdxw/S8dsVEpZvGI/AAAAAAAAAFk/gAJ9vRnexR4/
s400/libras-708316.png>. Acesso em: 6 ago. 2018.
FONTE: <https://vilamulher.uol.com.br/imagens/thumbs/2010/10/08/o-significado-das-cores-
32-807-thumb-570.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
4
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
NOTA
UNI
As pessoas podem comunicar-se pelo Código Morse, pela escrita, por gestos,
pelo telefone, e-mail, internet etc.
5
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
BLABLABLA
BLABLABLA
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_mtUsGlokEt4/TOvPfReYhwI/AAAAAAAAAKY/
hN8UdcwgWpc/s320/desenho%2Bde%2Bpessoas%2Bconversando%2B2.jpg>.
Acesso em: 6 ago. 2018.
FONTE: <https://www.portaldecarapicuiba.com/wp-content/uploads/placa-de-sinalizacao-
120x120.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
6
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/-CGRsjBidsJo/Tx9ZRzB6yAI/AAAAAAAAALo/rqyFs14GpSQ/
s400/imagesCAMA8X5Z.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
FONTE: As autoras
FIGURA 7 – NA DANÇA
FONTE: <http://the-contact.org/wp-content/uploads/2018/03/380x380-M1-Open-Stage.jpg>.
Acesso em: 6 ago. 2018.
7
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/-L0V8GSkudOg/TY8usvQOxDI/AAAAAAAAABc/
CJa3Hyq3w-0/s320/allgestures.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
FONTE: <http://lh5.ggpht.com/I5_d4Qbmx3KoM5cz0SrBfqEemxgNTM67H_
MP22cmJZ7ySfdGoXUzq1gTZZOnjlbFhQ=h310>. Acesso em: 6 ago. 2018.
FONTE: <https://www.grupoescolar.com/thumbnail.php?imagem=painel/files/8C0ED.
jpg&l=330&a=170>. Acesso em: 6 ago. 2018.
8
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Muitas vezes a linguagem não verbal serve como reforço para aquilo
que dizemos: em determinados momentos, junto com a fala, utilizamos outros
recursos para reforçar nossa mensagem. Podemos citar como exemplo as histórias
em quadrinhos, pois o conteúdo da fala da personagem é reafirmado através da
imagem. Nas propagandas publicitárias também fica evidente a importância e
função da linguagem não verbal.
Segundo Terra (1997, p. 12), “[...] a linguagem não verbal é aquela que
utiliza para atos de comunicação outros sinais que não as palavras”.
Vamos conhecer mais sobre a linguagem não verbal através das figuras
que seguem:
FONTE: <https://i1.wp.com/piniglarism.com/wp-content/uploads/2008/05/nosmoking.jpg>.
Acesso em: 6 ago. 2018.
9
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_Y95C4ipvBCA/TIfU9caW2mI/AAAAAAAAAEs/5r8cYpXiwds/
s320/charge3.JPG>. Acesso em: 6 ago. 2018.
DICAS
• O público consegue ler projeções visuais muito mais rápido do que você
consegue falá-las. Portanto, não tente ler.
• Recursos visuais que funcionam com uma plateia pequena não funcionam bem com uma
grande.
• Ideias abstratas são mais fáceis de serem compreendidas quando são representadas
visualmente, através de desenhos, gráficos etc. Estes devem ser simples, porém impactantes.
10
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_zf0VLAWc7Vs/TIAeYGtNrCI/AAAAAAAAACM/
fw3M6Db8xPo/s320/charge_calvin_haroldo-480x304.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
11
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
Quando eu crescer
quero ter Se você sair na rua
muitos sem cultura, a polícia
vestidos! E eu muita te prende?
cultura!
Não
É triste ter
Experimenta que bater em alguém
sair sem vestido que tem razão!
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_UM5gUHvwWrA/S5Am8El0vvI/AAAAAAAAAB4/
G7C3XjX17no/s400/mafa1.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
12
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
A fala, por sua vez, se concretizará a partir do uso que o falante faz da
língua. No momento em que efetivamos o processo de comunicação o fazemos
através da fala ou da escrita. Ao analisarmos a história da humanidade ou a nossa,
podemos perceber que primeiro falamos e depois escrevemos. Adquirimos a fala
naturalmente, porém a escrita nos é ensinada. Na fala, o significante é sonoro; e na
escrita, é gráfico. Caro acadêmico, ao transmitirmos uma mensagem percebemos
que a fala e a escrita adquirem algumas particularidades, não é mesmo?
FONTE: <http://educacao.uol.com.br/portugues/lingua-escrita-e-oral-nao-se-fala-como-se-
escreve.jhtm>. Acesso em: 6 ago. 2018.
13
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
Não há como negar que a língua escrita é mais bem elaborada que a
língua falada, porque é a modalidade que mantém a unidade linguística
de um povo e é a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo.
Nenhuma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem
a língua escrita, cujas transformações se processam lentamente e
em número consideravelmente menor, quando comparada com a
modalidade falada (CASAGRANDE, 2016, p. 729).
14
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
15
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
LEITURA COMPLEMENTAR
NO BOCHINCHO
FONTE: VARGAS NETO, Manuel do Nascimento. In: BERTUSSI, Lisana. De Simões Lopes Neto
aos poetas da Califórnia. Porto Alegre: Tchê! Comunicações, 1985, p. 63.
Na leitura acima, você deve ter identificado que, embora o texto esteja
representado na modalidade escrita, possui traços da oralidade, como na própria
escolha lexical: talho; china; capincho, só para citar alguns exemplos. Além
disso, as escolhas morfológicas e sintáticas (como em “Atravanquei um coice no
candiero” e “Já le traquei meu mango bem na ideia”) reforçam a intenção do autor
em aproximar a oralidade da escrita com finalidades poéticas. Outros gêneros,
em contrapartida, dificilmente aceitariam essa aproximação da oralidade com a
escrita, como é o caso da produção de relatórios, avaliações, artigos, entre outros.
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A linguagem não verbal é aquela que não utiliza palavras, efetiva-se através de
gestos, cores, sinais e imagens.
FONTE: <http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/a-importancia-da-
comunicacao-interpessoal-nas-empresas/74968/>. Acesso em: 12 jun. 2018.
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Vive-se num mundo globalizado, recheado de situações incertas. A
sociedade é caracterizada pelo ritmo frenético das mudanças, seja por uma
nova geografia (ou nova geopolítica) ou pela acelerada integração das mídias. E,
neste contexto, a comunicação tem seu valor. E só poderão fazer o diferencial as
empresas e/ou instituições que aprenderem a se comunicar, a trabalhar de forma
interligada, somando forças e gerando o “saber fazer” na sua equipe. Condição
essencial para que os resultados se aperfeiçoem e se transformem num diferencial,
visto que se vive numa época em que a competitividade é demasiadamente
acirrada em qualquer organização.
É preciso reconstruir o cenário em que estas modificações ocorrem
porque, na verdade, a comunicação funciona como um ícone que liga diferentes
culturas e tendências. Tentar situá-la à revelia deste contexto – amplo e complexo
– implica esvaziar o seu conteúdo e o seu poder de persuasão.
19
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
Souza Brasil (1973, p 76), mais ousado, enxerga a cultura como subordinada
à comunicação. E sabe-se que um subordinado, geralmente, identifica-se com o
seu superior.
Logo, caro acadêmico, podemos dizer que comunicação é uma ação pela
qual os indivíduos trocam entre si informações, sentimentos ou experiências.
É através dela, por exemplo, que podemos alcançar sinergia dentro de uma
organização, visto que ela nos permite unir forças e atuar de maneira a cooperar
e colaborar obtendo resultados positivos por meio do trabalho em equipe.
20
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
ATENCAO
Afinal, você sabe o que é feedback? É uma palavra de origem inglesa, que já
pertence ao nosso idioma, isto é, ela foi aportuguesada e, segundo o Dicionário Houaiss
2009, significa a informação que o emissor (o que envia a mensagem) obtém da reação do
receptor, e que serve para avaliar os resultados da transmissão.
21
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
Você precisa ser capaz de ver o ponto de vista do outro, assim os seus
próprios conceitos serão reavaliados. Agindo desta maneira, a emoção não
será mais o ápice da discussão, as diferenças serão diminuídas e aquelas
que permanecerem serão racionalmente compreensíveis, e a comunicação se
estabelecerá.
Assim, você pode notar que existem vários tipos de comunicação. Ela
pode ser direta, indireta, formal ou não, unilateral ou bilateral. Vamos observar
alguns conceitos:
22
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
E
IMPORTANT
Existe ainda a comunicação direta, na qual duas ou mais pessoas estão cientes
do que se quer fazer em comum; está muito claro o que se pretende.
A comunicação indireta pode ser definida como a que o emissor está consciente do que
pretende, embora o receptor não o esteja. Neste tipo de comunicação há a persuasão, que
influi no pensamento do outro sem que este perceba.
23
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
FONTE: <http://raquelcamargo.com/blog/wp-content/uploads/2010/08/midia.jpg>.
Acesso em: 6 ago. 2018.
NOTA
3.1 EMISSOR
É o remetente, ou seja, o que envia uma mensagem, e pode ser uma pessoa
ou um grupo, um órgão, uma empresa, um canal de televisão, um site na internet
e assim por diante. Em conformidade com Penteado (1977, p. 4):
24
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
3.2 RECEPTOR
É o destinatário da mensagem, isto é, para quem a mensagem foi ou será
enviada. Pode ser para uma pessoa ou para um público-alvo, ou ainda um animal
ou uma máquina, como o computador.
3.3 MENSAGEM
“É o objeto de comunicação, ela é estabelecida pelo conteúdo das
informações transmitidas. A mensagem é o elo dos dois pontos do circuito; é o objeto
da comunicação humana e sua finalidade” (PENTEADO, 1977, p. 5). Chamamos
ainda de mensagem o que o emissor transmite e o que o receptor recebe.
3.5 CÓDIGO
O código é o meio através do qual a mensagem é transmitida, isto é, através
da fala, da escrita, dos gestos ou das imagens. De acordo com Penteado (1977, p.
5), “[...] um pedaço de papel coberto de garatujas não é uma mensagem, porque é
ininteligível, não pode ser percebido pela inteligência”. Em suma, pode-se dizer
que é o conjunto de elementos com significado aceitos pelo emissor e receptor.
25
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
NOTA
3.6 REFERENTE
O referente é o contexto ou a situação a que a mensagem remete ou ainda
é a situação na qual emissor e receptor estão inseridos. Assim, a linguagem irá
adquirir diversas funções, como a de emocionar, informar, persuadir, fazer
refletir, entre outras.
