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2012
Pablo Moura
[Escolher a data]
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
SUMÁRIO
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
1.1. Objetivos
Promover a vivência da sexualidade de forma saudável e segura;
Regular a fecundidade segundo o desejo do casal;
Preparar para a maternidade e a paternidade responsáveis;
Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
Reduzir a incidência das ITS e as suas consequências, designadamente, a infertilidade;
Melhorar a saúde e o bem-estar dos indivíduos e da família;
Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva.
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Serviços de Saúde/Tomar Pílula Dia Seguinte, utilizando, durante 7 dias outro método
associado (preservativo).
Lembrar a mulher que a toma concomitante de um antibiótico com a pílula pode
diminuir o efeito desta, sendo aconselhável a utilização de um método de barreira
durante a toma do antibiótico e 7 dias após o seu término.
Auto-exame da mama
→ Deve ser realizado todos os meses após o período menstrual - durante a menstruação
os seios ficam mais sensíveis, tensos e dolorosos, podendo mesmo surgir alguns
nódulos que desaparecem após a menstruação, pelo que o auto-exame da mama só deve
ocorrer após a menstruação.
→ É importante a mulher observar comparativamente as mamas em frente ao espelho,
com os braços caídos e com os braços atrás da cabeça. Qualquer alteração na superfície
(depressão ou saliência) ou rugosidade é importante.
→ A palpação deve ser realizada com os braços atrás da cabeça, com a ponta do
indicador e do dedo médio da mão oposta, desde a axila ao redor e centro da mama,
com movimentos circulares.
→ Por fim, é também importante espremer os mamilos para detectar a saída de algum
líquido.
→ A mamografia é o exame mais importante na prevenção do cancro da mama, pelo
que deve ser realizado de 2 em 2 anos entre os 40-50 anos e a partir dos 50 anos, caso
de justifique, poderá ser anual, mas deverá ser realizada pelo menos de 2 em 2 anos.
1. Compare as duas mamas, tendo em atenção a forma e o tamanho. Não é invulgar
que uma mama seja maior do que a outra. Verifique se as mamas apresentam nódulos
ou saliências; observe se houve alguma mudança no tamanho ou aspecto das mamas
(como sejam a formação de rugas ou pregas, depressões ou descamação da pele).
Verifique se os mamilos estão normais (ou, pelo contrário, se estão retraídos ou
escondidos). No mamilo, tente detectar a possível presença de nódulos, o aparecimento
de algum tipo de secreção ou perda de líquido. Observe as mesmas características mas,
agora, com os braços em diferentes posições.
2. Levante o braço esquerdo. Examine a mama esquerda com a mão direita,
pressionando com a ponta dos dedos. Palpe a mama esquerda, de forma minuciosa e
calma. Comece pela extremidade exterior, realizando movimentos circulares. Palpe toda
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a mama. Examine, também, a área próxima da axila, passando pela clavícula, bem como
a zona abaixo da mama.
3. Pressione, suavemente, o mamilo e verifique se existe algum tipo de secreção
ou perda de líquido.
4. Repita os passos 2 e 3 mas, agora, na mama direita.
5. Repita os passos 2 e 3 nas duas mamas, deitada. Deve deitar-se de costas, com o
braço sobre a cabeça e colocando uma almofada (ou uma toalha dobrada) sob o ombro
do lado da mama que vai examinar.
Citologia:
→ A citologia consiste na colheita de células do colo do útero para realização de
análise laboratorial.
→ Informar que a realização do exame citológico deve ser iniciado entre 2 a 3
anos após inicio da actividade sexual.
→ Quando o resultado da citologia é Grau I, deve repetir citologia após 1 ano.
Se nesta altura o resultado da citologia for novamente Grau I só necessita de fazer
citologia de 3 em 3 anos, caso não exista nenhuma sintomatologia ou queixa
ginecológica. Quando a mulher faz citologia de 3 em 3 anos, caso o resultado de uma
das citologias seja Grau II, repete o esquema anterior, repetindo a citologia após 6
meses ou 1 ano, consoante indicação clínica e após dois resultados consecutivos de
citologia Grau I, faz citologia de 3 em 3 anos.
→ Explicar que os resultados do exame ficam prontos 1 mês após a realização
da citologia, sendo que caso o resultado apresente alterações, a mulher será contactada
pela USF.
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Focos de Atenção:
Auto-vigilância (conhecimento sobre auto vigilância não demonstrado / não
adequado / Aprendizagem de Habilidades para proceder à auto - vigilância, Não
Demonstrada)
Auto-exame da mama (demonstrado /não demonstrado)
Uso de contraceptivos (adequado / não adequado)
Adesão a vacinação (demonstrado / não demonstrado)
Conhecimento sobre Sexualidade
Menopausa
Intervenções de Enfermagem
Auto-vigilância,
Ensinar sobre a relação entre auto - vigilância e prevenção de complicações
Ensinar sobre auto vigilância
Incentivar auto vigilância
Instruir auto vigilância da mama
Providenciar material de leitura sobre auto - vigilância
Avaliar crenças de saúde
Treinar a pessoa a proceder a auto – vigilância da mama
Adesão a vacinação,
Supervisionar a adesão a vacinação
Uso de contraceptivos,
Providenciar contraceptivos (pílula)
Elucidar sobre as consequências da gravidez não desejada
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Herpes genital
Esta doença é provocada pelo vírus Herpes simplex. A doença manifesta-se pela
sensação de queimadura, sobre as quais surgem pequenas bolhas ou vesículas que ao
fim de alguns dias rompem, ocasionando feridas que se cobrem de crostas. Após cerca
de uma a duas semanas as lesões curam sem deixar cicatrizes.
O herpes genital é doença crónica recorrente, ou seja que evolui por surtos,
sendo o intervalo entre eles variável. Há medicamentos que tratam as lesões de herpes e
prolongam os intervalos livres de doença. Não há ainda nenhum medicamento que cure
definitivamente a infecção.
O herpes não é uma doença grave embora seja incómoda quando surge com
intervalos curtos. Enquanto existirem lesões na pele ou mucosa genital há perigo de
contágio para o(a) parceiro(a), pelo que a actividade sexual deve ser suspensa.
As mulheres grávidas com história de Herpes Genital devem informar o seu
médico sobre a doença, para que sejam tomadas as medidas necessárias para que não
haja contágio do bébé durante o parto.
Hepatite B
A hepatite B é uma infecção provocada por vírus e que ataca o fígado. Este vírus
vive no sangue, na saliva, no suor, no esperma e no corrimento vaginal. Muitos casos de
hepatite resultam da partilha de agulhas e seringas infectadas, mas a transmissão sexual
é também frequente. O risco de contrair hepatite B é oito vezes superior ao de contrair
SIDA.
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Expressão da sexualidade
A gravidez não impede que viva e expresse a sua sexualidade. Contudo, é
natural que nesse período, muitas vezes, lhe apeteça mais receber (e dar) mimos do que
ter relações sexuais. Transmita ao seu companheiro os seus sentimentos e procure
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0,5 mL
Dose e via de administração
Intramuscular
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Objetivos
População Alvo
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Papel do Enfermeiro
• Acolher grávida (e acompanhante);
• Recolher dados clínicos relevantes e factores de risco;
• Avaliar estado geral (físico e psicológico);
• Entregar e preencher Boletim de Saúde da Grávida;
• Monitorizar TA;
• Monitorizar IMC (1ª consulta);
• Monitorizar Peso (actual e cálculo do aumento ponderal desde início da
gestação);
• Monitorizar urina através de fita teste;
• Incentivar a amamentação;
• Incentivar o envolvimento pai/família no processo de gravidez;
• Supervisionar e incentivar a adesão à vacinação, segundo orientações técnicas da
DGS;
• Administrar Imunoglobulina Anti-D quando prescrita;
• Providenciar informação com vista à Educação para a saúde no âmbito da Saúde
Materna;
• Providenciar informação e incentivar frequência de aulas de preparação para o
parto;
• Proceder aos ensinos/orientações de acordo com a idade gestacional;
• Proceder aos respectivos registos no Boletim de Grávida e na aplicação
informática SAPE;
• Preencher a avaliação inicial da grávida no SAPE.
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Revisão do Puerpério
• Acolher puérpera (e acompanhante);
• Avaliar estado geral;
• Informar sobre os métodos contraceptivos disponíveis (modo de actuação, grau
de eficácia, vantagens, desvantagens, contra-indicações, quando iniciar, quando
reavaliar);
• Avaliar aprendizagem, técnica e dificuldades na amamentação;
• Avaliar estado físico e psicológico da puérpera;
• Avaliar a aprendizagem do papel parental.
• Monitorizar peso, TA, IMC;
• Supervisionar e incentivar a adesão à vacinação, segundo orientações técnicas da
DGS;
• Providenciar os contraceptivos prescritos ou planear aplicação;
• Planear próxima consulta de Enfermagem de Planeamento Familiar;
• Proceder aos respectivos registos na aplicação informática SAPE.
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É picado a face lateral do calcanhar e colhido uma amostra de sangue. As gotas são
colhidas numa folha de papel de filtro específico para o exame e enviado ao laboratório.
O resultado demora até cerca de 10 dias. Pode ser enviado para casa dos pais ou consultado
na internet. O Kit onde vem o material da colheita, contém o site e o código para se poder
consultar o resultado na internet.
Doenças rastreadas:
- Hipotiroidismo congénito;
• Aminoacidopatias ;
• Fenilcetonúria (PKU) / Hiperfenilalaninemias;
• Acidúrias Orgânicas;
• Doenças Hereditárias da ß-oxidação Mitocondrial dos Ácidos Gordos.
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Temas a Abordar:
Início da Menstruação: A maioria das mulheres que não amamentam os seus filhos
a menstruação aparece por volta da 6 a 12 semana após o parto, enquanto a volta da
menstruação para as mães que amamentam é variável. O tempo médio destas ultimas é de
3 a 6 meses, dependendo da frequência e da duração do estímulo de sucção, da quantidade
de leite retirado das mamas, e da quantidade de alimentação suplementar dada a criança.
Normalmente, o primeiro período menstrual é maior que o normal e frequentemente
anovulatório.
Contudo os ovários podem ficar funcionantes logo após o parto. Por este motivo,
mesmo não tendo a menstruação a mulher corre o risco de engravidar, sendo muito
importante uma contracepção eficaz durante o pós-parto.
Actividade Sexual: A actividade sexual deve ser iniciada após cicatrização da sutura
perineal e é importante dar algum tempo ao organismo da mulher para se recompor,
devendo a actividade sexual apenas ser iniciada após a consulta de revisão do puerpério,
momento em que é também iniciada a contracepção, por voltas das 4 a 6 semana após o
parto.
É importante informar que inicialmente as relações sexuais devem ser suaves, tendo
em vista que as regiões, vaginal e perineal, podem permanecer mais sensíveis. Além disso,
pode ser necessário usar um lubrificante, porque as alterações hormonais do período pós-
parto diminuem a lubrificação vaginal.
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Exercício físico: As mulheres que tiveram parto normal, podem retomar a partir de
agora o desporto/actividade física que praticavam antes do parto. As mulheres que tiveram
parto por cesariana devem iniciar apenas após 6 semanas pós-parto.
Complicações no pós-parto:
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Focos de Atenção:
• Auto-vigilância;
• Planeamento Familiar.
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Gravidez e amamentação
A vacinação durante a gravidez pode estar indicada se houver um risco elevado de infecção,
se a doença implicar um risco significativo para a mãe e/ou para o feto e se o risco de
reacções adversas à vacinação for aceitável. Se estas condições não estiverem reunidas,
qualquer vacinação deve ser adiada para depois do parto.
