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FRENTE 1 – MECÂNICA
2) Na posição B a haste é tracionada para baixo e reage
MÓDULO 19 sobre a esfera com uma força FB dirigida para cima.

m V2
FB – P = Fcp = ––––––
COMPONENTES DA RESULTANTE II B R

Como o movimento da esfera é circular e uniforme a força


centrípeta terá intensidade constante:
1. Uma haste rígida de massa desprezível está presa a um eixo que
FA + P = FB – P
gira com rotação uniforme com velocidade angular de módulo ω.
Na extremidade da haste está fixa uma esfera de peso P = 10,0 N que FB – FA = 2 P = 20,0 N
vai descrever um movimento circular e uniforme em um plano vertical.
O comprimento da haste vale D. Resposta: C
Quando a esfera passa pelo ponto mais alto A, ela traciona a haste com
uma força de intensidadde FA.
Quando a esfera passa pelo ponto mais baixo B, ela traciona a haste
com uma força de intensidade FB.

A diferença FB – FA:
a) é nula.
b) vale 10,0 N.
c) vale 20,0 N.
d) está indeterminada pois não conhecemos o valor de ω.
e) está indeterminada pois não conhecemos o valor de D.

RESOLUÇÃO:

1) Como a haste está sendo tracionada na posição A


ela recebe uma força para cima e reage sobre a
esfera com uma força FA para baixo.

m V2
FA + P = Fcp = ––––––
A R

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2. (SEEDUC-RJ-2015-MODELO ENEM) – A figura abaixo mostra o Considerando-se b = 11 cm , L = 20 cm e m = 200 g, o valor aproximado


dispositivo denominado “pêndulo cônico”. Uma pequena esfera de da frequência, em hertz, com que o brinquedo deve girar, em torno da
massa m está presa a uma das extremidades de um fio (ideal) de vertical, para que a corda faça um ângulo θ de 45° com a vertical é mais
comprimento ᐉ, cuja outra extremidade está presa a um eixo vertical próximo de
que gira com velocidade angular ω constante. O fio forma um ângulo θ a) 0,5 b) 1,0 c) 10,0 d) 50,0 e) 60,0
com o eixo. Sendo desprezíveis os diversos atritos, a esfera está
Adote 2 = 1,4; π = 3,14 e 
40 = 6,3
animada por um movimento circular uniforme na horizontal, de modo
que o sistema fio-esfera descreve um cone de revolução, cujo eixo é o
próprio eixo vertical ao qual o fio está preso. RESOLUÇÃO:

Para calcular a intensidade da força de tração a que o fio está submetido,


é necessário saber os valoress de:
a) m, ω, ᐉ, θ b) m, ω, ᐉ c) m, ᐉ, θ
1) Ty = P = mg
d) m, ω, θ e) ω, ᐉ, θ

RESOLUÇÃO: 2) Tx = Fcp = mω2r

Tx
1) Ty = P = mg 3) tg 45° = ––– =1
2) Tx = FCP = mω2r = mω2ᐉsenθ Ty

Tx Tx = Ty
3) sen θ = –––
T
mω2r = mg
T sen θ = Tx = mω2ᐉsenθ


T = mω2ᐉ g g
ω2 = ––– ⇒ ω = –––
r r

Resposta: B 
2 (cm) = 11 + 10
r = 11 + 20 . –––– 2 (cm) = 25 cm
2


3. (IFSUL-2015-MODELO ENEM) – Um brinquedo consiste de um 10
eixo vertical com um braço horizontal onde é suspenso, por meio de ω= –––– rad/s = 
40 rad/s
0,25
uma corda de massa desprezível, uma esfera de massa m.
ω 
40
ω = 2 π f ⇒ f = –––– = –––– Hz
2π 2π

6,3
f = ––––– Hz
6,28

f  1,0 Hz

Resposta: B

46 –
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4. Um brinquedo tradicional nos parques de diversão é o rotor. Ele b) 1) Fat = P = mg


consiste em um cilindro oco posicionado verticalmente. As pessoas
entram, se encostam na parede e o rotor adquire um movimento de 2) FN = Fcp = mω2R
rotação com velocidade angular crescente ω.

g
3) Fat ⭐ μ FN ⇒ mg ⭐ μmω2R ⇒ ωC = –––
Quando a velocidade angular ω atinge um valor mínimo adequado μR
chamado velocidade angular crítica ωC, o piso é retirado e as pessoas
ficam grudadas na parede sem escorregar. O cilindro tem raio R e o
c) Não, pois ωC independe da massa da pessoa.
coeficiente de atrito estático entre as pessoas e a parede do rotor vale
ω. A aceleração da gravidade tem módulo g. d) A força de atrito se manifesta apenas para evitar que a pessoa
escorregue para baixo; ela nunca ficará maior que o peso e a
pessoa nunca subirá.
O aumento de ω implica no aumento da força de atrito de desta-
que porém a força de atrito atuante continuará equilibrando o
peso.

e) Para um referencial no solo terrestre não existe força centrífuga


atuante na pessoa. Para um referencial fixo no rotor a pessoa
está em repouso e acrescentamos as forças reais uma força de
inércia chamada força centrífuga que é uma força fictícia ou
pseudoforça, isto é, não é uma força real do tipo ação-reação.
Ela é chamada força de correção de referencial.

a) Faça um esquema das forças atuantes na pessoa para um referencial


fixo no solo terrestre; indique suas naturezas.
b) Determine o valor de ωC em função de μ, g e R com a condição de
as pessoas não escorregarem.
c) Uma pessoa gorda tem mais probabilidade de escorregar do que
uma pessoa magra? Justifique sua resposta.
d) Se a velocidade angular do rotor for maior que ωC a pessoa poderá
subir? Justifique sua resposta.
e) Existe uma força centrífuga atuando na pessoa?

RESOLUÇÃO:


a) P: força gravitacional aplicada
pela terra.

FN: força normal de natureza
eletromagnética aplicada pelo
rotor.

Fat: Força de atrito de nature-
za eletromagnética aplicada
pelo rotor,

Nota: Na realidade a força de atri-


to e a força normal são componen-
tes da força aplicada pelo rotor;
isto significa que apenas duas
forças atuam na pessoa: o peso e
→ → →
a força F = Fat + FN aplicada pelo
rotor.

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RESOLUÇÃO:
MÓDULO 20 1) τp = mgH = mgR
2) τN = 0 porque a força normal é perpendicular à trajetória.
Resposta: B
TRABALHO

1. (ETEC-SP-2016-MODELO ENEM) – Para transportar terra adubada


retirada da compostagem, um agricultor enche um carrinho de mão e o
leva até o local de plantio aplicando uma força horizontal, constante e de
intensidade igua a 200N.
Se durante esse transporte, a força resultante aplicada foi capaz de
realizar um trabalho de 1800 J, então, a distância entre o monte de
compostagem e o local de plantio foi, em metros,
a) 6,0 b) 9,0 c) 12,0 d)16,0 e) 18,0 3. (UNICAMP-SP-2016-MODELO ENEM) – Músculos artificiais fei-
tos de nanotubos de carbono embebidos em cera de parafina podem
suportar até 200 vezes mais peso que um músculo natural do mesmo
RESOLUCÃO: tamanho. Considere uma fibra de músculo artificial de 1mm de
τ = F. d comprimento, suspensa verticalmente por uma de suas extremidades
1800 = 200 . d e com uma massa de 50 gramas pendurada, em repouso, em sua
extremidade. O trabalho realizado pela fibra sobre a massa, ao se
d = 9,0 m
contrair 10%, erguendo a massa até uma nova posição de repouso, é
a) 5,0 . 10–3 J. b) 5,0 . 10–4 J. c) 5,0 . 10–5 J.
Resposta: B
d) 5,0 . 10–6 J. e) 5,0 . 10–7 J.
Se necessário, utilize g = 10 m/s2.

RESOLUÇÃO
TEC: τtotal = ΔEcin

Como o corpo pendurado parte do repouso e volta ao repouso,


temos ΔEcin = 0

τfibra + τpeso = 0
2. (IJSO-DAEGU-COREIA DO SUL-2015) – Um bloco de massa m é τfibra – m g H = 0
solto da borda de uma cunha de formato hemisférico de raio R.
Na presença de atrito, o bloco para no fundo do hemisfério após oscilar τfibra = m g H
de um lado para o outro.

τfibra = 50 . 10–3 . 10 . 0,1 . 10–3 (J)

τfibra = 5,0 . 10–5 J

Resposta: C

Quais as quantidades de trabalho realizados pelas forças gravitacional e


normal?

Trabalho realizado pela Trabalho realizado pela


força gravitacional força normal

a) 0 0

b) mgR 0

c) 0 mgR

d) mgR mgR

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4. Uma análise criteriosa do desempenho de Usain Bolt 5. Num sistema de freio convencional, as rodas do
na quebra do recorde mundial dos 100 metros rasos carro travam e os pneus derrapam no solo, caso a
mostrou que, apesar de ser o último dos corredores força exercida sobre o pedal seja muito intensa. O
a reagir ao tiro e iniciar a corrida, seus primeiros 30 metros foram os sistema ABS evita o travamento das rodas, mantendo a força de atrito
mais velozes já feitos em um recorde mundial, cruzando essa marca em no seu valor estático máximo, sem derrapagem. O coeficiente de atrito
3,78 segundos. Até se colocar com o corpo reto, foram 13 passadas, estático da borracha em contato com o concreto vale μe = 1,0 e o
mostrando sua potência durante a aceleração, o momento mais coeficiente de atrito cinético para o mesmo par de materiais é μc = 0,75.
importante da corrida. Ao final desse percurso, Bolt havia atingido a Dois carros, com velocidades escalares iniciais iguais a 108 km/h, iniciam
velocidade escalar máxima de 12m/s. a frenagem numa estrada perfeitamente horizontal de concreto no
(Disponível em: http://esporte.uol.com.br. Acesso em: 5 ago. 2012 – Adaptado) mesmo ponto. O carro 1 tem sistema ABS e utiliza a força de atrito
estática máxima para a frenagem; já o carro 2 trava as rodas, de maneira
Supondo-se que a massa desse corredor seja igual a 90kg e despre- que a força de atrito efetiva é a cinética. Considere g = 10 m/s2 e
zando-se o efeito do ar, o trabalho total realizado pelas suas forças despreze o efeito do ar.
musculares nas 13 primeiras passadas é mais próximo de As distâncias medidas a partir do ponto em que iniciam a frenagem, que
a) 5,4 × 102 J. b) 6,5 × 103 J. c) 8,6 × 103 J. os carros 1 (d1) e 2 (d2) percorrem até parar são, respectivamente,
4
d) 1,3 × 10 J. 4
e) 3,2 × 10 J. a) d1 = 45 m e d2 = 60 m.
b) d1 = 60 m e d2 = 45 m.
RESOLUÇÃO c) d1 = 90 m e d2 = 120 m.
O trabalho total realizado é medido pela variação da energia d) d1 = 5,8 x 102 m e d2 = 7,8 x 102 m.
cinética do atleta: e) d1 = 7,8 x 102 m e d2 = 5,8 x 102 m.
mVf2 mV02
τtotal = ΔEcin = ––––– – –––––
2 2 RESOLUÇÃO
TEC: τtotal = ΔEcin
90
τtotal = –––– (12)2 (J)
2 2
m V0
τat = 0 – –––––––
2
τtotal = 6,48 . 103 J
2
m V0
– μ mgd = – –––––––
τtotal  6,5 . 103 J 2
2
Resposta: B V0
d = –––––––
2 μg

900
d1 = –––––––––– (m) ⇒ d1 = 45m
2 . 1,0 .10

900
d2 = –––––––––– (m) ⇒ d2 = 60m
2 . 0,75 .10

Resposta: A

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6. (UFJF-2016-MODELO ENEM) – Segundo a Associação Brasileira RESOLUÇÃO:


de Nutrologia (ABRAN), a taxa metabólica basal (TMB) é o mínimo de 1) P = 300 cv = 300 . 740 W
energia necessária para manter as funções do organismo em repouso, P = 222 . 103 W
tais como os batimentos cardíacos, a pressão arterial, a respiração e a
E
manutenção da temperatura corporal. Em uma competição de corrida, 2) P = –––
Δt
um atleta de 70kg tem que subir uma montanha com uma inclinação de
E
30° (constante) e uma distância total de 1200m. Desprezando-se a taxa 222 kW = ––––
15h
metabólica basal e as perdas por resistência do ar, calcule qual deve ser
a energia extra, ou seja, o trabalho interno realizado pelo corredor para
E = 3330kWh
chegar ao final da subida mantendo a velocidade constante.
a) 8,4 . 105J b) 7,3 . 105J c) 4,2 . 105J Resposta: C
5
d) 3,6 . 10 J 5
e) 3,0 . 10 J
Adote g = 10m/s2

RESOLUÇÃO:
TEC: τtotal = ⌬Ecin

2. (FUVEST-SP-TRANSFERÊNCIA-2016-MODELO ENEM) – Uma


moradora da cidade de São Paulo precisa estimar a potência do motor
da bomba que levará água de uma caixa d’água no quintal para a que
está sobre o teto da casa. A potência mínima necessária para elevar
1000 L de água a 6,0 m de altura em 20 min é, em W,
H 1 H a) 50 b) 100 c) 200 d) 400 e) 800
1) sen 30° = –––– ⇒ –– = ––––– ⇒ H = 600m
AB 2 1200
Adote 10 m/s2 para o módulo da aceleração local da gravidade
2) τi + τP = 0 e 1,0 kg/L para a densidade da água.
τi – mgH = 0 Ignore a energia cinética fornecida à água pelo motor.
τi = mgH
τi = 70 . 10 . 600 (J) RESOLUÇÃO:
1) Cálculo do trabalho:
τi = 42 . 104 (J)
TEC: τmotor + τp = ΔEcin
τi = 4,2 . 105J
τmotor – mgH = 0
Resposta: C
τmotor = mgH

τmotor mgH
2) Potmotor = –––––– = ––––––
Δt Δt

1000 . 10 . 6,0
MÓDULO 21 Potmotor = ––––––––––––– (W)
20 . 60

Potmotor = 50 W
POTÊNCIA
Resposta: A

1. (UNICAMP-SP – VAGAS REMANESCENTES-2016 – MODELO


ENEM) – As colheitadeiras modernas podem trabalhar continuamente
muitas horas por dia, substituindo o trabalho de dezenas de traba-
lhadores rurais. Considere uma máquina cujo motor opera continua-
mente por 15 h, com uma potência P = 300 cv. Sendo 1 cv  740 W, a
energia consumida pelo motor nesse tempo é igual a
a) 6 kWh b) 37 kWh c) 3330 kWh
d) 14800 kWh e) 15000 kWh.

50 –
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3. (2015) – Um carro solar é um veículo que utiliza 3) Cálculo do trabalho realizado:


apenas a energia solar para a sua locomoção. m
Tipicamente, o carro contém um painel fotovoltaico TEC: τtotal = ΔEcin = –––– (V2 – V02)
2
que converte a energia do Sol em energia elétrica que, por sua vez,
alimenta um motor elétrico. A imagem mostra o carro solar Tokai 200
τtotal = –––– . (30)2 (J)
Challenger, desenvolvido na Universidade de Tokai, no Japão, e que 2
venceu o World Solar Challenge de 2009, uma corrida internacional de
carros solares, tendo atingido uma velocidade escalar média acima de τtotal = 9,0 . 104 J
100 km/h.

4) Cálculo do tempo gasto:

τtotal τtotal 9,0 . 104


PotU = ––––– ⇒ Δt = ––––– = ––––––––– (s)
Δt PotU 2,7 . 103

Δt = 33s

Resposta: D

Disponível em: www.physics.hku. Acesso em: 3 jun. 2015.

Considere uma região plana onde a insolação (energia solar por unidade
de tempo e de área que chega à superfície da Terra) seja de 1000 W/m2,
que o carro solar possua massa de 200 kg e seja construído de forma
que o painel fotovoltaico em seu topo tenha uma área de 9,0 m2 e
rendimento de 30%.
Desprezando-se as forças de resistência do ar, o tempo que esse carro
solar levaria, a partir do repouso, para atingir a velocidade escalar de
108 km/h é um valor mais próximo de
a) 1,0s. b) 4,0s. c) 10s. d) 33s. e) 300s.

Potência
Dado: I = –––––––––
Área
I = intensidade solar

RESOLUÇÃO:
1) Cálculo da potência total:

PotT
I = –––––
A

W
PotT = I . A = 1000 –––– . 9,0 m2
m2

PotT = 9,0 . 103 W

2) Cálculo da potência útil:

PotU
η = –––––
PotT

PotU = η PotT = 0,30 . 9,0 . 103 W

PotU = 2,7 . 103 W

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4. Um bloco de massa m = 2,0 kg é puxado para cima em um plano 5. (PUC-SP-2016-MODELO ENEM) – Com a finalidade de aproveitar
inclinado de θ = 37° por uma força constante de intensidade F paralela os recursos naturais, o proprietário de um sítio instalou uma roda d’água
ao plano. conectada a um gerador elétrico com o objetivo de produzir eletricidade
O bloco sobe o plano com velocidade constante de módulo V = 4,0 m/s. que será utilizada no aquecimento de 100 litros de água para usos
O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o plano de apoio vale diversos e que sofrerão uma variação de temperatura de 90 °F.
μc = 0,50; a aceleração da gravidade tem módulo g = 10,0 m/s2 e A roda d’água instalada possui uma eficiência de 20% e será
despreza-se o efeito do ar. Considere sen 37° = 0,60 e cos 37° = 0,80. movimentada por 300 litros de água por segundo que despencam em
queda livre de uma altura de 4,0 metros. Para se obter a variação de
temperatura desejada serão necessárias, em horas, aproximadamente,
a) 1,8 b) 2,4 c) 4,4 d) 8,8 e) 9,0

Considere:
densidade da água = 1,0 . 103kg/m3
módulo da aceleração da gravidade = 10,0m/s2
calor específico sensível da água = 4,2 kJ/kg. k
Determine:
a) o valor de F

b) a potência desenvolvida pela força F

RESOLUÇÃO:

a) Sendo a velocidade constante a força resultante é nula e www.permaculturinginportugal.net


teremos:
RESOLUÇÃO:
F = Pt + Fat
τP m.g.h
F = mgsen θ + μc mg cos θ 1) PotT = ––– = –––––––
Δt Δt
F = mg(sen θ + μc cos θ)
vol
F = 20,0 (0,60 + 0,50 . 0,80) (N) PotT = μ –––– g H
Δt
F = 20,0 N
PotT = μ ZgH

b) PotF = F V cos 0° PotT = 1,0 . 103 . 300 . 10–3 .10,0 . 4,0 (W)
PotF = 20,0 . 4,0 .1 (W)

PotT = 12 . 103 (W)


PotF = 80,0 W
PotU
2) η = –––––
Respostas: a) F = 20,0 N PotT
b) PotF = 80,0 W
PotU = 0,20 . 12 . 103 W

PotU = 2,4 . 103 W

3) E = PotU . Δt = mc Δθ
Δθ = 90 °F ⇒ Δθ = 50K
2,4 . 103 . Δt = 100 . 4,2 . 103 . 50
Δt = 8750 s

Δt  2,43 h

Resposta: B

52 –
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2. (VUNESP-FAMECA-2016-MODELO ENEM) – “Um tiro que cai do


MÓDULO 22 céu pode matar”, diz a perita criminal Eliane Baruch, que já viu alguns
casos em seus 14 anos de profissão. Um hipotético tiro de um revólver
calibre 38, vertical para cima, alcançaria 740 m de altura, quando
ENERGIA MECÂNICA começaria a cair, atingindo a velocidade escalar máxima de 270 km/h
(75 m/s). É muita coisa: a 180 km/h, a bala já é capaz de perfurar o corpo
humano.
(Disponível em: http;//super.abril.com.br. Adaptado)
1. (UERJ-2016-MODELO ENEM) – Em um experimento que recebeu
seu nome, James Joule determinou o equivalente mecânico do calor: Considere que o projétil tenha massa 10 g e que aceleração gravitacional
1 cal = 4,2 J. Para isso, ele utilizou um dispositivo em que um conjunto tenha módulo igual a 10 m/s2. Nessa situação, a energia potencial
de paletas giram imersas em água no interior de um recipiente. gravitacional do projétil, em relação ao solo, no ponto mais alto atingido
Considere um dispositivo igual a esse, no qual a energia cinética das e a energia cinética do projétil ao chegar ao solo valem, em joules,
paletas em movimento, totalmente convertida em calor, provoque uma respectiva e aproximadamente.
variação de 2,0°C em 100 g de água. Essa quantidade de calor corres- a) 74 e 13. b) 74 e 28 c) 46 e 46
ponde à variação da energia cinética de um corpo de massa igual a d) 46 e 28 e) 74 e 74
10 kg ao cair em queda livre de uma determinada altura.
Essa altura, em metros, corresponde a: RESOLUÇÃO
a) 2,1 b) 4,2 c) 8,4 d) 16,8 e) 20,4 1) EP = mgH

Dados: EP = 10 . 10–3 . 10 . 740 (J)


1) g = 10 m/s2
2) calor específico sensível da água: c = 1,0 cal/g °C EP = 74 J

mV2
2) EC = –––––
RESOLUÇÃO: 2
1) Q = mc Δθ
10 . 10–3 . (75)2
Q = 100 . 1,0 . 2,0 cal = 200 cal = 840 J EC = –––––––––––––– (J)
2
2) Q = ΔEc = mgH
EC = 2812, 5 . 10–2 (J)
840 = 10 .10 . H

H = 8,4 m EC  28 J

Resposta: C Resposta: B

– 53
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3. (VUNESP-FASM-2016-MODELO ENEM) – Observe a tirinha. 4. (COLEGIO NAVAL-2016-MODELO ENEM) – Um dos brinquedos


mais populares de um parque de diversões é a montanha russa, cujo
esboço de um trecho pode ser representado pela figura abaixo:

Desprezando-se todos os atritos, considerando-se que a gravidade local


tem módulo igual a 10 m/s2 e que o carrinho parta do ponto A, a partir
do repouso, pode-se afirmar que o módulo de sua velocidade no ponto C
será de
a) 90 km/h b) 98 km/h c) 108 km/h
d) 115 km/ h e) 120 km/h

RESOLUÇÃO:

EC = EA (referência em C)

mVC2
––––– = m g (HA – HC)
2

VC = 
2 g (HA – HC)

VC = 
2 .10 . 45 (m/s)

(Bill Watterson, Calvin e Haroldo.)