Referente
Canal de Comunicação
Emissor Receptor
Mensagem
Código
FONTE: <https://www.coladaweb.com/wp-content/uploads/linguagem_2.JPG>.
Acesso em: 6 ago. 2018.
27
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
NOTA
4.1 REDUNDÂNCIA
A redundância na comunicação acontece quando o emissor transmite
uma informação repetindo-a, quando poderia utilizar uma linguagem mais
clara e objetiva. Utilizar positivamente este artifício é um dos maiores desafios
de quem almeja ser um bom comunicador. Se você prestar atenção, muitas
informações retratam redundâncias sintáticas, quando falamos “subir para
cima”, por exemplo; redundâncias gestuais, quando apontamos o polegar para
cima para dizer positivo, ou redundâncias tonais, quando exclamamos: “Estou
morto de fome!”, entre outras. Por vezes, a redundância se faz necessária para
que uma mensagem mostre perceptibilidade, como também para nos livrarmos
de possíveis ruídos. Bem, estes você estudará logo mais.
Pode-se dizer, então, que redundância é toda a parte da mensagem que não
traz nenhuma informação nova, isto é, refere-se a um excesso ou a um pleonasmo.
A redundância se associa à contenção da informação. Na comunicação cotidiana
a encontramos na união dos gestos com a fala. Então, quando dizemos “nós
estamos aqui”, poderíamos apenas falar “estamos aqui”.
28
TÓPICO 2 | COMUNICAÇÃO: PROCESSOS E ELEMENTOS
NOTA
4.2 RUÍDO
De modo mais informal, o ruído ou a interferência é tudo o que afeta a
transmissão da mensagem. São fatores que surgem ou que se colocam entre o
emissor e o receptor no processo de comunicação.
Emissor Receptor
Mensagem
FONTE: As autoras
29
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
Fonte de
Ruído
Feedback
DICAS
30
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
31
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Código.
b) ( ) Canal.
c) ( ) Emissor.
d) ( ) Receptor.
e) ( ) Mensagem.
2 Observe e responda:
FIGURA 19 – CALVIN CONVERSA POR TELEFONE
Como vai ? Ouça, eu suponho
Oi, .UH HUH... que você deve estar
Eu, Calvin! Belo dia lá fora, pensando por que
Não? ... YEP... eu liguei...
FONTE: <https://escolakids.uol.com.br/public/upload/image/calvin-e-haroldo(1).jpg>.
Acesso em: 31 out. 18.
32
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Abordamos no Tópico 1 que a linguagem possui peculiaridades. A língua
é de domínio público, pertence a todos os membros de uma comunidade, e
concretiza-se por meio do uso individual da fala, ou seja, cada falante a utiliza
conforme as suas necessidades de comunicação, seu grau de escolaridade,
sua faixa etária, ou sua região na qual reside, daí a dizer que a língua possui
variedades.
2 NÍVEIS DE LINGUAGEM
Uma das variantes a ser estudada diz respeito aos níveis de linguagem. No
processo de comunicação torna-se imprescindível que o falante (emissor) faça a
seleção das variantes da língua, ou seja, as formas adequadas para cada situação,
considerando alguns aspectos, tais como: o que dizer, para quem dizer, em que
lugar e como dizer.
DICAS
Ao considerar os aspectos “o que dizer, para quem dizer, em que lugar e como
dizer”, você já está realizando seu planejamento textual. Acesse o portal UOL para conferir
mais dicas de planejamento textual para suas produções escritas: <https://alunosonline.uol.
com.br/portugues/dicas-para-planejar-sua-redacao.html>.
33
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
FONTE: <http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/86-dos-museus-paulistas-tem-
problemas-20110918.html>. Acesso em: 6 ago. 2018.
O poeta da roça
34
TÓPICO 3 | A LINGUAGEM E SUAS PARTICULARIDADES
FONTE: ASSARÉ, Patativa do. Cante lá que eu canto cá. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1984, p. 20-21.
35
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
por professores de que a língua falada seria informal e a escrita formal. Isso
não é verdadeiro. Podemos ter textos altamente formais na língua falada e
textos totalmente informais na língua escrita. Isso fica claro no paralelismo dos
níveis de formalidade registrados no quadro a seguir. Convém anotar que a
língua escrita também pode apresentar variantes dialetais, embora essas sejam
usualmente pouco numerosas e menos marcantes que na língua falada, porque
no escrito desaparecem as diferenças fonéticas, prosódicas e outras. Assim,
entre o português escrito do Brasil e o de Portugal as diferenças de convenção
ortográfica, bem como as diferenças sintáticas, podem ser consideradas mínimas.
A maior diferença parece ficar no léxico.
36
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
FONTE: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/gestar/tpportugues/tp1.pdf>.
Acesso em: 6 ago. 2018
37
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
2.4 GÍRIAS
Apesar de muitas pessoas pensarem que a gíria é um desvio da linguagem,
a maioria já pronunciou palavras como: bacana, cara, cuca, entre outras, não é
mesmo? O que não podemos esquecer é que a gíria não pertence à linguagem
padrão, não é aceita em situações de formalidade, como, por exemplo, redações
de vestibular, ofícios, preenchimento de relatórios, e-mails, textos acadêmicos,
artigos científicos etc.
Assim, podemos afirmar que a língua formal não aprova o uso de gírias,
salvo em reprodução de falas de personagens. Quando usada em momento
oportuno, ela cumpre o papel de denotar expressividade, podendo revelar grande
criatividade do emissor, à medida que esteja adequada à situação: adaptada ao
meio, à mensagem e a quem a receber.
38
TÓPICO 1 | LINGUAGEM: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
39
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
40
TÓPICO 3 | A LINGUAGEM E SUAS PARTICULARIDADES
• função referencial;
• função emotiva;
• função conativa;
• função fática;
• função metalinguística e
• função poética.
41
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
Contexto (referencial)
Canal (fática)
Código (metalinguística)
FONTE: As autoras
ATENCAO
42
TÓPICO 3 | A LINGUAGEM E SUAS PARTICULARIDADES
UMA MORENA
Não ofereço perigo algum: sou quieta como folha de outono esquecida
entre as páginas de um livro, sou definida e clara como o jarro com a bacia de
ágata no canto do quarto – se tomada com cuidado, verto água limpa sobre as
mãos para que se possa refrescar o rosto, mas, se tocada por dedos bruscos, num
segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada. Tenho pensado
se não guardarei indisfarçáveis remendos das muitas quedas, dos muitos toques,
embora sempre os tenha evitado aprendi que minhas delicadezas nem sempre
são suficientes para despertar a suavidade alheia, mesmo assim insisto: meus
gestos, minhas palavras são magrinhos como eu, e tão morenos, que esboçados
à sombra, mal se destacam do escuro, quase imperceptível me movo, meus
passos são inaudíveis feito pisasse sempre sobre tapetes, impressentida, mãos
tão leves que uma carícia minha, se porventura a fizesse, seria mais branda que
a brisa da tardezinha. Para beber, além do chá, raramente admito um cálice de
vinho branco, mas que seja seco para não esbrasear em excesso minha garganta
em ardores...
FONTE: ABREU, Caio Fernando. Fotografias. In: Morangos mofados. 2. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1982, p. 93.
43
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
A índia Everon, da tribo Caiabi, que deu à luz três meninas, através de
uma operação cesariana, vai ter alta depois de amanhã, após ter permanecido
no Hospital Base de Brasília desde o dia 16 de março. No início, os índios da
tribo foram contrários à ideia de Everon ir para o hospital, mas hoje já aceitam
o fato, e muitos já foram visitá-la. Everon não falava uma palavra de português
até ser internada e as meninas serão chamadas de Luana, Uiara e Potiara.
FONTE: <https://docgo.net/philosophy-of-money.html?utm_source=dinamica-dVozf7Z>.
Acesso em: 7 ago. 2018.
44
TÓPICO 3 | A LINGUAGEM E SUAS PARTICULARIDADES
NOTA
Observe a imagem:
FIGURA 21 – PROPAGANDA
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/-dLxAGiuQEnA/TaG2KWI7ZtI/AAAAAAAAABM/0eF-rRozbjw/
s320/greenpeace2.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
45
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
FIGURA 22 – PROPAGANDA
FONTE: <https://empiricusimagens.s3.amazonaws.com/imagens/copys/fn01/13.png>.
Acesso em: 12 jun. 2018.
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_8gWyZQJ8R0E/Svm0h1GIVzI/AAAAAAAAAQ8/
J1i7Akoomlw/s400/blog1.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
46
TÓPICO 3 | A LINGUAGEM E SUAS PARTICULARIDADES
Mãe, você acha que eu Educado não é aquele que Viu, seu �*!!!ξ? Você não
sou Mal-Educado? sabe as regras de etiqueta. Eu sou educado! tá pensando
Educado é aquele que na minha mãe
pensa nos outros! quando diz isso!
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/_8gWyZQJ8R0E/SvBIbCGCozI/AAAAAAAAAQk/uk2njO4Ail8/
s1600-h/blog1.jpg>. Acesso em: 6 ago. 2018.
FONTE: <http://www.coladaweb.com/portugues/a-linguagem-e-os-processos-de-
comunicacao>. Acesso em: 7 ago. 2018.
47
UNIDADE 1 | LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO: REFLEXÕES ACERCA DAS FUNÇÕES COGNITIVAS
FONTE: MORAIS, Vinícius de. A mulher que passa. In:______. Antologia poética. 4. ed. Rio de
Janeiro: Ed. do autor, 1960, p. 90.
48
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A função fática tem foco no canal, que tem por finalidade prolongar ou não o
contato com o receptor.
• A linguagem culta deve ser utilizada pelos meios de comunicação escrita, como
jornais, revistas, livros etc.
49
• Os desvios da norma culta não são aceitos pela gramática normativa.
50
AUTOATIVIDADE
FIGURA 25 – HAGAR
FONTE: <https://1.bp.blogspot.com/-blzeTqcRaVk/Ud74tHKjiOI/AAAAAAAADWs/-5cl6r3xcxw/
s1600/enem+b76aa228250685c7eb97d63662ec8f14.jpg>. Acesso em: 7 ago. 2018.
51
I- Pra você guardei o amor
Que aprendi, vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz ( ) Função
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris metalinguística
Risca ao levitar
FONTE: <https://www.letras.mus.br/nando-reis/1491960/>.
Acesso em: 12 jun. 2018.
II-
pa·lan·fró·ri·o
(alteração de palavrório)
substantivo masculino
1. Conversa para enganar ou convencer = LÁBIA ( ) Função apelativa
2. Discurso inútil ou aborrecido = ARANZEL
Sinônimo Geral: PALAVRÓRIO
FONTE: <http://dicionario.priberam.pt/sobre.aspx>.
