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w . . i Uw airino 2 SI SOASen ae AST oF 0 LOA 6 Estigma e Comportamento Desviante em Copacabana Guner Veo 1. INTRODUGAO ESTE AgTiGO TEN Co3to OBJETIVO relacionar uma situagdo de estigmatizacto com aousacdes de comportamento des- viante, partindo de pesquisas realizadas no bairro de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. Os dados apresentados referem-se, basicamente, a dois grandes ‘edificios — um, exclusivamente, constituido de aparta- Mentos conjugados e, 0 oulro, apresentando apartamen- tos de sala e dois quartos, ao lado de conjugados. Este segundo tem 540 apartamentos com uma populagio de cerea de 2.500 pessoas ¢, no outro, vivem 450 individuos em 166 apartamentos. Entre 0s moradores dos dois pré- dios nao surgem aiterencas significativas em termos de renda ot ocupacao. Predeminam, em ambos os edificios, comerciitios, pequenos funcionarios publicos, bancérios, Pequenos comerciantes e profissionais liberais assala- Tiades. re Ambos os prédios sio consideratios, na vizinhanga, ‘como “balancas". Ou seja, sho, vistos como locais “pouco familiares”, “mal Sreqiientados“f “uma bagunga”, A iden- Aidade social des moradores dos dois prédios ¢ marcada Por esta eategorizagio desabonadora, Passam a ser estig ‘bes EP, lap, D(gbifan | 204 2, DELL Sactops yor’ “cado pela sua aceitagio em residir em prédio de a7 MA Como! ‘maticados*. Hi, no entanto, diferengas entre os dois prédios, O maior é bem mais “amuso” do que o outro. Ja foi alvo de reportagens, constante noticidrio policia. % um prédio conhecido em toda a cidade, especiaimente na Zone Sul. A notoriédade do prédio menor & mats res- rita a sua vizinhanga mais préxima. Logo, em termos de estigma, pode-se dizer que os habitantes do prédio maior estio mais expostos do que os do outro, na me- dida em que circulos sociais mais amplos 0 conhecem. Como se manifesta, na prética, esta estigmatizacio? Os prédios sio vistos ‘como lugares turbulentos, habitados por pessoas de menos recursos ¢ onde sio encontraclos, em grande mimero, individuos desviantes, Assim, em primeiro iugar, constatase a crenca dos moradores vi- i os habitantes dos dois prédios examinados sii 2 posigho- social injertor © fato de morarem em apartamentos pequenos 4 0 primeiro dado, mas ¢ refor- ‘nd fama”, Sé pessoas de posi¢do social inferior podem acei- tar “tal forma de morar”. A “turbuléncia” ¢ explicada pela presenga de desviantes. Em diferente proporcao, acreditase que haja um grande nimero de prostitutas © homossexuais_nos dois edificios. Para varias pessoas entrevistadas, 0 prédio maior é identificado como sendo um gigantesco bordel. O outro, sem chegar a isto, ¢ iden- tificado como sendo um lugar pouco recomendavel pars familias. he m1. Os moradores dos dois prédios mas, especialment ao maior, procuram, em sua grande maioria, © lugar onde moram, Encontrei éxplioxgSes do seguinte tipo: “Evito dar 0 meu enderego no trabalho © para co: nhecidos, $6 quando as pessoas me conheeem bem, slo intimas, é que me sinto mais a vontade. ‘Teno medo que possam fiear achando coisas”, ou entio: “AS pessoas da vizinbanga olham para a gente como se f6ssemos pro titutas 56 por morar aqui", Muitos moradores dos pri dios vieram de outros Estados ¢ desconheciam sua “fama”. Procuraram no jornal apartamento para alugar, 1 Yer conesita de estigma em Gottman, Kev ticedtall Inc, Englewood Cliffs, N.J., 1908 us Desvio x Diverotxca acharam 0 prego bom e providenciaram mudanga. O fato € que no ‘prédio maior, especialmente, os precos estéo bastante desvalorizados,” A diferenga em relagéo a apat- tamento do mesmo tamanho em Copacabana