Ensinos Clínicos
Processo de Enfermagem
- Avaliação Inicial (análise documental, entrevista, observação e exame físico:
Inspeção, palpação, precursão e auscultação);
- Diagnóstico;
- Planeamento;
- Implementação;
- Avaliação;
CIPE
Diagnósticos e resultados de enfermagem:
- Incluir um termo do eixo do foco;
- Incluir um termo do eixo do juízo;
- Incluir termos adicionais dos eixos do foco, juízo ou de outros eixos.
Intervenções de enfermagem:
- Incluir um termo do eixo da ação;
- Incluir pelo menos um termo alvo (pode ser um termo de qualquer eixo exceto
do eixo do juízo); - Incluir termos adicionais dos eixos da ação ou de qualquer
outro eixo.
Tipos de Lixo
- Grupo I: Resíduos equiparados a
urbanos; Resíduos Não perigosos – saco preto
- Grupo II: Resíduos hospitalares não
perigosos;
- Grupo III: Resíduos hospitalares de risco biológico Risco biológico – saco
branco
- Grupo IV: Resíduos hospitalares específicos Risco biológico – saco
vermelho ou rosa
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Sistema Musculosquelético
Movimentos:
- Flexão: diminuição do ângulo;
- Extensão: aumento dos ângulos;
- Dorsiflexão ou flexão do
No pé
tornozelo,
- Flexão plantar ou extensão do tornozelo;
Hiperextensão, extensão e flexão;
Abdução (afasta da linha média) e adução (aproxima da Na cabeça
linha média);
- Rotação lateral, externa, medial ou interna e circundação; movimentos de
circundação
- Pronação (palma baixo) e supinação (palma cima); só no pulso
- Elevação e depressão;
No ombro e na mandíbula
- Projeção e retração;
- Didução ou movimento de lateralidade na boca
- Inversão (aproxima da linha média) e eversão (afasta da linha média);
Outros conceitos:
- Atrofia. Massa muscular está reduzida. Tem menos capacidade de
contrabilidade;
- Atonia: ausência de movimento, ausência de tónus muscular;
- Hipotonia: diminuição de tonicidade, mas consegue fazer movimento;
- Hipertonia: aumento do músculo, associado a um exagero do relaxamento do
outro músculo;
- Tonicidade: capacidade de contabilidade;
- Contratura: estado permanente de contrabilidade muscular;
- Paralisia: total, facial e da orofaringe;
- Hemiplegia: esq. ou dir. Não realização de movimento e sensação à direita ou
esquerda; - Paraplegia: não realização de movimento, sensação da cintura
para baixo.
Posicionamentos
Objetivos:
- Estimular o padrão respiratório, de mobilidade e de eliminação;
- Prevenir complicações circulatórias e musculosqueléticas;
- Mobilizar as secreções brônquicas;
- Manter a amplitude e movimento articular;
- Manter a integridade da pele;
- Prevenir contraturas;
- Providenciar o conforto e bem-estar;
- Permitir adequada estimulação motora e sensorial; - Promover o autocuidado.
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Decúbito dorsal:
- Utente no centro da cama com a coluna alinhada;
- Proteger proeminências ósseas com material de prevenção de upp;
- Almofadas baixas na cabeça, cintura escapular, antebraço e mão, zona
poplítea e aquiliana; - Membros superiores em ligeira abdução do ombro e em
flexão do cotovelo; - Ter atenção ao pé equino, aliviando a roupa da cama na
zona dos pés.
Decúbito Lateral:
- Utente deve estar em dorsal do lado oposto ao decúbito a executar;
- Almofada normal: junto ao m.i. ao lado para o qual se vai virar o utente e m.s
do lado oposto;
- Fletir os m.i. e m.s do lado oposto ao decúbito e m.i. oposto com almofada na
articulação joelho;
- Fletir ligeiramente o m.i. e o m.s do lado do decúbito;
Cabeça na almofada à altura do ombro;
- Ver o alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.
Decúbito Semi-dorsal:
- Utente deve estar em dorsal do lado oposto ao decúbito a executar;
- Almofada em cunha (de preferência, se não normal) ao longo do tronco;
- Almofada normal no m.i. oposto ao decúbito e em flexão, e m.s. oposto em
abdução e flexão;
- M.i. lado apoiado em ligeira flexão e rotação externa da coxofemoral;
- M.s. do lado do decúbito com ombro em ligeira flexão e antebraço em
supinação e flexão ligeira; - Dedos das mãos devem estar em abdução e a
mão em extensão. Usar ligaduras, p.e.; - Ver alinhamento corporal e ter
atenção ao pé equino.
Decúbito Ventral:
- Utente em dorsal perto do enfermeiro;
- Almofadas: abdómen, e m.i. Não colocar nas cristas ilíacas;
- M.s. longo do corpo e m.i. em ligeira abdução. Cabeça lateralizada;
- M.s. para onde a cabeça está lateralizada, em abdução e antebraço em flexão
a 90º; - M. s. oposto em abdução e rotação interna, antebraço e mão em
extensão; - Ver alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.
Decúbito Semi-ventral:
- Almofada: cabeça, ao longo do tronco na parte da frente, no m.i. oposto semi-
fletido; - M.i. lado apoiado em flexão e m.s em hiperextensão do braço e
abdução do ombro; - Ver alinhamento corporal e ter atenção ao pé equino.
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Padrão de Higiene (com ajuda total)
Problemas mais comuns:
- Pele: acne, eritema, dermatite de contacto;
- Cabelo e couro cabeludo: caspa, alopécia (sem cabelo em diversas partes) e
pediculose(piolhos);
- Cavidade Oral: cáries, periodontite, halitose, estomatite e gengivite;
- Pés e unhas: Calosidades, unhas córneas (garra), encravadas, paroníquia
(inflamação), cheiro;
Objetivos:
- Cuidar da higiene individual;
- Estimular a função respiratória, circulatória, de mobilidade e de eliminação;
- Manter a integridade da pele;
- Promover o autocuidado;
- Instruir para o autocuidado de higiene pessoal;
Material:
Roupa para substituir a da cama e do utente;
Toalhas
Manápulas ou toalhete
Luvas normais
Avental;
Sabão líquido com emoliente e dermoprotetor e substância hidratante;
Recipiente com água quente;
Tesouras,
Bacias,
Arrastadeira,
Objetos de uso individual
Carrinho da roupa suja.