Acesso em: 12 jun. 2018.
III-
( ) Função poética.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=sX8H4ToC-
OQ>. Acesso em: 12 jun. 2018.
FONTE: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/trump-
e-kim-se-reunirao-a-sos-no-comeco-da-cupula.ghtml>.
Acesso em: 12 jun. 2018.
52
V- 17h30min
Ai, Deus. Tinha acabado de mandar: Eu ia amar,
mas tenho que trabalhar hoje à noite, então melhor
não, a Mabel de repente deu um pulo e começou a
cantar a música que o Billy mais odeia perto dele.
“Forgeddaboudermoneymoneymoney, wedon’
needyermoneymoney, money!” Então o telefone
tocou. Agarrei o aparelho. O Billy deu um salto,
gritando “Mabel, pare de cantar Jessie J!” quando a ( ) Função fática
voz da recepcionista ronronou: “Brian Katzenberg vai
falar com você”. “Hum… Será que eu poderia retornar
a ligação para o Brian em…” “Berbling berbling!”,
cantou a Mabel, correndo em volta da mesa atrás do
Billy.
VI-
– Alô! Como você está?
– Tudo bem, e você? ( ) Função
– Vamos ao shopping hoje? referencial
– Sim, adoraria. Ligo daqui a pouco para confirmar o
horário.
53
54
UNIDADE 2
A ESTRUTURA TEXTUAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
55
56
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Quando nos comunicamos, seja por escrito ou oralmente, temos em mente
repassar uma mensagem. Então, podemos dizer que todo texto tem uma intenção.
Para isso, existem componentes básicos que devem ser levados em consideração:
quem fala, para quem, como e com que intenção.
Então veja: é correto dizer que para cada situação adequamos nossa
linguagem, seja ela oral ou escrita, porque temos uma intenção e queremos ser
compreendidos. Sobre a adequação da linguagem, Infante (1998, p. 66) diz que:
O nível do vocabulário utilizado decorre dos fatores que condicionam
a elaboração do texto: o tema tratado, a finalidade a que se propõe,
o receptor a que se dirige, o meio de divulgação utilizado. Um
comunicado oficial a ser lido na ONU ou uma carta aberta à população
de uma pequena vila ameaçada pela devastação da natureza podem
tratar do mesmo assunto, mas a seleção vocabular deve ser apropriada
a cada caso... Dessa forma, as melhores palavras são as mais eficazes e
não as mais pomposas...
57
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
2.1 COESÃO
Segundo Infante (1998, p. 66), “Dominar um bom vocabulário é requisito
para a elaboração eficiente de textos escritos”. Contudo, não são apenas palavras
rebuscadas que permitem coesão ao texto. Um texto coeso precisa de mais
elementos que possam garantir a sua eficácia.
58
TÓPICO 1 | O TEXTO E SUA INTENÇÃO
Dito de outra maneira, é o que empregamos para relacionar o já dito ao que será
dito, à medida que progredimos com o texto.
De acordo com Carneiro (2001), a progressão temática pode se efetivar
por intermédio da satisfação de compromissos textuais anteriores ou, ainda,
utilizando-se de novos acréscimos ao texto. Para exemplificar a afirmativa, vamos
apresentar alguns exemplos. Observe a seguir exemplos da primeira situação que
apresentamos:
59
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
Ex. 1: Não consegui pegar o avião, pois quando cheguei ao aeroporto, ele
já havia decolado.
Note que, neste caso, ocorre a anáfora, pois o elemento ele relaciona-se
com o elemento anterior: o atleta.
60
TÓPICO 1 | O TEXTO E SUA INTENÇÃO
Para complementar, podemos dizer que neste tipo de coesão pode ocorrer
a elipse. Veja:
NOTA
2.2 COERÊNCIA
A coerência textual é a organização lógica das ideias, havendo assim
continuidade entre as frases e/ou sequências, produzindo um sentido único para
o todo. Segundo o Dicionário Michaelis (2008), é a ligação, harmonia, conexão
ou nexo entre os fatos, ou as ideias. Na construção do texto, portanto, ela é
fundamental para que se entenda a mensagem. Para explicitar na prática, leiamos
o texto que segue, Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Nele, o autor narra a viagem
de Fabiano e sua mulher com a cadelinha Baleia, que fogem da seca no Nordeste.
BALEIA
61
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
[...]
FONTE: RAMOS, Graciliano. Vidas secas. Rio de Janeiro: Record, 2002, p. 85 [Fragmento].
62
TÓPICO 1 | O TEXTO E SUA INTENÇÃO
Reflita sobre o texto! Falta coesão a ele? Você deve ter pensado que não,
pois o texto possui elementos coesivos que ligam perfeitamente as frases umas às
outras, não é mesmo? Será que ele possui coerência? Vamos retomar o conceito de
coerência que elencamos anteriormente: sentido único/trata da mesma temática
do início ao fim do texto.
UNI
Sabemos que o assunto não se esgota por aqui. Por isso, acesse a sua trilha de
aprendizagem, assista aos vídeos que disponibilizamos e amplie seu estudo. Destacamos,
ainda, que o uso correto dos conectores facilita a interpretação do texto e a construção da
coerência pelo leitor.
DICAS
Caro acadêmico! Você deve habituar-se, sempre que estiver em uma situação
de escritura de qualquer modelo textual, a consultar um dicionário. Seja durante uma leitura
ou redação, como afirma Infante (1998, p. 67), “[...] consultá-lo contribui de forma decisiva para
a perfeita compreensão e expressão de ideias, opiniões e sentimentos”.
63
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
64
TÓPICO 1 | O TEXTO E SUA INTENÇÃO
3 PARÁGRAFO
Costumamos chamar de parágrafo o espaço em branco num trecho
escrito, que geralmente corresponde a seis ou sete caracteres de afastamento da
margem esquerda, ou seja, um recuo no início da frase. Entretanto, nosso foco é
destacar que o parágrafo é uma unidade do discurso formada por um ou mais
períodos, ou seja, é parte de uma redação. Segundo Medeiros (2004), utilizamos
o parágrafo para dividir o texto em partes menores, já que um texto possui
diferentes enfoques. As partes menores ou parágrafos de um texto auxiliam na
interpretação que faremos sobre o escrito, pois a divisão possui algumas funções,
as quais veremos adiante.
66
TÓPICO 1 | O TEXTO E SUA INTENÇÃO
NOTA
a) Tópico frasal
67
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
c) Conclusão
UNI
68
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• O símbolo do parágrafo é representado por “§”, que equivale a dois esses (SS)
entrelaçados.
69
AUTOATIVIDADE
1 Todo texto escrito ou falado, como vimos, possui uma intenção. Escreva
qual a intenção ou intenções do texto abaixo.
TEXTO
O papa João Paulo II disse ontem, dia de seu 77º aniversário, que seu
desejo é “ser melhor”. ______ reuniu-se na igreja romana de Ant’Attanasio com
um grupo de crianças, sendo que uma delas disse: “No dia do meu aniversário
minha mãe sempre pergunta o que eu quero. E você, o que quer?” __________
respondeu: “Ser melhor”. Outro menino perguntou a __________ que presente
gostaria de ganhar neste dia especial. “A presença das crianças me basta”,
respondeu __________. Em seus aniversários, __________ costuma compartilhar
um grande bolo, preparado por irmã Germana, sua cozinheira polonesa, com
seus maiores amigos, mas não sopra as velinhas, pois este gesto não faz parte das
tradições de seu país, a Polônia. Os convidados mais frequentes a compartilhar
nesse dia a mesa com __________ no Vaticano são o cardeal polonês André
Marie Deskur e o engenheiro Jerzy Kluger, um amigo judeu polonês de colégio.
Com a chegada da primavera, __________ parece mais disposto. __________
deve visitar o Brasil na primeira quinzena de outubro.
FONTE: <http://hmg.pucrs.br/gpt/coesao.php>. Acesso em: 30 maio 2017.
70
3 Com base nos conhecimentos sobre coerência e coesão, que você estudou
nesta unidade de ensino, leia o texto a seguir e em seguida assinale V para
verdadeiro e F para falso, sobre as proposições elencadas para o texto lido:
FONTE: <http://professor-joseantonio.blogspot.com/2012/05/coesao-e-coerencia.html>.
Acesso em: 7 ago. 2018.
71
72
UNIDADE 2 TÓPICO 2
OS DIVERSOS TEXTOS
1 INTRODUÇÃO
Antes de partirmos para a caracterização dos textos, é importante saber o
que significa a palavra texto, não é mesmo? Você, acadêmico, consegue conceituá-
la? Uma análise etimológica é bastante esclarecedora. A palavra texto provém do
latim textum, que significa “tecido, entrelaçamento”.
Para nós, no momento, basta termos em mente que a palavra texto deriva
da ação de tecer ou de entrelaçar algumas partes com a finalidade de tornar um
todo coeso e coerente. Partimos, então, para as características textuais.
73
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
UNI
3 A NARRAÇÃO
Diariamente ouvimos, contamos, lemos ou redigimos histórias, não é
mesmo? Algumas pessoas com mais frequência, outras com menos, porém,
podemos dizer que todos saberiam contar, recontar ou inventar uma história.
74
TÓPICO 2 | OS DIVERSOS TEXTOS
75
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
Tragédia brasileira
76
TÓPICO 2 | OS DIVERSOS TEXTOS
Da próxima vez em que você se deparar com um texto, observe quais desses
recursos estão presentes. Este exercício fará com que você perceba que a narrativa se
estrutura dentro de uma gama de possibilidades e estas são escolhidas pelo escritor.
Ainda sobre as narrativas, vale ressaltar que existem diferenciadas formas
de apresentar as falas dos personagens (INFANTE, 1998). Vamos conhecê-las?
77
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
FIGURA 1 – MAFALDA
Não é assim,
Miguelito! É a alma Como assim?...
que vai para o céu, Quer dizer que
o corpo fica tem que devolver
aqui. o vasilhame?
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/04/4e/d7/044ed7da98c850c4b852522f21d6d4a9--comic-
book-cartoons.jpg>. Acesso em: 10 ago. 2018.
78
TÓPICO 2 | OS DIVERSOS TEXTOS
4 A DESCRIÇÃO
Pode-se dizer que o ato de descrever é empregar os sentidos a fim de
captar uma realidade e exemplificá-la no texto.
Leia o texto que segue de Cecília Meireles, ele servirá de exemplo sobre as
sequências descritivas.
SE EU FOSSE PINTOR...
Se eu fosse pintor começaria a delinear este primeiro plano de
trepadeiras entrelaçadas, com pequenos jasmins e grandes campânulas roxas,
por onde flutua uma borboleta de cor marfim, com um pouco de ouro nas
pontas das asas.