era de, pelo menos, 20%, tanto para aluguel como para venda, Assim essas pessoas v0 descobrir, depois de moradores, que @ edificio em que moram val marcar sua identidade s0-~ clal, naquela rea ou na cidade, de forma negativa, Ha outa varlével em jogo, no entanto. Multas pessoas, a maioria, sem duvida, decidiram ir para esses prédios, embora'conhecessem sua fama. Fol mais importante Para este grupo a possibilidade de morar em Copacabana, © prego gue tiveram de pagar foi sujeitarse a viver num prédio "ruim”, num apastamento pequeno, mas em Copa cabana, 0 baitro para onde queriam ir acima de tudo?, Desta forma, sua identidade fica extremamente ambigua’ De um ledo, so moradores do “melhor bairro do Rio”, do lugar “que tem tudo, néo falta nada” mas, de outro lado, vivem em prédio de “ma fama”, Em termos de esiratégia de vida, importa ver que sdo rarissimos os casos de pessoas que, de livre e espontanea vontade, de dem sair do prédio, ‘abandonando Copacabana. As aspi- rages consistem em sair dos prédios, no méximo, mas contanto que isto nao signifique a volta para a Zona Norte, 0 subtirbio etcs Os prédios de-conjugados tm sido condenados por téenicos dos mais diferentes tipos — arquitetos, urbants- tas, sanitaristas, psicdlogos etc, Nos iltimos anos, estas declaragées tém sido divulgadas nos jornais, revistas, te- levisio etc. J& foram comparados 45 favelas, definidos como subabitagées e coisas do género. Essas informa. ‘oes chegam no s6 aos vizinhos do prédio, como, eviden- temente, aos préprios moradores, Ty. Nas entrevistas que realize com vizinhos dos dois prédios havia a clara atitude de caracterizar as popula- ges destes como compostas de “gentinha”, “pessoas orcas, sem educago", “gente de favela”. Foi dito que os prédios citados “estragam 0 ponto", conspurcando 0 2 Este toma & um dos assuntos centrais examinados em A Utopia Urbana, Rio, Zahar, 1979, de minke autor Esa. 44 & Compoxtatento Disviante 119 ambiente. Poderia haver especificagées quando se_afi maya que os apartamentos dos edificios visinhos desva- lorizavam-se, em virtude de sua proximidade. Muitas vezes surgia a preocupagio com os filhos e, especialmente, com as filhas, vivendo perto de um “antro de marginais”, pro: ximos a “md companhia”, podendo ser confundidos. Esta Preocupagdo apareceu com grande freqléncia. Os vi zinhos temem que eles e seus filhos possam ser confun- dicios com os moradores dos dots pridios. A sua identi Gade de pessoas “respeitavels”, de “familia” fica amea- ada, Uma das reclamagées girava em torno das batidas Policiais. Embora as reconhecessem como necessarias, pols os dois edificios sio “realmente uma bagunga”, a ‘operacao, fatalmente, envolvia pessoas da vizinhanga que. passavam por humilhagSes devido a presenga dos dois prédios, Alguns vizinhos opinaram que os prédios de- viam ser destruidos e sua populagio removida “como fazem com as favelas”, “Essa gente nio pode viver perto de pessoas direitas”, “néo podem morar mun bairro como Copacabana”, sio algumas das frases encontradas. Algumas pessoas admitem que nem todos os habitan- tes dos dois prédios sejam marginais, prostitutas ou ho- mossexuais: “Sel que ali moram também familias mas deviam fazer alguma coisa”, “Nao sei como pessoas po: dem criar filhos nesse lugar’, “E claro que deve ter gente decente Ii mas siio uns carneiros, nio se mexem, néo Feagem”. Mas 0 fato é que, na maioria dos casos, os ha- bitantes dos dois prédios sio vistos @ discriminados como ‘um todo pelos seus vizinhos: “O pessoal do edificio X”, ‘ou “Esses cafagestes do Y" Ha um certo consenso de que a maioria dos habitantes ou “no presta”, ou € “gente ignorante, porca”. O