Quando houver indicação para vacinar durante a gravidez, deve considerar-se a
possibilidade de adiar a vacinação para o segundo ou terceiro trimestre. Se, inadvertidamente,
for administrada uma vacina que esteja contra-indicada a uma grávida, a ocorrência deve ser
declarada ao médico assistente, ao responsável pela vacinação e ao Sistema Nacional de
Farmacovigilância - INFARMED e a grávida deve ser alvo de maior vigilância para identificar
eventuais reacções adversas.
As mulheres com história vacinal desconhecida e as que não tenham nenhuma dose de
vacina contra o tétano antes da gravidez, devem ainda receber dois reforços: o primeiro 1
ano depois da 3a dose e o segundo 1 ano depois da 4ª dose.
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Nas maternidades e nos serviços de obstetrícia deve ser verificado o estado vacinal da
puérpera. Quando a mulher não estiver correctamente vacinada contra o tétano, deve ser
vacinada de imediato.
A consulta de revisão do puerpério é, também, uma oportunidade para verificar o estado
vacinal e eventual vacinação.
Vacinação da grávida contra o sarampo, a parotidite epidémica e a rubéola
A vacina VASPR está contra-indicada durante a gravidez. No entanto, não é necessário
apresentar um teste de gravidez negativo para vacinar com a VASPR.
A vacinação inadvertida com a VASPR durante a gravidez ou nos 3 meses antes de
engravidar não é motivo para interrupção da gravidez. Se esta situação ocorrer, deverá ser
declarada ao médico assistente, ao responsável pela vacinação e ao Sistema Nacional de
Farmacovigilância – INFARMED.
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Em todas as consultas
• Fornecer informação e a oportunidade de esclarecer duvidas e colocar questões;
• As grávidas devem ser informadas dos resultados de todas as análises e
procedimentos realizados;
• Detectar precocemente factores de risco que possam afectar a evolução da gravidez
e o bem-estar do feto e orientar correctamente cada situação;
• Questionar sobre cumprimento de cuidados alimentares, exercício físico e hábitos
de vida;
• Promover educação para a saúde com aconselhamento de estilos de vida saudáveis,
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis;
• Investigar possíveis intercorrências;
• Esclarecer os sinais de alarme que devem motivar uma consulta médica/de
urgência;
• Realizar o registo de peso, tensão arterial e urina teste;
• Preencher o boletim de Saúde da grávida;
• Identificar grávidas com necessidade de cuidados de higiene oral (Anexo VII)
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IMPORTANTE!
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Fisiologia/Etiologia:
▫ As alterações mamárias e aumento da sensibilidade das mesmas estão relacionados com
os efeitos e estimulação hormonal.
• Hipertrofia do tecido da glândula mamária;
• Aumento da vascularização;
• Aumento da proeminência dos mamilos e aréola.
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▫ Educar para a lavagem das mamas com água morna e a importância de a manter bem
seca;
▫ Evitar traumatismos.
Fadiga
Fisiologia/Etiologia:
Aumento dos níveis de estrogénios, progesterona e gonadotrofina coriónica
humana (HCG);
Resposta psicológica da gravidez.
Náuseas/Vómitos/Enjoos matinais
Fisiologia/Etiologia:
Alterações hormonais – HCG ou progesterona (relaxamento da parede gástrica);
Alterações metabólicas;
Alterações emocionais (orgulho/rejeição).
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Ptialismo
Fisiologia/Etiologia:
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Status (possível):
- Conhecimento sobre auto-vigilância na gravidez;
- Conhecimento sobre desenvolvimento fetal;
- Conhecimento sobre hábitos de saúde na gravidez;
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Parâmetros a avaliar/atender:
- Peso;
- Tensão arterial;
- Exame sumário de urina - Combur;
- Idade – Gestação (em semanas);
- Perímetro abdominal;
Temas a abordar:
- Alimentação;
- Exercício/repouso;
- Higiene e vestuário;
- Sexualidade;
- Desconfortos, sendo os mais frequentes desta fase os seguintes:
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Eritema plantar
Pode ser acompanhado de telangiectasias e/ou aparecimento de pequenas redes de
arteríolas dilatadas.
▪ Fisiologia/Etiologia:
▫ Predisposição genética;
▫ Aumento dos estrogénios.
Prurido
▪ Fisiologia/Etiologia:
▫ Aumento da função de excreção da pele;
▫ Factores relacionados com o estiramento da pele.
Desejos alimentares
▪ Fisiologia/Etiologia:
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▫ Desconhecida;
▫ Factores culturais.
Azia / pirose
▪ Fisiologia/Etiologia:
▫ Aumento dos níveis de progesterona (relaxa a cárdia e aumento do tempo de
esvaziamento gástrico);
▫ Deslocação do estômago devido ao aumento do volume do útero.
Obstipação
▪ Fisiologia/Etiologia:
▫ Aumento dos níveis de progesterona;
▫ Compressão dos intestinos pelo útero;
▫ Ingestão oral de ferro.
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Flatulência
▪ Fisiologia/Etiologia:
▫ Aumento dos níveis de progesterona;
▫ Diminuição da motilidade gastrointestinal;
▫ Deglutição de ar.
Palpitações2
▪ Fisiologia/Etiologia:
▫ Aumento do volume de sangue e débito cardíaco;
▫ Ligeira pressão intra-torácica pela subida do diafragma, em resultado do aumento do
útero.
1
A alimentação rica em fibras está contra-indicada em doentes com a síndrome do cólon
irritável.
2
Não devem ser acompanhadas por alterações persistentes do ritmo cardíaco.
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Hipotensão Ortostática
▪ Fisiologia/Etiologia:
▫ Labilidade vasomotora;
▫ Hipotensão postular provocada pelas hormonas.
Leucorreia
▪ Fisiologia/Etiologia:
▫ Efeito da estimulação hormonal
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- Adaptação à gravidez;
- Comportamento de adesão;
Status (possível):
- Conhecimento sobre auto-vigilância na gravidez;
- Conhecimento sobre desenvolvimento fetal;
- Conhecimento sobre hábitos de saúde na gravidez;
Aspectos Psicossociais
Aspectos psicológicos – 2º trimestre
As alterações físicas ajudam a ultrapassar a ambivalência. Adquire aparência de
grávida;
Toma consciência de um novo ser no seu interior – movimentos fetais – bebé
imaginário;
Reflecte sobre o seu papel de mãe - relação custos/benefícios;
Percepção do significado de ser mãe;
Introversão e passividade;
Reordenação das relações e interesses;
Eventuais alterações de humor.
Desconfortos da Gravidez
Aumento do abdómen – verbalize os seus sentimentos, partilhe os seus medos com
alguém da sua confiança, utilize roupa adequada à gravidez mas que seja
igualmente bonita, chamativa e foque os aspectos positivos.
Azia – fraccione as refeições, evite alimentos fritos ou condimentados, adopte uma
posição mais direita, não se deite completamente, só com indicação médica deverá
usar anti-ácidos.
Comichão – faça higiene com água morna, aplique creme hidratante diariamente,
cremes e produtos de higiene devem ser de pH neutro, seque a pele suavemente
sem friccionar, use roupa de algodão adequada.
Dores de cabeça – refugie-se em ambientes calmos e com pouca luz, aplique um
pano com água fria na testa ou nuca, faça uma refeição ligeira, vá á farmácia para
avaliar a tensão arterial se os sintomas presistirem e contacte o seu médico em caso
de necessidade.
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Lombalgia – faça períodos de repouso, evite estar muito tempo em pé, mantenha
uma postura correcta, evite sapatos de salto alto, ao baixar-se faça flexão das pernas
e não das costas.
Inchaço das pernas e pés e varizes – utilize meias de descanso, quando sentada ou
deitada tenha sempre que possíveis os pés num plano mais elevado, pratique
exercício moderado, faça uma dieta pobre em sal, utilize roupa e calçado
confortáveis.
Flatulência – mastigue os alimentos devagar, evite alimentos e bebidas
susceptíveis de provocar gases e faça exercício.
Gengivites ou sangramento das gengivas – faça uma higiene oral correcta e
frequente pelo menos 2 vezes ao dia, utilize uma escova macia.
Pigmentação da pele aumentada – é inevitável, pode aparecer também acne e pele
oleosa.
Prisão de ventre e hemorróidas – ingira líquidos em grande quantidade, faça uma
alimentação rica em fibras, vá ao WC sempre que tiver vontade e não adie, não use
laxantes sem consultar o seu obstetra.
Produção de colostro – utilize discos de aleitamento.
Sensação de desmaio – evite estar muito tempo de pé ou realizar movimentos
bruscos principalmente quando acorda, se sentir tonta sente-se e coloque a cabeça
entre os joelhos, durma e descanse preferencialmente virada para o lado esquerdo,
evite locais muito abafados, com muita exposição solar e estar muito tempo sem
comer.
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Perturbações da visão;
Diminuição dos movimentos fetais.
Exames complementares a solicitar: Notas
A realizar entre as 18-22 semanas
Se grávida ≥ 35 anos, a ecografia deverá
Ecografia de 2º trimestre
ser realizada no hospital e referenciada
através ALERT®
Diabetes Gestacional se um ou mais
valores positivos:
0 horas, glicemia ≥ 92 mg/dl (ou ≥
Prova de PTGO com 75 g de glicose 5,1 mmol/l);
(entre as 24-28 semanas) com pelo menos 1 hora, glicemia ≥ 180 mg/dl (ou ≥
8 horas de jejum 10,0 mmol/l);
2 horas, glicemia ≥ 153 mg/dl (ou ≥
8,5 mmol/l).
Gravidez de risco
Indicação para realização ecocardiograma fetal gravidezes onde se verifique:
Causa familiar
História familiar de cardiopatia congénita nos pais e irmãos do feto
Risco específico de ocorrência no feto de síndrome com cardiopatia
Causa materna
Diabetes não gestacional; fenilcetonúria
Doença do colagénio
Infecção materna
Medicação (nomeadamente, anti-convulsantes, corticosteróides, lítio)
Exposição significativa a tóxicos teratogénicos no início da gravidez, incluindo o
álcool
Causa fetal
Suspeita de anomalia cardíaca no exame ecografico de rotina
Foco hiperecogenico intracardíaco
Arritmia fetal
Malformações extracardíacas a
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Aneuploidias
Restrição de crescimento intra-uterino
Alterações de líquido amniótico
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Parâmetros a avaliar/atender:
- Tensão arterial;
- AFU;
- Perímetro abdominal;
- Apresentação fetal;
- Edemas;
- Verificar se a grávida faz o registo dos movimentos fetais (realizado a partir da 35ª
semana, durante doze horas, é efectuada uma contagem de dez movimentos e regista-se
sempre no gráfico ao fim de 10 e assim sucessivamente).
Temas a abordar:
- Alimentação;
- Exercício/repouso;
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Insónias
▪ Fisiologia/Etiologia:
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Gengivite
▪ Fisiologia/Etiologia:
▫ Aumento da vascularização e proliferação do tecido conjuntivo – acção dos estrogénios.
▪ Educação para o Autocuidado:
▫ Educar para a importância da higiene oral cuidada;
▫ Educar para a importância de vigiar a cavidade oral para despiste de possíveis infecções;
▫ Educar/Aconselhar/ Incentivar alimentação equilibrada em proteínas e vegetais.
