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DA COMARCA CA CAPITAL
MATIAS, (qualificação completa e nome da mãe), por sua advogada que esta subscreve (procuração
em anexo), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer:
Com fulcro no artigo 5º, inciso LXV da Constituição Federal e art. 310, I do CPP, pelas razões de fato e
de direito a seguir expostas:
1) DOS FATOS
O requerente foi preso em 15/11/2016, por volta das 22 horas pela Polícia Militar e levado à
sede policial, pela suposta prática do crime previsto no artigo 180 do CP.
Ato contínuo, o requerente foi conduzido à delegacia. Lá, a sra. Miranda, suposta proprietária
do veículo apontou Matias como autor do crime de roubo, ocorrido 2 dias atrás, ou seja, em
13/11/2016.
Desta forma, resta patente a completa ilegalidade da prisão em flagrante, uma vez não ter
ocorrido flagrante delito de nenhum crime. Frise-se que nenhuma evidência de crime foi encontrada.
Pelo exposto, resta clarividente que a prisão do Requerente é ilegal e deve, portanto, ser
relaxada imediatamente por força do disposto no artigo 648, incisos I e VI do Código de Processo
Penal, haja vista não haver justa causa para a prisão em flagrante do Requerente, e pela acusação
quanto ao mesmo ser totalmente infundada e não haver nenhuma prova de que tenha sido flagrado
praticando qualquer delito.
2) DO DIREITO
Não obstante seja esse o seu preciso significado, certo é que as legislações alargaram um
pouco esse conceito, estendendo-o a outras situações.
Daí dizer o artigo 302 do CPP que se considera em flagrante delito, quem:
III) é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido, ou por qualquer pessoa, em qualquer
situação que faça presumir ser o autor da infração;
IV) é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis, que façam presumir ser
ele o autor da infração.
Todavia, MM. Juiz, nenhuma das modalidades acima expostas ocorreu no caso em tela,
conforme pode-se observar do auto de prisão em flagrante.
Não houve flagrante nenhum com relação ao Requerente, e nem poderia, pois, o ato de
conduzir veículo automotor, por sí só, não caracteriza o fato ao mesmo imputado.
Ademais, de acordo com a autoridade policial o requerente teria praticado o crime de roubo,
contudo, não houve provas claras da autoria.
Nesse diapasão, resta clarividente que o requerente está sofrendo coação por parte da
Autoridade Policial, uma vez que o mesmo não se enquadra em nenhuma das hipóteses do art. 302 do
Código de Processo Penal.
3) DOS PEDIDOS
Por fim, o Requerente firma compromisso de comparecer a todos os atos de persecução penal,
ocasião que provará sua inocência.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Local e Data.
OAB/UF