VC = 30m/s = 108km/h
Calvin e Haroldo montados sobre um carrinho partem do repouso do
alto de uma ladeira. Durante a descida os atritos envolvidos dissipam
Resposta: C
40% da energia mecânica inicial, fazendo com que o carrinho atinja o fim
da ladeira com a velocidade escalar de 6,0 m/s. Considerando-se que a
aceleração da gravidade tem módulo igual a 10 m/s2, a altura inicial do
ponto de partida, relativamente ao ponto de chegada é
a) 1,0 m b) 2,0 m c) 3,0 m d) 4,0 m e) 6,0 m

Nota: para a medida da energia mecânica adote como refe-


rência um plano horizontal que passe pelo fim da ladeira.

RESOLUÇÃO:
EC = 0,60 EP
mV2
––––– = 0,60 m g H
2

(6,0)2
––––– = 0,60 . 10 . H
2
18,0 = 6,0 H

H = 3,0 m

Resposta: C

54 –
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5. (VUNESP-FAMERP-2016) – Uma esfera de 0,40 kg parte do


repouso no ponto A, desliza, sem rolar, sobre a superfície representada MÓDULO 23
na figura e choca-se com a extremidade livre de uma mola ideal de
constante elástica k = 100 N/m, que tem sua outra extremidade presa
ao ponto D. A esfera para instantaneamente no ponto C, com a mola ENERGIA MECÂNICA
comprimida de uma distância x.

1. (FUVEST-2016) – Uma bola de massa m é solta do alto de um


edifício. Quando está passando pela posição y = h, o módulo de sua
velocidade é v. Sabendo-se que o solo, origem para a escala de energia
potencial, tem coordenada y = h0, tal que h > h0 > 0, a energia mecânica
da bola em y = (h – h0)/2 é igual a

1 1
a) ––– mg(h – h0) + ––– mv2
Considerando-se sen 37° = 0,60; cos 37° = 0,80; g = 10m/s2 e despre- 2 4
zando-se os atritos e a resistência do ar, calcule: 1 1
b) ––– mg(h – h0) + ––– mv2
a) o módulo da aceleração escalar da esfera, em m/s2, no trecho AB 2 2
da pista. 1
c) ––– mg(h – h0) + 2mv2
b) o valor de x, em metros. 2
1
d) mgh + ––– mv2
RESOLUÇÃO 2
a) PFD (esfera): Pt = ma 1
e) mg(h – h0) + ––– mv2
2
mg sen θ = ma

a = g sen θ Note e adote:


Desconsidere a resistência do ar.
a = 10,0 . 0,60 (m/s2) g é o módulo da aceleração da gravidade.

a = 6,0 m/s2
RESOLUÇÃO:

b) Conservação da energia mecânica entre A e C: A


v
EC = EA (referência no solo)

k x2
mg hC + –––– = mg hA
2
Referência
100 solo
0,40 . 10,0 . 1,5 + –––– x2 = 0,40 . 10,0 . 2,0
2
6,0 + 50,0 x2 = 8,0 h
1
50,0 x2 = 2,0 ⇒ x2 = ––––
25,0

1 h0
x = –––– m ⇒ x = 0,20 m
5,0

Respostas: a) 6,0 m/s2


b) 0,20 m
A energia mecânica da bola é constante e é dada por:
Em = EA = Ep + EC

m v2
Em = mg (h – h0) + –––––
2

Resposta: E

– 55
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2. (FUVEST-2016) – Um sistema é formado por um disco com um 3. (2016) – Um garoto foi à loja comprar um estilingue
trilho na direção radial e um bloco que pode se mover livremente ao e encontrou dois modelos: um com borracha mais
longo do trilho. O bloco, de massa 1,0 kg, está ligado a uma mola de “dura” e outro com borracha mais “mole”. O garoto
constante elástica 300 N/m. A outra extremidade da mola está fixa em concluiu que o mais adequado seria o que proporcionasse maior alcance
um eixo vertical, perpendicular ao disco, passando pelo seu centro. Com horizontal, D, para as mesmas condições de arremesso, quando
o sistema em repouco, o bloco está na posição de equilíbrio, a uma submetidos à mesma força aplicada. Sabe-se que a constante elástica
distância de 20 cm do eixo. Um motor de potência 0,3 W acoplado ao kd (do estilingue mais “duro”) é o dobro da constante elástica km (do
eixo é ligado no instante t = 0, fazendo com que todo o conjunto passe estilingue mais “mole”).
a girar e o bloco, lentamente, se afaste do centro do disco. Para o Dd
A razão entre os alcances ––– , referentes aos estilingues com borrachas
instante em que a distância do bloco ao centro é de 30 cm, determine Dm
a) o módulo da força F na mola; “dura” e “mole”, respectivamente, é igual a
b) a velocidade angular ω do bloco; 1 1
a) ––– b) ––– c) 1 d) 2 e) 4
c) a energia mecânica E armazenada no sistema massa-mola; 4 2
d) o intervalo de tempo Δt decorrido desde o início do movimento.

Note e adote: Note e adote:


Desconsidere a pequena velocidade do bloco na direção radial, V02
D = –––– sen 2θ
as massas do disco, do trilho e da mola e os efeitos dissipativos. g
V0 = módulo da velocidade de lançamento
θ = ângulo de lançamento
RESOLUÇÃO:
g = módulo da aceleração da gravidade
a) A força elástica da mola é dada pela lei de Hooke:
F = k x = k (Lf – Lo)
RESOLUÇÃO
F = 300 (0,30 – 0,20) (N) 1) Conservação da energia mecânica na transformação de energia
elástica em cinética:
F = 30 N
Ec = Ee
2
m V0 k x2 F
b) Na situação final, o bloco terá movimento circular uniforme e a ––––– = ––––– e x = –––
2 2 k
força aplicada pela mola será a resultante centrípeta.
2
m V0 k F2
F = Fcp = m ω2 R ––––– = ––– . –––
2 2 k2
30 = 1,0 . ω2 . 0,30
2 F2
ω2 = 100 (SI) ⇒ ω = 10 rad/s V0 = –––––
km

c) A energia mecânica armazenada no sistema é a soma da


O alcance horizontal D é dado por:
energia cinética do bloco com a energia elástica da mola.
2
m V2 k x2 V0
E = ––––– + ––––– D = –––– sen 2 θ
2 2 g

V = ω R = 10 . 0,30 (m/s) ⇒ V = 3,0 m/s F2


D = –––––– sen 2 θ
1,0 . 9,0 300 km g
E = –––––––– + ––––– (0,1)2 (J)
2 2
Para a mesma força F e mesmas condições de lançamento de
projéteis de mesma massa, o alcance D é inversamente
E = 4,5 + 1,5 (J) ⇒ E = 6,0 J proporcional à constante elástica da borracha do estilingue.

d) A potência do motor corresponde à razão entre a energia 1


kd = 2 km ⇔ Dd = ––– Dm
transferida para o sistema e o tempo gasto: 2
E
P = –––– Dd 1
Δt –––– = –––
Dm 2
E 6,0
Δ t = –––– = –––– (s)
P 0,3 Resposta: B

Δ t = 20s

Respostas: a) F = 30N b) ω = 10 rad/s


c) E = 6,0J d) Δ t = 20s

56 –
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4. (PUC-SP-2016) – Em uma máquina de Atwood ideal, são presas 5. (PUC-RJ-2016) – Um bloco parte do repouso no ponto A a uma
duas massas, tais que M1 > M2. Inicialmente as massas estão em altura vertical de 1,8 m de uma pista sem atrito. Depois da descida, a
repouso e niveladas. pista consiste de um loop de raio 0,9 m após o qual segue retilínea a
nível do solo, tal como mostrado na figura. O ponto B está alinhado
horizontalmente com o centro do loop, e o ponto C é o ponto mais alto
do loop.
C
A

O
B

Com relação ao movimento do bloco, é correto afirmar que:

Dado: g = 10,0 m/s2

Após o abandono simultâneo das massas, verifica-se que a energia a) o bloco alcança o ponto C com velocidade nula e então cai.
cinética total do sistema é de 100J, após elas terem percorrido 5,0m, b) o bloco alcança o ponto C e volta a ganhar velocidade para terminar
cada uma, em 2,0 s. Sabendo-se que o módulo da aceleração da o loop.
gravidade é de 10m/s2, determine, em kg, os valores de cada uma das c) o bloco faz o loop e chega ao ponto D com velocidade de módulo
massas. 6,0 m/s.
a) M1 = 6,0 e M2 = 2,0 b) M1 = 6,5 e M2 = 1,5 d) o bloco chega ao ponto B com velocidade de 3,0 m/s.
e) o bloco não consegue chegar ao ponto C.
c) M1 = 4,5 e M2 = 3,5 d) M1 = 5,0 e M2 = 3,0
e) M1 = 7,0 e M2 = 1,0
RESOLUÇÃO:
1) Para completar o “loop” a velocidade mínima no ponto C é dada
RESOLUÇÃO: por:
1) Cálculo das velocidades após 2,0s:
Δs V0 + V
––– = –––––––
Δt 2
5,0 0+V
–––– = ––––––– ⇒ V = 5,0 m/s
2,0 2
(M1 + M2) . V2
2) Ecin = –––––––––––––
total 2
(M1 + M2) . 25,0
100 = ––––––––––––––
2
M1 + M2 = 8,0 (SI) 햲

3) EPot perdida A = EPot ganha por B + EC P + FN = Fcp


mV2
M1gh = M2gh + EC mg + FN = –––––
R
(M1 – M2) g h = EC
V = Vmin ⇔ FN = 0
(M1 – M2) . 10,0 . 5,0 = 100
2
mVmin
M1 – M2 = 2,0 (SI) 햳 mg = ––––––– ⇔ Vmin = 
gR
R

4) 햲 + 햳 : 2) Cálculo da altura mínima do ponto A para completar o loop:


2 M1 = 10,0
EC = EA
M1 = 5,0 kg
mVC2 gR
––––– + mg 2 R = mgHA ⇔ –––– + 2 gR = gHA
Em 햲 2 2
5,0 + M2 = 8,0 5R
HA = –––––
M2 = 3,0 kg 2

No caso: HA = 2 R e o bloco não consegue chegar ao ponto C.


Resposta: D
Resposta: E

– 57
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6. (UFF-2015) – Observe a figura


MÓDULO 24
A
B IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO
q

1. (UNESP-2016-MODELO ENEM) – Ótimos nadadores, os golfinhos


conseguem saltar até 5,0 m acima do nível da água do mar. Considere
que um golfinho de 100 kg inicialmente em repouso no ponto A, situado
a 3,0 m abaixo da linha da água do mar, acione suas nadadeiras e atinja,
no ponto B, determinada velocidade, quando inicia seu movimento
Nela a esfera de maior raio está fixa no solo e a sua superfície é perfei- ascendente e seu centro de massa descreve a trajetória indicada na
tamente lisa. A esfera menor está em equilíbrio instável no topo da figura pela linha tracejada. Ao sair da água, seu centro de massa alcança
esfera maior no ponto A, como indica a figura. Ao sofrer uma pertubação o ponto C, a uma altura de 5,0 m acima da linha da água, com módulo
de esforço desprezível, a esfera escorrega até o novo ponto indicado da velocidade igual a 4,0 10 m/s, conforme a figura.
em B, onde perde contato com a esfera maior. Assim, o ângulo θ, em
que a esfera menor perde contato com a esfera maior, vale:
a) θ = 90°. b) θ = 45° c) θ = 60°
d) θ = arcos (3/5). e) θ = arcos (2/3).

RESOLUÇÃO:
A
FN = 0
h
B
PN
Pt
q
Rcos q q R

C P Considere que, no trajeto de B para C, o golfinho perdeu 20% da energia


cinética que tinha ao chegar no ponto B, devido à resistência imposta
pela água ao seu movimento.
Desprezando-se a resistência do ar sobre o golfinho fora da água, a
velocidade da água do mar e adotando-se g = 10 m/s2, é correto afirmar
que o módulo da quantidade de movimento adquirida pelo golfinho no
1) h = R – R cos θ = R (1 – cos θ)
ponto B, em kg . m/s, é igual a
a) 8,0 . 102 b) 1,0 . 103 c) 1,6 . 103 d) 1,8 . 103 e) 2,0 . 103
2) EB = EA (referência em B)

mVB2 RESOLUÇÃO:
––––– = mg R ( 1 – cos θ )
2 1) De acordo com o texto:
EC = Ecin – 0,20 Ecin
B B

mVB2 Para um plano de referência passando por B, temos:


––––––– = 2 mg (1 – cos θ) m V2C
R ––––– + m g H = Ecin – 0,20 Ecin
2 B B

m V2C m VB2
3) PN = mg cos θ ––––– + m g H = 0,80 –––––
2 2
4) PN = Fcp V2C + 2 g H = 0,80 VB2
B
160 + 2 . 10 . 8,0 = 0,80 VB2
mg cos θ = 2 mg (1 – cos θ)
320 = 0,80 VB2
cos θ = 2 – 2 cos θ VB2 = 400 (SI)
2
3 cos θ = 2 ⇒ cos θ = ––– VB = 20m/s
3
2) A quantidade de movimento em B tem módulo dado por:
θ = arc cos (2/3) QB = m VB = 100 . 20 (SI)

Resposta: E QB = 2,0 . 103 kg . m/s

Resposta: E

58 –
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2. (UNICAMP-SP-2016-MODELO ENEM) – Beisebol é um esporte 3. (UPE-2016-MODELO ENEM) – “Ao utilizar o cinto de segurança no
que envolve o arremesso, com a mão, de uma bola de 140 g de massa banco de trás, o passageiro também está protegendo o motorista e o
na direção de outro jogador que irá rebatê-la com um taco sólido. carona, as pessoas que estão na frente do carro. O uso do cinto de
Considere que, em um arremesso, o módulo da velocidade da bola segurança no banco da frente e, principalmente, no banco de trás pode
chegou a 162 km/h, imediatamente após deixar a mão do arremessador. evitar muitas mortes. Milhares de pessoas perdem suas vidas no
Sabendo-se que o tempo de contato entre a bola e a mão do jogador foi trânsito, e o uso dos itens de segurança pode reduzir essa estatística.
de 7,0 . 10–2 s, o módulo da força média aplicada na bola foi de O Brasil também está buscando cada vez mais, fortalecer a nossa ação
a) 324 N b) 90,0 N c) 11,3 N d) 6,3 N e) 5,0 N no campo da prevenção e do monitoramento. Essa é um discussão que
o Ministério da Saúde vem fazendo junto com outros órgãos do
RESOLUÇÃO: governo”, destacou o Ministro da Saúde Arthur Chioro.
Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet)
Teorema do Impulso:
mostra que o cinto de segurança no banco da frente reduz o risco de
→ →
Ibola = ΔQbola morte em 45% e, no banco traseiro, em até 75%. Em 2013, um levanta-

mento da Rede Sarah apontou que 80% dos passageiros do banco da
Fm . Δt = ΔQbola = m Vf frente deixariam de morrer, se os cintos do banco de trás fossem
usados com regularidade.
162
Fm . 7,0 . 10–2 = 140 . 10–3 . –––– Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/ultimasnoticias/1596-
3,6
metade-dos-brasileiros-nao-usa-cinto-de-seguranca-no-banco-de-tras.
Fm . 7,0 . 10–2 = 6,3 Acesso em: 12 de julho de 2015.

Fm = 90,0N Em uma colisão frontal, um passageiro sem cinto de segurança é


arremessado para frente. Esse movimento coloca em risco a vida dos
Resposta: B ocupantes do veículo. Vamos supor que um carro popular com lotação
máxima sofra uma colisão na qual as velocidades escalar inicial e final do
veículo sejam iguais a 72 km/h e zero respectivamente. Se o passageiro
do banco de trás do veículo tem massa igual a 80 kg e é arremessado
contra o banco da frente, em uma colisão de 400 ms de duração, a
intensidade da força média sentida por esse passageiro é igual ao peso
de um corpo de massa
a) 360 kg na superfície terrestre.
b) 400 kg na superfície terrestre.
c) 1440 kg na superfície terrestre.
d) 2540 kg na superfície terrestre.
e) 2720 kg na superfície terrestre.