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- O que levar para a maternidade: bebé e mãe (saber se o saco está pronto);
- Sinais de alerta do trabalho de parto;
Nas últimas semanas poderá começar a sentir a “descida” da barriga;
Primeiros sinais de início de trabalho de parto:
- Expulsão do Rolhão Mucoso: consiste na eliminação, pela vagina, de muco
gelatinoso, rosado ou acastanhado. A sua expulsão pode ocorrer dias ou horas antes do
parto e significa que o nascimento estará para breve.
- Rotura da Bolsa de Águas: é a saída de líquido amniótico pela vagina, devido à
rotura das membranas que envolvem o bebé. Pode sair lentamente ou de repente, em
grande quantidade. Normalmente, é claro e transparente. Nesta situação deve dirigir-se
ao hospital da sua área de residência o mais rapidamente possível.
- Contracções Uterinas Regulares: no início do trabalho de parto, as contracções são
irregulares (isto é, os intervalos não são certos) e são pouco frequentes. Começa por
sentir que a barriga fica rija, podendo não haver dor. Progressivamente, vão-se tornando
mais regulares, mais intensas e mais próximas. Quando as contracções forem regulares,
com intervalos de dez minutos, deve dirigir-se à maternidade.
- Nas últimas semanas de gravidez é comum ocorrerem contracções irregulares e
indolores, sem que isto signifique o início do trabalho de parto!
- Tipos de parto;
Aspectos a referenciar/informar
Tipos de parto:
Eutócico – o parto vaginal, que por sua vez poderá ser:
Natural;
Normal;
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- Analgesia Epidural;
Primeiramente quero verificar se a utente sabe o que é este tipo de analgesia, ou se já
ouviu falar, posteriormente pretendo fornecer informação sistematizada sobre o assunto,
consoante o grau de interesse e percepção da utente.
Aspectos a referenciar/informar
A Anestesia Epidural é uma técnica utilizada para o tratamento da dor no parto.
Consiste na introdução de um cateter (tubo) na coluna lombar (espinha), através do qual
é administrada a terapêutica.
Este procedimento não é doloroso, porque antes é feita uma anestesia local da pele.
Após a analgesia, as contracções do útero e o trabalho de parto continuam a evoluir. A
grávida está desperta, mas sem dores. Vão sendo dadas doses de analgésico,
aproximadamente de duas em duas horas, ou sempre que se julgue necessário, até o
bebé nascer. Deste modo, a grávida estará pronta a colaborar e a fazer a força necessária
para o nascimento do bebé, sem a dor incomodativa.
Informar a utente que deverá previamente reflectir sobre a pretensão por esta
possibilidade, já que existem momentos adequados para a sua administração, de acordo
com o nível de dilatação.
- Diferentes fases do trabalho de parto;
Como nas intervenções anteriores antes de mais quero verificar se a utente já possui
alguma informação, depois pretendo fornecer informação sistematizada sobre o assunto,
de acordo com aspectos necessários a esclarecer e outros de cariz informativo.
Aspectos a referenciar/informar
O parto é constituído por três etapas: dilatação, expulsão e dequitadura.
Dilatação, o colo do útero, por onde o bebé passa para sair, começa a encurtar e a
dilatar até cerca de dez centímetros. As contracções tornam-se cada vez mais regulares e
próximas. É o período mais demorado do trabalho de parto, podendo demorar de 12 a
16 horas, por vezes mais, num primeiro filho. Se lhe apetecer levantar e andar, informe-
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se se o pode fazer. Quando estiver deitada, procure virar-se para o lado esquerdo, para
facilitar uma melhor oxigenação do feto.
Expulsão, começa quando a dilatação estiver completa. Pode demorar de 20 a 40
minutos no primeiro filho. O feto desce ao longo da bacia e acaba por sair para o
exterior através da vagina e da vulva. Pode ser necessário efectuar um pequeno corte do
períneo (espaço entre a vagina e o ânus), para facilitar a saída do feto e evitar lesões
perineais ou do ânus.
Dequitadura, depois do nascimento do bebé, a placenta e as membranas que
envolveram o feto saem por si (se não saírem, o médico tira-as). Deve permitir que lhe
massajem a barriga para ajudar a placenta a desprender-se do útero.
Informar que se tiver sido necessário cortar o períneo durante o parto, há que fazer a
sutura do corte. Não vai doer porque a zona estará anestesiada.
Informar que após o parto, deve ficar deitada de barriga para cima. Se sentir que está a
perder muito sangue, deve comunicar à Enfermeira.
Aspectos Psicossociais
Desconfortos da Gravidez
Caimbras – repouse, faça uma massagem, estique o pé, isto é, peça a alguém que lhe
puxe o pé na direcção da cabeça mantendo o joelho estendido, aplique calor na região
afectada.
Insónias – relaxe, pode pedir a alguém que lhe faça uma massagem, deite-se
confortavelmente com o apoio de almofadas, tome um copo de leite morno ou um duche
50
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
não muito quente antes de se deitar e se gostar de ler pode fazê-lo na cama para a ajudar
a adormecer.
Sensação de “falta de ar” – adopte uma postura correcta, ao dormir utilize mais
almofadas de modo a fazer uma elevação da cabeça, evite comer demasiado e encher
muito o estômago, principalmente não fume. Caso os sintomas se agravem contacte o
seu obstetra.
Hemorragia vaginal;
Perda de líquido pela vagina;
Corrimento vaginal com prurido (comichão), ardor ou cheiro não habitual;
Dores abdominais;
Arrepios ou febre;
Dor/ardor ao urinar;
Vómitos persistentes;
Dores de cabeça fortes ou contínuas;
Perturbações da visão;
Diminuição dos movimentos fetais.
Alimentação e gravidez
51
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
1 MÊS
I Parte
- Apresentação
52
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
II Parte
Motricidade global
• Em decúbito ventral, levanta a cabeça de forma intermitente, no entanto se traccionado
pelas mãos ainda não tem controlo cefálico.
• Em decúbito dorsal apresenta reflexo tónico assimétrico do pescoço.
• Mantém reflexos primitivos (marcha automática, preensão palmar, etc.).
• Sentado, mantém o dorso em arco.
• Em suspensão ventral mantém cabeça erecta e membros semi-flectidos.
Motricidade fina/visão
• As mãos ainda estão muito fechadas.
• A visão é imperfeita, vendo apenas contrastes fortes e formas redondas (bola
vermelha, olho de boi, face da mãe) que segue na horizontal se colocado a 20 cm da
face e num ângulo de 90º.
• Pode apresentar estrabismo, porque o controlo dos músculos oculares é ainda pouco
eficaz.
Linguagem/audição
• Reage ao som da roca ou voz a 15 cm do ouvido, podendo parar ou olhar para a fonte
do som. Pode ainda não ter capacidade motora para virar a cabeça para a fonte sonora.
Autonomia/socialização/comportamento
• Fixa a face da mãe quando esta o alimenta.
• Sorriso social às seis semanas.
• Chora com desconforto e emite sons guturais em situações de prazer.
53
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
ALARME
• Ausência de tentativa de controlo cefálico.
• Hiper ou hipotonia (que podem ser sinais das patologias acima descritas no RN).
• Não segue a face humana ou o olho de boi ou apresenta movimentos erráticos dos
olhos.
• Não vira os olhos para o som (mesmo da voz humana), parecendo não reagir ao
mesmo.
• Dificuldade em se manter alerta com transições abruptas entre o sono e a irritabilidade,
revelando má regulação dos estádios.
III Parte
- Dúvidas
54
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Os primeiros meses de vida do bebé são Assim que introduzir alimentos sólidos (ex: A intervalos regulares, vão-se acrescentando
passados no útero materno. Só uma mãe papa de farinha, puré de legumes, …), dê água outros legumes (exº cebola) e hortaliças
bem alimentada possibilita, no seu útero, ao seu bebé pelo copo ou à colher. (preferencialmente as de cor mais clara,
um bom desenvolvimento do bebé. porque são mais tenras e fáceis de digerir,
Evite o uso do biberão. Enquanto amamenta
Nos primeiros 4 a 6 meses após o como a alface, couve branca, alho-francês,
exclusivamente não há necessidade de dar vagem (feijão verde), agriões, nabiça…) Mais
nascimento, o leite materno é o alimento água, excepto se sentir que a temperatura tarde, podem-se ir introduzindo outros
mais adequado e completo. Um ganho de ambiente está muito quente, se o bebé tiver hortícolas (penca, couve-galega, …). À medida
peso correcto e a ausência de problemas diarreia (para repor as perdas) ou se as suas que se introduz um novo alimento, vai-se
digestivos indicam que o aleitamento está a fezes forem muito duras e secas. tornando o caldo mais espesso, até adquirir a
ser suficiente. consistência de um puré.
Calendário Alimentar
Quando a mãe não pode amamentar, o leite
4 - 6 Meses
materno deve ser substituído por um leite 6 - 8 Meses
5-6 Refeições de leite materno (ou 3-4 Refeições de leite materno (ou adaptado)
artificial adaptado. Este apesar de não
possuir as vantagens do leite materno é o adaptado) 1 Refeição de papa de farinha
mais semelhante. 1 Refeição de papa de farinha sem glúten 2 Refeições com: puré de legumes + fruta
O leite de vaca é completamente (milho ou arroz)
5 - 7 Meses Aos 8 meses pode-se adicionar ao puré de
desaconselhado antes do 1º ano, porque
legumes 30g de carne magra (frango, peru,
não fornece os nutrientes nas proporções 4-5 Refeições de leite materno (ou coelho), bem cozida. Inicialmente retira-se
adequadas, não está adaptado à adaptado) esta após a cozedura para que a criança se vá
imaturidade renal nem digestiva do bebé, e 1 Refeição de papa de farinha adaptando ao sabor. Mais tarde tritura-se com
pode provocar alergias. 1 Caldo de legumes o puré. Posteriormente pode-se ir introduzindo
A diversificação alimentar não se deve carne de borrego, vaca e cabrito. O porco só
iniciar antes dos 4 meses, nem adiar para está indicado a partir dos 2 anos.
Deve-se começar por um caldo simples, feito
depois dos 6 meses. 7 - 9 Meses
com batata, cenoura, abóbora e com uns grãos 2-3 Refeições de leite materno (ou adaptado)
Há necessidades nutricionais que
de arroz bem cozido (porque é mais fácil de 1 Refeição de papa de farinha
precisam ser complementadas com outros
alimentos. A introdução de novos
digerir do que a batata; se o bebé for 1 Refeição com: puré de legumes + fruta
obstipado, isto é, tiver prisão de ventre não 1 Refeição com: carne ou peixe ou ovo +
alimentos também permite a adaptação da
coloque arroz), temperado com um pouco de batata cozida ou arroz ou massa ou açorda
criança a novos sabores, texturas e + hortícolas cozidos (ex. puré de cenoura,
consistências. azeite, adicionado no final para que não ferva,
…) + fruta.
Mas, o leite continua a ser importante, pois e sem sal.
55
é rico em proteínas e cálcio.
O intervalo entre a introdução de cada
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
actividade tuberculostática
ose activa; prova tuberculínica
positiva
57
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Compatibilidade
Não existe apresentação combinada da
Vacinas combinadas
BCG com outra vacina
Não deverá ser administrada nenhuma vacina no mesmo braço em que foi aplicada a vacina
BCG, pelo menos, durante os 3 meses posteriores à sua administração, devido ao risco de linfadenite.
