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MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE

ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA


Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos

ÍNDICE

I. ORIGEM............................................................................................................................. 5

II. OBJETIVO ........................................................................................................................ 5

III. CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 6

3.1. Procedimento .................................................................................................... 7


3.1.1. Fase 1................................................................................................................... 7
3.1.2. Fase 2................................................................................................................... 7
3.1.3. Fase 3................................................................................................................... 9
3.1.4. Fase 4..................................................................................................................12
IV. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS..........................................................................................12

4.1. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS CONVENCIONAIS ............................................... 12


4.1.1. Primeira Fase dos Serviços Topográficos ............................................................13
4.1.2. Segunda Fase dos Serviços Topográficos ...........................................................23
4.1.3. Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais...........24
4.1.4. Serviços de Locação de Sondagens, Tubulões e Pilares.....................................25
4.1.5. Apresentação dos Serviços Contratados .............................................................25
4.2. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS À LASER SCANNER (LIDAR) .............................. 27
4.2.1. Fase de Diagnóstico e Estudo de Traçado...........................................................27
4.2.2. Serviços Topográficos..........................................................................................28
4.2.3. Segunda Fase dos Serviços Topográficos ...........................................................43
4.2.4. Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais...........45
4.2.5. Serviços de Locação de Sondagens, Tubulões e Pilares.....................................46
4.2.6. Apresentação dos Serviços Contratados .............................................................46
V. DEFINIÇÕES ...................................................................................................................48

ANEXO ................................................................................................................................52

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
I. ORIGEM
Este manual foi baseado em estudos e observações desenvolvidas por especialistas
na área e, nos seguintes documentos:
•Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários (Escopos
Básicos/Instruções de Serviço) – Publicação IPR 727 – 2006;
•Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos – GPS, do IBGE;
•Norma ABNT NBR-13.133/94;
•Instruções de Serviço para Estudos Topográficos, para Projetos Executivos de
Engenharia nºs IS-204 e IS-205 do DNIT;
•Decreto-Lei nº. 1.177, de 21/06/1971, que dispõe sobre o aerolevantamento em
território nacional;
•Decreto nº. 2278, de 17/07/1997, que regulamenta o Decreto-Lei nº. 1.177;
•Portaria nº. 637-SC-6/FA-61, de 05/03/1998, que aprova as Instruções Reguladoras
de Aerolevantamento em território nacional;
•Resolução PR nº. 22, de 21/07/1983 – IBGE – Especificações e Normas Gerais para
Levantamentos Geodésicos;
•Resolução PR nº. 05, de 31/03/1993 – IBGE – Complementa a PR nº. 22 – IBGE e
dispõe sobre Especificações e Normas Gerais para Levantamento GPS; Versão
Preliminar;
•Resolução PR nº. 1, de 25/02/2005 – IBGE – Altera a caracterização do Sistema
Geodésico Brasileiro para o SIRGAS – Sistema de Referência Geocêntrico para as
Américas;
•Recomendações para Levantamento Relativo Estático – GPS – IBGE – abril/2008
•Decreto n.º 89.817, de 20/06/1984, que estabelece as instruções reguladoras das
normas técnicas da cartografia nacional;
•Decreto nº. 5.334, de 06/01/2005, que dá nova redação ao artigo 21 do Decreto nº.
89.817.
Obs.: Do ponto de vista da legislação pertinente a atividades de aerolevantamento em
território nacional, devem ser seguidos rigorosamente os procedimentos necessários
para obtenção de licença de aerolevantamento junto ao Ministério da Defesa.
II. OBJETIVO
Tem por finalidade organizar e sistematizar os critérios fundamentais para
elaboração dos Estudos e Levantamentos Topográficos necessários à elaboração
de projetos de engenharia rodoviária.

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
Foi desenvolvido em consonância com as normas do Sub Comitê Executivo de
Engenharia Consultiva, do Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade no
Habitat (PMQP-H), do Estado de Minas Gerais.
III. CONDIÇÕES GERAIS
Os órgãos rodoviários contratam, para execução de seus projetos, o serviço de
empresas particulares, as Consultorias, que os fiscalizam segundo as
especificações, normas técnicas, administrativas e cláusulas contratuais vigentes.
Não obstante a diversidade das funções, a do Consultor e a do Fiscal, estas não
devem ser antagônicas. Pelo contrário, devem ser exercidas em perfeita sinergia,
focando o mesmo objetivo, que deve ser a constante busca das melhores soluções
técnicas e econômicas, visando a adequada execução dos serviços, atentando para
as especificações e cronograma existentes.
A fiscalização não deve ser um obstáculo, mas um facilitador do processo. O Fiscal
deve observar, analisar, sugerir e exigir.
O bom entendimento Fiscal-Consultor facilita um melhor andamento dos projetos,
dentro dos padrões técnicos especificados, que é o objetivo maior do Contrato.
Preliminarmente, é importante que Consultor e Fiscal tenham estudado em todos os
seus pormenores, as normas técnicas vigentes, Edital e as cláusulas contratuais,
permitindo, assim, uma criteriosa e segura execução do serviço.

Uma boa equipe de fiscalização é aquela que consegue um serviço de boa


qualidade sem prejuízo da produção, colaborando, sem ser transigente.
Em suma, deve ter em foco as características apresentadas no quadro a seguir.
QUADRO I
FASE DO TRABALHO DEVERES DA FISCALIZAÇÃO
Ser claro. Ser objetivo. Conhecer bem as especificações, normas,
PLANEJAMENTO
instruções e Contrato. Antecipar os problemas que possam surgir.
Ser claro, preciso e conciso. Emitir as ordens por escrito. Respeitar a
INSTRUÇÕES
hierarquia da Consultora. Evitar atrasos.
Cumprir com os prazos de analises acordados, para não prejudicar a
produção da Consultora. Manter Controle de Qualidade. Manter-se
EXECUÇÃO
entrosado com a Consultora. Atuar com segurança e autoridade,
sem ser autoritário. Ser ético.
Manter equipe de pessoal capaz e em quantidade necessária e
suficiente. Ter cortesia e desenvoltura. Manter registros. Controlar
FISCALIZAÇÃO
periodicamente os serviços executados, de forma a ser possível
cumprir os prazos determinados.
MEDIÇÃO Medir com precisão. Exigir o acompanhamento da Consultora.

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3.1. Procedimento
O projeto deve ser desenvolvido de forma transparente e tecnicamente justificado,
com todos os detalhamentos necessários, para a execução da obra.
Ao final de cada evento descrito a seguir, deve ser elaborada Ata de Reunião,
relatando os assuntos abordados e as respectivas decisões tomadas, devidamente
ratificadas pelos presentes, sob responsabilidade dos Coordenadores de Projeto,
por parte da Contratada e da Contratante.
3.1.1. Fase 1
Após a ordem de início do serviço, o Coordenador do Projeto deve convocar a
Consultora e disponibilizar os dados existentes para o trecho em estudo, informando
o que se espera no desenvolvimento do objeto contratual.
De posse da documentação necessária, os Coordenadores do Projeto pela
Contratante e Contratada, devem realizar VISITA TÉCNICA INICIAL ao local do
empreendimento, para avaliar e discutir “in loco”: os aspectos técnicos e a
concepção do traçado, as eventuais correções, os pontos obrigatórios de passagem,
as possíveis alterações de traçado ou outras soluções técnicas, tendo como
referência a proposta da Contratada.
Conforme dito anteriormente, ao final da visita, deve ser elaborada a Ata da
Reunião, onde conste o escopo do projeto e a concepção geral do traçado da
rodovia, a ser detalhada na elaboração do diagnóstico.
A Contratada, de posse da Ata de Reunião referente à visita inicial, deve voltar ao
trecho para coleta de outras informações necessárias, visando complementar os
estudos preliminares, destinadas à elaboração do Diagnóstico e da Concepção do
Projeto.
Esse diagnóstico deve se basear principalmente em: dados de tráfego, investigação
ambiental preliminar, avaliação das condicionantes da geometria da via,
desapropriação, segurança viária, terraplenagem, drenagem e pavimentação.
O Diagnóstico deve ser encaminhado ao Coordenador do Projeto para análise
prévia, acompanhado da concepção da obra a ser projetada, indicando as
alternativas propostas.
Após a análise, o Coordenador do Projeto deve convocar uma reunião com a equipe
da Consultora para discutir as propostas e conceder a Aprovação Preliminar,
visando à continuidade do projeto.
3.1.2. Fase 2
A Minuta do Projeto deve ser desenvolvida sobre as soluções escolhidas e
aprovadas na fase de Diagnóstico e Concepção do Projeto, de acordo com os
Termos de Referência do Edital e das instruções da Contratante.

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Quando definida em Edital, deve ser utilizada a metodologia “Análise de Engenharia
de Valor”, para avaliação das soluções propostas. Nesta análise devem ser levados
em consideração, os principais itens dos serviços que interferem no valor global do
empreendimento, incluindo custo inicial, sua manutenção e operação, durante a vida
útil do patrimônio público construído.
Para aprovação da Minuta do Projeto, Contratada e Contratante devem realizar
VISITA TÉCNICA (de “Portaria”) conjunta de avaliação ao trecho, em cumprimento
ao disposto na Portaria DER/MG nº 2145/06.
A visita deve ser realizada de posse da Minuta do Projeto analisada e, após a
locação do eixo e marcação dos “offsets” em campo, otimizada através de um
“check – list”, gerando um Relatório de Visita Técnica.
A minuta deve ser entregue no prazo mínimo de 10 (dez) dias úteis antes da Visita
de Portaria.
Desta visita deve participar uma equipe multidisciplinar constituída por
representantes da Diretoria de Projetos, Diretoria de Infra Estrutura e Diretoria de
Operações/CRG do DER/MG, além dos Coordenadores Geral/Setoriais da
Consultora.
A autorização para prosseguimento dos serviços deve ser precedida de reunião com
os Coordenadores do Projeto da Contratada e Contratante, envolvendo toda a
equipe gerencial responsável, de ambas as partes, para análise conjunta da Minuta
do Projeto corrigida, devendo este evento durar o tempo necessário para se esgotar
o assunto.
Depois de atendidas as correções por parte da Contratada, dá-se por encerrada a
fase de da elaboração da Minuta do Projeto.

A apresentação na fase da Minuta do Projeto constará de:


• Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência contendo
textos descritivos e justificativos do projeto elaborado, de forma sucinta (3 vias);
• Volume 2 – Projeto de Execução (3 vias);
• Volume Anexo 3 B – Estudos Geotécnicos (2 vias);
• Volume Anexo 3 D – Notas de Serviço e Cálculo de Volume (1 via);
• Volume Anexo 3 E – Seções Transversais Gabaritadas, na escala 1:200 (1 via);
Todos os volumes devem ser apresentados também em meio digital, em arquivos:
“.doc” ou “.docx”; “.dso” e/ou “.dwg”.

