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TEMA

1: Olhares críticos em torno


da música e educação na escola e
sociedade de hoje

Aprendizagem musical, modelos
de literacia, modelos de ensino

à procura de perguntas, conceitos, lugares e
caminhos face à complexidade do mundo
contemporâneo

Helena Caspurro: materiais originais de apoio aulas


Didática Música I DeCA 2019-20

PAINEL 2

Criatividade
Literacia
Aprendizagem
Música

tarefas

Tarefas

1. Observe o vídeo Redesign my brain to be creative, de Tood Samson:


https://www.dailymotion.com/video/x1zts6l

2. Complemente a observação com o vídeo Los secretos de la


creatividad, de K. Robinson:

https://youtu.be/O7bJp5ufJ2A

3. Escolha dois dos textos de apoio sugeridos a seguir. Partindo do que


observou e leu realize com o seu grupo de trabalho duas das seguintes
atividades (uma em I. e outra em II.):
I.  Escolha uma das três seguintes questões (Limite: 900 a 1000 palavras de texto):
[Refira/cite as fontes bibliográficas utilizadas sempre que oportuno]

1.1. Com base no texto ‘Musical literacy’ de Millls & McPherson (2007: 155-171), aplicando ideias nele expostas e fazendo cruzar outras pistas
que lhe pareçam pertinentes suscitadas pelas pesquisas que realizou (vídeos, textos, etc), responda:

a)  Em não mais do que meia dúzia de linhas responda: o que é literacia e como explica que a realidade sociocultural de hoje exige que para a
sua definição concorram processos não apenas circunscritos à alfabetização da língua materna (ler e escrever)? Reflita, pesquise e
finalmente dê exemplos que elucidem de forma concreta e simples o que concorre para a definição de literacia.
b)  Voltando à música e ao texto, cruzando com a anterior questão. Por que razão os autores propõem o termo literacias em vez de literacia
musical? Como professor que provavelmente já é ou vai ser, para que lhe serve tal discussão ou debate? Servindo-se de argumentos
retirados do mesmo documento e de outros oportunos (use pelo menos mais três autores ou textos), explique por que é que a reflexão em
torno do que constitui literacia musical é atualmente pertinente para os educadores e para o ensino da música, nomeadamente no nosso
país. Também olhando para a sua própria experiência como aluno, elenque duas razões que considere poderosas para a sua resposta.

1.2. K. Robinson, num dos seus vídeos, fazendo analogia com a aprendizagem da linguagem, referia que também se aprende a ser criativo. Por
sua vez, P. Webster (2018) reflete sobre o estado atual do ensino e aprendizagem da música nos EUA e na Europa, levantando igualmente
questões.
a) Considera que ambos os autores, salvas as respetivas diferenças, estão a falar dos mesmos problemas? Esclareça em não mais do que meia
dúzia de linhas.
b) Servindo-se de ideias retiradas também de outros textos que considere pertinentes para elucidar a pergunta, explique como aprender a ser
(ou não) criativo em música pode ser o resultado de concepções de literacia musical. Fundamente a sua resposta dando exemplos
esclarecedores extraídos de diferentes autores/textos/vídeos (use pelo menos mais dois autores ou textos), explicando e evidenciando, através
dos mesmos, qual a pertinência desta reflexão para os educadores e para o ensino da música, nomeadamente no nosso país.

1.3. Baseando-se nos vídeos de T. Samson e K. Robinson que entretanto observou e analisou e em pelo menos três dos textos que considere
pertinentes para elucidar a questão, responda: se tivesse como objectivo desenvolver o pensamento criativo de alunos no contexto da sua
prática de ensino musical e instrumental, o que deveria considerar crucial para o promover? Argumente descrevendo e caracterizando
genericamente aspectos como os a seguir enumerados:
a)  processos cognitivos envolvidos (pelo menos dois);
b)  atividades estratégicas (pelo menos duas)
Explique e fundamente devidamente a sua resposta com exemplos inspirados nas pesquisas que efetuou.

II. Escolha uma das duas seguintes tarefas práticas:




2.1. Servindo-se de recursos disponíveis, como áudio, vídeo, internet, etc, e nas principais ideias
ou pressupostos que concorrem para a definição, pelos diferentes autores, de pensamento
criativo, apresente um exemplo de performance musical, real e atual (uma gravação em
formato áudio, audiovisual, através do youtube, etc de projeto específico, grupo, momento de
um concerto, conferência, aula, ...) que ilustre tratar-se de um caso sugestivo de criatividade.