Adote: g = 10 m/s2

RESOLUÇÃO:
→ →
1) TI: Ipessoa = ΔQpessoa
Fm . Δt = mV0
Fm . 400 . 10–3 = 80 . 20

Fm = 4,0 . 103 N

2) Fm = P = Mg
4,0 . 103 = M. 10

M = 4,0 .102 kg

Resposta: B

– 59
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4. (FUVEST-TRANSFERÊNCIA-2016 – MODELO ENEM) – Um 5. (VUNESP-FACISB-2016-MODELO ENEM) – Para impulsionar seu


jogador de beisebol lança a bola de 140g, de modo que ela chega ao skate em linha reta, a partir do repouso e em um plano horizontal, um
rebatedor movendo-se na direção horizontal com velocidade de módulo garoto mantém seu pé esquerdo sobre ele e, com o pé direito, empurra
40 m/s. A bola é rebatida com uma velocidade cuja componente o solo para trás três vezes. O gráfico representa como varia o módulo
horizontal, tem sentido de volta ao lançador, tem módulo de 40 m/s e a da força de atrito resultante (R) que o conjunto skate-garoto recebe do
componente vertical tem intensidade de 60 m/s. O tempo de colisão solo, em função do tempo, nesse processo.
entre o bastão e a bola é de 0,70 ms (7,0 . 10–4 s).
O módulo da força média exercida pelo taco sobre a bola é, em kN: R (N)
a) 2,5 b) 5,0 c) 10 d) 20 e) 40
140

RESOLUÇÃO: 100
1) Na direção horizontal:
T I: Ix = Fx Δt = m | ΔVx|

Fx . 7,0 .10–4 = 0,14 . 80 ⇒ Fx = 1,6 . 104 N


0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 t (s)
2) Na direção vertical:
T I: Iy = Fy Δt = m | ΔVy|
Sabendo-se que a massa do conjunto skate-garoto é 60 kg, pode-se
Fy . 7,0 .10–4 = 0,14 . 60 ⇒ Fy = 1,2 . 104 N afirmar corretamente que, ao final do terceiro impulso, a velocidade
escalar atingida pelo conjunto, em m/s é igual a
3) A força média aplicada pelo bastão é dada por a) 6,0 b) 7,0 c) 8,0 d) 9,0 e) 10,0
® ®
Fy Fm 2 = F2 + F2
Fm x y RESOLUÇÃO:
1) IR = área (Fx t)
2 = (1,6 . 104)2 + (1,2 . 104)2 (SI)
Fm
® 1,0
Fx IR = 3 . (140 + 100)–––– (SI)
2
Fm = 2,0 . 104 N = 20 . 103 N
IR = 360 N.s

Resposta: D 2) T I: IR = ΔQ = mV – mV0
360 = 60 V

V = 6,0 m/s

Resposta: A

60 –
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FRENTE 2 – ÓPTICA E ONDAS

MÓDULO 19
T0 = 25°C
LENTES ESFÉRICAS II –
EQUAÇÃO DE GAUSS E AUMENTO LINEAR

0,8 m

1. (UFPR-2016) – Sabe-se que o objeto fotografado por uma câmera


1,6 m
fotográfica digital tem 20 vezes o tamanho da imagem nítida formada no

sensor eletrônico dessa câmera. A distância focal da lente da câmera é Em seguida, o operador leva apenas a vigota a um forno e, depois de
de 30 mm. Para a resolução desse problema, considere as seguintes retirá-la muito quente mas ainda sólida e com o mesmo formato original,
p’ i 1 1 1 utilizando a mesma lupa e o mesmo parafuso, faz de novo montagem
equações: A = – ––– = ––– e ––– = ––– + ––– (equações de Gauss).
p p’ idêntica à inicial, porém nota que nesse caso a imagem do parafuso é
o f p
observada direita e aumentada quatro vezes em relação às dimensões
Assinale a alternativa que apresenta a distância do objeto até a lente da reais do objeto. Admitindo-se válidas para a lupa as condições de
câmera. estigmatismo de Gauss, pede-se determinar
a) 630 mm b) 600 mm c) 570 mm d) 31,5 mm e) 28, 5 mm a) a distância focal f da lente;
b) o comprimento L da vigota no momento em que é retirada do forno;
c) sua temperatura T nesse instante.
RESOLUÇÃO:

i i 1 RESOLUÇÃO:
I) A = ––– ⇒ A = – ––– ⇒ A = – –––
o 20i 20 f f
a) A0 = ––––––– ⇒ 3 = –––––––
f – p0 f – 0,8
(A < 0 ⇒ imagem invertida)
3(f – 0,8) = f ⇒ 3 f – 2,4 = f ⇒ 2 f = 2,4
p’ 1 p’ p
II) A = – ––– ⇒ – ––– = – ––– ⇒ p’ = ––– f = 1,2 m
Da qual:
p 20 p 20

f 1,2
1 1 1 1 1 1 b) (I) A = ––––––– ⇒ 4 = –––––––
III) ––– + ––– = ––– ⇒ ––– + –––– = ––– f–p 1,2 – p
p p’ f p p 30
–––
20 4(1,2 – p) = 1,2 ⇒ 1,2 – p = 0,3 ⇒ p = 0,9 m
21 1
––– = ––– ⇒ p = 630 mm
p 30
(II) L = 2 p ⇒ L = 2 . 0,9 (m) ⇒ L = 1,8 m

Resposta: A
c) ΔL = L0 α ΔT ⇒ 1,8 – 1,6 = 1,6 . 2,0 . 10–4 ΔT

0,2
ΔT = ––––––––– (°C) ⇒ ΔT = 625 °C
3,2 . 10–4
T – T0 = ΔT ⇒ T – 25 = 625

T = 650 °C

Respostas: a) f = 1,2 m
2. Uma vigota metálica feita de uma liga de ferro-carbono tem
b) L = 1,8 m
coeficiente de dilatação térmica linear α = 2,0 . 10–4 °C–1 e comprimento
c) T = 650 °C
de 1,6 m a 25° C. Um operador fixa essa vigota horizontalmente e coloca
em seu ponto médio um grande parafuso que é observado através de
uma lupa instalada na extremidade direita do sistema, conforme indica
o esquema. Nesse caso, ele constata que a lupa fornece uma imagem
direita do parafuso aumentada três vezes em relação às suas dimensões
originais.

– 61
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3. (IJSO-DAEGU-COREIA DO SUL- 2016) – Uma pessoa tira uma 4. Instrumentos ópticos de maior grau de sofisticação, para cum-
prirem determinada função ou produzirem efeitos específicos, utilizam
foto de uma planta aquática em um aquário com uma lente biconvexa
associações de espelhos, blocos transparentes, como lâminas e
(convergente). O aquário é preenchido com água cujo índice absoluto prismas, além de lentes. É o caso, por exemplo, das teleobjetivas de
4
de refração vale ––– . Quando o filme, a lente e a planta estão câmaras fotográficas que envolvem lentes diversas e outros com-
3
ponentes.
posicionadas de acordo com a figura a seguir, uma imagem nítida da
Um sistema óptico é constituído pela associação de uma lente
planta aquática é projetada sobre o sensor gravador de luz da câmara. convergente L, com distância focal 10 cm, e um espelho esférico
côncavo E, com distância focal 20 cm, montados coaxialmente,
conforme representa a figura, e em operação de acordo com as
condições de estigmatismo de Gauss. A distância entre o centro óptico
Lente
de L (ponto O) e o vértice de E (ponto V) é igual a 15 cm.
Sensor
gravador L E
de luz
Água Ar

10 cm 10 cm 40 cm
P O V

Sendo nar = 1,0, qual o valor da distância focal da lente?


50 110
a) 8,0 cm b) ––– cm c) –––– cm d) 9,0 cm
6 13

20 cm 15 cm
RESOLUÇÃO:
(I) O que é dado à câmara fotografar é a imagem da planta Colocando-se uma pequena lâmpada sobre o eixo óptico do sistema a
aquática conjugada pelo dioptro plano água-ar. Essa imagem, de 20 cm de L, sobre o ponto P, produzem-se duas imagens luminosas
natureza virtual, comporta-se como um objeto real em relação à (reais) também sobre o mesmo eixo: a primeira, conjugada pelo espelho,
lente da câmara. Veja o esquema a seguir à esquerda de E, e a segunda, conjugada pela lente, à esquerda de L.
Determine:
a) a distância entre a primeira imagem e o ponto V.
b) a distância entre a segunda imagem e o ponto O.
P’ P
RESOLUÇÃO:
A lâmpada P está no ponto antiprincipal objeto de L. Logo, sua
imagem real se forma no ponto antiprincipal imagem dessa lente,
a 20 cm à direita de O.
x’ Essa imagem vai se comportar como objeto virtual em relação a E,
10 cm 10 cm x = 40 cm situando-se a 5,0 cm à direita de V.
a) Em relação a E:
1 1 1
Cálculo de x’ (Equação de Gauss para o dioptro plano): Equação de Gauss: ––– + ––– = –––
pE p’E fE
nar 1,0
x’ = –––– x ⇒ x’ = –––– 40 (cm) ⇒ x’ = 30 cm
na 4 1 1 1 1 1 1
––– – ––– + ––– = ––– ⇒ ––– = ––– + –––
3 5,0 p’E 20 p’E 20 5,0
(II) Equação de Gauss para a lente esférica convergente da câmara: 1 1,0 + 4,0
––– = ––––––––– ⇒ p’E = 4,0 cm
1 1 1 1 1 1 p’E 20
––– = ––– + ––– ⇒ ––– = ––––––– + –––
f p p’ f 30 + 10 10 b) A imagem real produzida por E, situada a 11 cm à direita de O,
vai se comportar como objeto real em relação a L.
1 1 1 1 1+4
––– = ––– + ––– ⇒ ––– = ––––– Em relação a L:
f 40 10 f 40 1 1 1
Equação de Gauss: ––– + ––– = –––
40 pL p’L fL
f = ––– cm ⇒ f = 8,0 cm
5 1 1 1 1 1 1
––– + ––– = ––– ⇒ ––– = ––– + –––
11 p’L 10 p’L 10 11
Resposta: A
1 11 – 10
––– = ––––––––– ⇒ p’L = 110 cm = 1,1 m
p’L 110

Respostas: a) 4,0 cm
b) 1,1 m

62 –
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2. (FUVEST) – A extremidade de uma fibra ótica adquire o formato


MÓDULO 20 arredondado de uma microlente ao ser aquecida por um laser, acima da
temperatura de fusão. A figura abaixo ilustra o formato da microlente
LENTES ESFÉRICAS III – para tempos de aquecimento crescentes (t1 < t2 < t3).
VERGÊNCIA, EQUAÇÃO DE HALLEY
fibra ótica
E JUSTAPOSIÇÃO DE LENTES

t1 t2 t3
1. (FACID-PI) – A lente em questão é utilizada para observar
atentamente uma formiguinha.

microlente

Considere as afirmações:
I. O raio de curvatura da microlente aumenta com tempos crescentes
de aquecimento.
II. A distância focal da microlente diminui com tempos crescentes de
aquecimento.
III. Para os tempos de aquecimento apresentados na figura, a micro-
lente é convergente.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I. b) II. c) III. d) I e III. e) II e III.

Note e adote:
A luz se propaga no interior da fibra ótica, da esquerda para a direita,
paralelamente ao seu eixo.
A fibra óptica está imersa no ar e o índice de refração do seu material
é 1,5.

RESOLUÇÃO:
(I) FALSA. O raio de curvatura da microlente diminui com o tempo
de aquecimento. Sendo R o respectivo raio de curvatura, tem-
se:
Bidu deseja comprar uma lente em que a imagem da formiguinha seja Se t3 > t2 > t1 ⇒ R3 < R2 < R1
direta e ampliada cinco vezes. Se a lente está a 20 cm da formiga, então
a vergência dela é de (II) VERDADEIRA. Pela Equação de Halley (equação dos fabricantes
a) 1,0 “grau” b) 2,0 “graus” c) 3,0 “graus” de lentes) e considerando-se, por simplicidade, uma lente plano-
d) 4,0 “graus” e) 5,0 “graus” convexa, a distância focal fica determinada por:

1 1 R
RESOLUÇÃO: –– = (n – 1) –– ⇒ f = ––––––
f R n–1
f
(I) A = –––––
f–p em que n é o índice de refração relativo da lente em relação ao
ar.
f
5 = ––––– Para t3 > t2 > t1, tem-se R3 < R2 < R1.
f – 20
Logo: f3 < f2 < f1
5f – 100 = f ⇒ 4f = 100

(III) VERDADEIRA. A face convexa da lente tem raio de curvatura


f = 25cm = 0,25m
algebricamente positivo. Sendo R > 0 e n > 0, tem-se f > 0, o
que caracteriza o comportamento convergente da lente.
1 1 Resposta: E
(II) V = ––– ⇒ V = ––––– (di)
f 0,25

V = 4,0 di

Resposta: D

– 63
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3. (UPE) – Uma lente plano-côncava, representada na figura a seguir, 4. (UFPR) – Um estudante possui uma lente biconvexa cujos raios
possui um raio de curvatura R igual a 30 cm. Quando imersa no ar de curvatura de ambas as superfícies esféricas são iguais a 30cm.
(n1 = 1), a lente comporta-se como uma lente divergente de distância Ele determinou experimentalmente a distância focal da lente no ar e
focal f, de módulo igual a 60 cm. obteve o valor de 10cm. Com essas informações, é possível determinar
o índice de refração da lente e assim saber de qual material ela foi feita.
a) Calcule o índice de refração da lente.
b) Se o estudante determinasse a distância focal com a lente imersa na
R água, ele obteria o mesmo valor descrito no enunciado? Justifique a
sua resposta.
Eixo óptico

RESOLUÇÃO:

1 nL 1 1
n1 n2 n1 a) Equação de Halley: ––– = –––– –1 –––– + ––––
f nM R1 R2

Assinale a alternativa que corresponde ao índice de refração n2 dessa 1 nL 2 3


––– = –––– –1 –––– ⇒ nL – 1 = –––
lente. 10 1,0 30 2
a) 0,5 b) 1,0 c) 1,5 d) 2,0 e) 2,5
3
RESOLUÇÃO: nL = ––– + 1 ⇒ nL = 2,5
2
Equação de Halley:

1 n2 1 1
–– = –––– –1 –––– + ––––
f n1 R1 R2

nL

1 n2 1 1 b) Com a lente imersa na água, a fração –––– diminuiria, já que a


– ––– = –––– –1 – –––– + –––– nM
60 1 30 ⬁ água é mais refringente que o ar.
123 Como as faces da lente têm raios de curvatura constantes e
tende a zero iguais, teríamos:

1 nL 2 R

1 1 1 ––– = –––– –1 ––– ⇒ f = ––––––––––––


– ––– = (n2 – 1) – –––– ⇒ ––– = n2 – 1 f nM R

60 30 2 nL
2 –––– –1
nM

1 3 nL nL
n2 = ––– + 1 ⇒ n2 = –––– = 1,5 A redução de –––– , com –––– > 1, implicaria redução do
2 2 nM nM

Resposta: C nL
denominador 2 –––– –1 e o aumento no valor de f.
nM
Logo, imersa na água, a lente adquiria distância focal maior que
no ar, tornando-se, portanto, mais “fraca” (menor vergência).

Respostas: a) 2,5
b) Obteria um valor maior do que no ar.

64 –
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5. (VUNESP) – Duas lentes delgadas, uma convergente e outra


divergente, com distâncias focais respectivamente iguais a 1,0m e MÓDULO 21
– 2,0m, encontram-se justapostas. Um objeto é colocado a 3,0m das
lentes. A distância entre a imagem e o sistema de lentes (considerado
de espessura desprezível) vale: ÓPTICA DA VISÃO
a) 0,54m b) 0,65m c) 0,76m d) 1,2m e) 6,0m

RESOLUÇÃO:
(I) Utilizando-se o teorema das vergências, vem: 1. (UEA-MODELO ENEM) – Populações indígenas que não têm o
hábito da leitura apresentam índices muito baixos de miopia. No entanto,
Veq = V1 + V2
quando esses índios se integram à sociedade ocidental e começam a ler
1 1 1 e escrever, passam a apresentar uma incidência de miopia mais elevada.
–––– = ––– + –––
feq f1 f2 No caso da miopia, a imagem se forma antes de chegar à retina, confor-
me ilustra a figura a seguir:
(http://www.portaldaoftalmologia.com.br.)
1 1 1
–––– = ––– – –––– MIOPIA
feq 1,0 2,0

feq = 2,0m
Lente Imagem se forma
antes da retina
Córnea
(II) Pela Equação de Gauss, temos:

1 1 1 Luz
–––– = ––– + –––
feq p p’

Retina
1 1 1 Olho normal
–––– = ––– + –––
2,0 3,0 p’

p’ = 6,0m

Resposta: E http://saude.culturamix.com)

O problema é geralmente corrigido com o uso de lentes


a) convergentes. b) divergentes. c) planas
d) convexas. e) cilíndricas

RESOLUÇÃO:
A correção da miopia é feita com lentes esféricas divergentes. No
caso de as lentes serem mais refringentes que o ar, suas bordas
são grossas, como sugerem os esquemas a seguir.

Lente Lente Lente


bicôncava plano-côncava convexo-côncava

Resposta: B

– 65
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2. O avanço tecnológico da medicina propicia o 3. A miopia é mesmo um defeito visual inconveniente!


desenvolvimento de tratamentos para diversos Ao olhar as estrelas em noite de céu sem nuvens, um portador desse
defeitos e doenças, como os relacionados à visão. defeito geralmente observa os astros desfocados ou não pontuais.
As correções que utilizam laser para o tratamento da miopia são Isso ocorre porque o olho míope é ovalado, isto é, alongado na direção
consideradas seguras até 12 dioptrias, dependendo da espessura e anteroposterior. Com isso, a imagem de uma estrela se forma antes da
curvatura da córnea. Para valores de dioptria superiores a esse, o retina e o que se projeta neste anteparo é um halo luminoso, o que
implante de lentes intraoculares é mais indicado. Essas lentes, determina a visão embaçada do corpo celeste.
conhecidas como lentes fácicas (LF) são implantadas junto à córnea, Considere o esquema a seguir, em que está representado, fora de
antecedendo o cristalino (C), sem que esse precise ser removido, escala, o olho de um míope que mira determinada estrela, recebendo
formando a imagem correta sobre a retina (R). dela um feixe luminoso de largura L = 3,0 mm paralelo ao eixo óptico do
O comportamento de um feixe de luz incidindo no olho que possui um cristalino (lente natural do olho, de comportamento convergente, que,
implante de lentes fácicas para correção do problema de visão com boa aproximação, obedece às condições de Gauss).
apresentado é esquematizado por. Cristalino
Retina
a) d)

L i
LF C R LF C R

b) e)

NOTE E ADOTE:
LF C R LF C R Sendo f a distância focal de uma lente esférica, V sua respec-
tiva vergência, p a abscissa do objeto e p’ a abscissa da
imagem, valem as relações:
c)
1 1 1 1
V = ––– e ––– = ––– + ––– (Equação de conjugação de Gauss)
f f p p’

Admitindo-se que na situação proposta o cristalino do indivíduo


LF C R
apresente vergência V = 50,0 di e que a imagem da estrela projetada em
sua retina tenha dimensão i = 0,36 mm, faça o que se pede.
a) Determinar a distância D, indicada na figura, entre o cristalino e a
RESOLUÇÃO: retina.
A lente fácica (LF) para correção da miopia, a ser implantada na b) Calcular a vergência VC da lente corretiva dessa miopia sabendo-se
córnea do paciente, deve ser divergente com foco principal imagem que a distância máxima de visão distinta neste caso é de 80 cm.
(F’) coincidente com o ponto remoto do olho míope (PRM). O Informe se essa lente tem comportamento convergente ou
cristalino (C) projeta a imagem final sobre a retina (R), como indica
divergente.
o esquema a seguir.
c) Determinar a distância d entre a imagem e a lente corretiva
C dimensionada no item anterior para o caso de um objeto distante
LF 120 cm da lente.

