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CELER FACULDADES

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

FELIPE DA ROSA

RELATÓRIO ESTÁGIO – INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE - IMA

Xaxim – SC
Julho, 2018
FELIPE DA ROSA

RELATÓRIO ESTÁGIO – INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE - IMA

Relatório apresentado ao Curso de


Engenharia Ambiental e Sanitária como
requisito parcial para obtenção do Título
de Bacharel em Engenharia Ambiental e
Sanitária pela Celer Faculdade.

Xaxim – SC
Julho, 2018.
IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO

Identificação da Empresa:
Nome: Instituto do Meio Ambiente - IMA
Endereço: Tv Ilma Rosa De Nês, 91 D, 2º Andar, Centro, Chapecó/SC
CEP: 89801-014
Telefone: (49) 2049-9500

Área na empresa onde foi realizado o estágio: Técnico Ambiental


Data de início: 15/03/2018
Data de término: 06/07/2018
Duração em horas: 90 Horas
Nome do profissional responsável pelo estágio: Alessandro Antoniolli
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
2 ATIVIDADE DESENVOLVIDA .................................................................................................... 6
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................... 11
4 REFERENCIAS ......................................................................................................................... 12
5 ANEXO ................................................................................................................................... 12
5.1 Procuração ................................................................................................................... 12
5.2 Requerimento .............................................................................................................. 13
5.3 Estrutura de Estudo Ambiental Simplificado (EAS) ............................................... 14
5.4 Documentos para cada fase de Licenciamento de Produção de Energia
Hidrelétrica....................................................................................................................................... 20
1 INTRODUÇÃO

O Licenciamento Ambiental é umas das ferramentas fundamentais para o


controle do uso dos recursos disponibilizados em todo o mundo, é, portanto, de
fundamental importância. O trabalho desenvolvido pelo Instituto do Meio Ambiente –
IMA na cidade de Chapecó – SC é a análise de estudos e fiscalização, todo ou
qualquer empreendimento de pequeno ou grande porte, para sua instalação, passa
pelo órgão, os documentos e estudo são enviado pelo profissional contratado pelo
empreendedor, esses arquivos enviados devem seguir a Instrução Normativa (IN),
essas instruções foram criadas para orientar no desenvolvimento dos projetos, vai
desde a parte de documentação necessária para o licenciamento, até modelos
prontos.
Os estudos que chegam na IMA, passa por um processo de analise inicial,
feito por mim, onde vou verificar se todos os documentos solicitados pela IN estão
protocolados no processo, também é analisado se os estudos ambientais estão
dentro do padrão e respondendo todos os pontos solicitados na instrução normativa.
Na falta de algum documento ou complementação, é solicitado pelo próprio sistema
do IMA (SinFAT), onde é dado um prazo de 30 dias para correção do processo.
Após a correção o processo é aceito, analisado novamente, que em acordo com a
norma passa para o técnico da instituição fazer a analise técnica do processo,
agendando ou não a vistoria, nesta visita até o empreendimento é verificado se as
informações enviadas pelo profissional são de total verdade com a realidade,
estando de acordo o técnico faz o primeiro passo no sistema, que é o parecer
técnico, que pode ser feito após a vistoria ou somente com os documentos enviados,
no parecer vai ser descrita a opinião do técnico sobre aquela solicitação, se é valida,
e então passa para o licenciamento ou não é valida onde ela é enviada para o
arquivo e deve-se abrir o processo novamente com as correções necessárias. A
licença ambiental após passar pelo parecer, é também escrita pelo técnico do IMA,
vai conter informações sobre o empreendimento, dados da pessoa física ou jurídica,
e as condicionantes, que são instruções que a empresa deve seguir para o bom
funcionamento do local.
2 ATIVIDADE DESENVOLVIDA

