Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Institutum Sapientiae
Ordinis Canonicorum Regularium Sanctae Crucis
Cursus Theologiae
Grego Bíblico
(Apostila para o uso privado dos alunos)
5ª edição revisada
1. A língua grega
Esta apostila pretende ser uma introdução ao grego do Novo Testamento, portanto, a morfologia,
a sintaxe, o vocabulário e os exercícios serão tirados dos textos do NT. Cada lição constará
geralmente de alguns pontos de morfologia e outros de sintaxe, acompanhados de diversos
exercícios.
O grego foi a língua falada e escrita no passado pelos helênicos, os habitantes da península dos
Bálcãs, que corresponde à atual Grécia, e pelos gregos estabelecidos em outras partes do
Mediterrâneo. Falava-se em vários dialetos: jônico, eólico e dórico. O jônico, no qual Homero
escreveu sua obra, converteu-se no dialeto literário e se desenvolveu no ático, dialeto usado pelos
grandes dramaturgos, oradores e filósofos de Atenas, passando a ser, no séculos V e IV a.Cr., o
principal dialeto da Grécia.
O destino da língua grega mudou radicalmente quando a Macedônia adotou-a como língua sua.
Não se sabe exatamente qual era a língua original da Macedônia, mas seus reis se helenizaram
completamente graças às guerras medas. Filipe II (359-336 a.Cr.) unificou a Macedônia e, após a
vitória de Queronéia (338 a.Cr.), dominou totalmente os gregos. Todavia, a língua e a cultura grega
dominaram o novo império, de tal modo que o preceptor do filho herdeiro de Filipe é um filósofo de
língua ática, Aristóteles. Alexandro Magno (336-323 a.Cr.) estendeu o império de seu pai, vencendo
os persas, a Síria, o Egito e chegou aos confins da Índia. E em todo este império se impôs o grego
como língua política, de literatura e de comércio.
Este grego imperial já não tinha nenhum caráter do tipo local, não era a língua de Atenas, e sim
de todo um grande império. Nasceu assim o grego helenista ou «koiné» (= comum). Era uma língua
flexível e em desenvolvimento, que absorveu elementos de outros dialetos gregos e foi capaz de
absorver também outros, das línguas nativas, dos povos do Oriente Médio que começaram a usá-la.
Nesta língua comum, foram escritos os livros que compõem o NT, e é esta a que estudaremos
neste curso, ainda que indiquemos as diferenças mais importantes entre ela e o ático clássico.
Lição 1
2. O alfabeto grego
A palavra alfabeto deriva das duas primeiras letras das vinte e quatro normalmente utilizadas
pelos gregos. As letras foram adaptadas do alfabeto fenício. As maiúsculas ou capitais são as
encontradas nas antigas inscrições gregas e são usadas como maiúsculas nos livros modernos. As
minúsculas se desenvolveram com base nas maiúsculas e são usadas nas letras ordinárias ou
cursivas.
Notas:
a) O sigma tem duas formas: «s, j». A segunda (j) se utiliza no final de uma palavra; a
primeira forma (s), em todos os demais casos.
b) O Gama (g) é pronunciado como um “ni” (n) quando precede imediatamente uma gutural (k,
g, c, x). Por exemplo: «a;ggeloj» se pronuncia «ánguelos».
c) A pronúncia do üpsilon (u) é como a do “u” francês (som intermédio entre o “u” e o “i”).
Todavia, como uma “u” do português, o üpsilon ( u) ajuda a formar os ditongos (au, eu, hu). A
pronúncia do ditongo «ou» é como o “u” do português.
3
Alfabeto Grego
Letras Letras exemplo em
transcrição transcrição Nome Som
maiúsculas minúsculas português
A A a a alfa a mar
B B b b beta b boi
G G g g gama g gato
D D d d delta d de
E E e e epsilon e (breve) até
Z Z z z dzeta ds prazo
H Ē h ē eta e (longo) vê
Q TH q th teta t terra
I I i i iota i mim
K K k k capa K cá
L L l l lambda L lá
M M m m mi m mato
N N n n ni n nada
X X x x csi cs fluxo
O O o o ômicron o (breve) nó
P P p p pi p pó
R R r r rô r rato
S S s j s sigma s sim
T T t t tau T tem
U U u u üpsilon ü (alemão) üben
F F f f fi F faraó
C CH c ch xi kh (ch al.) ach
Y OS y ps psi ps psicologia
W Ō w ō ômega o (longo) dono
d) Para se acostumar a escrever corretamente as letras gregas, pode-se seguir duas linhas guias.
Convém copiar repetidamente o alfabeto, observando cuidadosamente que parte da letra ultrapassa
– para cima ou para baixo – as linhas de apoio. Observe-se também o lugar por onde se começa a
escrever cada letra (está sinalizada com um ponto). É necessário distinguir bem o «n» do «u». A
base de uma é pontiaguda e a da outra é arredondada. Note-se também que o «i» não tem ponto na
parte superior.
4
.
Aa. B.b G.g D.d Ee. Z z H.h Q.q Ii.
. .
K.k L l M.m N.n X x O.o P.p R.r
4. Ditongos
Duas vogais diferentes podem se combinar numa só sílaba para formar um ditongo. Em grego,
ocorre um quando a segunda vogal é «i» ou «u». A primeira vogal pode ser breve ou longa; mas,
quando a primeira vogal é longa e a segunda é «i», esta última se escreve debaixo da vogal longa
(por isso se diz «iota subscrito»), porém, não é pronunciada: «a|, h|, w|».
Os ditongos são: «ai (ai), ei (ei), oi (oi), ui (ui), au (au), eu (oi), hu (oi), ou (u)».
5. Consoantes
1. Mudas: Não podem ser pronunciadas sem a ajuda de um ligeiro som vocálico:
gutural k g c
labial p b f
dental t d q
2. Semivogais (líquidas, nasais e sibilantes): São consoantes que podem ser pronunciadas por si
mesmas: nasais (m e n), sibilante (s) e líquidas (l e r).
Modificações das consoantes nas declinações: As guturais, labiais e dentais sofrem mudanças na
declinação dos substantivos, na conjugação dos verbos e na adição dos prefixos verbais. Existem
normas que ficarão mais claras depois de assimiladas a declinação dos nomes e a conjugação. São
importantes para se encontrar a raiz de uma palavra em um dicionário. Assim, por exemplo, a nasal
«n» diante de uma gutural pode converter-se em «g» (sug-cai,rw em lugar de sun-cai,rw, evg-
5
kaini,zw em lugar de evn-kaini,zw) ou em «m» (sum-fe,rw) em lugar de sun-fe,rw). A sibilante
«s» produz numerosas mudanças nas nasais (queda, alongamento e introdução de vogais
compensatórias). Todas essas modificações serão estudadas nas lições a seguir.
3. Consoantes duplas: São três: «z», «x» e «y». Servem para representar os grupos formados
por uma muda e a sibilante «s». «z» (zs), «x» (gs, ks e cs) e «y» (bs, ps e fs).
6. Pontuação
Os manuscritos gregos muitas vezes omitem a pontuação. A utilizada no texto grego impresso é:
- ponto, virgula: como em português;
- ponto alto (.) (um ponto sobre a linha): equivale aos nossos dois pontos ou ao ponto e vírgula;
- ponto e vírgula: equivale o nosso sinal de interrogação.
Exercício
Ler e pronunciar o texto de João 1,1-18:
«VEn avrch/| h=n o` lo,goj( kai. o` lo,goj h=n pro.j to.n qeo,n( kai. qeo.j h=n o` lo,gojÅ ou-toj
h=n evn avrch/| pro.j to.n qeo,nÅ pa,nta diV auvtou/ evge,neto( kai. cwri.j auvtou/ evge,neto ouvde.
e[nÅ o] ge,gonen evn auvtw/| zwh. h=n( kai. h` zwh. h=n to. fw/j tw/n avnqrw,pwn\ kai. to. fw/j
evn th/| skoti,a| fai,nei( kai. h` skoti,a auvto. ouv kate,labenÅ VEge,neto a;nqrwpoj(
avpestalme,noj para. qeou/( o;noma auvtw/| VIwa,nnhj\ ou-toj h=lqen eivj marturi,an i[na
marturh,sh| peri. tou/ fwto,j( i[na pa,ntej pisteu,swsin diV auvtou/Å ouvk h=n evkei/noj to.
fw/j( avllV i[na marturh,sh| peri. tou/ fwto,jÅ +Hn to. fw/j to. avlhqino,n( o] fwti,zei
pa,nta a;nqrwpon( evrco,menon eivj to.n ko,smonÅ evn tw/| ko,smw| h=n( kai. o` ko,smoj diV
auvtou/ evge,neto( kai. o` ko,smoj auvto.n ouvk e;gnwÅ eivj ta. i;dia h=lqen( kai. oi` i;dioi auvto.n
ouv pare,labonÅ o[soi de. e;labon auvto,n( e;dwken auvtoi/j evxousi,an te,kna qeou/ gene,sqai(
toi/j pisteu,ousin eivj to. o;noma auvtou/( oi] ouvk evx ai`ma,twn ouvde. evk qelh,matoj sarko.j
ouvde. evk qelh,matoj avndro.j avllV evk qeou/ evgennh,qhsanÅ Kai. o` lo,goj sa.rx evge,neto kai.
evskh,nwsen evn h`mi/n( kai. evqeasa,meqa th.n do,xan auvtou/( do,xan w`j monogenou/j para.
patro,j( plh,rhj ca,ritoj kai. avlhqei,ajÅ VIwa,nnhj marturei/ peri. auvtou/ kai. ke,kragen
le,gwn\ ou-toj h=n o]n ei=pon\ o` ovpi,sw mou evrco,menoj e;mprosqe,n mou ge,gonen( o[ti
prw/to,j mou h=nÅ o[ti evk tou/ plhrw,matoj auvtou/ h`mei/j pa,ntej evla,bomen kai. ca,rin
avnti. ca,ritoj\ o[ti o` no,moj dia. Mwu?se,wj evdo,qh( h` ca,rij kai. h` avlh,qeia dia. VIhsou/
Cristou/ evge,netoÅ Qeo.n ouvdei.j e`w,raken pw,pote\ monogenh.j qeo.j o` w'n eivj to.n
ko,lpon tou/ patro.j evkei/noj evxhgh,sato».
Lição 2
1. Espíritos
Quando uma palavra começa com vogal, sobre esta se coloca um sinal chamado «espírito», que
pode ser «brando (suave)» ( v) ou «áspero» ( `). O espírito brando não é pronunciado. A pronúncia
do espírito áspero é uma ligeira aspiração (como um h em inglês).
Colocam-se os espíritos acima da vogal, se for minúscula, ou à sua esquerda, se for maiúscula:
«avmh,n», «VAmh, n ». Se a palavra começa com um ditongo, o espírito é colocado sobre a segunda
vogal, independendo de a primeira vogal ser minúscula ou maiúscula: «ouv», «ai`», «Auv», «Au`».
Todavia, o espírito é pronunciado sempre sobre a primeira vogal.
6
No início de uma palavra, o «u» ou «r» têm sempre espíritos ásperos: «u[pnoj», «r`i,za». O
mesmo acontece quando há dois «r» seguidos no meio de uma palavra, todavia, hoje em dia é
comum eliminar o espírito neste último caso: «purro,j», «e;rrhxen».
2. Acentos
O sistema de acentos grego foi inventado por Aristófanes de Bizâncio, por volta de 200 a.Cr.,
para ajudar a pronúncia de um grego disseminado entre muitos povos estrangeiros. Os acentos em
grego foram originalmente empregados para indicar a entonação musical da voz na pronúncia de
uma palavra. Finalmente (possivelmente na época do Novo Testamento), os acentos passaram a
indicar a ênfase numa sílaba, na pronúncia de uma palavra. As regras de acentuação em grego são
complicadas e serão, por isso, apresentadas apenas gradualmente nas lições que seguem. Os acentos
são importantes sobretudo para a pronúncia (indicando a sílaba de uma palavra que deve ser
enfatizada) e, ocasionalmente, para prover um sentido de distinção entre diferentes palavras com a
mesma grafia (p.ex.: «ti,j» quem?, e «tij», algum).
Em grego, existem três acentos diferentes: agudo ( a,), grave (a.) e circunflexo (a/).
Pronunciaremos os acentos como em português, sem distinguir entre os acentos agudo, grave e
circunflexo.
Os acentos se escrevem sobre vogais simples ou ditongos. Se um acento cai sobre um ditongo,
ele é escrito sobre a segunda vogal («tou/to», «pisteu,w»). Quando sobre uma mesma vogal
coincidem um espírito e um acento, este último é colocada à direita (ou acima, se for um acento
circunflexo). Se a vogal é maiúscula, o espírito e o acento são colocadas à esquerda: « h=lqon»,
« =Hlqon», «w[ra», « [Wra», «w-», «_W».
3. Regras de acentuação
Nem todos os acentos podem ser usados em qualquer sílaba. As regras que regulam seu uso são
as seguintes:
- O acento grave é usado somente na última sílaba de uma palavra.
- O acento circunflexo é usado somente em uma das duas últimas sílabas.
- O acento agudo é usado em uma das três últimas sílabas.
- Normalmente, toda palavra grega tem um só acento, mas pode não ter nenhum acento (palavras
enclíticas e proclíticas) ou ter dois acentos (mas nunca mais de dois). Além disso, se a palavra tem
três ou mais sílabas, uma das três últimas é necessariamente acentuada.
- Quando uma palavra é flexionada (isto é, declinada ou conjugada), não conserva sempre o
mesmo acento, nem sobre a mesma sílaba. As regras que regulam essas mudanças são bastante
complexas. Basta saber, por agora, que o acento circunflexo só pode cair sobre uma vogal longa ou
um ditongo, e que o acento grave é encontrado somente sobre a última sílaba, e somente quando
substitui um acento agudo em palavras que não são seguidas de outra enclítica ou de um sinal de
pontuação: Assim, escreve-se «qeo,j», mas «qeo.j le,gei».
Singular Plural
eivmi, sou evsme,n somos
ei= és evste, sois
evsti,(n) é eivsi,(n) são
Exercício
Não podemos deixar de insistir na importância de se ler corretamente o grego. Quem não
aprende a pronunciar bem, jamais dominará a língua. Ao ler, não te preocupes com o significado
das palavras. Deves praticar várias vezes, ao menos durante quinze minutos por dia.
Jo 1,19-51:
«Kai. au[th evsti.n h` marturi,a tou/ VIwa,nnou( o[te avpe,steilan Îpro.j auvto.nÐ oi`
VIoudai/oi evx ~Ierosolu,mwn i`erei/j kai. Leui,taj i[na evrwth,swsin auvto,n \ su. ti,j ei=È kai.
w`molo,ghsen kai. ouvk hvrnh,sato( kai. w`molo,ghsen o[ti evgw. ouvk eivmi. o` cristo,jÅ kai.
hvrw,thsan auvto,n\ ti, ou=nÈ su. VHli,aj ei=È kai. le,gei\ ouvk eivmi,Å o` profh,thj ei= su,È kai.
avpekri,qh\ ou;Å ei=pan ou=n auvtw/|\ ti,j ei=È i[na avpo,krisin dw/men toi/j pe,myasin h`ma/j\ ti,
le,geij peri. seautou/È e;fh\ evgw. fwnh. bow/ntoj evn th/| evrh,mw|\ euvqu,nate th.n o`do.n
kuri,ou( kaqw.j ei=pen VHsai<aj o` profh,thjÅ Kai. avpestalme,noi h=san evk tw/n
Farisai,wnÅ kai. hvrw,thsan auvto.n kai. ei=pan auvtw/\| ti, ou=n bapti,zeij eiv su. ouvk ei= o`
cristo.j ouvde. VHli,aj ouvde. o` profh,thjÈ avpekri,qh auvtoi/j o` VIwa,nnhj le,gwn\ evgw.
bapti,zw evn u[dati\ me,soj u`mw/n e[sthken o]n u`mei/j ouvk oi;date( o` ovpi,sw mou
evrco,menoj( ou- ouvk eivmi. Îevgw.Ð a;xioj i[na lu,sw auvtou/ to.n i`ma,nta tou/ u`podh,matojÅ
tau/ta evn Bhqani,a| evge,neto pe,ran tou/ VIorda,nou( o[pou h=n o` VIwa,nnhj bapti,zwnÅ Th/|
evpau,rion ble,pei to.n VIhsou/n evrco,menon pro.j auvto.n kai. le,gei\ i;de o` avmno.j tou/ qeou/
o` ai;rwn th.n a`marti,an tou/ ko,smouÅ ou-to,j evstin u`pe.r ou- evgw. ei=pon\ ovpi,sw mou
e;rcetai avnh.r o]j e;mprosqe,n mou ge,gonen( o[ti prw/to,j mou h=nÅ kavgw. ouvk h;|dein auvto,n(
avllV i[na fanerwqh/| tw/| VIsrah.l dia. tou/to h=lqon evgw. evn u[dati bapti,zwnÅ Kai.
evmartu,rhsen VIwa,nnhj le,gwn o[ti teqe,amai to. pneu/ma katabai/non w`j peristera.n evx
ouvranou/ kai. e;meinen evpV auvto,nÅ kavgw. ouvk h;|dein auvto,n( avllV o` pe,myaj me bapti,zein
evn u[dati evkei/no,j moi ei=pen\ evfV o]n a'n i;dh|j to. pneu/ma katabai/non kai. me,non evpV
auvto,n( ou-to,j evstin o` bapti,zwn evn pneu,mati a`gi,w|Å kavgw. e`w,raka kai. memartu,rhka
o[ti ou-to,j evstin o` ui`o.j tou/ qeou/Å Th/| evpau,rion pa,lin ei`sth,kei o` VIwa,nnhj kai. evk
tw/n maqhtw/n auvtou/ du,o kai. evmble,yaj tw/| VIhsou/ peripatou/nti le,gei\ i;de o` avmno.j
tou/ qeou/Å kai. h;kousan oi` du,o maqhtai. auvtou/ lalou/ntoj kai. hvkolou,qhsan tw/| VIhsou/Å
strafei.j de. o` VIhsou/j kai. qeasa,menoj auvtou.j avkolouqou/ntaj le,gei auvtoi/j\ ti,
zhtei/teÈ oi` de. ei=pan auvtw/|\ r`abbi,( o] le,getai meqermhneuo,menon dida,skale( pou/
me,neijÈ le,gei auvtoi/j\ e;rcesqe kai. o;yesqeÅ h=lqan ou=n kai. ei=dan pou/ me,nei kai. parV
auvtw/| e;meinan th.n h`me,ran evkei,nhn\ w[ra h=n w`j deka,thÅ +Hn VAndre,aj o` avdelfo.j
9
Si,mwnoj Pe,trou ei-j evk tw/n du,o tw/n avkousa,ntwn para. VIwa,nnou kai.
avkolouqhsa,ntwn auvtw/|\ eu`ri,skei ou-toj prw/ton to.n avdelfo.n to.n i;dion Si,mwna kai.
le,gei auvtw/|\ eu`rh,kamen to.n Messi,an( o[ evstin meqermhneuo,menon cristo,jÅ h;gagen
auvto.n pro.j to.n VIhsou/nÅ evmble,yaj auvtw/| o` VIhsou/j ei=pen\ su. ei= Si,mwn o` ui`o.j
VIwa,nnou( su. klhqh,sh| Khfa/j( o] e`rmhneu,etai Pe,trojÅ Th/| evpau,rion hvqe,lhsen
evxelqei/n eivj th.n Galilai,an kai. eu`ri,skei Fi,lipponÅ kai. le,gei auvtw/| o` VIhsou/j\
avkolou,qei moiÅ h=n de. o` Fi,lippoj avpo. Bhqsai?da,( evk th/j po,lewj VAndre,ou kai.
Pe,trouÅ eu`ri,skei Fi,lippoj to.n Naqanah.l kai. le,gei auvtw/|\ o]n e;grayen Mwu?sh/j evn
tw/| no,mw| kai. oi` profh/tai eu`rh,kamen( VIhsou/n ui`o.n tou/ VIwsh.f to.n avpo. Nazare,tÅ
kai. ei=pen auvtw/| Naqanah,l\ evk Nazare.t du,natai, ti avgaqo.n ei=naiÈ le,gei auvtw/| Îo`Ð
Fi,lippoj\ e;rcou kai. i;deÅ ei=den o` VIhsou/j to.n Naqanah.l evrco,menon pro.j auvto.n kai.
le,gei peri. auvtou/\ i;de avlhqw/j VIsrahli,thj evn w-| do,loj ouvk e;stinÅ le,gei auvtw/|
Naqanah,l\ po,qen me ginw,skeijÈ avpekri,qh VIhsou/j kai. ei=pen auvtw/|\ pro. tou/ se
Fi,lippon fwnh/sai o;nta u`po. th.n sukh/n ei=do,n seÅ avpekri,qh auvtw/| Naqanah,l\ r`abbi,(
su. ei= o` ui`o.j tou/ qeou/( su. basileu.j ei= tou/ VIsrah,lÅ avpekri,qh VIhsou/j kai. ei=pen
auvtw/|\ o[ti ei=po,n soi o[ti ei=do,n se u`poka,tw th/j sukh/j( pisteu,eijÈ mei,zw tou,twn o;yh|Å
kai. le,gei auvtw/|\ avmh.n avmh.n le,gw u`mi/n( o;yesqe to.n ouvrano.n avnew|go,ta kai. tou.j
avgge,louj tou/ qeou/ avnabai,nontaj kai. katabai,nontaj evpi. to.n ui`o.n tou/ avnqrw,pou ».
Lição 3
1. A flexão grega
O idioma grego, como o latino, tem dois tipos de palavras:
a) Palavras que podem adotar formas diferentes. O conjunto dessas formas diferentes chama-se
«flexão»: p.ex.: «qeo,j» - «qeo,n»; «lu,w» - «lu,ei».
Entre as palavras flexionadas, podem-se distinguir dois grupos:
- O nome (substantivo, adjetivo ou pronome). As diferentes formas que este tipo de palavras
pode adotar chamam-se «casos», e o sistema de casos chama-se «declinação».
- O verbo. A flexão do verbo se chama «conjugação». Suas formas mudam com as pessoas, o
tempo e o modo em que a ação se realiza.
b) Palavras que somente admitem uma forma: p.ex.: «kai,», «pou/». Elas recebem o nome de
«invariáveis». Este grupo inclui advérbios, preposições, conjunções e outras partículas.
A «vogal temática» toma, no vocativo, a forma «-e». Esta alteração da vogal temática «o/e» é um
fenômeno muito freqüente em grego, e o estudaremos conforme for aparecendo. No genitivo e no
dativo, a vogal temática se alonga. A desinência do dativo é um «i» que forma um ditongo com a
vogal temática e, por isso, é subscrito (w|). Quando o G ou o D são acentuados na última sílaba, têm
sempre acento circunflexo. O vocativo plural não tem forma própria: utiliza-se a do nominativo.