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3.1.3. Fase 3
A Contratada deve apresentar o Projeto de Execução, desenvolvido com base nas
soluções aprovadas na Minuta do Projeto, para análise do Contratante, indicando as
soluções propostas, a memória de cálculo, o quadro de quantidades e o orçamento
final.
O Coordenador do Projeto deve avaliar se há concordância entre a Minuta do
Projeto e o Projeto de Execução, verificar se os quantitativos e o orçamento final
estão justificados e detalhados na memória de cálculo, visando evitar supressão de
itens na Planilha.
No caso de serem introduzidas alterações na Minuta do Projeto por recomendação
do Coordenador do Projeto (Contratante), devem ser feitas as correções no prazo
estipulado e deve ser reapresentada a Minuta corrigida, para aprovação. A
aprovação da nova Minuta de Projeto pelo Coordenador do Projeto deve ser
formalmente comunicada à Contratada.
Em reunião específica entre os Coordenadores do Projeto da Contratada e
Contratante, envolvendo toda a equipe gerencial responsável, deve ser feita análise
conjunta do Projeto de Execução apresentado, devendo este evento durar o tempo
necessário para se esgotar o assunto.
O Projeto de Execução deve conter o conjunto de elementos necessários e
suficientes à execução completa da obra, possibilitando a contratação por preço
global, contendo: o relatório de projeto, as especificações técnicas, os desenhos, as
notas de serviço, as memórias de cálculo, os resultados dos estudos e o orçamento
detalhado do custo global do empreendimento.
A variação máxima admitida para os quantitativos é de no máximo 10 % (em valor
contratual), para sua execução.
A impressão definitiva do Projeto de Execução deve ser encaminhada ao
Coordenador do Projeto (Contratante) para aprovação final e a aceitação deve ser
oficialmente comunicada à Contratada.
A apresentação na fase de Projeto de Execução (impressão final) constará de:
• Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência contendo
resumo do projeto elaborado (6 vias);
• Volume 2 – Projeto de Execução (6 vias);
• Volume Anexo 3 B – Estudos Geotécnicos (6 vias);
• Volume Anexo 3 D – Notas de Serviço e Cálculo de Volume (6 vias);
• Volume Anexo 3 E – Seções Transversais Gabaritadas, na escala 1:200 (2 vias);

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Todos os volumes devem ser apresentados também em meio digital, em arquivos:
“.doc” ou “.docx”; “.dso” e/ou “.dwg”.
As cópias dos projetos em meio digital devem contemplar as diversas etapas do
projeto, incluindo todos os arquivos gerados no software “TopoGraph” ou similar,
relativos à poligonais, irradiação, planialtimetria, estaqueamento, greide, desenhos
dos projetos e seções transversais gabaritadas e arquivos relativos a todos os
serviços constantes do projeto.
O Projeto Planialtimétrico deve ser apresentado nas seguintes escalas:

Situação Referencial Escala


Planta Horizontal 1 : 2.000
Horizontal 1 : 2.000
Perfil
Vertical 1 : 200

As interseções devem ser apresentadas em planta na escala 1:500 (H) e em perfil


1:1.000 (H) / 1: 100 (V).
Os projetos devem ser encadernados de acordo com os seguintes critérios:
Formato Papel Fonte
A3 Capa Papel couchê 180 g/m2, plastificado frente Arial tamanho 18 a 26
A3 Miolo Papel 75 g/m2, branco, impressão 1/0 Arial tamanho >= 8
A4 Capa Papel couchê 180 g/m2, plastificado frente Arial tamanho 14 a 22
A4 Miolo Papel 75 g/m2, branco, impressão 1/0 Arial tamanho 12
As encadernações da Minuta de Projeto terão capa na cor branca. As
encadernações do Projeto de Execução terão capa na cor verde claro (“verde
tahiti”).

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O modelo para capa de caderno em formato A - 3 é o seguinte:


Fonte Estilo Tamanho
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Arial Negrito 24
SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS Arial Negrito 22
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM
Arial Negrito 20
DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE


Arial Negrito 22
MELHORAMENTOS E PAVIMENTAÇÃO

RODOVIA :
TRECHO : Arial Negrito 16
SUBTRECHO: (quando for o caso)

Volume 2: PROJETO DE EXECUÇÃO Arial Negrito 18

MÊS/ANO Arial Normal 14

O modelo para capa de caderno em formato A - 4 é o seguinte:


Fonte Estilo Tamanho
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Arial Negrito 18
SECRETARIA DE ESTADO DE TRANSPORTES E OBRAS PÚBLICAS Arial Negrito 14
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM Arial Negrito 14
DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE


MELHORAMENTOS E PAVIMENTAÇÃO
Arial Negrito 14

RODOVIA :
SUBTRECHO: (quando for o caso) Arial Negrito 12

Anexo 3A – PROJETO DE DESAPROPRIAÇÃO Arial Negrito 14

MÊS/ANO Arial Normal 11

Na apresentação do Projeto de Execução, a Contratada deverá apresentar


documento, assinado pelo Representante Legal e Responsável Técnico, declarando,
sob pena de lei: que o projeto de engenharia e os quantitativos apresentados
obedecem rigorosamente aos termos do Edital de Licitação, as especificações

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III/11 23/01/2013
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contidas em seus anexos, as normas técnicas vigentes e, que todos os elementos
disponíveis para a elaboração do projeto foram baseados em dados reais, coletados
em visitas “in-loco”.
3.1.4. Fase 4
Deve ser realizada uma exposição do projeto para as empresas interessadas em
realizar a obra, com a participação dos Coordenadores de Projeto da Contratada e
do Contratante, e do Representante da Diretoria responsável pela contratação da
obra.
A Contratada deve apresentar a concepção e os detalhes do Projeto de Execução,
bem como as soluções definidas, os quantitativos previstos e as providências a
serem tomadas durante a execução das obras, principalmente em relação ao meio
ambiente e áreas a serem desapropriadas.
IV. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
4.1. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS CONVENCIONAIS
Após a aprovação do traçado, devem ser desenvolvidos os serviços topográficos,
que devem constar de:
•Determinação das coordenadas geográficas e topográficas locais;
•Levantamento planialtimétrico, estabelecendo-se o alinhamento dos objetos
cadastrados e as variações de nível do terreno;
•Cadastro dos objetos encontrados, devidamente detalhados, especialmente
em relação às linhas de bordo da via, dos taludes, das bancadas, das saias de
aterro, das sarjetas, das ruas e das conformações do terreno.
Os serviços topográficos devem ser georreferenciados, utilizando-se coordenadas
verdadeiras (latitude e longitude) e altitudes geométricas, obtidas com o uso de
equipamentos GNSS de dupla freqüência, com precisão igual ou menor do que 5
mm + 1 ppm.
Após este processo de georreferenciamento, as coordenadas geográficas (latitude e
longitude), devem ser transformadas em coordenadas planas (UTM), especificando-
se o fuso. As coordenadas UTM devem ser transformadas em coordenadas
topográficas, a fim de permitir tratamento geométrico plano retangular.
Na hipótese da existência de uma referência de nível IBGE (RN), localizada em um
raio máximo de 20 km, deve-se optar pela determinação da referência de nível do
Marco Principal a partir do RN IBGE, através do método convencional de transporte
de cotas com Nível de Precisão.
No caso de inexistência de marcos de RN’s do IBGE localizados num raio máximo
de 20 km, devem ser utilizadas as altitudes geométricas obtidas no levantamento
GNSS, transformadas em altitudes ortométricas, com a utilização do aplicativo

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MAPGEO2010, ou versão mais atualizada.
Os serviços topográficos devem ser executados em duas fases (relacionadas
abaixo), não se aceitando o procedimento denominado “Exploração Locada”.
O eixo de locação deve ser definido, apoiado em levantamentos descritos na
Primeira Fase e sua materialização no campo deve ser realizada conforme descrito
na Segunda Fase dos serviços descritos a seguir:
4.1.1. Primeira Fase dos Serviços Topográficos
A primeira fase dos serviços topográficos compreende os serviços de implantação
dos marcos geodésicos, poligonais de apoio e levantamento planialtimétrico
cadastral, conforme descrito a seguir.
4.1.1.1. Marcos Geodésicos
a. Implantação dos Marcos Geodésicos
Os marcos geodésicos devem ser georreferenciados ao Sistema Geodésico
Brasileiro (SGB), Datum SIRGAS2000 / WGS-84. Eles constituem a principal base
de referência topográfica do projeto.
Os marcos GNSS devem ser executados, em conformidade com o padrão definido
pelo DER/MG, descrito a seguir:
• Devem ser executados através da implantação de marcos monumentados com
chapa metálica cravada contendo a sua codificação, a empresa responsável pelo
serviço e técnica empregada;
• Deve ser escavada, no terreno natural, uma cava de dimensões 0,40 m x 0,40 m x
0,40m, para a implantação do marco de concreto;
• Os marcos devem ser implantados em pares intervisíveis, com distância mínima de
150 metros entre eles, devendo ainda estar distantes pelo menos 40 metros do futuro
eixo de projeto;
• Os pares de marcos devem ser instalados no início e final do trecho a ser
levantado, admitindo-se um intervalo máximo de 5 km entre os mesmos. Em face
disto, faz-se necessário que todos os vértices entre os marcos façam parte de
poligonais, cujo erro de fechamento admissível está relacionado na tabela abaixo:
Tabela I
Fechamento de Poligonais e Tolerâncias
Fechamento Tolerâncias
Linear 1: 20.000
Angular 20”.n 1/2
Nivelamento e = 20 mm (k)1/2

Onde: “n” refere-se ao nº de lados da poligonal e ‘K” é a extensão nivelada em quilômetro, medida em
um único sentido.

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III/13 23/01/2013
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b. Construção dos Marcos GPS
Para a confecção do monumento de concreto, deve ser adotado o traço 1:2:4 (mistura
proporcional de cimento, areia e pedra). Para tanto, deve-se utilizar a pedra britada n°
0 (zero) ou 1 (um).
O marco deve obedecer ao seguinte formato e dimensões, conforme figura a seguir
• Formato de tronco de pirâmide.
• Base quadrangular de 18 cm de lado.
• Topo quadrangular de 10 cm de lado.
10
• Altura de 40 cm.

40

18
Marco GPS
ESCALA: 1:10
Figura 1

Para a confecção deste tipo de marco deve-se utilizar uma forma metálica dotada de
alças laterais. A forma deve ter o mesmo formato e dimensões do marco, conforme
indicado a seguir: 1
cm 0c
m
10

Figura 2 40 cm

18 cm
cm 18

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III/14 23/01/2013
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c. Assentamento do Marco
• Abrir uma cava com 40 cm de lado até uma profundidade de 50 cm;
• Aterrar com argila fortemente compactada os primeiros 10 cm da vala;
• Assentar o marco sobre a cama de argila e preencher o restante da cava com a
mesma argila fortemente compactada até uma altura que diste verticalmente de 5 cm
do bordo superior da cava;
• Confeccionar o passeio lateral com concreto traço 1:2:4, nas dimensões 0,40 x
0,40 x 0,05m, preenchendo com o concreto o restante da cava até facear o terreno
natural;
• Executar acabamento no concreto.
As Figuras 3 e 3a, a seguir, possibilitam a visualização deste procedimento.

Figura 3 - Esquema de assentamento do Marco


40 cm

40 cm

Vista superior do marco com a sapata de proteção lateral


Figura 3a - Situação em planta

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III/15 23/01/2013
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d. Chapa Metálica do Marco GPS
A chapa é uma peça metálica (bronze ou alumínio) que identifica a estação.
Define o ponto de referência (origem das coordenadas) da estação, quando se
encontra engastada no topo de superfície estável do marco.
As dimensões, formato e lay out da chapa, devem estar de acordo com a figura 4, a
seguir.
E R M G
D

Figura 4
A fixação da chapa (figura 4) no marco deve ser feita no momento da concretagem
deste, introduzindo-a através de um pino de 60 mm de comprimento e 10 mm de
diâmetro na massa de concreto.
Este pino deve apresentar um furo de 3 mm de diâmetro, distante 10 mm de sua
base, para a introdução de um outro pino metálico transversal com diâmetro de 3 mm
e comprimento mínimo de 100 mm, com o objetivo de maximizar sua fixação.
Para a confecção da chapa, devem ser observadas as especificações constantes na
Figura 4, onde estão cotadas as dimensões da chapa tais como, diâmetro (60 mm),
altura do prato (8 mm /3 mm), dimensões da haste de suporte (60 mm de
comprimento e 10 mm de diâmetro) e, diâmetro do furo transversal à haste para
trespasse do pino de segurança (∅=3 mm).
e. Legendas
As estações devem ser identificadas, através de legendas estampadas, com
numerador de aço, de 6 mm e de 8 mm, na chapa metálica especificada, conforme
indicado na Figura 4, contendo: o nome do DER/MG, o código do marco, o nome da
empresa executora e o furo delineado com um triângulo, para referência e
posicionamento dos equipamentos de topografia e GPS.
f. Posicionamento Físico dos Marcos Geodésicos
A posição do marco principal deve estar centralizada em relação à área do projeto e,
a partir dele devem ser implantados os marcos secundários.

