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Resumo
Abstract
This article presents a clinical case report and reflections on music therapy in
hospital care for the child suffering from advanced cancer in early childhood. It
discusses how the music therapist's role in pediatric oncology palliative care teams
favors the integral assistance to the child, family and multi-professional team,
attending to the biopsychosocial and spiritual demands of all those involved in the
patient's illness process. It verifies that the interactive music employed as therapy
leads the patient to take an active role in an essentially invasive treatment. It
indicates to music therapy as an effective strategy to promote the relief of oncological
symptoms, to facilitate the elaboration and coping of the disease, to favor a hospital
environment’s resignification and promote situations specific to childhood, aiming at
the maintenance of healthy child development.
1
Artigo publicado na Revista da Red Latinoamericana de Musicoterapia para la Primera infância. Ed 2,
agosto/2017.
Musicoterapia em Cuidados Paliativos Oncopediátricos 2
O câncer é uma doença difícil de lidar por estar, no senso comum, associado
à morte. Deparar-se com a possibilidade do óbito de uma criança diagnosticada com
neoplasia na primeira infância é devastador. Os impactos provocados pelo câncer,
portanto, não se restringem ao paciente, mas também envolvem familiares e
profissionais de saúde. Todos demandam atenção específica e juntos compõem o
que é compreendido por “unidade de cuidados” (Franco, 2008, p. 353).
Mesmo quando há inviabilidade de cura, os sintomas podem ser controlados
de forma que o paciente seja capaz de conviver com a doença, mantendo-se ativo,
com boa qualidade de vida. Por essa razão, uma reflexão sobre “cura” e “cuidado” é
necessária. A cura está relacionada ao combate da doença. O cuidado, por sua vez,
à qualidade de vida, promoção de saúde e dignidade (Sales & Alencastre, 2003).
O paradigma admitido pelo predominante modelo biomédico de assistência
estabelece a atuação médica voltada somente para o tratamento curativo em uma
relação vertical médico/paciente. A insistência nesta abordagem, quando não há
possibilidades de cura para o paciente, pode causar prejuízos à qualidade de vida
do sujeito (Dreher, 2009). Para que cada paciente seja assistido de forma integral
em sua singularidade, é necessária a construção de um vínculo entre paciente,
família e equipe multiprofissional de saúde. Cura e cuidado são, portanto,
estratégias complementares.
Os Cuidados Paliativos são definidos pela Organização Mundial de Saúde
[OMS] (2002) como eficazes dentro desta perspectiva.
Cabe ressaltar que os cuidados paliativos devem ser oferecidos pela equipe
multidisciplinar logo após o diagnóstico, associados ao tratamento curativo. Devem
tornar-se gradualmente mais ativos e proeminentes no tratamento conforme diminui
a eficácia dos processos curativos (Murray, Kendall, Boyd & Sheik, 2005). Quando a
cura não é mais possível, a paliação se torna, então, o tratamento principal.
Musicoterapia em Cuidados Paliativos Oncopediátricos 3
O conceito de Dor Total inclui a consideração de: (a) aspectos físicos − danos
teciduais, progressão da doença e/ou reação à radioterapia; (b) aspectos
psicológicos − mudança de humor, afeto, disposição geral, apatia, entre outros;
(c) aspectos sociais − convivência prejudicada com a família e outras pessoas
relevantes, isolamento social e desmotivação geral; e (d) aspectos espirituais −
variações na relação dos indivíduos com suas crenças, princípios e valores,
questionamentos quanto à fé e ao sentido da vida, sentimentos de desamparo e
desesperança (Graner, Costa & Rolim, 2010, p. 347).
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
Graner, K. M., Costa Jr., A. L. & Rolim, G. S. (2010). Dor em Oncologia: intervenções
complementares e alternativas ao tratamento medicamentoso. Temas em
Psicologia, 18, (2), 345 – 355.
Loewy, J. V., MacGregor, B., Richards, K., & Rodriguez, J. (1997). Music therapy
pediatric pain management: assessing and attending to the sounds of hurt, fear and
anxiety. In: Loewy, J. V. (Ed). Music Therapy and Pediatric Pain (pp. 45-56). Cherry
Hill, NJ: Jeffrey Books.
Murray, S., Kendall, M., Boyd, K., & Sheik, A. (2005). Illness trajectories and
palliative care. BMJ, 330, 1007-1011.
Organização Mundial de Saúde (1998). Cancer pain relief and palliative care in
children. Disponível em: <http://whqlibdoc.who.int/publications/9241545127.pdf>.
Turry, A. (1999). A song of life: improvised songs with children with cancer and
serious blood disorders. In: Wigram, T., & De Backer, J. (Ed.) Clinical applications of
music therapy in developmental, pediatrics and neurology (pp.13-31). London,
Jessica Kingsley Publishers.