3. Declinação de «VIhsou/j» (JESUS): o D é peculiar e não tem o «i»:
4. Vocabulário
o` a;nqrwpoj, ou o homem o` karpo,j, ou/ o fruto
5. O artigo
Diferentemente do latim, o grego e o português possuem o artigo definido. As formas do
masculino coincidem com a sílaba final da declinação que acabamos de ver, mas precedidas de um
«t-» (exceto o N, que começa com uma aspiração e não tem o sigma). O artigo grego se declina do
seguinte modo:
Singular:
Masculino Feminino Neutro
N o` h` to,
G tou/ th/j tou/
D tw/| th/| tw/|
A to,n th,n to,
Plural:
Masculino Feminino Neutro
N oi` ai` ta,
G tw/n tw/n tw/n
D toi/j tai/j toi/j
A tou,j ta,j ta,
Começaremos estudando as formas singulares de dois tipos de verbos bem diferentes: verbos
terminados em «-w» e verbos terminados em «-e,w». Nós os estudaremos ao mesmo tempo porque
as conjugações são muito parecidas: observe-se que as formas do indicativo presente só se
distinguem porque alguns (os verbos em «-e,w») têm acento circunflexo e outros não.
Tanto em latim como em grego, a primeira pessoa singular do indicativo presente da voz ativa é
usada para designar um verbo, e é assim que ele aparece nos dicionários. Assim, «lu,w» equivale ao
nosso verbo «desatar», ainda que essa forma signifique literalmente «eu desato». Não é assim que
acontece com os verbos terminados em «-e,w», pois a primeira pessoa é «poiw/» e, no entanto, nos
dicionários é encontrado como «poie,w». Mais adiante veremos a razão disso, quando estudaremos
sistematicamente este tipo de verbo. São chamados «verbos contratos».
O imperativo não tem a primeira pessoa. A segunda pessoa é «lu/e» (o acento circunflexo não é
regular: «le,ge», «pi,steue» etc.). Por sua vez, a terceira pessoa é pouco freqüente, e, por isso, nós
também a estudaremos mais adiante.
O «n» da terceira pessoa do indicativo presente, que está entre parênteses, não pertence à
desinência: antes, é uma consoante que normalmente é agregada quando o verbo é seguido de um
sinal de pontuação (pausa) ou de uma palavra que começa por vogal. Chama-se «ni» eufônico.
7. Vocabulário
(*) No NT, este verbo aparece sempre sob a forma de «ginw,skw», mas no ático clássico é
«gignw,skw», forma na qual se pode observar com clareza o redobro no tema do presente.
Exercícios
1. Traduzir: 1. «o` ui`o.j ei=pen, eivmi,». 2. «o` ui`o.j tou/ avnqrw,pou ku,rio,j evstin ». 3.
«e;rcetai o` avdelfo.j o` kalo,j». 4. «o` a;nqrwpoj e;rcetai». 5. «oi` a;nqrwpoi ouvc a[gioi,
eivsin». 6. «o` qeo.j ei=pen». 7. «o` a;ggeloj o` a[gioj ouvk e;rcetai». 8. «o[loj o` ko,smoj kalo,j
evstin». 9. «o` ouvrano,j ouv kalo,j evstin ». 10. «o` ui`o.j tou/ qeou/ evstin avgaqo,j ». 11.
«marturw/ tw/| dou,lw| Cristou/». 12. «w= ku,rie lo,gon le,ge». 13. «o` avpo,stoloj qerapeu,ei
to.n paralutiko,n». 14. «gra,fe to.n no,mon tou/ Kuri,ou ». 15. «eu`ri,skeij qhsauro.n evn tw/|
avgrw/|». 16. «qew,rei kai. a;koue». 17. «lalei/ o` VIhsou/j lo,gon tw/| o;clw|». 18. «o` a;nqrwpoj
to.n qeo.n zhtei/». 19. «w= avdelfe, evlpi,ze evn kuri,w| VIhsou/». 20. «o` kairo.j evggi,zei». 21.
«a;ggeloj lao.n sw,|zei». 22. «e;cei qro,non ». 23. «gra,fei to.n no,mon tou/ Kuri,ou ». 24.
«feu,ge avp v oi;kou ». 25. «h[kei a;nqrwpoj avpo. tou/ o;clou ».
2. Declinar: todos os casos de: «ku,rioj», «avdelfo,j», «a;ggeloj».
3. Analisar morfologicamente: «ku,rie», «ku,rion», «lo,gou», «lo,gw|», «ouvrano,j»,
«ouvrano,n», «VIhsou/n», «VIhsou/», «qee,», «qew/|».
Lição 4
2. Uso do artigo
Geralmente, o artigo tem o mesmo sentido em grego e em português: serve para determinar uma
palavra. Em grego, não existe um artigo indefinido (para isso, pode-se utilizar o adjetivo indefinido
«tij, ti» (um, algum, certo). O artigo exerce a função de adjetivo e, por isso, deve concordar com
o nome que acompanha: «tou/ avnqrw,pou» (do homem), «toi/j avnqrw,poij» (aos homens) etc.
Todavia, em alguns casos, ele é usado de modo especial:
1. Às vezes supre nosso possessivo: «a;nqrwpoj tw/| ui`w/| le,gei»: um homem fala a seu filho.
2. Acompanha um nome próprio (de pessoa, lugar etc.) citado anteriormente ou que nos é
familiar: «o` qeo,j» (DEUS), «o` VIhsou/j» (JESUS), «h` Ko,rinqoj» (Corinto).
3. Substantiva adjetivos, particípios, infinitivos (que são considerados substantivos verbais) e
também advérbios, expressões preposicionadas e até mesmo frases inteiras.
«to. nai. kai. to. ou;»: o sim e o não.
«o` evn avgrw/|»: o (que está) no campo, o do campo.
«to. ouv foneu,seij»: o «não matarás».
4. Todavia, não se utiliza o artigo em grego (e sim em português) para expressar pensamentos
gerais, provérbios, sentenças, que devem imediatamente provocar impacto: «ti,ktei ko,roj
u[brin»: a fartura gera insolência.
3. O Adjetivo
O adjetivo se declina como um substantivo. Nas próximas lições veremos os diversos tipos de
adjetivos existentes em grego.
1) Adjetivo substantivado. Um adjetivo pode funcionar como um substantivo, e, neste caso,
recebe o nome de «adjetivo substantivado»: «o` avgaqo,j»: o bom (refere-se a um homem, por isso
está no masculino). Todavia, a função mais freqüente do adjetivo é a de qualificar um substantivo,
e, neste caso, ele tem a mesma forma (caso, gênero e número) do substantivo que qualifica.
2) O uso predicativo do adjetivo. O adjetivo funciona como o predicado da sentença. Quer
dizer, o adjetivo é usado para afirmar ou «predicar» algo a respeito do sujeito. «o` lo,goj evsti.n
a[gioj» (A palavra é santa). A «santidade» está sendo afirmada, isto é, predicada em relação à
«palavra». Quando um adjetivo é o predicado de uma oração atributiva (como o verbo «ser» ou
similares), ele está sempre no nominativo e concorda com o sujeito da oração em caso, gênero e
número. Todavia, o predicado não tem artigo (diferentemente do sujeito, que pode ter artigo), ainda
que seu sentido seja determinado: «avqa,nato,j evstin o` qeo,j»: DEUS é imortal.
Nota: Se o verbo «eivmi,» vem antes do predicado nominal, este pode ter artigo; mas se vem
depois, não: «su, ei= o` ui`o.j tou/ qeou/ = ui`o.j tou/ qeou/ ei= su,»: tu és o filho de DEUS.
Em grego, é muito comum formar essas orações justapondo o sujeito ao predicado, sem nenhum
verbo de ligação: «di,kaioj o` a;nqrwpoj»: o homem é justo.
3) O uso atributivo do adjetivo. Quando um adjetivo é usado atributivamente, o verbo «eivmi,»
não está implícito. Um adjetivo é «atributivo» quando não necessita de suporte verbal. Assim, em
«o homem bom», «bom» é atributivo. Então não se faz um juízo completo; o pensamento não pode
permanecer no que foi estabelecido, pois o que foi estabelecido não é uma sentença, nem mesmo
17
implicitamente: «o` a;ggeloj a[gioj» (O Anjo santo). A «santidade» não está sendo predicada. Esse
não é o ponto em questão, é qualquer outra coisa.
O emprego do artigo para distinguir entre o uso predicativo e o atributivo de um adjetivo não é
uniforme. Distinção entre uso predicativo e atributivo de um adjetivo pode também ocorrer
independentemente do emprego do artigo. Finalmente, o uso ou não-uso do artigo não necessita
sempre ter relevância na distinção entre o uso predicativo e o atributivo de um adjetivo. A distinção
entre o uso predicativo e atributivo do adjetivo também é encontrada em outros casos, mas ela é
particularmente usada em vista do nominativo.
Além disso, o adjetivo pode ter duas funções distintas: ser explicativo ou ser especificativo. É
especificativo quando designa ou atribui qualidades que se consideram indissociáveis do
substantivo; é explicativo quando nos dá uma informação secundária ou não relevante para o
significado da oração e, por isso, poderia ser eliminado sem que o sentido da oração variasse
substancialmente.
Quando o adjetivo é atributivo especificativo, além de concordar em caso, gênero e número com
o substantivo ao qual qualifica, concorda também com ele em denominação, isto é, tem artigo se o
substantivo tiver, e não tem se o substantivo não o tiver. Caso tenha artigo, o adjetivo pode ser
colocado entre o artigo e o substantivo, ou mesmo depois do adjetivo e da repetição do artigo: « o`
avgaqo.j a;nqrwpoj» = «o` a;nqrwpoj o` avgaqo.j» (o homem bom).
Um genitivo ou qualquer expressão preposicional pode ter também uma função especificativa:
«o` tou/ qeou/ lo,goj» = «o` lo,goj (o`) tou/ qeou/»: a palavra de DEUS (muitas vezes, o artigo
a ser repetido antes do genitivo é omitido).
«oi` evn VIhrousalh.m a;nqrwpoi»: os homens (que estão) em Jerusalém.
4) Concordância. Implícita na discussão acima sobre o uso de adjetivos com substantivos está a
regra básica, segundo a qual adjetivos podem «modificar» substantivos ou pronomes, isto é, podem
ser usados para qualificar substantivos ou pronomes. Neste caso o adjetivo «concorda» com o
substantivo ou pronome em gênero, número e caso. Esta regra é vista nos exemplos de adjetivos
dados acima.
Um substantivo ou pronome pode ser explicitamente mencionado como sujeito de um verbo ou
pode estar implícito. Por exemplo, na sentença «o` a;ggeloj avgaqo,j evstin» o substantivo
«a;ggeloj» é explicitamente mencionado quando usado como sujeito de «evstin». Mas na sentença
«avgaqo,j evstin», o adjetivo «avgaqo,j» concorda com o sujeito ele, que está implícito na forma da
terceira pessoa do singular «evstin», como é claro pelo fato de «avgaqo,j» encontrar-se no caso
nominativo. Deve, então, referir-se a um nominativo – neste caso, o sujeito implícito de «evstin».
«avgaqo,j» é também masculino singular, indicando que o sujeito implícito de « evstin» também é
masculino e singular. Daí a tradução: Ele é bom para a sentença «avgaqo,j evstin».
4. O advérbio
1. Os advérbios são palavras indeclináveis que qualificam a ação verbal, um adjetivo ou outro
advérbio: «eu=»: bem, «euvqu,j»: logo.
2. Pode-se considerar o advérbio um «grau» do adjetivo. Semelhantemente ao que acontece em
português com a terminação «-mente», em grego o sufixo «-wj» transforma um adjetivo em um
advérbio de modo. Se o adjetivo que está na base tem acento na última sílaba, o advérbio terá um
acento circunflexo sobre o «w», e se é proparoxítona, terá um acento agudo na penúltima sílaba:
«kalo,j» (formoso) - «kalw/j» (formosamente); «di,kaioj» (justo) - «dikai,wj» (justamente,
conforme a justiça); «avrcai/oj» (antigo) - «avrcai,wj» (antigamente).
18
3. É também bastante grande o número de acusativos neutros que têm valor adverbial:
«prw/ton» (primeiramente, em primeiro lugar), «ti,» (por quê?), «to. loipo,n» (de agora em
diante), «tacu,» (= «tace,wj») (rapidamente), «me,ga, polu,» (muito), «mikro,n, ovli,gon» (pouco)
etc.
4. Frases: «e;cw» + advérbio: estar em determinada condição (Mc 5,23; At 21,13).
«kalw/j/eu= e;cw»: estou bem, encontro-me bem.
5. Vocabulário
Lição 5
2. O Verbo «eivmi,»
As formas do indicativo presente – exceto a segunda pessoa – são enclíticas, isto é, não são
acentuadas, ainda que possam receber um acento secundário.
O Verbo «eivmi,» pode ter um valor verbal. Com este valor verbal do «eivmi,» existem em grego
algumas formas idiomáticas, dentre as quais cabe destacar:
a) «eivmi,» + Dativo: Serve para indicar a posse. É traduzido por «ter» (poder-se-ia também
utilizar o verbo «e;cw» com o mesmo sentido); mas deve-se observar que o Dativo se transforma no
sujeito do verbo «ter», e seu sujeito no objeto direto: «avnqrw,pw| i[ppoj evstin » (= «a;nqrwpoj
i[ppon e;cei»): um homem tem um cavalo.
b) «eivmi,» + Genitivo: Serve para indicar a procedência, a origem, a idade, a matéria de que algo
é feito, a medida de uma coisa, seu preço ou valor, a posse etc. É muito semelhante à expressão «ser
de» usada em portugês: «i[ppoj tou/ fi,lou evsti,n»: é o cavalo do amigo.
Singular Plural
h;mhn era h;meqa / h=men éramos
h=j / h=sqa eras h=te éreis
h=n era h=san eram
O modo imperativo é usado para expressar uma ordem. É encontrado apenas na segunda e
terceira pessoas.
O imperativo do verbo «eivmi,» é como segue:
Singular Plural
i;sqi sê e;ste sede
e;stw / h;tw seja e;stwsan / h;twsan sejam
«i;sqi avgato,j»: sê bom; «e;ste avgaqoi,»: sede bons; «e;stw avgaqo,j»: seja bom; «e;stwsan
avgaqoi,»: sejam bons.
5. O pronome relativo
O pronome relativo «o[j, h[, o[» (que, quem, o/a/o qual) se declina do seguinte modo:
Sg Pl
m f n m f n
N o[j h[ o[ oi[ ai[ a[
G ou- h-j ou- w-n w-n w-n
D w-| h-| w-| oi-j ai-j oi-j
A o[n h[n o[ ou[j a[j a[
Nota:
- todas as formas têm espírito áspero;
- todas as formas estão acentuadas, até mesmo o nominativo;
- o nominativo masculino singular termina em «-j».
Deve se tomar cuidado para distinguir as seguintes formas do artigo e do pronome relativo:
«oi` - oi[» - «h` - h[» - «ai` - ai[» - «o` - o[».
Em grego o pronome relativo segue em geral as mesmas regras gramaticais que em português. O
pronome concorda com seu antecedente (ou seja, com a palavra à qual se refere) em gênero e
número, mas toma o caso a partir do uso que dele é feito em sua própria frase:
22
«o` lo,goj o[j evstin avgaqo,j evsti kalo,j »: A palavra que é boa é bela.
«o` lo,goj o[n ei-pen o` Qeo.j a[gioj evstin »: A palavra que DEUS disse é santa.
Às vezes, o antecedente é omitido. Neste caso, o relativo é traduzido por «o/a/o que»,
«aquele/aquela/ aquilo que»:
«a[ qe,leij e;ceij »: tens o que queres.
Se o antecedente estiver no genitivo ou no dativo, pode acontecer de o relativo grego ser
declinado nesse caso, independentemente de sua função sintática na oração relativa. Tal
comportamento é denominado «atração do relativo».
«peri. tw/n avnqrw,pwn w-n ginw,skw»: acerca dos homens que conheço.
6. O caso acusativo
Um substantivo ou pronome pode ser usado, em grego, no caso acusativo como o objeto direto
de um verbo:
«o` Qeo.j ei=pe to.n lo,gon»: DEUS disse a palavra.
Um substantivo ou pronome pode ser posto no caso acusativo como objeto regido por uma
preposição:
«o` Ku,rioj e;rcetai eivj to.n ko,smon »: O Senhor vem ao mundo.
singular plural
N/V to. dw/ron e;rgon ta. dw/ra e;rga
G tou/ dw,rou e;rgou tw/n dw,rwn e;rgwn
D tw/| dw,rw| e;rgw| toi/j dw,roij e;rgoij
A to. dw/ron e;rgon ta. dw/ra e;rga
Observe-se a diferença entre alguns termos: «te,knon» designa o que foi dado à luz, e se aplica
tanto ao menino como à menina; «paidi,on» designa um ser humano de pouca idade, seja menino
ou menina; «ui`o,j» designa o «filho», o membro masculino da família, por extensão designa os
membros de qualquer grupo.
24
Exercícios
1. Traduzir: 1. «o` palaio.j oi=noj crhsto,j evstin, o` de. ne,oj kako,j ». 2. «evste. evcqroi.
tou/ staurou/ tou/ Cristou/». 3. «o` dou/loj evsca,twj e;cei». 4. «e;stin o` Qeo,j». 5. «pw/j
e;ceij; - w= a;nqrwpe, kakw/j e;cw». 6. «ui`oi. tou/ VAbraa.m e;ste». 7. «Qeo.j evn avnqrw,poij
evsti,n». 8. «kako.n fe,rousin karpo.n oi` kakoi. fi,loi ». 9. «ouvk ei= o` Cristo,j;». 10. «eivmi.
o` prw/toj kai. o` e;scatoj ». 11. «pou/ evstin o` avpo,stoloj; evn tw/| oi;kw| evsti,n». 12. «oi`
a;nqrwpoi qnhtoi, eivsi,n». 13. «o` Qeo,j avqa,natoj evstin ». 14. «feu/ge eivj Ai;gupton kai.
i;sqi evkei/». 15. «polloi. kakoi. ovli,goi de. avgaqoi,».
16. «e;cw ta. i`ma,tia». 17. «o` Ku,rioj khru,ssei to. euvagge,lion ». 18. «to. shmei/on kalo.n
h=n». 19. «o` e[teroj a;ggeloj e;rcetai eivj to. kalo.n i`ero,n ». 20. «ta. i`ma,tia h=n kala,». 21.
«ouvk avkou,eij tw/n avnqrw,pwn». 22. «o` Ku,rioj ouvk e;sti nekro,j ». 23. «ta. daimo,nia ouvk
eivsi.n avgaqa,». 24. «o` Ku,rioj e;rcetai eivj to. i`ero,n ». 25. «ei= o` prw/toj o[j le,gei tou.j
lo,gouj». 26. «ta. e;rga h=n kala,». 27. «to. i`ero.n kalo.n h=n». 28. «ta. i;dia i`ma,tia kala,
evstin». 29. «oi` lo,goi ou]j ei=pen o` Ku,rioj avgaqoi, eivsin».
30. «pisteu,w eivj to.n Ku,rion ». 31. «pisteu,eij toi/j lo,goij tou/ avposto,lou ». 32.
«Pe,troj pisteu,ei o[ti o` VIhsou/j Qeo,j evstin». 33. «pisteu,omen eivj to.n avlhqino.n
Qeo,n». 34. «pisteu,ete o[ti avpo. tou/ Qeou/ h[kw». 35. «oi` farisai/oi ouv pisteu,ousin toi/j
tou/ Cristou/ lo,goij». 36. «pi,steue, w= a;nqrwpe, toi/j avlhqinoi/j avnqrw,poij». 37. «mh.
pisteu,ete, w= a;nqrwpoi, tw/| avpi,stw|». 38. «o` avpo,stoloj le,gei o[ti dei/ pisteu,ein tw/|
Qew/|». 39. «oi` Cristianoi. to.n avlhqino.n Qeo.n ginw,skousin ». 40. «ya,llete tw/| Kuri,w|».
41. «Cristo.j tou.j avposto,louj ouv dou,louj le,gei avlla. fi,louj ». 42. «dei/ douleu,ein tw/|
Qew/| tw/| dikai,w| kai. a`gi,w|». 43. «megalu,nomen to.n Ku,rion to.n evn tw/| ouvranw/| ». 44.
«e;ceij qhsauro.n evn toi/j ouvranoi/j ». 45. «oi` avgaqoi. a;ggeloi fula,ssousin tou.j
avnqrw,pouj». 46. «ti, ble,pete eivj to.n ouvrano,n;».
2. Declinar: «o` palaio.j oi=noj», «o` a;nqrwpoj qnhto,j», «o` kako.j fi,loj».
Lição 6
1. O pronome pessoal
Singular Plural
1a pessoa 2a pessoa 1a pessoa 2a pessoa
N evgw, su, h`mei/j u`mei/j
G evmou/ / mou sou/ / sou h`mw/n u`mw/n
D evmoi, / moi soi, / soi h`mi/n u`mi/n
A evme, / me se, / se h`ma/j u`ma/j
Um pronome pessoal é um pronome que se refere a uma ou mais pessoas sem especificar um
nome. Em grego existem pronomes pessoais para o singular e para o plural para todas as três
pessoas. Estudamos, per enquanto, o pronome pessoal para a primeira (eu) e a segunda (tu) pessoa.
Em grego não é necessário dizer: «evgw. lu,w» (eu desato), pois a terminação do verbo já indica a
pessoa e o número do sujeito. O uso do pronome pessoal sugere certa ênfase: «ouvc w`j evgw. qe,lw
avllV w`j su,» (não como eu quero, senão como tu queres, Mt 26,39).
25
As formas «mou, moi, me, sou, soi, se» destes pronomes são enclíticas, quer dizer, não têm
acento, apenas se apóiam na palavra que os precede. Mas há determinadas circunstâncias em que
tem acento: quando sobre eles recaem a ênfase da oração e após a maioria das preposições. Nestes
casos, além de receber o acento, o pronome da primeira pessoa recebe um «ev»:
«ouvk evmoi, avlla. soi,» (não a mim, mas a ti); «avpV evmou/» (longe de mim); «u`pe.r sou/» (sobre
ti). Todavia, muitas vezes «pro,j» é seguido por um pronome sem acento: «pro.j me» (para mim).
É comum o genitivo do pronome pessoal ter um valor possessivo: « o` Ku,rioj mou » (o meu
Senhor); «o` ui`o,j sou » (o teu filho). O artigo pode ter uma função semelhante: «o` ui`o.j le,gei»:
meu filho diz.
O pronome da terceira pessoa será estudado mais adiante.
2. O infinitivo presente
O infinitivo presente dos verbos em «-w» e em «-e,w» tem como desinência «-ein». Observe-se
que os verbos em «-e,w», como é habitual, caracterizam-se pelo acento circunflexo: «lu,ein» -
«poiei/n».
O infinitivo do verbo «eivmi,» é «ei=nai».
O infinitivo é uma forma nominal do verbo, quer dizer, em uma oração ele pode ter valor
nominal ou verbal. De sua função verbal se falará mais adiante. Como substantivo, sempre é neutro
e pode desempenhar as mesmas funções sintáticas que qualquer outro substantivo, formando as
chamadas «preposições substantivas (ou completivas)» do infinitivo. Assim,
1) pode ser sujeito de uma oração: com verbos ou expressões impessoais:
«e;xestin» (é permitido, é lícito, é possível), «dei/, crh,» (deve-se, é necessário, é preciso),
«kalo,n evstin» (é bom) etc.
«ouvk e;xestin fagei/n »: não se pode comer (Lc 6,4).
