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Mini Manual Salva Vidas dos

Ensinos Clínicos
Processo de Enfermagem
- Avaliação Inicial (análise documental, entrevista, observação e exame físico:
Inspeção, palpação, precursão e auscultação);
- Diagnóstico;
- Planeamento;
- Implementação;
- Avaliação;

CIPE
Diagnósticos e resultados de enfermagem:
- Incluir um termo do eixo do foco;
- Incluir um termo do eixo do juízo;
- Incluir termos adicionais dos eixos do foco, juízo ou de outros eixos.

Intervenções de enfermagem:
- Incluir um termo do eixo da ação;
- Incluir pelo menos um termo alvo (pode ser um termo de qualquer eixo exceto
do eixo do juízo); - Incluir termos adicionais dos eixos da ação ou de qualquer
outro eixo.

Tipos de Lixo
- Grupo I: Resíduos equiparados a
urbanos; Resíduos Não perigosos – saco preto
- Grupo II: Resíduos hospitalares não
perigosos;
- Grupo III: Resíduos hospitalares de risco biológico  Risco biológico – saco
branco
- Grupo IV: Resíduos hospitalares específicos  Risco biológico – saco
vermelho ou rosa

5 momentos da higiene das mãos


- Antes o contato com o utente;
- Antes de procedimentos assépticos;
- Após risco de exposição a fluidos orgânicos;
- Após o contacto com o utente;
- Após contacto com o ambiente envolvente do utente;

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Sistema Musculosquelético
Movimentos:
- Flexão: diminuição do ângulo;
- Extensão: aumento dos ângulos;
- Dorsiflexão ou flexão do
No pé
tornozelo,
- Flexão plantar ou extensão do tornozelo;
Hiperextensão, extensão e flexão;
Abdução (afasta da linha média) e adução (aproxima da Na cabeça
linha média);
- Rotação lateral, externa, medial ou interna e circundação; movimentos de
circundação
- Pronação (palma baixo) e supinação (palma cima); só no pulso
- Elevação e depressão;
No ombro e na mandíbula
- Projeção e retração;
- Didução ou movimento de lateralidade  na boca
- Inversão (aproxima da linha média) e eversão (afasta da linha média);

Outros conceitos:
- Atrofia. Massa muscular está reduzida. Tem menos capacidade de
contrabilidade;
- Atonia: ausência de movimento, ausência de tónus muscular;
- Hipotonia: diminuição de tonicidade, mas consegue fazer movimento;
- Hipertonia: aumento do músculo, associado a um exagero do relaxamento do
outro músculo;
- Tonicidade: capacidade de contabilidade;
- Contratura: estado permanente de contrabilidade muscular;
- Paralisia: total, facial e da orofaringe;
- Hemiplegia: esq. ou dir. Não realização de movimento e sensação à direita ou
esquerda; - Paraplegia: não realização de movimento, sensação da cintura
para baixo.

Posicionamentos
Objetivos:
- Estimular o padrão respiratório, de mobilidade e de eliminação;
- Prevenir complicações circulatórias e musculosqueléticas;
- Mobilizar as secreções brônquicas;
- Manter a amplitude e movimento articular;
- Manter a integridade da pele;
- Prevenir contraturas;
- Providenciar o conforto e bem-estar;
- Permitir adequada estimulação motora e sensorial; - Promover o autocuidado.

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Decúbito dorsal:
- Utente no centro da cama com a coluna alinhada;
- Proteger proeminências ósseas com material de prevenção de upp;
- Almofadas baixas na cabeça, cintura escapular, antebraço e mão, zona
poplítea e aquiliana; - Membros superiores em ligeira abdução do ombro e em
flexão do cotovelo; - Ter atenção ao pé equino, aliviando a roupa da cama na
zona dos pés.

Decúbito Lateral:
- Utente deve estar em dorsal do lado oposto ao decúbito a executar;
- Almofada normal: junto ao m.i. ao lado para o qual se vai virar o utente e m.s
do lado oposto;
- Fletir os m.i. e m.s do lado oposto ao decúbito e m.i. oposto com almofada na
articulação joelho;
- Fletir ligeiramente o m.i. e o m.s do lado do decúbito;
Cabeça na almofada à altura do ombro;
- Ver o alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.

Decúbito Semi-dorsal:
- Utente deve estar em dorsal do lado oposto ao decúbito a executar;
- Almofada em cunha (de preferência, se não normal) ao longo do tronco;
- Almofada normal no m.i. oposto ao decúbito e em flexão, e m.s. oposto em
abdução e flexão;
- M.i. lado apoiado em ligeira flexão e rotação externa da coxofemoral;
- M.s. do lado do decúbito com ombro em ligeira flexão e antebraço em
supinação e flexão ligeira; - Dedos das mãos devem estar em abdução e a
mão em extensão. Usar ligaduras, p.e.; - Ver alinhamento corporal e ter
atenção ao pé equino.

Decúbito Ventral:
- Utente em dorsal perto do enfermeiro;
- Almofadas: abdómen, e m.i. Não colocar nas cristas ilíacas;
- M.s. longo do corpo e m.i. em ligeira abdução. Cabeça lateralizada;
- M.s. para onde a cabeça está lateralizada, em abdução e antebraço em flexão
a 90º; - M. s. oposto em abdução e rotação interna, antebraço e mão em
extensão; - Ver alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.

Decúbito Semi-ventral:
- Almofada: cabeça, ao longo do tronco na parte da frente, no m.i. oposto semi-
fletido; - M.i. lado apoiado em flexão e m.s em hiperextensão do braço e
abdução do ombro; - Ver alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.

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Padrão de Higiene (com ajuda total)
Problemas mais comuns:
- Pele: acne, eritema, dermatite de contacto;
- Cabelo e couro cabeludo: caspa, alopécia (sem cabelo em diversas partes) e
pediculose(piolhos);
- Cavidade Oral: cáries, periodontite, halitose, estomatite e gengivite;
- Pés e unhas: Calosidades, unhas córneas (garra), encravadas, paroníquia
(inflamação), cheiro;

Objetivos:
- Cuidar da higiene individual;
- Estimular a função respiratória, circulatória, de mobilidade e de eliminação;
- Manter a integridade da pele;
- Promover o autocuidado;
- Instruir para o autocuidado de higiene pessoal;

Material:
Roupa para substituir a da cama e do utente;
Toalhas
Manápulas ou toalhete
Luvas normais
Avental;
Sabão líquido com emoliente e dermoprotetor e substância hidratante;
Recipiente com água quente;
Tesouras,
Bacias,
Arrastadeira,
Objetos de uso individual
Carrinho da roupa suja.

Procedimento:
- Providenciar arrastadeira, se necessário;
- Tirar a roupa da cama e deixar o utente tapado com o lençol de cima;
- Lavar cabelo, se necessário;
- Lavar boca tendo atenção às próteses, retirando-as e utente em semi-fowler
(< 45º);
- Lavar face; olhos do canto externo para o interno; limpar orelhas com
compressa e água;
- Retirar a almofada e colocar a cama na horizontal; tirar camisa (sujos) e cobrir
com lençol;
- Lavar m.s., a começar no mais afastado, da parte distal para a proximal, em
mov. circulares;
- Se for para lavar as mãos em separado com bacia e cortar unhas é este o
momento;

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- Lavar tórax e abdómen tendo atenção às pregas e mamas em mulheres;
- Lavar m.i., começar do mais afastado, da parte distal para a proximal, em
mov. circulares;
- Se for para lavar os pés em separado com bacia e cortar unhas é este o
momento;
- Lavar dorso e nádegas, colocando o utente lateralizado. Primeiro dorso,
depois nádegas;
- Lavar genitais, usando a técnica da tenda e colocar toalha debaixo da cama.
Trocar manápula; Nos homens: lavar do meato até à glande. Se possível lavar
o ânus. Nas mulheres: lava-se as coxas, grandes e pequenos lábios e meato.
Se possível lavar o ânus;

Preparação da cama:
- Retira- se a colcha e faz-se três dobras no sentido da largura, depois coloca-
se em 1º lugar;
- A seguir o de cima, dobrar em harmónio e depois ao meio. O 2º a ser
colocado na cadeira;
- O resguardo, dobrar ao meio só;
- O de baixo, dobrar no sentido do comprimento duas vezes e só depois ao
meio;

Sinais Vitais e outros valores importantes


Quando avaliar?
- Admissão no serviço de saúde;
- No hospital, por prescrição médica;
- Antes e após procedimentos cirúrgicos ou de diagnóstico invasivo;
- Antes, durante e após transfusão de produtos sanguíneos;
- Sempre que o estado geral do utente se altera (SOS);
- Antes e após intervenções que influenciam os S.V, ex: administração de
alguns medicamentos; - Sempre que o utente refere sinais e sintomas
indeterminados.
Temperatura Pulso
Respiração Tensão arterial
Dor
Temperatura (caneta azul)
- Axilar: 36ºc a 37ºc;
- Oral: 36,5ºc e 37ºc;
- Retal: 37ºc a 38ºc;
Hipertermia: >38ºc, sudorese, rubor, pele quente, diaforese (transpiração a
nível da face);
Hipotermia:<36ºc, pele fria, alteração no estado de consciência, bradicardia;
Hiperpirexia: quando a temperatura se encontra no limite dos 40ºC.
Pirexia = Febre;
Estado sub febril/febrícula;
Apirexia (sem febre)
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Pulso (caneta vermelha)
- Recém-nascido: 120/140 pulsações/min;
- Criança: 75/100 pulsações/min;
- Adolescente: 60/90 pulsações/min;
- Adulto: 60/100 pulsações/min.