Procedimento:
- Providenciar arrastadeira, se necessário;
- Tirar a roupa da cama e deixar o utente tapado com o lençol de cima;
- Lavar cabelo, se necessário;
- Lavar boca tendo atenção às próteses, retirando-as e utente em semi-fowler
(< 45º);
- Lavar face; olhos do canto externo para o interno; limpar orelhas com
compressa e água;
- Retirar a almofada e colocar a cama na horizontal; tirar camisa (sujos) e cobrir
com lençol;
- Lavar m.s., a começar no mais afastado, da parte distal para a proximal, em
mov. circulares;
- Se for para lavar as mãos em separado com bacia e cortar unhas é este o
momento;
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- Lavar tórax e abdómen tendo atenção às pregas e mamas em mulheres;
- Lavar m.i., começar do mais afastado, da parte distal para a proximal, em
mov. circulares;
- Se for para lavar os pés em separado com bacia e cortar unhas é este o
momento;
- Lavar dorso e nádegas, colocando o utente lateralizado. Primeiro dorso,
depois nádegas;
- Lavar genitais, usando a técnica da tenda e colocar toalha debaixo da cama.
Trocar manápula; Nos homens: lavar do meato até à glande. Se possível lavar
o ânus. Nas mulheres: lava-se as coxas, grandes e pequenos lábios e meato.
Se possível lavar o ânus;
Preparação da cama:
- Retira- se a colcha e faz-se três dobras no sentido da largura, depois coloca-
se em 1º lugar;
- A seguir o de cima, dobrar em harmónio e depois ao meio. O 2º a ser
colocado na cadeira;
- O resguardo, dobrar ao meio só;
- O de baixo, dobrar no sentido do comprimento duas vezes e só depois ao
meio;
Glicemia:
- Normal: <110 mg/dl e >70mg7dl (jejum); <140mg/dl (2h após ingestão de
glicose)
- Anomalia da glicemia de jejum (AGJ): ≥110<126mg/dl (jejum);
- Tolerância à glicose diminuída (TDG): >100 <126mg/dl (jejum); >140 a
<200mg/dl (2h após ingestão de glicose);
- Diabetes: ≥ 126 mg/dl (jejum); ≥200 (2h após ingestão de glicose);
Oxigenação
Oximetria de pulso: Sp 02- 95% a 100% (saturação de oxigénio no sangue);
Gasometria arterial: Ph 7,35 a 7,45. PaO2 – 80 a 100 mmHg; PaCO2- 35 a 45
mmHg.
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Alterações do padrão respiratório: Volume:
Movimentos do tórax: a) hiperventilação:>f. respiratória e tempo
- Tiragem intercostal; b)hipoventilação:<f. respiratória e tempo
- Tiragem supraesternal; a)< CO2
Tiragem infraesternal; b)>CO2
Tiragem supraclavicular;
Expetoração:
- Purulenta;
- Mucopurulenta;
- Purulenta-hemoptóica;
- Serosa;
A tosse pode ser: seca ou não produtiva, produtiva ou rouca.
!!!FiO2 (fração de ar inspirado) no ar ambiente:21%
Oxigenoterapia
É a administração de oxigénio numa concentração maior que a encontrada na
atmosfera. Muito usada para correções de hipoxia e melhorar oxigenação
tecidular. Em geral, quando se faz O2, é colocado um reservatório fechado, com
água bidestilada, para humidificar o O2, que por si só é seco. Para baixos fluxos,
isto é para concentrações de O2 inferiores a 40% e de curta duração, não se
humidifica. Para concentrações de O2 superiores a 40% e de longa duração,
humidifica-se.
Máscaras
simples facial (é uma que tem furos):
- Fluxo de O2 entre os 5 a 10 litros (concentração até 60%);
- Ajuda a melhorar o oxigénio humidificado
- Permite a inspiração do ar ambiente;
- É indicada para paciente conscientes e não tolerada por crianças, dispneicos
e ansiosos (altera a auto-imagem);
- Possível área de pressão e irritação da pele
- Nível de FiO2 é difícil de estimar
com reservatório:
- As válvulas unidirecionais permitem que o ar exalado escape e não deixa
entrar ar ambiente;
- O utente inala 100% do oxigénio que é fornecido;
de venturi:
- O fluxo de O2 entre os 5 e os 15 litros (24% a 60%); - São ideias para
pacientes com DPOC por regular o O2:
- Oferece a concentração exata de oxigénio;
- Não resseca as mucosas
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Catéter nasal ou cânula:
- Quando não se precisa de fornecer uma concentração elevada de O2- 2 a 6
litros (inferior a 40%)
- Facilmente tolerada
- Permite que o utente coma, fale e beba
- Se obstrução nasal não pode ser usada
- O padrão respiratório afetara o FiO2
Objetivos:
- Humidificar as vias aéreas;
- Facilitar a remoção de secreções;
- Administrar terapêutica na árvore brônquica;
Nebulização
Material:
- Nebulizador/ rampa de ar ou oxigénio (se doente com DPOC é com ar
comprimido);
Copo de nebulização e mascara facial ou bucal;
Tubo de ligação ao debitómetro, lenços, recipiente de sujos;
Terapêutica prescrita (se necessário);
Procedimento:
- Ter os lenços de papel e os sacos dos sujos perto do utente;
- Posicionar o utente em semi-fowler ou sentado, quando doente consciente.