«peiqarcei/n dei/»: é preciso obedecer (At 5,29).
2) pode ser o objeto direto, por exemplo, de verbos de juízo («le,gw» (dizer), «kri,nw» (pensar,
julgar), «pisteu,w» (crer) etc.) e de vontade («qe,lw» (querer), «keleu,w» (mandar, ordenar),
«kwlu,w» (proibir), «dida,skw» (ensinar), «manqa,nw» (aprender) etc.).
«qe,lw ei=nai avgaqo,j»: desejo ser bom
3) O infinitivo pode ser modificado por um advérbio: «kalw/j le,gein» (falar bem).
Igualmente, pode ter objetos diretos, indiretos e complementos circunstanciais: «lo,gon tw/| law/|
le,gein» (dizer uma palavra ao povo).
4) Tal como em português, um infinitivo grego pode ser o complemento nominal de um
adjetivo ou de um substantivo. O infinitivo pode ter artigo, embora isso seja menos frequente:
«evlpi.j pa/sa tou/ sw,|zesqai h`ma/j »: toda esperança de sermos salvos (At 27,20).
«ouvke,ti eivmi. a;xioj klhqh/nai ui`o,j sou »: eu não sou digno de ser chamado teu filho (Lc
15,19).
«dio. avna,gkh u`pota,ssesqai»: por isso a necessidade de submeter-se (Rm 13,5).
26
3. A primeira declinação
Chama-se a «primeira declinação» ou «delinação em «-a» a declinação daquelas palavras cujo
radical termina em «-a». Os substantivos da primeira declinação são tanto femininos quanto
masculinos. Os substantivos femininos dividem-se em três categorias:
- Substantivos terminando em «-h» no nominativo singular (= alfa alongado),
- Substantivos terminando em «-a», precedido de «e, i, ou r» (= alfa puro),
- Substantivos terminando em «-a» não precedido de «e, i, ou r» (= alfa impuro).
1) Substantivos terminando em «-h» no nominativo singular:
Singular Plural
N h` zwh, ai` zwai,
G th/j zwh/j tw/n zww/n
D th/| zwh/| tai/j zwai/j
A th,n zwh,n ta,j zwa,j
V zwh, zwai,
Singular Plural
N h` a`marti,a ai` a`marti,ai
G th/j a`marti,aj tw/n a`martiw/n
D th/| a`marti,a| tai/j a`marti,aij
A th,n a`marti,an ta,j a`marti,aj
V a`marti,a a`marti,ai
Singular Plural
N h` do,xa ai` do,xai
G th/j do,xhj tw/n doxw/n
D th/| do,xh| tai/j do,xaij
A th,n do,xan ta,j do,xaj
V do,xa do,xai
Singular
Masculino Feminino Neutro
N a[gioj a`gi,a a[gion
G a`gi,ou a`gi,aj a`gi,ou
D a`gi,w| a`gi,a| a`gi,w|
A a[gion a`gi,an a[gion
V a[gie a`gi,a a[gion
Plural
Masculino Feminino Neutro
N a[gioi a[giai a[gia
G a`gi,wn a`gi,wn a`gi,wn
D a`gi,oij a`gi,aij a`gi,oij
A a`gi,ouj a`gi,aj a[gia
V a[gioi a[giai a[gia
Do mesmo modo como «a[gioj, a`gi,a, a[gion» são declinados «e[teroj, e`te,ra, e[teron»,
«i;dioj, ivdi,a, i;dion», «nekro,j, nekra,, nekro,n».
Os adjetivos que não tem «e, i, ou r» diante das desinências do nominativo feminino singular
têm o feminino singular em «h». Todos os adjetivos da primeira e segunda declinações que não são
contratos e que não se limitam a duas terminações dividem-se em duas categorias:
28
1) aqueles cujo nominativo feminino singular termina em «a» porque o radical do adjetivo
termina em «e, i, ou r»;
2) aqueles cujo radical termina em uma letra diferente destas, e neste caso a terminação é «h».
O radical de uma palavra (o conceito é aplicável a todos os verbos, substantivos e pronomes,
assim como a adjetivos) é aquela parte que é constante em relação à sua parte variável ou
«desinência». Assim, o adjetivo «a`gi,a», no nominativo feminino singular, tem radical «a`gi-» e a
desinência «-a». Pelo fato de o radical terminar em «i», a terminação é em «a». Radicais
terminando em «e ou r» também têm «a» com desinência. Todos os outros radicais têm, como
desinência «h». Por exemplo: o adjetivo «avgaqo,j» encontra-se nesta última categoria:
Singular
Masculino Feminino Neutro
N avgaqo,j avgaqh, avgaqo,n
G avgaqou/ avgaqh/j avgaqou/
D avgaqw/| avgaqh/| avgaqw/|
A avgaqo,n avgaqh,n avgaqo,n
V avgaqe, avgaqh, avgaqo,n
Plural
Masculino Feminino Neutro
N avgaqoi, avgaqai, avgaqa,
G avgaqw/n avgaqw/n avgaqw/n
D avgaqoi/j avgaqai/j avgaqoi/j
A avgaqou,j avgaqa,j avgaqa,
V avgaqoi, avgaqai, avgaqa,
Assim também: «kalo,j, kalh,, kalo,n»; «o[loj, o[lh, o[lon»; «prw/toj, prw,th, prw/ton».
5. O caso genitivo
O caso genitivo é usado para significar posse.
«o` lo,goj tou/ Qeou/»: a palavra de DEUS.
O caso genitivo também pode ser regido por certas preposições:
«evk tou/ i`erou/»: do templo.
Estes são apenas dois dos usos mais fundamentais do caso genitivo.
6. Vocabulário
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Ouvk e;rgon evstin eu= le,gein, avllV eu= poiei/n ». 2. «i;sqi moi kalo.n
paidi,on». 3. «Ku,rie, ti, dei/ poiei/n;». 4. «Ta. daimo,nia pisteu,ei tw/| Qew/| kai. e;cei
fo,bon». 5. «Ble,pomen ta. shmei/a tw/n kairw/n ». 6. «VAkou,ein qe,lw to.n lo,gon sou». 7.
«Kalo.n paidi,on e;cw ». 8. «w= te,knon, h[keij;». 9. «La,lei, w= te,knon». 10. «Kalo.n to.
te,knon sou». 11. «To. bibli,on di,kaio,n evstin». 12. «Oi` a;nqrwpoi e;cousin pro,bata kai.
ploi/on». 13. «Ku,rie, sw,|ze me». 14. «~O Pe,troj le,gei\ su. ei= o` Cristo,j». 15. «Ouv qe,leij
avgaqo.j ei=nai;». 16. «Fe,re dw/ron Qew/|».
17. «~O ui`o.j e;rcetai avpo. tou/ avgaqou/ avnqrw,pou». 18. « ;Ecw th.n evxousi,an h[ evk tou/
Qeou/ evstin». 19. «~H fwnh. tou/ ui`ou/ kalh. h=n». 20. «To. daimo,nion e;rcetai evk tou/
avnqrw,pou». 21. «~O avdelfo.j ouvk h=n di,kaioj». 22. «To. daimo,nion ponhro.n h=n, o`
a;ggeloj avgaqo.j h=n». 23. «~O avdelfo.j e;rcetai eivj th.n zwh,n ». 24. «~H do,xa tou/ Qeou/
ouvk evstin h` do,xa tw/n avnqrw,pwn». 25. «~O avdelfo.j ei=pen th.n avlh,qeian ». 26. «~H
tra,peza tou/ Kuri,ou a`gi,a evstin ». 27. «Mh. e;ste ponhroi,». 28. «Ouvk evste. ponhroi,». 29.
«e[kastoj ui`o.j avgaphto.j h=n ».
30. «Ei= pisto,j». 31. «~H avga,ph tou/ Qeou/ kalh, evstin ». 32. «~H evxousi,a evk tou/ Qeou/
evstin». 33. «VEk tw/n kardiw/n tw/n avnqrw,pwn e;rcetai h` a`marti,a ». 34. «~H basilei,a
tou/ Qeou/ evx ouvranou/ evstin ». 35. «~H evkklhsi,a tou/ Kuri,ou a`gi,a evstin ». 36. «~H gh/
ouvk e;stin ouvrano,j». 37. «~H glw/ssa tou/ avnqrw,pou kalh, evstin ». 38. « ;Ercetai h`
h`me,ra tou/ Kuri,ou ». 39. «~O ui`o.j avgaphto,j evstin». 40. «Ai` a`marti,ai tou/ ko,smou ouv
kalai. h=san».
41. «To. tou/ Kuri,ou i`ero.n kalo,n evstin ». 42. «Kaloi. oi` tou/ i`erou/ li,qoi eivsin ». 43.
«~O VIhsou/j evn tw/| i`erw/| dida,skei». 44. «Oi` avpo,stoloi to. i`ero.n qauma,zousin ». 45. «Ta.
tou/ Kuri,ou e;rga qaumasta. evstin ». 46. «~O evpi,skopoj tu,poj kalw/n e;rgwn e;stw ». 47.
30
«~O ui`o.j tou/ Qeou/ dunato.j h=n evn lo,goij kai. e;rgoij ». 48. «Megalu,nete ta. tou/ Qeou/
e;rga». 49. «To. avgaqo.n de,ndron kalou.j karpou.j fe,rei ». 50. «Ouvk evk tw/n e;rgwn tou/
no,mou o` a;nqrwpoj di,kaio,j evstin ». 51. «VIwa,nnhj tou.j Cristianou.j te,kna Qeou/
le,gei». 52. «To. euvagge,lion tou/ Pau,lou ouvk e;sti kata. a;nqrwpon ». 53. «Oi` ma,goi tw/|
te,knw| dw/ra prosfe,rousin ». 54. «~O VIhsou/j daimo,nia evkba,llei avpo. pollw/n ». 55. «Ta.
a[gia toi/j a`gi,oij». 56. «~Wj maka,ria kai. qaumasta. ta. dw/ra tou/ Qeou/».
2. Declinar em todos os casos: «to. kalo.n paidi,on».
3. Indicar o infinitivo presente dos verbos: «dida,skw», «lale,w»,«manqa,nw», «qerapeu,w »,
«avposte,llw ».
Lição 7
1. O futuro
O tempo futuro baseia-se no radical do futuro, que transmite o aspecto de uma ação como
subsequente. No modo indicativo esta ação subsequente indica o futuro do tempo primitivo. No
sistema do futuro no Novo Testamento há também os modos infinitivo e particípio, não porém o
subjuntivo, optativo ou imperativo. Somente o modo indicativo do tempo futuro apresenta uma ação
que toma lugar num momento sucessivo ou posterior, considerado independentemente de outro
verbo. Os modos infinitivo e particípio no futuro, como alhures, são dependentes de outros verbos,
e, portanto, podem expressar o futuro somente de modo relativo, isto é, por si mesmos não podem
expressar o futuro como tempo primitivo.
Em grego, para construir o futuro dos verbos basta introduzir o sufixo «-s-» entre a raiz e as
desinências (que são as mesmas do tema de presente). Este sigma recebe o nome de «característica
temporal» do futuro. Os verbos em «-ew» têm a seguinte peculiaridade: o «e» que antecede «s» é
alongado em todos os temas, exceto no presente em «h». Há, todavia, alguns verbos em que,
excepcionalmente, esse aumento não acontece. No mais, a conjugação é absolutamente regular.
Verbos cujo radical do presente termina em palatal («g/k/c»), formam o radical futuro tendo um
«x» em lugar da palatal e do «s».
Verbos cujo radical do presente termina em labial («p/b/f») formam o radical do futuro com um
«y» em lugar da labial e do «s».
31
Verbos cujo radical do presente termina em dental («t/d/q») formam o radical do futuro em «s»,
isto é, a dental desaparece.
«a;gw» - «a;xw». «ble,pw» - «ble,yw». «pei,qw» - «pei,sw».
Certo número de verbos apresenta formas irregulares no futuro. Este fenômeno será apresentado
nas próximas lições.
O futuro de «e;cw» é irregular: «e[xw» (note-se o espírito áspero).
Muitos verbos com raiz dental têm um tempo presente em que aparece um « z» diante da
desinência, e.g. «bapti,zw». No futuro a raiz dental escondida normalmente reemerge e nas formas
do futuro apresenta apenas um «s», com o desaparecimento da dental, tal como em «bapti,sw». Há
muitos verbos nesta categoria.
Há também poucos verbos que possuem um tempo presente em que aparece um «z» diante da
desinência, porém com radical palatal, e.g. «kra,zw». Estes últimos verbos têm um futuro em que o
radical palatal se reafirma normalmente, de tal modo que a forma tem um «x», e.g. «kra,xw».
Não há regra para distinguir as duas categorias de acordo com as formas do radical do presente.
(Somente o conhecimento da etimologia de cada verbo possibilita uma categorização). Daí, nas
entradas do vocabulário, cada verbo com final «z» no tempo presente será acompanhado pela forma
do futuro, de modo que se tornará clara a categoria – dental ou palatal – à qual pertence.
Em caso de dúvida, aconselha-se que o estudante pressuponha que a categoria é a de uma dental,
visto que há muito mais verbos nesta categoria.
2. Partículas de coordenação
As orações podem ser simples ou compostas. São simples aquelas que requerem um só verbo
para expressar uma idéia com sentido completo, ao passo que as compostas requerem mais de um
verbo.
As orações compostas são formadas por uma preposição principal e por outra ou mais, que
podem ser: justapostas, coordenadas ou subordinadas. As preposições justapostas se caracterizam
pela ausência de um vínculo que una os verbos. As coordenadas estão unidas por partículas de
coordenação, e as subordinadas, por partículas de subordinação.
As partículas de coordenação mais frequentes no grego do NT são as seguintes:
1. Copulativas: A coordenação copulativa (e) é expressa em grego pelas conjunções «kai,» e
«te» (esta última é pospositiva, isto é, vem sempre depois da segunda palavra coordenada,
diferentemente de «kai,», que vem antes, como o –que do latim).
«kai,», ... «te»: e.
«kai,» ... «kai,», «kai,» ... «te»: tanto ... como (às vezes, basta um simples «e»).
«ou;te»: e não, nem.
«ou;te» ... «ou;te»: nem ... nem.
2. Adversativas:
«avlla,»: mas, senão
«me,n» ... «de,»: Essas duas partículas são «pospositivas», e por isso são colocadas em segundo
lugar na oração. A partícula «me,n» é afirmativa, isto é, enfatiza a verdade de algo, ao qual se
contrapõe (é o «de,» a partícula propriamente adversativa) o que é dito na segunda parte da
proposição. Assim, pois, o «me,n» pode não aparecer na primeira parte da oração (e, neste caso, não
32
se enfatiza a verdade ali afirmada). São usadas para assinalar uma oposição entre o que se afirma
em cada proposição, tanto uma oposição muito forte (semelhante a «avlla,») como uma muito fraca
(«e», ou sem nenhuma tradução, conforme o contexto).
Ex.: «evgw. me,n eivmi Pau,lou( evgw. de. VApollw/ »: eu sou de Paulo, eu, de Apolo (1 Cor
1,12).
«avrch. fili,aj me.n e;painoj, e;cqraj de. yo,coj»: o começo da amizade é o elogio, mas (e) o
da inimizade a recriminação.
3. Disjuntivas: «h; ... h;»: ou ... ou.
4. Explicativas: «ga,r»: com efeito, pois. É uma partícula pospositiva. Também é utilizada para
introduzir uma demonstração do que se acaba de dizer, como algo natural ou possível. Esse valor
quase afirmativo pode ser traduzido por um «sim, ...» ou por um «pois».
Singular Plural
1a pessoa evrga,z-omai trabalho evrgaz-o,meqa trabalhamos
2a pessoa evrga,z-h| trabalhas evrga,z-esqe trabalhais
3a pessoa evrga,z-etai trabalha evrga,z-ontai trabalham
Infinitivo evrga,zesqai
Outros verbos têm formas ativas em certos temas, mas em outros (sobretudo no futuro) não têm a
forma ativa e, em seu lugar, utilizam uma forma média, ainda que mantenham o sentido ativo. Esses
verbos recebem o nome de semidepoentes. Por exemplo, o futuro de «avkou,w» (ouvir) é
«avkou,somai». Esses verbos têm o tema de presente da voz ativa e, por isso, nos dicionários
33
encontra-se a forma ativa, seguida da informação de quais temas é necessário conjugar com a forma
média (ou mesmo passiva).
4. Vocabulário
h` yuch,, h/j a alma h` cw,ra, aj o país
h` grafh,, h/j a escritura h` qa,lassa, hj o mar
h` eivrh,nh, hj a paz h` r`i,za, hj a raíz
h` kefalh,, h/j a cabeça h` ge,enna, hj a geena
h` di,kh, hj a justiça to. dei/pnon a festa, o banquete, a ceia
h` avrch,, h/j o princípio to. ponhro,n, ou/ o mal, a maldade
h` timh,, h/j a honra u`po, (c. gen.) por (o agente com verbos
passivos), sob, debaixo de, por
causa de
h` sunagwgh,, h/j a sinagoga, a reunião avpe,rcomai partir, afastar-se, ir embora
h` parabolh,, h/j a parábola de,comai aceitar, receber, acolher
h` avreth,, h/j a virtude avpekde,comai esperar, aguardar
h` evntolh,, h/j o mandato, a ordem poreu,omai ir, dirigir-se, ir para
h` h`donh,, h/j a felicidade, o prazer evkporeu,omai ir embora, sair de
h` dikaiosu,nh, hj a justiça eu;comai pedir, suplicar
h` cara,, a/j a alegria proseu,comai rezar
h` sofi,a, aj a sabedoria evrga,zomai trabalhar, fazer, agir
h` evleuqeri,a, aj a liberdade bou,lomai querer, desejar, preferir
h` fili,a, aj a amizade pei,qw persuadir, convencer
h` qu,ra, aj a porta pei,qomai obedecer
h` w[ra, aj a hora avspa,zomai saudar
o` misqo,j o salário, a recompensa gi,nomai fazer-se, tornar-se, nascer
o` evcqro,j o inimigo avpolamba,nw receber
pro,j (c. acc.) para, em direção de pa,lin de novo, outra vez, ainda
ouv mo,non - avlla. não só ... mas também avdialei,ptwj sempre, constantemente
kai,
ga,r com efeito, pois, porque eiv se
avnoi,gw abrir i`ero,j, a,, o,n santo, sagrado
sofo,j( h,( o,n sábio u`pakou,w obedecer; escutar
Lição 8
1. Indicativo imperfeito
O imperfeito do indicativo é formado com o radical do presente e, assim, mostra que a ação
expressa é vista como não terminada. O tempo imperfeito tem um aumento que mostra que se refere
a ações ou acontecimentos no passado. Quando interpretado de acordo com outros elementos do
contexto, o imperfeito geralmente indica uma ação passada que é vista como repetida ou contínua.
Se deve notar bem que o tempo imperfeito baseia-se no radical do presente. Isto indica que a
ação não é considerada como terminada. A característica desse passado vem primariamente pelo
aumento. O imperfeito é um tempo linear, isto significa que é entendido mais como um processo do
que como um simples evento. Tem os seguintes valores semânticos: « e;luon»: «desatava, estava
desatando, costumava desatar, continuava desatando, seguia desatando, tentava desatar, começava a
desatar». Porém fora de seu contexto procuraremos traduzi-lo por nosso imperfeito «desatava».
Este não é o único modo que o grego tem para se referir ao passado (também existe o indicativo
aoristo e o mais-que-perfeito), e todos eles recebem o nome genérico de «tempos históricos». Ora,
esses tempos históricos têm duas peculiaridades, que os caracterizam: recebem aumento e
desinências secundárias.
Singular «lu,w» «poie,w» Plural «lu,w» «poie,w»
1a pessoa e;luon evpoi,oun 1a pessoa evlu,omen evpoiou/men
2a pessoa e;luej evpoi,eij 2a pessoa evlu,ete evpoiei/te
3a pessoa e;lue$n% evpoi,ei 3a pessoa e;luon evpoi,oun
35
2. O aumento
Há dois tipos de aumento: o silábico e o temporal.
1. Aumento silábico.
Para os verbos cuja raiz começa por consoante, o tempo imperfeito normalmente é formado
prefixando um «ev» ao radical do presente e acrescentando as desinências da respectiva voz, ativa ou
médio-passiva. O «ev» prefixado chama-se «aumento», e indica que a ação em questão está no
tempo passado. Ele é encontrado somente no modo indicativo. O aumento em «ev» tem sempre o
espírito suave: «lu,w» - «e;luon».
2. Aumento temporal.
Quando o radical do presente do verbo começa por vogal ou ditongo, o aumento se forma não
prefixando a letra «ev», mas aumentando a vogal ou ditongo, de acordo com as seguintes regras:
«a» torna-se «h»: «avkou,w» - «h;kouon»
«e» torna-se «h»: «evsqi,w» - «h;sqion»
«i» torna-se «i»: «ivscu,w» - «i;scuon»
«o» torna-se «w»: «ovnoma,zw» - «wvno,mazon»
«u» torna-se «u»: «u`bri,zw» - «u[brizon»
«ai» torna-se «h|»: «ai;rw» - «h=|ron» (o iota do ditongo «ai» transforma-se em iota subscrito na
forma aumentada)
«au» torna-se «hu»:«auvxa,nw » - «hu;xanon»
«eu» torna-se «hu» ou permanece «eu»: «eu`ri,skw» - «hu[riskon» ou «eu[riskon»
«oi» torna-se «w|»:«oivkti,rw» - «w;|ktiron» (o iota do ditongo «oi» transforma-se em iota
subscrito na forma aumentada)
Todavia, no grego do NT, com muita frequência os verbos que começam por ditongo não
recebem o aumento.
Se o verbo começa por uma vogal longa, fica como está: «h[kw» - «h-kon» (vir).
As formas longas escritas «i» e «u» não se distinguem das breves «i» e «u». Na pronúncia a
distinção poderia ser feita por um leve aumento do som.
O espírito para o aumento formado prefixando-se «e» é sempre suave. Mas o espírito para um
aumento formado pelo alongamento de uma vogal ou ditongo mantém o mesmo espírito que na
forma não aumentada da raiz do presente. Assim «avkou,w» torna-se «h;kouon» e «auvxa,nw» torna-
se «hu;xanon», ao passo que «u`bri,zw» torna-se «u[brizon» e «eu`ri,skw» torna-se «hu[riskon» ou
«eu[riskon».
