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CESVALE- CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA-PI

DARLENE TAVARES GONÇALVES

A IMPORTANCIA DO FLUXO DE CAIXA NA GESTÃO DE UMA EMPRESA


INTERMEDIADORA FINANCEIRA DE BENS DE TERCEIROS EM TERESINA-PI
TERESINA-PI
2013

DARLENE TAVARES GONÇALVES

A IMPORTANCIA DO FLUXO DE CAIXA NA GESTÃO DE UMA EMPRESA


INTERMEDIADORA FINANCEIRA DE BENS DE TERCEIROS EM TERESINA-PI
Artigo Científico apresentado ao CPG-
CESVALE- Centro de Pós Graduação e
Extensão do CESVALE como requisito
parcial para a conclusão do curso de
Especialização em Planejamento
Contábil e Tributário sob orientação da
Prof. M.Sc. Regina Cláudia do Rego.

TERESINA-PI
2013
A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA NA GESTÃO DE UMA EMPRESA
INTERMEDIADORA FINANCEIRA DE BENS DE TERCEIROS EM
TERESINA-PI

RESUMO:

Na realidade mundial, em virtude da complexibilidade econômica, da expansão e


competitividade dos mercados, verifica-se uma crescente necessidade das empresas em
buscarem instrumentos capazes de auxiliar as organizações de pequeno porte no
planejamento e controle de seus recursos para que estes sejam usados de maneira
eficientes, a fim de salvaguardar a atividade empresarial e auxiliando as empresas a
alcançar os objetivos determinados. O sucesso empresarial demanda cada vez mais o
uso de práticas financeiras dinâmicas e apropriadas. A realidade aponta para
administradores cada vez mais interessados por informações relevantes que irão auxiliar
seu processo decisório. O fluxo de caixa é um instrumento eficaz para empresa que
pretende ter um controle de saídas e entradas de recursos financeiros. É uma ferramenta
de análise financeira em curto prazo, e hoje com a grande competitividade no mercado,
as empresas não podem abrir mão de uma ferramenta como esta. O objetivo principal
do trabalho é demonstrar a importância do Fluxo de caixa na gestão de uma Empresa
Intermediadora Financeiras de Bens de Terceiros em Teresina-PI. A problemática
analisada é o desconhecimento desta ferramenta pela mesma onde se verifica um grau
de inadimplência causado pela falha de outros setores refletindo no comprometimento
do setor financeiro onde o mesmo é a principal fonte de recursos, pois é a partir desse
setor que a empresa tem capacidade para honrar seus compromissos.

PALAVRA – CHAVE: Fluxo de Caixa. Inadimplência. Receitas. Despesas.

1 INTRODUÇÃO:
No momento atual frente a globalização as empresas enfrentam um dos
principais problemas na sua gestão, principalmente as de constituição recente é fazer
com que os capitais trabalhem a seu favor. Utilizar o fluxo de caixa de maneira a
otimizar a gestão de seus recurso financeiros minimizando seus custos e maximizando
suas receitas. Este estudo tem este objetivo, o de desmistificar o conceito de gestão de
empresas,controlando um de seus maiores riscos e temores que é a inadimplência. E é
exatamente esta a principal utilidade do fluxo de caixa.

A gestão de recursos financeiros representa a principal atividade de uma


empresa, onde a mesma cumpre importante papel na economia. É imperativo um
planejamento efetivo do montante captado e o acompanhamento dos efeitos alcançados
com finalidade de gerir os recursos e assim tornar possível uma melhor
operacionalização.

As empresas brasileiras, independentemente do tamanho ou estrutura, estão


enfrentando desafios jamais vistos, tais como a globalização da economia e ambientes
externos e internos cada vez mais dinâmicos. Todas essas mudanças contribuem para
aumentar o risco e a incerteza, tornando o gerenciamento das empresas uma atividade
bastante complexa e desafiante, por isso elas precisam desenvolver ferramentas
gerenciais que possibilitem agilizar e aperfeiçoar o processo decisório.

Uma importante ferramenta é o fluxo de caixa, pois por meio de controle do


fluxo de caixa o gestor pode programar e acompanhar as entradas e saídas de recursos
financeiros, tanto a curto como longo prazo. Pois a partir do momento em que a
empresa controla tais recursos, terá capacidade de descobrir escassez de caixa ou um
possível excesso de recurso financeiro que poderiam ser aplicados no mercado
financeiro, rendendo recursos a mais para a empresa.

O fluxo de caixa ajuda o gestor financeiro nas decisões para manter sua empresa
no mercado, pois através dele planeja as necessidades ou não de recursos financeiros a
serem captados para a sobrevivência da empresa. A insuficiência de caixa pode
determinar cortes no crédito, pois muitas das vezes ele é objeto de apresentação na hora
de conseguir credito no mercado, junto a que instituição, bancos e fornecedores, além da
suspensão na entrega de materiais.

Atenta-se ao fato de justificar-se que a principal causa de inadimplência é a má


administração, a qual é responsável por mais de 50% de todos os casos. Numerosos
erros administrativos específicos podem levar uma empresa ao fracasso.

1.1 Problemática e Justificativa

Partindo do principio e da necessidade de uma visão mais ampla da situação


financeira de uma Empresa Intermediadora de Bens de Terceiros em Teresina-PI , surgiu
a seguinte pergunta: “De que forma o controle do fluxo de caixa contribui para melhorar
o desempenho, agilizar processos financeiros, bem como os fatores que influenciam
uma gestão eficaz em uma empresa intermediadora financeira de bens de terceiros?

A contabilidade vem se consolidando como uma ferramenta indispensável aos


gestores, devido suas informações altamente técnicas, precisas e claras. Porém é difícil
controlar todas essas informações. Um bom planejamento auxilia muito na tomada de
decisão pelos usuários, mesmo assim muitas empresas sofrem com falta de recursos
financeiros,tornando o fluxo de caixa um instrumento indispensável no processo
gerencial das empresas.