(se doente inconsciente decúbito lateral, se necessárias grandes quantidades
de O2 se não ar comprimido);
- Preparar o nebulizador com a medicação (complexa e interdependente), se
prescrito ou com o soro fisiológico a 0,9% (simples e autonoma);
- Aplicar a máscara e dizer ao utente para fazer inspirações amplas;
- Controlar o FiO2, se necessário;
- Ver se no caso de se ter usado medicação esta fez efeito;
Aspiração de secreções
Objetivos:
- Manter a permeabilidade das vias aéreas;
- Prevenir a estase (estado no qual o fluxo normal de um líquido corporal pára)
de secreções; - Providenciar ventilação adequada;
- Material:
- Aspirador ligado a uma fonte de vácuo;
- Sondas aspiração;
- Máscara e avental de proteção para o enfermeiro;
- Luvas e compressas esterilizadas;
- Dispositivo em Y;
- Recipiente com água destilada
- Cápsula esterilizada e soro fisiológico;
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Procedimento:
- Em utentes conscientes, posicionar em fowler, utentes inconscientes em
decúbito lateral;
- Colocar o avental e a máscara;
- Abrir a cápsula, mantendo esterilizada e colocar lá, sem tocar em nada o NaCl
a 0,9%;
- Abrir o involucro da sonda, mas não a exteriorizar;
- Abrir o pacote de compressas;
- Ver se há o tubo de ligar a máquina de vácuo ao dispositivo em Y;
- O dispositivo em Y é para ser colocado uma parte na sonda e outra no tubo
do vácuo;
- O vácuo deve estar entre os 110 e os 150 mmHg, mais pode magoar as
mucosas;
- Inserir a sonda, depois de a passar pelo soro fisiológico e a testar, sem tapar
o buraco;
- Depois de estar na oro ou nasofaringe aspirar, tapando o buraco e não
ultrapassando os 20/30s e os 10/15s, respetivamente;
- Estando suja a sonda passa-se por soro fisiológico e limpa- se com
compressa esterilizada;
- Repete-se o processo;
- No fim a sonda vai para o lixo – risco biológico.
!!! Nota: o soro fisiológico utilizado deve ser só para aquele utente e deve ser
identificado com o seu nome, cama, e o objetivo do soro, isto é, para quê que
está a ser utilizado.
Padrão Alimentar
Tipos de sonda:
- Silicone, poliuretano, PVC. Calibre de 8 a 16 em adultos. 90cm gastro e 125
cm duodenal.
Objetivos:
- Aliviar náuseas e vómitos;
- Diminuir a distensão abdominal;
- Preparar o utente para exames de diagnóstico,
- Administrar medicação ou alimentação entérica;
- Remover substancias toxicas ou sangue do estomago;
- Aspirar suco gástrico para análise;
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Material:
- Sonda gástrica de tipo e calibre adequados à situação clinica;
- Lubrificante hidrossolúvel, resguardo descartável, luvas e tina riniforme;
- Palhinha e copo de água ou compressas molhadas;
- Tampa para tapar a sonda e pinça- clamp;
- Seringa grande para a alimentação,
- Adesivo para prender a sonda ao nariz;
- Estetoscópio e recipiente de sujos;
Procedimento:
- Posicionar o utente em semi-fowler ou sentado, mas de preferência o
primeiro;
- Ver qual a narina mais permeável e ter a taça riniforme à mão em caso de
vómito;
- Colocar resguardo sobre o toráx e depois calçar luvas;
- Medir a sonda com a ponta que vai para o estômago do nariz, lóbulo da
orelha e apêndice xifoide;
- Aplicar lubrificante e proceder à inserção em movimentos circulares;
- Colocar a cabeça em flexão até a sonda passar a orofaringe, depois voltar ao
normal;
- Clampar e só desclampar no passo seguinte;
- Quando chegar ao estômago, injetar 15 a 20cc de ar e auscultar, depois
retirar este ar; - Depois de confirmar colocar a tampa e fixar a sonda com o
adesivo.
Eliminação Intestinal
Caracteristicas das fezes- escalas de Bristol:
- Tipo 1: pedaços separados duros como amendoim pessoas com
obstipação;
- Tipo 2: forma de salchicha, mas segmentado pessoas com obstipação;
- Tipo 3: forma de salchicha, mas com fendas na superfície normal;
- Tipo 4: forma de salchicha com, em cone, lisa e mole normal;
- Tipo 5: pedaços moles, mas contornos nítidos normal;
- Tipo 6: pedaços areados, contornos esmagados diarreia;
- Tipo 7: aquoso sem pedações sólidos.
Problemas mais comuns:
Obstipação Incontinência fecal
Impactação Flatulência
Diarreia Hemorroidas
Fecalomas Derivações intestinais ostomias
Objetivos:
- Promover a eliminação de fezes;
- Preparar o intestino para exames complementares de diagnostico ou
intervenções cirúrgicas;
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Avaliação Física do abdómen:
Material:
- Irrigador, tubuladura;
- Sonda retal da medida adequada;
- Lubrificante;
- Solução prescrita água, soro fisiológico, ou solução hipertónica de baixo
volume;
- Luvas, compressas, avental, resguardo para a zona nadegueira;
- Arrastadeira e papel higiénico;
- Suporte para suspender o irrigador a 30/40 cm da cama;
- Recipiente para sujos.
- Material de higiene para lavar a zona nadegueira e ânus depois da dejeção;
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Procedimento:
- Posicionar o utente em semi-ventral esquerdo, expondo a região anal;
- Colocar o resguardo e colocar à nossa beira a arrastadeira;
- Preparar o irrigador com a solução e calçar as luvas e o avental;
- Colocar a sonda rectal na tubuladura e remover o ar do sistema. Aplicar
lubrificante na sonda; - Inserir a sonda cerca de 5 a 10 cm e pedir ao utente.
