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Aos sete dias do mês de abril de dois mil e dez, às doze horas e trinta minutos, no
Plenário "D. Pedro I" da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, realizou-se
a Primeira Reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito constituída pelo ato nº
13, de 2010, com a finalidade de "investigar supostas irregularidades e fraudes
praticadas contra cerca de três mil mutuários da Cooperativa Habitacional dos
Bancários do Estado de São Paulo - BANCOOP, e propor soluções para o caso", da
Quarta Sessão Legislativa, da Décima Sexta Legislatura, sob a presidência do
Deputado Samuel Moreira. Presentes os Senhores Deputados Bruno Covas,
Vanderlei Siraque, Vicente Cândido, Ricardo Montoro, Estevam Galvão, Chico
Sardelli, Waldir Agnello e Roberto Morais (efetivos). Também presente o Senhor
Deputado Antonio Mentor. Havendo número regimental, o Senhor Presidente abriu
a reunião e designou o Deputado Bruno Covas para a relatoria da CPI. O Deputado
Bruno Covas agradeceu ao Presidente a confiança nele depositada. Pela ordem, o
Senhor Deputado Vanderlei Siraque reclamou da falta de equilíbrio de forças entre
as representações da maioria e a da minoria na composição da CPI. Pela ordem, o
Senhor Deputado Vicente Cândido acrescentou que a minoria também quer
colaborar com os trabalhos da CPI. O Senhor Presidente informou que havia seis
requerimentos a serem apreciados. Pela ordem, Deputado Vicente Cândido
manifestou-se contrariamente à apreciação dos requerimentos e apresentou
Questão de Ordem pelo não cumprimento do artigo 46 do Regimento Interno, que
prevê a publicidade com 24 horas de antecedência. O Deputado Vanderlei Siraque
advertiu que a legalidade dos atos da CPI poderá ser questionada se os
procedimentos institucionais não forem seguidos. Estabeleceu-se um debate sobre
a possibilidade de serem aceitos requerimentos verbais, uma vez que estes são
previstos no artigo 162, inciso II, alínea "a", do Regimento Interno. Ante o
impasse, ficou decidido que a CPI apresentará Questão de Ordem à Presidência da
Casa para resolver a questão. O Presidente salientou a importância de ser
estabelecido o consenso, com vistas a buscar agilidade nos trabalhos da CPI. O
Presidente foi informado da presença do Senhor Marcos Migliaccio, Conselheiro da
Associação de Vítimas Bancoop, que trouxe documentos a serem entregues à CPI.
O Senhor Presidente recebeu a documentação e, após solicitação do Deputado
Vanderlei Siraque, foram providenciadas cópias aos Deputados presentes. Na
sequência, o Presidente indagou sobre a conveniência de as reuniões serem
realizadas às terças-feiras, às 11 horas. Pela ordem, o Deputado Vanderlei Siraque
propôs que sejam feitas duas reuniões semanais, às terças-feiras e às quartas-
feiras, tendo em vista a exiguidade do prazo para a conclusão dos trabalhos. Após
discussão, decidiu-se pela realização das reuniões às terças-feiras e, quando
houver necessidade, convocar-se-á outra reunião às quartas-feiras. Nada mais
havendo a tratar, antes de dar por encerrados os trabalhos, o Senhor Presidente
convocou reunião para o dia treze de abril, às 11 horas. A presente reunião foi
gravada pelo Serviço de Audiofonia e após transcrição passará a fazer parte
integrante desta Ata, que eu, Fátima Mônica Bragante Dinardi, Agente Técnico
Legislativo, lavrei e assino após sua Excelência. Aprovada em reunião de
13/04/2010.
O SR. BRUNO COVAS – PSDB – V.Exa. poderia ler o trecho? A resposta diz
se houver acordo ou não?
O SR. – Mas pra esse deputado não existe acordo Sr. Presidente, eu já estou, eu
já fiz uma questão de ordem, eu quero, eu solicito a V.Exa. que seja dado conhecimento
com 24 horas de antecedência para que eu possa analisar com as cópias de todos os
documentos que foram apresentados a esta CPI. Então não tem acordo Sr. Presidente.
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O SR. PRESIDENTE – SAMUEL MOREIRA – PSDB – Nós já
percebemos que não tem acordo.
Deputado Bruno Covas.
O SR. – Sr. Presidente, convoca uma reunião para amanhã para que nós
possamos convocar o senhor João Vaccari Neto e o senhor José Carlos Blat, amanhã 24
horas ao final desta reunião.
O SR. RICARDO MONTORO – PSDB – Esse requerimento que foi feito ele
foi publicado com 24 horas de antecedência?
O SR. – Não, não, é tornar público. Afixar no mural à vista de todos na Casa.