Esse tema foi escolhido em razão de tratar-se de um assunto relevante em uma


empresa com sua situação financeira com grau significativo de inadimplência, partindo
da analises de dados, observou-se falhas em setores refletindo claramente no setor
financeiro, uma vez que são setores de grande comprometimento ao fluxo de caixa da
empresa A falta de conhecimento dessa ferramenta que é fluxo de caixa na empresa
impede que os gestores possam tomar suas decisões com mais precisão. Assim este
trabalho teve o intuito de divulgar uma temática tão relevante para o contexto social.

1.2 Metodologia

Foi realizado um estudo de caso em uma instituição de intermediação financeira


localizada no município de Teresina. Foi necessário realizar uma análise em cada setor
da instituição no intuito de diagnosticar o grau significativo de inadimplência dos
clientes e o fluxo de entradas e saídas de recursos. Para que analise ao empreendimento
fosse mais precisa, houve aplicação de um questionário aos dois sócios e aos dois
gerentes da empresa.

1.3 Objetivos

Buscando responder a problemática construída esse estudo tem por objetivo


mostrar a importância do fluxo de caixa na gestão financeira da mesma. Onde o
financeiro representa a principal atividade da empresa, o qual a mesma cumpre
importante papel na economia do Estado. Verificar como a empresa faz seu controle de
caixa (Entradas e saída) e descrever ações de melhoria aos processos relacionados ao
financeiro. É imperativo um planejamento efetivo do montante captado e o
acompanhamento dos efeitos alcançados com finalidade de gerir os recursos e assim
tornar possível uma melhor operacionalização.

Considerando as observações e dados obtidos constata-se a importância do


financeiro da empresa cujo setor é a principal fonte de recursos, pois é a partir destes
pontos que a empresa tem capacidade para honrar compromissos como: investimentos,
remuneração do sócio-administradores, dos colaboradores, pagamentos de impostos e
reembolso de fundos oriundos de terceiros e capital de giro gerada pelo nível de
atividades.

Nesse estudo foram desenvolvidas estratégias á essa problemática agindo


diretamente nas deficiências encontradas, aplicando ações concretas que propiciarão
manter um clima de cooperação e interação entre os profissionais envolvidos nos
específicos setores para que juntos promovam uma comunicação e interligação da
cobrança junto ao financeiro, execução e acompanhamentos diários das entradas e
saídas do caixa através de relatórios, agendamento e pagamento das contas a pagar,
redução de gastos desnecessários, analise de prazos e vencimento, negociação de juros,
promoções e/ ou mesmo isenção destes buscando a satisfação dos clientes. Estes que são
altamente relevantes para o sucesso da empresa.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Pretende-se neste tópico apresentar e demonstrar a importância do fluxo de


caixa na gestão financeira das empresas, as ferramentas úteis para melhorar o
desempenho, relacionar oportunidades estratégicas de utilização de fluxo de caixa,
apontar a importância de um sistema eficaz e subsídios imprescindíveis à tomada de
decisão para resultados satisfatórios.

2.1 Pontos Importantes da Gestão do Fluxo de Caixa

A gestão do fluxo de caixa de uma empresa passa pela estruturação


conceitual de elementos que irão afetar a liquidez e mesmo viabilizar seu adequado
gerenciamento. Dessa maneira serão apresentados princípios necessários a uma eficiente
gestão financeira e operacional.

2.1.1 Princípios Gerais: definição da postura de uma organização

Segundo Frezatti (1997, p.43), os princípios servem para nortear as questões


comportamentais e de postura de organização frente à gestão do fluxo de caixa. Foram
escolhidos por sua relevância frente às necessidades dos profissionais, não
representando uma lista que possa relacionar todos os princípios possíveis, mas sim que
indiquem aqueles que na opinião do autor sejam os mais relevantes.

Envolvimento dos Tomadores de Decisão


Significa que todos aqueles que tomam decisões sobre o fluxo de caixa de uma
empresa devem, de alguma forma, ter conhecimento da situação e possibilidades de
caixa para o referido período. Em outras palavras, o gestor da verba de comunicação de
uma empresa, por exemplo, com poderes para negociar antecipações e pagamento a
vista, tem que ter conhecimento da situação de caixa da empresa para poder tomar uma
decisão adequada. Deve ter sensibilidade sobre a taxa de juros que afeta a empresa em
função das operações que desenvolve, pelas conseqüências provocadas sobre a liquidez
e resultado econômico da empresa.

Todo profissional que atue na empresa e tome decisões que afetem a liquidez
da empresa dever ser chamado a participar, de alguma forma, no estabelecimento de
metas de geração de liquidez do período. Seja ele o responsável pela venda do produto e
quem decida prazos, taxa de juros e mesmo o momento de faturamento a negociar com
clientes, ou aquele que tem responsabilidade sobre os suprimentos da empresa, tendo
liberdade para fazer compras a vista em momentos de oportunidade comercial, suas
participações são essenciais. A forma e a intensidade dessa participação é uma questão
de peculiaridade de cada empresa; o importante é que ele deve entender o
status/resultados, bem como seus compromissos.

Analise Global das Operações da Empresa

O mundo do tesoureiro não é apenas aquele que sobra depois que as vendas
e compras já ocorreram; ao contrário, dele se espera(?) atuação incisiva com base nos
elementos da formação do capital de giro. É o exemplo do tesoureiro que questiona seus
pares pela não venda de um terreno, um ativo não operacional que, uma vez vendido,
poderia liberar recursos para tornar a situação do caixa mais confortável, depender
menos dos bancos e auferir melhor resultado pela queda dos juros. Significa que a
organização busca a liquidez prioritariamente das operações que justificam sua missão.
Entretanto, o instrumento a ser utilizado pelo tesoureiro deve vislumbrar o fluxo de
caixa operacional distinto do fluxo de caixa financeiro, que é fundamentalmente
equalizados do primeiro.

Contato Íntimo com o Mercado


De certa maneira, o fluxo de informações deve ser gerenciado de forma
disciplinada, pois alterações na tributação, tipos de investimentos ou captações
disponíveis podem tornar-nos mais ou menos eficientes em termos de geração de
riqueza para a empresa. As oportunidades estão por ai, esperando serem identificadas e
exploradas. Ler jornais, falar com as instituições do mercado, comparecer a eventos são
ações por demais importantes da gestão de liquidez. Contatos com outras empresas no
sentido de manter em evolução a percepção de bench marketing também se relevam
cada dia mais decisivos sobre a possibilidade de sobrevivência e sucesso da
organização.