Mas logo depois, entre o primeiro plano e a casa fechada, há pombos
de cintilante alvura, e pássaros azuis tão rápidos e certeiros que seria
impossível deixar de fixá-los, para dar alegria aos olhos dos que jamais os
viram ou verão.
Mas o quintal da casa abandonada ostenta uma delicada mangueira,
ainda com moles folhas cor de bronze sobre a cerrada fronde sombria, uma
delicada mangueira repleta de pequenos frutos, de um verde tenro, que se
79
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
Sinto, porém, que tudo isso por onde vão meus olhos, ao subirem do
vale à montanha, possui uma riqueza invisível, que a distância abafa e desfaz:
por detrás dessas paredes, desses muros, dentro dessas casas pobres e desses
castelinhos de brinquedo, há criaturas que falam, discutem, entendem-se e
não se entendem, amam, odeiam, desejam, acordam todos os dias com mil
perguntas e não sei se chegam à noite com alguma resposta.
FONTE: MEIRELES, Cecília. Ilusões do mundo. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1976, p. 17-18.
80
TÓPICO 2 | OS DIVERSOS TEXTOS
Perceba que o esquema segue uma dimensão que nos desvenda um olhar
do perto para o longe. Resquícios dessa descrição podem ser retirados do trecho
“as asas das borboletas”, no qual diz: “uma borboleta de cor marfim, com um
pouco de ouro nas pontas das asas”.
5 A ARGUMENTAÇÃO
Em nosso dia a dia é muito comum termos que expor nossas opiniões ou
até mesmo convencer as pessoas sobre as diversas temáticas. Pense em várias
situações nas quais utilizamos uma linguagem argumentativa e/ou persuasiva,
seja em um relacionamento amoroso, na vida profissional, na venda de um
produto, em uma reunião de negócios e, também, ao nos relacionarmos com os
professores, vizinhos ou amigos.
Vamos conhecer mais sobre essa temática? Leia o texto que segue.
UNI
81
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
6 COESÃO E ARGUMENTAÇÃO
FONTE: DURIGAN, Regina H. de Almeida et al. A dissertação no vestibular. In: A magia da mudança
-vestibular Unicamp: língua e literatura. Campinas: Unicamp, 1987, p. 14-15.
Sobre a estrutura, podemos afirmar que existe uma maneira muito usada
para a organização desses textos. Basicamente, precisamos dispor as informações
que obtemos em três momentos: introdução, desenvolvimento e conclusão.
82
TÓPICO 2 | OS DIVERSOS TEXTOS
83
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
Além disso, você observou que cada parte de um texto relaciona-se com
as demais, ou retomando ou preparando para o que é ou foi dito? Tecemos um
texto à medida que acrescentamos ao que foi dito o que ainda temos por dizer. No
momento de redigir um texto, há que se considerar aquele para quem escrevemos
e quais são nossos objetivos com o texto. Dessa maneira, adequamos a linguagem
à situação e nos fazemos entender, atingindo assim nosso propósito.
84
TÓPICO 2 | OS DIVERSOS TEXTOS
UNI
85
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
86
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Uma vez, dois homens saíram na Semana Santa para caçar tatu.
Quando eles estavam cavando o buraco, o tatu saiu para fora e falou para
eles: - Isso tudo é vontade de comer carne? (Antonio Henrique Weitzel)
b) ( ) A aventura pode ser louca, mas o aventureiro tem que ser lúcido!
(Chesterton)
87
A outra noite
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento
sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei
um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das
nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam
a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma
paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal
fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem
mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia
uma outra – pura, perfeita e linda.
- Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de
chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser
aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um “boa noite” e um
“muito obrigado ao senhor” tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse
feito um presente de rei.
Rubem Braga
FONTE: <http://biscoitocafeenovela.blogspot.com.br/2014/09/sessao-leitura-outra-noite-
rubem-braga.html>. Acesso em: 10 ago. 2018.
a) ( ) Narração.
b) ( ) Narração e Descrição.
c) ( ) Argumentação.
d) ( ) Descrição.
e) ( ) Argumentação e Narração.
88
Passeava pelos cantos; tornava ao Sol; estirava-se; em três patas, coçava o ventre;
prosseguia; farejava; volvia aos mesmos pontos, a cauda estirada, o tijolo atrás,
sobre a lata, chiando. Por fim, encontrou um velho osso, voltou ao Sol, estirou-
se sobre o ventre, a roer a presa, com pachorra.
FONTE: VAZ, Leo. In: CARNEIRO, Agostinho Dias. Redação em construção. São Paulo:
Moderna, 2001, p. 31.
89
90
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
As habilidades de leitura e escrita são muito mais que uma necessidade.
Saber ler e interpretar diferentes textos em diferentes linguagens, avaliar
e comentar informações ou ideias, além de estabelecer relações e formular
perguntas, são competências primordiais básicas para que uma organização
empresarial ou para que qualquer instituição possa oferecer ao seu público o
retorno e/ou atendimento que merecem.
UNI
Se você quiser saber mais sobre gêneros textuais, visite o site: <http://www.
portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/Linguagem_ Discurso/article/view/347/368> e leia na
íntegra O ENSINO DE PRODUÇÃO TEXTUAL COM BASE EM ATIVIDADES SOCIAIS E GÊNEROS
TEXTUAIS, da professora Désirée Motta-Roth.
92
TÓPICO 3 | O ESTUDO DO TEXTO: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E GÊNEROS
Como você já deve ter percebido, toda empresa e/ou instituição é única,
como todo ser humano também o é. Cada um tem sua história, sua cultura, seus
valores, sua missão ou metas, perfil de funcionários, de clientela, entre outros. A
comparação com o ser humano fez-se necessária, pois as empresas/instituições
são compostas, fundamentalmente, de pessoas. E, pasme! sofrem do mesmo mal.
Afinal, que mal é esse? Hum, o mal da ausência ou da má comunicação.
3 OS MODELOS TEXTUAIS
A correspondência de uma empresa e/ou instituição é vista hoje como
um importante instrumento de boa organização e até de marketing. Assim, a
comunicação feita através da correspondência interna ou externa é a responsável
pela representação da instituição ou empresa perante os deus diferentes públicos.
93
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
UNI
94
TÓPICO 3 | O ESTUDO DO TEXTO: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E GÊNEROS
3.1 RELATÓRIOS
O relatório é um documento no qual se apresenta uma descrição de um
acontecimento, ou a forma como um serviço foi executado. Ele pode ser também
um relato das ocorrências administrativas, de uma apresentação de resultado de
uma pesquisa ou até de uma investigação.
Agora mãos à obra, escreva seu texto, relate tudo o que for necessário e
lembre-se de reler e revisar o que escreveu.
c) TEXTO: quando você relatar, preste atenção na introdução, que deve indicar
o motivo ou, ainda, lembrar quem determinou a execução do relatório. No
desenvolvimento, você expõe o assunto cronologicamente, em parágrafos ou
em tópicos, e no encerramento deve haver as considerações finais, ou sugestões,
bem como os agradecimentos.
95
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
d) LOCAL e DATA.
e) ASSINATURA.
3.1.2 Aplicação
Antes de você visualizar e analisar o relatório a seguir, cabe salientar que
escrever serve para comunicar nossas ideias e, para dominar a habilidade da
escrita, ela deve ser exercitada.
Considere especialmente importante no ato da escritura de um relatório a
clareza, a coesão e a exatidão. Não esqueça que, quando não houver normas para
a escritura do relatório, você deve seguir o seu bom senso.
96
TÓPICO 3 | O ESTUDO DO TEXTO: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E GÊNEROS
Atenciosamente
XXXX XXXX
e) MM Business
3.2 ATA
É o registro escrito, objetivo, claro e confiável, com valor administrativo
ou legal dos acontecimentos de uma reunião, assembleia ou convenção. Se for
um documento tão valorativo, ela deve ser redigida de forma a não permitir
qualquer modificação posterior.
a) Atas manuscritas: elas são registradas num livro específico para esse fim, o
qual deve ter um termo de abertura e as páginas devem estar numeradas. Se
a ata for digitada, precisa ser arquivada em uma pasta e deve ser organizada
levando em conta a data de sua escritura.
c) Rasuras: não podem aparecer, nem emendas ou uso de corretivos. Para retificar
um erro, utilize palavras como “digo”. Se o erro for notado após a redação
da ata, recorre-se à expressão “em tempo”, ou apresente uma errata, que será
colocada sempre após o texto.
97
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
c) local: não se esqueça de indicar o local onde está sendo realizada a reunião;
98
TÓPICO 3 | O ESTUDO DO TEXTO: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E GÊNEROS
3.3 OFÍCIO
O ofício, dentre os tipos de comunicação, é um dos mais utilizados tanto
no setor público como privado. Sua utilidade é das mais variadas, ora como
troca de informações administrativas, solicitações, agradecimentos, ora como
estabelecimento de uma ordem, entre outras.
Segundo Campos Mello (1978, p. 122), o ofício serve para:
[...] informar, encaminhar documentos importantes, solicitar
providências ou informações, propor convênios, ajustes, acordos etc.,
convidar alguém com distinção para a participação em certos eventos,
enfim, tratar o destinatário com especial fineza e consideração.
É uma correspondência oficial, podendo ser usada também por clubes,
associações e, ainda, como correspondência protocolar. A linguagem utilizada
é formal e, sendo uma correspondência dirigida a autoridades, devemos prestar
atenção ao tratamento exigido para cada cargo.
UNI
99
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
• local e data ficam na mesma linha do número de ordem, do lado direito, o mês
vem escrito por extenso;
100
TÓPICO 3 | O ESTUDO DO TEXTO: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E GÊNEROS
• Abrigo:
101
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
3.4 REQUERIMENTO
O requerimento é um documento utilizado para solicitar informações
ou para fazer pedidos a um organismo público, a uma instituição ou ainda a
uma autoridade. Ele possui características próprias e pode ser tanto manuscrito
como digitado. Ele deve ser entregue pessoalmente, em duas vias: uma das vias
protocoladas é sua, ou deve ser enviado pelos correios com Aviso de Recebimento
(AR).
102
TÓPICO 3 | O ESTUDO DO TEXTO: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E GÊNEROS
UNI
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
3.5 E-MAIL
O correio eletrônico (e-mail) transformou-se na principal forma de
comunicação para expedição de avisos e, inclusive, de documentos em empresas
e instituições. Isso tudo se deu com o advento da internet, e a comunicação por
e-mail tornou-se essencial nas relações comerciais, tanto interna como externa,
seja por seu baixo custo ou pela sua celeridade. O e-mail proporciona rapidez e,
também, oficializa, por se utilizar da modalidade escrita, a comunicação.