R
a) (I) Cálculo da distância focal do cristalino acomodado para a
visão da estrela.
¥... 1 1
V = –– ⇒ 50,0 = –– ⇒ f = 0,02m = 2,0cm ⇒ f = 20,0mm
f f

(II)
PRM ºF’

Resposta: B

66 –
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Semelhança de triângulos: 4. (MED. SÃO LEOPOLDO-MANDIC-2016) – Um vestibulando


percebeu, durante sua rotina pesada de estudos, que estava com
x f x 20,0 mm
–– = –– ⇒ –––––––––– = –––––––––– dificuldades para observar, com nitidez, imagens em seus livros e
i L 0,36 mm 3,0 mm cadernos. Notou que conseguia enxergar com mais qualidade quando
seu material de leitura ficava mais afastado, em torno de 40 cm de
Da qual: x = 2,4 mm distância de seus olhos. Sabendo que visão considerada normal, deve
ocorrer com nitidez para objetos colocados a 25 cm dos olhos, é possível
(III) D = f + x ⇒ D = 20,0 + 2,4 (mm)
concluir que o estudante apresenta o seguinte defeito da visão:
D = 22,4 mm = 2,24 cm a) Míopia, que pode ser corrigida pelo uso de lentes divergentes, com
vergência de – 1,5 dioptrias.
b) Sendo fC a distância focal da lente corretiva e dmáx a distância b) Míopia, que pode ser corrigida pelos uso de lentes convergentes,
máxima de visão distinta do míope, tem-se, conforme o com vergência de 1,5 dioptrias.
esquema: c) Hipermetropia, que pode ser corrigida pelo uso de lentes
divergentes, com vergência de – 1,5 dioptrias.
d) Hipermetropia, que pode ser corrigida pelo uso de lentes
convergentes, com vergência de 1,5 dioptrias.
e) Hipermetropia, que pode ser corrigida pelo uso de lentes
convergentes, com vergência de 6,5 dioptrias.

RESOLUÇÃO:
Como o ponto próximo da vista do estudante está mais distante do
olho que o normal, seu provável defeito visual é hipermetropia,
que requer na correção lentes convergentes.
A vergência V das lentes corretivas é obtida pela expressão:

1 1
V = ––– – –––
dN dH

(I) fC  = dmáx Sendo dN = 25 cm = 0, 25 m e dH = 40 cm = 0,40 m, vem:

fC  = 80 cm = 0,80 m 1 1
V = ––––– – ––––– (di) ⇒ V = 4,0 – 2, 5 (di)
0,25 0,40
fC = – 0,80 m
Da qual: V = 1,5 di
1
(II) VC = ––––
fC Resposta: D

1
VC = – –––– m–1 ou di
0,80

VC = –1,25 di

VC < 0 ⇒ lente divergente

c) Equação de Gauss:

1 1 1
–– + ––– = ––
p p’ fC

1 1 1
–––– + ––– = – –––
120 p’ 80

1 1 1 1 –120 – 80 – 200
––– = – ––– – –––– ⇒ ––– = –––––––––– = –––––––
p’ 80 120 p’ 80 . 120 9600

p’ = – 48 cm

d = p’ = 48 cm

Respostas: a) D = 2,24 cm
b) VC = –1,25 di (lente divergente)
c) d = 48 cm

– 67
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2. (UEL-2016) – Leia o texto a seguir:


MÓDULO 22 Um raio é uma descarga elétrica na atmosfera. Geralmente, ele
começa com pequenas descargas elétricas dentro da nuvem, que
liberam os elétrons para iniciar o caminho de descida em direção ao solo.
NOÇÕES GERAIS DE ONDAS A primeira conexão com a terra é rápida e pouco luminosa para ser vista
a olho nu. Quando essa descarga, conhecida como “lider escalonado”,
encontra-se a algumas dezenas de metros do solo, parte em direção a
ela outra descarga com cargas opostas, chamada de “descarga
1. Ondas de naturezas mecânica e eletromagnética permeiam nosso conectante”. Forma-se então o canal do raio, um caminho ionizado e
dia a dia, prestando-se a diversos fins. A medicina, por exemplo, se altamente condutor. É neste momento que o raio acontece com a
utiliza dos ultrassons, raios X e raios γ para a elaboração de diversos máxima potência, liberando grande quantidade de luz e som.
diagnósticos e tratamentos. Já em telecomunicações, são empregadas (Adaptado de: SABA, M. M. F. A Física das Tempestades e os Raios.
radiações de AM, FM, TV e micro-ondas, essas últimas essenciais na Física na Escola. v2 n.1. 2001.)
telefonia celular.
Tendo em conta seu conhecimento sobre ondas, classifique como falsa Com base no texto e nos conhecimentos sobre eletrostática, atribua
(F) ou verdadeira (V) cada proposição a seguir. V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
(I) As ondas sonoras são de natureza mecânica e não podem se
propagar no vácuo. No ar, sua velocidade de propagação é cerca ( ) A maioria das descargas elétricas atmosféricas ocorre quando o
de 340 m/s, provocando em sua passagem vibrações longitu- campo elétrico gerado pela diferença de cargas positivas e negativas
dinais. é próximo de zero.
(II) Os sons detectáveis pelo ouvido humano têm frequência compre- ( ) A corrente elétrica gerada pelo raio produz um rápido aquecimento
endida entre 20 Hz e 20 000 Hz. Sons com frequência acima de do ar, e sua inevitável expansão produz o som conhecido como
20 000 Hz são considerados ultrassons, podendo ser percebidos trovão.
por alguns animais. ( ) A corrente elétrica gerada a partir de um raio pode ser armazenada
(III) Todas as ondas eletromagnéticas são transversais e se propagam e utilizada, posteriormente, para ligar o equivalente a 1000 lâmpadas
no vácuo com velocidade próxima de 300 000 km/s de 100 watts.
(IV) A energia associada a um fóton de radiação eletromagnética – ( ) Para saber a distância aproximada em que um raio caiu, é preciso
quantum – é diretamente proporcional à frequência da radiação. contar os segundos entre a observação do clarão e o som do trovão.
(V) Os raios X são menos energéticos que o ultravioleta. Ao dividir o valor por 3, obtém-se a citada distância em quilômetros.
( ) A energia envolvida em um raio produz som, luz visível e ondas
De (I) para (V) a sequência de V e F é: eletromagnéticas com frequência na faixa de AM e raios X.
a) F V V F V b) V V V V F c) V V V F F
d) V F V F V e) F F F V V Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência
correta.
RESOLUÇÃO: a) V, V, F, F, V. b) V, F, V, V, F. c) V, F, F, F, V.
(I) Verdadeira d) F, V, F, V, V. e) F, F, V, V, F.
(II) Verdadeira
(III) Verdadeira
RESOLUÇÃO:
(IV) Verdadeira (I) Falsa
Isso está de acordo com a Equação de Planck, O campo elétrico gerado pela d. d. p. entre os cargas existentes
nas nuvens e no solo não pode ser nulo. É necessário que esse
E=hf
campo se aproxime da rigidez dielétrica do ar, algo em torno de
em que f = 6,63 . 10–34 m2 kg/s é a constante de Planck. 3,0 . 106 V/m. Somente com a superação desse valor, ocorre o
raio.
(F) Falsa
Os raios X têm maior frequência que o ultravioleta, logo são
(II) Verdadeira
mais energéticos que esta radiação.
A corrente elétrica gerada pelo raio produz um súbito
Resposta: B aquecimento do ar e sua pronta expansão gera uma onda de
pressão de grande intensidade que caracteriza o trovão.

(III) Falsa
Não se armazena corrente elétrica.

(IV) Verdadeira

D
V = –––
T
Com V  340 m/s e T , em segundos, determinado observa-
cionalmente, obtém-se a distância D, em metros, entre o local
da descarga elétrica e o observador.

68 –
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Dividindo-se o resultado por 103, o que equivale converter D 4. (UFBA-Modificada) – Em 11 de março de 2011, após um abalo
de metros para quilômetros, verifica-se que o resultado obtido de magnitude 8,9 na escala Richter, ondas com amplitudes gigantes
é muito próximo da divisão direta do valor de T, em segundos, atingiram a costa do Japão. Tsunamis podem ser causados por
por 3. deslocamento de uma falha no assoalho oceânico, por uma erupção
Este é um algorítmo utilizado ainda hoje nos meios rurais para vulcânica ou pela queda de um meteoro. Os tsunamis, em alto mar, têm
determinação aproximada de D, em quilômetros.
amplitude pequena, mas, mesmo assim, transportam muita energia.
Sabe-se que a velocidade de propagação da onda, na superfície da água,
(IV) Verdadeira
é dada aproximadamente por V =   , em que g é o módulo da
gh
De fato, na descarga elétrica, além do som característico
(trovão) cargas são aceleradas em virtude de d. d. p. (s) aceleração da gravidade e h é a profundidade oceânica local. Sabe-se
produzindo ondas eletromagnéticas de frequências diversas, também que o comprimento de onda diminui com a redução da profun-
como rádio-frequências de AM, luz visível e eventuais raios X. didade e que a energia que se propaga na superfície da água é
simplificadamente dada por E = kVA2, em que k é uma constante, V é
Resposta: D a velocidade de propagação da onda na superfície da água e A é a
amplitude da onda.

Ai = 1,8m Af
3. (OLIMPÍADA PAULISTA DE FÍSICA) – Na água salgada, a
propagação de ondas eletromagnéticas é rapidamente atenuada. Esta é hf = 10,0m
uma das razões técnicas pelas quais as embarcações marinhas fazem,
hi = 4000,0m
frequentemente, o uso de um dispositivo chamado sonar (do inglês
Sound Navigation and Ranging ou “Navegação e Determinação da
Distância pelo Som”). Este instrumento tem muita utilização na Mar
navegação, na pesca, no estudo e pesquisa do fundo dos oceanos. Seu Terra
funcionamento consiste na emissão de uma onda sonora que, ao Ilustração esquemática (fora de escala) da formação da grande onda

encontrar um obstáculo, sofre reflexão e retorna ao seu local de origem.


Da análise da figura fora de escala e supondo-se que a onda se propaga
Calcule a velocidade do som nas águas representadas na figura sabendo
sem nenhuma perda de energia, calcule:
que o eco retorna após aproximadamente 0,02 s
a) a velocidade da onda em hi = 4000,0m de profundidade e em
hf = 10,0m de profundidade, supondo-se que o módulo da acelera-
ção da gravidade é igual a 10,0m/s2;
b) a amplitude da onda Af , em hf = 10,0m de profundidade, sabendo-
se que a amplitude da onda Ai , em hi = 4000,0m de profundidade,
é 1,8m.

RESOLUÇÃO:
a) Vi = 
g hi ⇒ Vi = 
10,0 . 4000,0 (m/s)
sonar
14,5m Vi = 200,0m/s

Vf = 
g hf ⇒ Vf = 
10,0 . 10,0 (m/s)

RESOLUÇÃO: Vf = 10,0m/s
Considerando-se que a propagação sonora na água do mar ocorra
em movimento uniforme, vem:
b) Ef = Ei ⇒ k Vf A2f = kViA2i
D 2p
V = ––– ⇒ V = –––
T T 10,0 A2f = 200,0 (1,8)2

em que T = 0,02 s e p é a profundidade oceânica local.


Da qual: Af  8,0m
2 . 14,5
Logo: V = ––––––– (m/s) ⇒ V = 1450 m/s
0,02
Respostas: a) 200,0m/s e 10,0m/s, respectivamente.
Resposta: 1450 m/s b) Aproximadamente 8,0m.

– 69
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MÓDULO 23

EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA ONDULATÓRIA

1. (VUNESP-FAM-2016) – A figura mostra o espectro eletromagnético e a classificação das ondas em função da frequência.

f(Hz)

10 102 103 104 105 106 107 108 109 1010 1011 1012 1013 1014 1015 1016 1017 1018 1019 1020 1021 1022

ONDAS DE RÁDIO INFRAVERMELHO ULTRAVIOLETA RAIOS GAMA

MICRO-ONDAS LUZ RAIOS X

(www.if.ufrj.br. Adaptado.)

Considerando a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas no ar igual a 3,0 . 108m/s e sabendo que para certa operadora de telefonia móvel
os sinais são transportados por ondas eletromagnéticas, cujos comprimentos de onda correspondem a 20 cm, é correto afirmar que as ondas
eletromagnéticas utilizadas por essa operadora estão na região
a) das micro-ondas. b) do visível. c) do infravermelho. d) das ondas de rádio. e) do ultravioleta.

RESOLUÇÃO:
A frequência associada à radiação de comprimento de onda λ = 20cm = 0,20m é calculada pela Equação Fundamental da Ondulatória.
V = λf
Com V = c = 3,0 . 108m/s, vem:

3,0 . 108 = 0,20 f ⇒ f = 1,5 . 109Hz

Da figura: Micro-ondas

Resposta: A

70 –
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2. (UNESP-2016) – Uma corda elástica está inicialmente esticada e 3. (VUNESP-FEMA-2016) – A figura representa, vistas de cima, as
em repouso, com uma de suas extremidades fixa em uma parede e a cristas de uma onda que se propaga na superfície de um líquido em três
outra presa a um oscilador capaz de gerar ondas transversais nessa diferentes instantes, indicados no esquema.
corda. A figura representa o perfil de um trecho da corda em
determinado instante posterior ao acionamento do oscilador e um ponto
P que descreve um movimento harmônico vertical, indo desde um ponto
mais baixo (vale da onda) até um mais alto (crista da onda).
l l l l l l

t = 0s

t = 0,20s

t = 0,40s
Sabendo que as ondas se propagam nessa corda com velocidade Se a velocidade de propagação dessa onda é de 20cm/s, seu compri-
constante de 10 m/s e que a frequência do oscilador também é mento de onda, em centímetros, é igual a
constante, a velocidade escalar média do ponto P, em m/s, quando ele a) 2,0. b) 4,0. c) 5,0. d) 8,0. e) 10,0.
vai de um vale até uma crista da onda no menor intervalo de tempo
RESOLUÇÃO:
possível é igual a
(I) Ondas consecutivas são produzidas a intervalos de tempo de
a) 4. b) 8. c) 6. d) 10. e) 12. 0,20s. Esse é, pois, o período das ondas.

RESOLUÇÃO: T = 0,20s

(I) Determinação do comprimento de onda (λ):


(II) Cálculo do comprimento de onda (λ):
λ λ
V = λf ⇒ V = ––– ⇒ 20 = ––––
T 0,20

Da qual: λ = 4,0cm

Resposta: B

1,5λ = 3m ⇒ λ = 2m

(II) Determinação do período da onda (T):

λ 2
V = λ f ⇒ V = ––– ⇒ 10 = –––
T T

T = 0,2s

(III) Da posição mais baixa de sua trajetória vertical à mais alta, o


ponto P executa meio ciclo em seu movimento oscilatório
T
(MHS). Isso ocorre em um intervalo de tempo Δt = ––– ou
2
⌬t = 0,1s.

A velocidade escalar média de P nesse intervalo fica expressa


por:

⌬y 0,8m
Vm = ––– ⇒ Vm = –––––– ⇒ Vm = 8m/s
⌬t 0,1s

Resposta: B

– 71
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4. -2015 – A radiação ultravioleta (UV) é dividida, de 5. (FUVESTÃO-MODELO ENEM) – Os ultrassons têm sido utilizados
acordo com três faixas de frequência, em UV-A, UV-B para diversos fins, constituindo-se num importante recurso da medicina
e UV-C, conforme a figura. diagnóstica. Considere um exame urológico de ultrassonografia em que
um ultrassom de frequência 30kHz está sendo utilizado para determinar
Frequência (s-1 ) a espessura da parede da bexiga de um paciente.
Sabe-se que essas ondas, de natureza mecânica, percorrem os tecidos
humanos com velocidade próxima de 1,5 . 103m/s. Admitindo-se que o
7,47.1014 9,34.1014 1,03.1015 2,99.1015
intervalo de tempo determinado pelo equipamento entre a recepção dos
UV-A UV-B UV-C dois ecos produzidos na reflexão das ondas pelas paredes externa e
Para selecionar um filtro solar que apresente absorção máxima na faixa interna da bexiga seja de 2,0 . 10–6s, pode-se afirmar que o comprimento
UV-B, uma pessoa analisou os espectros de absorção da radiação UV de de onda dos ultrassons propagando-se em tecidos humanos, em
cinco filtros solares: centímetros, e a espessura da bexiga do paciente, em milímetros,
valem, respectivamente:
0,5 a) 5,0cm e 1,5mm b) 5,0cm e 3,0mm c) 2,5cm e 1,5mm
d) 2,5cm e 3,0mm e) 4,0cm e 2,0mm
(unidades arbitrárias)

0,4
RESOLUÇÃO:
Absorbância

Filtro solar I
0,3 (I) O comprimento de onda do ultrassom é calculado pela equação
fundamental da ondulatória, V = λf.
0,2 Filtro solar II
1,5 . 103 = λ 30 . 103 ⇒ λ = 5,0 . 10–2m = 5,0cm
Filtro solar III
0,1 Filtro solar IV
Filtro solar V (II) A espessura e da bexiga fica determinada fazendo-se:
0,0 D 2e 2e
V = ––– = ––– ⇒ 1,5 . 103 = –––––––––
240 290 340 390 440 T T 2,0 . 10–6
Comprimento de onda (nm)

Considere: Da qual: e = 1,5 . 10–3m = 1,5mm


velocidade da luz = 3,0 . 108m/s e 1nm = 1,0 . 10–9m.
O filtro solar que a pessoa deve selecionar é o Resposta: A
a) V b) IV c) III d) II e) I

RESOLUÇÃO:
(I) Cálculo dos comprimentos de onda associados às frequências
limítrofes do UV-B.
c
c = λ f ⇒ λ = ––
f

c 3,0 . 108
• λmín = –––– = –––––––––– (m)
fmáx 1,03 . 1015

λmín  2,9 . 10–7m

λmín  2,9 . 10–7 . 109 nm ⇒ λmín  290nm

c 3,0 . 108
• λmáx = –––– = –––––––––– (m)
fmín 9,34 . 1014

λmáx  3,2 . 10–7m

λmáx  3,2 . 10–7 . 109 nm ⇒ λmáx  320nm

(II) Os comprimentos de onda calculados remetem, no gráfico


dado, à curva correspondente ao filtro solar IV, que apresenta
absorção máxima entre 290 nm e 340 nm.

Resposta: B

72 –
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6. (FUVEST-ADAPTADO) – A tabela traz os comprimentos de onda RESOLUÇÃO:


no espectro de radiação eletromagnética, na faixa da luz visível, as- a) Luz Verde: c = λmin fmáx
sociados ao espectro de cores mais frequentemente percebidas pelos 3,0 . 108 = 0,52 . 10–6fmáx
olhos humanos. O gráfico representa a intensidade de absorção de luz
pelas clorofilas a e b, os tipos mais frequentes nos vegetais terrestres. Da qual: fmáx  5,8 . 1014Hz
Espectro de absorção b) O gráfico apresentado permite verificar que para comprimentos
para clorofilas a e b de onda entre 500nm e 600nm, aproximadamente, nota-se
mínima intensidade de absorção da luz. Essa faixa de compri-
mentos de onda corresponde às cores verde e amarela.
Intensidade de absorção de luz

Clorofila a
Logo, o vaso iluminado com luz solar (Vaso 1) manifestará um
Clorofila b
crescimento maior da respectiva planta, já que a luz do sol,
considerada branca, é policromática, sendo constituída por
todas as cores do espectro visível. Em razão disso, a planta
absorve mais os comprimentos de onda diferentes do verde e
do amarelo. Estas duas cores são significativamente difundidas.
As radiações absorvidas fornecem a energia que desencadeia o
processo de fotossíntese, inerente ao crescimento da planta.

c) Isso ocorre porque a luz verde é minimamente absorvida (ver


o gráfico), sendo predominantemente difundida. A luz verde
atinge os olhos do observador, produzindo a visão dessa cor. É
importante notar que os corpos são vistos de acordo com a luz
400 500 600 700 emanada por eles (luz própria ou luz difundida).
Comprimento de onda em nanômetros (nm)
Respostas: a)  5,8 . 1014Hz
b) e c) Ver textos
Comprimento de onda (nm) Cor

380 – 450 Violeta

450 – 490 Azul

490 – 520 Ciano

520 – 570 Verde

570 – 590 Amarelo

590 – 620 Alaranjado

620 – 740 Vermelho

Baseado em: Tratado de Botânica de Estrasburger,


36a. ed., Artmed, 2012.

