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Algoritmo para-analisador
Não sou especialista no assunto, mas tenho Uma das grandes realizações de nossa época foi a edificação das
acompanhado o crescimento da lógica paraconsis- lógicas não clássicas, que são ou complementares ou rivais da
TOMADAS DE DECISÃO
do assunto no ambiente universitário de que Licenciado em Matemática pela Faculdade de Filosofia,
programação, redes neurais, pesquisa operacional etc.
participo. Externo, pois, minha alegria pelo Ciências e Letras Oswaldo Cruz, e Pedagogo, com as
Convém notar que uma lógica pode ser encarada como um mecanismo de habilitações Administração e Supervisão Escolar, pelas
surgimento desta publicação, que, certamente, será
de grande utilidade a todos os interessados nesta
metodologia, indiscutivelmente útil e atual.
inferência e de sistematização teórica, ou como formalismo de natureza técnica e
informática. É sobretudo sob este prisma que os autores deste livro desenvolvem TOMADAS DE DECISÃO COM Faculdades Integradas Princesa Isabel.
FERRAMENTAS DA LÓGICA
suas aplicações. Ademais, a obra tem basicamente em mira duas metas: 1) expor
as ideias centrais de uma categoria de lógica paraconsistente, a saber, a lógica
anotada; 2) tratar de aplicações desta última em tomadas de decisão,
PARACONSISTENTE ANOTADA
Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto
particularmente em Engenharia de Produção.
Não há dúvida de que esta obra será de enorme utilidade para uma vasta gama de
leitores, desde pessoas interessadas em conhecer a lógica paraconsistente anotada,
até engenheiros, cientistas e filósofos que desejarem ter uma noção tanto do
domínio da paraconsistência, quanto das correspondentes aplicações técnicas.
FÁBIO ROMEU DE CARVALHO
Este excelente texto é o resultado, acima de tudo, da grande capacidade didática
dos autores, bem como da experiência que possuem no domínio da JAIR MINORO ABE JAIR MINORO ABE
paraconsistência.
É Bacharel e Mestre em Matemática Pura pelo Instituto de
Matemática e Estatística da USP; Doutor em Filosofia
Newton C. A. da Costa (na área de Lógica) pela FFLCH/USP; e Livre-Docente pelo
Departamento de Informática Médica da Faculdade de
Medicina da mesma Universidade.
www.blucher.com.br
Tomadas de decisão com ferramentas
da lógica paraconsistente anotada
Fábio Romeu de Carvalho
Jair Minoro Abe
Lançamento 2011
ISBN: 9788521206071
Formato: 17x24 cm
Páginas: 214
CARVALHO | ABE
Algoritmo para-analisador
Não sou especialista no assunto, mas tenho Uma das grandes realizações de nossa época foi a edificação das
acompanhado o crescimento da lógica paraconsis- lógicas não clássicas, que são ou complementares ou rivais da
TOMADAS DE DECISÃO
do assunto no ambiente universitário de que Licenciado em Matemática pela Faculdade de Filosofia,
programação, redes neurais, pesquisa operacional etc.
participo. Externo, pois, minha alegria pelo Ciências e Letras Oswaldo Cruz, e Pedagogo, com as
Convém notar que uma lógica pode ser encarada como um mecanismo de habilitações Administração e Supervisão Escolar, pelas
surgimento desta publicação, que, certamente, será
de grande utilidade a todos os interessados nesta
metodologia, indiscutivelmente útil e atual.
inferência e de sistematização teórica, ou como formalismo de natureza técnica e
informática. É sobretudo sob este prisma que os autores deste livro desenvolvem TOMADAS DE DECISÃO COM Faculdades Integradas Princesa Isabel.
FERRAMENTAS DA LÓGICA
suas aplicações. Ademais, a obra tem basicamente em mira duas metas: 1) expor
as ideias centrais de uma categoria de lógica paraconsistente, a saber, a lógica
anotada; 2) tratar de aplicações desta última em tomadas de decisão,
PARACONSISTENTE ANOTADA
Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto
particularmente em Engenharia de Produção.