Os seguintes verbos, de uso muito frequente, tem o imperfeito irregular:
«e;cw» - «ei=con» (ter)
«qe,lw» - «h;qelon» (querer, desejar)
6. Vocabulário
evkba,llw expulsar, lançar h`` o`do,j, ou/ o caminho
periba,llw vestir h` a;mpeloj, ou a vinha, videira
avnabai,nw subir h` nh/soj, ou a ilha
katabai,nw descer h` parqe,noj, ou a virgem
avnaginw,skw ler h` no,soj, ou a doença
evpiginw,skw reconhecer h` doko,j, ou/ a trave
u`pa,gw ir-se, partir h` bi,bloj, ou o livro
suna,gw reunir o` pw/loj, ou o burrinho, o jumentinho
katalei,pw abandonar o` presbu,teroj, ou o ancião, o presbitero
avpagge,llw anunciar o` fragmo,j, ou/ a cerca, o obstáculo
avposte,llw enviar o` a`martwlo,j, ou/ o pecador
u`pa,rcw existir to. avgaqo,n, ou/ o bem
prosfe,rw oferecer o` prw/toj, ou o primeiro, o principal
evpistre,fw voltar atrás o` gewrgo,j, ou/ o agricultor, o camponês
avpoqnh,|skw morrer o` ovfqalmo,j, ou/ o olho
paragi,nomai chegar, alcançar, vir o` oi=noj, ou o vinho
e`toima,zw preparar aivscro,j, a,, o,n desonesto, vergonhoso
eu`ri,skw encontrar a;dikoj, on injusto, iníquo, desonesto
ovnoma,zw chamar a`gno,j, h,, o,n puro, santo, inocente
pare,cw dar, fornecer, apresentar ti,j quem?
paraba,llw lançar diante, comparar polla,kij muitas vezes, frequentemente
evsqi,w comer avpo, (c. gen.) de, a partir de, desde, por
causa de
39
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Ei=cej pe,nte avdelfou,j ». 2. «To. te,knon sou a;rton ai;tei». 3. «~O ui`o.j
mou evsca,twj ei=ce». 4. «Dia. ti, pa,lin hvqe,lete avkou,ein;». 5. «VIhsou/j evdi,dasken evn tw/|
i`erw|/». 6. «~Hmei/j me.n hvlpi,zomen eivj Cristo.n, u`mei/j de. eivj ta. daimo,nia». 7. «Ta.
te,kna li,qoij h=ge ta. pro,bata eivj to.n avgro,n ». 8. «Ti, e;lego,n soi;». 9. «VElu,omen to.n
pw/lon». 10. «Ti, evlu,ete to.n pw/lon;». 11. «Dei/ evlpi,zein ta. avgaqa,». 12. «Ta. di,kaia kai.
kala. avgaqa, evsti, ta. dV a;dika kai. aivscra. kaka, ». 13. «~O dou/loj su.n toi/j diako,noij
dei/pnon h;sqien evn tw/| sabba,tw|». 14. «Oi` o;cloi tw/| VIhsou/ hvkolou,qoun». 15. «VIhsou/n
evzhtei/te to.n Nazarhno,n».
16. «Cristo,j evstin h` a;mpeloj h` avlhqinh, ». 17. «VAnaginw,skomen tou.j lo,gouj th/j
kalh/j bi,blou». 18. «Eiv me,nete evn th/| avlhqinh/| avmpe,lw|, fe,rete avgaqo.n karpo,n». 19.
«Pau/loj tou.j Korinqi,ouj parqe,non a`gnh.n tw/| Cristw/| prosfe,rein bou,letai ». 20.
«Ai` avgaqai. a;mpeloi oi=non avgaqo.n fe,rousin ». 21. «Cristo.j pollou.j avnqrw,pouj avpo.
tw/n kakw/n no,swn qerapeu,ei». 22. «VEn tai/j kalai/j nh,soij de,ndra kai. a;mpeloi,
eivsin». 23. «VAnaginw,skete polla,kij ta.j i`era.j bi,blouj ».
2. Analisar morfologicamente as seguintes palavras: «e;legon», «e;feren», «evdi,daskon»,
«e;peiqon», «h;qelej», «evlpi,zomen», «h;kouen», «filei/n», «filei/», «fi,lei», «evfi,lei»,
«ai;tei», «aivtei/».
3. Conjugar no imperfeito: «paideu,w», «lale,w», «avkou,w».
Lição 9
3. A voz médio-passiva
Apresentamos a conjugação do presente passivo dos verbos em «-w» com o modelo de «lu,w».
Não estudamos ao mesmo tempo o tema do presente dos verbos em «-ew», uma vez que as
diferenças entre eles exigem mais atenção. O tema do presente passivo dos verbos em «-ew» será
estudado mais tarde.
Infinitivo lu,esqai
As formas do passivo são as mesmas como as formas do médio. «lu,omai», portanto, pode
significar o passivo: «sou desatado», ou o médio: «me desato».
O grego herdou a voz médio-passiva do indo-europeu. A diferença entre ela e a voz ativa é
semelhante à diferença entre o indicativo e os demais modos. A voz ativa descreve um fato ou uma
ação como um acontecimento objetivo; por sua vez, a voz médio-passiva indica um interesse
pessoal do sujeito em tal ação, ou mesmo uma relação especial com ela. Quando esssa relação do
sujeito com sua ação consiste no fato de o sujeito se ver afetado pelo mesmo ato, convertendo-se no
objeto da ação, acontece o que os gramáticos chamam «voz passiva». Com o tempo, foi-se
diferenciando um sentido médio de um passivo, e se criaram duas formas especificamente passivas,
o aoristo e o futuro passivos.
Em todo caso, o sentido passivo não é frequente (pois dá-se preferência à voz ativa) e só é
habitual quando não se quer mencionar o sujeito da ação. Este uso é muito frequente na boca de
JESUS para evitar mencionar o nome de DEUS: por exemplo, «pedi e vos será dado» em lugar de
«pedi e DEUS vos dará».
42
Observe-se que, tanto na voz ativa como na média, o sujeito gramatical da oração realiza a ação
indicada pelo verbo (a diferença entre elas está no tipo de relacionamento entre o sujeito e a ação).
Portanto, em ambas as vozes o verbo transitivo pode ter objeto direto. Todavia, na voz passiva, o
sujeito gramatical é aquele que sofre a ação do verbo, que, neste caso, não tem objeto direto.
O tipo de ação expressa pela voz média pode ser de diferentes tipos e para conhecê-los todos é
necessário o auxílio de um dicionário. Esquematicamente, podemos resumi-los do seguinte modo
(prescindindo do sentido passivo):
- O sujeito faz algo em seu próprio interesse. É o sentido mais frequente:
«ai`re,w» pegar - «ai`rh,somai» escolher.
«dani,zw» emprestar - «dani,zomai» tomar emprestado.
«pau,w» fazer parar - «pau,omai» parar (o que ele mesmo começou).
- O sujeito exerce a ação sobre si mesmo. Este sentido reflexivo está limitado a certos verbos, já
que, para expressar uma ação puramente reflexiva, o grego prefere utilizar a voz ativa com o
pronome reflexivo (exemplo: «r`i,ptei e`auto,n» ele se lança):
«lou,w» lavar - «lou,omai» lavar-se.
«fai,nw » iluminar, brilhar - «fai,nomai» fazer-se visível, mostrar-se.
O sujeito pode também exercer a ação sobre um objeto que lhe pertence:
«lou,omai tou.j po,daj» lavo meus pés - «lou,omai to.n pai/da» lavo o meu filho.
4. Vocabulário
h` kefalh,, h/j a cabeça nu/n agora
h` evpistolh,, h/j a carta ga,r pois
h` lu,ph, hj a tristeza, a dor h; ou
h` avna,gkh, hj a necessidade h` euvlogi,a, aj a benção, o louvor
h` pu,lh, hj a porta, o portão h` avtimi,a, aj a deshonra
h` sunagwgh,, h/j a sinagoga, assembléia h` timh,, h/j a honra
h` zu,mh, hj o fermento h` euvcaristi,a, aj a ação de graças
h` didach,, h/j a doutrina h` qa,lassa, hj o mar
paideu,w educar, instruir h` evrhmi,a, aj a solidão
lu,w dissolver, soltar h` dwrea,, a/j o dom, a dádiva
avpoqnh|,skw morrer h` genea,, a/j a geração
evgei,rw levantar, erguer h` mwri,a, aj a loucura
keleu,w mandar, exortar h` u`pomonh,, h/j a perseverança
katakalu,ptomai cobrir-se (com um véu) h` fulakh,, h/j a vigia, a prisão
gra,fw escrever h` parabolh,, h/j a comparação, parabola
avpa,gw conduzir (para fora), to. o[plon, ou a milícia, a ferramenta, a
levar embora arma
43
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Qe,lomen qewrei/n to. i`ero.n tou/ Qeou/ tou/ VIsrah,l ». 2. «Ouvci. e;xestin
u`mi/n lamba,nein avrgu,rion avpo. tw/n a`martwlw/n;». 3. «Maria.m h;koue to.n lo,gon tou/
VIhsou/». 4. «Pau/loj evdi,dasken to. euvagge,lion ». 5. «o` a[gioj a;ggeloj h;noigen qu,ran evn
toi/j ouvranoi/j». 6. «o` Cristo.j evxe,ballen tou.j ponhrou.j evk tou/ i`erou/ ». 7. «o` a;nqrwpoj
o` plou,sioj u`ph,gen eivj to.n ivdi,on oi=kon ». 8. «Ti. me le,geij avgaqo,n;». 9. «VAkou,ete tou/
ui`ou/ mou». 10. «Oi` VIoudai/oi evxe,ballon to.n Pau/lon avpo. tw/n o`ri,wn ». 11. «Oi`
a`martwloi. ouvc u`ph,kouon tw/| avgaqw/| avnqrw,pw|». 12. «VAnegi,nwsken evn tw/| bibli,w| tou/
palaiou/ no,mou». 13. «Prosfe,romen to. avrgu,rion tw/| dou,lw| ». 14. «VHqe,lomen
qerapeu,ein tou.j ui`ou,j tou/ laou/ ». 15. «o` a;nqrwpoj kate,bainen avpo. VIerousalh.m eivj
VIericw,».
16. «h` o`do.j katabai,nei avpo. VIerousalh.m eivj VIericw, ». 17. «Ti,j paragi,netai evk th/j
o`dou/ pro.j tou.j fi,louj;». 18. «Presbu,teroj evn th/| o`dw/| e;rcetai». 19. «e`toima,zete th.n
o`do.n tou/ Kuri,ou». 20. «Ai` tou/ Qeou/ o`doi. u`po. tw/n avnqrw,pwn ouv ginw,skontai ». 21.
«e;rcesqe eivj tou.j fragmou.j tw/n o`dw/n kai. suna,gete ponhrou,j te kai. avgaqou,j ». 22.
«VEn tai/j tw/n a`martwlw/n o`doi/j ouvc eu`ri,skete ta. avgaqa. ta. avlhqina, ». 23.
«Dida,skale, ta.j o`dou.j tou/ Qeou/ dida,skeij ». 24. «Oi` th/j avmpe,lou karpoi. kaloi,
eivsin». 25. «o` prw/toj th/j nh/sou Po,plioj ovnoma,zetai ». 26. «o` a;ggeloj Gabrih.l
avposte,lletai pro.j th.n parqe,non». 27. «VIhsou/j ta.j no,souj pollw/n avnqrw,pwn
qerapeu,ei». 28. «Ai` a;mpeloi oi=non toi/j gewrgoi/j pare,cousin ». 29. «Cristo.j to. i;dion
kako.n th/| dokw/| evn tw/| ivdi,w| ovfqalmw/| paraba,llei ».
44
30. «Cristo.j evstin h` a;mpeloj h` avlhqinh, ». 31. «VAnaginw,skomen tou.j lo,gouj th/j
kalh/j bi,blou». 32. «Eiv me,nete evn th/| avlhqinh/| avmpe,lw|, fe,rete avgaqo.n karpo,n». 33.
«Pau/loj tou.j Korinqi,ouj parqe,non a`gnh.n tw/| Cristw/| prosfe,rein bou,letai ». 34.
«Ai` avgaqai. a;mpeloi oi=non avgaqo.n fe,rousin ». 35. «Cristo.j pollou.j avnqrw,pouj avpo.
tw/n kakw/n no,swn qerapeu,ei». 36. «VEn tai/j kalai/j nh,soij de,ndra kai. a;mpeloi,
eivsin». 37. «VAnaginw,skete polla,kij ta.j i`era.j bi,blouj ».
38. «h` grafh. le,gei o[ti o` Cristo.j o` ui`o.j tou/ Qeou/ evstin ». 39. «Toi/j lo,goij th/j
grafh/j oi` a;nqrwpoi paideu,ontai». 40. «Pisteu,omen th/| grafh/|». 41. «Th.n grafh.n
ouvdei.j lu,ei». 42. «Ai` tou/ avposto,lou grafai. polla. le,gousi peri. tou/ Cristou/ ». 43.
«Ai` tw/n i`erw/n grafw/n bi,bloi u`po. tw/n Cristianw/n polla,kij avnaginw,skontai ». 44.
«VApollw.j dunato.j h=n evn tai/j grafai/j ». 45. «Kata. ta.j grafa.j dei/ Cristo.n
avpoqnh,|skein kai. evgei,resqai». 46. «Cristo,j evstin o` a;rtoj th/j zwh/j». 47. «VEn avrch/|
h=n o` lo,goj». 48. «Le,gete, eivrh,nh tw/| oi;kw|». 49. «VEn tw/| Cristw/| oi` a;nqrwpoi
eivrh,nhn e;cousin». 50. «Pau/loj Timo,qeon keleu,ei dikaiosu,nhn, avga,phn, eivrh,nhn
diw,kein». 51. «Polloi. a;nqrwpoi o`do.n eivrh,nhj ouv ginw,skousin ». 52. «Mh.
katakalu,ptou th.n kefalh.n». 53. «Eivrh,nh toi/j avdelfoi/j kai. avga,ph avpo. Qeou/ kai.
Kuri,ou Cristou/». 54. «o` Pau/loj evn th/| pro.j tou.j Korinqi,ouj evpistolh/| gra,fei, o[ti
kefalh. tou/ Kuri,ou o` Qeo,j evstin ». 55. «u`mei/j nu/n lu,phn e;cete». 56. «Mhdei.j evk lu,phj
h; evx avna,gkhj to. avgaqo.n e;rgon evrgaze,sqw ». 57. «Eivse,rcesqe dia. th/j stenh/j pu,lhj, h`
ga.r stenh. o`do.j kai. h` stenh. pu,lh eivj th.n zwh.n avpa,gei ». 58. «o` VIhsou/j evn tai/j
sunagwgai/j tw/n VIoudai,wn dida,skei kai. khru,ssei to. euvagge,lion ». 59. «o` VIhsou/j
tou.j avposto,louj keleu,ei mh. avpo. th/j zumh/j tw/n a;rtwn prose,cein, avlla. avpo. th/j
didach/j tw/n Farisai,wn kai. Saddoukai,wn ».
2. Formar o imperfeito de «avnabai,nw», «avpagge,llw», «parakale,w ».
3. Analisar morfologicamente as seguintes palavras: «evkba,lle», «evxe,balle», «avph,ggellej»,
«pareka,loun», «pareka,leij», «sunh,gete».
Lição 10
4. Masculinos da declinação em -a
A este grupo pertencem, fundamentalmente:
46
1. Os «nomina agentis», isto é, os nomes daquelas pessoas que se dedicam a uma atividade
determinada. Estes nomens terminam em «-thj»: «profh,thj» (profeta), «krith,j» (juiz).
2. Nomes de pessoas, famílias e povos: «VIorda,nhj» (Jordão), «VIwa,nnhj» (João), «VAndre,aj»
(André), «Messi,aj» (Messias) etc.
8. Vocabulário
o` maqhth,j, ou/ o discípulo geu,omai saborear
o` profh,thj, ou o profeta euvaggeli,zomai evangelizar
o` e`katona,rchj, ou o centurião punqa,nomai perguntar
o` telw,nhj, ou o publicano cari,zomai perdoar
o` u`pere,thj, ou o servo yeu,domai mentir
o` krith,j, ou/ o juiz mise,w odiar, abominar
o` u`pokrith,j, ou/ o hipócrita euvloghme,noj, h, on abençoado
o` evrga,thj, ou o trabalhador keklhme,noj, h, on chamado, convidado
o` kle,pthj, ou o ladrão (com astúcia) avcrei/oj, on inutil
o` lh|sth,j, ou/ o ladrão (com violência) eivj to.n aivw/na para sempre
o` a[|dhj, ou o Hades du,o dois
o` despo,thj, ou o Senhor tuflo,j, h,, o,n cego
o` baptisth,j, ou/ o batista para,gw passar
o` euvaggelisth,j, ou/ o evangelista te,leioj, a, on perfeito
o` neani,aj, ou o moço, o jovem h`su,cioj, on calma, tranquilo
o` poihth,j, ou/ o poeta, o artista la,mpw brilhar
o` bwmo,j, ou/ o altar su, tu
h` meta,noia, aj a conversão makro,j( a,( o,n longo
o` lao,j, ou/ o povo avrketo,j( h,( o,n suficiente
h` kw,mh, hj a aldeia, o povoado a;lloj( h( o um outro
o` h[lioj, ou o sol e[teroj( a( on o outro (de dois)
48
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Me,nete evn th/| oivki,a|, mh. metabai,nete evx oivki,aj eivj oivki,an ». 2. «Crh.
zhtei/n to.n kairo.n th/j evpaggeli,aj». 3. «Kalw/j le,gein dei/ peri. tw/n kalw/n». 4. «Oi`
me.n a;nqrwpoi ble,pousin to. pro,swpon, o` de. Qeo.j ble,pei th.n kardi,an ». 5. «o` Pau/loj
evmartu,rei th/| avlhqei,a| tou/ euvaggeli,ou kai. th/| sofi,a| tou/ Qeou/ ». 6. «Le,gete o[ti dou/loi
avcrei/oi evsmen». 7. «VIwsh.f de. h;kouen o[ti VArce,laioj basileu,ei th/j VIoudai,aj ». 8.
«Kavgw. de. soi le,gw o[ti su. ei= Pe,troj». 9. «Pou/ evsti qew/n bwmo,j; evn th/| avgora/| qew/n
bwmo,j evstin». 10. «o` Qeo.j misei/ th.n avdiki,an kai. th.n a`marti,an». 11. «o` Qeo.j pe,mpei
to.n lo,gon th/j evpaggeli,aj ». 12. «Oi` a`martwloi. e;cousin metanoi,aj to,pon ». 13. «h`mei/j
hvkou,omen evk tou/ no,mou o[ti o` Cristo.j me,nei eivj to.n aivw/na ». 14. «Du,o tufloi. h;kouon
o[ti VIhsou/j para,gei».
15. «Fe,rw u`mi/n to,nde to.n ste,fanon». 16. «o` VIhsou/j e;lege ta,sde ta.j parabola.j tw/|
law/| th/j kw,mhj». 17. «o` Cristo.j o` a;rtoj th/j zwh/j evstin ». 18. «Pisteu,omen eivj ta.j
didaca.j th/j sunagwgh/j». 19. «Maka,rioi oi` ptwcoi,, o[ti u`mw/n h` basilei,a tou/ Qeou/».
20. «h` tou/ sofou/ yuch. h`su,cioj evstin ». 21. «Kalh. h`me,ra evstin, la,mpei o` h[lioj ». 22.
«Qeo.j evstin o` tou/ ko,smou ku,rioj». 23. «Ginw,skousin oi` avdelfoi. th.n avga,phn tou/
Qeou/». 24. «Oi` avpo,stoloi gra,fousin ta.j evpistola,j ». 25. «Ouv me,nei h` ovrgh. tou/ Qeou/».
26. «VEsqi,omen to,nde to.n karpo.n th/j gh/j ». 27. «Eivj to.n aivw/na evstin h` yuch,».
28. «Oi` avgaqoi. Cristianoi. h` do,xa tou/ avposto,lou eivsin ». 29. «VApo. tou/ Qeou/
evxe,rcetai h` euvlogi,a». 30. «Oi` VIoudai/oi to.n Ku,rion th/j do,xhj ouv ginw,skousin ». 31.
«h` gh/ metalamba,nei th/j euvlogi,aj avpo. tou/ Qeou/ ». 32. «Me,llei o` ui`o.j tou/ avnqrw,pou
e;rcesqai evn th/| do,xh| tou/ Qeou/ ». 33. «VEn Cristw/| oi` a;nqrwpoi th/| pneumatikh/|
euvlogi,a| euvloghme,noi eivsi,n». 34. «a;xioj ei=, w= Ku,rie, lamba,nein th.n do,xan kai. th.n
timh,n». 35. «o` Cristo.j a;xio,j evsti lamba,nein th.n euvlogi,an ». 36. «Pau/loj dia,konoj
tou/ euvaggeli,ou evsti,n, evn u`pomonh/|, evn avna,gkaij, evn fulakai/j, evn avga,ph|, evn lo,gw|
avlhqei,aj, dia. tw/n o[plwn th/j dikaiosu,nhj, dia. do,xhj kai. avtimi,aj ». 37. «VAmh,n, h`
euvlogi,a kai. h` do,xa kai. h` sofi,a kai. h` euvcaristi,a kai. h` timh. tw/| Qew/| ». 38. «To.
49
ploi/on tw/n avposto,lwn evn me,sw| th/j qala,sshj h=n». 39. «o` Pau/loj polla,kij evn
kindu,noij evn evrhmi,a| kai. evn qala,ssh| h=n». 40. «a;xioi gi,nesqe th/j dwrea/j tou/ Qeou/ ».
41. «Kako,n evstin th/| tou/ Qeou/ dwrea/| avntile,gein ». 42. «o` ui`o.j tou/ avnqrw,pou th/|
genea/| tw/n VIoudai,wn th.n avlh,qeian tou/ Qeou/ khru,ssei». 43. «o` ko,smoj evn th/| sofi,a|
tou/ Qeou/ ouv ginw,skei dia. th/j sofi,aj to.n Qeo,n, h` ga.r sofi,a tou/ ko,smou mwri,a
para. tw/| Qew/| evstin». 44. «VIhsou/j dida,skei ta.j h`me,raj evn tw/| i`erw/| ». 45. «Dei/
evrga,zesqai ta. e;rga tou/ Qeou/, e[wj h`me,ra evsti,n». 46. «Ouvci. dw,deka w-rai, eivsin th/j
h`me,raj;». 47. «VEn th/| parabolh/| o` a;nqrwpoj th/| w[ra| tou/ dei,pnou avposte,llei to.n
dou/lon kai. le,gei toi/j keklhme,noij , e;rcesqe, to. ga.r dei/pnon e[toimo,n evstin». 48. «o`
ui`o.j th/j Mari,aj VIhsou/j le,getai, o[ti tou.j avnqrw,pouj avpo. tw/n a`martiw/n sw|,zei». 49.
«VIhsou/j khru,ssei to. euvagge,lion th/j basilei,aj ». 50. «Eiv le,gomen, o[ti a`marti,an ouvk
e;comen, h` avlh,qeia ouvk e;stin evn h`mi/n». 51. «VAdu,nato,n evstin trape,zhj Kuri,ou
mete,cein kai. trape,zhj daimoni,wn ».
52. «h` o`do.j h` eivj th.n zwh.n stenh, evstin ». 53. «h` i`era. grafh. th.n tou/ Qeou/
avlh,qeian dida,skei». 54. «VIhsou/j o` ui`o.j th/j a`gnh/j parqe,nou evsti,n». 55. «Pisteu,omen
toi/j lo,goij th/j i`era/j bi,blou ». 56. «VEn th/| avgaqh/| avmpe,lw| karpoi. kaloi, eivsin ». 57.