- Frequência (número de batimentos por minuto): taquicardico


(>100pulsações/min), normocardico, bradicárdico (<60pulsações/min).
- Ritmo (sequência de batimentos): rítmico ou arrítmico;
- Amplitude (reflete o volume e a pressão de sangue ejetado contra a parede
arterial): ausente, filiforme, normal ou cheio.

Tensão Arterial (caneta verde)


- Ótima: sistólica <120 e diastólica < a 80 mmHg;
- Normal: sistólica 120-129 e diastólica 80-84 mmhg;
- Normal alta: sistólica 130-139 e diastólica 85-89 mmHg;
- Hipertensão estádio 1: sistólica 140-159 e diastólica 90-99 mmHg;

Respiração (caneta preta)


- Frequência (número de ciclos respiratórios por minuto): normal- 12 a 20
ciclos/min; taquipneia (>35), bradipneia (<10), apneia(>15s s/) ;
- Ritmo: irregular ou regular;
- Amplitude: profunda, superficial e normal;
- Tipo: torácica, abdominal ou mista.

Glicemia:
- Normal: <110 mg/dl e >70mg7dl (jejum); <140mg/dl (2h após ingestão de
glicose)
- Anomalia da glicemia de jejum (AGJ): ≥110<126mg/dl (jejum);
- Tolerância à glicose diminuída (TDG): >100 <126mg/dl (jejum); >140 a
<200mg/dl (2h após ingestão de glicose);
- Diabetes: ≥ 126 mg/dl (jejum); ≥200 (2h após ingestão de glicose);

Só existe glicosúria a partir de uma concentração >180mg/dl, de glicose no


sangue.

Oxigenação
Oximetria de pulso: Sp 02- 95% a 100% (saturação de oxigénio no sangue);
Gasometria arterial: Ph 7,35 a 7,45. PaO2 – 80 a 100 mmHg; PaCO2- 35 a 45
mmHg.

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Alterações do padrão respiratório: Volume:
Movimentos do tórax: a) hiperventilação:>f. respiratória e tempo
- Tiragem intercostal; b)hipoventilação:<f. respiratória e tempo
- Tiragem supraesternal; a)< CO2
Tiragem infraesternal; b)>CO2
Tiragem supraclavicular;

Expetoração:
- Purulenta;
- Mucopurulenta;
- Purulenta-hemoptóica;
- Serosa;
A tosse pode ser: seca ou não produtiva, produtiva ou rouca.
!!!FiO2 (fração de ar inspirado) no ar ambiente:21%

Oxigenoterapia
É a administração de oxigénio numa concentração maior que a encontrada na
atmosfera. Muito usada para correções de hipoxia e melhorar oxigenação
tecidular. Em geral, quando se faz O2, é colocado um reservatório fechado, com
água bidestilada, para humidificar o O2, que por si só é seco. Para baixos fluxos,
isto é para concentrações de O2 inferiores a 40% e de curta duração, não se
humidifica. Para concentrações de O2 superiores a 40% e de longa duração,
humidifica-se.

Máscaras
simples facial (é uma que tem furos):
- Fluxo de O2 entre os 5 a 10 litros (concentração até 60%);
- Ajuda a melhorar o oxigénio humidificado
- Permite a inspiração do ar ambiente;
- É indicada para paciente conscientes e não tolerada por crianças, dispneicos
e ansiosos (altera a auto-imagem);
- Possível área de pressão e irritação da pele
- Nível de FiO2 é difícil de estimar

com reservatório:
- As válvulas unidirecionais permitem que o ar exalado escape e não deixa
entrar ar ambiente;
- O utente inala 100% do oxigénio que é fornecido;

de venturi:
- O fluxo de O2 entre os 5 e os 15 litros (24% a 60%); - São ideias para
pacientes com DPOC por regular o O2:
- Oferece a concentração exata de oxigénio;
- Não resseca as mucosas
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Catéter nasal ou cânula:
- Quando não se precisa de fornecer uma concentração elevada de O2- 2 a 6
litros (inferior a 40%)
- Facilmente tolerada
- Permite que o utente coma, fale e beba
- Se obstrução nasal não pode ser usada
- O padrão respiratório afetara o FiO2

Objetivos:
- Humidificar as vias aéreas;
- Facilitar a remoção de secreções;
- Administrar terapêutica na árvore brônquica;

Nebulização
Material:
- Nebulizador/ rampa de ar ou oxigénio (se doente com DPOC é com ar
comprimido);
Copo de nebulização e mascara facial ou bucal;
Tubo de ligação ao debitómetro, lenços, recipiente de sujos;
Terapêutica prescrita (se necessário);
Procedimento:
- Ter os lenços de papel e os sacos dos sujos perto do utente;
- Posicionar o utente em semi-fowler ou sentado, quando doente consciente.
(se doente inconsciente decúbito lateral, se necessárias grandes quantidades
de O2 se não ar comprimido);
- Preparar o nebulizador com a medicação (complexa e interdependente), se
prescrito ou com o soro fisiológico a 0,9% (simples e autonoma);
- Aplicar a máscara e dizer ao utente para fazer inspirações amplas;
- Controlar o FiO2, se necessário;
- Ver se no caso de se ter usado medicação esta fez efeito;

Aspiração de secreções
Objetivos:
- Manter a permeabilidade das vias aéreas;
- Prevenir a estase (estado no qual o fluxo normal de um líquido corporal pára)
de secreções; - Providenciar ventilação adequada;
- Material:
- Aspirador ligado a uma fonte de vácuo;
- Sondas aspiração;
- Máscara e avental de proteção para o enfermeiro;
- Luvas e compressas esterilizadas;
- Dispositivo em Y;
- Recipiente com água destilada
- Cápsula esterilizada e soro fisiológico;

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Procedimento:
- Em utentes conscientes, posicionar em fowler, utentes inconscientes em
decúbito lateral;
- Colocar o avental e a máscara;
- Abrir a cápsula, mantendo esterilizada e colocar lá, sem tocar em nada o NaCl
a 0,9%;
- Abrir o involucro da sonda, mas não a exteriorizar;
- Abrir o pacote de compressas;
- Ver se há o tubo de ligar a máquina de vácuo ao dispositivo em Y;
- O dispositivo em Y é para ser colocado uma parte na sonda e outra no tubo
do vácuo;
- O vácuo deve estar entre os 110 e os 150 mmHg, mais pode magoar as
mucosas;
- Inserir a sonda, depois de a passar pelo soro fisiológico e a testar, sem tapar
o buraco;
- Depois de estar na oro ou nasofaringe aspirar, tapando o buraco e não
ultrapassando os 20/30s e os 10/15s, respetivamente;
- Estando suja a sonda passa-se por soro fisiológico e limpa- se com
compressa esterilizada;
- Repete-se o processo;
- No fim a sonda vai para o lixo – risco biológico.
!!! Nota: o soro fisiológico utilizado deve ser só para aquele utente e deve ser
identificado com o seu nome, cama, e o objetivo do soro, isto é, para quê que
está a ser utilizado.

Padrão Alimentar

Índice de massa corporal: Perimetro abdominal:


- < 18,5 baixo peso; - risco aumentado: se >/igual
18,5 a 24,9 peso normal; Homem: a 94 cm
25 a 29,9 sobrepeso; Mulher: a 80 cm
>30 obesidade;

Tipos de sonda:
- Silicone, poliuretano, PVC. Calibre de 8 a 16 em adultos. 90cm gastro e 125
cm duodenal.

Objetivos:
- Aliviar náuseas e vómitos;
- Diminuir a distensão abdominal;
- Preparar o utente para exames de diagnóstico,
- Administrar medicação ou alimentação entérica;
- Remover substancias toxicas ou sangue do estomago;
- Aspirar suco gástrico para análise;

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Material:
- Sonda gástrica de tipo e calibre adequados à situação clinica;
- Lubrificante hidrossolúvel, resguardo descartável, luvas e tina riniforme;
- Palhinha e copo de água ou compressas molhadas;
- Tampa para tapar a sonda e pinça- clamp;
- Seringa grande para a alimentação,
- Adesivo para prender a sonda ao nariz;
- Estetoscópio e recipiente de sujos;

Procedimento:
- Posicionar o utente em semi-fowler ou sentado, mas de preferência o
primeiro;
- Ver qual a narina mais permeável e ter a taça riniforme à mão em caso de
vómito;
- Colocar resguardo sobre o toráx e depois calçar luvas;
- Medir a sonda com a ponta que vai para o estômago do nariz, lóbulo da
orelha e apêndice xifoide;
- Aplicar lubrificante e proceder à inserção em movimentos circulares;
- Colocar a cabeça em flexão até a sonda passar a orofaringe, depois voltar ao
normal;
- Clampar e só desclampar no passo seguinte;
- Quando chegar ao estômago, injetar 15 a 20cc de ar e auscultar, depois
retirar este ar; - Depois de confirmar colocar a tampa e fixar a sonda com o
adesivo.