Não há dúvida de que esta obra será de enorme utilidade para uma vasta gama de
leitores, desde pessoas interessadas em conhecer a lógica paraconsistente anotada,
até engenheiros, cientistas e filósofos que desejarem ter uma noção tanto do
domínio da paraconsistência, quanto das correspondentes aplicações técnicas.
FÁBIO ROMEU DE CARVALHO
Este excelente texto é o resultado, acima de tudo, da grande capacidade didática
dos autores, bem como da experiência que possuem no domínio da JAIR MINORO ABE JAIR MINORO ABE
paraconsistência.
É Bacharel e Mestre em Matemática Pura pelo Instituto de
Matemática e Estatística da USP; Doutor em Filosofia
Newton C. A. da Costa (na área de Lógica) pela FFLCH/USP; e Livre-Docente pelo
Departamento de Informática Médica da Faculdade de
Medicina da mesma Universidade.
www.blucher.com.br
CONTEÚDO
INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
CAPÍTULO 1 A LÓGICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.1 Conceitos preliminares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.2 A Lógica Clássica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.3 As Lógicas Não Clássicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
1.4 A Lógica Paraconsistente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.5 Lógica Paraconsistente Anotada (LPA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
1.6 Reticulado associado à Lógica Paraconsistente Anotada . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
1.7 Axiomatização da Lógica Paraconsistente Anotada Q
BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
A Lógica
O conectivo da conjunção () permite traduzir dois predicados do mesmo ser. Por
exemplo, a sentença A ≡ “João é aposentado e viúvo”, que tem o mesmo significado lógico
Ak Ak
b
D B
1
G (a; b) = a + b – 1,
REGRA DE DECISÃO
Algoritmo para-analisador
D B PQ = Linha-limite de verdade
1,00
U L S
H TU = Linha-limite de falsidade
F
Grau de evidência contrária
T RS = Linha-limite de inconsistência
R
0,60 CPQ = Região de verdade ou de decisão
I J
favorável
0,40 DTU = Região de falsidade ou de decisão
N Q
desfavorável
0,20 AMN = Região de paracompleteza
E G BRS = Região de inconsistência
A M K P
0,00 C MNTUSRQP = Região de baixa definição
0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00
Grau de evidência favorável
evidência favorável e alto grau de evidência contrária. Isto resulta em baixo grau de
certeza (próximo de –1), que leva a decisão desfavorável, traduzindo a inviabilidade
do empreendimento.
Região MNTUSRQP:
|G | < 0,70 =› – 0,70 < G < 0,70 e |H | < 0,70 =› – 0,70 < H < 0,70
Esta é uma região que não permite conclusões destacadas, ou seja, quando o
ponto que traduz o resultado da análise pertence a essa região, não se pode dizer
que o resultado tem alto grau de certeza ou de incerteza. Essa região traduz apenas
a tendência da situação analisada, conforme os estados de decisão considerados (ver
seção 2.6, Tabela 2.1).
Sendo assim, a decisão favorável (viabilidade) é tomada quando o ponto que
traduz o resultado da análise pertence à região de verdade (CPQ); e a decisão des-
favorável (inviabilidade), quando o resultado pertence à região de falsidade (DTU).
Assim: aW =
∑P × a
i i,R
bW =
∑ P ×b
i i,R
∑P
e (4.1)
∑P i i
Tabela 4.2 Matrizes dos pesos, MPi, pesquisada, Mpq, e dos dados pesquisados, MDpq.