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Os marcos secundários devem ser distribuídos ao longo do trecho, observando-se
as condições topográficas locais, de modo que à distância de aproximadamente de 5
km exista pelo menos um par de marcos geodésicos, a ser utilizado como ponto de
partida e chegada de quaisquer levantamentos topográficos a serem realizados;
principalmente, os serviços de implantação das poligonais de apoio.
Recomenda-se que estes marcos sejam posicionados fora da área de ação das
máquinas de terraplenagem, observando-se afastamento mínimo de 50 metros, da
diretriz determinada no estudo de traçado, selecionando-se local mais adequado às
condições de segurança, visibilidade e facilidade de utilização.
Devem ser observadas as condições de rastreio, de modo que o horizonte em torno
da antena receptora esteja desobstruído de quaisquer obstáculos, que dificultem a
captação de sinais dos satélites.
Também, deve ser evitado instalar qualquer tipo de marco geodésico, em locais
próximos a estações de transmissão de microondas, radares, antenas
radiorrepetidoras e linhas de transmissão de alta tensão, por representarem fontes
de interferência para os sinais GNSS.
g. Rastreamento dos Marcos Geodésicos (Levantamento GNSS)
Devem ser observadas as boas técnicas de posicionamento e rastreio, conforme as
“Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos – GPS” do IBGE, de
modo a garantir a precisão de 5 mm + 1 ppm para o marco principal ou 5 a 10 mm +
1 ppm, para os marcos secundários, conforme o caso.
h. Análise e Processamento dos Dados do Marco Geodésico Principal
O georreferenciamento do marco principal deve ser feito através da técnica
denominada Posicionamento Relativo Estático, ajustado ao Sistema Geodésico
Brasileiro, a partir dos vértices da Rede Fundamental definida anteriormente,
conforme as “Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos – GPS” do
IBGE;
Deve ser ajustado pelo Método dos Mínimos Quadrados – MMQ, com precisão de 1
sigma (1σ) e Erro Médio Quadrático (RMS) igual ou menor do que 100 mm, usando
como injunções os pontos da Rede Fundamental;
i. Análise e Processamento dos Dados dos Marcos Geodésicos Secundários
Os marcos geodésicos secundários devem ser definidos a partir do marco principal
através do método denominado Relativo Estático Clássico ou Relativo Estático
Rápido, conforme a técnica de posicionamento e rastreio utilizada, levando-se em
consideração as especificações do equipamento utilizado e a distância entre o
marco principal e o marco secundário em implantação, conforme as
“Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos – GPS”, do IBGE.
Devem ser utilizados receptores L1/L2, sendo que o comprimento da linha de base

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III/17 23/01/2013
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
pode ultrapassar 20 km, desde que atenda o nível de precisão recomendado para o
marco principal (5 mm + 1 ppm).
Obrigatoriamente deve-se apresentar a fixação das ambiguidades.
j. Relatórios dos Marcos Geodésicos
Os serviços de implantação de marcos geodésicos devem ser descritos em Relatório
Específico, contendo as seguintes informações:
• Descrição das operações de rastreamento, incluindo marca e tipo do equipamento
utilizado, tempo de rastreio, bases de referências e precisões obtidas;
• Duas (2) fotos de cada marco implantado com o respectivo aparelho instalado no
mesmo; sendo uma foto em detalhe e outra foto do tipo panorâmica local;
• Croquis de localização e descrição sucinta do acesso ao local;
• Anotações de data, horário, altura da antena e condições de rastreio;
• Arquivos eletrônicos em formato RINEX;
• Memórias de cálculo, com indicação das precisões obtidas (monografia).
k. Implantação dos Marcos Topográficos das Poligonais de Apoio
A partir dos marcos geodésicos, após o estabelecimento das coordenadas
topográficas, devem ser implantados outros vértices topográficos, intervisíveis entre
si, que complementarão a poligonal de apoio do projeto.
Estes vértices devem ser constituídos de marcos de madeira (“goiabão” ou similar
tratado em autoclave), de 6 cm x 6 cm x 20 cm, cravados com segurança e
identificados através de estacas testemunhas de madeira 4 cm x 2 cm x 40 cm,
devidamente pintados na cor branca. Podem ainda serem utilizadas estacas de
bambu devidamente pintadas em branco.
Devem ser implantados com distanciamento de 100 a 500 m entre si, permitindo-se,
excepcionalmente, um distanciamento de 50 a 1.300 metros.
Admite-se um erro relativo de fechamento linear de E = 1:20.000 e erro de
fechamento angular e = 8" (n)1/2, sendo ‘n’ o número de vértices da poligonal,
obrigatoriamente fechada no mínimo, a cada 5 (cinco) km, em pares de marcos
GNSS.
Todos os pontos de apoio devem ser nivelados e contra nivelados geometricamente,
admitindo-se erro de fechamento altimétrico e = 20 mm (k)1/2, onde ‘K’ é a
extensão nivelada em quilômetro, medida em um único sentido. Devem ser
obrigatoriamente fechados a cada 5 (cinco) km nos marcos geodésicos.
Os posicionamentos das linhas base devem ser criteriosamente analisados,
devendo estas, estarem obrigatoriamente afastadas, pelo menos 30 metros da

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III/18 23/01/2013
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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
diretriz determinada no estudo de traçado, selecionando-se local mais adequado
dentro da faixa topográfica.
Em casos especiais, como em trechos de vegetação densa, desde que previamente
autorizado pelo Contratante, os vértices das poligonais podem estar localizados
próximos ao eixo projetado, desde que observado o seguinte procedimento:
• A cada 1 km de levantamento das poligonais, deve ser implantado um par de
marcos intervisíveis e equidistantes a, no mínimo, 30 metros do traçado horizontal
determinado;
• Esses marcos devem, obrigatoriamente, fazer parte da poligonal e nunca serem
implantados como simples amarrações;
• Para o cálculo das poligonais, as coordenadas obtidas no georreferenciamento
devem ser transformadas em coordenadas topográficas, informando-se o Datum e o
Meridiano Central, utilizados.
As poligonais de apoio devem ser descritas em Relatório Específico, contendo as
seguintes informações:
• Método utilizado;
• Croquis de localização dos marcos;
• Memórias de cálculo das coordenadas dos marcos (N, E, Z);
• Respectivos fechamentos obtidos;
• Dados armazenados em arquivos eletrônicos de poligonais.
l. Execução de Levantamento Planialtimétrico Cadastral
A partir dos vértices da poligonal de apoio deve ser realizado o levantamento
planialtimétrico e cadastral da faixa de interesse para implantação da rodovia, com
utilização de equipamentos eletrônicos do tipo estação total ou receptores GNSS.
Esta faixa deve ser determinada a partir da diretriz da estrada, de acordo com as
características da rodovia.
O Contratante deve estabelecer que a faixa de levantamento coincida com a faixa de
domínio; exceto nas áreas de interseção com cursos de água, onde o levantamento
deve se estender, dependendo do porte do curso de água, de forma a abranger no
mínimo 30 centímetros de diferença de nível de montante à jusante. Caso não seja
atingido o desnível de 30 cm, o levantamento deve se estender até 100 metros para
cada lado.
Para a modelagem do terreno, devem ser feitas irradiações de pontos a partir dos
vértices das poligonais e das estações auxiliares, com o objetivo de formar uma
nuvem de pontos que caracterizem adequadamente a topografia local.

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III/19 23/01/2013
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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
Quando os pontos das poligonais de apoio não oferecem condições de visibilidade
suficiente para levantamento de áreas específicas é permitida a implantação de
pontos auxiliares (piquetes de madeira 2 cm x 2 cm x 20 cm).
Estes pontos não estão sujeitos às restrições de localização. Entretanto, devem ser
implantados com o mesmo rigor de amarração e fechamento imposto às poligonais
de apoio (fechamento linear E = 1:20.000, angular e = 8" (n)1/2, sendo ‘n’ o número
de vértices e fechamento altimétrico e = 20 mm (k)1/2, onde ‘K’ é a extensão
nivelada em quilômetro, medida em um único sentido, fechada obrigatoriamente nos
pontos da poligonal de apoio mais próxima).
Devem ser cadastradas todas as incidências de interesse do projeto, no máximo de
20 em 20 metros, especialmente:
• Rios e córregos (margens, fundos, barrancos e meandros);
• Nascentes d água;
• Bueiros, pontes e viadutos;
• Grotas, cristas e fundos de talvegues;
• Início e fim de cada aclive ou declive e quebras do terreno;
• Vias de acesso e vias laterais;
• Cercas e divisas;
• Culturas e atividades econômicas;
• Imóveis e edificações próximas à via;
• Serviços de utilidade pública (postes, torres elétricas, rede de esgoto e água);
• Início e fim de áreas urbanas;
• Valas e erosões;
• As cristas e pés de taludes e bancadas;
• Pontos de passagem, Cortes/Aterros;
• Locais com escorregamento de taludes (cadastramento das trincas e sinais de
ruptura);
• Início e fim de cada segmento ou trecho;
• Espécies vegetais de grande porte ou de relevância para a flora e meio ambiente;
• Áreas especiais (áreas institucionais e áreas de reserva ambiental);
• Áreas de empréstimos e de ocorrência de materiais para pavimentação;
• Demais acidentes topográficos.

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
Devem ser atendidas também as necessidades relativas aos Projetos de Drenagem,
Obras Complementares, Projetos de Obras de Arte Especiais e Projeto de Meio
Ambiente, observando-se o seguinte:
l.1. Levantamento Cadastral para Projeto de Obras de Arte Correntes
Nos locais de assentamentos das obras de arte correntes devem ser feitas as
irradiações dos pontos e coletadas as informações básicas; assim como, os pontos
do perfil do fundo e das encostas do talvegue, a crista do talvegue, em relação ao
lado montante e jusante do eixo, suficiente para a perfeita caracterização do terreno
e locação do bueiro.
Devem ser elaborados os croquis elucidativos dos levantamentos efetuados,
conforme definido em planilha específica, contendo o seguinte:
• Coleta de informações: devem ser coletadas informações sobre os níveis
máximos observados, com indicação da data do evento, baseados nas informações
dos moradores locais e nos vestígios das ocorrências;
• Máximas cheias: os locais de máximas cheias devem ser nivelados, indicando-se
as posições nos croquis.
l.2. Cadastramento de Bueiros Existentes
O cadastramento das obras existentes (bueiros de grotas e de greide) deve ser feito
conforme documento específico do Contratante (vide ANEXO).
Deve indicar o tipo de seção de bueiro, com a identificação de posição da obra
amarrada à poligonal básica e levantamento de todos os pontos de crista do aterro,
de pontos intermediários do talude, das extremidades (topo e fundo) e de quaisquer
outros pontos necessários.
Para auxiliar a visita do projetista, antes da locação do trecho, deve ser cravada uma
estaca testemunha em cada bueiro, com indicação do quilômetro referencial do
estudo para o projeto, posicionada em local visível e amarrada à poligonal.
Deve ser anotado o tipo de bueiro (simples ou múltiplo; tubular ou celular; de
concreto ou metálico), o diâmetro do tubo, se existem ou não alas e/ou caixa
coletora, a seção do tubo que realmente trabalha, bem como a medida da altura do
espaço livre.
Igualmente devem ser coletadas informações disponíveis sobre o funcionamento da
obra, ou seja, se a mesma trabalha afogada ou se é visivelmente insuficiente.
Devem ser utilizadas as seguintes abreviaturas para indicação do tipo da obra:

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
Tabela II
Abreviaturas segundo o Tipo de Obra
Simples (BSTC)
Bueiro Tubular de Concreto Duplo (BDTC)
Triplo (BTTC)
Simples (BSTM)
Bueiro Tubular Metálico Duplo (BDTM)
Triplo (BTTM)
Simples (BSCC)
Bueiro Celular de Concreto Duplo (BDCC)
Triplo (BTCC)

l.3. Levantamento Cadastral para Projeto de Obra de Arte Especial


Os estudos topográficos necessários aos Projetos de Obras de Arte Especiais
(OAE) devem atender o seguinte procedimento:
Para os locais de assentamentos das obras de arte especiais, devem ser feitas as
irradiações e coletados os pontos do perfil do fundo do curso dágua, através de
levantamentos diretos ou batimétricos, conforme o caso, tanto à montante quanto à
jusante do eixo, para obtenção de informações suficientes para a perfeita
caracterização dos relevos do entorno e da linha d’água.
É obrigatório o levantamento das OAE existentes.
Devem ser elaborados croquis elucidativos dos levantamentos efetuados.
l.4. Nuvem de Pontos para Modelagem do Terreno
Além das exigências acima, no que tange aos levantamentos dos pontos de
interesse do projeto; especialmente no se refere às incidências para o
cadastramento de bueiros existentes, obras de arte correntes e obras de arte
especiais, devem ser observados os critérios de adensamento mínimo de pontos
para a modelagem do terreno e perfeita caracterização da topografia local, conforme
determina a Norma NBR-13.133/94:
• Terrenos Planos, que apresentem declividade transversal de até 5% →
adensamento mínimo de 170 pontos irradiados por hectare, com espaçamento
máximo de 20 metros entre pontos;
• Terrenos Ondulados, que apresentem declividade transversal de 5% a 20% →
adensamento mínimo de 220 pontos irradiados por cada hectare, com espaçamento
máximo de 15 metros entre pontos;
• Terrenos Montanhosos, que apresentem declividade transversal maior do que
20% → adensamento mínimo de 300 pontos irradiados por cada hectare, com
espaçamento máximo de 10 metros entre pontos.
Os dados de levantamento acima devem ser compilados em seus respectivos
arquivos eletrônicos e processados através de softwares topográficos, compatíveis

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
com o sistema adotado pelo Contratante.
Esta base de dados deve ser utilizada para processamento, manuseio e definição do
eixo do projeto e da geometria da via.
4.1.2. Segunda Fase dos Serviços Topográficos
A segunda fase dos serviços topográficos consiste na locação, nivelamento e contra
nivelamento geométrico do eixo de projeto.
Além da materialização do eixo locado exige-se complementarmente, a marcação de
offset, com colocação de piquetes, devidamente identificados por estacas
testemunhas, obedecendo-se os seguintes critérios:
• Devem ser locados todos os pontos notáveis do traçado geométrico (PC, PT,
TS, SC, CS, e ST) e identificados os pontos de cruzamento com outras
rodovias;
• O eixo de projeto deve ser piqueteado de 20 em 20 metros e de 10 em 10
metros, nas curvas de raio menores do que 200 metros, nivelado e contra
nivelado geometricamente;
• Em todos os piquetes implantados devem ser colocadas estacas
testemunhas. As estacas devem ser constituídas de madeira de boa
qualidade ou bambu, pintadas na cor branca (aprovados pelo DER/MG) e
identificadas com inscrições em vermelho, escritas de cima para baixo,
localizadas sempre à esquerda da diretriz da rodovia no sentido crescente do
estaqueamento, com a identificação voltada para o piquete;
• As estacas testemunhas devem ser previamente preparadas, pintadas e
identificadas;
• Após a locação do eixo e de posse da seção tipo e da nota de serviço do
projeto, deve ser providenciada a marcação de off set’s através do método de
locação por coordenadas a partir de estadimetria (estação total).
• Para a realização deste serviço, devem ser cravados no solo, piquetes e
estacas testemunha, em conformidade com o padrão definido pelo
Contratante. Nas estacas testemunhas deve ser pintada em tinta vermelha, a
inscrição da letra “A” para indicação de aterro e “C” para indicação de corte,
sem a necessidade de inscrição de cota (corte/aterro).
• Os off sets devem ser materializados a cada 20 metros na tangentes, a cada
10 metros nas curvas com raios de curvatura menores que 200 metros.
• Devem ser implantadas referências de nível (RNs), de 500 em 500
(quinhentos) metros e nas obras de arte especiais. Na hipótese dos vértices
de apoio (marcos principais e secundários) não atenderem essa condição
devem ser implantados novos marcos de concreto, amarrados à poligonal de

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
apoio, para suprir essa exigência;
• A tolerância de fechamento, correspondente à diferença máxima aceitável
entre as RNs deve ser: e = 20 mm. (K) ½ , onde “ k” é a extensão nivelada em
quilômetros, medida num único sentido;
• Os materiais a serem utilizados (piquetes, estacas e marcos de RNs) devem
estar em conformidade com o padrão definido pelo Contratante, apresentado
no item 4.2.1.1 (Marcos Geodésicos);
• Durante a locação de eixos e marcação de off-sets deve ser feito o
levantamento das seções transversais a cada 20 metros nas tangentes e a
cada 10 metros nas curvas com raios de curvaturas menores do que 200
metros.
• O levantamento das seções transversais deve ser realizado através do
método de estadimetria, com a utilização de Estação Total, pelo processo de
irradiação de pontos, abrangendo uma faixa de levantamento compatível com
o projeto.
• O levantamento deve ser ortogonal ao eixo locado (estaqueamento de 20 em
20 metros em tangentes e de 10 em 10 metros nas curvas de raio menores
do que 200 metros), com largura equivalente à dimensão do off-set
(corte/aterro) de cada estaca acrescida de 5 metros para cada lado. Deve-se
considerar, portanto, as determinações presentes na nota de serviço do
projeto, ressaltando-se que o último ponto irradiado para cada seção deverá
estar posicionado precisamente a 5 metros do ponto de off-set materializado
em ambos os lados.
• Somente devem ser irradiados pontos por estadimetria a partir dos vértices da
poligonal (principal) ou de vértices auxiliares (poligonais de secundárias), com
o objetivo de formar uma nuvem de pontos que caracterizem adequadamente
e com a devida precisão a topografia de cada seção transversal. Ressalta-se
que devem ser cadastrados os mesmos elementos da fase inicial dos estudos
topográficos, citados no item de Estudos Topográficos deste manual técnico.
• Após novo processamento, os arquivos do levantamento de seção
transversal, nivelamento e contra nivelamento, devem ser incorporados ao
projeto e ser entregues à Diretoria de Projetos em arquivos digitais, em
formatos: IRRAD e desenhos com extensões DSO ou DWG.
4.1.3. Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais
Os serviços topográficos destinados a obras civis e industriais possuem as mesmas
características e exigências técnicas observadas para as fases de diagnóstico e
implantação de marcos de apoio.
Entretanto, os levantamentos planialtimétricos cadastrais, possuem características e

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
exigências técnicas diferenciadas.
4.1.3.1. Implantação de Marcos de Apoio para Levantamentos Topográficos
destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais
Para a implantação de marcos de apoio, destinados aos projetos de obras civis e
industriais, devem ser utilizados os mesmos recursos e deve ser observada a
mesma produtividade adotada para implantação de marcos de apoio para projetos
de rodovias.
4.1.3.2. Levantamento Planialtimétrico Cadastral para Obras Civis e Industriais
Aos levantamentos planialtimétricos cadastrais destinados a projetos de obras civis
e industriais, além das especificações adotadas para os levantamentos cadastrais
destinados a desenvolvimento de projetos rodoviários, deve-se acrescentar as
seguintes exigências:
• Detalhamento das vias de acesso existentes, incluindo: dimensões e tipos de
calçadas e meios-fios;
• Detalhamento de caixas coletoras de águas e esgotos, incluindo dimensões,
tipos de tampa, cota de topo e fundo, diâmetro e nível das geratrizes dos
tubos de entrada e saída existentes;
• Localização, tipo, espessura e altura dos postes de telefonia e eletricidade
existentes;
• Localização, tipo e dimensões de caixas de passagem e distribuição, quadros
de luz e sistemas de comunicação existentes;
• Detalhamento das divisas e muros, incluindo: tipo, comprimento, espessura,
altura e estado de conservação;
• Localização de dutos subterrâneos de: gás, energia elétrica e comunicação;
• Levantamento das edificações residenciais, comerciais, industriais,
eclesiásticas e de serviços públicos existentes, incluindo: localização, tipo,
dimensões horizontais e verticais, cota do piso de entrada e estado de
conservação.
4.1.4. Serviços de Locação de Sondagens, Tubulões e Pilares
Os serviços de locação de furos de sondagens, tubulões e pilares, devem ser
executados com todas as exigências especificadas para os demais serviços
topográficos, indicados acima.
4.1.5. Apresentação dos Serviços Contratados
Em cada uma das etapas dos serviços executados a Contratada deve apresentar
Relatórios Específicos, indicando os serviços executados em cada uma das fases,
acompanhados de arquivos digitais em CD-ROM e plantas correspondentes.

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
A empresa contratada para execução de serviço topográfico deve fornecer um
relatório completo, indicando:
• A produtividade média diária, baseadas nas condicionantes específicas;
• As características básicas dos serviços executados;
• Informações físicas do espaço geográfico;
• A equipe técnica e auxiliares utilizados na execução do serviço;
• Os equipamentos e sistema(s) informatizado(s) utilizado(s) para execução do
serviço de topografia.
Para o Projeto Rodoviário os Estudos Topográficos devem ser apresentados:
• No Volume 1 – Relatório de Projeto, de forma sucinta;
• No Volume 2 – Documentos para Concorrência, de forma sucinta;
• No Volume 3 – Memória Justificativa: devem ser apresentados todos os pontos de
levantamento, acompanhados de arquivos digitais em CD-ROM, nas extensões
compatíveis com o Sistema AutoCAD Civil (Topográfico) e uma cópia em papel
sulfite ou similar.

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III/26 23/01/2013
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4.2. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS À LASER SCANNER (LIDAR) 1


4.2.1. Fase de Diagnóstico e Estudo de Traçado
Esta fase destina-se à determinação das áreas de execução da primeira fase dos
serviços topográficos destinados a subsidiar a elaboração dos projetos rodoviários.
A caracterização geométrica na fase de diagnóstico deve ser efetuada pelo
engenheiro responsável pelos estudos geométricos da rodovia, em visita ao campo,
utilizando Receptor GPS de Navegação, máquina fotográfica e demais
equipamentos que se fizerem necessários.
4.2.1.1. Atividades de Campo
Na visita ao trecho objeto do estudo, devem ser identificados os principais pontos
críticos, sejam de caráter horizontal ou vertical, indicando o ponto inicial e final,
assim como:
• As referências de fácil identificação para os estudos de traçado;
• As principais travessias;
• As interferências predominantes;
• O tipo de solo encontrado;
• As ocorrências de jazidas ou materiais de construção, entre outras.
• Feições urbanas, construções civis e unidades domiciliares.
As observações anotadas devem ser registradas em relatório específico que,
juntamente com as demais informações colhidas, tais como: mapas, carta
geográfica, fotografias aéreas, imagens de satélite (Landsat, Google, RapidEye
entre outras), Informações vetoriais em escala cartográfica 1:50.000 do IBGE ou IGA
e documentos públicos de interesse do empreendimento, devem servir de base para
orientação dos Estudos de Traçado.
4.2.1.2. Atividades de Escritório
Com base nas informações acima descritas, são realizados em escritório, os
estudos de traçado que orientam os serviços de implantação de marcos, poligonais
de apoio e levantamentos planialtimétricos cadastrais.
É nesta fase que se determina o traçado básico, bem como a escolha de possíveis
variantes a serem incluídas na primeira fase dos levantamentos topográficos. Para o
aerolevantamento, é importante que durante as atividades de escritório sejam
determinados os vértices da área do projeto, assim como as coordenadas dos