«Polloi. avntile,gousi th/| dikai,a| o`dw/| tou/ Kuri,ou ». 58. «o` Cristo.j qerapeu,ei th.n
kakh.n no,son». 59. «Th.n a`gi,an grafh.n polla,kij avnaginw,skeij». 60. «Pisteu,w, o[ti su.
ei= o` Cristo.j o` ui`o.j tou/ Qeou/ o` eivj to.n ko,smon evrco,menoj ». 61. «Do,xa kai. timh. kai.
eivrh,nh tw/| evrgazome,nw| to. avgaqo,n ». 62. «Maka,rioi oi` poreuo,menoi evn no,mw| Kuri,ou ,
ouv ga.r oi` evrgazo,menoi th.n a`marti,an evn tai/j o`doi/j tou/ Qeou/ poreu,ontai ». 63. «u`mei/j
evste h` evpistolh. Cristou/ ginwskome,nh kai. avnaginwskome,nh u`po. tw/n avnqrw,pwn ».
64. «Oi` evk th/j sunagwgh/j th/j lego,menhj Libertinw/n kai. Kurhnai,wn avntile,gousin
tw/| Stefa,nw|». 65. «Ta. evk tou/ avnqrw,pou evkporeuo,mena to.n a;nqrwpon miai,nei ». 66. «o`
Messi,aj e;rcetai o` lego,menoj Cristo,j ».
2. Declinar: «telei,a fili,a» (amizade perfeita); «h` yuch. h` dikai,a» (a alma justa); «h`
kalh. h`me,ra» (o dia bonito); «h[de h` avlh,qeia» (esta verdade).
3. Analisar morfologicamente as seguintes palavras: «basilei,a», «basilei,a|», «basilei,ai»,
«qu,raj», «qu,ran», «filiw/n», «crhsth,», «crhsth/|», «crhste,», «crhsta,», «crhstai,»,
«crhstai/j», «evleu,qeron», «evleu,qeroi», «evleuqe,roij», «evleuqe,rw|», «evleu,qerai»,
«evleuqe,raij», «evleuqe,ra|».
Lição 11
1. Comparação do adjetivo
1. A forma mais frequente, mas não a única, de se fazer comparativos e superlativos é a seguinte:
- o comparativo, com as terminações «- ,teroj», «-te,ra», «- ,teron»;
- o superlativo, com as terminações «- ,tatoj», «-ta,th», «- ,taton».
P.ex.: «dikaio,teroj» = mais justo; «dikaio,tatoj» = o mais justo, muito justo, justíssimo.
2. Os adjetivos de três terminações mantêm a vogal temática «o» quando a sílaba que o precede é
longa:
«di,kaioj» (justo): «dikaio,teroj», «dikaio,tatoj»;
«makro,j» (longo): «makro,teroj», «makro,tatoj»;
porém alonga essa vogal temática para «w» quando a penúltima sílaba é breve:
50
«sofo,j» (sábio): «sofw,teroj», «sofw,tatoj».
3. O acusativo neutro pode ter valor adverbial. O mesmo ocorre com o acusativo singular
neutro dos adjetivos comparativos. O advérbio do superlativo é o acusativo plural neutro:
«dikai,wj»: justamente; «dikaio,teron»: mais justamente; «dikaio,tata»: o mais justamente.
«sofw/j»: sabiamente; «sofw,teron»: mais sabiamente; «sofw,tata»: o mais sabiamente.
4. Quando se comparam duas coisas, o complemento do comparativo (isto é, a coisa comparada)
é declinado no genitivo, ou no mesmo caso do primeiro termo da comparação, precedido de «h;»:
«tou/ Kuri,ou sofw,teroj » = «sofw,teroj h' o` Ku,rioj»: mais sábio que o Senhor.
No NT, o comparativo também é formado com «ma/llon h;»: mais do que.
O complemento do superlativo é colocado no genitivo:
«sofw,tatoj tw/n `Ellh,nwn»: o mais sábio dos gregos.
No grego clássico, contudo, esta forma é válida somente para a terceira pessoa; as outras duas se
formam com o pronome pessoal seguido de «auvto,j»: «h`ma/j auvtou,j» etc.
3. Vocabulário
a;dikoj, on Injusto avrketo,j, h,, o,n suficiente, bastante
e;ndoxoj, on celebre, famoso evgei,rw acordar, fazer erguer,
ressuscitar, resurgir
ba,rbaroj, on Estrangeiro sou teu
e;rhmoj, on Deserto e[wj até que, enquanto
fro,nimoj, on prudente, sensato a;rti agora
di,kaioj, a, on Justo h` kardi,a, aj coração
proa,gw levar adiante, conduzir, o[te quando, como, logo,
preceder, vir antes então, uma vez que
evsqi,w Comer h` kw,mh, hj a aldeia
dia. ti, por quê crhsto,j, h,, o,n bom, benéfico, agradável
nhsteu,w Jejuar h` diaqh,kh, hj a aliança, o testamento,
adisposição
zhte,w procurar ne,oj, a, on novo
o` evrga,thj, ou o operário, o trabalhador avnagkai/oj, a, on necessário, urgente
o` stauro,j, ou/ a cruz h` fili,a, aj a amizade
qewre,w ver, observar, olhar, o` ivatro,j, ou/ o médico
contemplar
douleu,w servir, prestar culto, ou=n então, portanto
adorar
o[loj, h, on todo, inteiro, completo kai,w acender, arder
evnw,pion $c.gen.% diante de, na presença de dianoi,gw abrir, escancarar
h` sigh,, h/j o silêncio h` qusi,a, aj o sacrifício, a vítima, a oferta
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Le,gei o` VIhsou/j. avmh.n le,gw u`mi/n o[ti oi` telw/nai kai. oi`
a`martwloi. proa,gousin u`ma/j eivj th.n basilei,an tou/ Qeou/ ». 2. «Oi` farisai/oi e;legon
toi/j maqhtai/j tou/ VIhsou/\ dia. ti, meta. tw/n telwnw/n kai. a`martwlw/n evsqi,ei o`
53
dida,skaloj u`mw/n;». 3. «Le,gousin oi` maqhtai. VIwa,nnou tw/| VIhsou/\ dia. ti, h`mei/j kai. oi`
farisai/oi nhsteu,omen, oi` de. maqhtai, sou ouv nhsteu,ousin*». 4. «Oi` VIoudai/oi
zhth,sousin th.n fwnh.n tou/ profh,tou evn th/| evrh,mw|». 5. «Cristo.j evla,lei evn
parabolai/j toi/j neani,aij\ evzh,toun ga.r th.n avlh,qeian ». 6. «Oi` evrga,tai th/j avdiki,aj
ouvc eu`ri,skousin th.n o`do.n eivj to.n stauro.n ouvde. th.n qusi,an tou/ VIhsou/ qewrou/sin ».
7. «Douleu,ete tw/| Kuri,w| evn o[lh| kardi,a| u`mw/n ». 8. «Kai. o[te evggi,zousin eivj
VIhrouso,luma avposte,llei du,o tw/n maqhtw/n eivj kw,mhn ». 9. «VEgw. avposte,llw pro.j
u`ma/j profh,taj kai. sofou,j ». 10. «a;koue tou/ profh,tou, w= crhste. neani,a». 11. «Sigh.
neani,aij timh.n fe,rei». 12. «Ouv ginw,skeij to,nde to.n crhsto.n neani,an*». 13. «Ouvci. h`
kardi,a h`mw/n kaiome,nh h=n evn h`mi/n w`j evla,lei h`mi/n evn th/| o`dw/| , w`j dih,noigen h`mi/n
ta.j grafa,j*».
14. «Oi` avpo,stoloi evfi,loun th.n tou/ Qeou/ diaqh,khn ». 15. «h=sqa ponhra,». 16. «Tou/de
tou/ avnqrw,pou evgw. sofw,tero,j eivmi». 17. «Di,kaio,n evstin evnw,pion tou/ Qeou/ u`mw/n
avkou,ein ma/llon h' tou/ Qeou/*». 18. «Ai` ne,ai fili,ai avnagkai/ai, ai` de. palaiai.
avnagkaio,terai». 19. «VEn avrch/| h=n o` lo,goj, kai. o` lo,goj h=n pro.j Qeo.n, kai, Qeo.j h=n o`
lo,goj». 20. «h=men ga.r dou/loi th/j a`marti,aj ». 21. «h=j u`pokrith.j kai. h;meqa tufloi, ». 22.
«Daui.d e;lege despo,thj ei=nai ». 23. «VIatrw/| th.n avlh,qeian le,ge ». 24. «Kako.n fe,rousin
karpo.n oi` kakoi. fi,loi». 25. «Makra. evstin h` eivj [Aidon o`do,j». 26. «h=te ou=n dia,konoi
tou/ laou/».
27. «VExe,rcetai o` lo,goj eivj tou.j avdelfou,j, o[ti o` maqhth.j evkei/noj ouvk
avpoqnh,|skei». 28. «Lamba,nete to.n lo,gon tou/ maqhtou/ ». 29. «VArketo,n evsti tw/| maqhth/|
ei=nai w`j o` dida,skaloj». 30. «Dei/ to.n maqhth.n pisteu,ein tw/| didaska,lw| ». 31.
«Maqhta,, gi,nou w`j o` dida,skaloj ». 32. «Oi` maqhtai. e;rcontai pro.j to.n Ku,rion kai.
le,gousin\ Ti,j evstin h` parabolh,*». 33. «Plhqu,netai o` avriqmo.j tw/n maqhtw/n evn
VIerousalh,m». 34. «Maria.m h` Magdalhnh. kai. h` a;llh Mari,a toi/j maqhtai/j tou.j tou/
avgge,lou lo,gouj avpagge,llousin ». 35. «o` VIhsou/j tou.j maqhta.j eivj to.n ko,smon
avposte,llei». 36. «o` neani,aj tw/| Kuri,w| le,gei\ ti, dei/ evrga,zesqai* ». 37. «a;page to.n
neani,an pro.j to.n cili,arcon». 38. «Neani,a( evgei,rou». 39. «Pisteu,eij toi/j profh,taij ».
40. «u`mei/j evste oi` ui`oi. tw/n profhtw/n ». 41. «h=san de. evn VAntiocei,a| kata. th.n
evkklhsi,an profh/tai kai. dida,skaloi o[ te Barna,baj kai. Sumew.n kai. Lou,kioj o`
Kurhnai/oj Manah,n te `Hrw,|dou tou/ tetraa,rcou su,ntrofoj kai. Sau/loj ». 42.
«Kritai. h=san evn tw/| VIsrah.l e[wj Samouh.l profh,tou ». 43. «Nu/n avpolu,eij to.n dou/lon
sou( de,spota( evn eivrh,nh|». 44. «Dei/ tou.j dou,louj ivdi,oij despo,taij mh. avntile,gein(
avlla. u`pota,ssesqai». 45. «VApo. de. tw/n h`merw/n VIwa,nnou tou/ baptistou/ e[wj a;rti h`
basilei,a tw/n ouvranw/n bia,zetai». 46. «Oi` me.n to.n Cristo.n le,gousin VIwa,nnhn to.n
Baptisth,n( a;lloi de. VHli,an( e[teroi VIeremi,an ». 47. «o` VIwsh.f h=n evn Aivgu,ptw| e[wj
teleuth/j `Hrw,|dou». 48. «To,te paragi,netai o` VIhsou/j avpo. th/j Galilai,aj evpi. to.n
VIorda,nhn pro.j to.n VIwa,nnhn». 49. «Mh. gi,nesqe w`j oi` u`pokritai. skuqrwpoi, ». 50.
«u`pokrita,( e;kballe prw/ton evk tou/ ivdi,ou ovfqalmou/ th.n doko,n ». 51. «Gi,nesqe poihtai.
lo,gou\ ouv ga.r oi` avkroatai. no,mou di,kaioi para. tw/| Qew/|( avllV oi` poihtai. no,mou».
2. Declinar em todos os casos: «crhsto.j neani,aj »: um jovem bom; «h` a;mpeloj h`
avlhqinh.»: a vinha verdadeira; «o` avgaqo.j maqhth,j»: o bom discípulo.
3. Analisar morfologicamente as seguintes palavras: «krita,», «kritou/», «kritw/n»,
«ouvranou/», «profh,tai», «neani,aj», «h`me,raj», «maqhtai,», «maqhtai/j», «aivtei/», «aivtei/n»,
«h=j», «th/j», «h;mhn», «h=men», «evste,», «e;ste», «h=te», «evsti,», «moi», «r`i,zh|», «r`i,zaj»,
«ri,zan».
54
Lição 12
1. O aoristo fraco
Chama-se fraco o verbo cuja conjugação precisa da ajuda de um elemento externo, e forte o
verbo que não necessita de tal ajuda. Em grego, há dois tipos de aoristo, um forte e outro fraco. O
aoristo forte será estudado mais adiante. O aoristo fraco precisa da presença de um sufixo, também
chamado «característica temporal». Como esse sufixo é um «s», esse aoristo recebe também o
nome de «aoristo sigmático» (também é conhecido por «aoristo primeiro»). Esse sigma é
normalmente seguido da letra «a» e, por isso, o que caracteriza esse tema é a sílaba «sa». O
conjunto da raiz do verbo mais o sufixo «sa» constitui o «radical do aoristo fraco». assim, no verbo
«lu,w», o radical do tema do presente é «lu-», o do tema do futuro é «lus-», e o do tema do aoristo
é «lusa-».
Como fizemos nas lições anteriores, apresentamos paralelamente dois paradigmas, o do verbo
regular, em «-w» (lu,w) e o dos verbos em «e,w-» (poie,w). Ambas as conjugações são iguais; a
única peculiaridade dos verbos em «-e,w» é que habitualmente a vogal «e» se alonga para «h» antes
do sufixo temporal (já vimos que isso acontece também no futuro).
indicativo imperativo infinitivo
1. e;lusa evpoi,hsa
sg 2. e;lusaj evpoi,hsaj lu/son poi,hson
3. e;luse(n) evpoi,hse(n) lu/sai
1. evlu,samen evpoih,samen poih/sai
pl 2. evlu,sate evpoih,sate lu,sate poih,sate
3. e;lusan evpoi,hsan
4. Vocabulário
skandali,zw fazer tropeçar, fazer pecar avlei,fw ungir
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Eiv evme. evdi,wxan( kai. u`ma/j diw,xousin». 2. «Mh. skandali,zete tou.j
avdelfou.j oi] avsqenou/sin». 3. «Mwroi. h`mei/j( oi] evpisteu,samen toi/j lo,goij sou ». 4.
«h=lqen VIwa,nnhj pro.j u`ma/j evn o`dw/| dikaiosu,nhj kai. ouvk evpisteu,sate auvtw/|( oi` de.
telw/nai kai. ai` po,rnai evpi,steusan auvtw/|». 5. «Nu/n hvkou,sate th.n blasfhmi,an ». 6. «Eiv
te,kna tou/ VAbraa,m h=te( ta. e;rga tou/ VAbraa.m evpoiei/te ». 7. «Eiv qe,leij avgaqo.j ei=nai(
prw/ton pi,steuson o[ti kako.j ei=». 8. «Eiv me.n e;legej th.n avlh,qeian( evpisteu,samen a;n
soi». 9. «Ouvc oi` leproi. evpi,steusan tw/| lo,gw| tou/ VIhsou/*». 10. «Sw|,ze to.n lao.n sou
avpo. tou/ ponhrou/». 11. «VIatre,( qera,peuson seauto,n». 12. «Kai. evne,dusan auvto.n ta.
i`ma,tia auvtou/». 13. «Ti,j u`mi/n pisteu,ei* ». 14. «o` de. Sau/loj h;kouse fwnh.n h] e;legen
auvtw/|( Saou,l( Saou,l( ti, me diw,keij* ei=pen de.( ti,j ei=( Ku,rie* o` de.( evgw, eivmi VIhsou/j
o]n su. diw,keij». 15. «Lu,sate auvth.n tw/n desmw/n ». 16. «Ouvci. su. ei= o` Cristo.j* sw/son
seauto.n kai. h`ma/j».
17. «VEpi,steuon eivj to.n despo,thn tou/ ko,smou ». 18. «h`toi,mazon th.n o`do.n tou/
Kuri,ou». 19. «VEpi,steuej toi/j profh,taij ». 20. «h`toi,mazej h`mi/n to,pon ». 21. «o` Pe,troj
evpi,steuen eivj th.n evrcome,nhn basilei,an tou/ Qeou/ ». 22. «VIwa,nnhj h`toi,mazen tw/|
Kuri,w| th.n o`do,n». 23. «VEpisteu,omen tw/| euvaggeli,w| th/j basilei,aj ». 24. «h`toima,zomen
toi/j fi,loij dei/pnon». 25. «VEpisteu,ete tw/| avpi,stw| avnqrw,pw|». 26. «h`toima,zete mu,ra
tw/| nekrw/|». 27. «Oi` VAqhnai/oi ouvk evpi,steuon tw/| Pau,lw| ». 28. «Du,o avpo,stoloi
h`toi,mazon tw/| Kuri,w| kai. toi/j maqhtai/j to. pa,sca».
29. «o` lao.j evmega,lunen tou.j avposto,louj dia. ta. gino,mena shmei/a». 30. «Oi` evcqroi.
tou/ Kuri,ou e;legon( o[ti Beezebou.l e;cei ». 31. «o` VIhsou/j evgi,nwsken( ti, h=n evn tw/|
avnqrw,pw|». 32. «Ouvk evginw,skete th.n avlh,qeian tou/ Qeou/ ». 33. «o` VIhsou/j evdi,daske tou.j
maqhta.j kai. to.n lao.n evn parabolai/j polla,». 34. «o` Sau/loj evn tai/j sunagwgai/j
evkh,russen( o[ti o` VIhsou/j evstin o` ui`o.j tou/ Qeou/ ». 35. «Ti, ouvc w[deuej th.n o`do.n th/j
zwh/j*». 36. «Oi` cristianoi. u`gi,ainon th/| avga,ph| kai. th/| u`pomonh/|». 37. «Ta. pro,bata ouvk
h;kouen th/j fwnh/j tou/ misqwtou/ ». 38. «o` Farisai/oj ouvk ei=ce misqo.n para. tw/| Qew/| ».
39. «Si,mwn o` Kurhnai/oj evrco,menoj avpV avgrou/ h=|ren to.n stauro.n tou/ Kuri,ou ». 40. «o`
61
Samari,thj to.n a;nqrwpon w;|ktiren ». 41. «VEn th/| VEfe,sw| tou/ Kuri,ou o` lo,goj hu;xanen
kai. i;scuen». 42. «~Hrw,|dhj ouvk h;qelen avpoktei,nein VIwa,nnhn to.n baptisth,n( o[ti o`
lao.j auvto.n w`j profh,thn ei=cen ». 43. «Prosei/con de. oi` o;cloi toi/j legome,noij u`po.
tou/ Fili,ppou». 44. «Pe,troj de. kai. VIwa,nnhj avne,bainon eivj to. i`ero.n evpi. th.n w[ran
th/j proseuch/j th.n evna,thn». 45. «Oi` VIoudai/oi avnte,legon toi/j u`po. tou/ Pau,lou
legome,noij». 46. «Oi` dw,deka daimo,nia polla. evxe,ballon kai. h;leifon evlai,w| pollou.j
avrrw,stouj kai. evqera,peuon ». 47. «o` Pau/loj gra,fei\ VHkou,sate th.n evmh.n avnastrofh,n
pote evn tw/| VIoudai?smw/|( o[ti evdi,wkon th.n evkklhsi,an tou/ Qeou/ kai. proe,kopton evn tw/|
VIoudai?smw/| u`pe.r pollou,j». 48. «Kai. perih/gen o` VIhsou/j o[lhn th.n Galilai,an kai.
evdi,dasken evn tai/j sunagwgai/j kai. evkh,russe to. euvagge,lion th/j basilei,aj ».
Lição 13
presente aoristo
lue,tw poiei,tw e;stw $h;tw% lusa,tw poihsa,tw não tem
lue,twsan poiei,twsan e;stwsan $h;twsan% lusa,twsan poihsa,twsan não tem
Exercícios
1. Traduzir: 1. «u`mei/j( farisai/oi( poiei/te to.n prosh,luton ui`o.n gee,nhj diplo,teron
u`mw/n». 2. «Oi` maqhtai. prosece,twsan toi/j didaska,loij ». 3. «To,te dih,noixen auvtw/n
to.n nou/n $a mente% tou/ sunie,nai $para compreender% ta.j grafa,j». 4. «a;ra ou=n auvto.j
evgw. douleu,w no,mw| Qeou/ kai. ouv no,mw| a`marti,aj». 5. «avkolouqe,twsan oi` o;cloi tw/|
VIhsou/». 6. «Ti,j ginw,skei nou/n Kuri,ou; h`mei/j de. nou/n Cristou/ e;comen ». 7. «o` de.
nou/j mou a;karpo,j evstin». 8. «a;koue dh. nu/n kai. pro,sece to.n nou/n evmoi,». 9. «Kai. oi`
loipoi. tw/n avnqrw,pwn proskunh,sousin ta. daimo,nia kai. ta. ei;dwla ta. crusa/ kai. ta.
avrgura/ kai. ta. calka.( a] ou;te ble,pei ou;te avkou,ei». 10. «e;stw o` ovfqalmo,j sou
a`plou/j».
11. «Pro.j tou.j avdelfou.j eivj Damasko.n evporeuo,mhn ». 12. «VEdiwko,mhn u`po. tw/n
evcqrw/n tou/ Cristou/». 13. «Proshu,cou tw/| Qew/|». 14. «u`po. tou/ Kuri,ou evpaideu,ou ». 15.
«VExh,rceto de. kai. daimo,nia avpo. pollw/n ». 16. «VIhsou/j h;geto evn th/| evrh,mw| ». 17.
«Huvco,meqa u`pe.r tw/n avdelfw/n ». 18. «VEdiwko,meqa e[neken dikaiosu,nhj ». 19. «Dw/ra
prosfe,rein evbou,lesqe». 20. «Pro.j ta. ei;dwla h;gesqe». 21. «VEporeu,onto evn tai/j
evntolai/j tou/ Kuri,ou». 22. «Polloi. tw/n Korinqi,wn evbapti,zonto».
23. «VExerco,menoi de. oi` maqhtai. dih,rconto kata. ta.j kw,maj euvaggelizo,menoi
pantacou/». 24. «Tou/ Pau,lou euvaggelizome,nou th.n basilei,an tou/ Qeou/ oi` me.n
evpei,qonto( oi` de. ouvk evpi,steuon ». 25. «o` de. lo,goj tou/ Qeou/ hu;xanen kai. evplhqu,neto ».
26. «Pe,troj kai. VIwa,nnhj polla.j kw,maj tw/n Samaritw/n euvhggeli,zonto ». 27. «Oi` me.n
ou=n avpo,stoloi evporeu,onto evn cara/| avpo. prosw,pou tou/ sunedri,ou e;n te tw/| i`erw/| kai.
katV oi=kon ouvk evpau,onto euvaggelizo,menoi to.n Cristo,n ». 28. «o` VIhsou/j dieste,lleto
toi/j maqhtai/j\ ble,pete avpo. th/j zu,mhj tw/n Farisai,wn kai. th/j zu,mhj ~Hrw,|douÅ Kai.
dielogi,zonto pro.j avllh,louj( o[ti a;rtouj ouvk e;cousin ». 29. «Polla. me.n ou=n kai. e[tera
euvhggeli,zeto to.n lao.n o` VIwa,nnhj».
