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INSTITUTO NORDESTE DE ENSINO SUPERIOR E PÓS GRADUAÇÃO -

INESPO
PÓS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EM OBSTETRÍCIA E
NEONATOLOGIA

Amanda Santos
Isabella Marinho Queiroz
Jeane dos Santos da Silva
Maria Neusa Vale Viana

RESENHA – ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO


CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

IMPERATRIZ/MA
Setembro/2019
Amanda Santos
Isabella Marinho Queiroz
Jeane dos Santos da Silva
Maria Neusa Vale Viana

RESENHA – ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DO


CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

Resenha elaborada como avaliação da


disciplina Enfermagem Ginecológica, do
curso de Pós Graduação em Enfermagem
em Obstetrícia e Neonatologia do Instituto
Nordeste de Ensino Superior e Pós
Graduação, sob orientação da Profa. Enf.
Obstetra Nara Geovane da Costa
Nascimento.

IMPERATRIZ/MA
Setembro/2019
O câncer de colo do útero é considerado um problema de saúde pública,
sendo o segundo câncer com mais frequência nas mulheres, atrás do câncer
de mama e a quarta causa de morte de mulheres por câncer. Estima-se que no
Brasil, todos os anos, 18.503 mulheres são diagnosticadas e 8.414 morrem
com a doença (INCA, 2014).

Quando diagnosticado em fase inicial da doença, o câncer de colo


uterino apresenta uma grande chance de cura e prevenção. Com o uso de
tecnologia simplificada e tratamento de fácil acesso, o diagnóstico tem sido
realizado de forma mais rápida e prática. De um modo geral, os elementos
mais importantes no combate ao câncer de colo de útero são a prevenção
primária, a detecção precoce e o tratamento. A prevenção pode ser realizada
através das atividades de rastreamento, como o exame citopatológico e a
educação em saúde (BRASIL, 2013).

O artigo discute sobre as ações de enfermagem na prevenção do câncer


do colo uterino. Nesse contexto, o enfermeiro tem um papel importante na
realização do exame preventivo principalmente nas UBS, onde o mesmo
executa o procedimento de coleta do exame (MOURA; SILVA, 2016).

De acordo com Moura e Silva (2016) o acolhimento na atenção básica


deve ocorrer em lugar confortável, harmonioso, por meio de orientações em
saúde, com o intuito de mostrar a população feminina a importância da
realização da prevenção. Durante o momento da coleta de dados da paciente
deve haver um encontro dialógico entre enfermeiro e usuária para promover o
bem-estar da mulher e o conhecimento teórico e instrumental para a promoção
da saúde integral dessa população. A partir das informações coletadas, o
enfermeiro orienta condutas preventivas no cotidiano da mulher, levando em
consideração as particularidades culturais e limitações socioeconômicas de
cada uma.

Os autores ressaltam a importância da implementação de ações


educativas que estimulem a mulher a realizar o exame de Papanicolau, tendo
em vista que muitas usuárias, sejam por vergonha, falta de conhecimento ou
questões culturais, não o realizam periodicamente e não promovem no seu
cotidiano hábitos de vida saudáveis que possam prevenir a formação de
células cancerígenas. Assim, pode-se afirmar que a educação em saúde é um
dos princípios que regem as ações preventivas pela enfermagem (MOURA;
SILVA, 2016).

Com relação às dificuldades na implementação de ações educativas, foi


destacado que o enfermeiro das UBS, se preocupa em prestar uma boa
assistência às pacientes, porém sentem-se inseguros na realização do exame,
pela falta de capacitações no serviço ou de protocolos que direcionem suas
ações (MOURA; SILVA, 2016).

Nesse contexto é perceptível que um dos principais problemas


enfrentados na realidade das UBS, no que se trata de prevenção, é a falta de
qualificação adequada dos profissionais de enfermagem que atuam nesse
setor, dificultando a execução das atividades de educação em saúde. Por outro
lado, a falta de conhecimento de muitas mulheres acerca da importância da
realização do exame de prevenção associada a fatores emocionais também
contribuem para a dificuldade nesse processo.

Deste modo, a formação educacional do enfermeiro deve ser baseada


na realidade problemática atual para que adquira conhecimento e habilidades
para a resolução da situação encontrada no ambiente de trabalho de acordo
com a necessidade individual de cada paciente. Como incentivo a prestação
dos serviços, os profissionais são merecedores de reconhecimento tanto no
ambiente de trabalho como também financeiramente.

Diante do exposto foi observado que os profissionais enfermeiros são


educadores e precisam orientar a população feminina quanto a importância da
realização anual do exame de Papanicolau, além de promover o diálogo
constante e proporcionar à mulher informações que possibilitem uma melhor
qualidade de vida.

Portanto, há uma necessidade de investimentos para o desenvolvimento


de práticas de promoção à saúde capazes de modificar o quadro existente,
fornecendo informações de forma direta e apropriada, a fim de esclarecer mitos
e desmistificar tabus sobre o câncer de colo uterino. Para isso, é importante
que haja o desenvolvimento e a implementação de políticas voltadas a
educação permanente, de modo a fortalecer constantemente a qualificação
profissional dos enfermeiros.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde (Br). Instituto Nacional de Câncer (INCA).


Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação de Prevenção e Vigilância de
Câncer. Estimativas 2008: Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro:
Ministério da Saúde, 2007.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Diretrizes brasileiras para o


rastreamento do câncer do colo do útero.Rio de Janeiro, 2011a.
[07] ______. Estimativa 2014. Incidência do Câncerno Brasil. Rio de Janeiro,
2014.

MOURA, R. C. M.; SILVA, M. I. Atuação do enfermeiro na prevenção do câncer


de colo do útero. Revista Cultural e Científica do UNIFACEX, Natal, v. 14, n.
2, p. 53-64, 2016.

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