1
Light Detection And Ranging

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III/27 23/01/2013
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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
pontos de controle (densificados) para permitir o planejamento dos tempos do
trabalho em terra e do plano de vôo.
O plano de vôo deve levar em consideração os dados coletados durante a visita de
campo, e deve ser elaborado em software específico, permitindo o cálculo da
altitude, superposição de faixas, velocidade, tempo de giro, numero de passadas,
tamanho de faixa, freqüência necessária do laser, freqüência e ângulo de
escaneamento.
4.2.2. Serviços Topográficos
Após a aprovação do traçado e do plano de vôo, devem ser desenvolvidos os
serviços topográficos, que devem constar de:
• Determinação das coordenadas geográficas e topográficas locais;
• Levantamento planialtimétrico, estabelecendo-se o alinhamento dos objetos
cadastrados e as variações de nível do terreno;
• Cadastro dos objetos encontrados, devidamente detalhados, especialmente
em relação às linhas de bordo da via, dos taludes, das bancadas, das saias
de aterro, das sarjetas, das ruas e das conformações do terreno.
Os serviços topográficos devem ser georreferenciados, utilizando-se coordenadas
verdadeiras (latitude e longitude) e altitudes geométricas, obtidas com o uso de
equipamentos GNSS de dupla freqüência, com precisão igual ou menor do que 5
mm + 1 ppm.
Após este processo de georreferenciamento, as coordenadas geográficas (latitude e
longitude), devem ser transformadas em coordenadas planas (UTM), especificando-
se o fuso.
Na hipótese da existência de uma referência de nível IBGE (RN), localizada em um
raio máximo de 20 km, deve-se optar pela determinação da referência de nível do
Marco Principal a partir do RN IBGE, através do método convencional de transporte
de cotas com Nível de Precisão.
4.2.2.1. Primeira Fase dos Estudos Topográficos
A primeira fase dos serviços topográficos compreende os serviços de implantação
dos marcos geodésicos e o levantamento topográfico utilizando escaneamento
“LIDAR”
a. Implantação dos Marcos Geodésicos
Os marcos geodésicos devem ser georreferenciados ao Sistema Geodésico
Brasileiro (SGB), Datum SIRGAS2000. Eles constituem a principal base de
referência topográfica do projeto. Os marcos GNSS devem ser executados, em
conformidade com o padrão definido pelo DER/MG, descrito a seguir:

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
• Devem ser executados através da implantação de marcos monumentados
com chapa metálica cravada contendo a sua codificação, a empresa
responsável pelo serviço e técnica empregada;
• Deve ser escavada, no terreno natural, uma cava de dimensões 0,40 m x 0,40
m x 0,40m, para a implantação do marco de concreto;
• Os marcos devem ser implantados em pares intervisíveis, com distância
mínima de 150 metros entre eles, devendo ainda estar distantes pelo menos
40 metros do futuro eixo de projeto;
• Os pares de marcos devem ser instalados no início e final do trecho a ser
levantado, admitindo-se um intervalo máximo de 5 km entre os mesmos. Em
face disto, faz-se necessário que todos os vértices entre os marcos façam
parte de poligonais, cujo erro de fechamento admissível está relacionado na
tabela abaixo:
Tabela I
Fechamento de Poligonais e Tolerâncias
Fechamento Tolerâncias
Linear 1: 20.000
Angular 20”.n 1/2
Nivelamento e = 20 mm (k)1/2
Onde:
“n” refere-se ao nº de lados da poligonal,
‘K” é a extensão nivelada em quilômetro, medida em um único sentido.
b. Construção dos Marcos GPS
Para a confecção do monumento de concreto, deve ser adotado o traço 1:2:4
(mistura proporcional de cimento, areia e pedra). Para tanto, deve-se utilizar a pedra
britada n° 0 (zero) ou 1 (um).
O marco deve ser obedecer ao seguinte formato e dimensões, conforme figura a
seguir:
• Formato de tronco de pirâmide.
• Base quadrangular de 18 cm de lado.
• Topo quadrangular de 10 cm de lado.
• Altura de 40 cm.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos

10

40

18
Marco GPS
ESCALA: 1:10

Figura 1
Para a confecção deste marco deve-se utilizar uma forma metálica dotada de o
mesmo formato e dimensões do marco, conforme tipo de alças laterais. A forma
deve ter indicado a seguir:

10
cm cm
10

40 cm

18 cm
cm 18

Figura 2

c. Assentamento do Marco
• Abrir uma cava com 40 cm de lado até uma profundidade de 50 cm;

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III/30 23/01/2013
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
• Aterrar com argila fortemente compactada os primeiros 10 cm da vala;
• Assentar o marco sobre a cama de argila e preencher o restante da cava com
mesma argila fortemente compactada até uma altura que diste verticalmente
de 5 cm do bordo superior da cava;
• Confeccionar o passeio lateral com concreto traço 1:2:4, nas dimensões 0,40
x 0,40 x 0,05m, preenchendo com o concreto o restante da cava até facear o
terreno natural;
• Executar acabamento no concreto.
As Figuras 3 e 3a, a seguir, possibilitam a visualização deste procedimento.

Figura 3 - Esquema de assentamento do Marco


40 cm

40 cm

Vista superior do marco com a sapata de proteção lateral


Figura 3a - Situação em planta

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
d. Chapa Metálica do Marco GPS
A chapa é uma peça metálica (bronze ou alumínio) que identifica a estação. Define o
ponto de referência (origem das coordenadas) da estação, quando se encontra
engastada no topo de superfície estável do marco. As dimensões, formato e layout
da chapa, devem estar de acordo com a figura 4, a seguir:

E R M G
D

Figura 4

A fixação da chapa (figura 4) no marco deve ser feita no momento da concretagem


deste, introduzindo-a através de um pino de 60 mm de comprimento e 10 mm de
diâmetro na massa de concreto.
Este pino deve apresentar um furo de 3 mm de diâmetro, distante 10 mm de sua
base, para a introdução de um outro pino metálico transversal com diâmetro de 3
mm e comprimento mínimo de 100 mm, com o objetivo de maximizar sua fixação.
Para a confecção da chapa, devem ser observadas as especificações constantes na
Figura 4, onde estão cotadas as dimensões da chapa tais como, diâmetro (60 mm),
altura do prato (8 mm /3 mm), dimensões da haste de suporte (60 mm de
comprimento e 10 mm de diâmetro) e, diâmetro do furo transversal à haste para
trespasse do pino de segurança (∅ = 3 mm).
e. Legendas
As estações devem ser identificadas, através de legendas estampadas, com
numerador de aço, de 6 mm e de 8 mm, na chapa metálica especificada, conforme
indicado na Figura 4, contendo: o nome do DER/MG, o código do marco, o nome da
empresa executora e o furo delineado com um triângulo, para referência e
posicionamento dos equipamentos de topografia e GPS.
f. Posicionamento Físico dos Marcos Geodésicos
A posição do marco principal deve estar centralizada em relação à área do projeto e,
a partir dele devem ser implantados os marcos secundários.

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
Os marcos secundários devem ser distribuídos ao longo do trecho, observando-se
as condições topográficas locais, de modo que à distância de aproximadamente 5
km exista pelo menos um par de marcos geodésicos, a ser utilizado como ponto de
partida e chegada de quaisquer levantamentos topográficos a serem realizados;
principalmente, os serviços de implantação das poligonais de apoio.
Recomenda-se que estes marcos sejam posicionados fora da área de ação das
máquinas de terraplenagem, observando-se afastamento mínimo de 50 metros, da
diretriz determinada no estudo de traçado, selecionando-se local mais adequado às
condições de segurança, visibilidade e facilidade de utilização.
Devem ser observadas as condições de rastreio, de modo que o horizonte em torno
da antena receptora esteja desobstruído de quaisquer obstáculos, que dificultem a
captação de sinais dos satélites.
Também, deve ser evitado instalar qualquer tipo de marco geodésico, em locais
próximos a estações de transmissão de microondas, radares, antenas
radiorrepetidoras e linhas de transmissão de alta tensão, por representarem fontes
de interferência para os sinais GNSS.
g. Rastreamento dos Marcos Geodésicos (Levantamento GNSS)
Devem ser observadas as boas técnicas de posicionamento e rastreio, conforme as
“Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos – GPS” do IBGE, de
modo a garantir a precisão de 5 mm + 1 ppm para o marco principal ou 5 a 10 mm +
1 ppm, para os marcos secundários, conforme o caso.
h. Análise e Processamento dos Dados do Marco Geodésico Principal
O georreferenciamento do marco principal deve ser feito através da técnica
denominada Posicionamento Relativo Estático, ajustado ao Sistema Geodésico
Brasileiro, a partir dos vértices da Rede Fundamental definida anteriormente,
conforme as “Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos – GPS” do
IBGE;
Deve ser ajustado pelo Método dos Mínimos Quadrados – MMQ, com precisão de 1
sigma (1σ) e Erro Médio Quadrático (RMS) igual ou menor do que 100 mm, usando
como injunções os pontos da Rede Fundamental.
i. Análise e Processamento dos Dados dos Marcos Geodésicos Secundários
Os marcos geodésicos secundários devem ser definidos a partir do marco principal
através do método denominado Relativo Estático Clássico ou Relativo Estático
Rápido, conforme a técnica de posicionamento e rastreio utilizada, levando-se em
consideração as especificações do equipamento utilizado e a distância entre o
marco principal e o marco secundário em implantação, conforme as
“Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos – GPS”, do IBGE.
Devem ser utilizados receptores L1/L2, sendo que o comprimento da linha de base

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III/33 23/01/2013
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ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
pode ultrapassar 20 km, desde que atenda o nível de precisão recomendado para o
marco principal (5 mm + 1 ppm).
Obrigatoriamente deve-se apresentar a fixação das ambigüidades.
j. Relatórios dos Marcos Geodésicos
Os serviços de implantação de marcos geodésicos devem ser descritos em Relatório
Específico, contendo as seguintes informações:
• Descrição das operações de rastreamento, incluindo marca e tipo do
equipamento utilizado, tempo de rastreio, bases de referências e precisões
obtidas;
• Duas (2) fotos de cada marco implantado com o respectivo aparelho instalado
no mesmo; sendo uma foto em detalhe e outra foto do tipo panorâmica local;
• Croquis de localização e descrição sucinta do acesso ao local;
• Anotações de data, horário, altura da antena e condições de rastreio;
• Arquivos eletrônicos em formato RINEX;
• Memórias de cálculo, com indicação das precisões obtidas (monografia).
k. Implantação dos Marcos Topográficos das Poligonais de Apoio
A partir dos marcos geodésicos, após o estabelecimento das coordenadas
topográficas, devem ser implantados outros vértices topográficos, intervisíveis entre
si, que complementarão a poligonal de apoio do projeto.
Estes de marcos podem ser coincidentes com os RN’s implantados ou podem ser
implantados através de piquetes de madeira (“goiabão” ou similar tratado em
autoclave), de 6 cm x 6 cm x 20 cm, cravados com segurança e identificados através
de estacas testemunhas de madeira 4 cm x 2 cm x 40 cm, devidamente pintados na
cor branca. Devem ainda ser utilizadas estacas de bambu devidamente pintadas em
branco.
Devem ser implantados com distanciamento de 100 a 500 m entre si, permitindo-se,
excepcionalmente, um distanciamento de 50 a 1.300 metros.
Admite-se um erro relativo de fechamento linear de E = 1:20.000 e erro de
fechamento angular e = 8" (n)1/2, sendo ‘n’ o número de vértices da poligonal,
obrigatoriamente fechada no mínimo, a cada 5 (cinco) km, em pares de marcos
GNSS.
Todos os pontos de apoio devem ser nivelados e contra nivelados geometricamente,
admitindo-se erro de fechamento altimétrico e = 20 mm (k)1/2, onde ‘K’ é a extensão
nivelada em quilômetro, medida em um único sentido. Devem ser obrigatoriamente
fechados a cada 5 (cinco) km nos marcos geodésicos.

