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SUMÁRIO
UNIDADE I
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
UNIDADE II
MODALIDADES DE APRENDIZAGEM
Habilidades de aprendizagem;
Estratégias de aprendizagem;
UNIDADE III
ENFOQUES DE APRENDIZAGEM;
UNIDADE IV
ESTILOS DE APRENDIZAGEM.
UNIDADE V
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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OBJETIVOS DO CURSO:
OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM:
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UNIDADE I
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educativo, que tende a valorizar o aluno, a chamada visão apriorística,
ou o professor, a chamada visão empirista, ou ainda a visão que
propõe a interação entre aluno e professor, a chamada visão
interacionista. Tais concepções fazem avançar, retardar ou até impedir
que a aprendizagem se produza, quando os implicados no processo
educativo se inclinam mais a uma perspectiva em detrimento de outra,
ou quando realizam uma leitura simplista do significado destas visões,
porque é "moda" ou são "obrigados" a assumi-Ias em defesa de seu
trabalho.
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Dentro desta perspectiva, podemos encontrar vários autores que
abordam aspectos diferentes e complementares, o que mostra que a
pesquisa sobre aprendizagem é um movimento em constante constru-
ção. Igual aos teóricos do comportamento, os autores que apresentam
uma visão cognitivista da aprendizagem são vários, mas destacarei
alguns dos mais citados na área da Psicologia da Educação e nas
pesquisas que se referem ao tema em estudo.
DO PARADIGMA COMPORTAMENTAL
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Convido o leitor, na visita a cada um dos autores, a conhecer,
embora brevemente, a concepção de aprendizagem adotada por eles,
nunca esquecendo a influência cultural de suas posições e pesquisas
e do quão foram necessárias para a compreensão atual da mente
humana em toda a sua complexidade.
IVAN PAVLOV
JOHN WATSON
BURRHUS SKINNER
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Skinner define aprendizagem como uma mudança na
probabilidade da resposta. Na grande maioria dos casos, esta
mudança é causada por condicionamentos operantes.
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é necessário uma escola com muita disciplina, burocracia e
autoritarismo. O controle da situação de aprendizagem parte de fora
para dentro, impedindo o sujeito aprendente de tomar consciência de
sua ação. É o caso de uma criança da primeira série que, ao lhe
perguntar o que faz quando escreve errado, responde: “A professora
fala que está errado, eu vou lá e arrumo".
Paradigma Cognitivista
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pensamento, do sentimento, da ação e da interação". (PORTILHO e
BARBOSA, 2007)
ROBERT GAGNÉ
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O avanço na sua proposta está no fato de que para que ocorra a
aprendizagem, o sujeito deve experimentar uma transformação
(aprendizagem ativa), desde a aprendizagem de signos e sinais até a
aprendizagem de resolução de problemas, como será exposto a
seguir.
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ser caracterizadas por uma sequência (continuidade dos elos),
transcorrendo um breve espaço de tempo entre o estímulo que conduz
a pronúncia da palavra e as respostas;
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ser utilizado um estilo de aprender por analogias, ou seja, aquela
aprendizagem que nos permite relacionar ou encontrar semelhanças
nos fatos e nas situações estudadas.
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novos, a pessoa será capaz de resolver problemas novos, adquirindo
uma reserva de habilidades. É o caso, por exemplo, do estudante ao
fazer um resumo, uma dissertação ou quando reúne argumentos para
apresentar um ponto de vista. A resolução de problemas resulta da
aquisição de novas ideias que multiplicam a aplicabilidade dos
princípios previamente aprendidos e estimulam novas habilidades que,
por sua vez, incitam a um pensamento mais elaborado.
ALBERT BANDURA
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Segundo Bandura, a conduta está regulada, além dos fatores
biológicos, por três sistemas diferentes:
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linguísticas.
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professor é muito importante, não tanto pela apresentação constante
de modelos de conduta, verbais ou simbólicos, como pela eficácia da
consistência dos modelos, da adequação destes às competências dos
alunos, da interação afetiva entre os alunos e o próprio professor,
assim como pela efetividade dos procedimentos que o professor
coloca em jogo na apresentação dos modelos. Os companheiros da
sala também podem ser um recurso importante.
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pelos resultados que esta produz;
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atrativas que as pessoas não executam porque se consideram
incapazes para realizá-las.