Um bom tesoureiro deveria dedicar 30% de seu tempo negociando, 15%


controlando as operações e 55% buscando e pensando em alternativas para aumento da
rentabilidade e diminuição do risco da organização. O aumento de seu conhecimento
sobre o mercado e mecanismo é parte importante do sucesso em seu impacto sobre os
resultados.

2.2 Funções Financeiras das Empresas

Conhecer as finanças da empresa e saber como utilizar corretamente suas


ferramentas pode ser uma das principais fontes de informação para auxiliar na tomada
de decisões.

Longenecker, Moore e Petty (2004,p.23) afirmam que dizer que os gestores


e empresários devem ter conhecimento sobre o processo contábil, não significa dizer
que eles precisam tornar-se peritos em contabilidade, mas que precisam saber como
lidar com as ferramentas financeiras, inclusive os demonstrativos financeiros, para
poder identificar quais métodos contábeis poderão funcionar com mais coerência na
empresa em questão.

Segundo Sanvicente (1997,p.16) a função financeira tem como finalidade


“assessorar a empresa como um todo proporcionando-lhe os recursos monetários
exigidos.” Analisando mais profundamente essa função temos que observar a seguinte
maneira de definir a função financeira na empresa:As finanças podem ser definidas
como a arte e a ciência de gerenciamento de fundos. Virtualmente, todos os indivíduos e
organizações ganham ou captam e gastam ou investem dinheiro.
As finanças lidam com o processo, as instituições, os mercados e os
instrumentos envolvidos na transferência de dinheiro entre indivíduos, negócios e
governos.Gitman( 2001, p.34).

Uma maior especificidade é utilizada ao afirmar que “para a Administração


Financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de
mercado em longo prazo, pois desta forma estará sendo aumentada a riqueza de seus
funcionários” Hoji( 2003, p.21).

Seguindo a mesma linha de raciocínio, Braga (1995, p.23) complementa


dizendo que: As receitas obtidas com as operações devem ser suficientes para cobrir
todos os custos e despesas incorridas e ainda gerar lucros. Paralelamente a esse fluxo
econômico de resultados ocorre uma movimentação de numerário que deve permitir a
liquidação dos compromissos assumidos, o pagamento de dividendos e a inversão da
parcela remanescente dos lucros.

Braga (1995, p.34) ainda coloca que “em empresas de médios e pequenos
portes, as atividades relacionadas com a função financeira geralmente ficam sob
responsabilidade de um dos sócios”. Ainda acrescenta que “não é raro essa pessoa
acumular funções e relegar a função financeira a um segundo plano”.

Em pequenas empresas como a em questão, torna-se bem menos complexas


as aplicações das ferramentas de controle administrativo financeiro, justificadas através
de uma menor parcela de movimentações financeiras e um menor número de indivíduos
envolvidos no processo. Mas apesar disto, a maioria delas acaba confundindo essa
característica com simplicidade, e terminam por misturar as finanças empresariais com
as pessoais e essa é uma das falhas mais graves que podem levar essas empresas a
falência.

2.2.1 Caixa

No meio empresarial é a denominação de uma conta que serve para indicar o


valor de recursos disponíveis que poderão ser movimentados de forma extremamente
rápida para efetuar pagamentos. Também serve para ordenar registros de montantes
recebidos e pagos.
È extremamente importante que se tenha um excelente controle do caixa na
empresa. Segundo Gitman (2001 p.493) “caixa é a moeda corrente pronta para qual
todos os ativos líquidos podem ser reduzidos”.

A importância de estudar suas características está expressa no que diz


Zdanowicz (2004, p.188), ao afirmar que “todo administrador financeiro deve ter a
preocupação com a determinação do nível desejado de caixa, captando quando este for
insuficiente ou aplicando os excedentes”.

O mesmo autor confunde um pouco a definição de caixa com o conceito


de disponibilidades ao dizer que “a segurança que a empresa tem em honrar seus
compromissos está na disponibilidade de caixa da mesma”. Marion (2002, p.241)
complementa a explicação da conta caixa afirmando que ele, além do papel moeda
“pode incluir também, ‘cheques em mãos’, não depositados ainda, porém recebíveis
imediatamente”.

As disponibilidades da empresa têm como objetivo básico a obtenção da


maior liquidez possível, não favorecendo a inatividade de excessos Sanvicente
(1997,p.69). A funcionalidade do Caixa é que ele representa os bens da empresa,
traduzidos em números que normalmente estão em forma de dinheiro ou cheque.

O funcionamento do caixa no fluxo de movimentação diária é feito


debitando as entradas de dinheiro ou cheques, e creditando pelas saídas dos mesmos
Ribeiro (2003,p.23). Parece contraditório dizer que entradas em caixa funcionam como
débitos, mas precisamos olhar pelo ponto de vista de que todas as entradas geram
obrigações que irão debitar de alguma maneira.

2.2.2 Bancos

Um banco é a instituição financeira que aceita depósitos e concede


empréstimos. O banco tem por funções depositar capital em formas de poupança,
emprestar dinheiro, financiar automóveis e casas, trocar moedas internacionais,realizar
pagamentos e recebimento de titulos dessas instituiçoes bem como suporte e
atendimento financeiro as empresas consernente á capital de giro.
De acordo com Zdanowicz (2004, p.191), “os bancos são grandes aliados da
empresa não só pelo crédito que oferecem, mas principalmente, pela série de serviços
que são colocados à sua disposição, com destaque especial para os sistemas de cobrança
das contas a receber (recebíveis)”.

Paralelamente á conta caixa, os bancos têm a função de representar “os


valores de bens numerários da empresa depositados em conta corrente bancária” Ribeiro
(2003, p.45).