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
Os posicionamentos das linhas base devem ser criteriosamente analisados,
devendo estas, estarem obrigatoriamente afastadas, pelo menos 30 metros da
diretriz determinada no estudo de traçado, selecionando-se local mais adequado
dentro da faixa topográfica.
Em casos especiais, como em trechos de vegetação densa, desde que previamente
autorizado pelo Contratante, os vértices das poligonais podem estar localizados
próximos ao eixo projetado, desde que observado o seguinte procedimento:
• A cada 1 km de levantamento das poligonais, deve ser implantado um par de
marcos intervisíveis e equidistantes a, no mínimo, 30 metros do traçado
horizontal determinado;
• Esses marcos devem, obrigatoriamente, fazer parte da poligonal e nunca
serem implantados como simples amarrações;
• Para o cálculo das poligonais, as coordenadas obtidas no
georreferenciamento devem ser transformadas em coordenadas topográficas,
informando-se o Datum e o Meridiano Central, utilizados.
• As poligonais de apoio devem ser descritas em Relatório Específico,
contendo as seguintes informações:
• Método utilizado;
• Croquis de localização dos marcos;
• Memórias de cálculo das coordenadas dos marcos (N, E, Z);
• Respectivos fechamentos obtidos;
• Dados armazenados em arquivos eletrônicos de poligonais.
l. Nuvem de Pontos para Modelagem do Terreno
É exigida, especificamente para os produtos finais deste objeto o pleno atendimento
do Capítulo II do decreto nº. 89.817 de 20 de junho de 1984, que trata do controle de
qualidade do produto final abrangendo a classificação de uma carta quanto à sua
exatidão no que se refere à Classe A (Padrão de Exatidão Cartográfica A) para uma
escala de projetos rodoviários de 1:1. 000.
A varredura do aerolevantamento deverá abranger uma faixa de 500 metros de
largura ao longo da diretriz básica previamente aprovada pelo DER/MG (250 metros
para cada lado), podendo ser mais ampla, de acordo com o interesse do cadastro a
ser realizado. Devem ser restituídas todas as incidências de interesse do projeto,
especialmente:
• Pontes e viadutos;
• Grotas, cristas e fundos de talvegues;

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III/35 23/01/2013
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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
• Início e fim de cada aclive ou declive e quebras do terreno;
• Vias de acesso e vias laterais;
• Cercas e divisas;
• Culturas e atividades econômicas;
• Imóveis e edificações próximas à via;
• Serviços de utilidade pública (postes, torres elétricas);
• Sinalização Viária horizontal;
• Construções e benfeitorias 2;
• Início e fim de áreas urbanas;
• Valas e erosões;
• As cristas e pés de taludes e bancadas;
• Pontos de passagem, Cortes/Aterros;
• Início e fim de cada segmento ou trecho;
• Espécies vegetais de grande porte ou de relevância para a flora e meio
ambiente;
• Demais acidentes topográficos.
Além das exigências anteriores relativas aos levantamentos dos pontos de interesse
do projeto (cadastro) devem ser observados os critérios de aerofotogrametria,
adensamento mínimo de pontos para a modelagem do terreno para a perfeita
caracterização da topografia local, devendo atender aos seguintes parâmetros
estabelecidos pelo DER/MG:
l.1. Cobertura Aerofotogramétrica Digital
A cobertura aerofotogramétrica deve ser executada em conformidade com o
planejamento constante no plano de voo elaborado pela CONTRATADA e,
previamente, submetido à aprovação do DER-MG ou fiscalização indicada por esta.
Além deste, outros cuidados devem ser tomados, de forma a atender aos seguintes
itens:

2
Em áreas sujeitas à desapropriação e nos locais de travessia de aglomerados urbanos, o levantamento
topográfico deve ser estendido propiciando o cadastramento de todas as edificações e benfeitorias, cujas
remoções possam se fazer necessárias com a implantação do projeto. Deve ser feito levantamento de ocupação
ilegal da faixa de domínio, localizando-a e indicando a área ocupada.

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III/36 23/01/2013
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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
•A cobertura aerofotogramétrica digital deve ser executada de maneira a se obter
imagens aéreas na resolução geométrica de 15 cm, para uma faixa de 0,50 km
centrada no eixo diretriz;
•A aeronave a ser utilizada deve ser necessariamente de asa fixa (avião), estar
equipada com piloto automático e ter teto operacional mínimo capaz de suportar o
equipamento fotográfico e a tripulação, de forma, a não interferir na tomada das
fotos e na sua qualidade técnica, além de possuir receptor GPS para orientação da
tomada das faixas de voo;
•Para melhor qualidade da geometria do voo a câmera deve ser montada sobre uma
plataforma giroestabilizada para compensação das oscilações do avião durante o
voo, de forma que os ângulos residuais de verticalidade do eixo ótico sejam
inferiores a 3º, sendo de 2º a média por faixa. Além disso, deverá corrigir
automaticamente o ângulo de deriva, uma vez que a plataforma deverá funcionar
integrada ao sistema de gerenciamento de voo e o GPS/IMU.
•A unidade de medição inercial IMU/GPS deverá registrar continuamente os ângulos
de giros residuais da câmera (não absorvidos pela plataforma) a uma taxa mínima
200 Hz com uma precisão melhor ou igual a 0,015º, pós-processado, por meio de
um sistema triplo de giroscópios.
•O sistema também dotado de receptor GNSS geodésico de dupla freqüência L1/L2
deverá adquirir os sinais da constelação de satélites a uma taxa de 1 Hz, de tal
forma a possibilitar o processamento pós-voo e obtenção da posição do centro
perspectivo da câmera (X, Y, Z, φ, ω, κ) no momento da tomada da foto.
•A câmera aérea deve ser instalada na aeronave, de forma tal que, a objetiva não
seja atingida por respingos de óleos ou reflexos de raios solares. Caso haja vidros
fixos sob a objetiva, estes não devem apresentar distorções;
l.1.1. Câmera Aerofotogramétrica
Deve ser utilizada câmara aérea métrica equipada com sistema ótico para fins
cartográficos, não sendo admitida a utilização de câmeras de qualquer outro tipo.
Essa câmera métrica deve ser digital, que atenda aos requisitos a seguir:
•O sistema de gerenciamento de voo deverá permitir a visualização do voo em
tempo real, possibilitando a seleção das faixas e definição da melhor manobra para
cada entrada e saída de faixa, bem como a qualidade e continuidade dos dados
GPS/Unidade Inercial de Medição - IMU e funcionamento da plataforma.
•A gravação dos dados GPS/Unidade Inercial de Medição - IMU e demais
informações sobre o voo fotogramétrico deve ser gravado em unidade independente
de memória de tal forma que permita a cópia posterior para processamento.
•Deverá ter sistema de compensação de arraste FMC de forma a propiciar uma
melhor qualidade das imagens.

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III/37 23/01/2013
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ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
•Sensor de arquitetura matricial com quadro de exposição de largura mínima de
12.000 pixels.
•Capturar simultaneamente as bandas PAN, RGB e NIR em sensores
independentes;
•Resolução espectral mínima de 12 bits em cada banda espectral;
l.1.2. Especificações Gerais
•O tempo de exposição deve ser tal que o arrastamento da imagem não seja
superior a 20 mícrons na escala das fotografias;
•Deve ser apresentado certificado de calibração da câmera com data de no máximo
02 (dois) anos antes da data prevista para o voo, expedido pelo fabricante do
equipamento ou por órgão certificador devidamente habilitado;
•A direção aproximada do voo deve ser a que melhor se adapta à faixa a ser
mapeada, visando-se obter o menor número possível de faixas de voo e fotografias;
•A altitude de voo deve ser tal que permita a obtenção de fotografias com GSD de
15 cm, com variação máxima na altura de voo de 5% em relação ao plano médio do
terreno;
•A superposição lateral média entre as faixas contíguas deve ser de 30% (trinta por
cento), admitindo-se uma tolerância de ± 10% (dez por cento) desse valor, salvo
casos específicos.
•A superposição longitudinal entre fotografias sucessivas de uma faixa deve ser de
pelo menos 60% (sessenta por cento), admitindo-se uma tolerância de ± 10% (dez
por cento) sobre a porcentagem adotada.
•A inclinação entre o eixo ótico da câmera aérea e a vertical do lugar não deverá
ultrapassar 3 graus em cada exposição, desde que a inclinação média em toda a
área não seja superior a 2 graus;
•A deriva máxima para fotos de uma faixa deve ser de 5 graus, devendo a média da
faixa não ser superior a 2 graus;
•De forma a minimizar o efeito das sombras, o voo deve ser realizado em horário
local que atenda a exigência de altura solar mínima de 45 graus, a partir do
horizonte;
•O voo deve ser realizado em condições atmosféricas favoráveis, sem a incidência
de nuvens nas imagens;
•Em cada série de três fotografias, a superposição comum não deve ser reduzida a
menos de 90% das dimensões laterais de cada foto, pelo efeito de deslocamento
devido à deriva;

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III/38 23/01/2013
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
•Na direção das faixas de voo, as fotografias extremas devem formar, no mínimo,
um modelo estereoscópico fora do limite da faixa de mapeamento;
•Havendo interrupção de tomada de fotografias em uma determinada faixa, o
reinício das operações estará condicionado à superposição dos três últimos pares
estereoscópicos.
l.2. Aerotriangulação
Para a aerotriangulação devem ser empregadas estações digitais que garantam a
obtenção dos padrões de precisão e exatidão exigidos para cartas classe A na
escala da restituição (1:1.000), desde que respeitados os limites de tolerância
definidos.
O ajustamento da aerotriangulação deve ser realizado em programa computacional
de eficiência comprovada.
As cotas ortométricas dos pontos de apoio suplementar podem ser obtidas a partir
do conhecimento do desnível geoidal, interpolado do mapa geoidal relativo ou,
através, de nivelamento geométrico, que deverá ter início e fim em referências de
nível da rede de 1ª ordem do IBGE ou da Rede Planialtimétrica de Referência. O
transporte de cotas deve ser feito em circuitos fechados com erro máximo de
fechamento inferior a 8 mm k1/2, onde k é o comprimento do circuito expresso em
quilômetros.
Caso seja utilizado o Sistema Integrado de Orientação do Sensor, deve ser
apresentada uma relação contendo o nome das fotografias, com suas respectivas
orientações externas (x, y, z, ω, ϕ e κ).
Todos os pontos que apresentarem erros 2 (duas) vezes superiores aos indicados
acima devem ser desconsiderados e acrescidos novos pontos, de forma que a
geometria não fique prejudicada.
Devem ser feitas as anotações dos dados das observações GPS e do nivelamento
geométrico em formulário apropriado.
l.3. Restituição Planimétrica
A restituição deve ser executada de forma digital, a partir da cobertura
aerofotogramétrica com GSD de 15 cm, com detalhamento compatível com a
elaboração posterior de planta na escala 1:1.000, devendo conter todos os detalhes
que possam ser visados, identificáveis e passíveis de interpretação a partir da
fotografia aérea, a saber:
l.4. Perfilamento à Laser
Os serviços de perfilamento à laser compreendem a varredura do corredor de 0,50
km de faixa, centrado no eixo da rodovia, com o sensor a laser aerotransportado

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III/39 23/01/2013
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
para, posterior, elaboração de Modelo Digital de Terreno (MDT) e obtenção de
curvas de nível a cada 1,0 m, representadas em níveis em separado.
O perfilamento à laser deve ser realizado conforme especificações a seguir:
•Deve ser utilizada aeronave necessariamente de asa fixa (avião), devidamente
adaptada e homologada para operar com sensor a laser aerotransportado,
possuindo características de estabilidade, sustentação, teto de serviço,
autonomia de vôo e equipamentos de orientação e navegação compatíveis com
as prescrições do vôo a realizar;
•O sensor laser deve necessariamente ser multipulso e passar por processo de
calibração, previamente ou logo após a execução da cobertura aérea;
•A execução da operação de varredura não deve ser efetuada em condições de
chuva, neblina ou com ocorrência de nuvens em altura inferior à prevista de voo;
•Durante a aquisição do conjunto de pontos devem ser registrados, por meio de
um sistema de referência inercial (IMU - Inertial Measurement Unit) e sistema de
posicionamento global (GPS), os ângulos de inclinação e a posição da
aeronave, de modo que seja possível a determinação precisa da posição dos
pontos tridimensionais;
•Previamente à execução da cobertura aérea, deve ser realizado o alinhamento
entre o equipamento inercial e o GPS;
•Durante a operação de voo, não deverá haver mudanças bruscas no rumo da
aeronave ou na sua inclinação, superior a 18° em re lação ao plano horizontal;
•A CONTRATADA deverá associar as coordenadas dos dados adquiridos ao
SGB – Sistema Geodésico Brasileiro, para tanto, devem ser realizados os apoios
básicos em campo necessários para atingir a precisão e acurácia solicitada;
•A altura de vôo deve ser definida em função da densidade de pontos requerida,
da abertura de varredura e da precisão desejada, permitindo a obtenção de
fotografias com resolução espacial no terreno de no máximo 15 cm, e para o
laser devem ser obtidos no mínimo 2 (dois) pontos por metro quadrado.
•Deve ser considerada uma sobreposição de pelo menos 30% entre faixas de
voo, de modo a garantir a inexistência de vazios de levantamento;
•O plano de voo deve ser apresentado, previamente à execução da cobertura
aérea, pela CONTRATADA à CONTRATANTE ou à fiscalização indicada por
esta, devendo ser observada a altitude máxima de 2.000m (dois mil metros) para
a realização do levantamento e ângulo de varredura de 30º (trinta graus);
•A precisão planialtimétrica das coordenadas dos pontos obtidos no perfilamento
deve ser de 0,15 m, ou melhor, considerando pontos ao nível do solo isentos de