103
UNIDADE 2 | A ESTRUTURA TEXTUAL
Cuidado com as respostas, pois elas não devem ser pomposas e longas,
porém, preste atenção, as respostas curtas demais também não são bem vistas,
pois elas podem prejudicar o entendimento da mensagem.
E
IMPORTANT
104
TÓPICO 3 | O ESTUDO DO TEXTO: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E GÊNEROS
Atenciosamente,
Monalisa
Agradeço a disponibilidade,
Atenciosamente
Monalisa
Estamos à disposição,
Atenciosamente,
Monalisa
105
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
106
AUTOATIVIDADE
Documento Características
Ata
Ofício
Relatório
Requerimento
107
3 (QUESTÃO 19, ENADE 2012, TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS
HUMANOS) Diante de um cenário de constantes mudanças e concorrência
altamente acirrada, conquistar, manter e satisfazer os clientes são desafios
para as empresas que desejam expandir-se no mercado. Nesse contexto, os
gestores devem compreender que o sucesso da empresa também depende
dos recursos humanos que nela trabalham e, para tanto, os profissionais
devem estar satisfeitos e motivados, de forma a responderem com alto nível
de envolvimento e comprometimento com os objetivos da organização.
Nesse sentido, a comunicação interna, baseada nas ações de endomarketing,
é fundamental para se criarem e manterem níveis elevados de satisfação
humana e clima organizacional saudável. Considerando que a comunicação
organizacional está diretamente relacionada à qualidade de vida das pessoas
que atuam em organizações, avalie as afirmações abaixo.
108
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
109
110
UNIDADE 3
TÓPICO 1
AS CLASSES DE PALAVRAS
1 INTRODUÇÃO
O estudo de regularidades de uma língua por pessoas que já são falantes
dessa língua oportuniza a reflexão de usos linguísticos para diferentes práticas
de leitura e escrita, interpretação e oralidade. É a escola a responsável por dar
acesso à aprendizagem da norma padrão da língua, reconhecendo estruturas
que constituem regras da gramática normativa, da língua cotidiana, da língua
falada e da língua escrita. É preciso, então, incitar a reflexão e compreensão acerca
de recursos linguísticos e textuais (como o uso de intensificadores, conectivos,
pontuação, entre outros) para oportunizar diferentes práticas de leitura e escrita
para a vida social, que extrapola os muros da escola. Assim, cabe lembrar que ler
e escrever devem ser atividades primordiais no ensino de qualquer língua.
111
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
112
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
NOTA
2.1 SUBSTANTIVO
Para tratarmos dessa classe de palavras, vamos fazer uma reflexão inicial.
Se alguém lhe perguntar onde você estuda, você certamente responderia: na
UNIASSELVI. Se lhe perguntassem o que é a UNIASSELVI, você provavelmente
responderia que é uma instituição de ensino superior. Os nomes que você daria
a essas respostas são substantivos: UNIASSELVI (um substantivo próprio, pois
corresponde a um nome específico) e instituição (substantivo comum, pois é um
nome mais genérico de determinada classe).
113
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
114
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
Perceba, por exemplo, que quando identificamos uma pessoa por cineasta, ex-
presidente, sociólogo, professor, cientista, ex-reitor, educadora, utilizamos
letras minúsculas, pois temos substantivos comuns (que designam categorias
mais gerais). Contudo, quando passamos a utilizar os substantivos próprios, a
fim de atribuir um nome às pessoas ou às entidades, passamos a usar as letras
iniciais maiúsculas: Manoel Rangel, Agência Nacional do Cinema, Cesar Barreira,
Universidade Federal do Ceará (UFCE), Hélgio Trindade, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Universidade Federal da Integração Latino-
Americana (Unila), Jaqueline Moll.
NOTA
No caso das universidades, você deve ter percebido que elas vêm acompanhadas
de suas siglas, que podem ser redigidas com todas as letras em caixa alta (maiúsculas), como
em UFCE, ou apenas a primeira letra maiúscula, como em Ufrgs, caracterizando nome
próprio. Conforme Nicola e Terra (2000), quando as siglas são formadas por até três letras,
obrigatoriamente são grafadas em maiúsculas (como é o caso de PT, ONU, STF). Contudo, se
as siglas possuírem mais de três letras, podem ser grafadas com inicial maiúscula e as demais
letras minúsculas (como é o caso de Unesco e Ufrgs), desde que possam ser pronunciadas
como uma palavra.
FONTE: NICOLA, José de; TERRA, Ernani. 1.001 Dúvidas de Português. 10. ed. São Paulo:
Saraiva, 2000, p. 118.
ATENCAO
115
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
15 DE MAIO DE 1905
AUTOATIVIDADE
Sol.
Bom dia, dentes, filhos, uniforme,
merenda, café, carro, escola, carro, supermercado,
carne, pão, banana, refrigerante, alface, cebola, tomate. Carro,
casa, cama, lençol, travesseiro, colcha, roupa, lavanderia, máquina, sabão, sala,
almofada, pano, pó, cortina, tapete, feiticeira. Banheiro, descarga, balde, água,
desinfetante, toalha molhada, lavanderia, arame, prendedor. Cozinha, pia,
tábua, faca, panela, fogão, bife, arroz, molho, feijão, salada, mesa, toalha,
pratos, talheres, copos, guardanapos, carro, escola, filhos, carro, almoço, mesa,
pia, louça, armário, fogão, piso. Televisão, jornal, filhos, tema, lanche, leite,
Nescau, pão, margarina, banana, louça, pia, armário. Carro, filhos, natação,
futebol, mensalidade, espera, revista, filhos, carro, casa. Vizinha, conversa rápida,
lavanderia, arame, roupas, agulha, linha, camisa, calça, ferro de passar.
Janta, marido, filhos, sala, televisão, família reunida, dinheiro, discussão,
cozinha, mesa, louça, pia, armário. Filhos, sono, escova, creme dental, cama,
beijo, durmam com os anjos. Portas chaveadas, janelas fechadas,
banho, sabonete, água, toalha, creme no corpo, camisola,
renda, escova, cabelo, perfume, dentes limpos,
cama, marido, sexo, sono, boa noite,
Lua."
Até o presente momento, você estudou o que são classes de palavras e,
dentre elas, estudou os substantivos, reconhecendo os substantivos próprios e
comuns. Dentre os substantivos comuns, você passou a reconhecer os concretos,
abstratos e coletivos. Diante dessas considerações, assinale V para as sentenças
verdadeiras e F para as falsas.
2.2 ADJETIVO
Estudamos que os substantivos são as palavras que nomeiam os seres,
não é mesmo? Os adjetivos, por sua vez, são as palavras que os caracterizam.
Para iniciarmos nossa conversa sobre os adjetivos, recomendamos que leia
atentamente o meme a seguir.
NOTA
118
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
A partir do que você viu até aqui, deve ter percebido que o adjetivo se
liga ao substantivo, como limpo (adjetivo) está ligado a hotel (substantivo);
inteligente (adjetivo) está ligado a humor (substantivo); criativo (adjetivo) está
ligado a jornalismo (substantivo). Observe mais um exemplo:
119
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
A locução adjetiva nada mais é que uma expressão representada por mais
de uma palavra, ou seja, um conjunto de palavras que tenham valor de adjetivo.
São exemplos de locução adjetiva:
E
IMPORTANT
Até agora, você viu que os adjetivos, ou as locuções adjetivas, são usados
para modificar o significado de substantivos, atribuindo-lhes uma característica (como os
acadêmicos maranhenses), uma qualidade (como o hotel limpo) ou um julgamento (como
o homem imaturo). Tanto os adjetivos quanto as locuções adjetivas são recursos que devem
ser utilizados com cautela na produção textual, já que exprimem o juízo de valor do escritor
diante de um substantivo (quando se descreve um livro como importantíssimo, ou uma
pessoa como desprezível, por exemplo). Além disso, quando você procura escrever com maior
objetividade e de forma sucinta, pode ser prudente evitar o uso de locuções adjetivas e substitui-
las por adjetivos correspondentes (por exemplo: animais do campo/animais campestres).
120
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
FONTE: As autoras
121
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
AUTOATIVIDADE
FONTE: <http://pausapraleitura.blogspot.com.br/2011/10/o-sitio-de-picapau-amarelo.html>.
Acesso em: 10 ago. 2018.
FONTE: <https://scontent.cdninstagram.com/vp/
bdb42b008d5b3f91473acb89df928b33/5BFE9E1F/t51.2885-15/e35/32362813_18413
58149502282_4578854979179118592_n.jpg>. Acesso em: 10 ago. 2018.
2.3 ADVÉRBIO
Vamos iniciar o estudo desta classe de palavras lendo o texto que segue:
123
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
FONTE: As autoras
E
IMPORTANT
No quadro de advérbios acima, você deve ter visto que, dentre os advérbios de
tempo, temos a palavra “quando”. Contudo, essa palavra nem sempre terá função de advérbio!
Vamos explicar melhor a condição do termo “quando” a partir do que o portal Ciber Dúvidas
(site sem fins lucrativos que esclarece, informa e debate questões sobre a língua portuguesa)
explica:
124
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
AUTOATIVIDADE
2.4 NUMERAL
Esta classe indica a ideia numérica dos seres. De acordo com as ideias que
exprime, o numeral pode ser classificado da seguinte maneira:
FONTE: As autoras
125
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
NOTA
AUTOATIVIDADE
2.5 ARTIGO
Você viu, ao longo deste tópico, os usos dos substantivos, adjetivos,
advérbios e numerais, relacionando algumas questões de regras normativas com
a textualidade. Tendo em vista o que aprendeu até agora, leia a fábula a seguir:
O cavalo e o asno
FONTE: <https://www.epochtimes.com.br/fabulas-de-esopo-um-modo-inteligente-e-moral-de-
ensinar-criancas/#.WlAIh0qnGM8>. Acesso em: 10 ago. 2018.
126
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
NOTA
“[...] o clássico conceito de fábula que tem sua origem em Esopo (séc. VI a.C.)
e Fredo (séc. I d.C.) e foi retomada no Classicismo francês, por La Fontaine. Trata-se de uma
narrativa, quase sempre breve, em prosa ou, na maioria, em verso, de ação não muito tensa,
de grande simplicidade e cujos personagens (muitas vezes animais irracionais que agem
como seres humanos) não são de grande complexidade. Aponta sempre para uma conclusão
ético-moral. É um gênero de grande projeção pragmática por seu claro objetivo moralizador
e de grande efeito perlocutório, próprio dos textos narrativos, pois vai ao encontro dos
hábitos, das expectativas e das disponibilidades culturais do leitor” (COSTA, 2012, p. 124).