Eliminação Intestinal
Caracteristicas das fezes- escalas de Bristol:
- Tipo 1: pedaços separados duros como amendoim pessoas com
obstipação;
- Tipo 2: forma de salchicha, mas segmentado pessoas com obstipação;
- Tipo 3: forma de salchicha, mas com fendas na superfície  normal;
- Tipo 4: forma de salchicha com, em cone, lisa e mole normal;
- Tipo 5: pedaços moles, mas contornos nítidos normal;
- Tipo 6: pedaços areados, contornos esmagados diarreia;
- Tipo 7: aquoso sem pedações sólidos.
Problemas mais comuns:
Obstipação Incontinência fecal
Impactação Flatulência
Diarreia Hemorroidas
Fecalomas Derivações intestinais ostomias
Objetivos:
- Promover a eliminação de fezes;
- Preparar o intestino para exames complementares de diagnostico ou
intervenções cirúrgicas;

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Avaliação Física do abdómen:

Material:
- Irrigador, tubuladura;
- Sonda retal da medida adequada;
- Lubrificante;
- Solução prescrita água, soro fisiológico, ou solução hipertónica de baixo
volume;
- Luvas, compressas, avental, resguardo para a zona nadegueira;
- Arrastadeira e papel higiénico;
- Suporte para suspender o irrigador a 30/40 cm da cama;
- Recipiente para sujos.
- Material de higiene para lavar a zona nadegueira e ânus depois da dejeção;

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Procedimento:
- Posicionar o utente em semi-ventral esquerdo, expondo a região anal;
- Colocar o resguardo e colocar à nossa beira a arrastadeira;
- Preparar o irrigador com a solução e calçar as luvas e o avental;
- Colocar a sonda rectal na tubuladura e remover o ar do sistema. Aplicar
lubrificante na sonda; - Inserir a sonda cerca de 5 a 10 cm e pedir ao utente.
- Imobilizar e abrir a torneira da sonda;
- No fim pedir ao utente para aguentar cerca de 10 a 15 mina solução e dar
arrastadeira no fim;
Este procedimento deve demorar 10 a 15 min a ser efetuado. O clister repete-
se no max. 3 vezes.
!!! NOTA: este procedimento pode também ser feito com um sistema de soros e
NaCl a 0,9%. Depois deve-se proceder aos cuidados de higiene na área
genital e anal.

Eliminação Vesical
Problemas comuns e perturbações de micção:
- Retenção urinária;
- Infeção urinária ou cistite;
- Incontinência urinária (funcional, de esforço, de urgência, reflexa, total);
Incontinência funcional: contrações vesicais suficientemente fortes para
provocar perda de urina antes de atingir o receptáculo apropriado
(sanita);
Incontinência de urgência: perda involuntária de urina logo após uma
forte sensação de urgência para esvaziar a bexiga;
Incontinência de esforço ou stress: perda involuntária de pequenas
quantidades de urina ou gotejamento de urina que ocorre em relação ao
aumento da pressão abdominal, associada ao espirro, riso, levantar
pesos, saltar, correr ou fazer exercício;
Incontinência reflexa: perda involuntária de urina em intervalos
relativamente previsíveis ao atingir um volume específico na bexiga;
Incontinência de transbordamento: perda involuntária de urina quando
atinge determinado volume
Incontinência total: incontinência urinária.
Conceitos:
- Disúria: micção dolorosa ou difícil;
- Poliúria: urinar grandes quantidades de urina;
- Oligúria: diminuição do débito urinário em relação aos líquidos ingeridos;
- Nictúria ou noctúria: micção particularmente excessiva à noite;
- Gotejamento: fuga de urina apesar do controlo voluntário da micção;
- Hematuria: presença de sangue na urina;
- Retenção: acumulação de urina na bexiga, com incapacidade da bexiga para
esvaziar;
- Urina residual: volume de urina que fica na bexiga após urinar;
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- Polaquiúria: micções mais frequentes, mas com volumes muito mais
reduzidos;
- Anúria: não urinar (< a 100ml/dia);
- Tenesmo: desejo continuo, doloroso e ineficaz de urinar
Tipos de algália:
- Folley latéx – 10 a 15 dias; para esvaziar a bexiga, avaliação do volume
residual, monitorização do débito urinário, exames auxiliares de diagnóstico,
cirurgia, controlo da incontinência
- Folley de revestimento de silicone- 28 a 30 dias;
- Folley silicone – 3 em 3 meses;monitorizar débito urinário
Usa- se água bidestilada no balão, por causa da cristalização;
Calibre: mulher- 14, 16, 18 CH e homem- 18, 20 e 22 CH.
Objetivos:
- Esvaziar a bexiga quando há retenção urinária e insucesso de outras
intervenções;
- Descomprimir a bexiga por causa de determinadas intervenções cirúrgicas;
- Monitorizar o débito urinário;
- Executar irrigações da bexiga ou instilações de medicamentos;
- Facilitar a obtenção de amostras assépticas de urina;
- Monitorizar o volume residual de urina na bexiga;
Material:
- Tabuleiro esterilizado com cápsula, compressas, campo cirúrgico com óculo e
tina riniforme,
- Resguardo para colocar debaixo da zona nadegueira;
- Dois pares de luvas esterilizadas e um avental;
- Seringa e ampolas de água bidestilada para colocar no balão;
- Algália indicada;
- Lubrificante hidrossolúvel;
- Saco coletor de urina;
- Saco coletor de sujos.
- Soro fisiológico;
Procedimento:
- Colocar o utente em dorsal, expondo só a parte genital. Mulher com a técnica
da tenda;
- Preparar a seringa com o soro necessário para o balão;
- Colocar o resguardo e abrir na cama do utente o tabuleiro, tendo atenção á
assepsia;
- Colocar o soro fisiológico na cápsula com as compressas;
- Calçar luvas e proceder à lavagem dos genitais;
- Tirar as luvas e abrir o material para dentro do tabuleiro;
- Calçar outras luvas e proceder à remoção do involucro interior da algália;
- Conectar a algália ao saco coletor de urina, lubrificar e algaliar com
movimentos circulares;
- Encher o balão com a água bidestilada;
- Colocar o saco no suporte indicado e na cama, depois de retirar as luvas;
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Processo Tegumentar
Conceitos:
- Hirsutismo: muito pelo que cresce onde há pelo;
- Alopécia: não ter pelo onde era suposto ter pelo;
- Paroníquia: inflamação da pele na base da unha, ou à beira da parte ungueal;
- Onicólise: deslocamento total ou parcial da unha do leito ungueal;
- Hiperqueratose: espessamento da unha;
- Leuconíquia: Unhas esbranquiçadas aproximando-se da cor da lúnula da
unha;
- Destruição e deformidades: Unha frágil e quebradiça principalmente na borda
livre;
- Onicomicose: infeção causada por fungos;
- Coloníquia: unha em colher;

Edemas (Sinal de Godet):


2mm- grau ligeiro,
4mm- grau moderado;
6mm- grau acentuado;
8mm- grau muito acentuado;

Feridas:
- Classificação: evolução: aguda ou crónica;
causa: cirúrgica ou traumática
integridade da pele e mucosas: aberta ou fechada;
presença de microrganismos: limpa, contaminada ou infetada;
- Equimose: infiltração de sangue nos tecidos com 2 a 3 cm de diâmetro.
- Hematoma: concentração e acumulação de sangue retido dentro dos tecidos,
pele ou órgãos, associadas a traumatismos ou hemóstase incompleta após
intervenção cirúrgica, massa palpável, dor ao toque, pele dolorosa com
coloração azul, esverdeada ou amarela.
- Celulite: infeção disseminada das camadas mais profundas da pele e algumas
vezes, atinge os tecidos localizados abaixo deles. Frequentemente, a celulite
ocorre como consequência de uma infeção estreptocócica ou estafilocócica.
UPP:
Escala de Braden:
Itens a avaliar:
- Perceção sensorial 1 a 4;
- Mobilidade 1 a 4;
- Atividade 1 a 4;
- Fricção e forças de deslizamento 1 a 3;
- Nutrição 1 a 4;
- Humidade  1 a 4.
Utente com alto risco: menor ou igual a 16 pontos;
Utente com baixo risco: maior ou igual a 17 pontos.

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Cicatrização das feridas agudas (fases):
hemóstaseinflamatóriaproliferativaremodelação
Fase de hemóstase (imediatamente)
- Controle da hemorragia, através da contração dos vasos sanguíneos;
- Chagada das células sanguíneas, como plaquetas e leucócitos, e respetivos
mediadores;
- Tampão plaquetário (pequenas hemorragias) e coágulo sanguíneo (grandes
hemorragias);
- Fibrinólise (processo fisiológico complexo que consiste na desagregação e
dissolução progressiva dos coágulos sanguíneos do nosso organismo. É um
processo normal que se desenvolve através da degradação e dissolução da
fibrina sob a ação da fibrinolisina, uma enzima.)

Fase inflamatória (até ao 3ºdia):


- Neutrófilos invadem a área, iniciam a limpeza e destruição de bactérias e corpos
estranhos;
- Monócitos diferenciam-se em macrófagos, que fazem a fagocitose;
- Vasodilatação dos vasos sanguíneos e aumento da permeabilidade dos capilares
sanguíneos;
- Coagulação de líquidos nos espaços intersticiais e migração de granulócitos e
monócitos; - Edema tecidular: rubor, calor, edema e dor sinais de Celsius

Fase proliferativa (3º ao 21º dia):


- Formação de tecido de granulação e da angiogénese, contração (miofibroblastos) e
epitelização.

Fase de remodelação (após o 21º dia a 1 ano):


- Remodelação do colagénio que forma a cicatriz e aumento da resistência à tracção; -
Recuperação da resistência até 80% e diminuição da espessura dacicatriz.