A maioria das crianças apresenta uma reacção no local da injecção que se caracteriza,
inicialmente, pela formação de um pequeno nódulo vermelho que, gradualmente, se transforma
numa pequena vesícula. Em 2 a 4 semanas a vesícula transforma-se numa úlcera que cicatriza
em 2 a 5 meses, ficando uma cicatriz superficial com cerca de 5 mm de diâmetro. A lesão
vacinal não requer qualquer tratamento, nem devem colocar-se pensos, uma vez que cura
espontaneamente.
A linfadenite regional (gânglios cervicais ou axilares) é uma complicação ocasional. A
linfadenite supurativa ocorre numa proporção inferior a 1/2 000 vacinados.
Os abcessos são muito raros e podem ser devidos a sobredosagem ou injecção mais profunda
que o indicado (técnica de administração inadequada).
Precauções
alterações da coagulação ou terapêutica
anticoagulante (ver “Vacinação em
Circunstâncias Especiais”)
Conservação
58
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Não se recomenda a determinação de marcadores serológicos, antes ou depois da vacinação com VHB, nem a
administração de doses de reforço ou revacinação completa. Um nível de anticorpos inferior ao limiar
considerado protector não significa ausência de protecção contra a doença. Esta regra não se aplica a
determinados grupos de risco, como os profissionais de saúde, os doentes hemodialisados e os indivíduos
com alterações da imunidade, conforme orientações da DGS.
Cerca de 5% das crianças vacinadas com VHB apresentam dor, rubor e tumefacção ligeira no
local da injecção.
Em cerca de 15% dos adultos ocorre dor e enduração no local da injecção.
As reacções sistémicas registadas são pouco comuns e, habitualmente, regridem em 24 a 48
horas. Referem-se principalmente:
Febre baixa, com duração de um ou dois dias, que ocorre em cerca de 1% a 6% dos
vacinados;
Mal-estar, astenia, fadiga, artralgias, mialgias, cefaleias, náuseas, tonturas, irritabilidade.
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
2 MESES
I Parte
- Apresentação
II Parte
Aleitamento materno/alimentação
Vitamina D
Escolha de brinquedos
Posição de deitar
Prevenção de acidentes/segurança
III Parte
- Dúvidas
60
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Precauções
alterações da coagulação ou terapêutica
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Conservação
62
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
As crianças que tenham tido doença invasiva por Haemophilus influenzae b, aos 2 ou
mais anos de idade, não necessitam de ser vacinadas com Hib, independentemente do seu
estado vacinal anterior uma vez que, após esta idade, a doença invasiva induz imunidade de
longa duração.
Conservação
63
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
64
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
As precauções adicionais incluem a ocorrência de uma ou mais das seguintes reacções após
administração de uma dose de vacina contra a tosse convulsa:
Temperatura superior a 40,5ºC nas 48 horas seguintes à vacinação que não seja devida a outra
causa identificável;
Prostração intensa, colapso ou estado semelhante a estado de choque - episódio hipotónico-
hiporeactivo nas 48 horas seguintes à vacinação;
Choro contínuo e/ou gritos persistentes incontroláveis, com duração igual ou superior a 3
horas, nas 48 horas seguintes à vacinação;
Convulsões, com ou sem febre, ocorrendo no período de 3 dias após vacinação.
Em qualquer destas situações deve ser consultado o médico assistente que decidirá se a criança
deve continuar o esquema com a DTPa ou com a Td (ver “Segurança das Vacinas – Reacções
adversas”).
Uma história de convulsões febris não relacionadas com a vacinação contra a tosse convulsa
ou história de convulsões na família, não são uma contra-indicação à DTPa. Nestes casos,
pode ser administrado, por prescrição médica, paracetamol (≈15 mg/kg/dose), na altura da
vacinação, a repetir a cada 6 horas, durante 24 horas.
65
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
3 MESES
I Parte
- Apresentação
II Parte
Motricidade global
• Em decúbito ventral eleva a cabeça e o tronco, com apoio nos antebraços.
• Em decúbito dorsal estica as pernas e dá pontapés de forma ritmada e simétrica.
• Quando apoia os pés flecte as pernas não fazendo força para ficar de pé.
• Quando traccionado pelas mãos, mantém a cabeça erecta e rectifica a metade superior
do dorso.
Motricidade fina/visão
• Abre e fecha as mãos.
• Brinca com elas e levando-as à linha média (à boca).
• Tenta agitar objectos com a mão. Quando colocada na mão, segura a roca e leva-a para
a face e agita-a.
• Olha com interesse para faces.
• Reconhece faces e objectos familiares a pouca distância.
• A visão continua imperfeita mas segue na horizontal e na vertical o movimento da
bola vermelha.
• Ainda pode ter estrabismo, sobretudo quando se aproxima o objecto, com pestanejo de
defesa, uma vez que a convergência não está bem consolidada.
66
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Linguagem/audição
• Reage ao som, localizando a fonte sonora e virando a cabeça.
• Sorri reconhecendo a voz da mãe.
• Emite monossílabos mais variados.
• Começa a imitar alguns sons.
• Gosta do diálogo em interacção com pequenos sons de resposta. É importante a mãe
incentivar este tipo de interacção e dar tempo para obter uma resposta do bebé, para que
haja, de facto, uma comunicação entre ambos.
Autonomia/socialização/comportamento
• Sorriso social.
• Gosta de brincar com outras pessoas e pode chorar quando a brincadeira acaba.
• Mais expressivo, comunica mais com a face e o corpo.
• Faz movimentos de antecipação quando o vão pegar.
• Imita alguns movimentos e expressões faciais.
ALARME
• Não fixa nem segue objectos, nem mesmo a face humana.
• Não vira os olhos para o som (sobretudo com a voz humana).
• Não sorri.
• Não tem controlo cefálico.
• Mãos sempre fechadas, não as abrindo mesmo se estimulado o dorso da mão.
• Membros rígidos em repouso, espástico.
• Sobressalto ao menor ruído.
• Chora e grita quando se toca.
• Pobreza de movimentos.
• Mais uma vez estes sinais de alarme ajudam a detectar patologia periparto, metabólica
ou défices sensoriais graves.
Alimentação
Vitamina D
67
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
III Parte
- Dúvidas
4 MESES
I Parte
- Apresentação
- Preocupação dos Próprios
(saúde/ intercorrências desde última consulta/ outras consultas/ medicação)
II Parte
- Avaliação do desenvolvimento estato-ponderal (peso/estatura/perímetro cefálico)
- Avaliação do desenvolvimento psico-motor (reflexos e interacção com o meio)
- Promoção para a Saúde:
Introdução de Novos Alimentos/Água
Vitamina D
Conduta face a sinais e sintomas comuns
Monitorização do desenvolvimento da criança
Prevenção de acidentes/segurança
Creche/Ama
III Parte
- Programa Nacional de Vacinação (verificar PNV) (administrar VIP+DTPa+Hib)
- Alertar para alteração da Vacinação dos 5 meses: MenC2 para a dose única nos 12
meses.
68
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
- Dúvidas
- Fornecimentos de folhetos informativos
- Marcação Próxima consulta/Registos
6 MESES
I Parte
- Apresentação
II Parte
6 MESES
Motricidade global
• Em decúbito ventral, faz apoio nas mãos.
• Em decúbito dorsal eleva a cabeça e os membros inferiores; descobre os pés podendo
agarrá-los e levar à boca já que nesta fase há uma hipotonia transitória com grande
flexibilidade de movimentos.
• Rola e vira-se, pode já conseguir deslocar-se tipo ponteiros do relógio quando em
decúbito ventral.
• Quando tracionado pelas mãos, faz força para sentar. Pode ficar sentado sem apoio,
mas ainda não tem reacções de protecção lateral, pelo que pode cair.
• De pé faz apoio.
Motricidade fina/visão
• Faz preensão palmar, alcançando o objecto voluntariamente, transfere de uma mão
para a outra e pode já segurar dois brinquedos.
• Leva objectos à boca como forma de exploração (oral).
• Não tem noção de permanência do objecto pelo que esquece o que sai do seu campo
visual, não procurando o brinquedo que cai.
69
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Linguagem/audição
• Reage com localização da fonte sonora a 45 cm do ouvido.
• Vocaliza com mono e dissílabos variados, gostando de conversar e de interagir.
• Responde ao som fazendo sons.
• Reage ao seu nome e começa a perceber o «não».
Autonomia/socialização/comportamento
• Muito activo, atento e curioso, gostando do jogo social e manifestando alegria com
frequência.
• Interesse por imagens no espelho.
• Reage às expressões faciais dos outros.
• Dá os braços para o agarrarem ao colo.
• Inicia o treino da colher (papa e sopa).
ALARME
• Ausência de controlo cefálico.
• Membros inferiores rígidos, com passagem directa à posição de pé quando se tentar
sentarem, revelando espasticidade.
• Não olha nem pega em objectos, o que pode ser por défice sensorial, por falta de
interesse na exploração ou por incapacidade motora para o fazer.
• Assimetrias (usar só uma mão, por exemplo, pode ser sinal de patologia localizada
cerebral – acidente vascular cerebral ou atrofia cortical localizada pós asfixia).
• Não reage aos sons por surdez ou desinteresse.
• Não vocaliza, silencioso ou muito monocórdico.
• Desinteresse do ambiente, não estabelece contacto, apático.
• Irritabilidade, estremece sempre que é tocado.
• Estrabismo manifesto e constante.
• Persistência de reflexos primitivos.
70
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
III Parte
- Dúvidas
9 MESES
I Parte
- Apresentação
II Parte
Motricidade global
• Fica sentado, sem apoios, por 10-15 min, uma vez que tem reacções de protecção
lateral e melhor equilíbrio.
• Põe-se de pé com apoio mas não se baixa.
• Desloca-se rastejando ou tentando gatinhar.
71
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Motricidade fina/visão
• Preensão e manipulação.
• Leva tudo à boca para exploração oral.
• Aponta com indicador, gosta de premir botões e explorar buracos.
• Faz pinça fina (apanha migalhas ou um fio da mesa).
• Atira objectos deliberadamente para o chão para ter noção do limite do seu corpo e da
profundidade do espaço.
• Procura objecto que caiu, pois já tem noção de permanência do objecto.
Linguagem/audição
• Reage de forma rápida a sons perto e longe.
• Localiza sons acima e abaixo do nível do ouvido.
• Palra com polissílabos (mamama, tatata…) e imita mais sons do adulto, sendo estes
polissílabos um sinal importante de bom prognóstico da evolução da fala.
Autonomia/socialização/comportamento
• Leva a comida à boca (bolacha, pão, massa) e apanha migalhas.
• Mastiga e, caso ainda não o faça por falta de estimulação, é fundamental reforçar a
importância de incentivar a mastigação e iniciar a manipulação da colher e do copo.
• Distingue os familiares dos estranhos (reacção ao estranho com choro) e manifesta
afecto dando «miminhos».
ALARME
• Não se senta.
• Permanece imóvel e não tenta mudar de posição.
• Assimetrias, posturais ou de movimentos.
• Estrabismo, mesmo que inconstante.
• Sem preensão palmar e não explora objectos oralmente.
• Não reage aos sons.
• Vocaliza monotonamente ou deixa de vocalizar
• Apático e sem reacção aos familiares.
• Engasga-se com facilidade.
72
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
III Parte
- Dúvidas
12 MESES
I Parte
- Apresentação
II Parte
73
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Motricidade global
• Passa de decúbito dorsal a sentado.
• Tem bom equilíbrio sentado.
• Gatinha ou desloca-se rastejando ou mudando de posição.
• Põe-se de pé e baixa-se com ajuda das mãos, anda com apoio.
Motricidade fina/visão
• Explora os brinquedos de várias formas.