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competências cognitivas e auto-reguladoras para que possamos
desempenhar os diferentes papéis que ocupamos e manejar as
demandas da vida contemporânea. Também salienta que o rápido
ritmo empregado pelas mudanças tecnológicas e o acelerado
crescimento do conhecimento exigem a capacidade para a
aprendizagem autodirigida. Acrescenta que um dos principais fins da
educação formal deveria ser o de equipar os estudantes com
instrumentos intelectuais, crenças de eficácia e interesse intrínseco
para educar a si mesmo durante toda sua vida. (BANDURA)
JEAN PIAGET
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tarefa a ser desenvolvida.
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para crianças de culturas semelhantes. Existem culturas nas quais o
período pré-operatório, por exemplo, dura mais tempo em que outras.
São estes períodos chamados de estádios do desenvolvimento que,
por sua vez, descrevem a evolução do raciocínio.
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fonte deste desenvolvimento. Para poder assimilar a linguagem, é
necessário um instrumento de assimilação anterior. Geralmente, o
desenvolvimento operatório precede a expressão verbal. A linguagem
parece estar dominada pelo sujeito somente quando as estruturas
necessárias de uma lógica verbal tenham sido adquiridas, isto é, por
volta dos doze anos. O meio social pode enriquecer a verbalização,
mas isto não permite que determinemos o nível de estruturação lógica
desenvolvido. A participação da linguagem na estruturação lógica
precisa, para este autor, de estudos e experiências que demonstrem
sua influência neste desenvolvimento.
JEROME BRUNER
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O ensino, por meio dos professores, deveria preocupar-se com
os distintos aspectos que fazem parte do processo de aprendizagem,
incluindo desde a seleção do conteúdo a ser ministrado até os
recursos utilizados na hora de ensinar, como exemplifica Bruner a
seguir.
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DAVID AUSUBEL
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isso, a necessidade de os estudantes conhecerem como aprendem, o
que utilizam ou podem utilizar na hora de aprender, conhecendo,
enfim, seu próprio conhecimento.
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que o conteúdo pode ser relacionado não arbitrariamente, isto
é, quando a pessoa apresenta disposição para aprender
significativamente e o material a aprender é potencialmente
significativo, relacionado com a sua estrutura de
conhecimento; e a segunda característica sugere que a
aprendizagem significativa pode ser representacional - o
aluno pode aprender significados de símbolos ou de palavras,
conceitual - o aluno pode aprender conceitos e proposições -
que é a aprendizagem de ideias.
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A transferência horizontal é a aplicação do conhecimento
adquirido ao aprender o material de um domínio, para facilitar a
aprendizagem de outro domínio. Ausubel recomenda que o professor
promova a transferência horizontal, concentrando-se nos princípios e
nas generalizações subjacentes, dando oportunidades aos estudantes
para aplicar o material em situações da realidade.
LEV VYGOTSKY
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Essa possibilidade de alteração no desempenho de uma pessoa
pela interferência de outra é fundamental para a compreensão do
papel da aprendizagem nos dias de hoje. Em primeiro lugar, esclarece
que o sujeito, mesmo estando em um determinado momento do
desenvolvimento e na presença de outra pessoa, se não estiver
preparado para tal, não conseguirá realizar a tarefa proposta,
principalmente porque o desenvolvimento não acontece por
antecipação.
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se em um nível de desenvolvimento real. A zona de desenvolvimento
proximal é um domínio psicológico em constante transformação: o que
um sujeito está habilitado para fazer hoje com a ajuda de alguém,
amanhã poderá realizá-lo de forma independente. E como se o
processo de desenvolvimento fosse se constituindo a partir das ex-
periências de aprendizagem.
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humana, mas é a aprendizagem o que possibilita o despertar dos
processos internos de desenvolvimento que, sem um contato do
indivíduo com o meio cultural, não aconteceria.
JORGE VISCA
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Seus estudos levaram-no à prática psicopedagógica, na qual tal
formação na Argentina acontece na graduação, diferentemente da
realidade brasileira atual, que, com o apoio da Associação Brasileira
de Psicopedagogia (ABPp), defende a formação do psicopedagogo na
pós-graduação, como especialista que tem como objeto de estudo o
processo de aprendizagem.
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consequentemente, mudar o que for necessário no seu próprio
processo de aprendizagem. Esta formação é a que possibilitará uma
ação profissional mais integradora e transformadora na hora de avaliar
e intervir no processo de aprender do outro.
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Em suas palavras, "... uma representação é algo que está no
lugar de outra coisa, que tem uma função semântica, que é
sobre algo" . Este nível de análise corresponde à tradicional
ideia de processamento da informação, que apresenta o
sistema cognitivo humano como um mecanismo de
representações do conhecimento, existente em uma série de
memórias conectadas decorrentes de determinados
processos.