Cicatrização (Tipos):
- 1º intenção: superfície de tecido está ou foi aproximada, com pontos, por exemplo.
- 2º intenção: união indireta dos rebordos, requerem a regeneração de grande parte
dos tecidos.
- 3º intenção (ou encerramento primário retardado): combinação dos dois tipos.
Inicialmente é deixada aberta e quando há tecido de granulação, os bordos são
aproximados com suturas.

16
Ligaduras de suporte e proteção
Uma ligadura é uma porção de tecido aplicado com fins terapêuticos sobre
determinada região do corpo. Tem como objetivos:
- Fixar pensos e proteger ferida de contaminação;
- Efetuar hemóstase e impedir a formação de hematomas e reduzir ou
prevenir edemas;
- Manter medicação tópica.

Ligadura de Algodão: vários tamanhos (5, 10, 15 e 20 cm).


É utilizada para proteger da pressão que possa ser exercida numa determinada
área (almofadar e proteger as prominências ósseas antes da colocação de
aparelhos gessados para imobilização de fraturas);

Ligadura de Gaze: vários tamanhos (5, 10, 15 e 20 cm).


Permite a circulação do ar, prevenindo a maceração da pele. Utilizada para
proteger pensos e sustentar talas gesadas;

Ligadura Elástica: vários tamanhos (5, 10, 15 e 20 cm) e c/ diferente


elasticidade/compressão.
Permite a compressão e é utilizada para assegurar a imobilização articular
facilitando alguma mobilização, embora mínima, e como ligadura de contenção
nos membros inferiores. As de maior compressão também possibilitam a
moldagem do coto e a utilização em terapia de compressão;

Ligadura Elástica Adesiva: medida standardizada (10 cm).


É usada, na imobilização de articulações de curta duração (1/2 semanas).
Permite alguma mobilidade e funciona, basicamente, como tratamento
antiálgico;

Ligadura de Gesso: feita de gaze e gesso com vários tamanhos.


Quando mergulhada em água, é facilmente moldável ao corpo. É utilizada para
imobilização.

Material Termo moldável: feita de fibras sintéticas que, através do calor


(mergulhar em água quente) se trona moldável. Permite a imobilização e é
menos pesada que a de gesso;

Métodos de aplicação:
- Circular: a ligadura dá uma volta ao local onde vai ser aplicada, sobrepondo-
se a segunda com a primeira volta. Utilizada para iniciar e terminar a ligadura.

17
- Espiral: a ligadura ascende
pela parte do corpo em cada volta,
isto é, cada volta cobre metade ou
um terço da volta anterior. Utilizada
em pequenos segmentos para a
contenção, a imobilização ou a
sustentação da região a tratar, em
partes cilíndricas do corpo, como o
pulso ou parte superior do braço.

- Espiral invertida: faz-se uma torção


(inversão) da ligadura a metade de cada
volta. Utilizada para cobrir partes do corpo
em forma de cone, como o antebraço,
coxa.

- Espiga: inicia-se seguindo uma


posição oblíqua e uma orientação em “8”,
sempre com uma distância de
sobreposição igual em cerca de metade
da passagem anterior. Utilizada para
imobilizar ou segurar um penso numa
área pequena do corpo e em regiões onde
é pretendido aumentar a compressão e
sustentabilidade.

18
- Leque ou em Oito: inicia-
se no centro da articulação e
cada volta cruza a anterior,
formando um leque (as voltas
sobrepõem-se de uma forma
oblíqua, sendo que cada volta
cruza a anterior formando um
oito). Utilizam-se para imobilizar
articulações e para dar
continuidade à execução de uma
ligadura (passar de um segmento
para outro).

- Recorrente: a ligadura dá duas


voltas circulares à volta da zona
proximal do corpo, seguida de um
desvio com um ângulo de 90º, até
encontrar a circular do outro lado da
zona onde está a ser aplicada a
ligadura e volta novamente ao ponto
onde se fez o desvio. Utilizada para
moldar ou segurar pensos num coto e
segurar pensos na cabeça. Por vezes
também é utilizada nos dedos.

Medicação
- Semivida sérica: tempo que a excreção leva a fazer baixar, em metade a
concentração sérica do medicamento;
- Plateu terapêutico: concentração sérica de um medicamento obtida e mantida
após a administração de doses fixas regulares. Este é o motivo para se tomar
um medicamento de x em x horas, para que a dose do medicamento no
organismo não baixe;

Medidas do sistema métrico e conversão para sistema doméstico:


1ml15 gotas 10ml1 colher de sobremesa
2,5ml1 colher de café 15ml1 colher de sopa
5ml1 colher de chá

Prescrição deve ter:


- O nome completo da pessoa a quem se destina a medicação (sem isto não se
administra);
- A data e hora da prescrição;
19
- O nome do medicamento a ser administrado, a dose a administrar e a via de
administração;
- A hora e a frequência de administração;
- A assinatura da pessoa que prescreveu.

Cartões:
- Branco: oral; - Vermelho: endovenosa;
- Azul: retal; - Amarelo: subcutânea;
- Verde: intramuscular; - Rosa: outras vias;
Colocar em cada cartão o nome do utente, cama, quarto, o medicamento, a
dose e o horário.

SEIS CERTOS:
-Medicamento certo, -Via de administração certa;
-Dose certa; -Hora certa;
-Utente certo; - Registo certo

Fórmulas Administração Via EV


1ml20 gotas60 microgotas
1ml/hora1 gota3 microgotas
Volume mínimo de administração venosa10 ml

Fórmula de Gotas por Minuto

Fórmula de Microgotas

Fórmula de ml/hora

Vias de administração:
Via oral ou per os:
- Medicação que possa danificar ou descolorar o esmalte dos dentes, como
ácidos, deve ser diluída e administrada por uma palhinha procedendo-se de
seguida à lavagem dos dentes;
- Possibilidade do medicamento irritar a mucosa gástrica, então administrar
com alimentação ou após refeição;

20
- Se o efeito pretendido for sobre a mucosa gástrica, administra-se antes da
refeição e não se dilui;
- Se o medicamento tiver um sabor desagradável, administrar com chá ou
sumo.
Objetivos:
- Promover autonomia no regime terapêutico;
- Administrar tratamento farmacológico não invasivo;
- Facilitar a continuidade da terapêutica no domicílio;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente em semi-fowler ou sentado;
- Administrar a medicação com líquidos;
- Registar.

Via sub-lingual:
- Não sofre o efeito de 1º passagem, porque o sistema venoso central da boca
drena na veia cava superior;
- Não sofre a ação das enzimas digestivas;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Colocar o comprimido debaixo da língua e dizer ao utente para não engolir o
medicamento;
- Registar.

Via retal:
- Tem um menor metabolismo hepático do que por via oral (cerca de 50% do
medicamento absorvido no reto passa pelo fígado antes de entrarem na
circulação sistémica);
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico local e sistémico através da via retal.
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente em decúbito lateral esquerdo, com a perna fletida, de
modo a expor a região anal;
- Lavar e secar a região anal, se necessário;

21
- Aplicar lubrificante na extremidade do supositório e no dedo indicador da mão
dominante ou na extremidade da cânula da embalagem do medicamento;
- Instruir o cliente para inspirar profundamente;
-Depois de administrado, instruir o utente a manter-se na mesma posição
cerca de 5 minutos;
- Registar.

Via cutânea:
Objetivos:
- Promover a hidratação da pele;
- Proteger a superfície cutânea;
- Obter efeito terapêutico sistémico por via transdérmica.
Loções: substâncias líquidas, utilizadas para proteger, suavizar, aliviar o
prurido.
Pomadas: preparações c/ um veículo gorduroso (ex: vaselina) que derretem à
temp. do organismo; Cremes: mais fluidos que as pomadas;
Procedimento (loções, pomadas, cremes):
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente de modo a que exponha a área pretendida;
- Colocar luvas não esterilizadas, para prevenir a absorção do medicamento por
nós. Colocar luvas esterilizadas, para prevenir infeções em zonas com
solução de continuidade;
- Aplicar um pouco de medicamento na palma da mão e esfregar uma mão na
outra;
- Aplicar o medicamento de acordo com as instruções, utilizando movimentos
suaves;
- Cobrir a região se indicado;
- Registar.
Procedimento (sprays):
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Colocar luvas não esterilizadas, para prevenir a absorção do medicamento por
nós. Colocar luvas esterilizadas, para prevenir infeções em zonas com
solução de continuidade;
- Posicionar o utente c/ a cabeça não direcionada para o vaporizador;
- Proteger a boca e nariz do utente c/ uma compressa e solicitar-lhe que expire
durante a aplicação, quando o spray é aplicado na face;
- Aplicar o spray diretamente na pele;
- Registar.

22
Procedimento (aplicação transdérmica):  sistémico e não local
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Colocar luvas não esterilizadas, para prevenir a absorção do medicamento por
nós. Colocar luvas esterilizadas, para prevenir infeções em zonas com
solução de continuidade;
- Fazer tricotomia do local da aplicação, se necessário. A pele não deve ter
sinais, creme;
- Aplicar o disco evitando tocar na zona impregnada com o medicamento;
- Registar.