Segundo Braga (1995, p. 133), “operando com um banco comercial, a


empresa conta também com o suporte das demais instituições integrantes do
conglomerado financeiro, tais como: banco de investimento, financeira, arrendamento
mercantil, seguradora, corretora, distribuidora etc.”.

A principal atividade da empresa está relacionada com as instituições


financeiras. A grande maioria dos pagamentos e recebimentos envolve as contas
bancárias. Não só os pagamentos e recebimentos caracterizam-se como operações
bancárias, mas também: depósitos, operações de cobrança e descontos de duplicatas e
títulos, empréstimos obtidos nas instituições financeiras, aplicações financeiras de
liquidez imediata ou a curto, médio e longo prazo Junior;Begali (2002, p.71).

É de suma importância ressaltar que a empresa deve analisar bem as


propostas de todas as instituições bancárias disponíveis, verificando quais lhe oferecem
maior número de benefícios e menores tarifas de manutenção, atentando ainda para
taxas de juros e de renovações de contrato. Toda empresa comercial precisa,
indispensavelmente de uma instituição financeira que lhe dê amparo nos trâmites
financeiros.

2.2.3 Contas a Receber

A concessão de crédito ao cliente é uma maneira de atraí-lo. O fato é que ele


compra onde as condições sejam mais atrativas e as condições de pagamento, muitas
vezes atraem muito mais que a qualidade ou marca do produto. A utilização de um
sistema de contas a receber traz ao usuário uma série de benefícios como:

Rastreamento de contas á receber por data de vencimento; Rastreamento de


contas a receber vencidas;Rastreamento de contas a receber a vencer;Gerenciamento de
cheques pré-datados;Controle de contas bancárias;Controle de cartões de créditos
Controle de caixa

Segundo Gitmam (2001, p.530), “a política de cobrança da empresa são seus


procedimentos para cobrar duplicatas a receber quando elas vencem”.

Porém o conceito de Contas a Receber pode ser exposto através de várias


linhas de raciocínio.

Segundo Silva (2006,p.48):

Essa conta também pode ser chamada de Duplicatas a Receber e representa


os valores que a empresa tem direito a receber proveniente de vendas a prazo.
Explanando esse pensamento tem-se que “vender a prazo implica conceder crédito aos
clientes.

Ainda é de extrema relevância observar que:

A Receita a Receber é uma situação simétrica à Despesa a Pagar, ou seja,


corresponde a uma receita auferida que não foi recebida nem ainda emitida a
fatura correspondente, ou seja, existe a certeza de uma receita. Tal certeza
decorre de um compromisso formal, assumido com algum cliente, realizado
total ou parcialmente, de modo que tal cliente deve ter um certo montante à
empresa. Pizzolato ( 2000,p.73).

Enfocando diretamente a origem das contas a receber, Zdanowicz (2004, p.


198) afirma que “os valores a receber referem-se às contas correntes, créditos
parcelados, contratos de vendas a prazo e de vendas condicionadas. Assim, as vendas a
prazo dão origem aos valores a receber pela empresa”.

O controle dos recebíveis pode ser um instrumento de segurança na tomada


de decisões pela empresa. Conhecer detalhadamente os valores a receber e suas
previsões de entrada são informações muito importantes para decisões de investimento e
previsões de compras e aquisições. É também necessário, para programar as obrigações
financeiras da empresa que se tenha disponível a operação de antecipações de
recebíveis, que são oferecidos por instituições de crédito.

2.2.4 Contas a Pagar


As Contas a Pagar ou obrigações financeiras da empresa são os
compromissos que a empresa assume em caráter de contraprestação com terceiros. Uma
das principais obrigações de empresas comerciais é os fornecedores. As políticas de
compra podem definir as limitações da empresa com relação á crédito com seus clientes.
Porém é de extrema necessidade que as empresas mantenham um bom relacionamento e
credibilidade com seus fornecedores.

Silva (2006, p.134) afirma que:

A conta de fornecedores representa as compras a prazo efetuadas pela


empresa. Tais compras compreendem as mercadorias, as matérias-primas, os
componentes utilizados na produção e outros materiais de consumo. Os fornecedores
podem ser nacionais ou estrangeiros. [...] Pode ainda ocorrer de empresas coligadas ou
controladas também aparecerem como fornecedoras.

Além dos fornecedores ainda estão nas contas a pagar os valores referentes a
pagamentos de financiamentos que normalmente são exigíveis em longo prazo por
encerrar suas obrigações em exercícios seguintes ao período de referência. São obtidos
em bancos comerciais e incorrem seus encargos, taxas e juros a pagar. Junior;Begalli
(2002,p.79)

É preciso analisar sempre o custo do capital que para Hoji (2003, p.194) “é
calculado com base em diversas fontes de financiamento de caráter permanente e de
longo prazo, que compõe a estrutura de capital de uma empresa”. Também são
consideradas compromissos a pagar: os salários e contribuições especiais. Esses
compromissos fazem parte da movimentação mensal da empresa e são prioridades para
a empresa.

2.3 O que é Fluxo de Caixa

Fluxo de caixa é um instrumento gerencial que controla e informa todas as


movimentações financeiras (entradas e saídas de valores monetários) de um dado
período – pode ser diário, semanal, mensal, etc. O fluxo de caixa é composto dos dados
obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, de vendas, de despesas, de
saldos de aplicações, e todos os demais que representem as movimentações de recursos
financeiros disponíveis da organização.
Segundo Gitman (2001,p.56):

O fluxo de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá


quando haverá recurso suficientes para sustentar as operações ou quando
haverá necessidade de financiamentos bancários. Empresas que necessitem
continuamente de empréstimos de ultima hora poderão se deparar com
dificuldades de encontrar bancos de as financiem.

O mundo está mudando. As formas de organização social, acompanhando a


dinâmica mundial se encontram diante de novos modelos e novos conceitos, impostos
cotidianamente pelos meios de comunicação e pela generalização dos paradigmas
sociais.

Tais mudanças estão em evidência no mundo moderno, gerando grandes


transformações comportamentais. O alto grau de competitividade entre empresas vem se
acirrando e levando milhares de empresas a investirem em novas tecnologias e
formação continuada de seus profissionais. Tais investimentos têm se tornado o
diferencial no âmbito empresarial.