• Procura o objecto escondido (debaixo de um pano ou embrulhado) e abre a caixa à
procura do conteúdo.
• Tem interesse visual para perto e para longe (já vê o avião ou o passarinho).
• Bate um cubo no outro em imitação. Usa objectos de forma funcional (copo, telefone,
escova cabelo, etc.).
Linguagem/audição
• Reage rápido a sons suaves.
• Volta-se quando o chamam pelo nome.
• Compreende ordens simples («dá») e expressa o «não» com a cabeça.
• Palra muito com sons parecidos com os do adulto variando o tom (jargão) e de forma
expressiva. Tenta imitar palavras.
• Pode dizer 1 a 4 palavras ou sons, que aplica com intenção.
• Identifica, olhando, imagens quando nomeadas pelo adulto.
• Bebe pelo copo com ajuda.
• Segura a colher, mas não a usa sozinho. Come com a mão.
• Ajuda a vestir levantando os braços.
• Diz adeus, bate palminhas e imita gestos do adulto.
• Sorri ao espelho.
• Muito dependente do adulto e chora na separação.
• Tímido ou ansioso com estranhos.
• Demonstra afecto, gosta da interacção, do jogo social e da imitação do adulto.
• Completa a sua «gestação extra-uterina» ficando equiparado às crias precociais
quando nascem – anda, come, comunica - podendo a partir de agora transitar para o seu
quarto e iniciar o processo de autonomia.
74
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
ALARME
• Não aguenta o peso nas pernas, por hipotonia; não se senta.
• Permanece imóvel e não tenta mudar de posição.
• Assimetrias; estrabismo.
• Não pega nos brinquedos ou fá-lo só com uma mão.
• Não faz pinça fina.
Prevenção de acidentes/segurança
III Parte
- Dúvidas
75
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
0,5 mL
Dose e via de administração
Intramuscular
76
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Circunstâncias Especiais”)
Contra-indicações
trombocitopénica na sequência de uma dose
anterior da vacina
vacinação
Precauções
adquiridas (incluindo infecção por VIH),
não graves - pode ser administrada, por
prescrição médica (ver “Vacinação em
Circunstâncias Especiais”)
77
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
trombocitopénica idiopática
Conservação
78
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
de 4 semanas. Assim deverão estar vacinadas com pelo menos uma dose de vacina contra a
rubéola e a parotidite e duas doses de vacina contra o sarampo (VAS/VASPR).
As adolescentes e as mulheres em idade fértil devem ser previamente inquiridas sobre uma
eventual gravidez antes da vacinação com a VASPR (ver “Vacinação em Circunstâncias
Especiais - Gravidez e Amamentação”).
Não é necessária a determinação prévia de anticorpos contra a rubéola para vacinar com a
VASPR8.
A VASPR pode ser administrada a indivíduos que já tenham tido uma das três doenças
(sarampo, parotidite epidémica ou rubéola) ou que tenham sido vacinados com qualquer
dos seus componentes isolados.
- A vacinação inadvertida com a VASPR durante a gravidez ou nos 3 meses antes de engravidar
não é motivo para interrupção da gravidez. Se aquela situação ocorrer, deverá ser declarada ao
médico assistente, ao responsável pela vacinação e ao Sistema Nacional de Farmacovigilância -
INFARMED.
- As puérperas não imunizadas ou cujo estado imunitário contra a rubéola e ou sarampo seja
desconhecido devem ser vacinadas com uma dose de VASPR ainda na maternidade ou na
consulta de revisão do puerpério, mesmo que tenham recebido recentemente imunoglobulinas
(ex. anti-a), não se perdendo assim oportunidades de vacinação (ver “Vacinação em
Circunstâncias Especiais – Terapêutica com produtos contendo imunoglobulinas”).
15 MESES
I Parte
- Apresentação
II Parte
79
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Motricidade global
• Começa a dominar a marcha, ainda de base alargada. Pode ainda andar só com apoio,
já que a marcha autónoma pode surgir entre os 9 e os 18 meses, sendo mais importante
a noção de que a criança se desloca de alguma forma.
Linguagem/raciocínio prático
• Tem 4-5 palavras mas compreende muito mais e identifica objectos a pedido.
• Olha para o que os pais apontam, iniciando uma atenção conjunta e triangulando o
olhar com os pais e objectos.
• Aponta para pedir (proto-imperativo) e depois para mostrar (proto-declarativo), como
forma de interacção social.
• Tenta cantar, gosta de música e de ver o livro de imagens.
Autonomia/socialização/comportamento
• Bebe pelo copo e usa a colher.
• Procura a independência e tem noção de território e de posse. É a altura em que foge
aos pais e começa a fazer birras.
• Reage à frustração com atitudes primitivas: grita, arranha, morde.
ALARME
• Ausência de tentativa de se deslocar ou de explorar o ambiente.
• Exploração dos objectos ainda prioritariamente oral.
• Não faz sons variados e polissílabos, não tenta imitar o som do adulto.
• Não faz pinça fina e não usa funcionalmente os objectos.
80
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Alimentação
Anorexia Fisiológica 2º ano de vida
Dentição e higiene Oral
Personalidade e Regras Sociais, Birras e Negativismo
Estilos de vida saudáveis (brincar, passear, dormir)
III Parte
- Dúvidas
18 MESES
I Parte
- Apresentação
II Parte
Motricidade global
• Anda bem, recua, baixa-se e apanha um brinquedo do chão e dá uma corrida pequena.
• Sobe escadas com apoio.
81
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Linguagem/raciocínio prático
• Usa 6-26 palavras reconhecíveis e compreende muito mais.
• Mostra três partes do corpo e mostra os sapatos a pedido.
• Identifica objectos de uso corrente e nomeia alguns (bola, carro).
• Usa o gesto para comunicar, aponta, mostra e partilha.
Autonomia/socialização
• Bebe pelo copo sem entornar, segurando-o com ambas as mãos.
• Usa a colher entornando pouco.
• Descalça sapatos e peúgas.
• Não gosta que lhe peguem, demonstrando independência crescente, mas quer muita
atenção. Alguns comportamentos de desafio.
• Ansiedade de separação, que tem um pico por volta dos 18 meses e depois abranda de
novo.
• Imita actividades domésticas, inicia o jogo simbólico.
• Imita o comportamento dos outros.
• Mais noção do seu «eu» e mais excitado com a companhia de crianças, iniciando a
socialização.
ALARME
• Não se põe de pé, anda em pontas; não anda; assimetrias.
• Não faz pinça fina, atira objectos ou leva-os sistematicamente à boca, não
apresentando uso funcional.
• Ausência de resposta à voz, não vocaliza espontaneamente, não tem a palavras
perceptíveis.
• Não se interessa pelo que o rodeia, não estabelece contacto
e não apresenta intencionalidade comunicativa.
• Não cumpre ordens.
82
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
III Parte
- Dúvidas
2 ANOS
I Parte
- Apresentação
II Parte
Motricidade global
• Corre bem, chuta a bola, salta a pés juntos, sobe e desce degraus.
83
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Linguagem/raciocínio prático
• Diz o primeiro nome.
• Faz monólogos enquanto brinca.
• Diz holofrases (já tá e dá cá) e junta palavras (mãe rua, quero papa).
• Identifica muitos objectos e pessoas e nomeia alguns objectos.
• Segue ordens simples.
• Repete palavras que ouviu.
Autonomia/socialização/comportamento
• Inicia treino dos esfíncteres diurno.
• Pede brinquedos; ainda faz jogo paralelo mas gosta de interagir. Pede alimentos à
mesa, come bem com a colher e bebe pelo copo sem entornar.
• Ajuda a vestir, põe o chapéu e calça sapatos e identifica várias partes do corpo.
• Imita comportamento dos adultos e outras crianças. Tem jogo imitativo - em que imita
acções dos outros - e jogo simbólico - em que usa objectos fingindo ser algo diferente
ou recria personagens.
• Gosta de brincar com outros mas é muito possessivo e com independência crescente.
• Começa a testar limites e regras parentais, é desafiante e faz birras.
• É importante perceber a vinculação, a estruturação parental e as rotinas que estão
implementadas em relação à alimentação, sono, higiene, controlo de birras, para dar
estratégias aos pais e evitar agravamento dos problemas no futuro.
ALARME
• Não anda ou anda sistematicamente em pontas, o que pode ser um sinal de hipertonia
distal dos membros inferiores ou alertar para aspectos comportamentais (por ser uma
estereotipia).
• Deita objectos fora e não constrói nada.
• Não parece compreender o que lhe dizem.
• Não tem palavras inteligíveis.
• Não procura imitar, não se interessa pelo meio e pelas pessoas e não tenta interagir.
84
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
III Parte
- Dúvidas
3 ANOS
I Parte
- Apresentação
II Parte
Motricidade global
• Tem equilíbrio momentâneo num pé.
• Salta a pés juntos e sobe degraus alternando o pé.
• Anda em bicos de pés de forma voluntária.
85
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Linguagem/raciocínio prático
• Sabe o nome e apelido e o sexo.
• Pergunta, canta, define objectos pelo uso.
• Usa frases de 3 a 5 palavras, com advérbios e adjectivos.
• Vocabulário extenso mas que pode ser incompreensível para estranhos e ter defeitos
de articulação e imaturidades na fala.
• Conhece o dinheiro, tem noção de maior, compara tamanhos e repete três dígitos
(memória verbal imediata).
Autonomia/socialização/comportamento
• Usa a casa de banho sozinho, mas pode não controlar a micção durante a noite.
• Come com colher e garfo.
• Desabotoa botões (ainda não abotoa).
• Tem jogo imaginativo e partilha a brincadeira com os outros; pode ter um amigo
imaginário ou brincadeiras com fantasia.
• Adquire noção de ironia, faz «palhaçadas» e é muito social, embora possa variar com
o temperamento de cada criança.
• As birras são mais intencionais, surgem os terrores nocturnos, os medos e fobias
porque tem mais noção do ambiente e dos perigos.
• Muito egocêntrico e incapaz de adiar a recompensa ou de esperar a sua vez.
• Já consegue estar separado dos pais sem grande ansiedade e tem alguma dificuldade
em lidar com alterações na rotina.
86
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
ALARME
• Anda sistematicamente em pontas.
• Mantém flapping dos braços quando excitado. Este comportamento pode ser normal
até esta idade, desde que seja isolado e não associado a outras estereotipias, mas deve
desaparecer a partir dos três anos.
• Não parece compreender o que lhe dizem, não junta duas palavras.
• Não usa funcionalmente os objectos e não tenta fazer algo construtivo ou criativo.
• Não tenta interagir com os outros, não socializa, não mostra, não partilha, não pede.
• Não usa o gesto como suporte da comunicação no caso de dificuldades na expressão
verbal.
Promoção para a Saúde:
Alimentação adequada
Desenvolvimento cognitivo
Descoberta do sexo
Prevenção de acidentes/segurança
III Parte
- Dúvidas
5 – 6 ANOS
I Parte
- Apresentação
87
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
II Parte
5 ANOS
Motricidade global
• Corre e chuta a bola, sobe e desce escadas e tem grande agilidade e autonomia.
• Atira bola ao ar e apanha.
Linguagem/raciocínio prático
• Discurso fluente podendo ter pequenas incorrecções articulatórias ou sigmatismo que
devem tentar ser corrigidos antes de iniciar a escola (nesta fase já há boa colaboração da
criança).
• Grande aumento de vocabulário, com definição de opostos, materiais, noções
temporais e de velocidade.