Responda às questões abaixo, com base nas informações fornecidas


na tabela e no gráfico.
a) Considerando-se que a luz se propaga no ar com velocidade
c = 3,0 . 108m/s, qual a frequência máxima associada à luz verde (ou
mínima associada à luz ciano), conforme os dados?
b) Em um experimento, dois vasos com plantas de crescimento rápido
e da mesma espécie foram submetidos às seguintes condições:
vaso 1: exposição à luz solar;
vaso 2: exposição à luz verde.
A temperatura e a disponibilidade hídrica foram as mesmas para os
dois vasos. Depois de algumas semanas, verificou-se que o
crescimento das plantas diferiu entre os vasos. Qual a razão dessa
diferença?
c) Por que as pessoas, com visão normal para cores, enxergam como
verdes, as folhas da maioria das plantas?

– 73
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Veja a expressão matemática dessa variação:


MÓDULO 24
P
I = ––––––
POTÊNCIA, INTENSIDADE, 4π d2

REFLEXÃO E REFRAÇÃO DE ONDAS


em que P é a potência, supostamente constante, das ondas trans-
mitidas.

1. (FUVESTÃO-MODELO ENEM) – A telefonia móvel foi introduzida Resposta: D


no Brasil em 1972, utilizando um sistema anterior à tecnologia celular.
Era um sistema rudimentar para os padrões atuais, com baixa
capacidade, utilizando a tecnologia IMTS, sigla em inglês para Improved
Mobile Telephone System, instalado em Brasília, com apenas 150
terminais. Hoje, passadas mais de quatro décadas, as redes de telefonia
celular abrangem praticamente todo o território nacional, com mais de
200 milhões de linhas habilitadas (cerca de uma linha por habitante), que
se valem das tecnologias 2G, 3G e da emergente 4G, que emprega a
quarta geração de telefones celulares.
Considere um carro trafegando ao longo de uma rodovia retilínea situada
numa região em que há uma única antena transmissora/receptora de
sinais de telefonia celular. Suponha que essa antena esteja localizada
junto à posição x = 0 de um eixo de abscissas 0x coincidente com o
eixo longitudinal da pista. Admita ainda que os sinais da antena sejam
constituídos de ondas eletromagnéticas esféricas, centradas na
extremidade da antena, e que essas ondas se propaguem sem dissi-
pação de energia.
O motorista do carro tem um telefone celular que irá “perceber” a
presença da antena. Sendo I a intensidade do sinal captado pelo
aparelho, aponte o gráfico que mais bem representa a variação de I em
função da posição x do veículo durante sua passagem diante da antena.

RESOLUÇÃO:
Na aproximação da antena, o telefone celular “percebe” a intensi-
dade do sinal irradiado aumentando, ocorrendo o contrário no
afastamento.
O crescimento e o decrescimento de I, porém, estão mais bem
representados no gráfico da alternativa d, já que I varia inversa-
mente proporcional ao quadrado da distância d, do telefone celular
à extremidade da antena.

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2. O Gran Telescopio Canarias, também conhecido como c) A variação de temperatura ΔT que sofreria um disco circular de
GRANTECAN (GTC), é, atualmente, o maior telescópio e de tecnologia alumínio com massa de 600g e diâmetro exatamente igual a D se
mais avançada do mundo. Construído sob a direção do Instituto de fosse colocado no local da imagem do Sol durante 4,0s. Admita que
Astrofísica das Canárias, situa-se no sítio astronômico conhecido como o calor específico sensível do alumínio seja igual a 1,0J/g K e que
Observatório Del Roque de los Muchachos, próximo a um vulcão ocorra absorção total da energia radiante por parte do disco.
extinto na ilha de La Palma, Ilhas Canárias, Espanha.
Com um espelho refletor de 10,3 metros de diâmetro, o telescópio, que RESOLUÇÃO:
a)
levou sete anos para ser construído a um custo de 130 milhões de
euros, está instalado a 2267m de altitude, em um dos melhores locais
do mundo para a observação astronômica, pelas condições de tempo
sempre claro e sua localização acima das nuvens. (...)
(Adaptado do Wikipedia, consulta em 08/12/2015)

i p’
––– = – –––
o p

i p’
––– = –––
o p

D f
–––– = ––––––––
DSol dSol, Terra

D 15
–––––––– = –––––––– ⇒ D = 0,15m = 15cm
1,5 . 109 1,5 . 1011

P
b) I = ––– ⇒ P = IA
A
πD2 πD02
(IA)plano focal = (IA)espelho ⇒ I –––––– = I0 ––––––
4 4

2 2

D0 10
I = I0 ––– ⇒ I = 1,0 ––––– (kW/m2)
D 0,15

100
Da qual: I = –––––– (kW/m2)
Devido à grande altitude do ponto de instalação e às próprias condições 0,0225
climáticas locais, o GTC propicia ótimas condições de observação as-
tronômica em 80% das noites do ano. Além disso, foi criada uma legis- ou I  4,4 . 103kW/m2
lação local que limita a iluminação pública, as emissões de rádio e a
poluição atmosférica.
P Q mc⌬T
Suponha que em um determinado dia o GTC tenha sido apontado inad- c) I = ––– = –––––– ⇒ I = –––––––––
A ⌬t . A πD2
vertidamente para o Sol, recebendo diretamente em seu espelho esfé- ⌬t . ––––
rico côncavo primário, paralelamente ao eixo principal, uma intensidade 4
de radiação luminosa I0 = 1,0 kW/m2. Considere que esse espelho tenha 100 3
600 . 1,0 ⌬T
––––––– . 10 = ––––––––––––––
diâmetro D0 = 10m e distância focal f0 = 15m. 0,0225 3 (0,15)2
Admita ainda que o Sol tenha diâmetro de 1,5.109m e que esteja situado 4,0 . ––––––––
4
a 1,5.1011m de distância da Terra.
Considerando-se que se forma praticamente no plano focal do espelho Da qual: ⌬T = 500K ou ⌬θ = 500°C
uma imagem circular do Sol com diâmetro D e adotando-se π = 3, pede-
se determinar: Respostas: a) 15cm
a) O valor de D, em centímetros; b) 4,4 . 103kW/m2
b) A intensidade de radiação I no local da imagem do Sol, em kW/m2; c) 500K ou 500°C

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3. José Paulino realizou seu grande sonho de conhecer algumas 4. Na situação esquematizada na figura, ondas retas, propagando-se
montanhas dos Andes argentinos: Cerro Tronador (3 354m de altitude), na superfície da água de um tanque, passam de uma região profunda (1)
Cerro Catedral e Cerro Lópes, na região de San Carlos de Bariloche. Em para outra mais rasa (2). Com isso, o comprimento de onda (distância
um dos dias de sua viagem, colocou-se a uma distância d de um grande entre duas frentes de onda consecutivas) e a velocidade de propagação
penhasco vertical e passou a bater palmas com frequência constante sofrem reduções de p1% (p1 por cento) e p2% (p2 por cento), respecti-
igual a 0,40Hz. Ele notou que, transcorrido um intervalo de tempo T do vamente.
início de sua ação, cada vez que batia as mãos, recebia o eco corres-
Raio
pondente à batida de mãos imediatamente anterior. Admitindo-se que de onda Frentes
o som se propagou isotropicamente e sem dissipações no ar local com de onda Região
velocidade de intensidade 340m/s, determine: profunda
a) o valor de T; (1)
b) o valor de d. 53°

37° Região
RESOLUÇÃO:
a) O intervalo de tempo T é o período das palmas e também rasa
(2)
corresponde ao tempo de ida e volta das ondas sonoras, que se
propagam até o penhasco, refletem-se e retornam a José
Frentes
Paulino. de onda
1 1 Raio
T = –– ⇒ T = –––– (s) ⇒ T = 2,5s
f 0,40 de onda

b) Som: Movimento uniforme Aponte a alternativa em que os valores de p1 e p2 estão corretamente


2d 2d indicados. Adote, se necessário, sen 37° = cos 53° = 0,60;
Vsom = –––– ⇒ 340 = –––– sen 53° = cos 37° = 0,80.
T 2,5
a) p1 = 75 e p2 = 75
Da qual: d = 425m b) p1 = 75 e p2 = 25
c) p1 = 50 e p2 = 50
d) p1 = 25 e p2 = 75
Respostas: a) T = 2,5s
b) d = 425m e) p1 = 25 e p2 = 25

RESOLUÇÃO:
sen i λ1
(I) Lei de Snell: ––––– = –––
sen r λ2

sen 53° λ1 0,80 λ1


–––––––– = ––– ⇒ –––– = –––
sen 37° λ2 0,60 λ2

3
λ2 = ––– λ1 ⇒ λ2 = 0,75 λ1 = 75% λ1
4

Houve redução de 25% no comprimento de onda, logo, p1 = 25.

V2 λ2 V2
(II) ––– = ––– ⇒ ––– = 0,75
V1 λ1 V1

V2 = 0,75 V1 = 75% V1

Houve redução de 25% na velocidade de propagação das ondas,


logo, p2 = 25.
Resposta: E

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5. (UFRGS) – Uma corda é composta de dois segmentos de densi-


dades lineares de massa bem distintas. Um pulso é criado no segmento
de menor densidade e se propaga em direção à junção entre os
segmentos, conforme representa a figura abaixo.

Assinale, entre as alternativas, aquela que melhor representa a corda


quando o pulso refletido está passando pelo mesmo ponto x indicado no
diagrama acima.

a)

b)

c)

d)

e)

RESOLUÇÃO:
I. A reflexão na conexão com a corda de maior densidade linear
de massa ocorre com inversão de fase.
II. O pulso refratado (ou transmitido), que passa a se propagar na
corda de maior densidade linear de massa, tem fase igual à do
pulso incidente. A transmissão ocorre sem inversão de fase.
III. O pulso refratado propaga-se na corda de maior densidade
linear de massa mais lentamente que o pulso refletido. Por isso,
percorre uma distância menor no mesmo intervalo de tempo.
Isso pode ser justificado pela fórmula de Taylor:

F
V= –––

Resposta: E

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FRENTE 3 – ELETRICIDADE

2. Duas partículas, A e B, estão fixas numa mesa de laboratório, a


MÓDULO 37 uma distância de 2,0cm uma da outra. O meio é o ar, para o qual a
constante eletrostática é K = 9,0 x 109 N.m2/C2.

FORÇA ELETROSTÁTICA – LEI DE COULOMB

1. (MACK-2016-MODELO ENEM) – Na figura, o eixo x é horizontal


e, o eixo y, vertical.
Suas cargas elétricas são, respectivamente: 4,0 . 10–4 C e 8,0 . 10–9 C.
y
Determine a intensidade da força elétrica entre as duas partículas.

+y -q RESOLUÇÃO:
A intensidade da força elétrica é dada pela Lei de Coulomb.
Devemos converter a unidade de distância para metro.
2,0 cm = 2,0 . 10–2 m
K . QA . QB 9,0 . 109 . 4,0 . 10–4 . 8,0 . 10–9
F = –––––––––– ⇒ F = –––––––––––––––––––––––––––– (N) ⇒ F = 72N
d2 (2,0 . 10–2)2
-Q +Q
Resposta: 72N
-x O +x x

Dois corpos eletrizados com cargas elétricas puntiformes +Q e –Q são


colocados sobre o eixo x nas posições +x e –x, respectivamente. Uma
carga elétrica de prova –q é colocada sobre o eixo y na posição +y, como
mostra a figura acima. Admita que os valores x e y sejam diferentes de
zero.
A força eletrostática resultante sobre a carga elétrica de prova
a) tem direção horizontal e sentido da esquerda para a direita.
b) tem direção horizontal e sentido da direita para a esquerda.
c) tem direção vertical e sentido ascendente.
d) tem direção vertical e sentido descendente.
e) é um vetor nulo.

RESOLUÇÃO:
®
F1
y

(-q) ®
Fres

®
F2

(-Q) (+Q)
-x O +x x
A força elétrica resultante tem a direção do eixo x e sentido da
esquerda para a direita.
Resposta: A

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3. (FUVEST-2016-MODIFICADA) – Duas pequenas esferas, E1 e E2, A nova distância também é duplicada e se tem: 2r.
feitas de materiais isolantes diferentes, inicialmente neutras, são Lei de Coulomb:
atritadas uma na outra durante 5 s e ficam eletrizadas. Em seguida, as 2Q . 2Q 4K . Q2 KQ2
esferas são afastadas e mantidas a uma distância de 30 cm, muito maior F’ = K . ––––––– = ––––––– = ––––– 햳
(2r)2 4r2 r2
que seus raios. A esfera E1 ficou com carga elétrica positiva de 0,8 nC.
Comparando-se 햲 e 햳:
Determine
a) o sinal e o valor da carga elétrica Q2 de E2, após o atrito; F’ = F
b) o módulo da força elétrica F que atua entre as esferas depois de
Resposta: C
afastadas.

NOTE E ADOTE:
1 nC = 10–9 C
Carga do elétron = –1,6 . 10–19 C
Constante eletrostática: K0 = 9 . 109 N.m2/C2
5. (UFRGS-MODELO ENEM) – Três esferas metálicas idênticas, A,
Não há troca de cargas entre cada esfera e o ambiente
B e C, foram montadas em um suporte isolante, como mostra a figura
1. Antes da montagem, a esfera A foi carregada com uma carga elétrica
RESOLUÇÃO: positiva +Q, enquanto as esferas B e C estavam eletricamente neutras.
a) Usando o Princípio da Conservação da Carga Elétrica: Observemos que as três esferas ficaram em contato.
Q1 + Q2 = 0
Q2 = –Q1

Q2 = –0,8 nC ou Q2 = –8 . 10–10 C

b) Usando a Lei de Coulomb:


| Q1 | . | Q2 |
F = K0 ––––––––––––
d2
Depois de permanecerem assim por alguns instantes, as três esferas são
9 . 109 . 8 . 10–10 . 8 . 10–10 simultaneamente separadas. Considerando-se que o experimento foi reali-
F = ––––––––––––––––––––––––– (unidades SI)
(3 . 10–1)2 zado no vácuo em que a constante eletrostática é (k0 = 9 . 109N . m2/C2)
e que a distância final entre as esferas A e B (figura 2) vale d. Considere
F = 6,4 . 10–8 N que d seja muito maior que o seu raio. A força elétrica entre ambas tem
as seguintes características:
Respostas: a) Q = –0,8nC a) é repulsiva e tem módulo igual a k0Q2 / (9d2).
b) F = 6,4 . 10–8N b) é atrativa e tem módulo igual a k0Q2 / (9d2).
c) repulsiva e tem módulo igual a k0Q2 / (6d2).
d) atrativa e tem módulo igual a k0Q2 / (4d2).
e) repulsiva e tem módulo igual a k0Q2 / (4d2).

RESOLUÇÃO:
Ao fazermos o contato das três esferas (fig. 1), a carga elétrica +Q
vai se dividir igualmente entre elas, pois são idênticas. Assim a
carga individual será positiva, valendo (+Q/3).
Na montagem da figura 2, as esferas A e B se repelem.

QA . QB Q2/9 Q2
F = k0 –––––––– = k0 ––––– ⇒ F = k0 . –––––
4. (FEI-2016) – Duas cargas elétricas puntiformes e iguais, separadas d 2 d 9d2
por uma distância r, repelem-se com força de intensidade F. Se cada
carga é duplicada e a distância passar a ser 2r, a intensidade da força Resposta: A
passa
a ser de:
a) F/16 b) F/8 c) F d) 2F e) 16F

RESOLUÇÃO:
Seja Q o valor absoluto de cada uma das cargas. Inicialmente estão
separadas pela distância r.

Lei de Coulomb:
Q.Q K . Q2
F = K . ––––– = –––––– 햲
r2 r2
Cada carga é duplicada e se tem: 2Q.

– 79
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2. (MACK-MODELO ENEM) – Três pequenas esferas idênticas, A, B


MÓDULO 38 e C, estão eletrizadas com cargas elétricas QA, QB e QC, respectiva-
mente, e encontram-se em equilíbrio eletrostático sobre um plano
horizontal liso, como mostra a figura abaixo.
FORÇA ELETROSTÁTICA – LEI DE COULOMB

1. (MODELO ENEM) – Duas partículas de cargas elétricas Q e q


estão fixas a uma distância d uma da outra, num ambiente em que foi Quanto aos sinais das cargas elétricas de cada esfera eletrizada,
feito vácuo (fig. 1). Nesse mesmo ambiente, outras duas partículas de podemos afirmar que
cargas 2Q e 5q estão fixas a uma distância 2d uma da outra. a) todas as esferas estão eletrizadas com cargas elétricas de mesmo
sinal.
b) as esferas A e B estão eletrizadas com cargas elétricas positivas e
a esfera C está eletrizada com cargas elétricas negativas.
c) as esferas A e B estão eletrizadas com cargas elétricas negativas e
a esfera C está eletrizada com cargas elétricas positivas.
Sendo F1 a intensidade da força entre as duas primeiras (fig. 1) e sendo d) as esferas B e C estão eletrizadas com cargas elétricas negativas e
F2 a intensidade da força entre as duas últimas (fig. 2), a relação entre a esfera A está eletrizada com cargas elétricas positivas.
F1 e F2 é: e) as esferas A e C estão eletrizadas com cargas elétricas positivas e
a esfera B está eletrizada com cargas elétricas negativas.
a) F1 = F2 5
b) F1 = –– 2
F2 c) F1 = –– F2
2 5 RESOLUÇÃO:
d) F1 = 5F2 e) F1 = F2/5 Para o equilíbrio da esfera B, as esferas A e C devem ter cargas com
o mesmo sinal. Para o equilíbrio da esfera C, as cargas QA e QB
RESOLUÇÃO: devem ter sinais opostos.
Q.q Das opções apresentadas, a única possível é a E. Poderíamos ter
F1 = K ––––– também A e C eletrizadas com cargas negativas e B eletrizada com
d2
carga positiva.
2Q . 5q 5.2K.Q.q 5.K.q.Q Resposta: E
F2 = K –––––––– = –––––––––––– = –––––––––––
(2d)2 4d2 2d2

K.Q.q
––––––––
F1 d2 2
––– = –––––––––––– = –––
F2 5 . K. q . Q 5
––––––––––
2d2

2
F1 = ––– F2
5

Resposta: C

80 –
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3. (FUVEST-2016) – Os centros de quatro esferas idênticas, I, II, III e 4. (ITA-2015-MODIFICADA) – Considere um tubo horizontal cilíndrico
IV, com distribuições uniformes de carga, formam um quadrado. Um de comprimento ᐉ no interior do qual se encontram, respectivamente
feixe de elétrons penetra na região delimitada por esse quadrado, pelo fixadas em cada extremidade de sua geratriz inferior, as cargas q1 e q3
ponto equidistante dos centros das esferas III e IV, com velocidade positivamente carregadas. Nessa mesma geratriz, numa posição entre

inicial V na direção perpendicular à reta que une os centros de III e IV, as cargas, encontra-se uma pequena esfera em condição de equilíbrio,
conforme representado na figura. estando ela também positivamente carregada com carga q2. Assinale a
opção com as respostas corretas na ordem das seguintes perguntas:
I. A posição da pequena esfera de carga q2, é estável?
I II II. Se a carga elétrica q2, positiva, fosse fixada entre as outras duas e
a carga q3 estivesse livre, haveria equilíbrio dessa terceira esfera?
III. Se a carga elétrica q2 fosse negativa, sua posição seria estável?
Fig.1 Fig.2

q1 q2 q3 q1 q2 q3
(Fixa) (Livre) (Fixa) (Fixa) (Livre) (Fixa)

III IV
Fig.3
®
v

A trajetória dos elétrons será retilínea, na direção de V , e eles serão
acelerados com velocidade crescente dentro da região plana delimitada q1 q2 q3
(Fixa) (Fixa) (Livre)
pelo quadrado, se as esferas I, II, III e IV estiverem, respectivamente,
eletrizadas com cargas a) Não. Sim. Não. b) Não. Sim. Sim. c) Sim. Não. Não.
a) +Q, –Q, –Q, +Q b) +2Q, –Q, +Q, –2Q c) +Q, +Q, –Q, –Q d) Sim. Não. Sim. e) Sim. Sim. Não.
d) –Q, –Q, +Q, +Q e) +Q, +2Q, –2Q, –Q
RESOLUÇÃO:
Note e adote: I) Sim.
Q é um número positivo.
d1 d3
® ®
RESOLUÇÃO: F12 F23
Para que a trajetória dos elétrons seja retilínea, a resultante das + + +
forças elétricas na direção x deve ser nula. q1 q2 q3
Para que o movimento dos elétrons seja acelerado, no eixo y, a No equilíbrio devemos ter F12 = F23
resultante das forças elétricas nesse eixo deve ter o mesmo sentido Se deslocarmos ligeiramente a esfera 2 para a direita, aumen-

de v. tamos d1 e diminuímos d3: F12 < F23
A distribuição de cargas apresentada na alternativa C contempla A força resultante para a esquerda faz com que a esfera 2
esses requisitos. retorne para a sua posição original.
y II) Não.
I II ® ®
F13 F23
+ + + + +
q1 q2 q3

Do mesmo modo, no equilíbrio devemos ter F12 = F23


Se deslocarmos a esfera 2 ligeiramente para a direita, aumen-
tamos d1 e diminuímos d2: F12 < F13
Surge uma força resultante para a direita e a esfera 2 sai do
equilíbrio.
®
v III) Não.
® ®
F F d1 d3
® I II ®
F
IV
F
III ® ®
- F12 F23
+ +
q1 q2 q3
→ →
Observemos que as forças elétricas F13 e F23, que atuam em q3,
- - têm o mesmo sentido e, portanto, não se anulam.
x
III IV Não pode haver equilíbrio de q3.
Pela simetria, as componentes das forças na direção x se anulam e
Resposta: C
na direção y se somam.
Resposta: C

– 81
C3_3a_FIS_exerc_Alelex_2017 05/04/17 17:22 Página 82

5. (UFPE-MODELO ENEM) – Três cargas elétricas, q1 = –16␮C,


q2 = +1,0␮C e q3 = –4,0␮C, são mantidas fixas no vácuo e alinhadas, MÓDULO 39
como mostrado na figura.