Para Bauer (1999,p.102), no âmbito empresarial, já se tornou bastante


comum o discurso da turbulência econômica e da instabilidade do mercado financeiro,
refletindo nos processos decisórios que estão se tornando cada dia mais duvidosos e
incertos,gerando imprevisibilidade diante das ações de todos os indivíduos envolvidos.

Dentro deste contexto, surgem dificuldades para planejar, gerir, organizar, e


principalmente administrar, abreviando cada vez mais a confiabilidade para
empreendimentos e previsões. Nesse sentido, a gestão de recursos financeiros adquiri
grande importância, pois representa uma das principais atividades empresariais. O
planejamento, a administração,o acompanhamento desses recursos são inerentes ao
profissional contador, que informa todas as movimentações financeiras (entradas e
saídas de valores monetários) de um dado período - pode ser diário, semanal, mensal,
etc.

De acordo com Frezzatti (1997, p. 46), “ é essencial a empresa trabalhar com


um planejamento de no mínimo para três meses. O fluxo de caixa mensal deverá,
posteriormente, transformar-se em semanal e este em diário.” O padrão diário irá
ministrar a posição dos recursos em desempenho dos ingressos e desembolsos de caixa,
constituindo-se em poderosos instrumentos de planejamento e controle financeiros para
a empresa.

Assim, segundo o autor, a finalidade dessa previsão é prover informações


para a tomada de decisões, tais como: predizer as necessidades de captação de
recursos,antecipar os momentos em que haverá carências ou necessidades de recursos e
principalmente concentrar os excedentes de caixa nas melhores alternativas para a
empresa sem danificar a liquidez.

Pode-se afirmar, com base no autor, que o fluxo de caixa é a comprovação visual
das receitas e despesas distribuídas pela linha do tempo da empresa.

Para a montagem da projeção do fluxo de caixa os seguintes dados devem ser


considerados:

-Entradas
-Contas a receber;Empréstimos;Dinheiro dos sócios
-Saídas
-Contas a pagar, Despesas gerais de administração (custos fixos);
pagamento de empréstimos; compras à vista.

O fluxo de caixa é considerado um dos principais mecanismos de diagnóstico e


estimativa de uma empresa, gerando para o administrador, uma visão futura dos
recursos financeiros da empresa, integrando o caixa central, as contas correntes em
bancos, contas de aplicações, receitas, despesas e as previsões. Na verdade é um
instrumento que possibilita aos administradores contornarem situações e tomarem
decisões com razoável antecedência, fornecendo informações que facilitam a tomada de
decisões, objetivando, sempre, as melhores oportunidades do mercado sem prejudicar o
capital de giro da empresa.

2.3.1 Para que Serve o Fluxo de Caixa

O Fluxo de Caixa é um instrumento de controle que auxilia na previsão,


visualização e controle das movimentações financeiras de cada período. A sua grande
utilidade, é permitir a identificação (especialmente prévia, mas também posterior) das
sobras e faltas no caixa, possibilitando ao profissional planejar melhor suas ações
futuras ou acompanhar o seu desempenho.
Em uma empresa, o ideal é que o período de acompanhamento seja diário, mas
autônomos que usem o sistema exclusivamente como instrumento gerencial podem se
virar com períodos maiores – semanal ou até mensal – dependendo da sua liquidez.
Períodos menores permitem maior eficiência nos investimentos e aplicação financeira
dos saldos positivos, mas em compensação geram maior esforço ou custo de
acompanhamento. É importante que você encontre o seu ponto de equilíbrio.De uma
forma ou de outra, um controle de fluxo de caixa bem feito é uma grande ferramenta
para lidar com situações de alto custo de crédito, taxas de juros elevadas, redução do
faturamento e outros fantasmas que rondam os empreendimentos.

a) Fluxo de Caixa Diário

A gestão financeira responsável é uma das ferramentas mais importantes


para garantir o sucesso de uma empresa. Esta afirmação é do consultor financeiro do
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae -SP), Ricardo
Simões Curado.

Segundo Curado:

O objetivo de qualquer empresa é obter resultados positivos. E, para que isso


aconteça, o empresário tem de dar muita atenção a tudo o que acontece com o caixa da
sua empresa. Antes de tudo, o empreendedor tem de saber produzir alguma coisa e,
também, estudar como esse produto pode lhe trazer dividendos. Na seqüência, deve
medir custos e estabelecer um preço que seja acessível a seus clientes e que também lhe
proporcione um lucro razoável. Implementando essa política, é muito importante seguir
de perto o fluxo de caixa da empresa. A grande maioria de empresários opta por
contratar um contador externo para fazer esse serviço. Mas somente o contador não é
suficiente.

Ainda segundo Curado, é de suma importância que haja um


acompanhamento de caixa diário, feito pelo próprio proprietário ou por um funcionário
designado para cumprir essa função.
Baseando-se nessa projeção, a análise do fluxo de caixa irá permitir ao
empresário:

Avaliar a capacidade da empresa;Gerar recursos para suprir o aumento das


necessidades de capital de giro geradas pelo nível de atividades;Remunerar os
proprietários da empresa, efetuar pagamento de impostos e reembolsar fundos oriundos
de terceiros.

Com base nesses dados, pode-se ter um indicativo não somente sobre o valor
dos financiamentos que a empresa necessitará para desenvolver as suas atividades, mas
também quando e como ele será utilizado. Uma boa análise do fluxo de caixa diário irá
permitir uma projeção mais clara sobre a vida econômica da empresa que pode ser
realizada mensalmente.