A partir do que vimos até aqui, podemos afirmar que artigos são utilizados
antes de substantivos; e podem ter duas classificações: os artigos definidos e os
indefinidos. Vejamos:
127
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
Como você viu no início desta unidade, o artigo é uma classe de palavra
variável, isto é, possui diferentes formas para concordar com o substantivo a que se
refere. Ele varia em gênero (feminino e masculino) e em número (singular e plural).
AUTOATIVIDADE
FIGURA 3 – GARFIELD
Aquele rato Vá pega-lo Garfield!
roubou um Peguei!
biscoito!
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/_yEE_GL-q3ho/S8sVa2Eo5aI/
AAAAAAAAAnk/_9jPV1kG8k0/s400/garfield.png>. Acesso em: 10 ago. 2018.
128
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
2.6 PREPOSIÇÃO
Você já ouviu alguma vez a música Eduardo e Mônica? Caso conheça a
música, procure lembrar da letra e preencher as lacunas:
Eduardo e Mônica
Legião Urbana
Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
razão nas coisas: “razão” e “coisas” são elementos ligados pela preposição
“nas”.
nas: preposição “em” + artigo definido “as” = nas.
129
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
a, ante, até, após, com, contra, dês / desde, em, entre, para, perante,
por, sem, sob, sobre.
FONTE: As autoras
ATENCAO
Você reparou na grafia “trás”, escrita com “s” e acento gráfico na letra “a”? É
comum as pessoas se confundirem com a grafia de “atrás”, “trás” e “traz”. Para que você não se
confunda com esse aspecto, basta reconhecer a função da palavra e sua classe gramatical.
“Atrás”, por exemplo, é grafado com acento agudo e “s” e sua classe gramatical é de advérbio
de lugar: “Estou atrás da biblioteca esperando por você”. Perceba que “atrás” está indicando o
lugar. “Traz”, por sua vez, é um verbo conjugado em terceira pessoa do singular: Ela traz todos
os livros sempre que necessário. “Trás” é empregado como preposição (especialmente dentro
de uma locução prepositiva): O meu vizinho estava por trás de toda essa confusão; Se você
não andar rápido, vai ficar para trás.
130
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://byzezinho.files.wordpress.com/2009/06/03.jpg>.
Acesso em: 10 ago. 2018.
2.7 CONJUNÇÃO
Assim como a preposição, a conjunção tem função de ligar, unir,
mas em uma perspectiva um pouco diferente da que vimos anteriormente,
já que, do ponto de vista sintático, estabelece a relação de subordinação ou
coordenação quando liga duas orações. Você recorda o que é oração em
língua portuguesa? Pois bem, oração é uma frase ou parte de uma frase
com verbo. Assim, para existir oração tem que haver um verbo. Se uma
frase contiver dois verbos, teremos duas orações, três verbos, três orações...
Vamos visualizar na prática? Então, segue um exemplo:
131
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
• Aditivas: são as que expressam relação de soma. Ex.: nem, e, não só, mas
também.
132
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
NOTA
Vale lembrar que uma mesma conjunção ou locução conjuntiva pode iniciar
orações que indicam sentidos distintos. Então, caro acadêmico, o estudo não deve voltar-se
para a memorização classificatória, mas, sim, para o sentido das frases no texto.
AUTOATIVIDADE
1 Na tirinha a seguir você verá Armandinho interagindo com seu pai. A partir
de sua leitura, verifique as sentenças corretas:
133
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
FONTE: <https://retalhosinterativos.files.wordpress.com/2013/09/1045104_598360100209
300_1527914012_n.png>. Acesso em: 10 ago. 2018.
2.8 INTERJEIÇÃO
A interjeição é uma das classes de palavras invariáveis. Ela exprime
sensações e estados emocionais. Dito em outras palavras, com a interjeição
traduzimos de modo vivo nossas emoções. Podemos dizer que o uso dessa
classe é mais frequente em textos narrativos, nos quais há a apresentação
de falas coloquiais, pois contribuem para transmitir ao leitor as emoções e
reações das personagens.
134
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
FIGURA 4 – MAFALDA
FONTE: <https://guiroque.files.wordpress.com/2008/07/mafalda1.jpg>.
Acesso em: 10 ago. 2018.
2.9 VERBO
Dentre as classes de palavras, podemos dizer que o verbo é a palavra que
mais varia. Assim, ele indica: pessoa, número, tempo, modo, estados e fenômenos
naturais e voz. Ele exprime o que se passa, isto é, um acontecimento representado
no tempo.
135
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
Podemos notar que, em cada conjugação, uma parte do verbo não sofreu
alteração (amar = AM; sofrer = SOFR; partir = PART), portanto, esta parte, que
contém a base do significado, é denominada radical.
136
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
NOTA
FONTE: As autoras
ATENCAO
137
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
AUTOATIVIDADE
a) Explicar:
b) Dividir:
c) Rever:
d) Supor:
e) Mentir:
f) Dispor:
g) Caprichar:
h) Absorver:
UNI
A professora mandou Joãozinho recitar uma poesia. Ele, todo cheio de compostura, começou
a declamar:
Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam. A professora, intrigada, pede
ao Joãozinho:
Joãozinho, mas o que há de poético nestes verbos? Joãozinho, com muita convicção,
responde:
Professora, isso pode não ser poético, mas é bastante profundo.
138
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
• Modo indicativo: indica um fato que ocorre, ocorreu ou ocorrerá com certeza.
Um fato real. Por exemplo: Pedro partiu ontem.
Nessa oração, temos certeza de que Pedro realmente partiu. O fato está
concretizado. Dito de outra maneira, o indicativo indica uma ação.
• Modo subjuntivo: indica um fato hipotético, ou seja, não é certo que acontecerá.
Pode exprimir dúvida, probabilidade ou suposição. Por exemplo: Quem sabe
eu vá à reunião, se não chover.
Nessa oração, não se sabe ao certo se a ação ocorrerá. O fato não está
concretizado.
139
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
140
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
A voz passiva, por sua vez, também possui uma função importante na
escrita acadêmica, como na seção voltada à descrição metodológica do trabalho.
Por exemplo, é possível afirmar:
E
IMPORTANT
141
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
142
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
AUTOATIVIDADE
1 Relacione a coluna das formas nominais dos verbos com a coluna que
apresenta os verbos em uso:
a) ( ) Imperativo.
b) ( ) Indicativo.
c) ( ) Subjuntivo.
Agora que terminamos uma fase importante dos nossos estudos sobre
verbos, que foram as flexões verbais, vamos entrar em uma nova etapa, que é o
estudo da CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS.
143
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
144
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
FAZER
Eu Faço
Tu Fazes
Ele Faz
Nós Fazemos
Vós Fazeis
Eles Fazem
FONTE: As autoras
PRETÉRITO PRETÉRITO
PRESENTE
Perfeito imperfeito
145
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
PRETÉRITO PRETÉRITO
PRESENTE
perfeito imperfeito
Eu - colori coloria
Tu colores coloriste colorias
Ele colore coloriu coloria
Nós colorimos colorimos coloríamos
Vós coloris coloristes coloríeis
Eles colorem coloriram coloriam
FONTE: As autoras
146
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
ATENCAO
AUTOATIVIDADE
2.10 PRONOMES
Pronomes são palavras empregadas na frase utilizadas para
substituir um substantivo ou para acompanhá-lo, determinando sua
extensão. Vejamos alguns exemplos:
147
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
Observe:
QUADRO 15 – PRONOMES
148
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
FIGURA 5 – CALVIN
FONTE: <https://apatossauros.files.wordpress.com/2007/10/calvinharodotira354.gif>.
Acesso em: 13 ago. 2018.
149
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
VARIÁVEIS
Masculino Feminino INVARIÁVEIS
Este, esta, isto: referem-se à 1ª pessoa (eu), são usados para objetos
que estão próximos do falante. Com relação ao tempo, é usado no presente.
Exemplos:
DICAS
150
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
AUTOATIVIDADE
É incrível a
importância do Um patrão faz assim
dedo indicador! com o indicador... E
três mil operários
vão para a rua!
151
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
algum, alguma, alguns, algumas Alguém
nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas Algo
todo, toda, todos, todas Ninguém
muito, muita, muitos, muitas Nada
pouco, pouca, poucos, poucas Tudo
vário, vária, vários, várias Cada
tanto, tanta, tantos, tantas Outrem
quanto, quanta, quantos, quantas Mais
outro, outra, outros, outras Menos
bastante, bastantes Demais
FONTE: As autoras
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
qual, quais Que
FONTE: As autoras
SUBSTANTIVO
A casa que comprei é perfeita.
PRONOME RELATIVO
152
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
NOTA
Lembre-se! Oração é uma frase ou parte de uma frase que contenha verbo.
E
IMPORTANT
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
o qual, a qual, os quais, as quais Que
cujo, cuja, cujos, cujas Quem
quanto, quantos, quantas Onde
FONTE: As autoras
153
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
ATENCAO
Caro acadêmico! Vimos que “quem” pode tanto ser um pronome interrogativo
quanto relativo, não é mesmo? Para saber a qual pronome estamos nos referindo em
determinada situação, basta que você recorde a função de cada um na frase!
154
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
Presidente e Membros
Vossa Senhor + Cargo
do Tribunais Regionais V.Exa.
Excelência respectivo
Federais
Presidente e Membros
Vossa Senhor + Cargo
dos Tribunais V.Exa.
Excelência respectivo,
Regionais Eleitorais
Presidentes e Membros
Vossa Senhor + Cargo
dos Tribunais V.Exa.
Excelência respectivo
Regionais do Trabalho
Vossa
Juízes V.Exa. Senhor Juiz
Excelência
Vossa Senhor
Desembargadores V.Exa.
Excelência Desembargador
Auditores da Justiça Vossa Senhor + cargo
V.Exa.
Militar Excelência respectivo
FONTE: <http://www.casacivil.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=9>.
Acesso em: 13 ago. 2018.
DICAS
Para acessar outros pronomes de tratamento que podem lhe ser importantes,
consulte o site da Casa Civil: <http://www.casacivil.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.
php?conteudo=9>.
3 COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Antes de estudarmos na prática a colocação pronominal, é interessante
saber que o emprego dos pronomes oblíquos se deve, especialmente, à eufonia, ou
seja, à sonoridade da frase. Portanto, em determinados casos ocorrem diferenças
entre o que a norma gramatical recomenda e o que é realmente utilizado.