30. «Auvto.j o` Qeo.j sw,|zei tou.j avnqrw,pouj ». 31. «o` auvto.j Qeo.j poihth.j tw/n
avnqrw,pwn evsti,n». 32. «o` VIhsou/j e;legen evn tw/| i`erw/|\ pw/j le,gousin( o[ti o` Cristo.j
ui`o.j Daui,d evstin* auvto.j ga.r Daui.d le,gei auvto.n Ku,rion( kai. po,qen auvtou/ evstin
ui`o.j*». 33. «Huvco,mhn ga.r avna,qema ei=nai auvto.j evgw. avpo. tou/ Cristou/ u`pe.r tw/n
avdelfw/n mou». 34. «Kai. ivdou. du,o evk tw/n maqhtw/n evn auvth/| th/| h`me,ra| h=san
poreuo,menoi avpo. VIerousalh.m eivj VEmmaou/j( kai. auvto.j VIhsou/j suneporeu,eto auvtoi/j».
35. «Oi` Nazarhnoi. h;qelon to.n Ku,rion avpoktei,nein\ auvto.j de. dierco,menoj dia. me,sou
auvtw/n evporeu,eto». 36. «Kai. e;menen evn Bhqani,a| auvto.j kai. oi` maqhtai. auvtou/ ». 37.
«Kai. h=n to. ploi/on evn me,sw| th/j qala,sshj( kai. auvto.j mo,noj evpi. th/j gh/j». 38. «Su,( w=
Ku,rie( avei. o` auvto.j ei=». 39. «o` Pau/loj keleu,ei tou.j Cristianou.j to. auvto. le,gein ».
66
40. «Maka,rioi oi` diwko,menoi e[neken dikaiosu,nhj( o[ti auvtw/n evstin h` basilei,a
tw/n ouvranw/n». 41. «To,te e;rcetai o` VIhsou/j pro.j maqhta.j kai. le,gei auvtoi/j \
kaqeu,dete kai. avnapau,esqe». 42. «h=n ga.r auvtw/n ponhra. ta. e;rga». 43. «VEn Kori,nqw|
h=san VAku,laj kai. Pri,skilla evrco,menoi avpo. th/j ~Rw,mhj\ Pau/loj ou=n dia. to.
o`mo,tecnon ei=nai e;menen parV auvtoi/j kai. hvrga,zeto\ h=san ga.r skhnopoioi. th/| te,cnh|\
diele,geto de. evn th/| sunagwgh/|( e;peiqe,n te VIoudai,ouj kai. a;llouj ». 44. «VEn de. tai/j
h`me,raij evkei,naij paragi,netai VIwa,nnhj o` baptisth.j evn th/| evrh,mw| th/j VIoudai,aj
euvaggelizo,menoj( o[ti h[kei h` basilei,a tw/n ouvranw/n \ to,te evxeporeu,eto pro.j auvto.n
~Ieroso,luma kai. h` VIoudai,a kai. h` peri,cwroj tou/ VIorda,nou kai. evbapti,zonto evn tw/|
VIorda,nh| potamw/| u`pV auvtou/».
2. Declinar: «o` kalo.j plou/j»
3. Formar os quatro imperativos presente e aoristo de «lale,w» e «avkou,w».
Lição 14
1. O perfeito
a) Forma:
O tema do perfeito se caracteriza pelo "redobro": em um verbo iniciado por consoante (os
demais casos serão tratados posteriormente), acrescenta-se como prefixo ao verbo uma sílaba
formada por tal consoante (que assim aparece duplicada) acompanhada da vogal «e». Assim, o
verbo «lu,w», no perfeito, se transformará em «le,luka».
Além do redobro, o perfeito pode ter uma conjugação "fraca" e uma "forte", caso necessite ou
não de um sufixo ou "característica temporal" para sua formação.
O perfeito fraco (também denominado "perfeito em «k»") é comum nos verbos cuja raiz termina
em vogal: acrescenta-se como sufixo um «k», colocado entre a raiz e as desinências. O conjunto
formado por raiz, redobro e característica temporal constitui o "radical" do perfeito: trata-se da parte
que se mantém invariável em toda a conjugação deste tema. Por conseguinte, o radical do perfeito
do verbo «lu,w» é «leluk-».
O perfeito forte é o habitual dos verbos cuja raiz termina em consoante. Nesses verbos, o
"radical" do perfeito consiste no conjunto formado pela raiz e pelo redobro. Portanto, o radical do
perfeito do verbo «gra,fw» é «ge,graf-».
As desinências do tema do perfeito são colocadas imediatamente após o radical e são as mesmas
do aoristo. Já a desinência do infinitivo é nova. Tomemos como modelos desta conjugação os
verbos «lu,w» (para o perfeito fraco), «gra,fw» (para o perfeito forte) e «poie,w» (para os verbos
contratos em «-e,w»). Recorde-se que, nos contratos em «-e,w», o «e» normalmente se alonga para
«h» antes da característica temporal.
2. Vocabulário
evmo,j( h,( o,n meu, minha w-de aqui
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Ou;te se hvdi,khsen ou;te tou.j fi,louj sou ». 2. «Le,gei auvtoi/j o`
VIhsou/j\ Ginw,skete ti, pepoi,hka u`mi/n». 3. «Ti,j evx u`mw/n evle,gcei me peri. a`marti,aj* eiv
avlh,qeian le,gw( dia. ti, u`mei/j ouv pisteu,ete, moi* ». 4. «Pe,feuga evk qala,sshj». 5.
«Ouvke,ti dia. th.n sh.n lalia.n pisteu,omen\ auvtoi. ga.r avkhko,amen kai. oi;damen o[ti
ou-to,j evstin avlhqw/j o` swth.r tou/ ko,smou ». 6. «e;legon ou=n auvtw/| oi` Farisai/oi\ Pw/j
ou=n teqera,peuke, se* ». 7. «Le,gei auvtw/|( Nai,( Ku,rie( evgw. pepi,steuka o[ti su. ei= o`
Cristo.j o` ui`o.j tou/ Qeou/». 8. «e;graya u`mi/n( neani,skoi( o[ti ivscuroi, evste kai. o`
lo,goj tou/ qeou/ evn u`mi/n me,nei kai. nenikh,kate to.n ponhro,n ». 9. «Le,gei o` Pila/toj\ o]
ge,grafa( ge,grafa». 10. «Auvto.j ga.r o` path.r filei/ u`ma/j( o[ti u`mei/j evme. pefilh,kate
kai. pepisteu,kate o[ti evgw. para. tou/ Qeou/ evxh/lqon». 11. «dou/loi avcrei/oi, evsmen( o]
wvfei,lomen poih/sai pepoih,kamen ». 12. «Th.n avlh,qeian u`mi/n lela,lhka h]n h;kousa para.
tou/ Qeou/\ tou/to VAbraa.m ouvk evpoi,hsen». 13. «Le,gei auvtw/| o` VIhsou/j\ o[ti e`w,raka,j me
pepi,steukaj». 14. «}O h=n avpV avrch/j( o] avkhko,amen( o] e`wra,kamen toi/j ovfqalmoi/j
h`mw/n( avpagge,llomen kai. u`mi/n ».
15. «VEgw, eivmi h` a;mpeloj h` avlhqinh,». 16. «Su. ei= Si,mwn o` ui`o.j VIwa,nnou ». 17.
«h`mei/j evk tou/ Qeou/ evsmen ». 18. «Tw/| ui`w/| Qeou/ u`mei/j ouv pisteu,ete ». 19. «Louka/j evstin
mo,noj metV evmou/». 20. «Megalu,nei h` yuch, mou to.n Ku,rion ». 21. «Eiv evmoi. ouv
pisteu,ete( toi/j e;rgoij pisteu,ete». 22. «Le,ge moi\ su. r`wmai/oj ei=*». 23. «Pisteu,ete eivj
to.n Qeo,n( kai. eivj evme. pisteu,ete». 24. «Ti, me le,geij avgaqo.n* ». 25. «VEgw, eivmi Ku,rioj
o` Qeo,j sou». 26. «Ti, evmoi. kai. soi,». 27. «Kavgw. de, soi le,gw( o[ti su. ei= Pe,troj». 28.
«Ouv su. r`i,zan basta,zeij( avlla. h` r`i,za se, ». 29. «VAspa,zontai se oi` metV evmou/».
30. «Proseu,cesqe peri. h`mw/n ». 31. «Kalo,n evstin h`ma/j w-de ei=nai». 32. «VEgw, eivmi
VIwsh.f o` avdelfo.j u`mw/n». 33. «VEgw. th.n avlh,qeian le,gw u`mi/n ». 34. «o` deco,menoj u`ma/j
evme. de,cetai». 35. «u`mei/j ouv pisteu,ete( o[ti ouvk evste. evk tw/n proba,twn tw/n evmw/n \ ta.
pro,bata ta. evma. th/j fwnh/j mou avkou,ousin( kavgw. ginw,skw auvta, ». 36. «o` lo,goj o` so.j
avlh,qeia, evstin». 37. «VIhsou/j Cristo,j i`lasmo,j evstin peri. tw/n a`martiw/n h`mw/n( ouv
70
peri. tw/n h`mete,rwn de. mo,non( avlla. kai. peri. o[lou tou/ ko,smou ». 38. «o` kairo.j o` evmo.j
ou;pw pa,restin( o` de. kairo.j o` u`me,teroj pa,ntote, evstin e[toimoj ». 39. «VAspa,zontai
u`ma/j ai` evkklhsi,ai th/j VAsi,aj( avspa,zetai u`ma/j evn Kuri,w| VAku,laj kai. Pri,ska su.n
th/| katV oi=kon auvtw/n evkklhsi,a|». 40. «VIdou. evgw. avposte,llw to.n a;ggelo,n mou pro.
prosw,pou sou». 41. «Dia. ti, oi` maqhtai. VIwa,nnou kai. oi` maqhtai. tw/n Farisai,wn
nhsteu,ousin( oi` de. soi. maqhtai. ouv nhsteu,ousinÈ ». 42. «VAmh,n soi le,gw( sh,meron metV
evmou/ e;sh| evn tw/| paradei,sw|». 43. «Maka,rioi oi` ptwcoi,( o[ti u`mete,ra evsti.n h` basilei,a
tou/ qeou/». 44. «To. so.n e;rgon evrga,zou». 45. «ku,rie( meta. sou/ e[toimo,j eivmi kai. eivj
fulakh.n kai. eivj qa,naton poreu,esqai». 46. «Ouv to. e;rgon mou u`mei/j evste evn kuri,w|È eiv
a;lloij ouvk eivmi. avpo,stoloj( avlla, ge u`mi/n eivmi ».
2. Conjugar todas as formas do perfeito no indicativo e no infinitivo de «file,w» e
«qerapeu,w».
3. Analisar morfologicamente as seguintes palavras: «avkhko,asi», «avkoai,», «pefilhke,nai»,
«pefi,lhkaj», «e;graye», «ge,grafe».
Lição 15
3. Negação do infinitivo
A negação do infinitivo segue a regra geral:
1. Utiliza-se a partícula «ouv» quando se fala de um fato real, por exemplo, quando o verbo
principal é um verbo de juízo:
«ouv pepoihke,nai tou/to le,gei»: diz que não fez isso.
2. Utiliza-se a partícula «mh,» quando o verbo principal é um verbo de vontade, desejo ou
qualquer outra decisão pessoal (é o mais frequente):
«evlpi,zw mh. h[xein auvto,n »: espero que ele não venha.
4. O «n» eufônico
Às vezes, no final de uma palavra, aparece um «-n» que não pertence a seu radical nem a
nenhuma desinência. Sua finalidade é meramente eufônica e é usado somente em duas ocasiões:
1. Após a desinência «-si$n%» de:
a) Nomes: dativo plural da terceira declinação;
74
b) Verbos: terceira singular, p.ex.: «fhsi$n%» e também «evsti$n%»;
terceira plural, p.ex.: «lu,ousi$n%», «lu,wsi$n%», «fasi,$n%», «eivsi,$n%».
c) O numeral «ei;kosi$n%»: vinte.
2. Após a terminação «-e» dos verbos, nas seguintes formas:
Imperfeito: «e;lue$n%»; Ind. Aoristo: «e;luse$n%»; Ind. Perfeito: «le,luke$n%».
5. Vocabulário
foneu,w matar avnupo,kritoj( on sem fingimento
pisteu,w acreditar, confiar peri,lupoj( on muito/altamente triste
eivsakou,w obedecer, escutar, atender pe,nte cinco
latreu,w servir o[pou onde (relativo)
sumbasileu,w reinar junto evkei/ lá, cá, para lá
evleu,somai futuro de e[rcomai: ir, o[te quando, depois de
vir
evxeleu,somai futuro de e1xevrcomai: po,te* quando?
sair
pareleu,somai futuro de parevrcomai: plh,n $c. gen.% fora de, com exepção de
passar (ao lado),
ultrapassar, transgredir
u`pome,nw perseverar kata, $c. gen.% de cima para baixo, para
dentro de, contra (no
jurar: por)
evxagoreu,w declarar, professar, dei/ é um dever, deve-se
confessar
carh,somai futuro de caivrw: crh, é uma obrigação, é
alegrar-se necessário, há de
e;somai futuro de ei1miv: ser, nomi,zw pensar
estar
h` cw,ra( aj a terra, a região avnti. tou/ em vez de
h` kardi,a( aj o coração dia. tou/ enquanto
h` evmpaigmonh,( h/j a zombaria dia. to, por causa de
o` evmpai,kthj( ou o zombador eivj to, para que, de modo que
h` evpiqumi,a( aj o desejo, a ânsia evk tou/ em função de
h` qusi,a( aj o sacrifício evn tw/| enquanto
h` phgh,( h/j a fonte e[neken tou/ por causa de
h` nefe,lh( hj a nuvem meta. to, depois de
a;pistoj( on incrédulo, infiel pro. tou/ antes de
75
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Le,gein crh. th.n avlh,qeian ». 2. «Th.n avlh,qeian se crh. le,gein». 3.
«Kalo,n evstin h`ma/j pra,ssein th.n dikaiosu,nhn ». 4. «h[xein evlpi,zw ». 5. «h[xein auvto.n
evlpi,zw». 6. «o` VIhsou/j me,llei aivtei/n auvtou.j pe,mpein i`kano.n a;rton ». 7. «Nu/n kairo.j
tou/ le,gein». 8. «Oi` de. o;cloi e;cairon evn tw/| avkou,ein kai. ble,pein ta. shmei/a a]
e;poiei». 9. «Ouvk h=lqon katalu/sai to.n no,mon h' tou.j profh,taj». 10. «o` ga.r Qeo.j
pe,mpei to.n ui`o.n auvtou/ sw,|zein to.n ko,smon ». 11. «Pareka,loun de. to.n Pe,tron
dida,skein ta.j evntola,j». 12. «Ouvk h=lqon kale,sai dikai,ouj avlla. a`martwlou,j ». 13. «VEn
de. tw/| u`postre,fein to.n VIhsou/n e;bleyen auvto.n o` o;cloj». 14. «To. de. peripatei/n evn
tai/j o`doi/j auvtou/ avgaqo,n evstin toi/j ui`oi/j tw/n avnqrw,pwn ». 15. «e;grafon eivj to. u`ma/j
evpiginw,skein th.n avgaph.n mou ».
16. «VEgw, avnapau,sw u`ma/j ». 17. «Ouv foneu,seij». 18. «To. avlhqino.n ti,j u`mi/n
pisteu,sei*». 19. «Pisteu,somen evpV auvto,n». 20. «Pw/j ta. evpoura,nia pisteu,sete* ». 21. «Ta.
pro,bata th/j fwnh/j mou avkou,sousin ». 22. «VEn eivrh,nh| avnapau,somai». 23. «VExeleu,sh|
evk th/j cw,raj sou». 24. «Auvtoi. kai. avkou,sousin». 25. «Ouvk e;sontai soi qeoi. e[teroi
plh.n evmou/». 26. «Ouvk e;sesqe w`j oi` u`pokritai,». 27. «o[pou ga,r evstin o` qhsauro,j sou(
evkei/ e;stai kai. h` kardi,a sou ». 28. «avmh.n avmh.n le,gw u`mi/n o[ti e;rcetai w[ra kai. nu/n
evstin o[te oi` nekroi. avkou,sousin th/j fwnh/j tou/ ui`ou/ tou/ Qeou/». 29. «Eiv u`pome,nomen(
kai. sumbasileu,somen».
30. «VExagoreu,sw katV evmou/ th.n a`marti,an mou tw/| Kuri,w| ». 31. «o` ouvrano.j kai. h`
gh/ pareleu,sontai». 32. «Kuri,w| latreu,somen kai. th/j fwnh/j auvtou/ avkouso, meqa». 33.
«Kai. u`mei/j ou=n nu/n me.n lu,phn e;cete\ pa,lin de. o;yomai u`ma/j( kai. carh,setai u`mw/n h`
kardi,a( kai. th.n cara.n u`mw/n ouvdei.j ai;rei avfV u`mw/n ». 34. «Polloi. de. e;sontai prw/toi
e;scatoi kai. e;scatoi prw/toi». 35. «w= genea. a;pistoj( e[wj po,te pro.j u`ma/j e;somaiÈ
fe,rete auvto.n pro,j me». 36. «h` avga,ph avnupo,kritoj e;stw ». 37. «o` avpo,stoloj to. dw/ron
tw/n Filipphsi,wn qusi,an euva,reston tw/| Qew/| le,gei ». 38. «Oi` Cristianoi.
prosfe,rousi pneumatika.j qusi,aj euvprosde,ktouj Qew/|». 39. «Oi` ponhroi. Cristianoi.
evn tai/j a`gi,aij grafai/j phgai/j avnu,droij kai. nefe,laij avnu,droij paraba,llontai ». 40.
76
«Pe,nte evk tw/n parqe,nwn h=san mwrai. kai. pe,nte fro,nimoi ». 41. «VApeleu,sontai oi`
di,kaioi eivj zwh.n aivw,nion». 42. «To,te le,gei auvtoi/j\ peri,lupo,j evstin h` yuch, mou e[wj
qana,tou».
Lição 16
Já vimos nas declinações anteriores, que o nominativo pode ter como desinência um «j» ou
nada. O mesmo ocorre na terceira declinação.
O acusativo tem, como nas declinações anteriores, a desinência «n»; mas essa consoante se
transforma em uma vogal «a» quando se encontra antes de outra consoante (como acontece no
acusativo singular) ou depois dela (como acontece no acusativo plural: «ns»). Este «n» (que tem a
peculiaridade de poder ser vocalizado com um «a») recebe o nome de «n» soante.
O nominativo singular desses nomes tem sempre a desinência em «-j». Recorde-se que a
combinação de uma gutural (g, k, c) com um «s» se escreve «x», e que a combinação de uma labial
(b, p, f) com um «s» se escreve «y». Essa combinação vale também para o dativo plural.
Exceções:
N sg G sg D pl
«gunh,» (V. gu,nai) «gunaiko,j» «gunaixi,$n%» mulher
«nu,x» «nukto,j» «nuxi,$n%» noite
«qri,x» «trico,j» «qrixi,$n%» cabelo
5. Vocabulário
cai,rw alegrar-se, ser feliz, estar lamba,nw pro,swpon fazer acepção de pessoa,
contente julgar com interesse
doke,w opinar, estimar, crer, kakw/j e;cw comportar-se mal, estar
pensar, decidir, parecer doente
tuflo,j( h,( o,n cego e;xestin é permitido, é possível
79
to. ivcqu,dion( ou peixinho, peixe pequeno ovrqo,j( h,( o,n direito, reto, certo
Exercícios
1. Traduzir: 1. «o` de. VIhsou/j evqera,peue tou.j ptwcou.j( w[ste to.n lao.n cai,rein ». 2.
«Ou-toi oi` presbu,teroi dokou/sin tufloi, ». 3. «To. sa,bbaton dia. to.n a;nqrwpon
evge,neto kai. ouvc o` a;nqrwpoj dia. to. sa,bbaton( w[ste ku,rioj evstin o` ui`o.j tou/
avnqrw,pou kai. tou/ sabba,tou ». 4. «VEgw. katalu,sw to.n nao.n tou/ton ». 5. «Ou-to,j evstin
VIhsou/j o` basileu.j tw/n VIoudai,wn». 6. «u`mei/j evk tou,tou tou/ ko,smou evste,( evgw. ouvk
eivmi. evk tou/ ko,smou tou,tou ». 7. «Po,qen tou,tw| h` sofi,a au[th*». 8. «o` a;nemoj h=n
ivscuro.j w[ste ba,llein to. ploi/on evpi. ta.j pe,traj ». 9. «Mh. kwlu,ete ta. paidi,a
e;rcesqai pro.j me( tw/n ga.r toiou,twn evsti.n h` basilei,a tou/ Qeou/ ». 10. «Au[th
80
hvkolou,qei tw/| neani,a|». 11. «Kai. le,gousin auvtw/| oi` maqhtai,\ po,qen h`mi/n evn evrhmi,a|
a;rtoi tosou/toi w[ste corta,sai o;clon tosou/ton* kai. le,gei auvtoi/j o` VIhsou/j \ po,souj
a;rtouj e;cete* oi` de. e;legon e`pta,( kai. ovli,ga ivcqudi,a\ avlla. tau/ta ti, evstin eivj
tosou,touj*». 12. «h` ga.r a`marti,a evxhpa,thse,n me (me enganou) kai. dia. th/j evntolh/j
avpe,kteinen* w[ste o` me.n no,moj a[gioj kai. h` evntolh. a`gi,a kai. dikai,a kai. avgaqh, ». 13.
«Mh. klai/e( ivdou. evni,khsen o` le,wn o` evk th/j fulh/j VIou,da( avnoi/xai to. bibli,on ».
14. «h;kousa ovpi,sw mou fwnh.n mega,lhn w`j sa,lpiggoj». 15. «Ei=con tri,caj w`j
tri,caj gunaikw/n». 16. «u`mei/j kata. th.n sa,rka kri,nete». 17. «avposte,llei tou.j
avgge,louj auvtou/ meta. sa,lpiggoj mega,lhj». 18. «Oi` Farisai/oi tw/| VIhsou/ le,gousin( eiv
e;xestin avnqrw,pw| avpolu/sai th.n gunai/ka auvtou/*». 19. «e;grafe u`mi/n peri. tou/ ui`ou/ tou/
Daui.d kata. sa,rka». 20. «VEgw. de. le,gw u`mi/n mh. ovmo,sai o[lwj\ mh,te evn tw/| ouvranw/|(
o[ti qro,noj evsti.n tou/ qeou/\ mh,te evn th/| gh/|( o[ti u`popo,dio,n evstin tw/n podw/n auvtou/(
mh,te eivj ~Ieroso,luma( o[ti po,lij evsti.n tou/ mega,lou basile,wj( mh,te evn th/| kefalh/|
sou( o[ti ouv du,nasai mi,an tri,ca leukh.n poih/sai h' me,lainan». 21. «VAnqrw,pinon
le,gw dia. th.n avsqe,neian th/j sarko.j u`mw/n ». 22. «Nw/e dikaiosu,nhj kh/rux h=n». 23.
«Fanera. de, evstin ta. e;rga th/j sarko,j ».