No dia 15/03/2018, foi realizado o conhecimento do local onde iria


desenvolver as atividades internas e leitura de alguns conteúdos que posteriormente
usaria para o elaboração das atividades, dentre as leituras foram as fases de
licenciamento, que são divididas dentro da IMA em 3 partes, Licença Ambiental
Prévia - LAP, Licença Ambiental de Instalação - LAI e Licença Ambiental de
Operação – LAO, de acordo com a legislação brasileira, toda o empreendimento ou
atividade potencialmente poluidor deve realizar a licença junto ao órgão Ambiental e
também conhecimento do que é a Instrução Normativa - IN.
Para o Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama (1981), o
licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e operação de
empreendimentos e atividades, utilizadoras de recursos ambiental consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquela que, sobre qualquer forma, possam
causar degradação ambiental (art.1°, I, da Res. N. 237/97 do CONAMA).
A Licença Ambiental Prévia – LAP, é um atestado de viabilidade do local onde
o empreendedor deseja instalar sua atividade, o órgão vai consultar a legislação
vigente e com base nas normas vai responder se é viável ou não, se for aprovado
essa licença não da autorização para a construção do empreendimento e sim atesta
se o local é apropriado.
A Licença Ambiental de Instalação – LAI, depois do empreendedor ter a LAP,
vai ser apresentado ao IMA o projeto físico e operacional da obra, nesta fase é
expedida ou não a LAI, se aprovado, somente nesta fase ele vai ter o direito de
implantar conforme as condições constante na licença anterior, dentre elas,
programa e projetos aprovados, medidas compensatórias, mitigadoras e de controle
de alguma atividade realizada, mas essa licença não dá o direito a operação ou
funcionamento.
Somente na Licença Ambiental de Operação – LAO, que o empreendimento é
liberado para funcionamento, neste momento os técnicos da IMA retornam até o
local licenciado para verificar se todos os dados enviados na LAP e LAI foram
seguidos conforme solicitado nas licenças e nos estudos dos técnicos reesposáveis,
se estiver tudo certo, é então expedido a LAO, que dá o direito de funcionamento. A
LAO ela tem validade, então após passado o tempo o empreendedor deve contatar
a equipe e realizar estudos solicitador para que o IMA novamente avalie se o
empreendimento está seguindo todas as normas e possa continuar com a atividade.
A Instrução Normativa, são normas que estão disponíveis no site da
instituição, elas servem como base para todas as licenças solicitadas, dentro de
cada norma existem informações de todos os documentos solicitados para cada fase
do licenciamento, modelos de documentos, referencial para os estudos (EIA-RIMA,
EAS, ECA...), esses documentos são de extrema importância pois se seguido tudo
conforme esta solicitado as licenças são expedida pelo órgão, a falta de informação
nos estudos ou documentos enviados faz com que os técnicos recusem o pedido e
dão um prazo para a correção dos mesmos, lembrando que se o estudo ou
solicitação dor enviado várias vezes com erro ou falta de documento ele pode ser
deferido, e o empreendedor deverá iniciar a solicitação de novo, pagando
novamente todas as taxas.
No dia 16/03, acompanhei a analise de processos para Renovação de LAO,
na avicultura, para a renovação o IMA, conta com a Instrução Normativa IN_28, nela
está descrita todos os documentos que devem ser enviados para a Renovação de
LAO, alguns deles são:
• Requerimento, Documento onde é assinado pelo técnico e pelo
empreendedor solicitando a IMA a renovação.
• EAS, Estudo Ambiental Simplificado, onde existe um modelo junto a IN
que deve ser seguindo e contido todas as informações, este estudo deve ser feito
por um técnico habilitado para tal função.
• CAR, Cadastro Ambiental Rural.
• ART, Anotação de Responsabilidade Técnica.
• Declaração da Prefeitura do município do empreendimento, onde deve
constar se o local é apto para tal atividade pela legislação municipal.
Após a analise de todos os documentos, o técnico preenche o parecer técnico
no sistema da instituição (SinFAT), no parecer aparece algumas informações que
foram retiradas dos anexos enviados, como a quantidade de aves, consumo de água
diária (m³/dia), quantidade e dimensão dos aviários, e em seguida com essas
informações é feita a licença ambiental para ais 48 (quarenta e oito) meses, mas
antes de ir para o empreendedor, passa pelo presidente do IMA onde é analisado e
assinado por ele dando total validade ao documento.
No dia 19/03, comecei a analise dos processos de avicultura, usando como
referência a instrução normativa IN_28, verifiquei se os processos estavam com
todos os documentos, quando existir a falta de um documento, é solicitado direto
pelo sistema SinFAT, e o técnico tem um prazo de 30 dias para enviar os
documentos solicitados ou refazer algum que precisar, ou se não o processo é
arquivado e para reabrir é preciso começar o processo de novo.
No dia 20/03, 26/03, 03/04, 04/04, 27/03, 28/03, 05/04 foi feito a analise e
preenchimento de parecer técnico e licença ambiental, inicialmente a analise dos
documentos no processo de Loteamentos, para esse licenciamento é usado a
Instrução Normativa IN_03, Parcelamento do Solo, nesta IN consta toda a junta de
documentos necessários para a elaboração dos projetos e dos documentos
necessários para a licença, como para qualquer atividade, esta também passa pelas
três fases, LAP, LAI e LAO, a diferença deste estudo é que pelo tamanho de seu
impacto, é necessários três profissionais habilitados para a elaboração de todos os
estudos, do Meio Físico, Biológico e Sócio Econômico.
Algumas informações que devem conter neste estudo devido a seus
impactos, são:
• Objetivo do Licenciamento;
• Justificativa do Empreendimento;
• Caracterização do Empreendimento;
• Diagnóstico Ambiental Preliminar da Área de Influência;
• Identificação do Impactos Ambientais;
• Medidas Mitigadoras e Compensatórias;
• Programas Ambientais;
• Esquipe técnica;
• Bibliografia;
Com o EAS e os documentos solicitados é emitido a LAP, e seguindo os
estágios do licenciamento até a LAO onde o empreendimento esta liberado para
funcionamento.
No dia 21/03 foi feito a primeira vistoria em aviários (avicultura), como
requisito a Renovação de LAO, nas vistorias o técnico confere se o exposto nos
documentos e estudos são verdadeiros, são analisados a estrutura dos aviários,
estrutura da composteira, nascente/vertente de água, quantidade e identificação das
madeiras utilizadas para aquecimento das aves.