Via nasal:
Objetivos:
- Aliviar o desconforto e a congestão nasal;
- Obter efeito terapêutico por via nasal;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Aconselhar o utente a limpar o nariz, se não houver contraindicações;
- Posicionar o utente em hiperextensão;
- Instruir o utente a respirar pela boca;
- Calçar luvas e aplicar o medicamento;
- Manter o utente na mesma posição cerca de 5 minutos; e providenciar um
lenço, se necessário;
- Registar.
Via ocular:
Se o utente tiver uma conjuntivite ou outra doença infeciosa, coloca-se a
terapêutica nos 2 olhos.
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico por via oftálmica;
- Tratar lesões nos olhos;
- Manter a lubrificação da córnea e da conjuntiva;
- Facilitar a realização de exames auxiliares de diagnósticos;
- Induzir a anestesia local dos olhos.
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;

23
- Posicionar o utente, com a cabeça em ligeira hiperextensão e rotação para o
lado do olho que está a ser tratado;
- Lavar o olho se necessário;
- Instruir o utente a olhar para cima;
- Calçar luvas, se necessário e aplicar o medicamento;
- Registar.

Via auricular:
- A medicação deve estar à temperatura ambiente, por causa do risco de
vertigens ou náuseas;
- Utilizar soluções esterilizadas;
- Administrar o medicamento com um intervalo de tempo de cerca de minutos,
entre cada ouvido, quando a aplicação for bilateral;
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico por via auricular;
- Limpar o canal auditivo externo;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Aconselhar o utente a limpar o nariz, se não houver contraindicações;
- Posicionar o utente em hiperextensão;
- Instruir o utente a respirar pela boca;
- Calçar luvas e aplicar o medicamento;
- Manter o utente na mesma posição cerca de 5 minutos;
- Registar.
Via vaginal:
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico por via vaginal;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente em decúbito dorsal com os membros inferiores em
abdução e flexão e os pés apoiados na base da cama, expondo a região
perianal;
- Calçar luvas;
- Lavar e secar órgãos genitais;
- Administrar o medicamento de acordo com a forma de apresentação. No caso
de ser administrado com aplicador inseri-lo cerca de 5 a 7 cm na vagina,
pressionando o êmbolo;
- Manter o utente na posição dorsal, cerca de 10 minutos;
- Registar.
24
Diferente tipo de agulhas:

Via subcutânea: (Região deltóidea)


- Usa-se agulhas 25G ou 26G, num ângulo de 45º;
- Locais: 1/3 médio da face externa braço,1/3 médio da face antero-lateral da
coxa; parede abdominal a nível inferior da região umbilical; 1/3 superior do
tórax posterior (na região escapular); porção ventral ou dorsal da região
glútea;
-
Nas injeções subcutâneas devemos fazer uma prega cutânea para que a pele
fique o mais afastada do músculo. Não devemos fazer prega em pessoas
obesas, pois têm presente tecido cutâneo suficiente, e neste caso a angulação
pode ser de 90º, sem se correr o risco de atingir o músculo. Numa pessoa muito
magra, pode-se ter que diminuir o ângulo e fazer menos de 45º.

Objetivo: administrar medicamentos por via parentérica em que se pretende


absorção mais lenta.

25
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente de acordo com o local da injeção;
- Calçar luvas e confirmar outra vez a dose a administrar;
- Desinfetar o local (segundo novas orientações este passo não é preciso);
- Executar prega cutânea;
- Inserir agulha, desfazer a prega e administrar a medicação lentamente;
- Remover a agulha, fazendo pressão com uma compressa no local da picada;
- Registar.

Via intramuscular: (Região ventroglútea; pequeno e médio glúteo, aguenta


até 4ml)
- Usam- se agulhas 21G ou 23 G;
- Locais:quadrante superior externo da região dorsoglútea; 1/3 médio da face
antero-lateral da coxa; face externa do 1/3 superior do braço;

A região dorsoglútea (grande glúteo), hoje em dia não é muito aconselhado


quando existe região ventroglútea (pequeno e médio glúteo), onde há menos
probabilidade de acertar em vasos. Em pessoas muito obesas, estes locais não
são os preferíveis, mas sim a IM no vasto lateral (ou seja, na parte da frente da
coxa). A ventroglútea é melhor para pessoas que estejam acamadas e com
fraldas.

Objetivos:
- Administrar medicamentos por via parentérica em que se pretende absorção
mais rápida do que pela via subcutânea;
- Administrar medicamentos que são irritantes para o tecido celular subcutâneo
ou que são neutralizados no trato gastrointestinal;

Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente tendo em conta o local selecionado para a punção;
- Calçar luvas, confirmar outra vez a dose a administrar e desinfetar o local;
- Inserir a agulha a 90º com pele, aspirar ligeiramente e injetar o medicamento
devagar;
- Remover a agulha e fazer pressão com uma compressa no local de inserção;
- Registar.

26
Potenciais complicações das IM e SC:
Abcesso, necrose, lesão no nervo, hemorragia intramuscular, dor
alergia;
Fibrose (formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo, neste caso
num tecido, como parte de um processo de cicatrização);
Contração muscular (que pode partir a agulha);
Lipodistrofia (acontece em SC quando há uma acumulação de
medicação num determinado local. Para prevenir isto, vai-se rodando o
sitio de administração em utentes que se auto-administram);

Via Endovenosa ou intravenosa:


Indica quando:
- Se deseja que o medicamento alcance rapidamente um nível terapêutico no
plasma;
- Há risco de vida para o utente;
- A situação clínica do utente exige restrição hídrica;
- Na administração de medicamentos que precipitam em contato com o
solvente; Pode administrar-se em:
- Injeção por bólus/pequena quantidade de medicamento, no máx. até 15ml
(idealmente 1ml/min); Parar a medicação, avaliar SV e avisar médico, se o
utente referir calafrios, náuseas, dor localizada, sensação de queimadura ou
prurido
- Perfusão controlada de fluidos ou infusão de curta duração, se 25ml a 100ml
ou medicamentos diluídos e perfundidos em intervalos maiores (ex: 30 a 60
min), ou administração de medicamentos estáveis em solução por um período
limitado (ex: antibióticos).
- Perfusão de grandes quantidades de fluidos (ex :um frasco de soro) ou
Fluidoterapia: tem o objetivo de corrigir ou prevenir perturbações
hidroelectrolíticas.

Existem soluções: isotónicas (a mesma osmolaridade)reposição do volume


extracelular;
Hipotónicas (<250mOsm/l)hidratação celular e
redução do nível sérico;
Hipertónicas (>=375mOsm/l)reposição de electrólitos;

Objetivos:
- Permitir a absorção rápida do medicamento;
- Aplicar medicamentos a clientes impossibilitados de utilizar outra via;
- Administrar doses elevadas de medicamentos/soros;
- Manter/restabelecer o equilíbrio hidro-electrolítico;
- Colheita de sangue;
- Exames de diagnóstico ex: contrastes;

27
Orientações:
- Monitorizar: sinais vitais, estado da pele e mucosas, débito urinário, peso,
ocorrência de sede, estado de consciência, tónus muscular e valores
laboratoriais sempre que está a ser administrada terapia com fluidos ou
eletrólitos;
- Executar com técnica assética;
- Trocar o cateter, sistema de perfusão, torneiras e prolongamentos de acordo
com as orientações do serviço;
- Proteger com penso estéril o local de inserção do cateter, para prevenir
contaminação,
- Verificar a compatibilidade dos medicamentos, não administrar em simultâneo
medicação incompatível;
- Evitar administrar substâncias quimicamente irritantes através dos cateteres
periféricos;
- Verificar o local de inserção do cateter e a permeabilidade do mesmo e do
sistema de perfusão, antes de qualquer administração;
- Aplicar prolongamentos venosos com o comprimento suficiente para a
mobilização do utente, mas o mais curto possível;
- Aplicar torneira de três vias ou obturador para cateter sempre que sejam
previsíveis administrações subsequentes;

Material
▪ Resguardo
▪ Almofada
▪ Luvas não esterilizadas
▪ Garrote
▪ Cateter endovenoso adequado à finalidade
▪ Desinfetante
▪ Solução prescrita para a perfusão, sistema e prolongamento, se
necessário
▪ Compressas esterilizadas
▪ Penso esterilizado, de preferência transparente
▪ Adesivo
▪ Torneira de três vias ou obturador (válvula unidirecional) para cateter
▪ Contentor para cortantes
▪ Recipiente para sujos
▪ Folha de registo de enfermagem
▪ Suporte para soros, se necessário
▪ Bomba, seringa infusora ou regulador de refluxo, se necessário

28
Procedimento:
1. Providenciar os recursos para junto do cliente
2. Lavar as mãos
3. Instruir o cliente
4. Observar a veia a puncionar e a área circundante
5. Posicionar o cliente ou assistir a posicioná-lo
6. Proteger a roupa da cama com resguardo
7. Aprontar o local da punção
▪ Aplicar o garrote, cerca de 10 a 15 cm acima do local de punção
▪ Posicionar em abdução e extremidade do membro a puncionar
▪ Massajar o membro, dirigindo o fluxo venoso no sentido
ascendente
▪ Instruir o cliente para abrir e fechar a mão, várias vezes
8. Palpar a veia
9. Calçar as luvas
10. Desinfetar a área a puncionar com movimentos circulares, do centro
para a periferia, utilizando compressas embebidas em desinfetante
11. Remover a capsula protetora da agulha/cateter
12. Comprimir a pele no sentido da porção distal do braço, com a mão
não dominante, devendo o dedo polegar ficar colocado a 2,5 cm
abaixo da zona selecionada para a punção
13. Puncionar a veia com a mão dominante, com o bisel virado para cima
num ângulo aproximado de 10o a 30o com a pele
14. Diminuir a inclinação do cateter após a perfusão da pele fazendo-o
progredir lentamente no interior da veia e exteriorizar lentamente o
mandril, sem o retirar completamente
15. Observar se há refluxo de sangue
16. Atenuar a pressão do garrote
17. Remover o mandril, fazendo pressão acima da ponta do cateter, com
o indicador da mão não dominante
18. Aplicar, de acordo com o objetivo da punção, torneira de tês vias, ou
obturador
19. Fixar o cateter com penso esterilizado transparente ou com
compressa esterilizada aplicando adesivo ou com uma tira de adesivo
em forma de gravata, apenas sobre o cateter
20. Remover o garrote
21. Remover as luvas
22. Apreciar o bem-estar do cliente
23. Assegurar a recolha e lavagem do material
24. Lavar as mãos.