Vamos observar, a seguir, as orientações para a colocação dos pronomes
oblíquos nas formas mais prestigiadas da língua escrita. Os pronomes oblíquos
átonos são: me, te, se, nos, vos, lhe, lhes. Nas frases, estes pronomes podem
aparecer em três diferentes posições com relação ao verbo: antes, no meio ou
depois do verbo. Vamos conhecê-las, então.
UNI
3.1 PRÓCLISE
Chamamos de próclise quando o pronome se posiciona antes do verbo.
Vamos conhecer algumas situações que determinam a próclise!
156
TÓPICO 1 | AS CLASSES DE PALAVRAS
3.2 MESÓCLISE
Denomina-se mesóclise o fato de o pronome posicionar-se no meio do
verbo. Em duas situações é admitido o emprego da mesóclise. Vejamos:
DICAS
Caso você não recorde a conjugação desses tempos, consulte o item VERBOS,
estudado anteriormente neste livro.
3.3 ÊNCLISE
A ênclise ocorre quando o pronome se encontra depois do verbo. São
justificativas para a ênclise:
157
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Esse – este
b) ( ) Este – este
c) ( ) Este – esse
d) ( ) Esse – esse
158
RESUMO DO TÓPICO 1
• As preposições são palavras que ligam dois termos. Elas podem ser essenciais
e acidentais.
159
• O modo indicativo divide-se entre os tempos: presente, pretérito imperfeito,
perfeito e mais-que-perfeito e futuro do presente e do pretérito.
• O modo subjuntivo apresenta três tempos. São eles: presente, pretérito imperfeito
e futuro.
160
AUTOATIVIDADE
FIGURA 7 – MAFALDA
a) Os verbos. _____________________________________________________
b) Os substantivos. _______________________________________________
161
162
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Todos nós sabemos o valor do uso da pontuação e da acentuação adequada
e precisa, seja oral ou escrita.
FIGURA 8 – CÁGADOS
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/_KLpOBs9YT5E/S8d4e8jEb7I/AAAAAAAAAfE/_fNGy-aa4o4/
s640/c%C3%A1gados.PNG>. Acesso em: 13 ago. 2018.
163
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
2.1 O PONTO
O ponto final representa a pausa máxima da voz. É empregado ao final de
frases imperativas e declarativas (afirmativas). Exemplos:
Ponto Final:
O ponto tem uso ortográfico em dois casos: para indicar o fim de período
declarativo e no final de abreviaturas (ex.: Sr., a.C., V.Sa.). No primeiro caso, a
função é sintática e equivale à pausa do discurso oral. No segundo caso, trata-se
de uma convenção ortográfica para orientar a leitura e sem correspondência no
discurso oral.
164
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
FONTE: SARAMAGO, José. A jangada de pedra. Porto Alegre: Companhia de Bolso, 2006, p.93.
UNI
165
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
2.2 DOIS-PONTOS
Os dois-pontos são empregados, na escrita, para marcar uma sensível
suspensão da voz na melodia de uma frase não concluída. São empregados nos
seguintes casos:
166
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
a) voz ativa;
b) voz passiva;
c) voz reflexiva.
2.4 A VÍRGULA
A vírgula é um recurso textual que pode modificar o sentido do texto. Por
isso, é sempre importante que você revise bem seus escritos para verificar se suas
intenções estão claras. Para entender melhor sobre o que estamos falando, veja a
figura a seguir:
167
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/df/55/58/df5558ddab2789f46da6eebf0884649c.
jpg>. Acesso em: 13 ago. 2018.
168
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
ATENCAO
169
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
ATENCAO
ATENCAO
• Para separar orações coordenadas sindéticas, desde que não sejam iniciadas
por e, ou, nem. Exemplo:
170
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
ATENCAO
ATENCAO
ATENCAO
171
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
NOTA
Vale ressaltar que, em alguns casos, é proibido o uso da vírgula. São eles:
Leia o trecho do texto que segue, o qual faz referência sobre a importância
da vírgula nos textos escritos. Você perceberá que a falta dela ou o uso inadequado
podem gerar informações distintas.
172
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
A vírgula pode ser uma pausa ou não. Não, espere. Não espere. Ela pode
sumir com o seu dinheiro. 23,4. 2,34. Pode ser autoritária. Aceito, obrigado.
Aceito obrigado. Pode criar heróis. Isso só, ele resolve. Isso só ele resolve. A
vírgula muda uma opinião. Não queremos saber. Não, queremos saber...
DICAS
No Youtube, você encontrará a Campanha dos 100 anos da ABI, que aborda a
importância da vírgula. Veja o vídeo <https://www.youtube.com/watch?v=NDn1tukRE_E> e
reflita sobre algumas frases que nele se fazem presentes:
• Não, espere! / Não espere!
• Aceito, obrigado. / Aceito obrigado.
• Isso só, ele resolve. / Isso, só ele resolve.
• Esse, juiz, é corrupto. / Esse juiz é corrupto.
• Vamos perder, nada foi resolvido. / Vamos perder nada, foi resolvido.
• “Não queremos saber!” / “Não, queremos saber!”
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/agildo-ribeiro-morre-aos-86-anos.ghtml>.
Acesso em: 28 abr. 2018.
173
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
“Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro aos
seus pés”.
Quem é você?
174
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
FIGURA 10 – TIRINHA
Adoro a Os Vou
Natureza! passarinhos bater nessa
moram dentro garota!
do meu coração!
FONTE: <http://mariabobrinha.blogspot.com/2008/04/melhor-tirinha-dos-ltimos-tempos.
html>. Acesso em: 08 nov. 2018.
2.7 AS RETICÊNCIAS
Este sinal de pontuação marca uma suspensão na frase, devido, muitas
vezes, a elementos de natureza emocional. Dito em outras palavras, as reticências
indicam uma interrupção ou suspensão na sequência normal da frase. São usadas
nos seguintes casos:
Fiador... para o senhor?! Ora!... (G. AMADO) Falaram todos. Quis falar...
Não pude...
175
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
2.8 AS ASPAS
São empregadas nos seguintes casos:
2.9 O TRAVESSÃO
Este sinal de pontuação é utilizado:
176
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
Tipo de brinca-
deira estúpida
não acha?
2.10 OS PARÊNTESES
Este sinal de pontuação tem a função de intercalar, no texto, qualquer
indicação acessória. É geralmente utilizado nos seguintes casos:
177
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
• Para separar indicações bibliográficas. Leia o poema que segue, ele será nosso
exemplo:
Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena, escreveu assim:
“deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a
conta do alfaiate nada dou aos pobres” (autor desconhecido)
178
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
• agudo (´);
• circunflexo (^);
• grave (`).
179
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
ATENCAO
DICAS
180
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
ATENCAO
NOTA
181
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
NOTA
NOTA
AUTOATIVIDADE
1 Acentue, quando for possível, as palavras a seguir e explique a regra que lhe
norteou para a acentuação:
182
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
4 CRASE
A crase é um fenômeno fonético que corresponde à união do a preposição
com o a artigo, ou ainda os pronomes demonstrativos aquele, aquela. Quando
ocorre essa união, devemos indicá-la com o acento grave. Existem regras para
o uso correto do acento grave. Para melhor explicação e visualização, dispomo-
las em um quadro, que segue:
QUADRO 22 - CRASE
FONTE: As autoras
Estas são as regrinhas para o uso da crase, no entanto, nem sempre é simples
identificar se a palavra admite ou não o artigo. No caso de nomes de lugares, uma
maneira prática de identificar a crase (fusão de a + a) é construindo uma frase com
o verbo voltar. Ficou complicado? Vamos ver um exemplo:
Fui à Bahia.
Voltei da Bahia. Neste caso, a preposição da é formada pela preposição
de + a, logo, ocorre a fusão de a + a quando dizemos “Fui à Bahia”. Portanto, há o
emprego do acento grave.
183
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
AUTOATIVIDADE
1 Em uma das frases abaixo a crase foi empregada incorretamente. Localize o
erro e explique porque é incorreto utilizar crase nessa situação.
a) ( ) Iremos à fazenda amanhã.
b) ( ) A professora fez críticas à algumas alunas.
c) ( ) Ela está à espera de vocês.
d) ( ) Vou à biblioteca depois da aula.
184
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
5 HÍFEN
Iniciamos, agora, mais uma etapa de estudos. Apresentamos a seguir as
regras da hifenização. Veremos uma a uma, seguidas de exemplos para facilitar
e aprimorar sua escrita. Este livro será, durante sua caminhada intelectual, uma
ferramenta indispensável e de constante consulta, deixando-o mais seguro na
sua escrita, durante a produção de trabalhos, elaboração de e-mails, relatórios,
atas, ofícios e demais documentos presentes em sua vida acadêmica, pessoal e
profissional. Vamos iniciar?
• Locuções pronominais: ele próprio, quem quer que seja, nós mesmos.
• Locuções prepositivas: por cima de, abaixo de, a cerca de, apesar de.
b) Em compostos:
• Palavras compostas por aglutinação, aquelas que têm mais de um radical, mas
se unem e se integram, formando uma só palavra, não recebem hífen. Veja alguns
exemplos:
Girassol Paraquedas
Pontapé Mandachuva
185
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
blá-blá-blá zigue-zague
lenga-lenga zás-trás
Bom, até aqui tudo certo, não é mesmo? Agora, vamos conhecer as regras da
hifenização nas formações com prefixos. Nessas formações, as regras apresentam-
se mais detalhadas. São vários os casos, precisamos conhecê-los separadamente.
anti-ibérico contra-assalto
anti-iluminismo micro-ondas
auto-ônibus sobre-estimar
semi-improviso sobre-exposição
NOTA
186
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
Sei sim.
É quando não
acerto o prefixo
do telefone da
vó que mora em
outro estado.
aeroespacial Antialcoólico
autoescola Extraescolar
infraestrutura Infraumbilical
plurianual Pluriocular
• Nos casos em que o segundo elemento iniciar pela mesma consoante dos prefixos,
hiper, inter, sub e super, devemos escrever com hífen. Exemplos:
hiper-realista inter-relação
sub-base super-regeneração
• Usa-se o hífen nos casos de “sub” e “sob”, também diante de palavra iniciada
por “r”. Exemplos:
sub-região sub-reitor
sub-regional sob-roda
187
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
anti-higiênico anti-histórico
auto-hemoterapia contra-habitual
macro-história super-homem
pós-classicismo pré-contratação
pós-data pré-medicação
pró-forma pró-homem
• Não se usa o hífen quando o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar
por r ou s. Neste caso, dobram-se essas letras. Exemplos:
minissaia antirracismo
ultrassom semirreta
• Usa-se o hífen com os prefixos circum e pan diante de palavra iniciada por
“m”, “n”, “h” e “vogal”. Exemplos:
circum-murado circum-navegação
pan-americano pan-hidrômetro
Coacusado cocontratado
Preexistente prodivisão
Reeleição reescrever
UNI
Note que, neste caso, os prefixos pro e pre não estão acentuados graficamente,
portanto são escritos aglutinadamente (junto).