• Usa frases de 5 palavras e com tempos verbais, embora por vezes com algumas
incorrecções gramaticais.
• Conta até 15 e conhece as moedas.
Autonomia/socialização
• Lava-se, veste-se e despe-se sem ajuda. Come com faca e garfo.
• É autónomo na casa de banho.
• Escolhe os amigos, gosta de lhes agradar e por vezes tenta imitá-los.
• Gosta de dançar, cantar e fazer teatro e já é capaz de ficar sozinho com os amigos ou
em casa de vizinhos.
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
89
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
• Linguagem incompreensível aos quatro anos, não conseguindo descrever uma figura,
ou com substituições fonéticas e erros articulatórios presentes aos cinco ou seis anos,
necessitam avaliação e intervenção.
• A criança com dificuldade na aprendizagem das letras ou que na escola (aos sete anos)
não aprende a ler pode ter uma dislexia e deverá também ser referenciada.
• Suspeita de défices auditivos e visuais mais ligeiros que devem sempre ser vigiados e
detectados, sobretudo em crianças com problemas do desenvolvimento. Se por um lado
é feito o rastreio de otoemissões ao nascer e nas diferentes etapas se foi avaliando a
audição e visão, no caso de haver suspeitas de défices devem sempre ser avaliados e
orientados por um oftalmologista ou otorrinolaringologista ou pedido audiograma e
timpanograma e um rastreio da visão.
- Promoção para a Saúde:
III Parte
- Dúvidas
90
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
A Hipertensão Arterial consiste numa subida persistente dos valores da pressão arterial
(pressão que o sangue provoca nas artérias, que é influenciada pela resistência
periférica, débito cardíaco e contracções cardíacas).
Definição e classificação dos níveis da Pressão Arterial sistólica Pressão Arterial diastólica
pressão arterial em adultos (idade igual (mmHg) (mmHg)
ou superior a 18 anos) Categoria - 1
Ótima <120 e <80
Normal 120-129 e/ou 80-84
Normal-Alta - 2 130-139 e/ou 85-89
Hipertensão arterial (HTA) - 3 140-159 e/ou 90-99
Grau 1 (HTA ligeira) 160-179 e/ou 100-109
Grau 2 (HTA moderada) ≥180 e/ou ≥110
Grau 3 (HTA grave)
Hipertensão Sistólica isolada (HSi) - 4 ≥ 140 e <90
1 - Esta classificação é válida para adultos com 18 ou mais anos de idade que não tomem fármacos anti-
hipertensores e não apresentem nenhum processo patológico agudo concomitante. Quando as pressões
arteriais sistólica e diastólica estejam em diferentes categorias considera-se a categoria do valor mais
elevado.
2 - As pessoas com pressão arterial normal-alta têm risco cardiovascular mais elevado comparativamente
às que apresentam uma pressão arterial ótima (risco relativo de 2.5 na mulher e 1.6 no homem).
3 - Valores médios de duas medições, realizadas em pelo menos três consultas, após a deteção inicial de
valores elevados de pressão arterial.
4 - A HSi classifica-se também em graus de 1 a 3, segundo os seus valores de pressão arterial sistólica e
com idênticos escalões aos da hipertensão arterial.
FACTORES DE RISCO
91
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
O sal, ou sal de cozinha, quimicamente designado por cloreto de sódio (NaCl) é constituído por dois
+
minerais: o sódio e o cloro. O sódio (Na ) é um nutriente essencial ao organismo, sendo o sal a
maior fonte deste mineral na dieta. No entanto, verifica-se que o consumo excessivo,
particularmente de sódio, apresenta inúmeras consequências (ex. aumento do risco de
aparecimento de cancro e sobrecarga do funcionamento renal).
Uma das principais consequências, a longo prazo, do consumo excessivo de sal é a hipertensão
arterial (HTA). Esta patologia pode ser definida como valores de pressão arterial maiores ou iguais a
140/90 mm Hg em medições repetidas. Sendo que os valores óptimos de tensão arterial para
adultos são de, aproximadamente, 120/80 mm Hg.
De acordo com um relatório publicado em 2003 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal
seria um consumo máximo de 5 g diárias de sal (aproximadamente uma colher de chá), num total de
2 g de sódio.
Os bebés não devem consumir alimentos com adição de sal, sendo ainda de referir que as
recomendações para a ingestão de sal nas crianças são muito inferiores às recomendadas para os
adultos.
O quadro seguinte ilustra as quantidades de sódio e sal recomendadas para diversas faixas etárias:
Tabela adaptada do Scientific Advisory Committee on Nutrition, Salt and Health, 2003.
*2 As quantidades recomendadas para as crianças com idade de 0-6 meses
representam uma média das quantidades recomendadas para os grupos de 0-3 e 3-6
meses de idade; as quantidades recomendadas para as crianças de 7-12 meses
representam uma média das quantidades recomendadas para os grupos de 7-9 e 10-
12 meses de idade.
*3 As quantidades recomendadas para os adultos foram obtidas a partir das
recomendações da OMS.
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Ao contrário do que se possa pensar, a maior parte do sal consumido, no dia a dia, é
proveniente não tanto das refeições cozinhadas em casa, mas sim dos alimentos pré-
preparados comprados fora de casa.
Mesmo utilizando pequenas porções de sal para cozinhar e não adicionando sal
fino (sal de mesa) aos pratos confeccionados, em caso de consumo de uma grande
quantidade de alimentos pré-preparados, já cozinhados ou prontos a comer (ex. sopas
instantâneas, fumados, enchidos, enlatados, caldos de carne, molhos pré-preparados,
manteigas com sal, batatas fritas de pacote, entre outros) está, provavelmente, a
consumir-se uma quantidade de sal superior à recomendada. Desta forma, os
alimentos pré-preparados contribuem para cerca de 80% da ingestão de sal.
Durante os primeiros meses de vida a criança tem um contacto muito ténue com o sal,
isto porque tanto o leite materno, como as fórmulas contêm sal em quantidades muito
reduzidas. O leite materno contém, no início da lactação, cerca de 0,160 g de sódio
(0,4 g de sal), passando a aproximadamente 0,120 g de sódio (0,3 g de sal) no
período final de lactação. Os reduzidos níveis de sal são uma vantagem para o bebé
que, comparativamente, a um indivíduo adulto apresenta uma menor capacidade de
excreção de sódio.
Contudo, uma vez que a criança comece a comer um vasto leque de alimentos, a sua
ingestão de sal aumenta rapidamente, ocorrendo um ajuste dos seus receptores de
sabor às elevadas concentrações do mesmo nos alimentos. Desta forma, a criança
desenvolve um gosto por alimentos salgados, o que resulta muitas vezes num
consumo de sal em quantidades superiores às verificadas em adultos.
A pressão arterial das crianças é inferior à dos adultos, porém não existem valores
estabelecidos para o diagnóstico de hipertensão arterial nas faixas etárias mais
jovens.
Crianças com parentes próximos (primeiro grau) hipertensos apresentam uma maior
probabilidade de desenvolvimento de hipertensão arterial.
93
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Quanto mais precoce for a exposição da criança a elevados níveis de sódio, maior
será a probabilidade da mesma desenvolver tensão arterial elevada em idade adulta.
Estudos realizados indicam que crianças alimentadas a leito materno apresentam
menor probabilidade de HTA, comparativamente a crianças alimentadas,
exclusivamente, a formulações lácteas. E que numa intervenção de apenas seis
meses é possível encontrar diferenças, em termos de pressão arterial, em bebés que
seguem uma alimentação com baixo teor de sódio (0,1 g) e bebés com alimentação de
teor de sódio normal (0,3 g).
São, de facto, necessários mais estudos que se foquem no impacto do sal ao nível da
pressão arterial em crianças, já que muitos dos trabalhos realizados são de difícil
interpretação devido a questões metodológicas.
Para que a criança cresça saudável podem e devem ser seguidos alguns conselhos,
tais como: não comprar alimentos dirigidos às crianças, com elevadas quantidades de
sal, não cozinhar com sal e não permitir que as crianças adicionem sal ao seu prato ou
a outros alimentos que vão consumir.
Devem, também, ser controlados outros factores como o estilo de vida e a prática de
actividade física, de forma a prevenir a obesidade e outras patologias que possam
promover um futuro quadro de hipertensão.
MANIFESTAÇÕES DE HTA
A HTA é geralmente assintomática nas primeiras fases, mas com o evoluir da doença
apresenta os seguintes sinais e sintomas:
94
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
-cordial/precardialgia;
Insuficiência
Cardíaca Congestiva; Acidentes Vasculares Cerebrais e Consequente Isquémia
Cerebral.
a perfusão diminui, o
glomérulo é privado do abastecimento sanguíneo, podendo surgir uma situação de
insuficiência renal.
- cegueira.
- Hábitos Alimentares
- Hábitos de Eliminação
- Hábitos de Higiene
95
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
96
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
O que é a Diabetes?
Afecção que assenta num defeito da formação dos mecanismos de reserva e utilização
de alimentos, isto é, nos mecanismos de gestão de energia:
o dos lípidos
O diagnóstico de diabetes
É feito com base nos seguintes parâmetros e valores para plasma venoso na população
em geral:
a) Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl (ou ≥ 7,0 mmol/l); ou
b) Sintomas clássicos + glicemia ocasional ≥ 200 mg/dl (ou ≥ 11,1 mmol/l); ou
c) Glicemia ≥ 200 mg/dl (ou ≥ 11,1 mmol/l) às 2 horas, na prova de tolerância à glicose
oral (PTGO) com 75g de glicose; ou
d) Hemoglobina glicada A1c (HbA1c) ≥ 6,5%.
97
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Tipo 1
Tipo 2
Forma mais comum, que resulta de distúrbios na acção e secreção da insulina, podendo
qualquer uma delas ser predominante, quase sempre acompanhada de insulino-
resistência. Causada por: secreção de insulina deficiente e/ou insuficiente para
98
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Factores de Risco
Idade> 45 anos
actividade física
99
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Complicações da Diabetes
Cérebro e
circilação
Olhos
cerebral (avc)
(retinopatia)
Coração e circilação
coronária (doença
coronária)
Rim
(Nefropatia)
Sistema
Nervoso
Periférico
Membros (Neuropatia)
Inferiores
(Doença Vascular
Periférica)
Pé diabético
(ulceração e
amputação)
Agudas
Hipoglicémia
Crónicas ou Tardias
– Pé diabético
100
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
- Hábitos Alimentares
- Hábitos de Eliminação
Hipoglicémia
Etiologia:
ção SC)
Sintomatologia:
101
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
tratamento imediato
– pacotes
de açúcar, rebuçados.
Hiperglicémia
Etiologia:
102
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Sintomatologia:
Alimentação
Educação da
Pessoa,
englobada a
autovigilância e
o autocontrolo
da diabetes
Medicação
Exercício físico (antidiabéticos
e/ou insulina).
Tratamento da Diabetes
103
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
para ver se há zonas de cor diferente, bolhas, fissuras, calosidades, inchaço... Se não lhe
é possível fazê-lo, por dificuldade na posição, use um espelho e se tem dificuldade de
visão peça auxílio a outra pessoa;
Lave os Pés todos os dias, durante 2 ou 3 minutos, usando sabonete neutro e água
tépida (verifique sempre a temperatura da água) e não os “ponha de molho”. Seque-
os muito bem, em particular nas zonas entre os dedos. Aplique um creme hidratante
na planta e no dorso, (não entre os dedos), massajando bem;
-a em linha recta de
um lado para o outro.
ntro
deles.
ou em que se exerça pressão excessiva. Os sapatos fechados protegem mais os pés, quer
de “batidas ou topadas” quer de pedras ou areias.