Elenque e apresente no Ppoint quais os critérios que utilizou para selecionar, considerar e
avaliar o exemplo como tal, fundamentando em traços sucintos essa avaliação (use dados,
ideias e orientações sugeridos nos materiais/fontes disponíveis de pesquisa).




2.2. Baseando-se no que é definido como pensamento divergente, conceba e apresente uma
atividade para uma eventual aula de música e/ou de instrumento em que na sua opinião
possibilite aplicar e promover aquele processo. Faça da seguinte maneira: escolha e defina um
possível objetivo de aprendizagem que possa ser alcançado através de tarefas que estimulem e
promovam o pensamento divergente do aluno – como exercício para ajudar o seu trabalho
didático, use a comparação identificando e demonstrando como alcançaria o mesmo objetivo
através da utilização de um totalmente processo diferente, ou seja, o pensamento convergente.
Finalmente, fundamentando-se uma vez mais em dados, ideias e orientações sugeridos nos
materiais/fontes disponíveis de pesquisa, reflita e responda sucintamente:

a) o que condicionou o planeamento da sua atividade: que aspetos elencaria para que fosse
possível concretizá-la, em que pensou?
b) que critérios usaria para aferir se o pensamento divergente foi aplicado e quanto foi aplicado.
Elenque-os no Ppoint e explique-os durante a apresentação.
Textos Apoio

As cópias dos textos estão no Moodle


•  Barret, Margaret (1999). I hear what you mean: Music literacy in the Information Technology Age. Acedido a 29 deoutubro de 2019.
file://localhost/muse.vic.edu.au:images:files:CounterPoint:1999:I hear what you mean/ Music Literacy in the Information Technology Age. Margaret S Barrett. 199.pdf

•  Burnard, P. (2012).Top ten myths about children’s music creativities. In Musical creativities in practice. Oxford: Oxford University Press, 278-281.

•  Caspurro, H. (2007). Audição e audiação. O contributo epistemológico de Edwin Gordon para a história da pedagogia da escuta. Revista da APEM: Revista da Associação
Portuguesa de Educação Musical, 127, 16-27.

•  Millls, J. & McPherson, G (2007). Musical literacy. In G. McPherson. The child as musician. Oxford: Oxford University Press, 155-171. [este texto está em dois docs PDF]

•  Hickey, M. & Webster, P. (2001). Creative thinking in music. Music Educators Journal, 88(1), 19-23.

•  Kratus, J. (1990). Structuring the music curriculum for creative learning. Music Educators Journal , 76(9) 33-37.

•  Odena, O. (2012). Creativity in the secondary music classroom. In G. McPherson & G. Welch (Ed).(2012). The Oxford handbook of music education. Vol 1. Oxford: Oxford
University Press, 512-528.

•  Priest, T. (2002). Creative thinking in instrumental classes. Music Educators Journal, 88(4), 47-53.

•  Rodrigues, M. H. (1998). Pequena crónica sobre notas de rodapé na educação musical: Reflexões a propósito da teoria de aprendizagem musical. Revista da Associação
Portuguesa de Educação Musical, 99, 15-25.

•  Webster, P. (2018). Rethinking music education: Encouraging creative thinking in sound across all musical experiences, in ISME, News. Acedido a 27 de agosto de 2018, em:
https://www.isme.org/music-education/news/rethinking-music-education-encouraging-creative-thinking-sound-across-all-musical-experiences

Outras sugestões de leitura ou observação:

•  Alencar, E. (2003). Contribuições teóricas recentes ao estudo da criatividade. Psicologia: Teoria e pesquisa, 19(1), 001-008.

•  Barnes, J. M. (2001). Creativity in composition in music. In C. Philpott & C. Plummeridge (Eds.), Issues in Music Teaching. London: Routledge Falmer

•  Cropley, A. J. (2000). Defining and measuring creativity: Are creativity tests worth using?, Roeper Review; 23 (2), XRE Education – Core, 72-79.

•  Csikszentmihalyi, M. (1997). Creativity: Flow and the psychology of discovery and invention. New York: HarperCollins Publishers (1996).

•  Gardner, H. (1990). Multiple intelligences. Implications for art and creativity. In W. J. Moody (Ed.), Artistic intelligences: Implications for education. New York: Teachers College
Press, 11-27.

•  Hickey, M. & Lipscomb, S. D. (2004). How different is good? How good is different?: The assessment of children’s creative musical thinking. In I. Deliége & G. A. Wiggin
(Eds.), Musical creativity: current research in theory & practice (Pré-publicação), 1-23.

•  Kratus, J. (1991). Growing with improvisation. Music Educators Journal, 78(4), 35-40.

•  Nachmanovitch, S. (1990). Free play. New York: Penguin Putnam.