CAMPO ELÉTRICO

1. Uma pequena esfera, isolada sobre um pedestal, está eletrizada


com uma carga elétrica de valor absoluto Q. Um ponto geométrico P
Dada a distância d = 1,0cm, calcule o módulo da força elétrica resultante (sem nenhuma carga elétrica) está posicionado nas imediações da
sobre a carga q2. Constante eletrostática: esfera eletrizada e a distância entre eles é d.
1 m2 Um operador transporta até o ponto P uma carga de prova negativa q e
k0 = ––––– = 9,0 . 109N . ––– →
4 π ε0 C2 a fixa nessa posição. Devido ao campo elétrico E, surge na carga de

prova uma força elétrica F.
RESOLUÇÃO: Considere que a carga fonte seja negativa como mostra a figura.
Vamos desenhar as forças elétricas em cada par de cargas. A seguir,
calcularemos a intensidade de cada uma das forças. Não há
necessidade de se desenhar a força elétrica repulsiva no par de
cargas (1; 3).

a) Esboce o vetor campo elétrico em P, bem como o vetor força elétrica


na carga de prova.
b) Considere os seguintes valores: Q = –8,0 ␮C, d = 2,0cm , q = +5,0nC
q1 . q2 (16 . 10–6) . (1,0 . 10–6) e a constante eletrostática K= 9,0 . 109 unidades SI; determine a
F12 = k –––––––– = k . ––––––––––––––––––– (unid. SI)
(2d)2 4 . (1,0 . 10–2)2 intensidade do campo elétrico em P e a intensidade da força elétrica
na carga de prova.
F12 = 4,0 . 10–8k (unid. SI)
q2 . q3 (1,0 . 10–6) . (4,0 . 10–6) RESOLUÇÃO:
F32 = k –––––––– = k . ––––––––––––––––––– (unid. SI) → →
d 2 (1,0 . 10–2)2 a) A figura indica os sentidos de E e de F.
F32 = 4,0 . 10–8k (unid. SI) Observemos que, para uma carga fonte negativa (Q < 0), o vetor
campo elétrico é de afastamento. Para uma carga de prova
→ → →
Na partícula 2, as forças F12 e F32 são opostas. positiva, a força elétrica F tem o mesmo sentido do campo

Fres = F12 – F32 elétrico E .

→ →
Fres = 0

Nota ao professor:
Não há necessidade de substituir a constante eletrostática pelo
valor dado, uma vez que as forças têm módulos iguais.
Resposta: Fq = 0
2

b) Intensidade do campo elétrico:


Q 9,0 . 109 . 8,0 . 10–6
E = k –––– ⇒ E = –––––––––––––––––––
d2 (2,0 . 10–2)2

Obtemos: E = 18 . 107 N/C ou E = 1,8 . 108N/C

Intensidade da força elétrica:


Basta fazer: F = |q| . E ⇒ F = 5,0 . 10–9 . 1,8 x 108 N

Obtemos: F = 9,0 . 10–1 N

Respostas: a) ver figura


b) E = 1,8 . 108 N/C
F = 9,0 . 10–1 N

82 –
C3_3a_FIS_exerc_Alelex_2017 05/04/17 17:22 Página 83

2. (ITA-2015) – Uma pequena esfera metálica, de massa m e carga 3. (UFAM) – O campo elétrico não pode ser visto ou tocado, mas
positiva q, é lançada verticalmente para cima com velocidade inicial v0 podemos constatar sua existência num ponto usando uma carga de
em uma região onde há um campo elétrico de módulo E, apontado para prova positiva. Quando colocada nesse ponto, a carga de prova fica
baixo, e um gravitacional de módulo g, ambos uniformes. A máxima sujeita a uma força de origem elétrica. Sejam as seguintes afirmativas:
altura que a esfera alcança é I. O campo elétrico é uma grandeza vetorial.
v2 qe v0 II. O produto do módulo do campo elétrico num ponto pelo módulo da
a) –––– . b) –––– . c) –––– .
2g mv0 qmE carga de prova ali colocada é igual ao módulo da força elétrica
exercida sobre a carga de prova.
mv20 3mEqv 0 III. O campo elétrico devido a uma carga elétrica puntiforme é uniforme.
d) –––––––––– . e) –––––––– .
2(qE + mg) 8g Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
RESOLUÇÃO: q c) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
d) Somente a afirmativa III está correta.
Feᐉ = q . E
® ® ® e) As afirmativas I, II e III estão corretas.
E Fe g
P=m.g
RESOLUÇÃO:
Fres = qE + mg ® I. Correta.
P O campo elétrico tem direção e sentido e é representado, em

cada ponto, pelo vetor campo elétrico E.
Fres qE + mg II. Correta.
ares = –––– ⇒ ares = ––––––––
m m Por definição:

→ F → →
Usando Torricelli no lançamento: E = ––– ⇒ F = q . E ⇒ F = 앚q앚 . E
q

V2 = V02 – 2 . ares . ⌬y III. Incorreta.


Suas linhas de força são radiais, ou seja, a direção do campo é
Como no ponto mais alto da trajetória temos V = 0, então: radial.

V02 = 2 . ares . H Resposta: A

V02
H = –––––––
2 . ares

V02
H = –––––––––––––
2 (qE + mg)
–––––––––––
m

m . V02
H = –––––––––––
2 (qE + mg)

Resposta: D

– 83
C3_3a_FIS_exerc_Alelex_2017 05/04/17 17:22 Página 84

4. (UNIFESP-2015) – Uma carga elétrica puntiforme Q > 0 está fixa 5. (UFRGS-2015) – Dois campos uniformes, um elétrico e outro mag-
em uma região do espaço e cria um campo elétrico ao seu redor. Outra nético, antiparalelos coexistem em certa região do espaço. Uma
carga elétrica puntiforme q, também positiva, é colocada em deter- partícula eletricamente carregada é liberada, a partir do repouso, em um
minada posição desse campo elétrico, podendo mover-se dentro dele. ponto qualquer dessa região.
Assinale a alternativa que indica a trajetória que a partícula descreve.
A malha quadriculada representada na figura está contida em um plano
a) Circunferencial b) Elipsoidal c) Helicoidal
xy, que também contém as cargas.
d) Parabólica e) Retilínea
Observação:
campos antiparalelos têm a mesma direção e sentidos opostos.

RESOLUÇÃO:
Suponhamos que a partícula tenha uma carga elétrica positiva +q.
No campo elétrico a força tem módulo:
FE = q . E
No campo magnético a força terá módulo:
FM = q . V . B . sen ␪
Ao colocarmos a partícula em repouso no campo, a força magné-
tica é nula (V = 0) e ela será acelerada na direção e sentido da linha
de força.
Seu movimento será sempre retilíneo, pois a força magnética tem
módulo:
Fm = q . V . B . sen 180°
Quando na posição A, q fica sujeita a uma força eletrostática de módulo → →
FM = 0
F exercida por Q.
Calcule o módulo da força eletrostática entre Q e q, em função apenas Resposta: E
de F, quando q estiver na posição B.

RESOLUÇÃO:

Usando Pitágoras:
D2 = (4d)2 + (4d)2

D = 4 
2d

1. Estando a carga elétrica q na posição A:


q.Q q.Q q.Q
F = K . ––––– ⇒ F = K . ––––– = K . ––––– (1)
2 2
dA (4d) 16d2

2. Estando a carga q na posição B:


q.Q q.Q
F’ = K . –––––––– ⇒ F’ = K . ––––– (2)
(4
2 d)2 32d2

Dividindo-se (2) por (1):


q.Q
K –––––
F’ 32d2 16 1
–––– = ––––––––– = ––– = –––
F q.Q 32 2
K –––––––
16d2

F
F’ = ––––
2

F
Resposta: F’ = –––
2

84 –
C3_3a_FIS_exerc_Alelex_2017 05/04/17 17:22 Página 85

2. Sobre a reta r, estão fixados: duas cargas elétricas puntiformes Q1


MÓDULO 40 e Q2 e um ponto geométrico P (desprovido de carga elétrica). Sabe-se
que a carga elétrica Q1 é positiva e a carga elétrica Q2 é negativa.

CAMPO ELÉTRICO RESULTANTE –


DIVERSAS CARGAS

1. Nas figuras de 1 a 3, estão representadas configurações formadas


por duas cargas elétricas puntiformes, Q1 e Q2, que são as fontes de um Determine a relação entre os módulos das cargas Q1 e Q2 para que o
campo elétrico no ponto P. Represente, em cada situação, o vetor campo resultante seja nulo em P.

campo elétrico E1, gerado por Q1 em P e E2 gerado por Q2 em P.
RESOLUÇÃO:
Inicialmente, desenhemos em P os vetores que representam os
campos elétricos das duas cargas. Observe que eles têm sentidos
opostos.

E2 E1

Para que o campo resultante seja nulo em P, os módulos dos dois


campos devem ser iguais.
|Q1| |Q2|
E1 = ––––– e E2 = ––––
(2a)2 a2

|Q1| |Q2|
–––– = ––––
4a2 a2

Conclusão:

|Q1| = 4|Q2|
RESOLUÇÃO:

Para as três figuras, valem as seguintes propriedades:



Q > 0 ⇒ E (afastamento)

Q < 0 ⇒ E (aproximação)

– 85
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3. (MODELO ENEM) – Duas cargas elétricas puntiformes Q1 e Q2 4. (FAMERP-2016) – Uma carga puntiforme Q1, positiva, encontra-se
estão fixas sobre uma reta r, como mostra a figura. Os sinais das duas fixa no plano cartesiano indicado na figura. Ela gera um campo elétrico
→ →
cargas elétricas são desconhecidos. Considere ainda um ponto P ao seu redor, representado pelos vetores EF e EG , nos pontos F e G,
também fixo sobre a mesma reta. Nesse ponto não existe nenhuma respectivamente.
carga elétrica e todo o sistema está isolado eletricamente. As duas
cargas elétricas são fontes de campo elétrico que atuam em P.

Relativamente ao módulo do campo elétrico resultante em P, podemos


afirmar que:
a) Ele é nulo.
b) Ele é diferente de zero.
c) Se as duas cargas elétricas tiverem o mesmo sinal, ele não será nulo.
d) Se as duas cargas elétricas tiverem sinais contrários ele não poderá
ser nulo. Uma segunda carga puntiforme Q2, também positiva, com Q1 = Q2,
e) Se as duas cargas elétricas forem negativas, ele poderá ser nulo. deve ser fixa no mesmo plano, de maneira que o campo elétrico
resultante no ponto P, devido às presenças de Q1 e Q2, seja nulo. Para
RESOLUÇÃO: que se consiga esse efeito, a carga Q2 deve ser fixa no ponto
1) Se as cargas tiverem sinais contrários, os vetores campo elé- a) 3. b) 4. c) 5. d) 2. e) 1.
→ →
trico E1 e E2 terão sentidos opostos. No entanto, para que se
anulem deverão ter ainda módulos iguais, como mostra a ques- RESOLUÇÃO:
tão anterior. Inicialmente vamos localizar a carga fonte Q1, geradora do campo
2) Se as duas cargas elétricas tiverem o mesmo sinal, os vetores elétrico em F e G. Para isso basta traçar a reta suporte (linha
→ →
campo elétrico E1 e E2 terão o mesmo sentido e não vão se → →
tracejada) dos vetores EF e EG como mostra a figura a seguir.
anular.
Resposta: C
®
EF
®
EG

F G

Q1
1 2 P 4 5

Encontramos o ponto 2 na intersecção das retas e posicionamos a


carga puntiforme Q1, que é positiva.
Na figura a seguir representamos o eixo de abscissas com os res-
→ →
pectivos vetores E1 e E2, gerados pela carga fonte Q1 e pela se-
→ →
gunda carga Q2, em P. Para que E2 anule E1, a carga Q2 deverá estar
à direita de P.

Q1 ® ® Q2
E2 E1
+ +
P

Como Q2 = Q1, concluímos que o ponto P está no ponto médio do


–––––
segmento Q1Q2.
Logo, a posição de Q2 é a do ponto 4.

Resposta: B

86 –
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5. (FUVEST) – Em uma aula de laboratório de Física, para estudar


propriedades de cargas elétricas, foi realizado um experimento em que MÓDULO 41
pequenas esferas eletrizadas são injetadas na parte superior de uma
câmara, em vácuo, onde há um campo elétrico uniforme na mesma
direção e sentido da aceleração local da gravidade. Observou-se que, POTENCIAL ELÉTRICO E ENERGIA POTENCIAL
com campo elétrico de módulo igual a 2 x 103 V/m, uma das esferas, de
massa 3,2 x 10–15 kg, permanecia com velocidade constante no interior
da câmara. Essa esfera tem
a) o mesmo número de elétrons e de prótons. 1. (FEI) – No vácuo, qual é o potencial elétrico gerado por uma carga
b) 100 elétrons a mais que prótons. puntiforme Q = 50␮C a 5,0m de distância da carga?
c) 100 elétrons a menos que prótons. Dado: constante eletrostática do vácuo = 9,0 . 109 N m2/C2
d) 2000 elétrons a mais que prótons. a) 9,0 . 104 V b) 4,5 . 105 V c) 1,1 . 106 V
e) 2000 elétrons a menos que prótons. d) 3,0 . 105 V e) 4,5 . 106 V
Note e adote:
carga do elétron = – 1,6 x 10–19C RESOLUÇÃO:
carga do próton = + 1,6 x 10–19C Q
V = k . –––
aceleração local da gravidade = 10m/s2 d
9,0 . 109 . 50 . 10–6
V = –––––––––––––––––– volts
RESOLUÇÃO: 5,0

V = 9,0 . 104V

Resposta: A

2. Na figura abaixo, temos uma carga elétrica positiva Q = 6,0nC e


Para que a partícula atravesse os campos com velocidade vetorial dois pontos, A e B, fixos num eixo x. O meio é o vácuo e as distâncias
constante, seu movimento deverá ser retilíneo e a força resultante são demarcadas na própria figura.

deve ser nula.


→ →
A força elétrica F deverá ter o sentido oposto ao do peso P. Por

outro lado, verificamos também que F terá sentido oposto ao do

campo elétrico E e a carga elétrica é negativa (q ⬍ 0).
Determine
→ →
Sendo  F  =  P , temos: a) o potencial elétrico no ponto A;
b) o potencial elétrico no ponto B;
mg
q  E = m . g ⇒ q  = ––– c) a diferença de potencial entre os pontos A e B.
E
Note e adote:
k0 = 9,0 . 109 N . m2/C2
10–15
3,2 . . 10
q  = –––––––––––––– (unidades SI)
2 . 103
RESOLUÇÃO:
q  = 1,6 . 10–17C a) O potencial elétrico em qualquer ponto, gerado por uma carga
elétrica puntiforme, é dado por:
Sendo q  = n . e Q
V = k0 ––
q  1,6 . 10–17 d
n = ––– = –––––––––
e 1,6 . 10–19 Sendo: Q = 6,0 nC = 6,0 . 10–9C
dA = 2,0mm = 2,0 . 10–3m
n = 100

Vem:
Como a carga é negativa, concluímos que há 100 elétrons a mais 6,0 . 10–9
VA = 9,0 . 109 ––––––––– (V)
que a quantidade de prótons. 2,0 . 10–3
Resposta: B
VA = 27,0 . 103V (Resposta)

– 87
C3_3a_FIS_exerc_Alelex_2017 05/04/17 17:22 Página 88

b) Sendo: dB = 6,0mm = 6,0 . 10–3m, 4. (AFA) – Uma partícula de massa m e carga elétrica negativa gira
6,0 . 10–9 em órbita circular com velocidade escalar constante de módulo igual a
vem: VB = 9,0 . 109 . ––––––––– (V) v, próxima a uma carga elétrica positiva fixa, conforme ilustra a figura
6,0 . 10–3
abaixo.
VB = 9,0 . 103V (Resposta)

c) A ddp entre A e B é:
VA – VB = 27,0 . 103 – 9,0 . 103 (V)

VA – VB = 18,0 . 103V (Resposta)

Desprezando a interação gravitacional entre as partículas e adotando a


energia potencial elétrica nula quando elas estão infinitamente
afastadas, é correto afirmar que a energia deste sistema é igual a:
1 1
3. (UFPE-MODELO ENEM) – O gráfico mostra a dependência do a) – ––– mV2 b) + ––– mV2
2 2
potencial elétrico criado por uma carga elétrica Q pontual, no vácuo, em
função da distância à carga. Determine o valor da carga elétrica Q, sendo
dada a constante eletrostática k0 = 9,0 . 109 unidades SI. 2 2
c) + –––– mV2 d) – –––– mV2
2 2

RESOLUÇÃO:
No MCU realizado pela partícula, a força elétrica faz o papel de
força centrípeta:
F = Fcp

q. Q m . V2 k.q.Q
K –––––– = –––––– ⇒ mV2 = –––––––– 햲
r2 r r

A partícula possui energia cinética e energia potencial elétrica:

mV2 k.q.Q
Ecin = –––––– ⇒ Ecin = ––––––– 햳
2 2r
RESOLUÇÃO:
O potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme é dado por: (– q) . Q kq.Q
Epot = K –––––––– = – –––––– 햴
r r
k0 . Q
V = –––––– , em que Q é a carga fonte.
d
A energia total da partícula será a soma 햳 + 햴:
Observando o gráfico, obtemos: V = 300V e d = 0,15m.
Ou seja: k.q.Q
k0 . Q 9,0 . 109 . Q Etot = Ecin + Epot ⇒ Etot = – ––––––––
2r
V = –––––– ⇒ 300 = ––––––––––– (unidades SI)
d 0,15
Usando novamente a equação 햲, vem:
Q = 5,0 . 10–9C = 5,0nC (resposta) mV2
Etot = – –––––
2

Resposta: A

88 –
C3_3a_FIS_exerc_Alelex_2017 05/04/17 17:22 Página 89

2. (MODELO ENEM) – Numa distribuição de diversas cargas elétricas


MÓDULO 42 puntiformes, o potencial elétrico resultante num ponto geométrico P é
dado pelo somatório algébrico dos potenciais individuais que cada carga
elétrica gera em P.
POTENCIAL ELÉTRICO Considere as distribuições isoladas de cargas elétricas das figuras I, II e
GERADO POR DIVERSAS CARGAS III, nas quais as cargas elétricas têm módulos iguais e sinal indicado na
própria figura. Considere ainda o ponto geométrico P, situado no centro
de cada uma delas.