Além de permitir avaliar a configuração do desenvolvimento da política de


captação e aplicação de recursos, o acompanhamento entre o fluxo projetado e o
efetivamente realizado, permite identificar as variações ocorridas e as causas dessas
variações. Para a preparação do fluxo de caixa diário, a empresa precisa montar uma
rede de informações organizadas que possibilitem a visualização das contas a receber,
contas a pagar e de todos os desembolsos geradores dos custos fixos.

b) Objetivos do Fluxo de Caixa

Facilitar análise e cálculo na seleção das linhas de crédito a obter;Detectar


antecipadamente as carências de recursos;Planejar desembolsos evitando acúmulo de
compromissos vultosos em época de pouco encaixe; Quantificar os recursos próprios
disponíveis para investimentos;Intercambiar os diversos departamentos com área
financeira; Usar eficientemente/eficazmente recursos disponíveis;Manter determinado
nível de caixa em função do capital de giro;Aplicar os excedentes de caixa;Programar
convenientemente empréstimos ou financiamentos;Projetar plano efetivo de resgate de
débitos;Integrar os controles financeiros da empresa.

c) Principais Características do Fluxo de Caixa

Sendo Fluxo de Caixa ferramenta fundamental para a gerência financeira


planejar a entrada e saída dos recursos da empresa, é importante que as suas
características sejam mencionadas, pois elas fornecem uma visão consolidada das
informações disponíveis e de outros sistemas da área financeira. As principais
características do Fluxo de Caixa são:

Relaciona cronologicamente os recebimentos e pagamentos de forma analítica


ou sintética. O período de análise de fluxo é o usuário quem define;Trabalha com
valores previstos e realizados; considera o prazo bancário para crédito (D+n) nos
compromissos á receber de acordo com cada Agente Recebedor;Trata Duplicatas em
desconto e Cobrança Duvidosa destacando seus valores no Fluxo de Caixa.

2.4 Análise do Fluxo de Caixa

A análise do fluxo de caixa examina a origem e aplicação do dinheiro, que


transitou pela empresa, propiciando identificar o processo de circulação do dinheiro. No
mundo moderno, a maioria das transações das empresas não envolvem o caixa
propriamente dito, uma vez que os pagamentos podem ser feitos com cheques,
operações bancárias, internet entre outras opções, sem que precisam transitar pelo caixa.

Partindo desta premissa a expressão fluxo de caixa, portanto, deve ter


amplitude maior, pois, envolve todos os pagamentos e os recebimentos em geral. A
análise do fluxo de caixa pode ser elaborada através de técnicas de origens e aplicações
de recursos para avaliar as alterações em cada ativo da estrutura permanente. Esta
análise apresenta o movimento de fonte, pelo balanço patrimonial, colocando em
evidência o fluxo de caixa das contas acrescidas de depreciação. Ele mostra como é
feito o financiamento de ativo permanente ou empréstimo em longo prazo.

Analisar o fluxo de caixa permite ao profissional contabilista definir de que


forma os pagamentos de dividendos são custeados pelos lucros, além de identificar se o
capital de giro da empresa está aumentando.Toda a empresa precisa de Capital para que
possa existir. O Capital da empresa pode ser Próprio ou de Terceiros. Ele é próprio
quando sua origem é dos sócios, dos lucros, etc. Ele é de Terceiros quando sua origem é
estranha à empresa e neste caso pode ser por empréstimos, financiamentos,
fornecedores, etc.
De acordo com Zuinglio (2008,p.104), existe um modelo de análise
fundamentado em índices. Para o autor, (...) estes índices são divididos em dois grupos:
os índices de suficiência e os índices de eficiência. Os índices de suficiência revelariam
“a adequação dos fluxos de caixa em saldar os compromissos da empresa”. Já os índices
de eficiência revelariam a capacidade de a empresa “gerar fluxos de caixa em relação
aos anos anteriores, bem como em relação a outras empresas do mesmo setor, ou em
relação a outros setores”.

Frezatti (1997,p.113) explica: a divisão da análise do fluxo de caixa em três


partes: análise de consistência, análise comparativa e análise de otimização.Análise de
consistência: se preocupa basicamente com o conteúdo, assegurando que as informações
estão todas modeladas e adequadas. A entrada de dados ocorreu de maneira desejada.
Pretende-se levantar questões, aprofundar a análise e assim verificar erros ou
incorreções. (Frezatti 1997) faz ainda uma análise comparativa: seu objetivo é saber se o
fluxo de caixa está melhor ou pior. Quais as mudanças ocorridas e com que velocidade.
As conferições neste caso são sumarizadas, e destacam comparações com o mês
anterior, o ano anterior e com o plano de negócios. (Frezatti, 1997)

Análise de otimização: depois de feitas as análises anteriores, busca-se a


otimização dos efeitos, ou seja, significa dizer que se pretende obter os melhores
resultados em termos de geração de caixa, tanto no fluxo operacional como no de
acionistas, no fluxo permanente e no financeiro. Simulações de resultados podem e
devem ser efetuadas pra se avaliar o potencial e mesmo a importância dos resultados,
face a novos riscos que sejam corridos. (Frezatti, 1997).

De acordo com Patrícia Liz, consultora econômica do SEBRAE, o tempo


mínimo ideal para análise de fluxo de caixa é um ano. Assim, é possível analisar os
indicadores como lucratividade, rentabilidade, prazo de retorno de investimento e ponto
de equilíbrio. Na maioria dos casos, o ciclo de operações nas indústrias pode ser bem
visualizado no período de um ano, compreendendo sazonalidade, descasamento de
prazos de pagamentos e recebimentos e necessidade de capital de giro. Um ano engloba
todos os períodos, datas especiais, mudanças de estações, reajuste de pagamentos de
salários (considerando data-base).

3 ESTUDO DE CASO
A pesquisa foi realizada na empresa Intermediadora Financeira de Bens de
Terceiros por cotas de sociedade limitada, com sede própria localizada na cidade de
Teresina-PI, teve sua fundação em 27 de Junho de 1995, possui dois sócios proprietários
ambos com formação superior, trabalham juntos á dezessete anos. A empresa conta com
dois departamentos de grande importância na sua gestão: vendas, e Administrativo, a
mesma conta com uma equipe de trinta funcionários treinados e qualificados para
atender a clientela de aproximadamente 18.000 (dezoito mil) dentro e fora do Estado.