E1 E2 E3 E4
Fator F1 P1 Sp1 λ1,1 λ1,2 λ1,3 λ1,4
Fator F2 P2 Sp2 λ2,1 λ2,2 λ2,3 λ2,4
Fator F3 P3 Sp3 λ3,1 λ3,2 λ3,3 λ3,4
Fator F4 P4 Sp4 λ4,1 λ4,2 λ4,3 λ4,4
Fator F5 P5 Sp5 λ5,1 λ5,2 λ5,3 λ5,4
O PC do MPD nada mais é do que uma aplicação da planilha Excel. Dessa forma,
com a intenção de ajudar aqueles menos familiarizados com essa planilha, tomou-se a
liberdade de mostrar como, com o auxílio do Excel, são feitos os cálculos necessários
para aplicação do MPD. De antemão, pede-se a compreensão dos experts em Excel,
para que não reparem se alguma coisa não foi feita da melhor forma e solicita-se
deles a gentileza de apresentarem as sugestões de melhorias que julgarem pertinentes.
É claro que esses cálculos poderiam ser feitos sem os recursos da computação,
mas eles se tornariam tão demorados e enfadonhos, que inviabilizariam o método.
Para que esta exposição fique afinada com o texto da apresentação do método
(Capítulo 4), ela seguirá a sequência das etapas do MPD, que são executadas pelo
programa de cálculos. Usaremos a planilha Excel do Office 2003; para a versão 2007,
algumas pequenas adaptações serão necessárias.
Exemplos de Aplicação
Neste capítulo serão analisadas com detalhes várias aplicações do MPD, tentando-se
em cada uma introduzir uma nova nuance do método. Devido a esse acumular de
derivativos do método, as aplicações irão se tornando, gradativamente, mais difíceis
e exigindo mais do leitor.
Na primeira aplicação (6.1) é abordada a utilização do MPD em um problema
real ligado à administração escolar [44]. Nessa aplicação, procurou-se utilizar uma
situação mais simples. Um pequeno número de fatores de influência, todos com
pesos iguais, apenas três seções para traduzir as condições desses fatores e quatro
especialistas. Procurou-se ainda analisar a fidedignidade do método e usá-lo para que
o leitor treine a montagem do programa de cálculos do método paraconsistente de
decisão (PC do MPD). Alguns exercícios são propostos, com as respectivas respostas.
Na aplicação seguinte (6.2), o MPD é utilizado para analisar a viabilidade de
lançamento de um novo produto no mercado [45]. Portanto, é uma aplicação do mé-
todo na área de Marketing e constitui um problema com o qual os profissionais dessa
área se deparam constantemente, além de ser de extrema importância. Aqui alguns
aspectos adicionais são abordados. O número de fatores de influência utilizados é
dez, estabeleceram-se cinco seções para traduzir as condições desses fatores, mas o
número de especialistas continuou sendo quatro. Nesta aplicação, ao final, procurou-se
mostrar a sensibilidade da análise em relação ao nível de exigência, verificando de
que forma a decisão varia para diferentes valores desse parâmetro.
A aplicação 6.3 é estreitamente ligada à Engenharia de Produção, pois trata-se
de um problema típico desta área da Engenharia. Essa aplicação mostra como se pode
analisar a implantação do projeto de uma fábrica; faz a análise, utilizando fatores o
mais próximos possível da realidade desse tipo de projeto e atribuindo pesos diferentes
aos fatores [46]. Ao final, é feita uma análise da sensibilidade da decisão em relação
às seções e ao nível de exigência.
Na aplicação 6.4, o MPD é utilizado para analisar um problema discutido por
Chalos, em 1992 [22], que procura verificar se há ou não vantagem em substituir o
antigo sistema de manufatura com a tecnologia tradicional por um moderno sistema de
manufatura, dotado de tecnologias avançadas [48]. São discutidos os seguintes sistemas
modernos de manufatura: CAD/CAM – Projeto e Manufatura Automatizados por Com-
putador; GT/CM – Tecnologia de Grupo e Manufatura Celular; RE – Equipamentos de
Robótica; FMS – Sistemas Flexíveis de Manufatura; AA – Montagem Automatizada;
Para as tomadas de decisão, será admitido que o nível de exigência igual a 0,70.