fato 6 que morar nesses dois prédios constitul um simbolo de estigma, contrastado ‘com 0 fato de morar em Copacabana, que seria um sine bolo de prestigio’, marcande uma discrepancia de identi- dade. v. 2 importante verificar como os moradores dos pré- dios em questa viver sua situagao de estigmatizados. Neste ponto hd uma diferenca sensivel entre as duas po- 3 Ver Goffman, Erving, op. city p43. oc 120 Desvio x Divereicus pulages, No prédio monor, menos notério, muitas pes. Soas procuram descaracterizar a situacdo, dizendo que “hd muita invengio, exagero”, “é um prédio como qual quer outro”, enquanto pouquissimos entrevistados, do prédio maior fizeram este tipo de colocagio. Os dois grupos, no entanto, vio coincidir quando atribuem os problemas, maiores ou menores, a individuos desviantes Tesidentes nos edificios. Embora, possam nao fornecer dados que corroborem suas teses, quando se trata dos .problemas do prédio em geral & de sua fama, citam as prostitutas e homossexuais como as causas essenciais desia problemdtica. Tanto os mora- dores que procuram enfatizar como falsas ou exageradas as informagées existentes sobre os seus prédios, como aqueles que concordam que existam problemas ’sérios, atribuem a existéncia destes.a um grupo especifico — os desviantes homossexuais e prostitutas. Os incidentes do prédio seriam causados por esses individuos e por seu comportamento “imoral”. Nao resta dtvida de que © cotidiano desses dois edificios ¢ constantemente per- turbado por incidentes, nao raramente coroados pela intervengdo da rédio-patrulha, No entanto, através de observagéo ¢ entrevistas, pouquissimos casos narrados ou registrados tinham algo a ver com as pessoas ro- tuladas como desviantes. Predominam, esmagadoramente, incidentes entre vizinios © entre marido e mulher, liga- dos a reclamagées sobre barulho, incidentes entre crian as, desentendimentos conjugais: Nos casos de briga entre marido e mulher, verificowse que, muitas vezes, um vizinho preocupado’ ou incomodado com a gritaria telefonava, imediatamente, para a policia, Varios inci- deiites corporais, nascidos de desentendimentos sobre ho- rario de ligar 0 rédio ou a televisio, como dependurar Toupa molhada nas janelas etc., perturbam a vida do prédio, tendo grande reperctissio dentro e fora dele, com ajuntamento de curiosos, noticidrio na im- prensa nos casos mais graves. Apesar de doscreverem © presenclarem estes fatos, sem a participagdo dos desviantes, 05 ontrevistados insistem em dizer que “o que estraga o prédio so essas mulheres da ‘vida @ esses afeminados”, Alguns casos registrados, envolven- do as pessoas acusadas de “desviantes, tinham como padrio a iniclativa de algum morador “normal” repre- endendo o desviante ou insultando-o, pura e simples A 8 Comportamewyo Desyianre wi mente, Um dos casos mais sérios envolveu_ uma senhora de meia-idade que, a0 viajar no elevador com uma das mulheres acusadas de prostituicio, nao se conteve © ofendeu-a em altos brados, censurando seu mado de vestir que “provocava os homens”. Em outra situagio, os vizinhos de um apartamento que seria habitado por prostitutas, ndo se contiveram ao ouvir musica mais alta ¢ chamaram a policia, informando a realizacio de uma “pacanal” que os impedia de dormir, Ao chegar a po- cia, verificousse estar havendo uma fésta de aniversério, sem’presengas masculinas, De vez em quando, sio orga: nizados moyimentos para expulsar “maus elementos” do prédio, Esses movimentos podem ser liderados por um sindico “empreendedor”, disposto a “limpar 0 nome do prédio” ou por um grupo de moradores zelosos em de- fender a integridade e pureza de suas familias. Em alguns casos, a