Figura 1 – Vistoria dia 21/03 – Interior de Quilombo


Figura 2 – Vistoria dia 21/03 – Interior de Quilombo

A Instituição do Meio Ambiente – IMA, recebe todos os dias centenas de


processos que são distribuídos aos técnicos conforme sua formação acadêmica, o
orientador deste estágio como já mencionado trabalha exclusivamente com
processos de Avicultura, Parcelamento de Solo Urbano (Lotemaneto) e Produção de
Energia Hidrelétrica, os processos analisados neste período seguiram essa área de
estudo. Neste caminhar busca-se todos os dias se aprimorar e andar junto o
conhecimento, se adaptando com as reais necessidades das atividades
desenvolvidas. Todo o processo por mais semelhante que seja podem gerar
impactos diferentes, dependendo da automação do processo, mecanização, e
quando falamos de meio ambiente, cada lugar é único, com suas características,
então todos os estudos devem ser analisados com cautela para que não aja
impactos agressivos no lugar de implantação da atividade.
Com isso nova tecnologias são empregadas para o desenvolver destas
atividades. No mês de junho alguns técnicos realizaram um treinamento de 3 (três)
dias na cidade de, São Domingos – SC, com o objetivo de aprender a utilizar Drones
para serem utilizados no licenciamento ambiental, principalmente tendo imagens em
tempo real, dando visibilidade a lugares onde não é possível chegar, esse tipo de
ferramenta é utilizada especialmente para licenciamento de Produção de Energia
Hidrelétrica, na fase de LAP, onde é realizado a primeira vistoria, nesta primeira fase
do projeto onde normalmente se contempla a mata sem grandes impactos causados
pelo homem.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades desenvolvidas dentro do Instituto do Meio Ambiente – IMA, me


proporcionaram um leque de conhecimento gigantesco para as matérias especificas
do curso, informações repassadas por professores, memoriais de cálculos,
colocados a prova em seu funcionamento dentro do mercado de trabalho. Percebe-
se assim o quanto cada conhecimento que recebemos é importante após a
formação. Um dos problemas que mais se encontra dentro do órgão é estudos
desenvolvidos de forma errada e muito mal feito, 80% dos processos que chegam
para a instituição retornam com solicitação de complemento ou correção, o que tira
um tempo da equipe para analisar o processo, e quando ele retorna “corrigido” todo
o estudo deve ser lido novamente para análise e entendimento se segue a IN.
As atividades desenvolvidas, Avicultura, Produção de Energia Hidrelétrica e
Loteamento, são atividades que estão dentro das atribuições do Engenheiro
Ambiental e Sanitarista, me proporcionando o início no mercado de trabalho e a
oportunidade de conhecer uma área para especialização. Esse conhecimento me
proporcionou também o conhecimento técnico, crítico dos estudos para que no
futuro após a formação, consiga desenvolver projetos de qualidade para o
empreendedor contratante do serviço.
Destas 90 horas dentro do Instituto do Meio Ambiente – IMA, me
proporcionou um leque de oportunidades de conhecimento, que como, futuro
Engenheiro Ambiental e Sanitarista, as informações que colhi dentro deste órgão
vão ser utilizadas em toda minha vida profissional, me dando a oportunidade de
conhecer ótimos estudos, que são aprovados de forma muito rápida, como estudos
“fracos”, que é necessária complementação e pode demorar tempo para ser emitida
a licença solicitada. E ainda, as informações até então aprendidas em salas de aula,
química, física, sistemas aquáticos e terrestres, etc, colocadas em praticas em
estudos, percebe-se lendo o quanto importante é todo o conteúdo aprendido em
sala, que por mais simples, ou mais complexo que seja, pode ser utilizado
dependendo da área de atuação que o acadêmico seguir.