- Imobilizar e abrir a torneira da sonda;
- No fim pedir ao utente para aguentar cerca de 10 a 15 mina solução e dar
arrastadeira no fim;
Este procedimento deve demorar 10 a 15 min a ser efetuado. O clister repete-
se no max. 3 vezes.
!!! NOTA: este procedimento pode também ser feito com um sistema de soros e
NaCl a 0,9%. Depois deve-se proceder aos cuidados de higiene na área
genital e anal.
Eliminação Vesical
Problemas comuns e perturbações de micção:
- Retenção urinária;
- Infeção urinária ou cistite;
- Incontinência urinária (funcional, de esforço, de urgência, reflexa, total);
Incontinência funcional: contrações vesicais suficientemente fortes para
provocar perda de urina antes de atingir o receptáculo apropriado
(sanita);
Incontinência de urgência: perda involuntária de urina logo após uma
forte sensação de urgência para esvaziar a bexiga;
Incontinência de esforço ou stress: perda involuntária de pequenas
quantidades de urina ou gotejamento de urina que ocorre em relação ao
aumento da pressão abdominal, associada ao espirro, riso, levantar
pesos, saltar, correr ou fazer exercício;
Incontinência reflexa: perda involuntária de urina em intervalos
relativamente previsíveis ao atingir um volume específico na bexiga;
Incontinência de transbordamento: perda involuntária de urina quando
atinge determinado volume
Incontinência total: incontinência urinária.
Conceitos:
- Disúria: micção dolorosa ou difícil;
- Poliúria: urinar grandes quantidades de urina;
- Oligúria: diminuição do débito urinário em relação aos líquidos ingeridos;
- Nictúria ou noctúria: micção particularmente excessiva à noite;
- Gotejamento: fuga de urina apesar do controlo voluntário da micção;
- Hematuria: presença de sangue na urina;
- Retenção: acumulação de urina na bexiga, com incapacidade da bexiga para
esvaziar;
- Urina residual: volume de urina que fica na bexiga após urinar;
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- Polaquiúria: micções mais frequentes, mas com volumes muito mais
reduzidos;
- Anúria: não urinar (< a 100ml/dia);
- Tenesmo: desejo continuo, doloroso e ineficaz de urinar
Tipos de algália:
- Folley latéx – 10 a 15 dias; para esvaziar a bexiga, avaliação do volume
residual, monitorização do débito urinário, exames auxiliares de diagnóstico,
cirurgia, controlo da incontinência
- Folley de revestimento de silicone- 28 a 30 dias;
- Folley silicone – 3 em 3 meses;monitorizar débito urinário
Usa- se água bidestilada no balão, por causa da cristalização;
Calibre: mulher- 14, 16, 18 CH e homem- 18, 20 e 22 CH.
Objetivos:
- Esvaziar a bexiga quando há retenção urinária e insucesso de outras
intervenções;
- Descomprimir a bexiga por causa de determinadas intervenções cirúrgicas;
- Monitorizar o débito urinário;
- Executar irrigações da bexiga ou instilações de medicamentos;
- Facilitar a obtenção de amostras assépticas de urina;
- Monitorizar o volume residual de urina na bexiga;
Material:
- Tabuleiro esterilizado com cápsula, compressas, campo cirúrgico com óculo e
tina riniforme,
- Resguardo para colocar debaixo da zona nadegueira;
- Dois pares de luvas esterilizadas e um avental;
- Seringa e ampolas de água bidestilada para colocar no balão;
- Algália indicada;
- Lubrificante hidrossolúvel;
- Saco coletor de urina;
- Saco coletor de sujos.
- Soro fisiológico;
Procedimento:
- Colocar o utente em dorsal, expondo só a parte genital. Mulher com a técnica
da tenda;
- Preparar a seringa com o soro necessário para o balão;
- Colocar o resguardo e abrir na cama do utente o tabuleiro, tendo atenção á
assepsia;
- Colocar o soro fisiológico na cápsula com as compressas;
- Calçar luvas e proceder à lavagem dos genitais;
- Tirar as luvas e abrir o material para dentro do tabuleiro;
- Calçar outras luvas e proceder à remoção do involucro interior da algália;
- Conectar a algália ao saco coletor de urina, lubrificar e algaliar com
movimentos circulares;
- Encher o balão com a água bidestilada;
- Colocar o saco no suporte indicado e na cama, depois de retirar as luvas;
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Processo Tegumentar
Conceitos:
- Hirsutismo: muito pelo que cresce onde há pelo;
- Alopécia: não ter pelo onde era suposto ter pelo;
- Paroníquia: inflamação da pele na base da unha, ou à beira da parte ungueal;
- Onicólise: deslocamento total ou parcial da unha do leito ungueal;
- Hiperqueratose: espessamento da unha;
- Leuconíquia: Unhas esbranquiçadas aproximando-se da cor da lúnula da
unha;
- Destruição e deformidades: Unha frágil e quebradiça principalmente na borda
livre;
- Onicomicose: infeção causada por fungos;
- Coloníquia: unha em colher;
Feridas:
- Classificação: evolução: aguda ou crónica;
causa: cirúrgica ou traumática
integridade da pele e mucosas: aberta ou fechada;
presença de microrganismos: limpa, contaminada ou infetada;
- Equimose: infiltração de sangue nos tecidos com 2 a 3 cm de diâmetro.
- Hematoma: concentração e acumulação de sangue retido dentro dos tecidos,
pele ou órgãos, associadas a traumatismos ou hemóstase incompleta após
intervenção cirúrgica, massa palpável, dor ao toque, pele dolorosa com
coloração azul, esverdeada ou amarela.
- Celulite: infeção disseminada das camadas mais profundas da pele e algumas
vezes, atinge os tecidos localizados abaixo deles. Frequentemente, a celulite
ocorre como consequência de uma infeção estreptocócica ou estafilocócica.