104
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
- Ir anualmente ao oftalmologista;
Carboximetilcelulose Sódica
Descrição do Produto
Os pensos deste grupo são também designados por hidrofibras. O seu elemento
constituinte é a carboximetilcelulose sódica com um baixo grau de carboximetilação.
Tem como característica ser muito pouco solúvel em meio aquoso e ter uma elevada
capacidade de retenção de água (1). Existe comercializada uma hidrofibra com prata
iónica.
Contra-indicações
A carboximetilcelulose não deve ser utilizada em feridas com reduzida produção de
exsudado nem aplicadas em indivíduos com conhecida sensibilidade aos seus
constituintes.
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Efeitos Secundários
Não estão descritos efeitos secundários.
Questões Práticas
Sendo a absorção de exsudado vertical e não migrando este dentro do penso, quando é
aplicado para além da margem da ferida não existe risco de maceração, existindo
mesmo protecção da pele peri-lesional.
Outra propriedade importante é que ao absorver exsudado e gelificar o penso forma um
gel coeso e por isso, se utilizado em locas de menores dimensões ou zonas fistulosas, é
mais fácil de remover na totalidade e de forma íntegra.
Como não têm rebordo adesivo, a carboximetilcelulose é fixada com a ajuda de um
penso secundário. Este, deve manter o ambiente húmido ideal para a cicatrização pelo
que o uso das compressas é desaconselhado, sendo a única excepção as úlceras venosas
onde se esteja a aplicar terapia compressiva. A opção pelo penso secundário varia de
acordo com algumas características da ferida:
Em feridas planas a opção vai ser por um penso que mantenha o equilíbrio da humidade
evitando o deslizar do penso, por ex. uma espuma;
Em feridas cavitárias a opção pode ser a utilização de uma película de filme
transparente, um hidrocolóide ou até mesmo uma espuma.
Apesar de não serem visíveis a olho nu, a carboximetilcelulose deixa resíduos no leito
da ferida. Estes devem ser removidos mediante uma adequada irrigação com uma
solução de limpeza (água ou soro fisiológico).
Se houver uma inadequada selecção do penso e a ferida não for suficientemente
exsudativa, o penso não gelifica e adere ao leito da ferida tornando traumática a sua
remoção mesmo com irrigação.
Carvão Activado
Descrição do Produto
Os pensos de carvão activado são constituídos por uma membrana, que pode ser de
viscose e rayon não aderente e permeável, que envolve uma camada central de
compressa de tecido não tecido impregnada com carvão activado (1). Alguns destes
pensos têm na sua constituição carboximetilcelulose, alginato, espumas e prata(1).
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Contra-indicações
Os pensos com carvão activado não devem ser aplicados em indivíduos com conhecida
sensibilidade aos seus constituintes. Também, não devem ser cortados, sob o perigo de
ocorrer a precipitação do carvão no leito da ferida e, consequentemente, a descoloração
do mesmo, o que impedirá uma avaliação correcta da fase de cicatrização da mesma, e a
avaliação de possíveis reacções de sensibilidade. Os pensos com carvão activado não
devem ser colocados em feridas secas ou necrosadas.
Efeitos Secundários
Não estão descritos efeitos secundários.
Questões Práticas
O penso de carvão activado pode ser usado directamente no leito da ferida (penso
primário), mas também pode ser utilizado como penso secundário sobre um penso de
preenchimento.
Quando utilizado como penso primário, deve-se ter o cuidado de perceber se há
referência a dor local. Esta, muitas vezes, está relacionada com a adesão do penso ao
leito da ferida. Para ser evitada recomenda-se a utilização de compressas não aderentes,
como penso primário, como sejam as de silicone, entre outras.
A mudança do penso vai depender da rapidez com que o penso de carvão fica molhado,
isto porque quando em contacto com o exsudado as suas propriedades de adsorção do
odor diminuem e, assim sendo, a mudança do penso torna-se necessária(4). A
conjugação com um material que retenha a humidade e a afaste do carvão, irá melhorar
o desempenho do mesmo.
Colagenase
Descrição do Produto
107
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Contra-indicações
A colagenase não deve ser aplicada em indivíduos com conhecida sensibilidade aos
seus constituintes.
Efeitos Secundários
No início do tratamento pode surgir dor e ardor local resultante da activação da fase
inflamatória, porém tal raramente obriga a suspender o tratamento. Em casos isolados
podem manifestar-se irritações locais.
Questões Práticas
Por vezes há necessidade de efectuar alguns cortes, com bisturi, em linhas cruzadas na
placa de necrose. Este procedimento vai permitir a mais rápida penetração do produto.
Quando as quantidades de produto a utilizar são reduzidas e de forma a não existir
desperdício pode passar-se para uma seringa a quantidade de colagenase que se pensa
utilizar. Este procedimento deve ser efectuado em bancada de trabalho longe do
ambiente do doente. A aplicação na ferida será efectuada através da seringa com a ajuda
do seu êmbolo.
De forma a potenciar a actividade das enzimas, deve utilizar-se como penso secundário
um material que mantenha o ambiente húmido (por exemplo o hidrocolóide ou a
película transparente, entre outros).
A pele circundante deve ser cuidadosamente vigiada e se necessário deve ser utilizado
um produto barreira, porque a colagenase potencia a resposta inflamatória o que leva a
um aumento da produção de exsudado.
Alguns detergentes e iões metálicos (ex. prata e zinco) inactivam a colagenase. Assim,
deve ser evitado o uso de substâncias contendo prata com a colagenase, como por
exemplo a sulfadiazina de prata entre outros (4). Também deve ser evitado o uso de
soluções de limpeza que acidifiquem o meio ou que tenham na constituição iões
metálicos (4).
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Hidrocolóides
Descrição do produto
Os hidrocolóides apresentam-se sob a forma de pensos ou pastas e são constituídos, na
generalidade, por uma mistura de gelatina, pectina e carboximetilcelulose (1 . As
apresentações em pensos para feridas superficiais têm uma película externa
impermeável de poliuretano e as pastas têm um suporte base de poliéster, goma ou
excipientes gordos (1'2). Alguns hidrocolóides têm, ainda, na sua constituição uma
elevada concentração de alginato (l'2).
Contra-indicações
Os hidrocolóides não devem ser aplicados em indivíduos com conhecida sensibilidade
aos seus constituintes. Não se recomenda a utilização destes materiais em feridas muito
exsudativas e em feridas infectadas, em particular por bactérias anaeróbias.
A sua remoção pode causar traumatismo na pele circundante friável e a sua mudança
frequente pode levar a irritação da pele. Assim, não está recomendada a sua utilização
109
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
em quebras cutâneas, isto porque podem causar lesão na pele se não forem removidos
de forma apropriada.
Efeitos secundários
Existem relatos de hipergranulação quando existe um uso prolongado de hidrocolóides
o que pode levar à necessidade de descontinuação da sua utilização (4). Nestes casos
pode ser uma opção a utilização de um penso mais permeável às trocas gasosas.
Questões práticas
Aplicação e remoção de um penso de hidrocolóide:
1. Aquecer o hidrocolóide entre as mãos 3-5 minutos de forma a tornar o penso
maleável/adaptável(3)
2. Após aplicar o penso no local, utilizar o calor das mãos para o selar no local<3)
3. O penso deve ser aplicado de modo a ficar para lá da margem da ferida a uma
distância de 2-3cm (), tentando-se evitar a fuga do gel recém-formado localmente (no
centro do penso como uma bolha)
4. Na remoção, se for um hidrocolóide extra-fino, este soltar-se-à da pele por
estiramento (exercer força puxando as pontas do penso do centro para fora, o que o vai
obrigar a enrugar), se for um penso mais espesso a sua remoção deve ser feita por
enrolamento do mesmo sobre si.
Em contacto com a humidade as pontas do penso têm tendência a enrolar sobre si
mesmo, sendo útil a utilização de adesivo em moldura (apenas nas pontas do penso) de
forma a evitar esta ocorrência.
Os hidrocolóides durante a absorção de exsudado formam um gel, com uma coloração
amarelada e um cheiro desagradável característico que não deve ser confundido com
infecção (5'6).
Hidrogeles
Descrição do Produto
Os hidrogeles são geles amorfos constituídos, na sua generalidade, por uma rede
polimérica sintética impregnada de água (1). A rede de polímeros costuma ser
constituída por substâncias estruturais do gel que podem ser a carboximetilcelulose, o
alginato ou goma xantana, por agentes hidratantes como o propilenoglicol e o glicerol e
por substâncias gelatinosas como a pectina.
A concentração de água varia entre os 70% a 96% da constituição total do penso,
existindo algumas variações em que a água é substituída por cloreto de sódio isotónico
110
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
ou hipertónico (20%) ou por glicerina (2). Também está comercializado, embora com
utilização restrita, um hidrogel que tem na sua constituição 0,75% a 0,8% de
metronidazol(2).
Os hidrogeles têm duas formas de apresentação: a bisnaga, com água ou cloreto sódio e
o penso, com ou sem rebordo adesivo, com glicerina, água ou cloreto sódio isotónico.
Nestes últimos, a face externa do apósito, que não entra em contacto com o leito da
ferida é, geralmente, transparente.
Contra-indicações
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Os hidrogeles não devem ser aplicados em indivíduos com conhecida sensibilidade aos
seus constituintes.
Efeitos Secundários
Não estão descritos efeitos secundários.
Questões Práticas
Hidrogeles em bisnaga
Associado à utilização do hidrogel deve ser utilizado um penso secundário que permita
as trocas gasosas, seja impermeável às bactérias e evite absorver o gel ou mesmo
permitir a sua evaporação (4). Desta forma, as opções mais adequadas são as películas de
filme transparente (5) e os hidrocolóides, materiais que não têm como função primária
absorver o exsudado.
Quando as quantidades de produto a utilizar são reduzidas e de forma a não existir
desperdício pode passar-se para uma seringa a quantidade de hidrogel que se pensa
utilizar. Este procedimento deve ser efectuado em bancada de trabalho longe do
ambiente do doente. A aplicação na ferida será efectuada através da seringa com a ajuda
do seu êmbolo.
Por vezes há necessidade de efectuar alguns cortes, com o bisturi, em linhas cruzadas na
placa de necrose. Esta intervenção vai permitir a mais rápida penetração do produto e
consequente hidratação dos tecidos.
A sua utilização em feridas com exsudado é desnecessária e pode ser inclusivamente
contraproducente pois pode levar à maceração dos bordos e da pele circundante, por
mau contato
Iodo
Descrição do produto
O lodo é um elemento não metálico que não se encontra livre na natureza. Devido às
suas propriedades antissépticas pode ser usado no tratamento de feridas infectadas,
desde que incluído em formas galénicas que permitam a sua libertação constante e em
níveis terapêuticos.
Actualmente, existem dois tipos de pensos que libertam iodo de forma controlada e
contínua: um, constituído por uma rede de cadexómero que liberta o iodo outro,
constituído por uma compressa de viscose impregnada em polietilenoglicol, que liberta
um iodóforo (iodopovidona), que por sua vez liberta o iodo para o leito da ferida.
112
Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Contra indicações
O iodo não deve ser usado em algumas situações, das quais se destacam conhecida
sensibilidade ao produto, distúrbios renais ou da tiróide, doença de Hashimoto, bócio
nodular não tóxico, em crianças com idade inferior a dois anos, grávidas e mães a
amamentar, antes e após a utilização de radiofármacos com iodo, em casos de dermatite
herpetiforme de Duhring, em doentes a fazer lítio, em feridas profundas ulceradas e em
lesões ou queimaduras extensas.