29
Para infusão continua de solução (Soro):

a) Antes da punção, conectar o sistema de soros ao frasco de solução e retirar


o ar do sistema;
b) Conectar o sistema ao cateter venoso;
c) Iniciar a perfusão, no tempo e à velocidade recomendados;

Para administração de medicamentos em bólus:

a) Conectar a seringa que contém o medicamento ao cateter venoso;


b) Iniciar a perfusão, no tempo e à velocidade recomendados.

- Observar se há sinais de infiltração, extravasamento do líquido perfundido ou


hematoma no local da punção, além de queixas de dor ou desconforto;
- Fixar o dispositivo com penso próprio ou segundo indicações do serviço;
- Orientar o utente sobre os cuidados a ter na manutenção do cateter;
- Descarte o material perfuro cortante para um recipiente adequado;
- Retirar luvas e higienizar as mãos;
- Registar;

Potenciais complicações da IV:


Hematoma (quando existe um deve-se elevar o membro para maximizar
o retorno venoso);
Flebite (inflamação interna da veia); provoca sinais de inflamação;
Flebite bacteriana (é mais fácil de evoluir para uma septicémia. É uma
situação grave);
Tromboflebite (é uma inflamação de uma ou mais veias causada por um
coágulo sanguíneo, que tem sinais/sintomas parecidos com a flebite,
mas é mais sistémica.
Pode-se dar conta quando a perfusão se torna mais lenta);
Infiltração (a pele fica mais fria, edemaciada, pálida. Pode não levar a
necrose.
≠Extravasamento, em que a seguir há necrose, p.e. com substâncias
hipertónicas.
Embolia (complicação que decorre quando um êmbolo se desprende da
veia. O próprio cateter, se estiver partido pode funcionar com um
êmbolo);
Choque anafilático;
Septicémia;

30
Locais de administração IV:

Membro Superior: Membro inferior:


Veia braquial Veia safena interna
Veia cefálica Veia plexo venoso central
Veia basílica
Veia mediana braquial
Veias superficiais dorsais
Veias metacárpicas

Butterflys: mais utilizado para perfusões


venosas que deverão permanecer menos
tempo, pois com este tipo de dispositivo a
agulha permanece dentro da veia e por ser
rígida, caso o paciente movimente o local da
inserção, pode lesionar a veia, causando
infiltração com edema, o que leva a
necessidade da realização de outra punção num
outro lugar. Estes dispositivos são numerados
em números ímpares do 19 (agulha maior e
mais calibrosa) ao 27 (agulha menor e menos
calibrosa).

31
Tipos de abocate:

- Abocate 14 e 16 (Adolescentes e Adultos): cirurgias importantes, sempre que


perfunde grandes quantidades de líquidos. Inserção mais dolorosa exige veia
de maior calibre;
- Abocate 18 (Crianças mais velhas, adolescentes e adultos): administrar
sangue, hemoderivados e outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa
exige de maior calibre;
- Abocate 20 (Crianças, adolescentes e adultos): adequado para a maioria das
infusões venosas de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados);
- Abocate 22 (Bebês, crianças, adolescentes e adultos -em especial, idosos):
adequado para a maioria das perfusões. É mais fácil de inserir em veias
pequenas e frágeis, deve ser mantida a uma velocidade de perfusão menor.
Inserção difícil, no caso de pele resistente;
- Abocate 24 (RN’s, bebês, crianças, adolescentes e adultos -em especial,
idosos): adequado para a maioria das perfusões, mas a velocidade de
perfusão deve ser menor. É ideal para veias muito estreitas, por exemplo,
pequenas veias digitais ou veias internas do antebraço em idosos.

32
Patologias

33
Cardiologia
Manifestações clinicas:
dispneia de esforço, dor torácica, palpitações, fadiga, nictúria e poliúria,
edemas, cianose, tosse e hemoptise

Exame físico na doença cardiovascular, ter em atenção:


Pulsos, pressão arterial, cianose, dedos em baqueta de tambor, unhas em
vidro de relógio, edemas nos m.i., ascite, hepatomegalia (aumento do
tamanho do fígado) e esplenomegalia (aumento do tamanho do baço).

Estenose aórtica (valvulopatia-doença da válvula aórtica): obstrução do


débito de saída do sangue do ventrículo esquerdo para a aorta.
Causas: reumáticas, congénitas, calcificantes (degenerativas);
Manifestações clínicas: angina de peito, sincope ou lipotimia, insuficiência
cardíaca, morte súbita;
Achados físicos: pulso carotídeo fraco e com atraso, sopro cardíaco, hipertrofia
do VE;

Regurgitação aórtica (valvulopatia-doença da válvula aórtica): fluxo de


sangue da aorta para o ventrículo esquerdo, que ocorre durante a diástole,
devido a incompetência da válvula aórtica.
Causas: endocardite infeciosa, disfunção de prótese valvular (alguém que já
teve estenose e a válvula foi trocada, mas não funciona bem);
Manifestações clínicas: dispneia de esforço, ortopneia (deitado e c/falta de ar),
dispneia paroxística noturna (acordar c/ falta de ar várias vezes por noite);
Achados físicos: hipertrofia do ventrículo esquerdo;

Estenose mitral (valvulopatia-doença da válvula mitral): obstrução do


fluxo sanguíneo entre a AE e o VE, provocada pelo funcionamento anormal da
válvula mitral.
Causas: endocardite infeciosa, cardite reumática, congénitas;
Manifestações clínicas: dispneia de esforço, ortopneia, dispneia paroxística
noturna, palpitações;
Achados físicos: hipertrofia da aurícula esquerda, sopro cardíaco;

Regurgitação mitral (valvulopatia-doença da válvula mitral): inversão


anormal do fluxo sanguíneo do VE para a AE, devido a anomalia do aparelho
mitral.
Causas: prolapso da válvula mitral, valvulite reumática, endocardite infeciosa;
Manifestações clínicas: fadiga, dispneia ligeira;
Achados físicos: hipertrofia da AE, hipertrofia do VE, sopro cardíaco;

34
Estenose tricúspide (valvulopatia-doença da válvula tricúspide):
obstrução do fluxo diastólico através da válvula, durante o enchimento do VE.
Causas: endocardite infeciosa, febre reumática;
Manifestações clínicas: dispneia de esforço, fadiga, pulsações nas veias do
pescoço (ingurgitamento das veias jugulares);
Achados físicos: hipertrofia da aurícula esquerda, sopro cardíaco;

Regurgitação tricúspide (valvulopatia-doença da válvula tricúspide):


quando a válvula tricúspide permite a entrada de sangue na AD, durante a
contração ventricular direita.
Causas: insuficiência VE, hipertensão pulmonar, endocardite infeciosa;
Manifestações clínicas: dispneia, ortopneia, edema periférico;
Achados físicos: hipertrofia da AD, hipertrofia do VD, sopro cardíaco;

Estenose pulmonar (valvulopatia-doença da válvula pulmonar):


obstrução do fluxo de sangue aos pulmões.
Causas: endocardite infeciosa, congénita, tumores;
Manifestações clínicas: dispneia de esforço, palpitações, sincope;
Achados físicos: hipertrofia do VE, hipertrofia pulmonar, sopro cardíaco;

Regurgitação pulmonar (valvulopatia-doença da válvula pulmonar):


ocorre habitualmente, na sequência de uma cirurgia cardíaca prévia, numa
lesão a pulmonar.
Causas: endocardite infeciosa, hipertensão pulmonar, febre reumática;
Manifestações clínicas: polipneia em repouso, fadiga, sincope, dispneia;
Achados físicos: hipertrofia do VD, hipertensão pulmonar, sopro cardíaco;

Endocardite infeciosa: ocorre no endocárdio. É uma doença causada pela


infeção microbiana do revestimento endotelial do coração. A lesão
característica é uma vegetação (agregado de plaquetas com fibrose) que se
desenvolve habitualmente numa válvula cardíaca.
Causas: estreptococos, estafilococos, fungos;
Manifestações clínicas: febre, anemia(valores normais de hemoglobina – M-
12-14; H- 14-16), sopro cardíaco, arrepios, mialgias, dedos em baqueta de
tambor, suores noturnos, fadiga, cefaleias, esplenomegalia;

Angina de peito: é uma síndrome clinica que consiste em desconforto ou


dor no tórax, com um carácter recorrente, associada a isquemia miocárdica,
mas sem necrose do miocárdio.
Causas: aterosclerose das coronárias, anomalias congénitas das artérias
coronárias, espasmos das artérias coronárias, vasculite coronária, estenose
aórtica, miocardiopatia hipertrófica, tromboembolismo coronário;
Manifestações clínicas: dor no peito que dura entre 10 a 15 minutos,
normalmente;