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representações não estão na mente daquele que aprende,
mas distribuídas não em unidades de informação, mas entre
as pessoas. Aqueles que comungam desta concepção
sociocultural de aprendizagem, o conhecimento é adquirido e
modificado em comunidades de aprendizagem.
Pozo deixa clara sua posição diante dos quatro níveis de análise,
optando pelo segundo e terceiro nível como norteadores básicos de
seus estudos e os demais como recursos auxiliares. "A aprendizagem
é um processo interno ao organismo, e por mais que esteja motivada
na interação social finalmente as representações têm sua sede na
mente individual e mudam por processos cognitivos próprios dessa
mente".
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natureza social e cultural, sistemas de uma complexidade
nova. Estas novas demandas ambientais reclamam outro tipo
de representações específicas - próprias da espécie e
adaptadas a domínios específicos - que, no entanto, deverão
ser suficientemente flexíveis para se adaptarem às rápidas
mudanças que a vida cultural impõe, superando o
imediatismo das demandas ambientais, do aqui e agora.
(POZO, 2005)
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tiveram seu início com Reber, em 1967. "Todos os organismos
dispõem de representações implícitas a partir das quais interagem
com o mundo".
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provisório, o inacabado, a totalidade, a possibilidade.
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mentais (dados inatos), da interpretação que o sujeito faz e do sentido
que empresta aos fatos em interação com o meio em que vive.
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reforçam tal situação) que chegamos ao que denomino de
"consciência elástica" - tudo é possível dependendo do prisma que
escolho para olhar.
4.
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UNIDADE II
MODALIDADES DE APRENDIZAGEM
Viver
Eu sei
E será
Gonzaguinha
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nos levam a ter uma visão muito restrita da realidade.
HABILIDADES DE APRENDIZAGEM
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Já o termo habilidade, skill em inglês, no Dicionário Houaiss
(2002), é concebido como algo que se tem mestria em uma ou várias
artes ou um conhecimento profundo, teórico ou prático de uma ou
várias disciplinas, como é o exemplo do carpinteiro ou médico.
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Prieto (1993) entende por habilidade toda a atividade mental que
se pode aplicar a uma tarefa específica que se quer aprender,
enquanto Beltrán Llera (1998) afirma que habilidade é uma destreza
do sujeito para realizar uma determinada tarefa que poderá repetir-se
uma ou outra vez até converter-se em uma atividade mecânica. Como
podemos perceber, para ser hábil, necessitamos contar, previamente,
com a capacidade potencial necessária e com o domínio de alguns
procedimentos.
ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
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A aquisição das estratégias de aprendizagem acontece mediante
um processo de interiorização muito próximo ao conceito vygotskyano
de zona do desenvolvimento proximal, quer dizer que o sujeito
desenvolve o seu processo de aprendizagem, baseando-se em
estratégias cada vez mais específicas conforme a tarefa que está
realizando.
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Em 1976, depois de algumas pesquisas com estudantes
universitários, Pask identificou três tipos de estratégias: holísticas,
serialistas e versáteis.
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fatos e resultados comprovados pela experiência; interpretam
de forma prudente e crítica os dados e a informação; não
utilizam muito a imaginação visual ou a experiência pessoal;
usam como instrumento intelectual de compreensão a lógica,
mais que a intuição; suas explicações são cuidadosamente
estruturadas, mesmo que sejam enfadonhas; apresentam
tendência na área das ciências. Da mesma maneira que a
anterior, o mau uso desta estratégia pode levar a pessoa a ter
dificuldade (denominada por Pask de improvidence em inglês
e imprevisión em espanhol, e que, em português, significa
falta de previsão ou reflexão), para observar o todo em uma
determinada situação; equivocar-se ao utilizar analogias ou
construir mapas globais; relacionar inadequadamente as áre-
as do conhecimento, restringindo sua visão das coisas. Em
geral, as pessoas que apresentam esta atitude são aquelas
que olham as árvores, mas não veem o bosque.
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Este autor diz que, para aprender, ou melhor, aprender a
aprender, devemos levar em conta os seguintes passos:
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De atenção - referem-se à captação e à seleção da
informação, isto é, são aquelas que favorecem o controle ou a
direção de todo o sistema cognitivo até a informação
relevante de cada contexto. Ao gostar de História, vou atrás
dos recursos que favoreçam este conhecimento. Saber por
onde começar é fundamental. Existem, no caso da História,
vários caminhos: bibliotecas, sites, filmes, livros. O que me
atraí mais?