O SR. – Eu queria apenas com a anuência do Sr. Presidente dizer que nós
estamos dando publicidade a todos os atos desta CPI e de outras também. Temos hoje
anunciado nos meios de comunicação da Assembleia, Diário Oficial, o Cliping, TV
Assembleia que dá cobertura. Então qualquer informação, qualquer deliberação dessa
Comissão ela está sendo amplamente divulgada. E eu insisto no aspecto de que nós
devemos fazer realmente com que os requerimentos possam ser apreciados sim no
decurso da nossa reunião para que nós tenhamos de fato condições ouvir alguém,
analisar o depoimento de alguém de imediato fazer um encaminhamento para que na
próxima reunião seja ela uma semana, dois dias ou três dias nós tenhamos então
condições de ouvir outras pessoas envolvidas no processo. Senão nós vamos ficar na
semana seguinte só faz convocação, para na outra semana ouvir a pessoa. Então são
duas semanas de retardo do andamento dos trabalhos.
O SR. VICENTE CÂNDIDO – PT – Ele não vai ficar com o senhor, ele faz
parte da Comissão a partir de agora. Ele é de conhecimento da Comissão. O verbal pela
praxe das Comissões se verbaliza e se apresenta para as Comissões por escrito para
deliberação na próxima reunião, não tem como. Se eu quiser pedir vistas está claro isso.
Acata a questão de ordem do deputado Estevam Galvão e vamos trabalhar.
Vamos gastar energia nas coisas mais importantes.
O SR. BRUNO COVAS – PSDB – Então Sr. Presidente, por favor. Pode
qualquer um desses três cooperados comparecer na próxima reunião, ou até mesmo já
combinado de forma que na própria convocação da reunião conste que eles irão prestar
depoimento, que eles venham aqui, que eles prestem juramento, que eles façam a sua
explanação, que eles respondam as perguntas dos deputados, se essa prestação é oficial
ou precisa anteriormente ser aprovado o requerimento?
O SR. – Só para colaborar Sr. Presidente. O Artigo 28 permite que se atenda sim
a colocação do nosso colega deputado Bruno Covas. Pode sim, acho que uma entidade,
principalmente se estiver representando uma entidade pode vir e participar da reunião,
só não tem direito a voto.
O SR. – Sr. Presidente, sugiro ao deputado Bruno Covas que também faça por
escrito essa solicitação, porque ela tem uma relevância, ela tem um grau de polêmica.
Esse artigo não responde a questão de ordem do deputado Bruno Covas.
O SR. – Só pra gente entender melhor para não ter problema mesmo. É possível
a pessoa comparecer espontaneamente desde que comunique V.Exa. e V.Exa. nos
comunique com 24 horas de antecedência. É isso que eu estou entendendo aqui com a
pergunta do deputado Bruno Covas.
O SR. – Acho que uma questão de ordem também aqui, deputado Bruno Covas,
seja qualquer cidadão, não é o Presidente que vai escolher quem ele dá publicidade
quem ele não dá publicidade. Porque senão aí vem alguém ele dá publicidade aos
deputados, vem outro e ele não dá publicidade. Então que fique claro qualquer cidadão
fica V.Exa. com um ato vinculado.
O SR. BRUNO COVAS – PSDB – O que eu disse a V.Exa. foi muito claro, na
convocação da reunião constará quem serão os ouvidos. Bem claro, é bem claro.
O SR. BRUNO COVAS – PSDB – Sr. Presidente nós não temos na reunião de
hoje nenhum requerimento verbal solicitando convocação. O que tinha o deputado
Ricardo Montoro retirou. De forma que havendo divergência aqui neste plenário seria
prudente então que V.Exa. formulasse então questão de ordem ao Presidente da Casa,
no plenário da Casa, e daí estaríamos perguntando se esta resposta dada em 2005 ainda
está válida, e válida para as Comissões Parlamentares de Inquérito, de forma da gente
ter resolvida essa questão dos requerimentos verbais. Não precisamos deliberar agora.
Vamos fazer uma questão de ordem a Presidência da Casa, o Presidente da Casa orienta
como é o trabalho, e aí não precisamos enfrentar esse assunto agora, porque nós não
temos requerimento verbal apresentado.
O SR. – Entregar tudo bem, agora fazer uso da palavra acho que não.
O SR. – Isso é uma CPI Sr. Presidente, não é uma audiência pública.
O SR. – Acho até que nós não estamos preparados neste momento para fazer até
questionamentos. Pra mim seria receber a documentação, e se for mais de uma pessoa
que queira vir prestar depoimentos que conste na próxima convocação.
O SR. – Solicito o documento de imediato Sr. Presidente, já que foi aceito aqui,
ou se protocola....
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