4 REFERENCIAS

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. Constituição (1981).


Resolução nº 237, de 31 de agosto de 1981. Revisão dos Procedimentos e
Critérios Utilizados no Licenciamento Ambiental. Brasília, DF.

INSTITUTO DO MEIO AMBIENTE. IN44: Produção Energia Hidrelétrica.


Florianópolis: Coordenadorias de Desenvolvimento Ambiental, 2008. 15 p.
Disponível em: <http://www.fatma.sc.gov.br/conteudo/instrucoes-normativas>.
Acesso em: 01 jul. 2018.

5 ANEXOS

5.1 Procuração
Neste anexo 1 (um), segue modelo de Procuração, este modelo está
localizado dentro da Instrução Normativa (IN_44), para Produção de Energia
Hidrelétrica.
Fonte: (IMA, 2008)

5.2 Requerimento
No anexo 2 (dois), segue modelo de Requerimento, este também localizado
junto a Instrução Normativa (IN_44) para Produção de Energia Hidrelétrica.
Fonte: (IMA, 2008)

5.3 Estrutura de Estudo Ambiental Simplificado (EAS)


No anexo 3 (três), segue modelo de estrutura para realização do Estudo
Ambiental Simplificado, para empreendimentos Geradores de Energia Hidrelétrica,
encontrado na Instrução Normativa (IN_44).
1 Objeto de Licenciamento
1.1 Indicar a natureza e porte do empreendimento ou atividade, objeto de
licenciamento.
2 Justificativa do Empreendimento
2.1 Justificar a proposição do empreendimento apresentando os objetivos
ambientais e sociais do projeto, bem como sua compatibilização com os demais
planos, programas e projetos setoriais previstos ou em implantação na região.
2.2 Comprovar a inexistência de alternativa técnica e locacional viável,
para os casos em que o empreendimento compreender supressão de vegetação
secundária em estágio médio de regeneração do Bioma da Mata Atlântica, em
atendimento ao previsto na Lei nº. 11.428/06.
3 Caracterização do Empreendimento
Descrever o empreendimento contemplando os itens abaixo:
3.1 Localizar o empreendimento em coordenadas geográficas ou
coordenadas planas (UTM), identificando o(s) município(s) atingido(s), a bacia
hidrográfica, o curso d’água e aproveitamentos hidrelétricos existentes e projetados,
a montante e a jusante. Estas informações deverão ser plotadas em carta
topográfica oficial, original ou reprodução, mantendo as informações da base em
escala mínima de 1:50.000.
3.2 Planta planialtimétrica do empreendimento indicando as obras,
acessos, infra-estrutura de apoio e áreas de empréstimo e bota-fora, em escala
adequada5.

