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PIEF Turma: 3º Ciclo Data: ______________

Nome: _________________________________ N.º ______ Classificação: ________________

Aluno corretor: __________________ Professora: __________________________

COMPREENSÃO ORAL

1. Indica se as afirmações que se seguem são verdadeiras (V) ou falsas (F).

a. Esta história encontra-se inserida na obra Contos Tradicionais do Algarve.


b. Todos condenavam o fidalgo por não alimentar convenientemente a filha.
c. Devido à atmosfera de mistério que envolvia a fidalga, esta tinha inúmeros pretendentes.

2. Preenche o espaço com a palavra correta.


A referência temporal que nos indica há quanto tempo estavam os protagonistas casados, aquando dos
acontecimentos narrados, é ______________________________________.

3. Assinala, para cada uma das alíneas seguintes (3.1. a 3.3.), a(s) opção(ões) correta(s), de acordo com o
texto.
3.1. Apesar de acreditar que a fidalga não comia, um dos trabalhadores revelou-se…

a. feliz. c. irado.
b. invejoso. d. desconfiado.

3.2. A fidalga pediu à criada os seguintes pratos:

a. miolos de porco; d. pão grande com manteiga;


b. bolo com manteiga; e. franguinho com ovos;
c. frango com castanhas; f. franguinho com ovos e pão.

3.3. A estratégia do marido tinha como objetivo…

a. expor publicamente a mulher. c. dar uma lição à mulher.


b. confrontar a mulher. d. castigar a criada.

4. Completa a frase com um(a) vocábulo/expressão que seja sinónimo(a) da última palavra do texto.
“A mulher daí em diante emendou-se d .” (toleima)

Bom Trabalho!
Professora Neila Soares
Transcrição do texto

A mulher que não come

Vamos ouvir uma história que fui buscar ao livro de Xavier Ataíde de Oliveira, Contos Tradicionais do
Algarve, intitulada “A mulher que não come”.
Um fidalgo tinha uma filha que nunca comia. Esta notícia criou em redor da filha do fidalgo uma atmosfera
de mistério. Ninguém a pedia em casamento.
Um rapaz pobre, mas bem-educado, foi pedir ao pai a mão de sua filha. Admirou-se o fidalgo do pedido e
foi comunicá-lo à filha. Esta declarou que casava com o rapaz. E casaram.
Efetivamente ninguém ainda tinha visto a fidalga comer. Eram passados quinze dias e nunca o marido vira
que sua esposa comesse a coisa mais insignificante.
Uma tarde foi ele visitar uma quinta onde trazia trabalhadores e ouviu-os falar de sua esposa. O marido
escondeu-se. Ninguém punha em dúvida que a fidalga não comesse; no entanto um dos trabalhadores dizia:
– Se fosse a minha mulher, espreitava-a.
Esta dúvida do trabalhador assaltou também o espírito do marido. Foi para casa, disse à mulher que ia fazer
no dia seguinte uma jornada e pôs-se em lugar de onde ele pudesse ver tudo o que se fazia no quarto de sua
mulher. Escolheu para esconderijo uma casa velha, onde ninguém entrava.
Logo de manhã, ouviu o marido entrar a criada no quarto de sua esposa e perguntar-lhe o que queria para
o almoço.
– Uns miolinhos de porco. – respondeu ela.
Ao meio-dia foi a criada perguntar-lhe o que queria jantar.
– Basta-me um bolo grande com manteiga.
À noite voltou a criada a perguntar-lhe o que queria cear.
– Um franganito com ovos.
O nosso homem saiu do esconderijo, ensopou a roupa em água e entrou no quarto da esposa.
– Vens molhado? Aqui não choveu. – disse-lhe a mulher.
– Eu te digo: quando voltava para casa apanhei água de pedra do tamanho dos miolinhos de porco do teu
almoço; corri a amparar-me a um carro do tamanho do bolo do teu jantar e fiquei molhadíssimo como o
pintainho da tua ceia.
A mulher daí em diante emendou-se da toleima.
Acabámos de ouvir a história da mulher que não comia. Fui buscá-la ao livro de Xavier Ataíde de Oliveira.

Produção e locução de Luís Gaspar,


in http://www.estudioraposa.com/index.php/12/02/2010/historia-116-a-mulher-que-nao-come/
(consultado em 30-03-2014)

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