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Os não humanos em campo literário amazônico: representação, subjetividades e saberes

Heloísa Helena Siqueira Correia – UNIR


O trabalho objetiva aproximar-se analiticamente dos vários modos de manifestação dos
animais e das plantas em textos literários a fim de rastrear suas possíveis subjetividades
e saberes, bem como as críticas e perguntas que não humanos lançam aos humanos. Além
da representação do não humano a partir de processos de antropomorfização, que se
manifestam em personagens que imitam o pensamento, o comportamento e os valores
humanos, encontramos na literatura situações de encontro do humano com o não humano,
ocasião propícia ao aprendizado e à intensificação do conhecimento que se constrói
predominantemente a partir do sensível. Some-se ainda os personagens animais e vegetais
que surgem como protagonistas cuja perspectiva e linguagem são forjadas nos textos e
aqueles que se mantém irredutíveis, em silêncio, esfíngicos, por assim dizer. Para tanto,
abordaremos textos de três autores amazônicos contemporâneos, a obra Viagem a Andara
(1988) de Vicente Franz Cecim, Alameda (1998) de Astrid Cabral (AM) e Meia-Pata de
Ricardo Dantas (2013). As abordagens dialogam com as discussões de estudiosos como
Maria Ester Maciel (2011), Emanuele Coccia (2018), Dominique Lestel (2001), Greg
Garrard (2006) e Luc Ferry (1994).
Palavras-chave: Literatura amazônica contemporânea, não humanos, subjetividades,
saberes.

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