3.3 Descrever as características técnicas do empreendimento nas fases de


planejamento, de implantação e de operação indicando: área de drenagem (km2),
área alagada (ha), vazão turbinada (m3/s), queda líquida (m), potência instalada
(KW), fator de capacidade médio, energia média (MWmédio), energia média anual
gerada (MWh/ano), dados técnicos do reservatório (volume, profundidade máxima e
média, cota máxima de inundação e deplecionamento) dados técnicos do
barramento(s), túnel, canal de desvio, casa de máquinas, entre outros. Quando a
implantação for realizada em etapas, ou quando forem previstas expansões,
apresentar informações detalhadas para cada uma delas.
3.4 Descrever equipamentos utilizados na planta geradora.
3.5 Descrever sistemas associados como linhas de transmissão,
subestações, entre outros.
3.6 Descrever as obras apresentando acessos provisórios e/ou definitivos,
canteiros de obras, alojamentos, usina de concreto, adutora de água, entre outras.
3.7 Descrever as áreas de empréstimo e bota-fora, indicando as
estimativas de volumes, as especificações do material a ser movimentado, bem
como, localização das possíveis áreas a serem utilizadas e respectiva regularidade
ambiental.
3.8 Descrever o método construtivo e as intervenções necessárias à
implantação e operação, destacando as intervenções que possam causar impactos
ambientais relevantes.
3.9 Informar o tratamento e destino dos efluentes a serem gerados, e sua
concordância com a legislação vigente.
3.10 Informar o destino dos resíduos sólidos e a situação da destinação
proposta em relação à legislação vigente.
3.11 Estimar a mão-de-obra necessária para implantação e operação do
empreendimento: número total de empregados, inclusive pessoal de serviço
terceirizado que compareça regularmente no estabelecimento (vigilantes, faxineiras,
etc.).
3.12 Apresentar estimativa do custo total do empreendimento especificando,
recursos próprios e recursos de terceiros, informando a fonte de empréstimo.
3.13 Apresentar o cronograma de implantação.
4 Diagnóstico Ambiental da Área de Influência
As informações a serem abordadas neste item devem propiciar o diagnóstico
da área de influência direta (AID) do empreendimento, refletindo as condições atuais
dos meios físico, biológico e socioeconômico. Devem ser inter-relacionadas,
resultando num diagnóstico integrado que permita a avaliação dos impactos
resultantes da implantação e operação do empreendimento.
4.1 Delimitar, justificar e apresentar em mapa a área de influência direta
(AID) do empreendimento.
4.2 Demonstrar a compatibilidade do empreendimento com a legislação
incidente: municipal, estadual e federal, em especial as áreas de interesse
ambiental, mapeando as restrições à ocupação.
4.3 Caracterizar o clima regional fazendo uma descrição sucinta do clima
das estimativas mensais das condições meteorológicas, suas variações e intervalos
(base de dados mínima de 10 anos)
4.4 Apresentar em planta planialtimétrica, em escala adequada4, a
localização dos recursos hídricos naturais e artificiais, perenes ou intermitentes
(riachos, sangas, açudes, lagos, lagoas, nascentes, rios, drenagens, linhas de
talvegue, áreas alagáveis ou inundáveis, banhados, afloramento do lençol freático,
etc.) e demais áreas de preservação permanente (APP).
4.5 Caracterizar qualitativamente e quantitativamente os corpos hídricos
afetados pelo empreendimento, descrevendo sistema de drenagem e
comportamento hídrico, e identificando os usos atuais da água, quantidades
aduzidas e conflitos de uso.
4.6 Identificar e justificar, para o trecho da vazão reduzida, a vazão mínima
necessária à garantia dos atuais usos da água e manutenção da biota aquática.
4.7 Caracterizar os recursos hídricos subterrâneos.
4.8 Caracterizar a área quanto a sua susceptibilidade a ocorrência de
processos de dinâmica superficial, com base em dados geológicos, geotécnicos e
pedológicos.
4.9 Caracterizar a cobertura vegetal na área de influência direta do
empreendimento, acompanhado de relatório fotográfico, devidamente datado.
4.10 Em caso de supressão de vegetação, caracterizar a cobertura vegetal
da área total do empreendimento, com base no levantamento fitossociológico,
contendo os seguintes parâmetros básicos:

a. Levantamento de toda a cobertura vegetal existente na área,


relacionando todas as espécies vegetais nativas e exóticas (nomes populares e
científicos);
b. Estágios sucessionais das principais formações vegetais;
c. Densidade das espécies predominantes, por medida de área;
d. Levantamento detalhado das espécies endêmicas, imunes ao corte e
das ameaçadas de extinção;
e. Mapa da área total do empreendimento indicando a localização das
principais formações vegetais e a exata localização dos espécimes endêmicas,
imunes ao corte ou ameaçados de extinção;
f. Áreas de banhado de vegetação nativa e/ou de interesse específico
para a fauna;
g. Relatório fotográfico da área do empreendimento, contemplando a
vegetação inventariada;
h. Metodologia de análise utilizada na coleta dos dados em campo;
i. Bibliografia consultada.
4.11 Caracterizar a fauna terrestre local e sua interação com a flora,
contemplando:
a. Relação das espécies animais (nomes populares e científicos)
habitualmente encontradas na região do empreendimento, indicando a ocorrência de
espécies endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção;
b. Localização das áreas de ocorrência das mesmas e aspectos
ecológicos;
c. Metodologia de análise utilizada na coleta de dados;
d. Bibliografia consultada.
4.12 Caracterizar a fauna aquática da sub-bacia hidrográfica, contemplando:
a. Relação das espécies (nomes populares e científicos), indicando a
ocorrência de espécies reofílicas, endêmicas, raras ou ameaçadas de extinção, ou
de importância comercial;
b. Identificar as rotas migratórias, se houverem, e a existência de
barreiras naturais à migração;
c. Metodologia de análise utilizada na coleta de dados;
d. Bibliografia consultada.
4.13 Caracterizar o(s) município(s) quanto às condições sociais e
econômicas da população, principais atividades econômicas, serviços de infra-
estrutura, equipamentos urbanos, sistema viário e de transportes.
4.14 Caracterizar uso e ocupação do solo atual na área de influência direta
do empreendimento.
4.15 Identificar as áreas passíveis de desapropriação para a implantação do
empreendimento.
4.16 Apresentar o cadastro de todos os proprietários incluídos na faixa de
servidão, identificando o nome da propriedade, localidade e nome do proprietário.
4.17 No caso de remoção de população, apresentar dimensionamento
preliminar e caracterização econômica e social da população a ser removida, bem
como indicação dos locais propostos para reassentamento.
4.18 Identificar, em planta, as interferências do projeto em sistemas de infra-
estrutura.
4.19 Caracterizar a área diretamente afetada pelo empreendimento quanto à
existência de indícios de vestígios arqueológicos, históricos ou artísticos. Havendo
indícios, informações ou evidências da existência de tais sítios, na protocolização do
EAS deverá ser apresentado o Protocolo do IPHAN comprovando a entrega do
Diagnóstico Arqueológico, conforme a Resolução SMA 34/03, Artigo 1º, Parágrafo
Único.
4.20 Apresentar levantamento das unidades de conservação existentes em
um raio de 10km do empreendimento.
4.21 Apresentar levantamento de reservas indígenas, monumentos naturais,
potenciais turísticos e dos bens tombados existentes na área de influência direta do
empreendimento.
5 Identificação dos Impactos Ambientais
Identificar os principais impactos que poderão ocorrer em função das diversas
ações previstas para a implantação e operação do empreendimento: conflitos de uso
do solo e da água, intensificação de tráfego na área, valorização/desvalorização
imobiliária, interferência com a infra-estrutura existente, desapropriações e re-
locação de população, supressão de cobertura vegetal, perda de “habitats”,
alteração no regime hídrico, alteração da qualidade das águas superficiais e
subterrâneas, supressão/redução/alteração da fauna aquática e terrestre, perda de
monumentos naturais, potenciais turísticos e de bens tombados, erosão e
assoreamento, entre outros.
6 Medidas Mitigadoras e Compensatórias
6.1 Apresentar as medidas que visam minimizar ou compensar os
impactos adversos, ou ainda potencializar os impactos positivos, identificados no
item anterior. Essas medidas deverão ser apresentadas e classificadas quanto: à
sua natureza - preventiva ou corretiva; à fase do empreendimento em que deverão
ser adotadas - planejamento, implantação e operação; ao prazo de permanência de
sua aplicação - curto, médio ou longo; e à ocorrência de acidentes. Deverão ser
mencionados também os impactos adversos que não possam ser evitados ou
mitigados. Nos casos em que a implantação da medida não couber ao
empreendedor, deverá ser indicada a pessoa física ou jurídica competente.
6.2 Para fins de compensação ambiental, apresentar alternativas de áreas
para recomposição e recuperação de Áreas de Preservação Permanente, em
atendimento ao previsto na MP 2166-67/01 e na Resolução CONAMA 369/06, no
seu artigo 5º, § 1º e 2º. Havendo necessidade de supressão de vegetação
secundária em estágio médio de regeneração do Bioma da Mata Atlântica, a
compensação ambiental, também deverá incluir a destinação de área equivalente a
área desmatada, conforme o disposto na Lei nº. 11.428/06, art.17.
7 Programas Ambientais
Apresentar proposição de programas ambientais com vistas ao controle e/ou
monitoramento dos potenciais impactos ambientais causados pelo empreendimento
e da eficiência das medidas mitigadoras a serem aplicadas, considerando-se as
fases de planejamento, implantação, e operação, contendo no mínimo: (a) objetivo
do programa; (b) fases em que se aplica; (c) Indicação dos parâmetros
selecionados.
8 Equipe Técnica
Identificar os profissionais habilitados que participaram da elaboração do
Estudo Ambiental Simplificado, informando: (a) nome; (b) CPF; (c) qualificação
profissional; respectivas áreas de atuação no EAS,(d) número do registro do
profissional, em seus respectivos conselhos de classe e região; (f) local e data; (g)
cópia da ART ou AFT, expedida.
9 Bibliografia
Citar a bibliografia consultada