UPP:
Escala de Braden:
Itens a avaliar:
- Perceção sensorial 1 a 4;
- Mobilidade 1 a 4;
- Atividade 1 a 4;
- Fricção e forças de deslizamento 1 a 3;
- Nutrição 1 a 4;
- Humidade 1 a 4.
Utente com alto risco: menor ou igual a 16 pontos;
Utente com baixo risco: maior ou igual a 17 pontos.
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Cicatrização das feridas agudas (fases):
hemóstaseinflamatóriaproliferativaremodelação
Fase de hemóstase (imediatamente)
- Controle da hemorragia, através da contração dos vasos sanguíneos;
- Chagada das células sanguíneas, como plaquetas e leucócitos, e respetivos
mediadores;
- Tampão plaquetário (pequenas hemorragias) e coágulo sanguíneo (grandes
hemorragias);
- Fibrinólise (processo fisiológico complexo que consiste na desagregação e
dissolução progressiva dos coágulos sanguíneos do nosso organismo. É um
processo normal que se desenvolve através da degradação e dissolução da
fibrina sob a ação da fibrinolisina, uma enzima.)
Cicatrização (Tipos):
- 1º intenção: superfície de tecido está ou foi aproximada, com pontos, por exemplo.
- 2º intenção: união indireta dos rebordos, requerem a regeneração de grande parte
dos tecidos.
- 3º intenção (ou encerramento primário retardado): combinação dos dois tipos.
Inicialmente é deixada aberta e quando há tecido de granulação, os bordos são
aproximados com suturas.
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Ligaduras de suporte e proteção
Uma ligadura é uma porção de tecido aplicado com fins terapêuticos sobre
determinada região do corpo. Tem como objetivos:
- Fixar pensos e proteger ferida de contaminação;
- Efetuar hemóstase e impedir a formação de hematomas e reduzir ou
prevenir edemas;
- Manter medicação tópica.
Métodos de aplicação:
- Circular: a ligadura dá uma volta ao local onde vai ser aplicada, sobrepondo-
se a segunda com a primeira volta. Utilizada para iniciar e terminar a ligadura.
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- Espiral: a ligadura ascende
pela parte do corpo em cada volta,
isto é, cada volta cobre metade ou
um terço da volta anterior. Utilizada
em pequenos segmentos para a
contenção, a imobilização ou a
sustentação da região a tratar, em
partes cilíndricas do corpo, como o
pulso ou parte superior do braço.
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- Leque ou em Oito: inicia-
se no centro da articulação e
cada volta cruza a anterior,
formando um leque (as voltas
sobrepõem-se de uma forma
oblíqua, sendo que cada volta
cruza a anterior formando um
oito). Utilizam-se para imobilizar
articulações e para dar
continuidade à execução de uma
ligadura (passar de um segmento
para outro).
Medicação
- Semivida sérica: tempo que a excreção leva a fazer baixar, em metade a
concentração sérica do medicamento;
- Plateu terapêutico: concentração sérica de um medicamento obtida e mantida
após a administração de doses fixas regulares. Este é o motivo para se tomar
um medicamento de x em x horas, para que a dose do medicamento no
organismo não baixe;
Cartões:
- Branco: oral; - Vermelho: endovenosa;
- Azul: retal; - Amarelo: subcutânea;
- Verde: intramuscular; - Rosa: outras vias;
Colocar em cada cartão o nome do utente, cama, quarto, o medicamento, a
dose e o horário.
SEIS CERTOS:
-Medicamento certo, -Via de administração certa;
-Dose certa; -Hora certa;
-Utente certo; - Registo certo
Fórmula de Microgotas
Fórmula de ml/hora
Vias de administração:
Via oral ou per os:
- Medicação que possa danificar ou descolorar o esmalte dos dentes, como
ácidos, deve ser diluída e administrada por uma palhinha procedendo-se de
seguida à lavagem dos dentes;
- Possibilidade do medicamento irritar a mucosa gástrica, então administrar
com alimentação ou após refeição;
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- Se o efeito pretendido for sobre a mucosa gástrica, administra-se antes da
refeição e não se dilui;
- Se o medicamento tiver um sabor desagradável, administrar com chá ou
sumo.
Objetivos:
- Promover autonomia no regime terapêutico;
- Administrar tratamento farmacológico não invasivo;
- Facilitar a continuidade da terapêutica no domicílio;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente em semi-fowler ou sentado;
- Administrar a medicação com líquidos;
- Registar.
Via sub-lingual:
- Não sofre o efeito de 1º passagem, porque o sistema venoso central da boca
drena na veia cava superior;
- Não sofre a ação das enzimas digestivas;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Colocar o comprimido debaixo da língua e dizer ao utente para não engolir o
medicamento;
- Registar.
Via retal:
- Tem um menor metabolismo hepático do que por via oral (cerca de 50% do
medicamento absorvido no reto passa pelo fígado antes de entrarem na
circulação sistémica);
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico local e sistémico através da via retal.
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 5 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente em decúbito lateral esquerdo, com a perna fletida, de
modo a expor a região anal;
- Lavar e secar a região anal, se necessário;
21
- Aplicar lubrificante na extremidade do supositório e no dedo indicador da mão
dominante ou na extremidade da cânula da embalagem do medicamento;
- Instruir o cliente para inspirar profundamente;
-Depois de administrado, instruir o utente a manter-se na mesma posição
cerca de 5 minutos;
- Registar.
Via cutânea:
Objetivos:
- Promover a hidratação da pele;
- Proteger a superfície cutânea;
- Obter efeito terapêutico sistémico por via transdérmica.
Loções: substâncias líquidas, utilizadas para proteger, suavizar, aliviar o
prurido.