188
TÓPICO 2 | PONTUAÇÃO, ACENTUAÇÃO E O USO DO HÍFEN
• Quando o primeiro elemento é um dos prefixos ex, sota, soto, vice, usa-se o hífen.
Exemplos:
ex-voto sota-embaixador
soto-general vice-tutor
AUTOATIVIDADE
189
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
190
RESUMO DO TÓPICO 2
• A vírgula pode ser um recurso importante para definir sentidos diferentes para
o texto, por isso seu uso deve ser analisado com cautela.
• O ponto e vírgula não tem função nem de vírgula nem de ponto final (mas
funciona como um intermediário entre os dois) e é especialmente usado para
separar itens em uma enumeração.
191
• As proparoxítonas são palavras que possuem a antepenúltima sílaba tônica.
• A crase é a fusão de a + a.
• Antes das palavras: distância, terra e casa, em geral, não se deve utilizar
acento grave.
192
AUTOATIVIDADE
a) social: ____________________________________________________________
b) historia: __________________________________________________________
c) geleia: ____________________________________________________________
d) enjoo: ____________________________________________________________
e) juizes:_____________________________________________________________
f) carater:____________________________________________________________
a) ( ) autorretrato: ___________________________________________________
b) ( ) automedicação: ________________________________________________
c) ( ) contraindicação: ________________________________________________
d) ( ) contrassenso: __________________________________________________
e) ( ) extraoficial: ____________________________________________________
f) ( ) infraassinado: __________________________________________________
g) ( ) infrarrenal: ____________________________________________________
h) ( ) intrauterino: ___________________________________________________
i) ( ) neoamburguês: ________________________________________________
193
194
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
O processo de escrita é uma experiência única, individual e dialógica. É
individual e única porque a escritura de um texto provoca escolhas individuais
quanto ao que e como se quer dizer. É dialógica porque se escreve relacionando a
nova ideia a ideias já escritas ou lidas.
ATENCAO
195
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
2 AMBIGUIDADE
A ambiguidade consiste na duplicidade de sentido e, acredite, nem
sempre ela é um problema. Muitas vezes, a ambiguidade é fruto de uma
intenção determinada e clara, encontrada especialmente em textos publicitários e
humorísticos. Em outras ocasiões, porém, ela surge sem que seja desejada e pode
até causar algum tipo de constrangimento.
Observe os textos:
Texto 1
FIGURA 13 - PROPAGANDA
Texto 2
196
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
FONTE: <http://www.sobobagem.com.br/shtml/345.shtml#.W8e1W2hKjIU>.
Acesso em: 18 out. 2018.
NOTA
Ambiguidade, como vimos, significa duplo sentido. Você sabia que ela tem
outro nome? Isso mesmo, anfibologia é um sinônimo da palavra ambiguidade.
197
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
AUTOATIVIDADE
3 ESTRANGEIRISMOS
Entende-se por estrangeirismos palavras e expressões de línguas
estrangeiras utilizadas cotidianamente em um país onde a língua oficial é outra,
como no caso do Brasil: o uso do inglês “misturado” com a Língua Portuguesa.
198
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
FIGURA 14 – ESTRANGEIRISMO
FONTE: <http://www.unesp.br/aci/jornal/151/estrangeirismos.JPG>.
Acesso em: 13 ago. 2018.
199
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
UNI
4 PLEONASMO
Você já ouviu alguém falando: entrar para dentro, subir pra cima,
hemorragia de sangue, goteira no teto, certeza absoluta ou ainda prefeitura
municipal? Pois bem, essas expressões são vícios de linguagem e não são aceitas
nas normas mais prestigiadas da língua portuguesa.
Observe:
FIGURA 15 – PLEONASMO
Você está
é com pleonasmo! OHH!!!!
HÃ!? E isso é grave
enfermeira?
Enfermeira,
eu estou com uma dor
que dói muito.
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/_qyuOh9JmfR0/S6_0uThqVFI/AAAAAAAAAFU/
lJwwIk6HRWQ/w1200-h630-p-k-no-nu/pleonasmo.jpg>.
Acesso em: 13 ago. 2018.
200
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
5 EXPRESSÕES
Você certamente já teve dúvidas ao utilizar algumas expressões, não é
mesmo? Pois bem, neste momento, pretendemos dirimi-las de uma maneira
simples e prática a fim de contribuir em sua vida acadêmica e profissional,
quando em momentos de escrita.
FONTE: <https://image.slidesharecdn.com/usodosporqus-160701235450/95/uso-dos-
porqus-2-638.jpg?cb=1467417701>. Acesso em: 13 ago. 2018.
Exemplos:
201
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
• Quando equivale a: pelo qual, pelos quais, pela qual, pelas quais.
Exemplo:
São muitos os motivos por que estou aqui hoje. (pelos quais)
• Por quê: escreve-se com acento quando aparece no fim das frasesinterrogativas.
Assim, o “que” passa a ser um monossílabo tônico. Observe um exemplo na
tirinha que segue.
FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/_I-dYUG1GKo0/TPWsPV1bgxI/
AAAAAAAAAM8/2AF0bM0G1oA/s1600/tirinha-marcia-47.jpg>. Acesso em: 13 ago. 2018.
202
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
AUTOATIVIDADE
Você lembra, por exemplo, da música “Vida Real”, cantada pelo Paulo
Ricardo? Veja, no refrão da música o emprego do termo mal:
FONTE: Vida Real, Compositores: Paulo Ricardo, Raphael Pinheiro. Disponível em: <https://
www.vagalume.com.br/bbb/vida-real-paulo-ricardo.html>. Acesso em: 30 abr. 2018.
203
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
Tirei uma nota baixa porque meu trabalho está mal feito.
AUTOATIVIDADE
204
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
A palavra senão (junto), por sua vez, é empregada em duas situações. São
elas:
AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
FIGURA 18 – MAFALDA
FONTE: <http://3.bp.blogspot.com/-CjVipgXeqfc/TiYPg-JKN7I/AAAAAAAAAPU/OGGTjPZ9eVA/
s1600/mafalda-uso+de+mau.jpg>. Acesso em: 13 ago. 2018.
FONTE: <http://2.bp.blogspot.com/_I-dYUG1GKo0/TPBYhGIz4KI/AAAAAAAAAMs/
VTEcClnUdAM/s1600/tirinha-marcia-45.jpg>. Acesso em: 13 ago. 2018.
206
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
AUTOATIVIDADE
5.5 USO DO HÁ E A
O uso de há deve ocorrer quando equivaler ao verbo fazer. Este, por sua
vez, indica tempo já transcorrido. Exemplo:
207
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
AUTOATIVIDADE
Acadêmico, você deve ter percebido que o uso correto das expressões
requer muita atenção. Vamos adiante?
• Ir a:
• Chegar a:
• Dirigir-se a:
O uso de onde está relacionado com verbos que não regem a preposição a.
Dito de outra maneira, equivale a “em que lugar” ou “no lugar que”.
Confira:
208
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
AUTOATIVIDADE
209
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
FONTE: As autoras
AUTOATIVIDADE
210
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
FIGURA 21 - DEMAIS
211
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
AUTOATIVIDADE
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/11/fa/93/11fa933b56685e0e562bb18b0ab90046.jpg>.
Acesso em: 1º maio 2018.
212
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
• Aproximar-se de. Exemplo: Assim que cheguei, fui ao encontro de meu pai.
• Ser favorável a. Exemplo: Suas ideias vêm sempre ao encontro das minhas.
• Ser contrário a. Exemplo: Por sermos muitos diferentes, suas opiniões vêm
sempre de encontro às minhas.
AUTOATIVIDADE
Relacione as colunas de acordo com o uso adequado das expressões
abaixo:
I- de encontro
II- ao encontro
SOBRE / A
Iberos
O ESTUDO
TRATA ACERCA HÁ CERCA DE 2000 a.C.,
A CERCA É DE MADEIRA. DO USO DE INICIAVA-SE UMA NOVA ERA.
AGROTÓXICOS.
213
UNIDADE 3 | A GRAMÁTICA E SUAS PARTES
AUTOATIVIDADE
A partir do que lhe foi apresentado acerca dos termos: acerca de, a
cerca, há cerca de, complete as lacunas:
EM PRINCÍPIO
ou A PRINCÍPIO?
EM PRINCÍPIO = em tese, em teoria.
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/db/aa/3e/dbaa3e0118d5620a41fc902b8cabd333.jpg>.
Acesso em: 1º maio 2018.
214
TÓPICO 3 | LÍNGUA PORTUGUESA: DÚVIDAS PERTINENTES NA ESCRITURA DE UM TEXTO
AUTOATIVIDADE
215
RESUMO DO TÓPICO 3
• Utiliza-se o onde quando este está relacionado com verbos que não regem a
preposição a.
• A forma a deve ser empregada quando for uma preposição, artigo definido ou
pronome.
216
• A fim de (separado) indica uma finalidade.
217
AUTOATIVIDADE
218
REFERÊNCIAS
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– a teoria do romance. São Paulo: Hucitec; EdUNESP, 1988.
COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. 3. ed. rev. ampl. Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
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DEITOS, Fátima. Comunicação humana. São Paulo: Ícone, 2005.
GERALDI, João Wanderley (Org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.
LIGHTMAN, Alan. Sonhos de Einstein. São Paulo: Companhia das Letras, 1977.
LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade. 8. ed. São Paulo: Ática, 2000.
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MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO,
A.
P.; FERREIRA, N. V. C. O texto oficial: aspectos gerais e
interpretações. Uberaba: Faculdades Associadas de Uberaba; Universidade
Federal do Triângulo Mineiro, 2007.
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
NICOLA, José de. Língua, literatura e produção de textos. São Paulo: Scipione,
2009.
221
PASSOS, Marcos Vinícius Ferreira. O gênero “meme” em propostas de produção
de textos: implicações discursivas e multimodais. Anais do SIELP. v. 2, n. 1.
Uberlândia: EDUFU, 2012. Disponível em: <http://www.ileel.ufu.br/anaisdosielp/
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SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. 4. ed. São Paulo: Cultrix,
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SMITH, Frank. Leitura significativa. Trad. Beatriz Affonso Neves. 3. ed. Porto
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TERRA, Ernani. Linguagem, língua e fala. São Paulo: Scipione, 1997.
VENERANDO, Daniela. Imagem conta. Vida Executiva, São Paulo, n. 21, fev.
2006.
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ANOTAÇÕES
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