35
Enfarte agudo do miocárdio ou EAM: consiste no desenvolvimento agudo
ou súbito de uma área localizada ou circunscrita de necrose miocárdica, devido
a isquemia grave, secundária a um fluxo sanguíneo ou a u uma oxigenação
inadequada.
Causas: trombose coronária, normalmente por consequência de placas de
ateroma, dislipidemia, historia familiar, idade, sexo masculino, tabagismo, DM,
HTA;
Manifestações clínicas: desconforto torácico persistente, duração de dor no
peito superior a 15 minutos, a dor irradia com frequência para o braço
esquerdo, ombro esquerdo, pescoço e mandíbula, também do lado esquerdo,
dispneia, náuseas, vómitos, diaforese;
Diagnóstico: sintomas, ECG, enzimas MNM (marcadores de necrose do
miocárdio, ex: troponina I e T, creatinaquinase CK, mioglobina);

Insuficiência cardíaca: consiste numa síndrome que resulta de uma lesão


miocárdica que determina uma redução significativa da função ventricular
esquerda, quer seja por sobrecarga persistente (hipertensão arterial) ou por
perda do miocárdio (EAM ou miocardite).
Causas: hipertensão arterial, EAM ou miocardite;
Manifestações clínicas: hipotensão, confusão mental, isquemia intestinal,
insuficiência renal, perfusão tecidual deficiente, edema pulmonar, dispneia
paroxística noturna, ortopneia, congestão hepática, ascite e edema;

Choque: consiste situação de hipoperfusão tecidular, em que o aporte


sanguíneo e de oxigénio não é suficiente para nutrir convenientemente as
células e remover os catabolitos. Se esta insuficiência circulatória aguda se
mantiver, vai originar isquemia tecidular, pondo em risco a vida do utente.
Fisiopatologia do choque hipovolémico: uma hemorragia abundante
reduz a volémia circulante, comprometendo a adequada chegada de
sangue ao coração. A tentativa de compensação levará a um aumento
da frequência cardíaca, procurando assegurar a perfusão periférica.
Causas: hemorragias, queimaduras, desidratação;
Fisiopatologia do choque cardiogénico: um EAM ou uma miocardite
grave, originam uma deficiente contração do miocárdio, Apesar de haver
uma volémia correta, o músculo cardíaco está impossibilitado de cumprir
a sua função de bomba, complementando o débito cardíaco.
Causas: EAM, cardiomiopatia dilatada, regurgitação mitral, defeito do
septo ventricular, aneurisma ventricular;
Fisiopatologia do choque obstrutivo: a existência de um obstáculo á
ejeção do sangue, implica um esforço suplementar para o esvaziamento
ventricular, levando a um volume de ejeção reduzido.
Causas: tamponamento pericárdico, pericardite constritiva,
tromboembolismo pulmonar, hipertensão grave, coartação (aperto) da
aorta;

36
Fisiopatologia do choque distributivo: resistências vasculares
periféricas- a resistências encontrada pelo sangue para percorrer o
sistema vascular, varia em razão direta ao comprimento dos vasos e
com a viscosidade do próprio sangue e em razão inversa com o
diâmetro dos vasos.
Causas: sépsis, reação anafilática, traumatismo vertebro-medular;

Manifestações clinicas: taquicardia, hipotensão (PAS<60mmHg), pulsos


periféricos finos, extremidades frias, sudação, taquipneia, oligúria/anúria,
alteração do estado de consciência.

Neurologia
Alguns conceitos:
- Anosmia (não cheirar);
- Hiposmia (diminui a capacidade de cheirar);
- Hemianopsia (só vê metade do campo visual, ou esq. ou dir. acontece em
utentes c/ AVC);
- Diplopia (ver duas imagens);
- Nistagmo (o olho treme verticalmente ou horizontalmente);
- Miose (pupila mais pequena que o habitual);
- Midríase (pupila dilatada);
- Isocóricas (pupilas iguais);
- Anisocóricas (pupilas diferentes uma da outra);
- Apneustia (pausas inspiratórias e expiratórias prolongadas);
- Respiração atáxica (padrão irregular, movimentos profundos e superficiais ao
acaso, com períodos irregulares de apneia);
- Hemiplegia – paralisia de metade do corpo
- Homoplegia – paralisia de um único membro
- Diplegia – paralisia simétrica de dois membros correspondentes
- Paraplegia – paralisia simétrica dos membros inferiores
- Tetraplegia – paralisia dos quatro membros

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Descortição - membros superiores em flexão e membros inferiores em
extensão;
Descerebração – ambos os membros em extensão

Níveis de consciência:
ConscienteConfusoletárgicoobnibuladoestuporosocoma
Confuso: desorientado no espaço, perda de compreensão;
Letárgico: sonolento, necessita estímulos ligeiros, para iniciar resposta;
Obnibulado: responder lentamente à estimulação externa. Estímulos repetidos
para manter a atenção;
Estuporoso: resposta mínima a estímulos vigorosos e dolorosos. A resposta
verbal pode consistir apenas em murmúrios e gemidos;
Como: não responda a qualquer estimulo.

Exame neurológico: consiste numa sequência de testes que exploram todas as


funções neurológicas, onde se deve ter em conta a idade e outras
especificidades do indivíduo.
- Exame do estado mental:
Atenção e concentração (ex: através do teste dos 7 seriados, ou seja
contar de 7 em 7);
Orientação (no tempo, espaço);
Linguagem (compreensão, nomeação de objetos, repetição e leitura);
Memória;
Capacidades cognitivas (cálculos, geração de palavras, capacidades
verbais – soletrar);

-Exame da estática e da marcha:


Observar o utente a sentar-se e a dirigir-se para o consultório;
Estática (ou seja, se parado, o utente tem equilíbrio ou não);
Examinar o padrão de marcha do utente;

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-Exame da coluna cervical e lombar:
Testar com o utente de pé, a flexão, extensão, rotação e inclinação
lateral da cabeça;
Testar os mesmos movimentos nas ancas;
Palpação e percussão da coluna;
-Exame dos nervos cranianos;
-Exame motor:
Massa muscular;
Tónus muscular;
Força (ex: pedir para apertar a mão);
Coordenação dos movimentos (ir c/ o dedo até à ponta do nariz c/ olhos
fechados);
Movimentos finos;

-Exame da sensibilidade;
Superficial – táctil (toque), térmica (objetos quentes e tépidos e frescos e
frios), dolorosa (pressionar leitos ungueais), vibrátil (alternar objetos
pontiagudos com rombos);
Profunda ou proprioceptividade;

-Exame dos reflexos.


Extensores musculares
Superficiais – abdómen
Cremesterico
Anal
Plantar [sinal de Babinsky + (extensão dos dedos)]

Acidente vascular cerebral (AVC): é uma síndrome caracterizada pelo


início agudo de um défice neurológico, resultante da perturbação na circulação
ou isquemia cerebral, que se prolonga por mais de 24 horas, podendo causar
lesões irreversíveis. Traduz um envolvimento focal do sistema nervoso central.
Fatores de risco: HTA, tabagismo, consumo excessivo de álcool, diabetes,
hipercolesterolemia, acidentes isquémicos transitórios (AIT), estenose
carotídea, idade superior a 65anos, homem, fibrilação auricular, sedentarismo,
contracetivos orais.
Causas: tromboses ou embolias (isquémicos), hemorragias (hemorrágicos);
Manifestações clínicas: alterações do estado de consciência, desvio da
comissura labial, alterações emocionais, distúrbios visuais, cefaleias,
convulsões, hemiparesia/hemiplegia, disfagia, perdas sensitivas (parestesias),
alterações da linguagem/fala afasia, alexia, agrafia, disartria; défices de
eliminação (urgência urinaria, incontinência de urgência, bexiga neurogénica,
obstipação).

39
Diagnósticos de Enfermagem (exemplos):
Risco de lesão devido às deficiências neurológicas;
Mobilidade física prejudicada devida às deficiências motoras;
Processos mentais alterados, devido à lesão cerebral;
Comunicação verbal prejudicada devida à lesão cerebral;
Deficiência nos Autocuidados devida à hemiparesia/paralisia;
Nutrição alterada: menor do que as exigências corporais, devida ao
distúrbio da autoalimentação, mastigação, deglutição;
Diurese alterada devida à deficiência motora/sensitiva;
Processo familiar alterado devido à doença catastrófica, sequelas
cognitivas, comportamentais do AVC e por apresentar-se como um
problema para a família;

Padrão espástico Padrão anti-espástico

Cabeça tende
para o lado da
lesão Extensão do ombro
Mão e braço em Extensão do e cotovelo
Flexão do braço flexão braço Abdução e
Adução e supinação da mão
pronação da mão Reflexo do membro
inferior e rotação
interna da anca
Rotação externa Rotação interna Cabeça no local
do membro normal

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Traumatismos cranioencefálicos (TCE): podem ser:
-Lesões ósseas;
-Lesões meningo-cerebrais;
-Hemorragias extraparenquimatosas: (não atingem massa encefálica)
Hematomas extradurais (acima da dura máter);
Hematomas subdurais agudos (entra a dura máter e a aracnóideia);
Hemorragias subaracnóideias (por baixo da aracnóideia);
-Lesões intraparenquimatosas: (atingem massa encefálica)

Hematomas intracerebrais;
Contusões cerebrais;
Concussão cerebral
Lesão axonal difusa (perda de neurónios)
Causas: acidentes de trânsito, acidentes de trabalho,
NESTES CASOS VER ESCALA DE COMA DE GLASGOW!!