•  Sternberg, R. J. & Lubart, T. I. (2003). The concept of creativity: Prospects and paradigms. In R. J. Sternberg (Ed.), Handbook of creativity. Cambridge: Cambridge University
Press, 3-15, (1999).

•  Webster, P. (1992). Research on creative thinking in music: The assessment literature. In R. Colwell (Ed.), Handbook of research on music teaching and learning: A project of
the Music Educators National Conference. N.York, Toronto: Schirmer Books, 266-280.

Vídeos https://www.ted.com/talks/ken_robinson_says_schools_kill_creativity/transcript?source=googleplus&language=es

Prepare a resposta a cada uma das questões

Envie-as para tiagochaves98@.pt até 08 nov

A tarefa da alínea I. deverá ser enviada em Word

A tarefa da alínea II. será enviada em formato Ppoint e/ou Vídeo

Prepare a resposta a cada uma das questões


E não se esqueça:
Envie-as* para caspurro@ua.pt até 05 nov
Os ficheiros devem estar arquivados com seguinte identificação:
* Osex.: G1 Painel
trabalhos 2 questão
da alínea 1.1. DM
I. deverão I; G1
ser Painel em
enviados 2 questão 2.1.um dos elementos
Word por
do grupo, tendo identificados nºmecs e nomes de todos os intervenientes.
Ambos os trabalhos devem ter identificados nº mec. e nome de todos os
intervenientes.
*As tarefas da alínea II. serão enviadas em formato Ppoint e/ou Vídeo
Recomendações para aula 28 out
Sendo esta aula (também) dedicada à realização de exemplos práticos orientados pela
docente que possibilitem facilitar a compreensão e elaboração das tarefas aqui
apresentadas, cada aluno deverá garantir sua colaboração para a realização do
trabalho de grupo.

Assim, sugere-se e pede-se que:

Cada aluno leve para a aula previamente concretizadas:


1) observação/análise dos vídeos;
2) leitura dos textos que escolheu.
3) que traga o seu instrumento (quem tem instrumentos portáteis).

Obrigada e bom trabalho!





Critérios de Avaliação
Pontuações


Para questões da alínea I.

Parâm
etros
Escala
de
de Critérios de avaliação


classific
avalia
ação
ção
Não identifica nenhum dos problemas levantados 0
Identifica parte dos problemas levantados 1


Identifica vários dos problemas levantados
Identifica todos os problemas levantados
2
3
Exprime-se ainda que com incorreções de natureza
1
ortográfica e/ou sintáctica, discursiva
Exprime-se corretamente no que concerne a
2
ortografia e coerência sintática/discursiva

Exprime-se e comunica muitíssimo bem pela escrita 3


Analisa e usa argumentos ainda que pouco
1
pertinentes, mesmo que retirados de bibliografia
Analisa e usa vários argumentos oportunos
2
fundamentados ou não na bibliografia
Analisa e usa de forma consistente vários
argumentos pertinentes fundamentados na 3
bibliografia
Analisa e usa de forma consistente vários
argumentos pertinentes fundamentados também em 4
bibliografia complementar
Redige resposta procurando organização, clareza e
1
sistematização
Organiza argumentos aplicando-os a
2
ideias/formulações de forma clara
Sintetiza e organiza ideias de forma clara, pertinente
3
e autónoma para fundamentar os argumentos
Os exemplos que dá não se aplicam devidamente 0
Dá corretamente um dos exemplos práticos
1
solicitados
Dá corretamente vários dos exemplos práticos
2
solicitados
Dá corretamente todos os exemplos práticos
3
solicitados
Respeita regras de citação bibliográfica 1
Total =
17


Para tarefas da alínea II.



1 Pesquisa e apresenta exemplo
2
3
Pesquisa e apresenta exemplo sugestivo
Pesquisa e apresenta exemplo muito sugestivo


1 Analisa e usa argumentos ainda que pouco pertinentes para justificar

2
apresentação
Analisa e usa vários argumentos consistentes e pertinentes para justificar

apresentação
1 Estrutura a apresentação procurando sistematização para fundamentar os
argumentos

2 Estrutura a apresentação sendo capaz de sistematizar e fundamentar alguns


argumentos
3 Sintetiza e organiza a apresentação sistematizando plenamente a
fundamentação dos argumentos
1 Exprime-se ainda que com pouca clareza
2 Exprime-se com clareza
1 Comunica ainda que não liderando eficazmente a apresentação
2 Comunica liderando eficazmente a apresentação
1 A apresentação é pouco inspiradora
2 A apresentação é moderadamente inspiradora
3 A apresentação é muito inspiradora
TOTAL 15

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