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III/40 23/01/2013
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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
vegetação e elementos não pertencentes ao solo (veículos, placas, postes, etc.),
para um intervalo de confiança de 2 σ ( intervalo de confiança de 95%).
•Pós-processamento: correção, com utilização dos dados registrados durante a
aquisição (IMU e GPS) das coordenadas tridimensionais dos pontos LASER, a
fim de se obter a máxima precisão;
•Filtragem: realização de filtragem da nuvem de pontos LASER com o objetivo
de separá-los em pontos que tocaram a superfície terrestre (MDT) e que
tocaram outros alvos terrestres.
l.5. Considerações Adicionais
Os estudos topográficos devem ser elaborados através de perfilamento com
laser scanner (LIDAR) e fotogrametria para a geração da base cartográfica digital
a ser utilizada na elaboração de projetos rodoviários.
Devem ser previstas quantas faixas de vôo forem necessárias para cobrir toda a
área objeto, segundo a densidade de pontos especificada, altura de vôo e
abertura de varredura. A varredura deverá abranger uma faixa de 500 metros de
largura ao longo da diretriz básica previamente aprovada pelo DER/MG, podendo
ser mais ampla, de acordo com a necessidade do cadastro a ser realizado.
Deve ser utilizado equipamento perfilador com freqüência mínima de operação
de 100 kHz, montado em aeronave homologada e preparada para operação com
sistemas LIDAR.
A unidade de medição inercial (IMU/GPS) deverá registrar continuamente os
ângulos de giros residuais da câmera (não absorvido pela plataforma) a uma taxa
mínima de 100 Hz com precisão melhor ou igual a 0,015 graus, pós-processado
em conjunto com receptor GNSS geodésico de dupla freqüência L1/L2 que grava
os sinais com taxa de 1 Hz.
A definição da abertura de varredura deverá levar em conta a densidade de
pontos no terreno e a presença de vegetação, de forma a maximizar a
penetração em regiões densas de mata.
Quando houver a necessidade de recobrimento fotográfico paralelo ao
perfilamento a Laser, as fotografias aéreas devem ser tomadas em dias claros,
sem nuvens e durante a execução do recobrimento aéreo devem ser observados
todos os critérios necessários para a sua realização.
Durante a realização do processo de aquisição das nuvens de pontos e imagens
de alta resolução, devem ser implantados marcos de apoio e o uso de GPS/RTK,
que tem como objetivos: associar coordenadas do sistema com um referencial
conhecido, relacionar as coordenadas conhecida ao sistema arbitrário do vôo e
auxiliar a materialização do projeto futuro. Para obtenção das precisões
esperadas devem ser utilizados marcos de apoio com uso de estação GPS/RTK

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ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
com distância recomendada entre marcos de 5 km (e no máximo de 20 km, caso
atenda as precisões estabelecidas).
Os pontos da Rede de Apoio Geodésico apresentarão coordenadas
planialtimétricas determinadas de acordo com o Sistema Geodésico Brasileiro. O
referencial altimétrico do IBGE coincide com a superfície equipotencial que
contêm o nível médio dos mares, definidos pelas observações maregráficas
tomadas na Baía de Imbituba-SC e referencial planimétrico adotado para o
cálculo da referida deve ser o SIRGAS2000.
Devem ser atendidas também as necessidades relativas aos Projetos de
Drenagem, Obras Complementares, Projetos de Obras de Arte Especiais e
Projeto de Meio Ambiente, observando-se o seguinte:
l.5.1. Levantamento Cadastral para Projeto de Obras de Arte Correntes
Nos locais de assentamentos das obras de arte correntes devem ser feitas as
irradiações dos pontos e coletadas as informações básicas; assim como, os
pontos do perfil do fundo e das encostas do talvegue, a crista do talvegue, em
relação ao lado montante e jusante do eixo, suficiente para a perfeita
caracterização do terreno e locação do bueiro.
Devem ser elaborados os croquis elucidativos dos levantamentos efetuados,
conforme definido em planilha específica, contendo o seguinte:
•Coleta de informações: devem ser coletadas informações sobre os
níveis máximos observados, com indicação da data do evento,
baseados nas informações dos moradores locais e nos vestígios das
ocorrências;
•Máximas cheias: os locais de máximas cheias devem ser nivelados,
indicando-se as posições nos croquis.
l.5.2. Cadastramento de Bueiros Existentes
O cadastramento das obras existentes (bueiros de grotas e de greide) deve
ser feito conforme documento específico do Contratante (vide ANEXO).
Deve indicar o tipo de seção de bueiro, com a identificação de posição da
obra amarrada à poligonal básica e levantamento de todos os pontos de crista
do aterro, de pontos intermediários do talude, das extremidades (topo e
fundo) e de quaisquer outros pontos necessários.
Para auxiliar a visita do projetista, antes da locação do trecho, deve ser
cravada uma estaca testemunha em cada bueiro, com indicação do
quilômetro referencial do estudo para o projeto, posicionada em local visível e
amarrada à poligonal.

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
Deve ser anotado o tipo de bueiro (simples ou múltiplo; tubular ou celular; de
concreto ou metálico), o diâmetro do tubo, se existem ou não alas e/ou caixa
coletora, a seção do tubo que realmente trabalha, bem como a medida da
altura do espaço livre. Igualmente devem ser coletadas informações
disponíveis sobre o funcionamento da obra, ou seja, se a mesma trabalha
afogada ou se é visivelmente insuficiente.
Devem ser utilizadas as seguintes abreviaturas para indicação do tipo da
obra:
Tabela II
Abreviaturas segundo o Tipo de Obra
Simples (BSTC)
Bueiro Tubular de Concreto Duplo (BDTC)
Triplo (BTTC)
Simples (BSTM)
Bueiro Tubular Metálico Duplo (BDTM)
Triplo (BTTM)
Simples (BSCC)
Bueiro Celular de Concreto Duplo (BDCC)
Triplo (BTCC)

l.5.3. Levantamento Cadastral para Projeto de Obra de Arte Especial


Os estudos topográficos necessários aos Projetos de Obras de Arte
Especiais (OAE) devem atender o seguinte procedimento:
Para os locais de assentamentos das obras de arte especiais, devem ser
feitas as irradiações e coletados os pontos do perfil do fundo do curso d'água,
através de levantamentos diretos ou batimétricos, conforme o caso, tanto à
montante quanto à jusante do eixo, para obtenção de informações suficientes
para a perfeita caracterização dos relevos do entorno e da linha d’água.
É obrigatório o levantamento das OAE existentes. Devem ser elaborados
croquis elucidativos dos levantamentos efetuados.
4.2.3. Segunda Fase dos Serviços Topográficos
A segunda fase dos serviços topográficos consiste na locação, nivelamento e contra
nivelamento geométrico do eixo de projeto.
Além da materialização do eixo locado exige-se complementarmente, a marcação de
off-set, com colocação de piquetes, devidamente identificados por estacas
testemunhas, obedecendo-se os seguintes critérios:
A segunda fase dos serviços topográficos consiste na locação, nivelamento e contra
nivelamento geométrico do eixo de projeto.
Além da materialização do eixo locado exige-se complementarmente, a marcação de
off-set, com colocação de piquetes, devidamente identificados por estacas
testemunhas, obedecendo-se os seguintes critérios:

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
• Devem ser locados todos os pontos notáveis do traçado geométrico (PC, PT,
TS, SC, CS, e ST) e identificados os pontos de cruzamento com outras
rodovias;
• O eixo de projeto deve ser piqueteado de 20 em 20 metros e de 10 em 10
metros, nas curvas de raio menores do que 200 metros, nivelado e contra
nivelado geometricamente;
• Em todos os piquetes implantados devem ser colocadas estacas
testemunhas. As estacas devem ser constituídas de madeira de boa
qualidade ou bambu, pintadas na cor branca (aprovados pelo DER/MG) e
identificadas com inscrições em vermelho, escritas de cima para baixo,
localizadas sempre à esquerda da diretriz da rodovia no sentido crescente do
estaqueamento, com a identificação voltada para o piquete;
• As estacas testemunhas devem ser previamente preparadas, pintadas e
identificadas;
• Após a locação do eixo e de posse da seção tipo e da nota de serviço do
projeto, deve ser providenciada a marcação de off set’s através do método de
locação por coordenadas a partir de estadimetria (estação total).
• Para a realização deste serviço, devem ser cravados no solo, piquetes e
estacas testemunha, em conformidade com o padrão definido pelo
Contratante. Nas estacas testemunhas deve ser pintada em tinta vermelha, a
inscrição da letra “A” para indicação de aterro e “C” para indicação de corte,
sem a necessidade de inscrição de cota (corte/aterro).
• Os off sets devem ser materializados a cada 20 metros na tangentes, a cada
10 metros nas curvas com raios de curvatura menores que 200 metros.
• Devem ser implantadas referências de nível (RNs), de 500 em 500
(quinhentos) metros e nas obras de arte especiais. Na hipótese dos vértices
de apoio (marcos principais e secundários) não atenderem essa condição
devem ser implantados novos marcos de concreto, amarrados à poligonal de
apoio, para suprir essa exigência;
• A tolerância de fechamento, correspondente à diferença máxima aceitável
entre as RNs deve ser: e = 20 mm. (K) ½ , onde “ k” é a extensão nivelada em
quilômetros, medida num único sentido;
• Os materiais a serem utilizados (piquetes, estacas e marcos de RNs) devem
estar em conformidade com o padrão definido pelo Contratante, apresentado
no item 4.2.1.1 (Marcos Geodésicos);
• Durante a locação de eixos e marcação de off-sets deve ser feito o
levantamento das seções transversais a cada 20 metros nas tangentes e a

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
cada 10 metros nas curvas com raios de curvaturas menores do que 200
metros.
• O levantamento das seções transversais deve ser realizado através do
método de estadimetria, com a utilização de Estação Total, pelo processo de
irradiação de pontos, abrangendo uma faixa de levantamento compatível com
o projeto.
• O levantamento deve ser ortogonal ao eixo locado (estaqueamento de 20 em
20 metros em tangentes e de 10 em 10 metros nas curvas de raio menores
do que 200 metros), com largura equivalente à dimensão do off-set
(corte/aterro) de cada estaca acrescida de 5 metros para cada lado. Deve-se
considerar, portanto as determinações presentes na nota de serviço do
projeto, ressaltando-se que o último ponto irradiado para cada seção deverá
estar posicionado precisamente a 5 metros do ponto de off-set materializado
em ambos os lados.
• Somente devem ser irradiados pontos por estadimetria a partir dos vértices da
poligonal (principal) ou de vértices auxiliares (poligonais de secundárias), com
o objetivo de formar uma nuvem de pontos que caracterizem adequadamente
e com a devida precisão a topografia de cada seção transversal. Ressalta-se
que devem ser cadastrados os mesmos elementos da fase inicial dos estudos
topográficos, citados no item de Estudos Topográficos deste volume.
• Após novo processamento, os arquivos do levantamento de seção
transversal, nivelamento e contranivelamento, devem ser incorporados ao
projeto e ser entregues à Diretoria de Projetos em arquivos digitais, em
formatos: IRRAD e desenhos com extensões DSO ou DWG.
4.2.4. Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais
Os serviços topográficos destinados a obras civis e industriais possuem as mesmas
características e exigências técnicas observadas para as fases de diagnóstico e
implantação de marcos de apoio.
Entretanto, os levantamentos planialtimétricos cadastrais, possuem características e
exigências técnicas diferenciadas.
a. Implantação de Marcos de Apoio para Levantamentos Topográficos
destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais
Para a implantação de marcos de apoio, destinados aos projetos de obras civis e
industriais, devem ser utilizados os mesmos recursos e deve ser observada a
mesma produtividade adotada para implantação de marcos de apoio para projetos
de rodovias.

