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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Em face de Maria da Penha pessoa jurídica de direito privado, na pessoa de seu


representante legal, pelos fatos e substratos jurídicos abaixo expendidos.

I. Da admissão, função e demissão.

A Reclamante foi admitida aos serviços do Reclamado em 13 de maio de


2016, na função de frentista do Posto Shell, sendo que seu afastamento
deu-se sem justa causa em data de 10 de junho de 2019.

II. Da jornada de trabalho.

A Reclamante foi contratada para laborar da seguinte forma:

- De segunda a sábado, das 07:00 às 17:00 horas, com 30 minutos de


intervalo para refeição (almoço);

Ocorre que a Reclamante sempre laborou em regime sem horas extras e


sem salário de insalubridade. Em todo o período em que trabalhou para o
Reclamado, tinha apenas 30 minutos por dia para almoço, logo excedendo
em 1 hora e meia diária, de segunda a sábado, sua jornada de trabalho.

Ademais, a Reclamante usufruiu de apenas 1 (uma) férias durante o


período trabalhado.

III. Do salário, comissões e registro em CTPS.

A Reclamante, desde sua contratação sempre recebeu salário fixo


equivalente a R$ 1200, para fins de integrar sua remuneração, eram
recebia "por fora" R$ 300,00.

A Reclamante recebeu a verba rescisória em 25 de junho de 2019, sendo


confirmada sua gravidez em 30 de agosto de 2019 e informando ao
Reclamado em 02 de setembro de 2019 e não foi reintegrada mesmo
diante das condições apresentadas ao Reclamante.

A Reclamada não atendeu as normas convencionais (Convenções


Coletivas de Trabalho em anexo), não pagando o piso salarial da categoria.

IV. Do aviso prévio.

O Reclamante recebeu o aviso prévio. Ocorre que sua dispensa foi


solicitada em data de 10 de junho de 2019.

V. Das horas extras - cálculo e incidência

Conforme demonstrado no item II desta, o Reclamante, habitualmente,


laborava para a Reclamada, durante todo o pacto laboral, como frentista,
de segunda a sábado, das 07:00 horas às 17:00 horas, com intervalo de
apenas 30 minutos para refeições.

Conclui-se, pois, que o Reclamante laborava em regime de trabalho


extraordinário, porém não recebendo corretamente as horas extras a que
tinha direito, pois conforme comprovar-se-á pelos cartões-ponto a serem
juntados pela Reclamada, o mesmo laborava em jornada excedente às 08
(oito) horas diárias, conforme o art. 7º, inciso XIV, da Constituição Federal.

As horas extras devidas ao Reclamante, no percentual a ser apurado,


devem ser calculadas partindo-se da somatória de todas as verbas
remuneratórias que constituem o rendimento mensal do Reclamante.

Ao total obtido, aplica-se o divisor 220 ao valor da hora normal, devendo


ser acrescido, às horas extraordinárias, o índice de 50% (cinqüenta por
cento), conforme dispõe o art. 7º, inciso XVI da Constituição Federal e
havendo o excesso de horas extras, além do limite de 220 horas/mês, deve
ser acrescido o adicional de 100% (cem por cento), consoante previsão em
cláusulas normativas da categoria do Reclamante.

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