1. (MODELO ENEM) – Uma carga elétrica Q1, puntiforme e positiva, 2


1 1 2
gera em seu entorno, a uma distância r1, um potencial igual a +300V.
1 3
Uma segunda carga Q2, puntiforme e negativa, gera em seu entorno, a
P P
uma distância r2, um potencial igual a –250V. A figura mostra as cargas P
Q1 e Q2 e suas respectivas equipotenciais que se interceptam em A e
4
B. 6
2 3 4 3
5
Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3

Em cada uma das figuras I, II e III, respectivamente, o potencial elétrico


resultante em P, tem valor algébrico:
a) positivo, positivo e positivo.
b) nulo, positivo e negativo.
c) positivo, nulo e negativo.
d) negativo, nulo e positivo.
e) positivo, nulo e nulo.

RESOLUÇÃO:
Podemos afirmar que os potenciais resultantes nesses pontos valem,
Como as cargas são iguais em módulo e em cada figura elas são
respectivamente:
equidistantes do respectivo centro geométrico, podemos simplifi-
a) + 50V; + 50V b) + 50V; – 50V c) + 300V; – 250V car a solução adotando:
d) + 550V; + 550V e) +550V; –550V +V = potencial parcial (individual) de cada carga positiva no centro
O da figura.
RESOLUÇÃO: –V = potencial parcial (individual) de cada carga negativa no centro
O potencial resultante em A e em B é o mesmo e vale: O da figura.
VA = VB = (+300V) + (–250V) Em cada figura, o potencial resultante será dado pelo somatório
algébrico desses potenciais.
VA = VB = +50V
Figura I: Vres = +V – V + V = +V (positivo)
Resposta: A
Figura II: Vres = –V – V + V + V = 0 (nulo)
Figura III: Vres = –V + V – V + V – V + V = 0 (nulo)

Resposta : E

– 89
C3_3a_FIS_exerc_Alelex_2017 05/04/17 17:22 Página 90

3. No esquema abaixo, está representada uma distribuição quadrada 4. (UPE) – Considere três cargas elétricas puntiformes, positivas e
de quatro cargas elétricas puntiformes, de mesmo módulo Q e de sinais iguais a Q, colocadas no vácuo, fixas nos vértices A, B e C de um
diferentes, como se indica na própria figura. triângulo equilátero de lado d, de acordo com a figura a seguir:

Sendo D a diagonal do quadrado e k a constante eletrostática do meio, A energia potencial elétrica do par de cargas presente nos vértices A e
então o potencial elétrico resultante no centro O vale: B é igual a 0,8 J. Nessas condições, é correto afirmar que a energia
k.Q 4kQ kQ 2kQ potencial elétrica do sistema constituído das três cargas, em joules, vale:
a) Zero b) –––– c) –––– d) –––– e) –––– a) 0,8 b) 1,2 c) 1,6 d) 2,0 e) 2,4
2D D 4D D

RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
No cálculo do potencial elétrico parcial de cada carga elétrica,
devemos levar em conta o sinal algébrico da carga. Ep = energia potencial do par A, B
AB
k(–Q) –2k(Q) (Q . Q) Q2
V1 = –––––– = ––––––– Ep = k0 ––––––– = k0 ––– = 0,8J
D D AB d d
–––
2 (Q . Q) Q2
Ep = k0 ––––––– = k0 ––– = 0,8J
BC d d
k(Q) 2k(Q)
V2 = ––––– = –––––
D D
––– Q2
2 Ep = k0 –––– = 0,8J
AC d
k(–Q) –2k(Q)
V3 = –––––– = –––––– Etot = Ep + Ep + Ep = 3 . 0,8J = 2,4J
D D AB BC AC
–––
2 Resposta: E
k(Q) 2k(Q)
V4 = ––––– = –––––
D D
–––
2

O potencial elétrico resultante em O é a soma algébrica dos quatro


valores parciais:
Vres = V1 + V2 + V3 + V4

Vres = 0

Observação: Numa distribuição simétrica de cargas elétricas em


que a metade delas é positiva, e a outra metade negativa, todas de
mesmo módulo, o potencial elétrico resultante é nulo. Se inver-
termos posições duas a duas, o potencial elétrico continua nulo.
Na figura dada, a troca de posições de Q1 com Q2 não altera o
resultado.
Resposta A

90 –
C3_3a_FIS_exerc_Alelex_2017 05/04/17 17:22 Página 91

5. (MODELO ENEM) – Um conjunto de esferinhas eletrizadas foi


distribuído sobre os arcos de uma circunferência de tal modo que: num MÓDULO 43
dos arcos temos m esferinhas eletrizadas com carga negativa –e e no
outro n esferinhas eletrizadas com cargas +e.
POTENCIAL ELÉTRICO
GERADO POR DIVERSAS CARGAS

1. (UERJ) – Em um laboratório, um pesquisador colocou uma peque-


na esfera eletricamente carregada em uma câmara na qual foi feito
vácuo. O potencial e o módulo do campo elétrico medidos a certa
distância d dessa esfera valem, respectivamente, 600V e 200V/m.

Determine
a) a distância d;
b) o valor da carga elétrica Q da esfera; adote k = 9,0 . 109 unidades SI.

RESOLUÇÃO:
Como a esfera é pequena, podemos desprezar o seu raio e tratá-la
como se fosse uma carga elétrica puntiforme.
Podemos concluir que o potencial elétrico resultante no centro O da
a) Cálculo da distância d:
circunferência:
a) é necessariamente nulo. Q
E = k ––– (1)
b) é positivo. d2
c) é negativo.
Q
d) se n < m , será positivo. V = k ––– (2)
e) será nulo se e somente se m = n. d
Dividindo-se a equação (2) pela (1):
RESOLUÇÃO:
Cada uma das n esferinhas positivas gera um potencial elétrico Q
k–––
positivo +V no centro da circunferência. Assim, já temos +n.V. V d V 600
Cada uma das m esferinhas negativas gera no centro um potencial ––– = –––––– ⇒ ––– = d ⇒ d = ––– (m) ⇒ d = 3,0m
E Q E 200
negativo –V, assim teremos –mV. k–––
d2
O potencial elétrico resultante é a soma algébrica de ambos:
Vres = (+n.V) + (–mV).
Vres = V (n – m). b) Para se obter a carga Q, basta voltarmos a uma das equações.
Assim, se m = n, o potencial resultante será nulo. Se n < m, será Usaremos a (2).
negativo.
Q d.V 3,0 . 6,0 . 102
V = k ––– ⇒ Q = –––– ⇒ Q = ––––––––––– (C)
Resposta: E d k 9,0 . 109

Q = 2,0 . 10–7 C

Respostas: a) 3,0m
b) 2,0 . 10–7 C

– 91
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2. Uma carga elétrica fonte Q gera nos pontos A e B os campos 3. Duas cargas elétricas puntiformes, Q e 4Q, positivas, estão fixas
→ →
elétricos representados pelos respectivos vetores EA e EB, como nos numa canaleta.
mostra a figura abaixo. Ambos têm intensidade igual a 50V/m.

No ponto P, situado a uma distância d da primeira e 2d da segunda,


determine, em função de d, K e Q:
a) o potencial elétrico resultante;
b) a intensidade do campo elétrico resultante.

RESOLUÇÃO:
a) Cálculo do potencial elétrico resultante:


Q 4Q
Vres = K –– + ––––
d 2d

⇒V res
3K . Q
= ––––––
d
b) Cálculo da intensidade do campo resultante:
a) Localize, geometricamente, a posição da carga fonte Q. precisamos desenhar os dois vetores em P, conforme a figura
b) Determine a direção, o sentido e a intensidade do campo elétrico abaixo:
em P.
c) Determine o potencial elétrico em P. Sugestão: use o resultado
algébrico da questão anterior.

RESOLUÇÃO:
Temos:
a) Usando a figura dada, prolongamos a reta suporte de cada vetor
campo elétrico e na intersecção obtemos a posição da carga Q 4Q Q
E1 = K ––– E2 = K –––– = K ––––
fonte Q. d2 4d2 d2
b) Para a direção e o sentido do campo em P, usaremos a mesma Os dois vetores têm a mesma intensidade e são opostos.
figura. Concluindo: o campo elétrico resultante em P é nulo.
Da figura, obtemos a distância de P até Q: 5,0cm.
3K . Q
Respostas: a) ––––––
d
b) zero

KQ
EB = 50V/m = –––––––––
(2 . 10–2)2

KQ
EP = –––––––––
(5 . 10–2)2
KQ
–––––––––
EB 50 4 . 10–4 25
–––– = –––– = –––––––––– = ––––
EP EP KQ 4
–––––––––
25 . 10 –4

4 . 50
EP = ––––––– (V/m) = 8,0V/m
25

c) V = E . d = 8,0 . 5,0 . 10–2 (V) = 0,40V

Respostas: a) vide figura


b) vide figura e 8,0V/m
c) 0,40V

92 –
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4. (UERN-2015-modificada) – Os pontos P, Q, R e S são equidis-


tantes das cargas localizadas nos vértices de cada figura a seguir: MÓDULO 44

TRABALHO DA FORÇA ELÉTRICA

P Q
1. (MODELO ENEM) – Na figura abaixo, temos um gráfico mostrando
a distribuição do potencial elétrico em função da abscissa dos pontos de
um campo elétrico.

R S

O potencial elétrico e o campo elétrico são simultaneamente nulos


apenas:
a) no ponto R. b) nos pontos P, Q e S. Uma carga pontual q = +2,0nC é deslocada do ponto A(xA = 1,0m) para
c) nos pontos R e S. d) nos pontos P e Q. o ponto B(xB = 4,0m) e nesse deslocamento o trabalho da força elétrica
e) no ponto S. é:
a) –16 nJ b) +16 nJ c) –40 nJ d) –32 nJ e) –8,0 nJ
RESOLUÇÃO:
Para que o campo elétrico seja nulo, devemos ter distribuição
RESOLUÇÃO:
simétrica de cargas, o que ocorre nos pontos: P, Q e S.
Para que o potencial elétrico seja nulo, devemos ter quantidades τAB = q(VA – VB)
iguais de cargas positivas e de negativas, uma vez que as distâncias Do gráfico:
são iguais. Isso acontece para os pontos R e S.
xA = 1,0 m ⇒ VA = 32 V
Da intersecção dos dois conjuntos, deduzimos que o campo e o
potencial são simultaneamente nulos apenas em S. xB = 4,0 m ⇒ VB = 40 V
Resposta: E τAB = +2,0(nC) . (32V – 40V)
τAB = –16 nJ

Resposta: A

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2. (UERJ-2016) – O esquema abaixo representa um campo elétrico 3. (MACK) – Uma carga elétrica de intensidade Q = 10,0 ␮C, no

uniforme E, no qual as linhas verticais correspondem às superfícies vácuo, gera um campo elétrico em dois pontos A e B, conforme figura
equipotenciais. Uma carga elétrica puntiforme, de intensidade 400μC, abaixo.
colocada no ponto A, passa pelo ponto B após algum tempo.

100 V 20 V
®
E

Sabendo-se que a constante eletrostática do vácuo é k0 = 9 . 109 Nm2/C2,


o trabalho realizado pela força elétrica para transferir uma carga
q = 2,00␮C do ponto B até o ponto A é, em mJ, igual a:
Determine, em joules, o trabalho realizado pela força elétrica para a) 90,0 b) 180 c) 270 d) 100 e) 200
deslocar essa carga entre os pontos A e B.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
1) Cálculo dos potenciais elétricos em A e B:
Carga deslocada: q = 400μC = 4,0 . 102 . 10–6C = 4,0 . 10–4C Q
V = k0 –––
VA = 100V d

VB = 20V 9 . 109 . 10,0 . 10–6


VA = ––––––––––––––––– (unid. SI)
τAB = q (VA – VB) 2,00

τAB = 4,0 . 10–4 (100 – 20) (unid. SI) VA = 4,5 . 104V


τAB = 320 . 10–4J 9 . 109 . 10,0 . 10–6
VB = –––––––––––––––––– (unid. SI)
τAB = 3,2 . 10–2J 1,00

Resposta: 3,2 . 10–2J VB = 9,0 . 104V

2) Cálculo do trabalho da força elétrica, de B até A:

τB,A = q (VB – VA)

τB,A = 2,00 . 10–6 (9,0 . 104 – 4,5 . 104) (joules)

τB,A = 9,00 . 10–2 J

τB,A = 90,0 . 10–3 J ⇒ τB,A = 90,0mJ

Resposta: A

94 –
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4. (MODELO ENEM) – O elétron-volt (eV) é uma unidade de energia 5. (UFPR) – Um próton movimenta-se em linha reta paralelamente
bastante usada em laboratórios de partículas. às linhas de força de um campo elétrico uniforme, conforme mostrado
Definição: 1eV é a energia cinética adquirida por uma carga elementar na figura. Partindo do repouso no ponto 1 e somente sob ação da força
e ao ser acelerada, num campo elétrico uniforme, a partir do repouso, elétrica, ele percorre uma distância de 0,6 m e passa pelo ponto 2. Entre
por uma ddp de 1 volt. os pontos 1 e 2, há uma diferença de potencial V igual a 32V.
Na figura abaixo, um elétron é abandonado em repouso num ponto M
e é acelerado pelo campo elétrico.

Ao passar por N, sua energia cinética será:


a) –80eV b) –50eV c) –30eV
d) +20eV e) +30eV

RESOLUÇÃO:
De M para N, o elétron ficou sujeito a uma ddp de 30V. Observe
que o elétron tem carga negativa e, assim, desloca-se para pontos Considerando a massa do próton igual a 1,6 . 10–27 kg e sua carga igual
de maior potencial. a 1,6 . 10–19 C, assinale a alternativa que apresenta corretamente a
velocidade do próton ao passar pelo ponto 2.
a) 2,0 . 104 m/s b) 4,0 . 104 m/s c) 8,0 . 104 m/s
5
d) 1,6 . 10 m/s 5
e) 3,2 . 10 m/s
Para calcular a energia cinética adquirida pelo elétron, basta multi-
plicar a carga, e, pela ddp de 30V. A energia cinética é sempre um RESOLUÇÃO:
valor positivo. Entre as posições 1 e 2, a força elétrica realizou um trabalho dado
por:
Ecin = e . (ddp) ⇒ e . 30V ⇒ Ecin = +30eV
Resposta: E
τ12 = q(V1 – V2) = e . ⌬V
τ12 = e . 32V = 32eV (1)

Usando o TEC
0
τ1,2 = εcin – εcin
2 1

m . V2
τ1,2 = –––––– (2)
2

Substituindo-se (1) em (2), temos:


1,6 . 10–27
32 . 1,6 . 10–19 = ––––––––– . V2
2
V2 = 64 . 108

V = 8,0 . 104m/s

Resposta: C

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2. (UFRGS) – Na figura abaixo, está mostrada uma série de quatro


MÓDULO 45 configurações de linhas de campo elétrico.

PROPRIEDADES DO CAMPO ELÉTRICO

1. (FUVEST) – Em uma aula de laboratório, os estudantes foram


divididos em dois grupos. O grupo A fez experimentos com o objetivo
de desenhar linhas de campo elétrico e magnético. Os desenhos feitos
estão apresentados nas figuras I, II, III e IV abaixo.

Aos alunos do grupo B, coube analisar os desenhos produzidos pelo


grupo A e formular hipóteses. Entre elas, a única correta é que as figuras
I, II, III e IV podem representar, respectivamente, linhas de campo Analise as afirmações a seguir e indique se elas são corretas ou incor-
a) eletrostático, eletrostático, magnético e magnético. retas:
b) magnético, magnético, eletrostático e eletrostático. I. Na figura 1, as duas cargas são positivas.
c) eletrostático, magnético, eletrostático e magnético. II. Na figura 2, as cargas têm sinais contrários e seus módulos não
d) magnético, eletrostático, eletrostático e magnético. são iguais, pois a figura não tem simetria.
e) eletrostático, magnético, magnético e magnético. III. Na figura 3, as duas cargas têm o mesmo módulo, mas sinais
contrários.
RESOLUÇÃO: IV. Na figura 4, devido à simetria, concluímos que as cargas têm
A figura I representa o campo eletrostático de uma distribuição plana módulos iguais.
de infinitas cargas elétricas positivas uniformemente distribuídas.
a) Todas estão corretas. b) Apenas a III está incorreta.
A figura II é típica do campo eletrostático de duas cargas puntiformes
c) Apenas a IV está incorreta. d) Apenas I e III são corretas.
de mesmo sinal. Observe que as linhas são bastante espalhadas,
dando-nos a ideia de que se trata de linhas de forças abertas. e) Apenas II e IV são corretas.
A figura III pode representar diversos modelos do eletromagnetismo.
Por exemplo, o campo magnético no interior de uma espira perpen- RESOLUÇÃO
dicular ao papel. No caso, a espira fura o plano do papel em dois I. Correta: as linhas de força são de afastamento em cada uma
lugares. Outro exemplo: o campo magnético de dois fios perpen- das cargas.
diculares ao plano do papel, sendo eles percorridos por correntes em II. Correta: as linhas de força se afastam da carga da direita
sentidos opostos. (positiva) e se aproximam da carga da esquerda (negativa).
A figura IV representa o campo magnético criado por um fio retilíneo III. Correta: as simetrias da figura nos permitem concluir que as
perpendicular ao plano dessa folha percorrido por corrente elétrica cargas têm o mesmo módulo. Como as linhas de força nascem
com sentido saindo do plano. na carga da esquerda, ela é positiva; quando morrem na carga
Resposta: A direita, ela é negativa.