Diagnósticos de enfermagem (exemplos):


Processo do sistema respiratório, comprometido;
Temperatura corporal, comprometida;
Processo do sistema circulatório, comprometido;
Controlo do equilíbrio hidroelectrolitico;

Doença de Alzheimer: distúrbio degenerativo caracterizado pela demência


com prejuízo progressivo da memória, função cognitiva, linguagem, julgamento
e capacidade de autocuidado.
Manifestações clínicas:
Estágio I – memória fraca a curto prazo, memória remota ligeiramente
prejudicada, habilidades visuoespaciais prejudicadas, leve distúrbio da
linguagem, indiferença, irritabilidade ocasional.
Estágio II – acentuado distúrbio da memória, desorientação espacial,
afasia fluente, incapacidade de realizar cálculos, indiferença,
irritabilidade, apraxia, alucinações, inquietude, andar de um lado para
outro.
Estágio III – pouca função cognitiva, rigidez das extremidades e postura
de flexão, incontinências urinária e fecal.

Complicações: infeções respiratórias e urinárias; lesões devido a alucinações,


confusão e falta de compreensão; subnutrição devido à falta de atenção às
refeições, fome ou falta de capacidade para preparar refeições;

41
Diagnósticos de Enfermagem (exemplos):
Processos mentais modificados devidos às alterações fisiológicas da
doença;
Risco de lesão devido à falta de capacidade cognitiva;
Interação social prejudicada devida à diminuição da capacidade de
compreender o ambiente;
Distúrbio do padrão de sono, secundário ao processo da doença;
Nutrição alterada, devida à perda de memória e modificação da
capacidade de planeamento;

Doença de Parkinson: é uma doença neurológica degenerativa cronica que


afeta os centros cerebrais responsáveis pelo controle e regulação do
movimento. É a massa nigra do cérebro que sofre alterações.
Manifestações clínicas: bradicinesia (movimentos mais lentos) ou acinesia;
perda dos movimentos espontâneos; tremor em repouso; rigidez no
desempenho de todos os movimentos; postura inclinada para a frente,
fáceis inexpressivos, fala lenta e arrastada, instabilidade postural, passos
pequenos e arrastados, urgência urinarias, dificuldade em iniciar micção,
obstipação;
Complicações: demência; lesão por queda.
Diagnósticos de Enfermagem (exemplos):
Posição corporal alterada devido à rigidez e tremor;
Ingestão nutricional alterada, devido às dificuldades motoras com
alimentação, mastigação e deglutição,
Obstipação devida à imobilidade e à ingestão nutricional deficiente;
Incontinência fecal;
Discurso lentificado devido ao comprometimento dos músculos faciais;
Espasticidade devida às alterações motoras;
Precaução de segurança: Traumatismos;
Risco de infeção urinária;
Autocuidado comprometido;

Meningites: é a inflamação das meninges ou membranas de revestimento


do cérebro e medula espinhal.
Manifestações clínicas: rigidez da nuca; cefaleias; dor nas costas; febre e
leucocitose; alterações no estado mental do paciente (rapidamente de
sonolência a coma); fotofobia; náuseas e vómitos;
Complicações: convulsões; síndrome de secreção inadequada de hormona
antidiurética.
Diagnósticos de Enfermagem (exemplos):
Hipertermia Precaução de segurança: cefaleias Ambiente limitado
Consciência alterada Eliminação alterada

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Epilepsia: doença cronica do SN que se caracteriza por crises estereotípicas
recorrentes de convulsões.
Manifestações clínicas: relacionadas com a área do cérebro envolvida na
atividade convulsiva. Pode variar desde sensações anormais isoladas,
atividade motora aberrante, consciência/personalidade alterada até a perda da
consciência e movimentos convulsivos. Distúrbios da consciência; distúrbios do
tónus muscular e movimento; distúrbios do comportamento, humor, sensação
ou perceção; distúrbios das funções autónomas.
Cuidados durante a crise: permanecer junto do doente; não restringir
movimentos, não tentar abrir a boca ou colocar objetos na mesma; posicionar
cabeça em lateral; administrar terapêutica; observar a crise (começo, duração,
aura, olhos e movimentos oculares, relaxamento de esfíncteres…)

Esclerose múltipla: é uma doença crónica do SNC caracterizada pela


ocorrência de pequenas placas de desmielinização da substância branca.
Manifestações clínicas: as lesões podem ocorrer em qualquer parte dentro da
substância branca do SNC. Os sintomas refletem a localização da área de
desmielinização.
Fadiga e fraqueza;
Reflexos anormais – ausentes ou exagerados;
Distúrbios visuais – visão prejudicada e dupla, nistagmos;
Disfunção motora – fraqueza, tremores, falta de coordenação;
Distúrbios sensitivos – parestesias, sensibilidade profunda prejudicada,
prejuízo do sentido vibratório e de posição;
Distúrbio da fala – arrastada e interrompida (disartria);
Disfunção urinária – frequência e urgência miccional, retenção,
incontinência;
Síndromes neurocomportamentais., depressão, distúrbio cognitivo,
labilidade emocional;

Complicações: disfunção respiratória; infeções (bexiga, vias respiratórias,


sépsis); complicações por imobilidade.

Diagnósticos de Enfermagem (exemplos):


Atividade motora comprometida devido à fraqueza muscular,
espasticidade e falta de coordenação;
Obstipação;
Incontinência fecal;
Risco de infeção urinária;
Urgência urinária;
Retenção urinária;
Ingestão nutricional alterada;

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Aumento da pressão intracraniana (PIC):
Manifestações clínicas precoces:
Diminuição de nível de consciência (sonolência);
Cefaleias (> intensidade com tosse e esforço);
Alterações pupilares (midríase e contração lenta);
Perturbações visuais (ex: diplopia);
Ptose;
Défices motores e sensoriais contra laterais;
Manifestações clínicas tardias:
Agravamento da diminuição do nível de consciência;
Alterações dos SV (aumento TA sistólica e amplitude do pulso;
diminuição TA diastólica; pulsos fracos);
Disritmias respiratórias;
Febre;
Vómitos;
Postura descorticada ou descerebrada

Endocrinologia
Diabetes mellitus: é um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia
e decorre da deficiência na secreção de insulina, na sua ação, ou ambas.
Manifestações clínicas: hiperglicemia; alteração na resposta tecidual; poliuria,
polidipsia, perda de peso, polifagia, visão turva, fadiga; coma, complicações
cronicas
Complicações: -Agudas
Náuseas
Vómitos
Coma hiperglicémico hiperosmolar não cetónico – descompensação
grave do estado diabético com uma taxa de mortalidade muito
significativa.
A cetoacidose diabética é uma disfunção metabólica grave causada pela
deficiência relativa ou absoluta de insulina;
- Crónicas
Retinopatia;
Nefropatia;
Aterosclerose
Neuropatias (pé diabético)
Dislipidemia
Hipertensão
Pé diabético (amputação)
Complicações locais cutâneas: lesões lipoatroficas; nódulos
endurecidos; infeção

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Diagnostico
Classificação Valores de glicemia em mg/dl
PTGO – 2h após 75g Casual (realizada a qualquer hora
Classificação Jejum
glicose do dia)
Glicemia normal <110 <140
Anomalia da glicemia de jejum
≥ 110 <126
(AGJ)
Tolerância à glicose diminuída
>100 < 126 >140<200
(TDG)
Sintomas Clássicos*** +
Diabetes ≥ 126 ≥200
Glicemia**≥200
**Glicemia realizada a qualquer hora do dia ***Poliúria, polidipsia, perda de peso sem explicação
PTGO - Prova de Tolerância à Glicose Oral

HIPERGLICEMIA
Manifestações clínicas
 Eliminação aumentada de urina
 Sede
 Dores de cabeça
 Dores de estômago
 Azia
 Dificuldades de respiração
 Prurido da pele
 Infecções de pele
 Tonturas
HIPOGLICEMIA:
Manifestações clínicas
 Hipersudorese
 Fome
 Astenia
 Tonturas
 Tremores
 Taquicardia
 Ansiedade

ANTI-DIABETICOS ORAIS
Tipos Acção Efeitos Secundários
•Glitazonas Diminuição da insulinorresistência ou 3.Falta de apetite, perturbações do
•Biguanidas aumento da sensibilidade à insulina estomago e diarreia
•Inibidores da alfa- Interferência na digestão e absorção
glicosidase dos Hidratos de Carbono
•Sulfoniluréias Secretagogos - Aumento da 1.Hipoglicemia se a dose não for
•Meglitinidas secreção de insulina adequada ou se o doente não comer
depois de o tomar;
Aumento de peso
Glitinidas 2.Hipoglicemia ligeira, náuseas,
vómitos, diarreia, azia
Inibidores de alfa- Retarda a absorção intestinal de 5. Flatulência e timpanismo
glicosidase carboidratos

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Diagnósticos de Enfermagem:
Alteração da nutrição (superior às necessidades do organismo) devida à
ingestão superior aos gastos com a atividade;
Medo de injetar insulina;
Risco de lesão (hipoglicemia) devido aos efeitos da insulina e da
incapacidade de se alimentar;
Intolerância à atividade devida ao precário controle da glicemia;
Déficit de conhecimento sobre o uso de hipoglicemizantes orais;
Risco de alteração da integridade tecidual devido à diminuição da
sensibilidade e da circulação para as extremidades inferiores;
Deficiência em lidar com a doença crónica e com o esquema complexo
de autotratamento;

46
APÓSITOS

47
Manual de
procedimentos

48
Manual de
Diagnósticos e
Intervenções de
Enfermagem

49
Escalas

50

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