24. «Tai/j evntolai/j sou evpi,steusa». 25. «e;sh| kwfo,j( o[ti ouvk evpi,steusaj toi/j
lo,goij mou». 26. «Ku,rie( ti,j evpi,steusen th|/ avkoh/| h`mw/n* ». 27. «Eivj Cristo.n
evpisteu,samen». 28. «Dia. ti, ou=n ouvk evpisteu,sate tw/| VIwa,nnh|*». 29. «Oi` maqhtai.
evpi,steusan th/| grafh/| kai. tw/| lo,gw| tou/ Cristou/ ». 30. «Pi,steuson evpi. to.n Ku,rion ».
31. «Douleu,sate tw/| Kuri,w| evn fo,bw| ». 32. «o` boulo,menoj zwh.n makari,an e;cein
pausa,tw th.n glw/ssan avpo. kakou/ ». 33. «Oi` a;nqrwpoi douleusa,ntwn $douleusa,twsan%
tw/| Qew/|». 34. «VExousi,an e;cw avpolu/sai, se». 35. «Ou[twj khru,ssomen kai, ou[twj
evpisteu,sate». 36. «Ouvk evpi,steusan ou=n oi` VIoudai/oi peri. auvtou/ o[ti h=n tuflo.j kai.
avne,bleyen». 37. «Oi` profh/tai kai. o` no,moj e[wj VIwa,nnou evprofh,teusan ». 38. «Eiv evme.
evdi,wxan( kai. u`ma/j diw,xousin». 39. «Nu/n evggu,teron h`mw/n h` swthri,a h' o[te
evpisteu,samen».
40. «VEdi,wxa th.n evkklhsi,an tou/ Qeou/ ». 41. «Pisteu/sai ga.r dei/ to.n proserco,menon
tw/| qew/| o[ti e;stin». 42. «h`mei/j hvkou,samen evk tou/ no,mou o[ti o` cristo.j me,nei ». 43. «Dia.
Silouanou/ u`mi/n tou/ pistou/ avdelfou/( w`j logi,zomai( diV ovli,gwn e;graya ». 44. «VElai,w|
th.n kefalh,n mou ouvk h;leiyaj». 45. «e;xestin tw/| sabba,tw| qerapeu/sai h' ou;*». 46.
«Paidi,a( evsca,th w[ra evsti,n( kai. kaqw/j hvkou,sate( o[ti o` avnti,cristoj e;rcetai( kai.
nu/n avnti,cristoi polloi. gego,nasin\ o[qen ginw,skomen( o[ti evsca,th w[ra evsti,n ». 47.
«Oi` maqhtai. ouvk i;scusan evkba,llein to. daimo,nion ». 48. «Kai. evfu,teusen Ku,rioj o`
Qeo.j para,deison evn VEde.m kata. avnatola,j ».
49. «o` Qeo.j dikai,wj kri,nei». 50. «Dida,skale( ovrqw/j le,geij kai. dida,skeij kai. ouv
lamba,neij pro,swpon( avllV evpV avlhqei,aj th.n o`do.n tou/ Qeou/ dida,skeij ». 51. «Oi` me.n evx
avga,phj( oi` de. evx evriqei,aj to.n Cristo.n katagge,llousin( ouvc a`gnw/j ». 52. «VAxi,wj tou/
euvaggeli,ou tou/ Cristou/ politeu,esqe». 53. «o` ui`o,j mou selhnia,zetai kai. kakw/j
e;cei». 54. «Ouv kalw/j le,gomen h`mei/j o[ti Samari,thj ei= su. kai. daimo,nion e;ceijÈ ». 55.
«Kalw/j evprofh,teusen VHsai<aj peri. u`mw/n tw/n u`pokritw/n ». 56. «Ti. pra,ssousin oi`
baptizo,menoi u`pe.r tw/n nekrw/n* eiv o[lwj nekroi. ouvk evgei,rontai( ti, kai. bapti,zontai
u`pe.r auvtw/n*».
2. Declinar em todos os seus casos:
«ou-toj o` ko,smoj»; «au[th h` sofi,a»; «tou/to to. sa,bbaton »; «toiau,th fu,lax »; «h` kalh.
gunh,».
81
3. Analisar morfologicamente as seguintes palavras: «auvtai,», «au[tai», «auvth,», «au[th»,
«auvth/|», «e`auth/|», «toiou/ton», «toiou,twn», «tosau,thn», «tou,toij», «gu,nai», «sarki,»,
«sarxi,», «gunaixi,», «trixw/n», «tri,caj», «a;raba», «a;rayi», «kh,ruki», «qri,x».
Lição 17
presente aoristo
1. lu,w poiw/ lu,sw poih,sw
sg. 2. lu,h|j poih/|j lu,sh|j poih,sh|j
3. lu,h| poih/| lu,sh| poih,sh|
1. lu,wmen poiw/men lu,swmen poih,swmen
pl. 2. lu,hte poih/te lu,shte poih,shte
3. lu,wsi$n% poiw/si$n% lu,swsi$n% poih,swsi$n%
2. O subjuntivo de «eivmi,»
O verbo «eivmi,» só tem o subjuntivo presente, uma vez que não tem os temas do aoristo e do
perfeito, e porque o futuro não tem subjuntivo. Suas formas são as mesmas que as desinências dos
verbos contraídos em «-e,w».
singular plural
82
1. w= w=men
2. h=|j h=te
3. h=| w=si$n%
5. Vocabulário
evkle,gomai escolher para si o` qo,ruboj( ou o barulho, tumulto, a confusão
metape,mpomai mandar chamar, fazer vir fqarto,j( h,( o,n perecível, corruptível
avnade,comai receber, acolher, aceitar crhsto,j( h,( o,n bom, leve, ligeiro, fácil,
agradável, bondoso
avpode,comai receber (com alegria), w-de aqui
acolher, reconhecer
u`postre,fw voltar, retornar meta, $c.acc.% atrás de, depois de
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Dida,skale( ti, poih,swmen*». 2. «Oi` ga.r farisai,oi ouvk evth,roun th.n
evntolh.n tou/ Qeou/ i[na to.n i;dion no,mon thrw/sin». 3. «Ti, ou=n poih,swmen* me,nwmen evn
a`marti,a| i[na perisseu,h| h` ca,rij*». 4. «Mh. avkou,shte auvth/j». 5. «Oi` gewrgoi. e;legon\
Ou-to,j evstin o` klhrono,moj( avpoktei,nwmen auvto,n». 6. «Ouv mh. klhronomh,sei o` ui`o.j th/j
paidi,skhj meta. tou/ ui`ou/ th/j evleuqe,raj ». 7. «Pe,myon ta. te,kna eivj th.n e;rhmon i[na mh.
avpoktei,nwsin auvta. oi` ponhroi/». 8. «a;gwmen evnteu/qen». 9. «Eiv eu`ri,skete auvto.n(
avpagge,llete moi( o[pwj kavgw. proskunh,sw auvtw/| ». 10. «a;gwmen eivj ta.j a;llaj kw,maj(
i[na kai. evkei/ khru,xw». 11. «Oi` stratiw/tai e;legon tw/| VIwa,nnh|\ Ti, poih,swmen kai.
h`mei/j*». 12. «Kai. evpoi,hsen dw,deka i[na w=sin metV auvtou/ kai. i[na avposte,llh| auvtou.j
khru,ssein». 13. «Kai. tw/| avgge,llw| th/j evn Filadelfei,a| evkklhsi,aj gra,yon\ Ta,de
le,gei o` a[gioj( o` avlhqino,j ».
14. «Ouvk evgw. u`ma/j tou.j dw,deka evxelexa,mhn*». 15. «Ku,rie( evxele,xw to.n avpo,stolon
evk tw/n maqhtw/n». 16. «h` h`me,ra h;rxato kli,nein ». 17. «Proshuxa,meqa evn tw/| i`erw/|». 18.
«w`j a;ggelon Qeou/ evde,xasqe, me». 19. «Oi` Samarei/tai ouvk evde,xanto to.n Ku,rion ». 20.
«VApo,lousai ta.j a`marti,aj sou ». 21. «VEndu,sasqe th.n panopli,an tou/ Qeou/ kai. th.n
perikefalai,an tou/ swthri,ou de,xasqe ». 22. «VEke,leusa u`ma/j evndu,sasqai to.n kaino.n
a;nqrwpon». 23. «VAnasei,ei to.n lao,n( avrxa,menoj avpo. th/j Galilai,aj e[wj w-de». 24. «o[ti
oi` a;nqrwpoi th.n avga,phn th/j avlhqei,aj ouvk evde,xanto( pe,mpei auvtoi/j o` Qeo.j
evne,rgeian pla,nhj eivj to. pisteu/sai auvtou.j tw/| lo,gw| tou/ yeu,stou ». 25. «VEgw. VIhsou/j
e;pemya to.n a;ggelo,n mou». 26. «o` Fh/lix metepe,myato to.n Pau/lon kai. h;kousen auvtou/
peri. th/j didach/j tou/ Kuri,ou ». 27. «Meta. de. to. pau,sasqai to.n qo,rubon
metapemya,menoj o` Pau/loj tou.j maqhta.j evporeu,eto eivj Makedoni,an ». 28. «Para. tou/
sunedri,ou kai. evpistola.j dexa,menoj pro.j tou.j avdelfou.j eivj Damasko.n evporeuo,mhn ».
29. «o` avrcitri,klinoj evgeu,sato to.n oi=non ».
30. «h;qele qu,ein VAbraa.m to.n VIsaa.k peirazo,menoj kai. to.n ui`o.n auvtou/ prose,feren
o` ta.j evpaggeli,aj avnadexa,menoj ». 31. «Dei/ ga.r to. fqarto.n evndu,sasqai avfqarsi,an kai.
to. qnhto.n evndu,sasqai avqanasi,an ». 32. «Ouvc u`mei/j me evxele,xasqe( avllV evgw. evxelexa,mhn
u`ma/j». 33. «VEn de. tw/| u`postre,fein to.n VIhsou/n avpede,xato auvto.n o` o;cloj ». 34. «Kai.
peribleya,menoj o` VIhsou/j le,gei toi/j maqhtai/j auvtou/\ pw/j dusko,lwj oi` plou,sioi eivj
th.n basilei,an tou/ Qeou/ eivseleu,sontai ». 35. «r`u/sai h`ma/j avpo. tou/ ponhrou/». 36. «VEk
tw/n diwgmw/n me evru,sato o` Ku,rioj ». 37. «VEgeu,sasqe( o[ti crhsto.j o` Ku,rioj ». 38.
«o[de o` lo,goj avlhqino,j evstin». 39. «r`u,sasqe to.n fi,lon evk tw/nde tw/n kindu,nwn ». 40.
«VEn tw/| poreu,esqai auvtou.j Ma,rqa u`pede,xato auvto.n eivj th.n oivki,an\ kai. th/|de h=n
avdelfh. legome,nh Maria,m». 41. «Kai. tw/| avgge,lw| th/j evn Quatei,roij evkklhsi,aj
gra,yon\ Ta,de le,gei o` ui`o.j tou/ Qeou/».
2. Forme o subjuntivo correspondente aos seguintes indicativos:
86
«kwlu,omen»; «evkwlu,samen»; «kwlu,w»; «evkw,lusa»; «e;pausaj»; «evpau,sate»; «pau,eij»;
«pau,ete»; «pisteu,ei»; «pisteu,ousin»; «evpi,steuse»; «evpi,steusan»; «gra,feij»; «e;grayan»;
«gra,fete»; «e;graya».
3. Escreva o indicativo e o subjuntivo, tanto do presente como do aoristo, dos verbos « kwlu,w»
e «euvloge,w».
Lição 18
O nominativo tem o radical alongado, isto é, alonga sua última vogal e não tem desinência (em
«-j»). Evidentemente, se a última vogal do radical já for longa, não se pode alongá-la ainda mais.
O vocativo tem o radical puro e simples (isto é, sem desinências nem alongamentos), exceto
quando o nominativo tem o acento na última sílaba; neste caso, o vocativo é igual ao nominativo
(cf. «poimh,n»). No dativo plural, o «n» da raiz cai diante do «s» da desinência.
3. Vocabulário
o` h`gemw,n( o,noj o príncipe evla,cistoj( i,sth( on mínimo, menor
o` dai,mwn( onoj o demônio evpaqroi,zomai reunir-se, aglomerar-se
o[tan quando, sempre que a;nw $Adv.% para cima, ao alto, sobre,
em cima
parakou,w não escutar, não fazer caso ta. ka,tw as coisas deste mundo
metaxu, no meio de, entre, ti.j( ti. qualquer um, qualquer coisa
entretanto, seguinte
kerdai,nw ganhar, conquistar e[x seis
Exercícios
1. Traduzir: 1. «Ka;n evmoi. mh. pisteu,hte( toi/j e;rgoij pisteu,ete ». 2. «Kai. ta.
pneu,mata ta. avka,qarta( o[tan auvto.n evqew,roun( prose,pipton auvtw/| kai. e;krazon». 3.
«Eiv o` ko,smoj u`ma/j misei/( ginw,skete o[ti evme. prw/ton u`mw/n memi,shken( eiv evk tou/
ko,smou h=te( o` ko,smoj a;n to. i;dion evfi,lei ». 4. «Ka'n evgw. marturw/ peri. evmautou/(
avlhqinh, evstin h` marturi,a mou ». 5. «w= parqe,ne( a;kouson mou( i[na h=|j dikai,a». 6. «Kai.
to,te eva,n tij u`mi/n ei;ph|\ i;de w-de o` cristo,j( i;de evkei/( mh. pisteu,ete». 7. «Kalo.j plou/j
evstin( o[tan feu,gh|j kaka,». 8. «Tau/ta ge,grafa( i[na pisteu,hte o[ti VIhsou/j o` ui`o.j tou/
89
Qeou/ evstin». 9. «o[tan de. diw,kwsin u`ma/j evn th/| po,lei( feu,gete eivj th.n e`te,ran ». 10.
«VEa.n de. kai. th/j evkklhsi,aj parakou,sh|( e;stw soi w[sper o` evqniko.j kai. o` telw,nhj».
11. «VEa.n de. a`marth,sh| eivj se. o` avdelfo,j sou( u[page e;legxon auvto.n metaxu. sou/ kai.
auvtou/ mo,nouÅ eva,n sou avkou,sh|( evke,rdhsaj to.n avdelfo,n sou ». 12. «Tou/to u`ma/j
skandali,zei* eva.n ou=n qewrh/te o[ti o` ui`o.j tou/ avnqrw,pou avnabai,nei o[pou h=n to.
pro,teron*». 13. «Ble,pete ou=n pw/j avkou,ete\ o]j a'n ga.r e;ch|( doqh,setai auvtw/|\ kai. o]j
a'n mh. e;ch|( kai. o] dokei/ e;cein avrqh,setai avpV auvtou/». 14. «Kai. su. Bhqle,em( gh/ VIou,da(
ouvdamw/j evlaci,sth ei= evn toi/j h`gemo,sin VIou,da».
15. «Ou-toj o` a;nqrwpoj a`martwlo,j evstin ». 16. «Au[th h` pu,lh tou/ Kuri,ou\ di,kaioi
eivseleu,sontai evn auvth/|». 17. «Ti, a;ra to. paidi,on tou/to e;stai*». 18. «Kai. e;legon\ ouvc
ou-to,j evstin VIhsou/j o` ui`o.j VIwsh,f». 19. «Oi` de. o;cloi e;legon\ ou-to,j evstin o`
profh,thj VIhsou/j o` avpo. Nazare.q th/j Galilai,aj ». 20. «VAkou,eij( ti, ou-toi le,gousin*».
21. «Dida,skale( po,te ou=n tau/ta e;stai* ». 22. «VEk tau,thj th/j evrgasi,aj h` euvpori,a h`mi/n
evstin». 23. «VAlhqw/j ou-toj o` a;nqrwpoj ui`o.j qeou/ h=n ». 24. «Dia. tou/to u`mei/j ouvk
avkou,ete( o[ti evk tou/ qeou/ ouvk evste,». 25. «Ou-toi oi` lo,goi avlhqinoi. tou/ Qeou/ eivsin ».
26. «VEgw. ou;pw avnabai,nw eivj th.n e`orth.n tau,thn ». 27. «VEn avrch/| h=n o` lo,goj( kai. o`
lo,goj h=n pro.j to.n qeo,n( kai. qeo.j h=n o` lo,goj\ ou-toj h=n evn avrch/| pro.j to.n qeo,n». 28.
«Kai. e;legen auvtoi/j\ u`mei/j evk tw/n ka,tw evste,( evgw. evk tw/n a;nw eivmi,\ u`mei/j evk tou,tou
tou/ ko,smou evste,( evgw. ouvk eivmi. evk tou/ ko,smou tou,tou ». 29. «Po,qen tou,tw| h` sofi,a
au[th».
30. «Tw/n de. o;clwn evpaqroizome,nwn h;rxato le,gein\ h` genea. au[th genea. ponhra,
evstin». 31. «Kai. au[th evsti.n h` marturi,a( o[ti zwh.n aivw,nion e;dwken $deu% h`mi/n o`
qeo,j( kai. au[th h` zwh. evn tw/| ui`w/| auvtou/ evstin ». 32. «Ei; tij e;rcetai pro.j u`ma/j kai.
tau,thn th.n didach.n ouv fe,rei( mh. lamba,nete auvto.n eivj oivki,an kai. cai,rein auvtw/| mh.
le,gete». 33. «Tuciko.n e;pemya pro.j u`ma/j su.n VOnhsi,mw| tw/| pistw/| avdelfw/|( o[j evstin
evx u`mw/n». 34. «Saou.l Saou.l( ti, me diw,keij* Ti,j ei=( Ku,rie* VEgw, eivmi VIhsou/j o]n su.
diw,keij». 35. «Ou-to,j evstin o` cristo.j o` VIhsou/j o]n evgw. katagge,llw u`mi/n ». 36. «h` de.
perioch. th/j grafh/j h]n avnegi,nwsken h=n au[th ». 37. «o]j ouvk e;stin evk tou/ qeou/ ouvk
avkou,ei h`mw/n». 38. «Mh. qauma,zete tou/to( o[ti e;rcetai w[ra evn h-| oi` evn toi/j mnhmei,oij
avkou,sousin th/j fwnh/j auvtou/». 39. «Huvco,mhn ga.r avna,qema ei=nai auvto.j evgw. avpo. tou/
Cristou/ u`pe.r tw/n avdelfw/n mou kata. sa,rka( w-n h` ui`oqesi,a kai. h` do,xa kai. ai`
diaqh/kai kai. h` nomoqesi,a kai. h` latrei,a kai. ai` evpaggeli,ai». 40. «u`mei/j o] hvkou,sate
avpV avrch/j( evn u`mi/n mene,tw ». 41. «o] ga.r katerga,zomai ouv ginw,skw\ ouv ga.r o] qe,lw
tou/to pra,ssw( avllV o] misw/ tou/to poiw/». 42. «Ti, ou=n evstin VApollw/jÈ ti, de, evstin
Pau/lojÈ dia,konoi diV w-n evpisteu,sate( kai. e`ka,stw| w`j o` ku,rioj e;dwken ». 43. «o`
avrcisuna,gwgoj e;legen tw/| o;clw|( o[ti e]x h`me,rai eivsi.n( evn ai-j dei/ evrga,zesqai\ evn
auvtai/j ou=n evrco,menoi qerapeu,esqe kai. mh. th/| h`me,ra| tou/ sabba,tou». 44. «o]j ouv
lamba,nei to.n stauro.n auvtou/ kai. avkolouqei/ mou( ouvk e;stin mou a;xioj». 45. «o`
dia,boloj qe,lei suna,gein tou.j avnqrw,pouj eivj to.n po,lemon( w-n o` avriqmo.j w`j h` a;mmoj
th/j qala,,sshj». 46. «Ti,j h` aivti,a( diV h]n pa,reste*». 47. «h[xei o` ku,rioj tou/ dou,lou
evkei,nou evn h`me,ra| h-| ouv dokei/ kai. evn w[ra| h-| ouv ginw,skei». 48. «Dou/loi, evste( w-|
u`pakou,ete». 49. «Polloi. eivsin( ou]j polla,kij e;legon u`mi/n tou.j evcqrou.j tou/ staurou/
tou/ Cristou/( w-n o` qeo.j h` koili,a kai. h` do,xa evn th/| aivscu,nh| auvtw/n».
2. Escrever todos os casos de: «o` avgaqo.j h`gemw,n»; «h` dikai,a frh,n ».
3. Analisar morfologicamente as seguintes palavras: «h`gemo,si», «h`gemo,ni», «gei,twn»,
«geito,nwn», «citw,nwn», «ceimw/noj», «ceimw/ni».
90
Lição 19
1. Aoristo forte
Embora o normal seja que um verbo tenha um aoristo fraco, são muitos os que têm um aoristo
forte. Também pode acontecer que um mesmo verbo tenha dois aoristos, um fraco e outro forte
(neste caso, há um matiz de significado diferente para cada um deles).
Eis o que caracteriza o aoristo forte:
1. O radical do tema do aoristo é diferente do radical do presente. Tal diferença pode ser devida a
a) Redobro, sufixos ou infixos no tema do presente. Tais fenômenos só acontecem no tema do
presente; nos demais temas, não. Portanto, não aparecem no tema do aoristo. Os verbos mais
frequentes deste grupo são:
Indicativo Presente Indicativo Aoristo
e;cw e;scon ter
lamba,nw e;labon tomar
eu`ri,skw eu-ron encontrar
manqa,nw e;maqon aprender
ba,llw e;balon lançar
pi,nw e;pion beber
b) Alternância vocálica nos diversos temas do verbo. Por exemplo: «feu,gw» - «e;fugon»
(fugir); «lei,pw» - «e;lipon» (deixar).
c) Presente e aoristo utilizam raízes diferentes. Há sete verbos que utilizam raízes diversas em
sua conjugação.
Indicativo Presente Indicativo Aoristo
e;rcomai h=lqon ir, vir
le,gw ei=pon dizer
o`ra,w ei=don ver
fe,rw h;negkon levar
ai`re,w ei-lon tomar
tre,cw e;dramon correr
evsqi,w e;fagon comer
2. Todos esses verbos são conjugados em todos os modos do aoristo (indicativo, imperativo,
subjuntivo, optativo, infinitivo e particípio), tal como no tema do presente dos verbos regulares,
exceto o infinitivo e o particípio, que têm acento nas desinências (o infinitivo em «-ei/n» e o
particípio em «-w,n( ou/sa( o,n »). O indicativo aoristo tem as mesmas desinências do indicativo
imperfeito (pois este é o tempo histórico do tema do presente). Exemplo: «ba,llw»:
No NT, muitas vezes as desinências do aoristo forte destes verbos são substituídas pelas
desinências do aoristo fraco (evidentemente, sem sigma):
«evn fulakh/| h;mhn kai. h;lqate pro,j me » (Mt 25,36): estava na prisãoe vieste a mim.
«oi` de. ei=pan» (Mt 2,5): eles então disseram.
«evlqa,tw h` eivrh,nh u`mw/n evpV auvth,n » (Mt 10,13): venha vossa paz sobre ela.