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
b. Levantamento Planialtimétrico Cadastral para Obras Civis e Industriais
Aos levantamentos planialtimétricos cadastrais destinados a projetos de obras civis
e industriais, além das especificações adotadas para os levantamentos cadastrais
destinados a desenvolvimento de projetos rodoviários, deve-se acrescentar as
seguintes exigências:
• Detalhamento das vias de acesso existentes, incluindo: dimensões e tipos de
calçadas e meios-fios;
• Detalhamento de caixas coletoras de águas e esgotos, incluindo dimensões,
tipos de tampa, cota de topo e fundo, diâmetro e nível das geratrizes dos
tubos de entrada e saída existentes;
• Localização, tipo, espessura e altura dos postes de telefonia e eletricidade
existentes;
• Localização, tipo e dimensões de caixas de passagem e distribuição, quadros
de luz e sistemas de comunicação existentes;
• Detalhamento das divisas e muros, incluindo: tipo, comprimento, espessura,
altura e estado de conservação;
• Localização de dutos subterrâneos de: gás, energia elétrica e comunicação;
• Levantamento das edificações residenciais, comerciais, industriais,
eclesiásticas e de serviços públicos existentes, incluindo: localização, tipo,
dimensões horizontais e verticais, cota do piso de entrada e estado de
conservação.
4.2.5. Serviços de Locação de Sondagens, Tubulões e Pilares
Os serviços de locação de furos de sondagens, tubulões e pilares, devem ser
executados com todas as exigências especificadas para os demais serviços
topográficos, indicados acima.
4.2.6. Apresentação dos Serviços Contratados
Devem ser entregues os seguintes arquivos digitais referentes ao perfilamento
a laser e o vôo aerofotogramétrico:
•Relatório técnico conclusivo dos trabalhos desenvolvidos na etapa de
apoio suplementar contendo relação das coordenadas UTM em
SIRGAS-2000 e altitude dos pontos de apoio;
•01 (uma) coleção contendo os arquivos digitais das ortofotocartas,
resolução espacial de 15 cm (ou melhor) em formato TIFF
georreferenciado (TFW);
•Relatório de aerotriangulação contendo as leituras dos pontos por

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
modelo, processamento dos cálculos, erros residuais, valores finais
ajustados e Lista de coordenadas UTM dos pontos determinados;
•Relatório Digital de Nivelamento e Contranivelamento e Relatório de
Cálculo de Poligonal.
•Monografias e descrições detalhadas das localizações e acessos aos
vértices implantados das RN e vértices empregados em campo;
•Relação das coordenadas UTM dos pontos de apoio suplementar;
•01 (uma) coleção dos arquivos vetoriais planimétricos cadastrais
recortados em folhas na escala 1:2.000 (ou inferior), formato SHP e
DWG;
•01 (um) arquivo vetorial com todos os arquivos planimétricos
cadastrais da restituição integrados (Base Única) nos formatos SHP e
DWG
•1 (uma) coleção de arquivos digitais contendo o modelo digital do
terreno (MDT) e o Modelo Digital de Elevação (MDE) nos formatos
vetorial ASCII, raster Geotiff e DWG com resolução espacial de 0,5
metros;
•A coleção de arquivos contendo o modelo digital do terreno (MDT) no
formato DWG deverá ter curva de nível com eqüidistância de 1 metro
em formato vetorial .shp e .dwg, e não pode ser gerada
automaticamente através de interpolação
•Mapa de declividade, imagem de intensidade e imagens digitais
Hipsométricas.
•Mapa Síntese de Desapropriação contendo levantamento de
construções ou benfeitorias, ao longo da faixa de cadastro incluindo
vetorização do perímetro das benfeitorias e áreas.
•O conjunto de arquivos digitais com toda a informação vetorial deverá
estar restituído e organizado em camadas (layers) de acordo com as
categorias restituídas, contendo toda a área restituída, no formato .shp
e dwg (em versão definida pelo DER/MG).
Devem ser entregues em papel os seguintes itens:
•Plantas no formato A3, compostas pela combinação de ortofotos com
curvas de nível de 1 em 1 metro, com os elementos da faixa restituída
na escala de 1:2000;
•Plantas no formato A3, compostas pela combinação de imagens
hipsométricas e de intensidade LASER (registro da perda de

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
intensidade do feixe LASER). As imagens hipsométricas devem ser
geradas tendo por base uma escala de cores relacionada à variação da
altitude dos pontos em cada folha na escala de 1 : 2.000.

V. DEFINIÇÕES
• Topografia: é a ciência e arte de caracterizar graficamente o relevo de uma
porção de terreno, baseado na trigonometria plana, obtida a partir do levantamento
com utilização de instrumento óptico de precisão para medição angular e linear. A
topografia define com precisão as medidas de área, a variação dos níveis, o
alinhamento do objeto cadastrado, o eixo de locação, as seções transversais, o
cadastro do objeto e permite, ainda, definir volumes em geral;
• Estação Total: é o equipamento eletrônico de precisão utilizado para obtenção
de distâncias, coordenadas e ângulos horizontais e verticais. É capaz de armazenar
os dados, a serem posteriormente descarregados no sistema computacional, para
serem operados em software topográfico ou para serem armazenados e
transportados do campo para o escritório;
• Receptor GNSS de precisão: é o equipamento eletrônico de precisão geodésica
que recebe os sinais emitidos pelos diversos satélites que compõem o sistema
GNSS (Global Navigation Satellite System) e determina a posição espacial,
fornecendo coordenadas terrestres, através de técnicas diversas;
• Receptor GPS de Navegação: é o instrumento portátil ou de navegação utilizado
para posicionamento e obtenção de coordenadas de precisão adequadas para
diagnósticos iniciais e cadastros expeditos de pontos de interesse;
• Nível de Precisão: é o instrumento para execução de nivelamentos geométricos;
• Teodolito: é o instrumento ótico com dispositivo para medição de ângulos
horizontais e verticais, destinado à execução de serviços topográficos
convencionais;
• Ecobatímetro: é o instrumento de precisão utilizado para levantamentos
batimétricos, fornecendo cotas submersas, através de ondas sonoras;
• Barco: é o acessório utilizado para serviços de batimetria em cursos de água de
médio e grande porte;
• Softwares: são os aplicativos para coleta e processamento de dados de
topografia e desenvolvimento de projetos, dotados de módulos para processamento
de cálculos de coordenadas, volumes de terraplenagem, projetos e elaboração de
notas de serviço, possibilitando tratamento gráfico compatível e fornecimento de
arquivo digital em formato definido pelo Órgão Contratante;
• IBGE: é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Órgão da Administração
Pública Federal, responsável pela gestão do Sistema Geodésico Brasileiro, pelo

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
banco de dados estatísticos do território nacional, dentre outras atividades;
• RBMC: é a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo – Estações do IBGE, com
coordenadas conhecidas, dotadas de receptores GNSS monitorados continuamente,
cujas leituras são disponibilizadas para os usuários para ajustes de seus
posicionamentos;
• Marco Geodésico: é o marco de concreto, com pino de referência e placa
metálica de identificação, georreferenciado ao Sistema Geodésico Brasileiro, através
de receptores e técnicas GNSS de precisão. Tem como objetivo referenciar todos os
serviços topográficos de levantamento, demarcação, implantação e
acompanhamento de obras de engenharia em geral;
• Marco Principal: é o marco geodésico centralizado em relação à área do projeto
e ajustado ao Sistema Geodésico Brasileiro através do método relativo estático
clássico, adotado pelo IBGE. Esse ajustamento é feito a partir dos vértices da Rede
Fundamental;
• Vértices da Rede Fundamental são aqueles que compõem a Rede Ativa
RBMC/RIBaC (RIBaC – Rede INCRA de Bases Comunitárias) e as Redes Passivas
GNSS homologadas pelo IBGE.
• Marcos Geodésicos Secundários: são marcos geodésicos ajustados ao Marco
Principal através do método relativo estático clássico ou estático rápido, conforme o
caso;
• Altura Geométrica (h): é a distância de um ponto situado na superfície física
(topográfica) até a superfície elipsoidal, sendo também conhecida como altitude
geométrica. É a grandeza obtida diretamente pelo GNSS;
• Altura Ortométrica (H): é a distância de um ponto situado na superfície física
(topográfica) até a superfície geoidal (superfície equipotencial que mais se aproxima
ao nível médio não perturbado dos mares, prolongado sob os continentes, também
conhecido como Referência de Nível), conforme Fig. 1. Está vinculada ao campo de
gravidade da Terra e tem, portanto, um comportamento não definido
matematicamente.

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos

Figura 1
Relação entre as superfícies elipsoidal e geoidal.

Nota: Várias pesquisas vêm sendo realizadas no sentido de dotar o GNSS da


capacidade de proporcionar altitude ortométrica. Neste sentido o IBGE disponibiliza, em
seu site, a versão MAPGEO2004, com acurácia da ordem de 0,5 m, em grande parte
do território brasileiro. Para o transporte de altitude por tecnologia GNSS, a ondulação
(N) deve ser obtida, a partir da interpolação do programa MAPGEO2004 ou àqueles
recomendados pelo IBGE. A Fórmula utilizada para este fim é: H= h-N
• Precisão: é o nível de consistência entre os valores observados, sua
repetibilidade ou grau de dispersão;
• Acurácia: é o grau de aproximação de uma grandeza ao seu valor verdadeiro;
exatidão de uma operação;
• RINEX (Receiver Independent Exchange Format): é o formato utilizado para
integrar dados de receptores de diferentes fabricantes;
• Multicaminho: é o recebimento de sinal vindo de vários caminhos diferentes, em
linguagem GNSS. Ocorre quando o sinal transmitido pelo satélite é refletido por
superfícies interferentes, fazendo com que o receptor colete tanto as ondas
transmitidas diretamente pelos satélites, quanto àquelas vindas indiretamente.
• Ambigüidade (N): é o número inteiro de ciclos da onda imediatamente antes do
início do rastreio, em linguagem GNSS, cuja determinação requer tempo adicional
de observação.
• Laser Scanner 3D (LIDAR): método para a determinação de coordenadas
tridimensionais de pontos na superfície da terra. Seu funcionamento baseia-se na
utilização de um pulso de laser que é disparado na direção da superfície. Ao atingir a

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos
superfície, parte do sinal emitido é refletida na direção do sensor. O sensor mede
tanto a intensidade do sinal de retorno, como também o tempo decorrido entre a
emissão e a captação do retorno, que é usado para calcular a distância sensor-
objeto, considerando que o pulso laser se propaga à velocidade da luz. Com base
na distância entre o sensor e a superfície da terra e a orientação do raio, é
determinada a posição tridimensional do local de onde o raio é refletido. Como a
varredura é efetuada a partir da aeronave, junto com a superfície do terreno outros
objetos acima da mesma, como a copa das árvores e telhados, são medidos. Esse
tipo de sistema também é chamado de “LIDAR” (Light Detection And Ranging).

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos

ANEXO

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