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IV. Correta: a simetria da figura nos permite concluir que se trata de RESOLUÇÃO
cargas do mesmo módulo. De ambas nascem linhas de força, a) Errada: os pontos 1, 3 e 5 têm o mesmo potencial; do mesmo
logo são ambas positivas. modo, os pontos 2, 4 e 6 também têm o mesmo potencial.
b) Errada: do ponto 1 para o ponto 2, você caminha no sentido da
Resposta: A
linha de força e o potencial é crescente.
c) Errada: o campo elétrico tem a direção e o sentido da linha de
força.
d) Errada: a intensidade do campo elétrico uniforme, em todos os
pontos do campo, é sempre constante.
e) Correta: trabalho para deslocar o próton de 1 para 2 é dado por:
τ1,2 = +e . (V1 – V2)
trabalho para deslocar o elétron de 4 para 3 é dado por:
τ4,3 = –e . (V4 – V3) = +e . (V3 – V4)
No entanto, V1 = V3 = V5 e ainda V2 = V4 = V6
Desse modo, concluímos que: τ1,2 = τ4,3

Resposta: E

3. (MODELO ENEM) – Os campos elétricos podem ser represen-


tados por linhas orientadas que indicam a sua direção e o seu sentido:
as linhas de força. Não devemos pensar que os pontos de uma linha de
força possuem o mesmo potencial elétrico; este é variável de ponto para
ponto. Usam-se ainda, nas representações de campo, as linhas ou
superfícies equipotenciais; nestas sim temos um valor constante de
potencial elétrico em todos os seus pontos. Na figura representou-se
um campo elétrico uniforme. Observe as linhas cheias (linhas de força),
que são paralelas entre si. Observe as linhas tracejadas (equipotenciais),
que também são paralelas entre si.

Analisando o campo elétrico e aplicando as suas propriedades, podemos


afirmar:
a) os pontos 1 e 4 possuem o mesmo potencial elétrico.
b) do ponto 1 para o ponto 2, o potencial elétrico é crescente.
c) o campo elétrico no ponto 5 é perpendicular à linha de força que
passa em 1, 3 e 5.
d) do ponto 3 para o ponto 4, a intensidade do campo elétrico é
decrescente.
e) o trabalho realizado pela força elétrica no deslocamento de um
próton, do ponto 1 para o ponto 2, tem o mesmo valor que o trabalho
realizado pela força elétrica no deslocamento de um elétron, do
ponto 4 para o 3.

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4. (PUC-RS-2016) – Para responder à questão considere a figura 5. (VUNESP-2016) – Duas cargas pontuais X e Y estão fixadas em
abaixo, que representa as linhas de força do campo elétrico gerado por pontos a uma mesma distância de uma origem O. A carga de X é
duas cargas puntuais QA e QB. positiva. Quando uma carga negativa é colocada no ponto P, esta carga
negativa não se move.

X Y
P O

Qual dos seguintes esquemas mostra as linhas de campo elétrico


corretas antes do posicionamento da carga negativa no ponto P?
b)
QA QB a)

X Y
X Y

c) d)

A soma QA + QB é, necessariamente, um número X Y X Y


a) par. b) ímpar. c) inteiro. d) positivo. e) negativo.

RESOLUÇÃO:
Pela configuração das linhas de força, observamos que: e)
1.o) QA > 0 e QB < 0
2.o) QA > QB X Y
Concluindo:
QA + QB > 0
Resposta: D
RESOLUÇÃO:
A carga negativa (q) colocada em P permaneceu em equilíbrio.
X ® ® Y
FX P FY

(q)
Qx > 0 Qy

dx dy
Pela figura se conclui que Qy > 0, pois atraiu a carga negativa q.

Fx = Fy

Qx . q Qy. q
––––––– = –––––––
dx2 d2y

Qx Qy
–––– = ––––
2
dx d2y

Sendo dx < dy, concluímos que Qx < Qy.

Resposta: B

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RESOLUÇÃO:
MÓDULO 46 No interior de um condutor em equilíbrio eletrostático, o potencial
é constante e nos pontos internos ele vale tanto quanto o potencial
na superfície do corpo. Essa propriedade também se estende ao
corpo oco.
CONDUTOR ISOLADO Concluindo: nos três corpos, todos os pontos da superfície ou
internos têm potencial elétrico igual a 1000V.
Resposta A

1. (MODELO ENEM) – Nas figuras que se seguem, temos três


corpos metálicos eletrizados com cargas elétricas positivas. Observe a
distribuição de suas cargas elétricas.

3. Uma casca esférica metálica, de raio R, eletrizada com uma quanti-


dade de eletricidade positiva Q, possui densidade superficial de carga
elétrica σ dada por:

Essa distribuição está corretamente representada Q Q Q


a) σ = ––––– b) σ = ––––– c) σ = –––––
a) apenas na figura 2. b) apenas nas figuras 1 e 2. 4πR2 4R2 2πR2
c) apenas nas figuras 1 e 3. d) apenas nas figuras 2 e 3.
3Q 4Q
e) nas três figuras. d) σ = ––––– e) σ = –––––
4πR3 3πR2

RESOLUÇÃO:
Nas três figuras, a distribuição está corretamente representada.
Na fig. 1 – no elipsoide, as cargas elétricas vão para as suas pontas.
Na fig. 2 – na esfera, as cargas elétricas estão na sua superfície e
uniformemente distribuídas.
Na fig. 3 – é uma casca esférica, em que também valem as
propriedades da esfera.
Resposta: E

RESOLUÇÃO:
As cargas elétricas distribuem-se uniformemente pela superfície
metálica que constitui a casca esférica.
2. (MODELO ENEM) – Nas três figuras os corpos estão eletrizados,e
Sua área é dada por A = 4πR2
em equilíbrio eletrostático.
Assim, a densidade superficial de cargas é:
carga Q
σ = ––––– = –––––
área 4πR2

Resposta: A

Considerando a propriedade que assegura que um condutor em equilí-


brio eletrostático é um corpo equipotencial, assinale a alternativa que
informa corretamente os potenciais elétricos dos pontos A, B e C .
a) VA = VB = VC = 1000V
b) VA > VB > VC > 1000V
c) VA = VB > VC = 1000V
d) VA < 1000V = VB = 1000V; VC = 0
e) VA = VB = VC = 0

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4. Retome a esfera anterior. Se dobrarmos o seu raio, a densidade


de cargas em sua superfície vai se modificar. A nova densidade de MÓDULO 47
cargas será:
a) o dobro da inicial. b) a metade da inicial.
c) a metade da inicial. d) um quarto da inicial. ESFERA ELETRIZADA
e) um oitavo da inicial.

RESOLUÇÃO:
A densidade superficial de cargas, conforme se demonstrou no 1. (UPF-RS) – Durante uma experiência didática sobre eletrostática,
exercício anterior, é inversamente proporcional ao raio da esfera. um professor de Física eletriza uma esfera metálica oca suspensa por
A nova esfera tem o seu raio dobrado. Concluímos que a densidade um fio isolante. Na sequência, faz as seguintes afirmações:
ficará dividida por quatro.
I. A carga elétrica transferida para a esfera se distribui uniformemente
Resposta: D na superfície externa desta.
II. O campo elétrico no interior da esfera é nulo.
III. O campo elétrico na parte exterior de esfera tem direção
5. (MODELO ENEM) – Michael Faraday realizou uma experiência perpendicular à superfície desta.
com a finalidade de comprovar a blindagem eletrostática: construiu uma IV. A superfície da esfera, na situação descrita, apresenta o mesmo
grande gaiola metálica, montou-a sobre suportes isolantes e, estando no potencial elétrico em todos os pontos.
seu interior, mandou eletrizá-la. Está correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) I, II e III apenas.
d) II, III e IV apenas.
e) todas.

RESOLUÇÃO:
A esfera metálica estando em equilíbrio eletrostático possui as
propriedades citadas. Deste modo, todas as afirmativas estão
corretas.
Resposta: E

No interior da gaiola,
a) O campo elétrico é nulo, nenhuma carga elétrica penetra e Faraday
não foi eletrocutado.
b) O campo elétrico é nulo, mas, devido a grandes diferenças de poten-
cial entre seus pontos, Faraday sofreu alguns choques elétricos.
c) Nenhuma carga elétrica penetra no interior da gaiola, mas o campo
elétrico não é nulo e há diferenças de potencial entre dois pontos da
gaiola.
d) Um pêndulo eletrostático duplo certamente teria suas esferas
separadas, pois o campo elétrico não é nulo.
e) Faraday ficou submetido a uma indução eletrostática e seus cabelos
arrepiaram para cima.

RESOLUÇÃO:
A gaiola de Faraday é uma blindagem eletrostática contra o campo
elétrico e a penetração de descargas elétricas.
Resposta: A

100 –
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2. (UPE-MODELO ENEM) – Um condutor esférico em equilíbrio E . R2


eletrostático, representado pela figura a seguir, tem raio igual a R e está Q = ––––––
k
eletrizado com carga Q positiva.
180 . (6,4 . 106)2
Q = ––––––––––––––– (C)
9,0 . 109

 Q   820 . 103C ⇒ Q = –820kC

A carga é negativa pois o campo elétrico tem sentido apontando


para o centro.

b) Vamos desprezar os efeitos gravitacionais sobre o elétron (mas-


sa muito pequena)
F=eE e F=m.a
Em relação ao campo elétrico e ao potencial elétrico nos pontos A, B e m.a=e.E
C, podemos afirmar que: e.E
a = –––––
a) No ponto A, o campo elétrico e o potencial elétrico são nulos. m
b) No ponto B da superfície da esfera a intensidade do campo elétrico
1,6 . 10–19 . 180
vale EB = 0 e o potencial elétrico VB, a carga elétrica e o raio se a = –––––––––––––– (m/s2)
9,0 . 10–31
relacionam por : VB = KQ/R.
c) No ponto C, o potencial elétrico elétrico é dado por KQ/R. a = 32 . 1012m/s2 ⇒ a = 3,2 . 1013m/s2
d) No ponto C, a intensidade do campo elétrico EC e o potencial elétrico
VC se relacionam por: EC = VC/R. Respostas:a) –820kC
e) No ponto A o campo elétrico é nulo e o potencial elétrico é b) 3,2 . 1013m/s2
VA = VB = KQ/R.

RESOLUÇÃO:
a) Errada: o campo é nulo, mas o potencial é diferente de zero. 4. Uma casca esférica metálica de raio R = 12cm está eletrizada com
b) Errada: o campo na superfície tem módulo diferente de zero; o
uma carga elétrica Q = 120µC, no vácuo onde a constante eletrostática
potencial elétrico está correto.
vale K0 = 9,0 x 109 unidades SI.
c) Errada: VC = KQ/2R
d) Errada: basta escrever as duas equações de campo e de
potencial e dividir uma pela outra. Cuidado: a distância vai até Determine:
o centro A da esfera: d = 2R, daí o erro. a) O potencial elétrico num ponto situado a 6,0cm do centro da esfera.
e) Correta: cuidado, o potencial em pontos internos da esfera se b) O potencial elétrico num ponto da superfície da esfera.
calcula como o potencial de sua superfície; usa-se d = R. c) O potencial elétrico num ponto externo situado a 6,0cm da superfície.
Resposta: E
RESOLUÇÃO:
3. (OBF-2016) – A Terra tem uma certa carga elétrica líquida. Esta a) Verificamos que d < R, e isso implica que o ponto considerado
carga, na superfície da Terra, produz um campo elétrico de aproximada- está no interior da esfera.
mente 180N/C direcionado para seu centro. O potencial elétrico interno é dado pela equação a seguir, em
Pergunta-se: que R é o raio da esfera.
a) Qual a magnitude e sinal do excesso de carga, observando-se que K0 . Q 9,0 . 109 . 120 . 10–6
Vint = –––––– ⇒ Vint = –––––––––––––––––––– (em unidades SI)
o campo elétrico de uma esfera condutora é equivalente a uma R 12 . 10–2
carga puntiforme colocada no seu centro? Qual o módulo do cam-
Vint = 9,0 x 106V
po a 500m do centro?
b) Que aceleração produzirá este campo elétrico sobre um elétron
livre perto da superfície da Terra?
b) Na superfície o potencial é igual ao dos pontos internos.
Considere que o raio da Terra é igual a 6400km.
Adote K = 9,0 . 109 (unid. SI). Vsup = Vint = 9,0 x 106 volts
Massa do elétron 9,0 . 10–31kg e carga do elétron – 1,6 , 10–19C
c) Num ponto externo a equação do potencial é a que se segue,
RESOLUÇÃO: em d é a distância do ponto considerado até o centro da esfera.
a) A 500m do centro da Terra é ponto interno: d = 12cm + 6,0cm = 18cm = 18 x 10–2 m
→ →
Eint = 0 K0 . Q 9,0 . 109 . 120 . 10–6
Vext = –––––– ⇒ Vext = –––––––––––––––––––––
Esup ⫽ 0 R 18 . 10–2

Vext = 6,0 x 106V


O módulo do campo nas proximidades do solo é dado por:
Q
E = K . –––––
R2

– 101
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5. (UFRS-2016) – Uma esfera condutora e isolada, de raio R, foi carre- Com um fio de cobre, conectamos as duas esferas até que entrem em
gada com uma carga elétrica Q (positiva). Considerando o regime equilíbrio eletrostático. Analise as frases abaixo e as classifique como
estacionário, assinale o gráfico abaixo que melhor representa o valor do verdadeiras (V) ou falsas (F)
potencial elétrico dentro da esfera, como função da distância r ⭐ R até I. ( ) As cargas finais são proporcionais às áreas das respectivas
o centro da esfera. superfícies esféricas.
II. ( ) As duas esferas adquirem um mesmo potencial elétrico,
denominado potencial de equilíbrio eletrostático.
III. ( ) As cargas finais são proporcionais aos respectivos raios das
esferas.

É verdadeiro apenas o que se disse em:


a) I e II b) II e III c) I e III
d) II e) I

RESOLUÇÃO:
Ao conectarmos as duas esferas, haverá passagem de cargas
elétricas pelo fio devido à ddp entre elas. No entanto, com a troca
de cargas elétricas, diminui o potencial maior e aumenta o
potencial menor até que ambas adquiram o mesmo potencial de
equilíbrio.

V1 = V2 = Vequilíbrio
Q’1 Q’2
K –––– = K . ––––
R1 R2

Q’1 R1
–––– = –––––
Q’2 R2

Concluindo: as cargas finais são proporcionais aos respectivos


raios.
I. Falsa
Esta afirmativa é quase que uma lenda! Aparece erroneamente
até em textos mal formulados de alguns vestibulares.

II. Verdadeira.
RESOLUÇÃO:
No interior da esfera (r < R) o potencial elétrico é constante, dife- III. Verdadeira.
rente de zero e seu valor algébrico tem o mesmo sinal da carga Resposta: B
elétrica da superfície. Na superfície (r = R); o potencial elétrico tem
o mesmo valor anterior.
Resposta: A

MÓDULO 48

CONDUTORES EM EQUILÍBRIO ELETROSTÁTICO

1. Dispõem-se de duas esferas de alumínio, com raios diferentes e


eletrizadas com cargas elétricas diferentes, isoladas uma da outra e
apoiadas em pedestais isolantes

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Texto para as questões 2 e 3 4. (Eewb-MG) – Dois condutores esféricos possuem, respectiva-


Uma casca esférica de material condutor, ao ser eletrizada, mente, raios R e 2R e cargas +Q e –4Q. Separados por uma distância
apresenta uma distribuição uniforme de cargas elétricas e consequente- d = 6R, conforme mostra a figura abaixo, os condutores atraem-se com
mente obedece aos princípios de um corpo em equilíbrio eletrostático. uma força de intensidade F = 32N.
Temos duas cascas esféricas de material condutor, isoladas uma da
outra, tendo a menor delas uma carga elétrica positiva de +8,0pC e a
maior uma carga elétrica negativa de –3,0pC. A primeira tem raio de
2,0cm e a segunda, 3,0cm. O meio é o vácuo, onde a constante
eletrostática vale k = 9,0 . 109 unidades do SI. Em cada uma delas,
soldou-se um fio condutor com a finalidade de conectá-las.

Colocando-se os dois em contato e afastando-os tal que a distância d


seja 4R a força repulsiva entre eles passará a valer:
a) 16N b) 36N c) 40N d) 64N e) 72N

RESOLUÇÃO:
2. Conectando-se os dois fios, haverá troca de cargas entre as esferas 1) Situação inicial:
até que se estabeleça um equilíbrio eletrostático entre elas. Nesse
Q . 4Q 4 KQ2 1 KQ2
instante, elas terão um potencial elétrico comum. Determine a carga F = K . –––––––– = –––– . –––– = ––– . ––––
(6R)2 36 R2 9 R2
elétrica de cada uma delas.

Mas F = 32N:
RESOLUÇÃO:
Q’A + Q’B = QA + QB
Q’ + Q’ = (+8,0) + (–3,0)
A B
1
9
KQ2
––– . –––– = 32 ⇒
R2

KQ2
––––
R2
= 32 . 9 햲

Q’A + Q’B = + 5,0pC (1)


Da igualdade dos potenciais, conclui-se que: 2) Ao encostarmos as esferas (1) e (2), teremos:
Q1 + Q2 = +Q – 4Q
Q’A Q’B
–––– = –––– Q1 + Q2 = –3Q 햳
RA RB
Q1 Q2
Q’A Q’B –––– = –––– ⇒ Q2 = 2Q1 햴
–––– = –––– ⇒ 2Q’B = 3Q’A (2) R 2R
2,0 3,0
De 햳 em 햴, obtemos Q1 = –Q
juntando (1) e (2):
Q’A + Q’B = 5,0pC
2Q’B = 3Q’A
Logo Q2 = –2Q

3) Situação final:
Concluímos que: As esferas estão distantes por d = 4R
Q’A = + 2,0pC e Q’B = + 3,0pC Q1 . Q2
F’ = K . –––––––––
(4R)2
Resposta: Q’A = + 2,0 pC
Q’B = + 3,0 pC
K . Q . 2Q 1 KQ2

F’ = –––––––––– ⇒ F’ = ––– ––––


16R2 8 R2

3. Determine o potencial de equilíbrio eletrostático.


Substituindo 햲 em 햵, vem:
RESOLUÇÃO: 1
F’ = ––– . 32 . 9
Podemos resolver pela esfera A ou B. Vamos à primeira: 8
Q’A
V’A = k0 –––– F’ = 36N
RA

Temos: Resposta: B
k0 = 9,0 . 109 unid. SI
Q’A = +2,0 . 10–12C
RA = 2,0cm = 2,0 . 10–2m
2,0 . 10–12
V’A = 9,0 . 109 . –––––––––– (V)
2,0 . 10–2

VA = 9,0 . 10–1 volt

Resposta: 9,0 . 10–1 volt

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5. (UNESP) – Uma esfera condutora descarregada (potencial elétrico


nulo), de raio R1 = 5,0 cm, isolada, encontra-se distante de outra esfera
condutora, de raio R2 = 10,0 cm, carregada com carga elétrica Q = 3,0C
(potencial elétrico não nulo), também isolada.

Em seguida, liga-se uma esfera à outra, por meio de um fio condutor


longo, até que se estabeleça o equilíbrio eletrostático entre elas. Nesse
processo, a carga elétrica total é conservada e o potencial elétrico em
q
cada condutor esférico isolado é descrito pela equação V = k ––– , em
r

que k é a Constante de Coulomb, q é a sua carga elétrica e r o seu raio.

Supondo que nenhuma carga elétrica se acumule no fio condutor,


determine a carga elétrica final em cada uma das esferas.

RESOLUÇÃO:
1) Dada a conservação da carga elétrica total, temos:

Q1 + Q2 = Q (1)

2) No equilíbrio eletrostático, os potenciais elétricos finais serão


iguais:
V 1 = V2
k Q1 k Q2
–––– = ––––
R1 R2

R2 10,0
Q2 = ––– . Q1 = ––––– . Q1
R1 5,0

Q2 = 2Q1 (2)

3) Substituindo-se (2) em (1), vem:


Q1 + 2Q1 = Q

3Q1 = Q
Q
Q1 = ––– = 1,0␮C
3

2Q
Q2 = ––– = 2,0␮C
3

Resposta: Q1 = 1,0␮C e Q2 = 2,0␮C

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