3. Vocabulário
a`marta,nw pecar, errar, falhar kakei/noj( h( on e aquele, e este
h[marton
lamba,nw e;labon tomar, receber, acolher to. kuna,rion( ou o cachorrinho, o cãozinho
periba,llw lançar, colocar ao redor, gumno,j( h,( o,n nu, mal vestido, simples,
só
perie,balon vestir
eivse,rcomai Entrar avnama,rthtoj( on sem culpa, sem pecado,
inocente
eivsh/lqon
avpe,rcomai partir, afastar-se kuriako,j( h,( o,n do Senhor
avph/lqon
avnapi,ptw sentar-se, acomodar-se, dexio,j( a,( o,n direito
avne,peson tomar lugar à mesa
gi,nomai nascer, acontecer, h` dexia,( a/j a direita, a mão direita, do
lado direito
evgeno,mhn suceder, realizar-se, vir
evpilanqa,nomai esquecer, descuidar evnw,pion $c.gen.% diante de, na presença de
evpelaqo,mhn $c.gen.%
pa,scw fazer experiência, provar, dwrea,n $Adv.% gratuitamente
e;paqon experimentar, sustentar,
suportar, sofrer
manqa,nw aprender, conhecer, eivj to. auvto, do mesmo modo, no
mesmo lugar, junto
e;maqon experimentar
evkde,comai esperar w[ste portanto, de tal modo
que, por conseguinte
deiknu,w mostrar, indicar, ensinar a;lloj( h( o outro
Exercícios
1. Traduzir: 1. «h[marton eivj to.n ouvrano.n kai. evnw,pio,n sou ». 2. «Ti, de. e;ceij o] ouvk
e;labejÈ». 3. «Eiv ga.r dia. no,mou dikaiosu,nh( a;ra Cristo.j dwrea.n avpe,qanen ». 4. «Xe,noj
h;mhn kai. sunhga,gete, me( gumno.j kai. perieba,lete, me( evn fulakh/| h;mhn kai. h;lqate
pro.j me\ Ku,rie( po,te se ei;domen xe,non kai. sunhga,gomen( h' gumno.n kai.
perieba,lomen* po,te de, se ei;domen evn fulakh/| kai. h;lqomen pro.j se,* ». 5. «Eivj ta. i;dia
h=lqen( kai. oi` i;dioi auvto.n ouv pare,labon ». 6. «Ei;selqe eivj th.n cara.n tou/ kuri,ou
sou». 7. «VElqe,tw h` basilei,a sou ». 8. «Dia. tou/to avnala,bete th.n panopli,an tou/
qeou/». 9. «Ouvk e;stin kalo.n labei/n to.n a;rton tw/n te,knwn kai. balei/n toi/j
kunari,oij». 10. «Kaqw.j ga.r evge,neto VIwna/j toi/j Nineui,taij shmei/on( ou[twj e;stai
kai. o` ui`o.j tou/ avnqrw,pou th/| genea/| tau,th| ». 11. «Oi` maqhtai. evpela,qonto labei/n
94
a;rtouj». 12. «VEpilabou/ th/j aivwni,ou zwh/j ». 13. «Mh. evpila,qesqe tou/ Qeou/». 14. «Ouv
ga.r a;dikoj o` Qeo.j evpilaqe,sqai tou/ e;rgou u`mw/n kai. th/j avga,phj». 15. «Oi` filo,sofoi
evpilabo,menoi tou/ Pau,lou evpi. to.n :Areion pa,gon h;gagon ». 16. «Kai. a;lla pro,bata
e;cw a] ouvk e;stin evk th/j auvlh/j tau,thj\ kavkei/na dei/ me avgagei/n kai. th/j fwnh/j mou
avkou,sousin». 17. «~O de. VIhsou/j ei=pen toi/j maqhtai/j auvtou/\ avmh.n le,gw u`mi/n o[ti
plou,sioj dusko,lwj eivseleu,setai eivj th.n basilei,an tw/n ouvranw/n ». 18. «Gra,yon ou=n
a] ei=dej kai. a] eivsi.n kai. a] me,llei gene,sqai meta. tau/ta ». 19. «Genome,nhj de. h`me,raj h=n
ta,racoj ouvk ovli,goj evn toi/j stratiw,taij ti, a;ra o` Pe,troj evge,neto». 20. «Kai. o[te
evge,neto h` w[ra( avne,pesen kai. oi` avpo,stoloi su.n auvtw/| ». 21. «Ouvk h=lqon balei/n
eivrh,nhn avlla. ma,cairan ». 22. «o` VIhsou/j ei=pen pro.j tou.j Farisai,ouj\ o` avnama,rthtoj
u`mw/n prw/toj evpV auvth.n bale,tw li,qon ». 23. «Sunercome,nwn ou=n u`mw/n evpi. to. auvto.
ouvk e;stin kuriako.n dei/pnon fagei/n». 24. «Kai. e;legen auvtoi/j\ to. sa,bbaton dia. to.n
a;nqrwpon evge,neto kai. ouvc o` a;nqrwpoj dia. to. sa,bbaton». 25. «VApo. to,te h;rxato o`
VIhsou/j deiknu,ein toi/j maqhtai/j auvtou/ o[ti dei/ auvto.n eivj ~Ieroso,luma avpelqei/n kai.
polla. paqei/n avpo. tw/n presbute,rwn ». 26. «h` dexia, sou avntela,beto, mou ». 27. «a] kai.
evma,qete kai. parela,bete kai. hvkou,sate kai. ei;dete evn evmoi,( tau/ta pra,ssete\ kai. o`
qeo.j th/j eivrh,nhj e;stai meqV u`mw/n». 28. «Kai. evge,neto evn tw/| poreu,esqai eivj
VIerousalh.m kai. auvto.j dih,rceto dia. me,son Samarei,aj kai. Galilai,aj».
Lição 20
b) Já vimos as formas do comparativo do adjetivo. Todavia, nem todos os adjetivos seguem esse
modelo. Alguns seguem o modelo dos adjetivos de duas terminações da terceira declinação, ainda
que possam apresentar formas variantes quanto ao paradigma que acabamos de indicar. Tomemos
como modelo «mei,zwn( on»: maior.
singular plural
N mei,zwn mei/zon mei,zonej $mei,zouj% mei,zona $mei,zw%
G mei,zonoj mei,zonoj meizo,nwn meizo,nwn
D mei,zoni mei,zoni mei,zosi$n% mei,zosi$n%
A mei,zona $mei,zw% mei/zon mei,zonaj $mei,zouj% mei,zona $mei,zw%
singular plural
96
m-f n m-f n
N ti,j ti, ti,nej ti,na
G ti,noj ti,noj ti,nwn ti,nwn
D ti,ni ti,ni ti,si$n% ti,si$n%
A ti,na ti, ti,naj ti,na
Quando é usado como pronome, é traduzido por "quem?", "qual?"; quando é adjetivo, é
traduzido por "que?":
«ti,j gunh,*»: que mulher?
«ti,nej gunai/kej* »: que mulheres?
Às vezes, «ti,» é usado adverbialmente e significa "por que?":
«ti, le,geij tou/to* »: por que dizes isso?
2. Pronome-adjetivo indefinido «tij»,«ti».
Esta mesma palavra, mas enclítica (isto é, sem acento, mas caso tenha um secundário, porém não
será sobre o «i» da primeira sílaba), é o pronome-adjetivo indefinido "alguém, algum, alguma, um
certo".
Pronome:
«e;lege, tij»: alguém falava.
«e;lego,n tinej»: alguns (algumas) falavam.
Adjetivo:
«gunh, tij»: uma certa mulher.
«gunai/ke,j tinej »: algumas mulheres.
3. Pronome relativo indefinido «o[stij»: qualquer um que, quem quer que.
Trata-se de uma junção do pronome relativo com o indefinido. Embora formem uma só palavra,
ambos os pronomes se declinam independentemente:
singular plural
N o[stij h[tij o[ti oi[tinej ai[tinej a[tina
G ou-tinoj h-stinoj ou-tinoj w-ntinwn w-ntinwn w-ntinwn
D w-|tini h-|tini w-|tini oi-stisi$n% ai-stisi$n% oi-stisi$n%
A o[ntina h[ntina o[ti ou[stinaj a[stinaj a[tina
Frequentemente, a forma «o[ti» é escrita separada (o[ ti) para diferencia´-la da conjunção «o[ti».
De fato, originariamente se tratava de mesma palavra.
O sentido que este pronome indefinido tem no grego clássico (qualquer um que) quase
desapareceu no grego koiné; por isso, às vezes, é mais correto traduzi-lo no NT como se fosse um
pronome relativo definido: que, o que, a que.
97
4. Os adjetivos numerais
Excetuados os quatro primeiros, os numerais cardinais gregos são invariáveis, isto é, não se
declinam.
1. O número "um" tem três formas: «ei-j( mi,a( e[n» (cuidado para não confundir com as
preposições «eivj( evn», sem acento e com espírito brando).
Se prefixado pelo advérbio de negação («ouv» ou «mh,»), obtém-se o adjetivo "nenhum(a),
ninguém": «ouvdei,j( ouvdemi,a( ouvde,n( mhdei,j( mhdemi,a( mhde,n».
m f n m f n
N ei-j mi,a e[n ouvdei,j ouvdemi,a ouvde,n
G e`no,j mia/j e`no,j ouvdeno,j ouvdemia/j ouvdeno,j
D e`ni, mia/| e`ni, ouvdeni, ouvdemia/| ouvdeni,
A e[na mi,an e[n ouvde,na ouvdemi,an ouvde,n
O numeral "dois" tem as mesmas formas para o masculino, feminino e neutro: « du,o».
O "três" é um adjetivo de duas terminações: «trei/j( tri,a».
O "quatro" tem também duas terminações: «te,ssarej( te,ssara».
As formas apresentadas no quadro são as que aparecem no NT. nem sempre elas coincidem com
as do grego clássico, no qual o genitivo de «du,o» é «duoi/n», e o dativo é «duoi/n» ou «dusi,».
5. Os numerais
6. Vocabulário
pi,nw e;pion $Aor.% beber h` ovrgh,( h/j a ira, a cólera
ponhreu,omai agir mal, ser mau perisso,j( h,( o,n excepcional, abundante
99
aivne,w louvar, exaltar seautou/( h/j $refl.% (de, com, para ...) ti mesmo
kate,cw segurar, reter, agarrar e`autou/ $au`tou/%( h/j (de, com, para ...) si
$refl.% mesmo
qhsauri,zw juntar, acumular e;xw $Adv.% fora, do lado externo
klai,w chorar plh,n $Adv.% mas, porém, todavia
stena,zw gemer, suspirar h` avsqe,neia( aj a fraqueza, a doença
to. tekni,on( ou o filhinho, a filhinha h` dia,noia( aj o intelecto, a inteligência, a mente
to. tamei/on( ou a dispensa, o quarto o[tan $o[te a;n% quando, sempre que, cada
interno vez que
h` parrhsi,a( aj a franqueza, a liberdade i[na( o[pwj que, para que
no falar
o` summaqhth,j( ou/ o condiscípulo eva,n se
o` para,klhtoj( ou o advogado, o consolador h` mh,thr a mãe
to. sumbou,lion( ou o conselho, a decisão h` ouvsi,a( aj a riqueza, os bens
dida,xh| $dida,skw% 3ª sg Subj Aor klhqh,setai ele será chamado
Exercícios
1. Traduzir: 1. «VEa.n tij to.n evmo.n lo,gon thrh,sh|( qa,naton ouv mh. qewrh,sh| eivj to.n
aivw/na». 2. «o` ou=n Cristo,j evstin mei,zwn tou/ i`erou/». 3. «Ti,j evstin h` mh,thr mou* kai.
ti,nej eivsi.n oi` avdelfoi. mou* ». 4. «Ti,na me le,gousin oi` a;nqrwpoi ei=nai* ». 5. «Eiv tij
e;cei w=ta avkou,ein( avkoue,tw ». 6. «Ouvdemi,an aivti,an eu`ri,skw evn auvtw/| ». 7. «Ti,noj evstin
h` eivkw.n au[th*». 8. «a;nqrwpoj tij kate,bainen avpo. VIerousalh.m eivj VIericw, ». 9. «Ti,j
ei=( Ku,rie*». 10. «Ti, evstin avlh,qeia». 11. «Ti, lu,ete to.n pw/lon*». 12. «Ouvdei.j Qeo.j( eiv
mh. ei-j». 13. «e[na fi,lon e;cw». 14. «Maka,rioj( o[stij ouvsi,an kai. nou/n e;cei». 15. «o]j eva.n
ou=n lu,sh| mi,an tw/n evntolw/n tou,twn tw/n evlaci,stwn kai. dida,xh| ou[twj tou.j
avnqrw,pouj( evla,cistoj klhqh,setai evn th/| basilei,a| tw/n ouvranw/n ».
16. «Kai. o[tan proseu,chsqe( ouvk e;sesqe w`j oi` u`pokritai,\ o[tan de. nhsteu,hte( mh.
gi,nesqe w`j oi` u`pokritai. skuqrwpoi,». 17. «VEgw. h=lqon i[na zwh.n e;cwsin kai.
perisso.n e;cwsin». 18. «Tekni,a mou( tau/ta gra,fw u`mi/n i[na mh. a`ma,rthteÅ kai. eva,n tij
a`ma,rth|( para,klhton e;comen VIhsou/n Cristo.n di,kaion». 19. «Ti, fa,gwmenÈ h;\ ti,
pi,wmenÈ h;\ ti, peribalw,meqa*». 20. «To,te eva,n tij u`mi/n ei;ph|\ ivdou. w-de o` Cristo,j( h;\
w-de( mh. pisteu,shte\ eva.n ou=n ei;pwsin u`mi/n\ ivdou. evn th/| evrh,mw| evsti,n( mh. evxe,lqhte\
ivdou. evn toi/j tamei,oij( mh. pisteu,shte». 21. «To,te ou=n ei=pen auvtoi/j o` VIhsou/j
parrhsi,a|\ La,zaroj avpe,qanen( kai. cai,rw diV u`ma/j i[na pisteu,shte( o[ti ouvk h;mhn
evkei/\ avlla. a;gwmen pro.j auvto,n\ ei=pen ou=n Qwma/j o` lego,menoj Di,dumoj toi/j
summaqhtai/j\ a;gwmen kai. h`mei/j i[na avpoqa,nwmen metV auvtou/ ». 22. «Mh. foneu,sh|j». 23.
100
«VAdelfoi,( mh. ponhreu,shsqe». 24. «VAllV evgw. th.n avlh,qeian le,gw u`mi/n( sumfe,rei
u`mi/n i[na evgw. avpe,lqwÅ eva.n ga.r mh. avpe,lqw( o` para,klhtoj ouvk evleu,setai pro.j u`ma/j».
25. «avpV a;rti le,gw u`mi/n pro. tou/ gene,sqai( i[na pisteu,shte o[tan ge,nhtai o[ti evgw,
eivmi». 26. «u`mei/j ouv logi,zesqe( o[ti sumfe,rei u`mi/n( i[na ei-j a;nqrwpoj avpoqa,nh| u`pe.r
tou/ laou/». 27. «To. loipo.n proseu,cesqe( avdelfoi,( peri. h`mw/n( i[na o` lo,goj tou/ kuri,ou
tre,ch| kai. doxa,zhtai kaqw.j kai. pro.j u`ma/j ». 28. «Oi` Farisai/oi sumbou,lion e;labon
o[pwj auvto.n pagideu,swsin evn lo,gw|». 29. «VAmh.n le,gw u`mi/n( o]j a'n mh. de,xhtai th.n
basilei,an tou/ Qeou/ w`j paidi,on( ouv mh. eivse,lqh| eivj auvth,n ».
30. «To.n evrco,menon pro.j evme. ouv mh. evkba,lw e;xw ». 31. «Le,gei auvth/| o` VIhsou/j\ ouvk
ei=po,n soi o[ti eva.n pisteu,sh|j o;yh| th.n do,xan tou/ qeou/». 32. «Eiv su. ei= o` cristo,j(
eivpo.n h`mi/nÅ ei=pen de. auvtoi/j\ eva.n u`mi/n ei;pw( ouv mh. pisteu,shte». 33. «Proseu,cesqe(
i[na mh. eivse,lqhte eivj peirasmo,n ». 34. «VOnh,simon evgw. evboulo,mhn pro.j evmauto.n
kate,cein». 35. «Ti, le,geij peri. seautou/*». 36. «VAuto.j de. o` VIhsou/j ouvk evpi,steuen
auvto.n auvtoi/j». 37. «Ouv ga.r e`autou.j khru,ssomen( avlla. VIhsou/n Cristo.n Ku,rion(
e`autou.j de. dou,louj u`mw/n dia. VIhsou/n ». 38. «Pa,ntote ga.r tou.j ptwcou.j e;cete meqV
e`autw/n( evme. de. ouv pa,ntote e;cete». 39. «Th.n avga,phn tou/ qeou/ ouvk e;cete evn e`autoi/j ».
40. «VApo. seautou/ su. tou/to le,geij h' a;lloi ei=po,n soi peri. evmou/ *». 41. «Qhsauri,zeij
seautw/| ovrgh.n evn h`me,ra| ovrgh/j». 42. «Ti, de. kai. avfV e`autw/n ouv kri,nete to. di,kaion ».
43. «Mh. klai,ete evpV evme,\ plh.n evfV e`auta.j klai,ete kai. evpi. ta. te,kna u`mw/n ». 44.
«Ei=pen de. auvtw/| o` dia,boloj\ eiv ui`o.j ei= tou/ Qeou/( eivpe. tw/| li,qw| tou,tw| i[na ge,nhtai
a;rtoj». 45. «Eiv ui`o.j ei= tou/ qeou/( ba,le seauto.n evnteu/qen ka,tw ». 46. «h`mei/j auvtoi. evn
e`autoi/j stena,zomen ui`oqesi,an avpekdeco,menoi ». 47. «VAmh.n le,gw u`mi/n( o[ti ouv mh.
pare,lqh| h` genea. au[th( e[wj a'n tau/ta ge,nhtai\ o` ouvrano.j kai. h` gh/ pareleu,setai( oi`
de. lo,goi mou ouv mh. pare,lqwsin».
2. Escrever todos os casos de:
«ei-j Qeo,j»; «o` sw,frwn neani,aj»; «ti,j timh,»; «kalo.j tij».
3. Analisar morfologicamente as seguintes palavras: «ei-j», «eivj», «eivsi,», «evn», «e[n», «e`ni,»,
«h=n», «h[n», «ti,noj», «ou-tinoj».
101
Resumo de Morfologia
1. Declinação do artigo
singular plural
m f n m f n
N o` h` to, oi` ai` ta,
G tou/ th/j tou/ tw/n tw/n tw/n
D tw/| th/| tw/| toi/j tai/j toi/j
A to,n th,n to, tou,j ta,j ta,
formas não-contratas
«a;frwn( on» insensato «a;rshn( en» varão
m-f n m-f n
N a;frwn a;fron a;rshn a;rsen
G a;fronoj a;fronoj a;rsenoj a;rsenoj
D a;froni a;froni a;rseni a;rseni
A a;frona a;fron a;rsena a;rsen
V a;frwn a;fron a;rshn a;rsen
N a;fronej a;frona a;rsenej a;rsena
G avfro,nwn avfro,nwn avrse,nwn avrse,nwn
D a;frosi$n% a;frosi$n% a;rsesi$n% a;rsesi$n%
A a;fronaj a;frona a;rsenaj a;rsena
médio-passivo
m f n
N luo,menoj luome,nh luo,menon
G luome,nou luome,nhj luome,nou
D luome,nw| luome,nh| luome,nw|
A luo,menon luome,nhn luo,menon
N luo,menoi luo,menai luo,mena
G luome,nwn luome,nwn luome,nwn
D luome,noij luome,naij luome,noij
A luome,nouj luo,menai luo,mena
Singular Plural
a a
1 pessoa 2 pessoa 1 pessoa 2a pessoa
a
«o[de»: este, esta, isto «ou-toj»: este, esta, isto «evkei/noj»: aquele, aquela, aquilo
m f n m f n m f n
N o[de h[de to,de ou-toj au-th tou/to evkei/noj evkei,nh evkei/no
G tou/de th/sde tou/de tou,tou tau,thj tou,tou evkei,nou evkei,nhj evkei,nou
D tw/|de th/|de tw/|de tou,tw| tau,th| tou,tw| evkei,nw| evkei,nh| evkei,nw|
A to,nde th,nde to,de tou/ton tau,thn tou/to evkei/non evkei,nhn evkei/no
N oi[de ai[de ta,de ou-toi au-tai tau/ta evkei/noi evkei/nai evkei/na
G tw/nde tw/nde tw/nde tou,twn tau,twn tou,twn evkei,nwn evkei,nwn evkei,nwn
D toi/sde tai/sde toi/sde tou,toij tau,taij tou,toij evkei,noij evkei,naij evkei,noij
A tou,sde ta,sde ta,de tou,touj tau,taj tau/ta evkei,nouj evkei,naj evkei/na
c) Pronomes reflexivos
interrogativo indefinidos
«ti,j»: quem? que? «tij»: alguém, algum «a;lloj»: outro
m-f n m-f n m f n
N ti,j ti, tij ti a;lloj a;llh a;llo
G ti,noj ti,noj tino,j tino,j a;llou a;llhn a;llou
D ti,ni ti,ni tini, tini, a;llw| a;llh| a;llw|
A ti,na ti, tina ti a;llon a;llhn a;llo
ti,nej ti,na tine,j tina, a;lloi a;llai a;lla
ti,nwn ti,nwn tinw/n tinw/n a;llwn a;llwn a;llwn
ti,si$n% ti,si$n% tisi,$n% tisi,$n% a;lloij a;llaij a;lloij
ti,naj ti,na tina,j tina, a;llouj a;llaj a;lla
e) Pronomes relativos
determinado indeterminado
«o[j»: que, o que «o[stij»: quem quer que
m f n m f n
N o[j h[ o[ o[stij h[tij o[ti
G ou- h-j ou- ou-tinoj h-stinoj ou-tinoj
D w-| h-| w-| w-|tini h-|tini w-|tini
A o[n h[n o[ o[ntina h[ntina o[ti
N oi[ ai[ a[ oi[tinej ai[tinej a[tina
G w-n w-n w-n w-ntinwn w-ntinwn w-ntinwn
D oi-j ai-j oi-j oi-stisi$n% ai-stisi$n% oi-stisi$n%
A ou[j a[j a[ ou[stinaj a[stinaj a[tina
108
6. Conjugação dos verbos
a) Verbos temáticos: «lu,w»: desatar
VOZ ATIVA
VOZ MÉDIA
Imperfeito evluo,mhn
evlu,ou
evlu,eto
evluo,meqa
evlu,esqe
evlu,onto
Futuro lu,somai lu,sesqai m:luso,menoj
lu,sh| lusome,nou
lu,setai f: lusome,nh
luso,meqa lusome,nhj
lu,sesqe n:luso,menon
lu,sontai lusome,nou
Aoristo evlusa,mhn lu,swmai lu,sasqai m:lusa,menoj
evlu,sw lu/sai lu,sh| lusame,nou
evlu,sato lusa,sqw lu,shtai f: lusame,nh
evlusa,meqa lusw,meqa lusame,nhj
evlu,sasqe lu,sasqe lu,shsqe n:lsa,menon
evlu,santo lusa,sqwsan lu,swntai lusame,nou
VOZ PASSIVA
` H do,xa tw/| Patri, kai. tw/ | ` Uiw/| kai. tw/ ` Agi, w| Pneu,mati)
w`j h=n evn avrch/| kai. nu/ n kai. av ei. kai. eivj tou. j aivw /naj tw/ n
aiv w, nwn) VAmh,n )