Foram analisados dois setores da empresa, sendo constatado grau de


inadimplência de clientes através de relatórios utilizados no. Diante dessa problemática
deve-se implantar um plano de ação e estratégias como: Uma observação maior do
Gerente Administrativo agindo de forma mais direta na Administração da empresa, uma
conscientização à toda equipe administrativa da organização dos controles financeiros
diários e da importância do fluxo de caixa para empresa por meio de palestras as
equipes envolvidas de modo a propiciar a interligação do setor financeiro com o setor de
cobrança tornando evidente a importância da comunicação e colaboração entre ambos.
Aplicou-se um questionário aos dois sócios da empresa e aos dois gerentes onde
o mesmo buscou constatar aplicabilidade e o grau de conhecimento sobre o fluxo de
caixa, o mesmo composto por dezessete questões dividido em duas partes. Primeira
parte da 1ª a 3ª questão perfil do entrevistado, e a segunda parte 4ª a 17ª questão
aplicabilidade e grau de conhecimento.
No perfil dos entrevistados os dois sócios ambos formados em áreas diferentes,
um Bacharel em Direito e o outro Bacharel em Fonoaudiologia. Já os dois gerentes
ambos também com formação superior um Bacharel em Administração e outro Bacharel
em Contabilidade.
A Contabilidade da empresa é realizada em um escritório fora da empresa, sendo
essa usada mais para cumprir obrigações fiscais, ou seja não supre a empresa com
relatórios gerenciais de desempenho e resultados.
Os dois sócios não conhecem essa ferramenta que é o fluxo de caixa, já os dois
gerentes conhecem mais não utilizam por não ter habilidade com essa ferramenta. O
resultado do questionário mostrou que mesmo o fluxo de caixa sendo uma ferramenta
essencial ficou claro que um motivo crucial ao não uso pelos gerentes é mais falta de
interesse e de capacitação profissional. Fica evidente também que a dificuldade no
manuseio está ligada à falta de interesse dos gestores em conhecer melhor o fluxo de
caixa, pois mesmo os autores deixando explicito a sua relevância, não há uma difusão
quanto aos seus benefícios por parte dos gestores.
Diante disso, cabe uma reflexão quanto à gestão financeira dessa empresa, pois
sendo o fluxo de caixa uma ferramenta capaz de demonstrar a liquidez da empresa além
de ser um instrumento que auxilia nas decisões estratégicas, os mesmos tomam suas
decisões sem um planejamento financeiro, não utilizam o fluxo de caixa nos processos
decisório da empresa. Certamente isso explica o porquê da inadimplência financeira da
empresa e a busca constante por empréstimos à longo prazo, o que torna frágil a
solvência e liquidez da empresa.
O estudo contribui para a propagação do fluxo de caixa como instrumento de
gestão financeira. E para conscientizar os administradores a adotarem instrumentos
gerencias que os auxiliem em tomada de decisão assertivas. Além de fazer a interação
entre a contabilidade e administração, utilizando uma ferramenta contábil como auxílio
nas decisões tomadas na empresa.

3.1 Setor Financeiro

Possui um sistema de controle altamente preciso mais não utilizado onde o


mesmo controla os registros ocorridos diariamente com o caixa evidenciando de forma
clara e precisa as entradas e saídas de pagamentos e seus respectivos partícipes por meio
de recibos e autenticação mecânica com emissão de relatório de fechamento do caixa ao
final do dia.

No mesmo setor constata-se falta de um controle das instituições bancárias


credenciadas a empresa através de retornos dos mesmos e assim deixando a desejar a
real situação de arrecadação de cada grupo da instituição. Não se tem uma confrontação
de recebimentos que possa ser direcionada ao gerente administrativo demonstrando o
valor arrecadado junto ao caixa e bancos para tomada de decisões.
As retiradas de bens de terceiros, despesas da pessoa jurídica e sócios são
retiradas diretamente do caixa da empresa.

3.2 No Setor de Cobranças

Nesse setor constata-se a necessidade de mais duas funcionárias, pois fica


inviável ser realizada cobrança para aproximadamente 18.000 (dezoito mil) clientes por
uma funcionária apenas.

Nesse setor um programa fora constituído por relatórios precisos e atualizados


junto ao caixa, sendo que os mesmos não eram utilizados pela funcionária, pois a
mesma ao assumir o cargo não obteve um treinamento adequado junto ao programador
do sistema operacional. Relatórios esses reformulados específicos como lista de clientes
identificando grupo e cota, parcelas recebidas, atrasadas e a vencer relacionado ao status
para cada tipo de clientes como : Clientes Ativos – não contemplados, Clientes Ativos -
contemplados, Clientes Inativos (desistentes) e Clientes Quitados.

Diante dessa complexidade de informações não utilizadas cabe uma orientação


junto a funcionária da importância de se trabalhar com mais precisão esse setor, pois
com o auxilio dos dados coletados pelo financeiro se tem a real situação de cada grupo.
Um setor com uma boa estrutura e equipamentos possibilitando o desenvolvimento de
um telemarketing ativo e de qualidade, onde o mesmo não esta sendo desenvolvido
adequadamente.

O trabalho nesses dois setores pode apresentar resultados positivos, pois à


medida que os clientes forem convidados a participar de promoções, comparecerão a
administração da empresa para negociarem seus débitos, clientes que já participaram se
interessarão em participar novamente dos grupos, clientes desistentes possivelmente
reativarão seu planos desde que sejam convidados, com isso ocorrerá um incremento no
caixa e uma possível diminuição da inadimplência.

Os colaboradores devem ser mais observados e orientados no trabalho


desenvolvido atuando de forma direta na entrega dos documentos a serem utilizados
para analise e gerenciamento dos administradores.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O fluxo de caixa é uma ferramenta que auxilia o administrador financeiro na tomada


de decisões, pois reflete e prevê o que ocorrerá com as finanças da empresa em um
determinado período. Para realizar uma gestão de caixa eficaz, é necessário que o
administrador disponha de controles que lhe permitam monitorar todas as transações
financeiras.

Muitas vezes o capital de giro da empresa não está compatível com o negócio. Por
isso há a necessidade de um perfeito gerenciamento do fluxo de caixa, que permite ao
administrador financeiro projetar o dia-a-dia e fazer provisões necessárias para enfrentar até
mesmo seus próprios recursos.