5.4 Documentos para cada fase de Licenciamento de Produção de


Energia Hidrelétrica
No anexo, segue todos os documentos solicitados para cada fase do
licenciamento ambiental, estes para Produção de Energia Hidrelétrica (IN44).
5.1 Licença Ambiental Prévia2
a. Requerimento de solicitação da Licença Ambiental Prévia e
confirmação de localização do empreendimento segundo suas coordenadas
geográficas ou planas (UTM). Ver modelo Anexo 1.
b. Procuração, para representação do interessado, com firma
reconhecida. Ver modelo Anexo 2.
c. Cópia do comprovante de quitação do Documento de Arrecadação de
Receitas Estaduais (DARE), expedido pela FATMA.
d. Cópia da Ata da eleição da última diretoria quando se tratar de
Sociedade ou do Contrato Social registrado quando se tratar de Sociedade de
Quotas de Responsabilidade Limitada.
e. Cópia do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou do
Cadastro de Pessoa Física (CPF).
f. Avaliação Preliminar de Disponibilidade Hídrica expedida pela
Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, através da
Diretoria de Recursos Hídricos.
g. Manifestação do órgão ambiental municipal, nos termos da Resolução
CONAMA nº. 237/97, art. 5º, Parágrafo Único, quando couber.
h. Cópia do protocolo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN) comprovando a entrega do Diagnóstico do Patrimônio
Arqueológico.
i. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA) em, no mínimo, cinco vias impressas no formato A4,
encadernadas com garras em espiral, e uma via em formato digital (CD), sendo que
as ilustrações, cartas, plantas, desenhos, mapas e fotografias, que não puderem ser
apresentadas nos formatos sugeridos, deverão constituir um volume anexo; ou
Estudo Ambiental Simplificado em, no mínimo, duas vias impressas em formato A4,
encadernadas com garras em espiral e uma via em formato digital (CD). O EIA e o
EAS deverão ser subscritos por todos os profissionais da equipe técnica de
elaboração.

j. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Função Técnica


(AFT) do(s) profissional(ais) habilitado(s) para a elaboração do Estudo de Impacto
Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental, ou Estudo Ambiental
Simplificado.
k. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do(s) profissional(ais)
habilitado(s) para a elaboração do estudo fitossociológico.
l. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do(s) profissional(ais)
habilitado(s) para a elaboração do estudo faunístico.
m. Cópia do comprovante de publicação do requerimento de Licença
Ambiental Prévia no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina e em periódico de
circulação na(s) comunidade(s) em que se insere o projeto, a ser apresentado a
FATMA no prazo de 30 (trinta) dias, sendo que a publicação deve apresentar data
posterior à da entrega da documentação pertinente. Ver Anexo 4.
5.2 Licença Ambiental de Instalação2
a. Requerimento de solicitação da Licença Ambiental de Instalação. Ver
modelo Anexo 1.
b. Procuração, para representação do interessado, com firma
reconhecida. Ver modelo Anexo 2.
c. Cópia do comprovante de quitação do Documento de Arrecadação de
Receitas Estaduais (DARE), expedido pela FATMA.
d. Cópia autenticada da anuência(s) do(s) proprietário(s) atingido(s) pela
implantação do empreendimento, declarando expressamente a inexistência de
óbices quanto à sua instalação.
e. Cópia da Transcrição ou Matrícula do Cartório de Registro de Imóveis,
atualizada (no máximo 90 dias), ou do Decreto de utilidade pública para fins de
desapropriação do imóvel.
f. Cópia da Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica, expedida
pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, através da
Diretoria de Recursos Hídricos.
g. Projeto arquitetônico, com memorial descritivo, das unidades que
compõem o empreendimento nas fases de instalação e operação;
h. Projeto executivo, com memorial de descritivo e de cálculo, das
unidades de controle ambiental nas fases de instalação e operação;
i. Cópia Licença Ambiental de Operação da(s) área(s) de empréstimo(s)
e de bota-fora selecionada(s), fora da área do empreendimento.
j. Cópia Licença Ambiental de Operação das unidades de destinação
final de resíduos sólidos segundo sua classificação.
k. Cronograma físico-financeiro de execução das obras. Nos casos de
empreendimentos sujeitos a EIA/RIMA acrescentar o valor do imóvel.
l. Planos e Programas Ambientais, detalhados a nível executivo em no
mínimo, em três (3) vias impressas em papel formato A4, encadernadas com garras
em espiral e uma via em formato digital (CD).
m. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Função Técnica
(AFT) do(s) profissional(is) habilitado(s) pela elaboração dos Programas Ambientais.
n. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do profissional habilitado
pela elaboração do projeto executivo das unidades de controle ambiental.
o. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do profissional habilitado
pela elaboração do projeto arquitetônico das unidades que compõem o
empreendimento.
p. Cópia do comprovante de publicação de concessão da Licença
Ambiental Prévia no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina e em e em periódico
de circulação na(s) comunidade(s) em que se insere o projeto. Ver modelo Anexo 4.
q. Cópia do comprovante de publicação do requerimento de Licença
Ambiental de Instalação no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina e em
periódico de circulação na comunidade em que se insere o projeto, a ser
apresentado a FATMA no prazo de 30 (trinta) dias, sendo que a publicação deve
apresentar data posterior à da entrega da documentação pertinente. Ver modelo
Anexo 4.
r. Cópia do Parecer Técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (IPHAN) relativo Diagnóstico do Patrimônio Arqueológico a ser
apresentado a FATMA antes do início da implantação do empreendimento, quando
da existência de indícios de vestígios arqueológicos, históricos ou artísticos na área
afetada.
5.3 Licença Ambiental de Operação2
a. Requerimento da solicitação da Licença Ambiental de Operação. Ver
modelo Anexo 1.
b. Procuração, para representação do interessado, com firma
reconhecida. Ver modelo Anexo 2.
c. Cópia do comprovante de quitação do Documento de Arrecadação de
Receitas Estaduais (DARE), expedido pela FATMA.
d. Cópia da Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos, expedida
pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, através da
Diretoria de Recursos Hídricos.
e. Demonstrativo financeiro dos custos efetivos de implantação do
empreendimento subscrito por profissional habilitado (empreendimentos sujeitos a
EIA/RIMA).
f. Relatório técnico comprovando efetivo cumprimento das exigências e
condicionantes estabelecidos na Licença Ambiental Prévia e na Licença Ambiental
de Instalação, acompanhado de relatório fotográfico.
g. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Função Técnica
(AFT) do(s) profissional(ais) habilitado(s) para elaboração do relatório técnico.
h. Estudo de Conformidade Ambiental em, no mínimo, duas vias
impressas em formato A4, encadernadas com garras em espiral e uma via em
formato digital (CD). O ECA dever ser subscrito por todos os profissionais da equipe
técnica de elaboração. (Empreendimentos em regularização).
i. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Função Técnica
(AFT) do(s) profissional(ais) habilitado(s) para a elaboração do Estudo de
Conformidade Ambiental.
j. Cópia do comprovante de publicação do requerimento de Licença
Ambiental de Operação no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina e em e em
periódico de circulação na(s) comunidade(s) em que se insere o projeto, a ser
apresentado a FATMA no prazo de 30 (trinta) dias, sendo que a publicação deve
apresentar data posterior à da entrega da documentação pertinente. Ver modelo
Anexo 4.
5.4 Renovação da Licença Ambiental de Operação2
a. Requerimento da solicitação de renovação da Licença Ambiental de
Operação. Ver modelo Anexo 1.
b. Procuração, para representação do interessado, com firma
reconhecida. Ver modelo Anexo 2.
c. Cópia do comprovante de quitação do Documento de Arrecadação de
Receitas Estaduais (DARE), expedido pela FATMA.
d. Relatório técnico comprovando efetivo cumprimento das exigências e
condicionantes estabelecidos na Licença Ambiental de Operação, acompanhado de
relatório fotográfico, e declaração de que não houve ampliação ou modificação do
empreendimento.
e. Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou Função Técnica
(AFT) do(s) profissional(ais) habilitado(s) para a elaboração do relatório técnico.
f. Cópia do comprovante de publicação do requerimento da renovação da
Licença Ambiental de Operação, no Diário Oficial do Estado de Santa Catarina e em
e em periódico de circulação na(s) comunidade(s) em que se insere o projeto, a ser
apresentado a FATMA no prazo de 30 (trinta) dias, sendo que a publicação deve
apresentar data posterior à da entrega da documentação pertinente. Anexo 4.

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