Efeitos secundários
A sua utilização deve ser monitorizada em doentes com alteração da função renal ou
antecedentes clínicos de perturbações tiroideias.
Questões práticas
Cadexómero
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Maltodextrina
Descrição do produto
Os pensos com maltodextrina apresentam-se sob a forma de gel ou pó, tendo este último
nu sua constituição ácido ascórbico a 1% (1).
A maltodextrina é um hidrato de carbono composto por maltose e dextrose que provém
da decomposição do amido de milho (2).
Mecanismo de acção
A função principal da maltodextrina é fornecer ao leito da ferida os nutrientes
necessários para que o processo de cicatrização ocorra rapidamente. A apresentação em
pó, que é hidrofílica, quando em contacto com o exsudado da ferida forma um gel que
lidere aos tecidos e protege o leito da ferida da desidratação (1).
A diminuição do pH proporcionada pelo ácido ascórbico limita o crescimento de
microorganismos (1).
Contra-indicações
Os pensos com maltodextrina não devem ser aplicado em indivíduos com conhecida
sensibilidade aos seus constituintes. Deve-se monitorizar a sua aplicação nos doentes
diabéticos através dos valores da glicemia.
Efeitos Secundários
Não são conhecidos quaisquer efeito secundário ou reacção alérgica à maltodextrina.
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Estágio de Enfermagem Comunitária - 2013
Questões Práticas
A utilização da maltodextrina tem de ser associada a um penso secundário que
mantenha um ambiente húmido. A sua aplicação deve abranger todo o leito da ferida
numa camada de 0,5 cm (1).
Quando as quantidades de produto a utilizar são reduzidas e de forma a não existir
desperdício pode passar-se para uma seringa a quantidade de gel de maltodextrina que
se pensa utilizar. Este procedimento deve ser efectuado em bancada de trabalho longe
do ambiente do doente. A aplicação na ferida será efectuada através da seringa com a
ajuda do seu êmbolo.
Prata
Descrição do Produto
A prata, 47° elemento da tabela periódica é inerte se pura, no entanto em soluções
concentradas de ácidos, origina sais iónicos com propriedades antimicrobianas.
Os pensos contendo prata, existentes no nosso mercado, são variados e caracterizam-se
por serem não aderentes, terem matriz variável e integrarem a prata. Esta pode estar sob
a forma iónica, nanocristalina ou de sulfadiazina argêntica(1).
Existem no mercado várias apresentações que combinam diversos produtos com prata
como por exemplo carvão activado, silicone, carboximetilcelulose sódica, alginatos ou
espumas (1).
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Contra-indicações
Alergia à prata ou a qualquer um dos componentes do penso em que esta substância se
inclui.
Questões práticas
A utilização prolongada do penso com prata deve ser sempre avaliada. Se o número de
iões prata for muito superior ao número de bactérias presentes no leito da ferida, a prata
pode ter um feito tóxico noutras células como fibroblastos e células epiteliais (4).
Verificou-se, em alguns casos, um atraso no processo de re-epitelialização em feridas
tratadas durante 12 dias com penso de prata quando comparado com penso sem
antiséptico. Ao fim de duas semanas de utilização da prata não existir evolução positiva
no processo de cicatrização da ferida deve fazer-se uma re-avaliação do doente e
ponderar-se a sua alteração.
SUCRALFATO
Descrição do Produto
Trata-se do 1-octassulfato de sacarose, um complexo de sulfato de alumínio e sacarose
estruturalmente relacionado com a heparina, mas sem exibir a actividade anticoagulante
que caracteriza esta molécula. O sucralfato existe comercializado na forma de gel.
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Mecanismo de Acção
O gel contendo sucralfato, ao contactar com o epitélio danificado forma uma barreira
protectora que cobre a úlcera mantendo o ambiente húmido necessário à cicatrização.
Estimula o factor de crescimento epitelial (FCE), activa os miofibroblastos e os factores
vasculares e protege os factores de crescimento dos fibroblastos com consequente
activação da angiogénese. Como resultado destes acontecimentos, o processo de
cicatrização é acelerado
Este composto não é metabolizado pelo organismo e está indicado como adjuvante no
tratamento de lesões não infectadas de índole diversa, como feridas, queimaduras,
úlceras de pressão, úlceras vasculares e úlceras diabéticas como estimulante da
cicatrização. Em hemorroidectomias, constatou-se que o sucralfato tópico diminuía
significativamente a dor nos dias 7 e 17, assim como promovia cicatrização mais rápida
que o placebo (3).
Contra-indicações
O sucralfato não deve ser aplicado em indivíduos com conhecida sensibilidade aos seus
constituintes. Durante a gravidez ou aleitamento deve ser consultado o médico
assistente antes de iniciar o tratamento.
Efeitos Secundários
Não são conhecidos quaisquer efeitos secundários ou reacções alérgicas ao sucralfato.
Questões Práticas
O sucralfato tem indicação para ser aplicado diariamente.
Quando as quantidades de produto a utilizar são reduzidas e de forma a não existir
desperdício pode passar-se para uma seringa a quantidade de gel de sucralfato que se
pensa utilizar. Este procedimento deve ser efectuado em bancada de trabalho longe do
ambiente do doente. A aplicação na ferida será efectuada através da seringa com a ajuda
do seu êmbolo.
A camada de gel deve cobrir toda a ferida sendo necessário a aplicação de um penso
secundário.
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-Aproxima a medicina geral e familiar dos utentes, reforçando a relação e confiança dos
utentes com o médico e enfermeiro de familia;
Objectivos
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que com mais frequência afectam os doentes (em maiúsculas, os mais importantes):
Quadro 1- Interacções com anticoagualantes orais e recomendações para cada grupo terapeutico
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Vários alimentos que podem interferir com os AVK. Os seguintes são ricos em vitamina
K: feijão seco, bróculos, couve, couve-flor, grão-de-bico, gema de ovo, fígado de vaca,
porco e galinha, óleo de soja, ervilhas secas, algas, sementes de soja, espinafres, nabos e
pão de trigo.
• Hipersensibilidade;
• Osteoporose;
• Necrose hemorrágica da pele (em doentes com falta de proteína C ou S) aparece entre
o terceiro e o décimo dia do início do AVK. Afecta as zonas com abundante tecido
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celular subcutâneo (mamas, nádegas, coxas), com maior frequência nas mulheres.
Deve-se a uma trombose na microcirculação cutânea.
Os níveis de anticoagulação recomendados para cada uma das indicações têm sido
revistos várias vezes. A tabela seguinte representa os intervalos de INR recomendados
pelo American College of Chest Physicians em 2005.
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Quadro 1- Níveis de INR recomedendados consoante a situação clínica / Fonte: “A anticoagulação oral para cuidados de saúde
primários”
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•Fase inicial da anticoagulação do utente, até que seja encontrada a dose que o mantém
no intervalo desejado;
● Mulheres que desejem engravidar
• Surgimento de conta indicação ao tratamento com anticoagulantes, conforme tabela
seguinte:
Contra indicações
Diátase hemorrágica
Hemorragia activa, incluindo úlcera sangrante, neoplasias ulceradas ou
retinopatia hemorrágica;
Absolutas
Hemorragia intracraniana prévia ou risco (tumores, cirurgia);
Aneurisma intracerebral; Aneurisma dissecante;
Hipertensão grave não controlável (Tensão diastólica> 120).
Doenças hepáticas ou renais graves;
Coagulopatias;
Cirurgia recente do Sistema Nervosa Central ou oftalmológico;
História anterior de hemorragias com anticoagulantes orais;
Relativas Úlcera activa;
Alcoolismo;
Alterações do estado mental; falta de colaboração;
Gravidez;
Pericardite com derrame, endocardite bacteriana.
Quadro 3- Contra-indacações à hipocoagulação nticoagualantes orais e recomendações
para cada grupo terapeutico
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● Posteriormente devem-se realizar controlos frequentes (não antes de 4 dias) com ajuste
de doses consoante o INR, semanal durante 2 semanas até existir estabilidade do INR
● Deverá realizar-se um controlo na semana seguinte a qualquer alta hospitalar para
avaliar a influência da resposta da AO às mudanças da dieta, atividade física ou a
possibilidade de consumo de tabaco ou de álcool.
Uma vez encontrada a dose que mantém o doente no nível desejado, a periodicidade do
controlo analítico pode ser de 4 a 6 semanas, ajustando conforme o doente. Contudo, se
surgir algum sinal de alarme (ex. hemorragia), ou outra situação que possa influenciar o
resultado do teste, ex: diarreias prolongadas, toma de novos medicamentos, suspensão
da medicação habitual, etc. Deve-se monitorizar o INR.
Dado que as modificações nas doses não se reflectem no INR até pelo menos 36 horas,
os ajustes realizados aos doentes que estão fora do intervalo terapêutico devem basear-
se na dose total semanal, e não se deve realizar um controlo analítico até pelo menos 4
dias depois da mudança da dose, pelo que nestas situações fazem-se sempre 6 a 8 dias
posteriores.
PROCEDIMENTOS CLÍNICOS
Enfermeiro
1ª Consulta
● Avaliação inicial;
● Gestão do regime terapêutico;
● Monitorizar sangue através de INR;
● Registar no programa Hytgold;
● Educação para a saúde ajustada a cada utente;
● Documentar informação no Sistema de informação utilizado na USF (SAPE).
Consultas seguintes:
● Gestão do regime terapêutico;
● Monitorizar sangue através de INR;
● Registar no programa Hytgold;
● Educação para a saúde ajustada a cada utente;
● Documentar informação no Sistema de informação utilizado na USF (SAPE).
Aspectos a ter em consideração na Educação para a saúde dos utentes e famílias:
● Indicação da prescrição dos AO e duração do tratamento;
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insectos ou répteis;
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10. Estetoscópio
12. Nebulizador
Assim que possível, deve ser obtido acesso endovenoso (As recomendações
internacionais para o tratamento do doente em choque preconizam que se deve
introduzir uma via intra-óssea, se o acesso endovenoso não é for possível em 60
segundos. No entanto, a aplicação desta técnica tem como pressupostos a existência de
material adequado e o prévio treino específico na sua aplicação. Na ausência destes
pressupostos e na presença de uma situação de impossibilidade de acesso venoso em
indivíduos com instabilidade cardiovascular deve repetir-se a dose de adrenalina IM e
insistir na obtenção do acesso venoso até chegada de ajuda especializada)
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1. Pedir ajuda e telefonar para o 112 para transporte do doente para o Serviço de
Urgência mais próximo.
4. Administrar O2 por máscara, com reservatório a 15 L/min ou, na sua falta, por cânula
nasal até 6 L/min.
0,15mg/0,3ml (para crianças com peso entre 10Kg e 30 Kg) Anapen 0,3mg/0,3ml (para peso superior a 30Kg). na
face anterolateral da coxa (Actualmente preconiza-se a administração na coxa (músculo vasto lateral) porque
os níveis séricos atingidos são superiores aos obtidos após injecção no deltóide) . Repetir após 5 minutos se
não houver melhoria clínica.
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Iniciar perfusão endovenosa de soro fisiológico (20 mL/kg na criança), para reposição
da volémia.
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a) As doses para crianças com idades não expressas no quadro devem ser aproximadas às referidas para a idade
mais próxima.
b) Para reacções moderadas, pode ser considerada uma dose de 0,3 mL.
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