pressio é tamanha que o acusado, ou por sua decisio ou pressionado pelo proprietdrio, acaba saindo do prédio. Na maioria dos casos, no entanto, 0 movi- mento se esvazia, por insuflciéncia de provas ou perda do entusiasmo inicial, diante de dificuldades juridico. burocraticas. O fato é que existe um ambiente potencial favorével a0 surgimento periédico de “cruzadas” mora: Ustas. Em ambos os prédios, muitos entrevistados fala- ram de um “passado tenebroso”, quando o tumulto seria constante, 0 niimero de desviantes seria maior e a au- séncia de tranqiiilidade absoluta. A situacdo teria mu: dado devido & reacdo dos moradores “decentes” e de sindicos mais “enérgicos". Mas 0 perigo permanecia ¢ era necessria uma permanente atitude vigilante, A “fama” dos prédios deviase a esse petiodo, Neste ponto volto a lembrar a diferenca de problemas sérios no pre- sente, embora dissessem que tinha melhorado, enquanto no menor muitos negavam a existéncia de problemas gra. ves na época das entrevistas. Mas, mesmo neste caso, eram apontados individuos “suspeitos” no prédio, que poderiam vir a causar problemas. VL. Resta yerificar como séo identificados os desvian- tes, como séo determinados 0s individuos responsdveis pelos“problemas do prédio. Insisto que a condigéo dew Gesviante nao'€ intrinseca a um individuo mas é produto 122 Desvio x DivERcénca de uma relagdo social como mostra Howard Becker*. Ou seja, uma pessoa ou pessoas sio identificadas ou acusa- das ‘de desviantes por um grupo, havendo wma relagdo ‘entre 0s desviantes e os ndouesviantes. No caso estu- dado as pessoas de fora dos prédios nao especificam, de um modo geral, individuos desviantes nos prédios, limi- tando-se a rotular, em geral, a sua populagdo. Mas, den- tro dos edificios, revela-se como mecanismo fundamental a identificagio ‘de certos individuos especificos como sendo impuros, responsdvels pelos problemas e notorie- dade do lugar ‘onde moram e como permanente ameaga ao bemestar de seus vizinhos, Reclamase muito dos proprietérios que nao selecionam com cuidado seus in- Guilinos, no permitindo, portanto, que os moradores do ‘prédio sejam “peneirados”, “Esses proprietarios nio mo- Fam aqui, querem é ganhar o seu dinheirinho, sem se importar ‘com o nome do prédjo. Nés que queremos criar direito nossos filhos € que ‘somos prejudicados”, foi uma das declaragdes encontradas a esse respeito, Como se viu, existe uma fraca relacio éntre os inciden- tes, propriamente ditos, e as pessoas identificadas como desviantes. Nao é de meu interesse discutir se as pessoas acusadas séo “realmente” homossexuais ou prostitutas, mas sim vorificar como so identificadas pelos outros moradotes. Uma moca que foi entrevistada afirmou que, a0 mudarse para o prédio, os vizinhos a olhavam com desconfianea. Sé quando seus pais vieram passar alguns dis com ela foi que mudou a atitude dos outros mora- dores, Até aguele momento, estava sob suspeita de ser uma prostituta, Tratavase de uma jovern com emprego fixo mas que morava sozinha no apartamento. As acusa- Ges mais freqlentes so feitas a duas ou mais mulheres, mais ou menos jovens, que morem juntas. Nos dois prédios, os apartamentos habitados por esse tipo de pes- Soas tornavam-se imediatamente suspeitos ¢ fonte de Boatos e mexericos. Olhares maliciosos ou critics sio trocados entre os moradores nas proximidades dessas mulheres, outras vezes piadas mais ou menos “grossas” sio ditas por homens residentes no prédio, Algumas pessoas, especialmente mulheres, recusam cumprimentar, evitam entrar no elevador etc. £ fundamental néo ser «Ver Becker, Howard, Outsiders, Stutice in the Sociolooy of Deviance, ‘The Free