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Itaú Unibanco (ITUB4) tem lucro líquido de

R$ 28,4 bilhões em 2019, alta de 10%


Apenas no último trimestre do ano passado, o lucro do maior banco privado do país foi de R$ 7,3
bilhões, em linha com o esperado por analistas

Por Anderson Figo -


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SÃO PAULO — O Itaú Unibanco (ITUB4) fechou o quarto trimestre de 2019 com lucro líquido
recorrente de R$ 7,296 bilhões, uma alta de 1,9% ante o mesmo período de 2018. O resultado ficou
em linha com a projeção de R$ 7,28 bilhões dos analistas consultados pela Bloomberg.
No acumulado de 2019, o lucro líquido recorrente do maior banco privado do país chegou a R$
28,363 bilhões. É um avanço de 10,2% sobre 2018.
O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido — um indicador que mede como os bancos investem os
recursos de seus acionistas) também avançou, tanto no trimestre (+0,3 ponto percentual) quanto no
ano (+1,7 ponto percentual), para 23,7%.
“Nosso ambiente de negócios em 2019 foi influenciado pela continuidade do ciclo de cortes na taxa
Selic, sustentada pelo baixo nível de inflação no país e por reformas estruturais na economia, como
a da previdência social. Nesse cenário, alguns indicadores sinalizam uma recuperação da atividade
econômica, como o crescimento das concessões de crédito e uma redução gradual do índice de
desemprego”, destacou o banco em seu balanço.
A margem financeira aumentou 8% em 2019 sobre o ano anterior, o que permitiu um desempenho
melhor do lucro. A margem financeira gerencial, que leva em conta operações com clientes e com o
mercado (tesouraria), ficou em R$ 74,630 bilhões no ano passado, ante R$ 69,084 bilhões em 2018.
Considerando apenas o último trimestre de cada ano, houve avanço de 1,9%, passando de R$
19,071 bilhões a R$ 19,439 bilhões.
A receita de serviços do banco também apresentou um salto em 2019, na comparação com 2018,
indo de R$ 35,1 bilhões para R$ 37,3 bilhões — aumento de 6,4%. O desempenho reflete a alta de
7,2% nas emissões de cartões de crédito e débito, de 24,9% na administração de recursos e de
79,3% na assessoria econômica, financeira e de corretagem.

Empréstimos e calotes
Com a maior demanda por crédito, o Itaú obteve crescimento de sua carteira, sobretudo em
empréstimos para pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas.
No final do quarto trimestre de 2019, a carteira de crédito total do Itaú atingiu R$ 706,7 bilhões,
uma alta de 10,9% sobre 2018 (R$ 636,9 bilhões). Do total, R$ 239,8 bilhões eram empréstimos
para pessoas físicas e R$ 89,6 bilhões para micro, pequenas e médias empresas. Um ano antes, as
cifras eram de R$ 211,3 bilhões e 70,8 bilhões, respectivamente.
Com o aumento da carteira de crédito, o banco também elevou a despesa com provisões para
calotes, que passou de R$ 14,5 bilhões em 2018 para R$ 23,9 bilhões no ano passado.
O índice de inadimplência do banco (devedores por mais de 90 dias) subiu 0,1 ponto percentual de
um ano para outro, chegando a 3% em 2019.

Receita extra e dividendos


O Itaú informou em seu balanço que obteve receita extra em função da emissão primária de ações
da XP de R$ 1,97 bilhão no último trimestre do ano passado. O ganho extra foi compensado com
uma provisão para calotes de R$ 2,45 bilhões no trimestre e uma provisão cível, fiscal e trabalhista
de R$ 1,3 bilhão.
O conselho do Itaú também aprovou nesta segunda-feira o pagamento de dividendos
complementares de R$ 0,4832 por ação. O pagamento será feito em 6 de março, tendo como base
de cálculo a posição acionária final registrada no dia 20 de fevereiro de 2020.
O banco aprovou ainda o pagamento de juros sobre o capital próprio complementares no valor de
R$ 0,5235 por ação, com retenção de 15% de Imposto de Renda na fonte, resultando em juros
líquidos de R$ 0,444975 por ação, excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas
comprovadamente imunes ou isentos.
Os juros sobre o capital próprio declarados pelo conselho de administração em 28 de novembro de
2019, no valor bruto de R$ 0,037560 por ação (líquido de R$ 0,031926 por ação), também serão
pagos em 6 de março de 2020 aos acionistas com posição acionária final registrada no dia 12 de
dezembro de 2019.
Em relação ao resultado de 2019, os acionistas do banco receberão R$ 1,9270 por ação, que totaliza
R$ 18,8 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio (líquido de imposto de renda), valor
esse que equivale a 66,2% do lucro líquido consolidado recorrente do exercício de 2019.

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