Observa-se uma deficiência dos gestores em relação a funcionários. Deve-se ter


uma preocupação maior com a capacitação de cada um. Ao assumir funções o
colaborador deve receber treinamento específico. Investir em ações que conduza o
colaborador a motivação, para o aumento e a obtenção de resultados positivos.

Diante das informações obtidas e analisadas observa-se falha do setor de


cobrança na atuação direta com os clientes, refletindo claramente no setor financeiro
onde fica evidente a necessidade de interligação dos mesmos, uma vez que são setores
de grande comprometimento ao fluxo de caixa da empresa.

Não se tem uma preocupação de como está a relação cliente e empresa. O


cliente em primeiro lugar. Apesar de ser frase batida, ela exprime uma postura
indispensável para que qualquer organização alcance o êxito. Pois a empresa só pode
viver se ela estiver com sua clientela.

O objetivo comum a todas as empresas é de fornecer soluções para as


necessidades de seus clientes, e seu sucesso resultará de fazê-lo de modo de satisfazer o
cliente. Para fazer com que isso aconteça é necessário contar com técnicas e ferramentas
que nos permitam, primeiramente, identificar quais são os requisitos desejados pelos
clientes e em seguida, medir e monitorar como atendemos esses requisitos.
Os sócios confundem muito a relação financeira da empresa com o lado
financeiro pessoal da cada um, sendo que eles só tem direito ao pró-labore e na
participação dos resultados da empresa, o resto pertence ao caixa da entidade. Utilizam
o dinheiro do caixa da empresa para pagamento de contas pessoais como: cartões de
credito, contas de água, luz, telefone, supermercado etc. Sendo que essas contas
ultrapassam os direitos deles.

Portanto os gestores precisam se preocupar em planejar estratégias que fação


com que o cliente procure sempre a empresa para suprir suas necessidades, evidenciar
através de informes e promoções o quanto os mesmos são importantes e parte integrante
do sucesso da empresa.
THE IMPORTANCE OF CASH MANAGEMENT IN A COMPANY FINANCIAL
INTERMEDIARY GOODS THIRD TERESINA-PI.

ABSTRACT:

In reality world, due to the complexity economic expansion and competitive markets, there is
a growing need for companies to seek tools to assist small organizations in planning and
controlling their resources so that they are used so efficient in order to safeguard the business
and helping companies to achieve certain goals. The business success increasingly demand
the use of dynamic financial practices and appropriate. The reality points to administrators
increasingly interested in relevant information that will aid your decision making process.
Cash flow is an effective tool for companies that want to have a control of inputs and outputs
of financial resources. It is a tool of financial analysis in the short term, and today with the
highly competitive market, companies can not give up a tool like this. The main objective is
to demonstrate the importance of cash flow management of a Company Financial
Intermediary Goods Third in Teresina-PI. The problem is analyzed by the same lack of this
tool where there is a degree of default caused by the failure of other sectors negatively
affecting the financial sector where it is the main source of funds, it is from this sector that the
company has capacity to honor its commitments.

KEY-WORDS: Cash Flow, Delinquency, revenues, expenses.


APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

PARTE I – PERFIL DO ENTREVISTADO

1. Sexo
( ) Masculino ( ) Feminino

2. Escolaridade/ Área de Formação


( ) Ensino Fundamental
( ) Nível Médio
( ) Nível Superior Completo
( ) Nível Superior Cursando
( ) Pós-graduação Completa
( ) Pós-graduação Cursando

3. Função que ocupa na empresa


( ) Administrador
( ) Sócio
( ) Gerente
( ) Auxiliar Administrativo
( ) Vendedor
PARTE II – FLUXO DE CAIXA - APLICABILIDADE E GRAU DE
CONHECIMENTO

4. Onde é realizada a contabilidade da empresa?


( ) Na própria empresa com seu contador .
( ) Em escritório de contabilidade fora da empresa.

5.O contador (a) atua diretamente no Andamento do financeiro da empresa, mostrando


resultados através de controles financeiros?
( ) Sim ( ) Não

6. Para que serve a contabilidade da sua empresa?


( ) somente para cumprir a obrigações da empresa com fisco.
( ) para fornecer informações exatas e a qualquer hora.

7. Sua empresa possui planejamento financeiro?


( ) sim ( ) não

8. Você conhece o fluxo de caixa?


( ) conheço ( ) não conheço

9. Você aplica o fluxo de caixa na empresa?


Sim ( ) Não ( )

10. Como você considera o seu nível de conhecimento sobre o fluxo de caixa?
Bom ( ) Regular ( ) Péssimo ( )

11. Você acha que o controle do fluxo de caixa pode contribuir para desempenho e
agilidades no processo decisório de um empresa?
( ) sim ( ) não

12. Você considera importantes as informações apresentadas no fluxo de


caixa?
( ) Muito importante ( ) Importante ( ) não importante

13. Você utiliza o fluxo de caixa como ferramenta de auxílio nas tomadas de
decisões?
Sim ( ) Não ( )

14. Qual a periodicidade da elaboração do fluxo de caixa?


Diário ( ) Semanal ( ) Mensal ( ) Anual ( ) Outro ( )

15. Você utiliza o fluxo de caixa projetado como ferramenta do planejamento


financeiro?
( ) Sim Não ( )

16. Por qual motivo você não utiliza o fluxo de caixa?


Complicado ( ) Tempo ( ) Sem importância ( ) Falta de conhecimento ( )
17. Atualmente qual o ferramenta você utiliza na gestão financeira?
Orçamento ( ) DRE ( ) Balanço Patrimonial ( ) Outro ( )

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Paulo: Atlas, 1995.

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Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2002.

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PIZZOLATO, Nélio Domingues. Introdução à Contabilidade Gerencial. São Paulo:


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ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: uma decisão de planejamento e


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GetúlioVargas: 2008.

Sites consultados:

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LIZ, P. http://sebrae-df.gov.br. Em: 18/12/2012
ROSA, M.C.R.http://sebrae-sc.gov.br Em: 18/12/2012

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