Pomadas: preparações c/ um veículo gorduroso (ex: vaselina) que derretem à
temp. do organismo; Cremes: mais fluidos que as pomadas;
Procedimento (loções, pomadas, cremes):
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente de modo a que exponha a área pretendida;
- Colocar luvas não esterilizadas, para prevenir a absorção do medicamento por
nós. Colocar luvas esterilizadas, para prevenir infeções em zonas com
solução de continuidade;
- Aplicar um pouco de medicamento na palma da mão e esfregar uma mão na
outra;
- Aplicar o medicamento de acordo com as instruções, utilizando movimentos
suaves;
- Cobrir a região se indicado;
- Registar.
Procedimento (sprays):
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Colocar luvas não esterilizadas, para prevenir a absorção do medicamento por
nós. Colocar luvas esterilizadas, para prevenir infeções em zonas com
solução de continuidade;
- Posicionar o utente c/ a cabeça não direcionada para o vaporizador;
- Proteger a boca e nariz do utente c/ uma compressa e solicitar-lhe que expire
durante a aplicação, quando o spray é aplicado na face;
- Aplicar o spray diretamente na pele;
- Registar.
22
Procedimento (aplicação transdérmica): sistémico e não local
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Colocar luvas não esterilizadas, para prevenir a absorção do medicamento por
nós. Colocar luvas esterilizadas, para prevenir infeções em zonas com
solução de continuidade;
- Fazer tricotomia do local da aplicação, se necessário. A pele não deve ter
sinais, creme;
- Aplicar o disco evitando tocar na zona impregnada com o medicamento;
- Registar.
Via nasal:
Objetivos:
- Aliviar o desconforto e a congestão nasal;
- Obter efeito terapêutico por via nasal;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Aconselhar o utente a limpar o nariz, se não houver contraindicações;
- Posicionar o utente em hiperextensão;
- Instruir o utente a respirar pela boca;
- Calçar luvas e aplicar o medicamento;
- Manter o utente na mesma posição cerca de 5 minutos; e providenciar um
lenço, se necessário;
- Registar.
Via ocular:
Se o utente tiver uma conjuntivite ou outra doença infeciosa, coloca-se a
terapêutica nos 2 olhos.
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico por via oftálmica;
- Tratar lesões nos olhos;
- Manter a lubrificação da córnea e da conjuntiva;
- Facilitar a realização de exames auxiliares de diagnósticos;
- Induzir a anestesia local dos olhos.
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
23
- Posicionar o utente, com a cabeça em ligeira hiperextensão e rotação para o
lado do olho que está a ser tratado;
- Lavar o olho se necessário;
- Instruir o utente a olhar para cima;
- Calçar luvas, se necessário e aplicar o medicamento;
- Registar.
Via auricular:
- A medicação deve estar à temperatura ambiente, por causa do risco de
vertigens ou náuseas;
- Utilizar soluções esterilizadas;
- Administrar o medicamento com um intervalo de tempo de cerca de minutos,
entre cada ouvido, quando a aplicação for bilateral;
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico por via auricular;
- Limpar o canal auditivo externo;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Aconselhar o utente a limpar o nariz, se não houver contraindicações;
- Posicionar o utente em hiperextensão;
- Instruir o utente a respirar pela boca;
- Calçar luvas e aplicar o medicamento;
- Manter o utente na mesma posição cerca de 5 minutos;
- Registar.
Via vaginal:
Objetivos:
- Obter efeito terapêutico por via vaginal;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente em decúbito dorsal com os membros inferiores em
abdução e flexão e os pés apoiados na base da cama, expondo a região
perianal;
- Calçar luvas;
- Lavar e secar órgãos genitais;
- Administrar o medicamento de acordo com a forma de apresentação. No caso
de ser administrado com aplicador inseri-lo cerca de 5 a 7 cm na vagina,
pressionando o êmbolo;
- Manter o utente na posição dorsal, cerca de 10 minutos;
- Registar.
24
Diferente tipo de agulhas:
25
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente de acordo com o local da injeção;
- Calçar luvas e confirmar outra vez a dose a administrar;
- Desinfetar o local (segundo novas orientações este passo não é preciso);
- Executar prega cutânea;
- Inserir agulha, desfazer a prega e administrar a medicação lentamente;
- Remover a agulha, fazendo pressão com uma compressa no local da picada;
- Registar.
Objetivos:
- Administrar medicamentos por via parentérica em que se pretende absorção
mais rápida do que pela via subcutânea;
- Administrar medicamentos que são irritantes para o tecido celular subcutâneo
ou que são neutralizados no trato gastrointestinal;
Procedimento:
- Verificar a prescrição e comparar c/ a folha de registo de terapêutica e
verificar c/ o medicamento;
- Executar os 6 certos;
- Lavar as mãos;
- Posicionar o utente tendo em conta o local selecionado para a punção;
- Calçar luvas, confirmar outra vez a dose a administrar e desinfetar o local;
- Inserir a agulha a 90º com pele, aspirar ligeiramente e injetar o medicamento
devagar;
- Remover a agulha e fazer pressão com uma compressa no local de inserção;
- Registar.