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professor e a matéria, a relação dos fatos novos com
situações que nos marcaram em um determinado momento
da vida, e até mesmo o descanso, uma vez que, para re-
cordar, é preciso descansar, podem ser caminhos para uma
boa aprendizagem;
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importante ter ordem, seguir um método ou fazendo resumos,
mapas conceituais, ouvindo as aulas gravadas, falando alto o
conteúdo, enfim, planejando o tempo e evitando deixar tudo
para a última hora.
1. Dê a definição de:
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5. Faça um breve resumo na classificação das estratégias,
segundo Beltrán.
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UNIDADE III
ENFOQUES DE APRENDIZAGEM
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Superficial - quando predomina a forma de aprendizagem
associativa, quer dizer que a pessoa que aprende tem a
intenção de apenas cumprir os requisitos da tarefa, de
memorizar a informação necessária para realizar as
avaliações, encarando a atividade como uma imposição
externa;
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aprendizagem; considerar muito importante as altas
qualificações e a competitividade na hora de obtê-las;
considerar como algo fundamental o fato de satisfazer todos
os requisitos formais, mas tentando economizar esforço;
concentrar-se na atividade, uma vez que disto dependerá sua
nota ou classificação; preferir contextos instrucionais
altamente estruturados.
2. E segundo Biggs?
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UNIDADE IV
ESTILOS DE APRENDIZAGEM
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sujeito deve considerar todas as possibilidades que uma única
situação oferece;
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geral;
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versátil, os estilos de aprendizagem propostos por Kolb, que
comportam um ciclo de aprendizagem, parecem integrar as duas
estratégias de Pask. Portanto, os estilos de aprendizagem, segundo o
olhar de Kolb, são situacionais, isto é, a pessoa utiliza hoje um ou
outro estilo, o que não indica que amanhã deverá se servir do mesmo.
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Os objetivos principais de Alonso em sua pesquisa foram, em
primeiro lugar, verificar o contraste de algumas hipóteses sobre a
relação existente entre Estilos de Aprendizagem e os dados
sociológicos e acadêmicos que resultaram no questionário e, em
segundo lugar, determinar quais estilos de aprendizagem predominam
em cada faculdade ou grupo de faculdades.
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hipóteses, teorias, modelos, perguntas, conceitos, finalidades claras,
racionalidade etc. São pessoas que, para aprender, gostam de
questionar; sentir-se pressionadas intelectualmente; encontrar um
modelo, um conceito ou uma teoria que tenha relação com aquilo que
escutou.
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aprendizagem?
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UNIDADE V
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diferentes?
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É comum encontrar alunos com numerosas dificuldades para
compreender certos raciocínios, adotando condutas inapropriadas de
aprendizagem, como, por exemplo, repetir mecanicamente certa
informação quando o que se espera para uma melhor retenção é
relacioná-la com conhecimentos anteriores.
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informações mais relevantes, o professor estará atraindo a atenção
dos alunos, ativando neles a motivação, requisito para a atenção. A
apresentação de algo novo ou discrepante sempre será bem recebido,
principalmente porque rompe com a rotina e a monotonia didática.
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5. Mudar a direção ou a forma da escrita, caso necessário,
com novas leituras ou colocar-se a escrever um novo plano
de vista mais conveniente.
Mar Mateos (2001) ressalta esta ideia quando diz que "as
dificuldades que muitas crianças experimentam na hora de aprender
são atribuídas, não tanto à falta de competência para executar as
estratégias relevantes de uma tarefa, como a uma deficiência para
produzi-Ias espontaneamente". O significa "deficiência de mediação".
Isto ocorre porque as crianças não nascem tendo um conhecimento e
um controle metacognitivo suficiente. É necessário ensiná-las.
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O ensino metacognitivo é uma das possibilidades de o aluno
desenvolver um conhecimento explícito das estratégias específicas
necessárias nas diferentes atividades de aprendizagem e na solução
de problemas, com o intuito de controlar de maneira autônoma sua
própria aprendizagem.
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1. Ensino explícito - nesta primeira etapa, o ensino é de
responsabilidade exclusiva do professor. Cabe a ele
apresentar aos alunos as estratégias necessárias para uma
determinada atividade,· demonstrando "como" aplicá-las e
explicando o "porquê" elas ajudam;
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- Durante a resolução de um problema:
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O processo de aprendizagem deve estar centrado na
compreensão e não apenas na aquisição de informação e
conteúdos, promovendo o aprender a aprender;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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