Press of Glencoe, 1963 Esng x Comroxtamexto Desvianre 123 confundida, Embora com menos freqiiéncia, homens de mela-idade que vivam sozinhos sio suspeltos em poten- cial. Nos dois casos a atitude da vizinhanga pode tornar- se bastante ostensiva se homens, em geral, no primetro caso, ¢ Tapazes, no segundo, forem vistos entrando ou saindo dos apartamentos, Se estes fatos forem registra- dos em horas suspeitas — tarde da noite ou de manna cedo, @ reputagdo desses moradores estaré ixremediavel- mente conspurcada. Outro dado que é usado, normal- mente, para classificar desviantes 6 0 vestudrio ¢ a pin tura. Roupas mais ou menos justas, vestidos curtos, cores berrantes, pintura “exagerada” podem ser conside- rados indicios importantes, especialmente se acompa- nhados por certos trejeitos, maneira de andar etc. No ‘caso das mulheres, se elas’utilizam palavras de “baixo calao”, ter-se-d mais um dado importante. Outra va- ridvel ‘fundamental € a ocupacdo da pessoa em questao. Nao ter otupacdo pode ser o elemento definitive para definir uma mulher jovem, que mora sozinha, como des- ‘viante, Certas ocupagdes como “atriz de televisio”, “mo- delo” etc., so alvo de marcante desconfianca. No caso de homens, “artista” pode ser, também, decisivo. Num dos prédios estudados, dois atores de teatro, deste o pri- meiro dia, foram objeto de hostilidade e fronia da vizi- mhanga. Neste caso, surgia a suspeita de que fossem nao 86 homossexuais como maconkeiros, Vil. Os moradores dos dois prédios apresentam um claro problema de ambipiiidade em sua identidade social. Consideram que morar em Copacabana é simbolo de status, de prestigio. Mas, por outro lado, so estigmati- zados pelo fato de residirem em prédios “balangas", mal afamados. A maneira que encontram para enfrentar esta contradiggo é achar “bodes expiatérios” que possam ser apontados como responsdveis pelos problemas dos edi- ficios. Assim surgem acusag6es contra pessoas que, por sa ves, apresentam sinais de ambigilidade e “impureza” mais explicitamente*, Homens maduros ndo-casados, mu- heres jovens vivendo em grupo, ocupagées “duvidosas” Ver scmelhangas com outro tipo de acusagio em Douglas, Mary (orig), Witcherafe, Confessions and Accusations, Tavistock Publications, '1970, 128 Desvio x Diverofcia etc. sho objeto de preconceito e discriminagao, podendo traduzirse em aberta atitude de hostilidade como nos movitnentos para remover os “indesejiveis”. O fato de se sentirem marcados por morarem onde moram, afe- tando seu prestigio social, leva-os a uma atitude mora- ista militante, em que fica reafirmada sua condiczo de pessoas “de familia” ¢ “direitas”. Tratam de desinentir sua “inferioridade social” dando provas de sua “digai- dade” ¢ “boa educagdo”. Deve-se dizer que estas “cru. zadas” so as tnicas situagdes em que se pode percobor alguma tentativa mais continua de ago coletiva por parte de uma fragio dos moradores do prédio, Por outro lado, a vizinhanga do prédio, embora possa estar, de um modo geral, em situagdo relativamente su- perior em termos de estratificagio social, participa, tam- bém, da escala de valores que define morar em Copa- cabana como sendo um simbolo de prestigio. 1 neces- sario explicar os possiveis problemas que ocorram na rea, como sendo produto e originados em um locus es- pecifico, com limites claros, no caso, prédios grandes com muitos apartamentos, eni que hé uma certa tendén- cia de haver maior mimero de incidentes. © necessério cercar esses prédios com um “cordio sanitairio” € classi- ficar seus moradores como indesejéveis, procurando nao ermitir nenhum tipo de'‘confusio”.

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