26
Potenciais complicações das IM e SC:
Abcesso, necrose, lesão no nervo, hemorragia intramuscular, dor
alergia;
Fibrose (formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo, neste caso
num tecido, como parte de um processo de cicatrização);
Contração muscular (que pode partir a agulha);
Lipodistrofia (acontece em SC quando há uma acumulação de
medicação num determinado local. Para prevenir isto, vai-se rodando o
sitio de administração em utentes que se auto-administram);
Objetivos:
- Permitir a absorção rápida do medicamento;
- Aplicar medicamentos a clientes impossibilitados de utilizar outra via;
- Administrar doses elevadas de medicamentos/soros;
- Manter/restabelecer o equilíbrio hidro-electrolítico;
- Colheita de sangue;
- Exames de diagnóstico ex: contrastes;
27
Orientações:
- Monitorizar: sinais vitais, estado da pele e mucosas, débito urinário, peso,
ocorrência de sede, estado de consciência, tónus muscular e valores
laboratoriais sempre que está a ser administrada terapia com fluidos ou
eletrólitos;
- Executar com técnica assética;
- Trocar o cateter, sistema de perfusão, torneiras e prolongamentos de acordo
com as orientações do serviço;
- Proteger com penso estéril o local de inserção do cateter, para prevenir
contaminação,
- Verificar a compatibilidade dos medicamentos, não administrar em simultâneo
medicação incompatível;
- Evitar administrar substâncias quimicamente irritantes através dos cateteres
periféricos;
- Verificar o local de inserção do cateter e a permeabilidade do mesmo e do
sistema de perfusão, antes de qualquer administração;
- Aplicar prolongamentos venosos com o comprimento suficiente para a
mobilização do utente, mas o mais curto possível;
- Aplicar torneira de três vias ou obturador para cateter sempre que sejam
previsíveis administrações subsequentes;
Material
▪ Resguardo
▪ Almofada
▪ Luvas não esterilizadas
▪ Garrote
▪ Cateter endovenoso adequado à finalidade
▪ Desinfetante
▪ Solução prescrita para a perfusão, sistema e prolongamento, se
necessário
▪ Compressas esterilizadas
▪ Penso esterilizado, de preferência transparente
▪ Adesivo
▪ Torneira de três vias ou obturador (válvula unidirecional) para cateter
▪ Contentor para cortantes
▪ Recipiente para sujos
▪ Folha de registo de enfermagem
▪ Suporte para soros, se necessário
▪ Bomba, seringa infusora ou regulador de refluxo, se necessário
28
Procedimento:
1. Providenciar os recursos para junto do cliente
2. Lavar as mãos
3. Instruir o cliente
4. Observar a veia a puncionar e a área circundante
5. Posicionar o cliente ou assistir a posicioná-lo
6. Proteger a roupa da cama com resguardo
7. Aprontar o local da punção
▪ Aplicar o garrote, cerca de 10 a 15 cm acima do local de punção
▪ Posicionar em abdução e extremidade do membro a puncionar
▪ Massajar o membro, dirigindo o fluxo venoso no sentido
ascendente
▪ Instruir o cliente para abrir e fechar a mão, várias vezes
8. Palpar a veia
9. Calçar as luvas
10. Desinfetar a área a puncionar com movimentos circulares, do centro
para a periferia, utilizando compressas embebidas em desinfetante
11. Remover a capsula protetora da agulha/cateter
12. Comprimir a pele no sentido da porção distal do braço, com a mão
não dominante, devendo o dedo polegar ficar colocado a 2,5 cm
abaixo da zona selecionada para a punção
13. Puncionar a veia com a mão dominante, com o bisel virado para cima
num ângulo aproximado de 10o a 30o com a pele
14. Diminuir a inclinação do cateter após a perfusão da pele fazendo-o
progredir lentamente no interior da veia e exteriorizar lentamente o
mandril, sem o retirar completamente
15. Observar se há refluxo de sangue
16. Atenuar a pressão do garrote
17. Remover o mandril, fazendo pressão acima da ponta do cateter, com
o indicador da mão não dominante
18. Aplicar, de acordo com o objetivo da punção, torneira de tês vias, ou
obturador
19. Fixar o cateter com penso esterilizado transparente ou com
compressa esterilizada aplicando adesivo ou com uma tira de adesivo
em forma de gravata, apenas sobre o cateter
20. Remover o garrote
21. Remover as luvas
22. Apreciar o bem-estar do cliente
23. Assegurar a recolha e lavagem do material
24. Lavar as mãos.
29
Para infusão continua de solução (Soro):
30
Locais de administração IV:
31
Tipos de abocate:
32
Patologias
33
Cardiologia
Manifestações clinicas:
dispneia de esforço, dor torácica, palpitações, fadiga, nictúria e poliúria,
edemas, cianose, tosse e hemoptise
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Estenose tricúspide (valvulopatia-doença da válvula tricúspide):
obstrução do fluxo diastólico através da válvula, durante o enchimento do VE.
Causas: endocardite infeciosa, febre reumática;
Manifestações clínicas: dispneia de esforço, fadiga, pulsações nas veias do
pescoço (ingurgitamento das veias jugulares);
Achados físicos: hipertrofia da aurícula esquerda, sopro cardíaco;
35
Enfarte agudo do miocárdio ou EAM: consiste no desenvolvimento agudo
ou súbito de uma área localizada ou circunscrita de necrose miocárdica, devido
a isquemia grave, secundária a um fluxo sanguíneo ou a u uma oxigenação
inadequada.
Causas: trombose coronária, normalmente por consequência de placas de
ateroma, dislipidemia, historia familiar, idade, sexo masculino, tabagismo, DM,
HTA;
Manifestações clínicas: desconforto torácico persistente, duração de dor no
peito superior a 15 minutos, a dor irradia com frequência para o braço
esquerdo, ombro esquerdo, pescoço e mandíbula, também do lado esquerdo,
dispneia, náuseas, vómitos, diaforese;
Diagnóstico: sintomas, ECG, enzimas MNM (marcadores de necrose do
miocárdio, ex: troponina I e T, creatinaquinase CK, mioglobina);
36
Fisiopatologia do choque distributivo: resistências vasculares
periféricas- a resistências encontrada pelo sangue para percorrer o
sistema vascular, varia em razão direta ao comprimento dos vasos e
com a viscosidade do próprio sangue e em razão inversa com o
diâmetro dos vasos.