Isto significa que tomaremos decisão se |H| 0,70. Dessa forma, a regra de decisão
é a seguinte:
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-1 0
-0 00
-0 0
-0 0
-0 0
-0 0
-0 50
-0 0
-0 0
-0 0
0, 0
0, 0
0, 0
0, 0
30
40
0, 0
60
0, 0
80
1, 0
1, 0
10
,1
,9
,8
,7
,6
,4
,3
,2
,1
0
1
2
9
0
,
0,
0,
0,
0,
-1
MPD CNA
Grau de certeza (H)
Como foi visto, para tomar a decisão pelo MPD, calcula-se o grau de certeza
do baricentro (HW) e o compara com o nível de exigência. No exemplo, obtivemos
HW = 0,84, que é comparado com o nível de exigência NE = 0,70. Como HW NE,
conclui-se que a decisão é favorável (o empreendimento é viável) ao nível de exi-
gência 0,70. Ou seja, podemos afirmar que o empreendimento é viável com nível de
incerteza máximo de 2β = 2 4,50% = 9,0% (ver Tabela 7.3).
Para fazer a tomada de decisão pelo processo estatístico:
a) Calcula-se o valor crítico da variável padronizada da curva normal aderente
CNA (*z c) que corresponde ao nível de exigência adotado (0,70, no exemplo). Para
isso, verifica-se quantos desvios padrões da CNA (0,444) o nível de exigência está
acima da média (zero), da seguinte forma:
Grau de pertinência
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1
Altura (m)
FIGURA 8.1 Representação clássica do conjunto dos homens (X) e seu subconjunto (A)
dos homens altos.
Homem “alto”
1,2
Grau de pertinência
0,8
0,6
0,4
0,2
0
1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,0 2,1 2,2
Altura (m)
FIGURA 8.2 Representação fuzzy do conjunto dos homens (X) e seu subconjunto (A)
dos homens altos.
LEITURA COMPLEMENTAR:
Um exemplo do cotidiano
Como se viu no Prefácio, a regra de maximização pode ser aplicada para maximizar os
valores dos graus de evidência, favorável e contrária, dentro de cada grupo (operador
OR); a de minimização pode ser aplicada entre os grupos para minimizar os valores
máximos dos graus de evidência, favorável e contrária, obtidos pela aplicação da
primeira dentro de cada grupo (operador AND).
Entretanto, optou-se por outra interpretação possível para essas regras: aplicá-las
para fazer a maximização do grau de certeza dentro de cada grupo (operador MÁX) e
a minimização do grau de certeza entre os grupos (operador MÍN). Isso é conseguido,
primeiro, maximizando os graus de evidência favorável e minimizando os graus de
evidência contrária dentro dos grupos e, depois, minimizando os graus de evidência
favorável e maximizando os graus de evidência contrária entre os grupos, utilizando-se
dos resultados obtidos pela aplicação da primeira. Ou seja, nada mais é do que a regra
do mín-máx aplicada ao grau de certeza.
Esta interpretação tem a vantagem de tornar o resultado mais previsível e coe-
rente, mas, por outro lado, tem a desvantagem de não captar com a mesma facilidade
as contradições da base de dados.
Para que o leitor faça a comparação entre as duas maneiras de se aplicarem as
regras de maximização e de minimização, será analisado com detalhes o exemplo
a seguir. Para aqueles que ainda não captaram bem o critério para a formação dos
grupos para a aplicação das regras da Lógica Eτ, este exemplo, acredita-se, tornará
mais clara a ideia.
Imagine os quatro setores de um time de futebol: A – o goleiro (um jogador
com o número 1); B – a defesa (quatro jogadores numerados de 2 a 5); C – o meio de
campo (três jogadores numerados de 6 a 8) e D – o ataque (três jogadores numerados
de 9 a 11). É o que os futebolistas chamam de esquema 4-3-3.
Cada jogador, cada setor do time ou, também, o time todo pode ser classificado
em categorias de acordo com a seguinte escala ordinal decrescente: Ótimo, Bom,
Médio, Regular e Fraco. A cada jogador pode ser atribuído um grau de evidência
favorável (a) e um grau de evidência contrária (b), que traduzem a expectativa de seu