Causas: sépsis, reação anafilática, traumatismo vertebro-medular;
Neurologia
Alguns conceitos:
- Anosmia (não cheirar);
- Hiposmia (diminui a capacidade de cheirar);
- Hemianopsia (só vê metade do campo visual, ou esq. ou dir. acontece em
utentes c/ AVC);
- Diplopia (ver duas imagens);
- Nistagmo (o olho treme verticalmente ou horizontalmente);
- Miose (pupila mais pequena que o habitual);
- Midríase (pupila dilatada);
- Isocóricas (pupilas iguais);
- Anisocóricas (pupilas diferentes uma da outra);
- Apneustia (pausas inspiratórias e expiratórias prolongadas);
- Respiração atáxica (padrão irregular, movimentos profundos e superficiais ao
acaso, com períodos irregulares de apneia);
- Hemiplegia – paralisia de metade do corpo
- Homoplegia – paralisia de um único membro
- Diplegia – paralisia simétrica de dois membros correspondentes
- Paraplegia – paralisia simétrica dos membros inferiores
- Tetraplegia – paralisia dos quatro membros
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Descortição - membros superiores em flexão e membros inferiores em
extensão;
Descerebração – ambos os membros em extensão
Níveis de consciência:
ConscienteConfusoletárgicoobnibuladoestuporosocoma
Confuso: desorientado no espaço, perda de compreensão;
Letárgico: sonolento, necessita estímulos ligeiros, para iniciar resposta;
Obnibulado: responder lentamente à estimulação externa. Estímulos repetidos
para manter a atenção;
Estuporoso: resposta mínima a estímulos vigorosos e dolorosos. A resposta
verbal pode consistir apenas em murmúrios e gemidos;
Como: não responda a qualquer estimulo.
38
-Exame da coluna cervical e lombar:
Testar com o utente de pé, a flexão, extensão, rotação e inclinação
lateral da cabeça;
Testar os mesmos movimentos nas ancas;
Palpação e percussão da coluna;
-Exame dos nervos cranianos;
-Exame motor:
Massa muscular;
Tónus muscular;
Força (ex: pedir para apertar a mão);
Coordenação dos movimentos (ir c/ o dedo até à ponta do nariz c/ olhos
fechados);
Movimentos finos;
-Exame da sensibilidade;
Superficial – táctil (toque), térmica (objetos quentes e tépidos e frescos e
frios), dolorosa (pressionar leitos ungueais), vibrátil (alternar objetos
pontiagudos com rombos);
Profunda ou proprioceptividade;
39
Diagnósticos de Enfermagem (exemplos):
Risco de lesão devido às deficiências neurológicas;
Mobilidade física prejudicada devida às deficiências motoras;
Processos mentais alterados, devido à lesão cerebral;
Comunicação verbal prejudicada devida à lesão cerebral;
Deficiência nos Autocuidados devida à hemiparesia/paralisia;
Nutrição alterada: menor do que as exigências corporais, devida ao
distúrbio da autoalimentação, mastigação, deglutição;
Diurese alterada devida à deficiência motora/sensitiva;
Processo familiar alterado devido à doença catastrófica, sequelas
cognitivas, comportamentais do AVC e por apresentar-se como um
problema para a família;
Cabeça tende
para o lado da
lesão Extensão do ombro
Mão e braço em Extensão do e cotovelo
Flexão do braço flexão braço Abdução e
Adução e supinação da mão
pronação da mão Reflexo do membro
inferior e rotação
interna da anca
Rotação externa Rotação interna Cabeça no local
do membro normal
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Traumatismos cranioencefálicos (TCE): podem ser:
-Lesões ósseas;
-Lesões meningo-cerebrais;
-Hemorragias extraparenquimatosas: (não atingem massa encefálica)
Hematomas extradurais (acima da dura máter);
Hematomas subdurais agudos (entra a dura máter e a aracnóideia);
Hemorragias subaracnóideias (por baixo da aracnóideia);
-Lesões intraparenquimatosas: (atingem massa encefálica)
Hematomas intracerebrais;
Contusões cerebrais;
Concussão cerebral
Lesão axonal difusa (perda de neurónios)
Causas: acidentes de trânsito, acidentes de trabalho,
NESTES CASOS VER ESCALA DE COMA DE GLASGOW!!
41
Diagnósticos de Enfermagem (exemplos):
Processos mentais modificados devidos às alterações fisiológicas da
doença;
Risco de lesão devido à falta de capacidade cognitiva;
Interação social prejudicada devida à diminuição da capacidade de
compreender o ambiente;
Distúrbio do padrão de sono, secundário ao processo da doença;
Nutrição alterada, devida à perda de memória e modificação da
capacidade de planeamento;
42
Epilepsia: doença cronica do SN que se caracteriza por crises estereotípicas
recorrentes de convulsões.
Manifestações clínicas: relacionadas com a área do cérebro envolvida na
atividade convulsiva. Pode variar desde sensações anormais isoladas,
atividade motora aberrante, consciência/personalidade alterada até a perda da
consciência e movimentos convulsivos. Distúrbios da consciência; distúrbios do
tónus muscular e movimento; distúrbios do comportamento, humor, sensação
ou perceção; distúrbios das funções autónomas.
Cuidados durante a crise: permanecer junto do doente; não restringir
movimentos, não tentar abrir a boca ou colocar objetos na mesma; posicionar
cabeça em lateral; administrar terapêutica; observar a crise (começo, duração,
aura, olhos e movimentos oculares, relaxamento de esfíncteres…)
43
Aumento da pressão intracraniana (PIC):
Manifestações clínicas precoces:
Diminuição de nível de consciência (sonolência);
Cefaleias (> intensidade com tosse e esforço);
Alterações pupilares (midríase e contração lenta);
Perturbações visuais (ex: diplopia);
Ptose;
Défices motores e sensoriais contra laterais;
Manifestações clínicas tardias:
Agravamento da diminuição do nível de consciência;
Alterações dos SV (aumento TA sistólica e amplitude do pulso;
diminuição TA diastólica; pulsos fracos);
Disritmias respiratórias;
Febre;
Vómitos;
Postura descorticada ou descerebrada
Endocrinologia
Diabetes mellitus: é um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia
e decorre da deficiência na secreção de insulina, na sua ação, ou ambas.
Manifestações clínicas: hiperglicemia; alteração na resposta tecidual; poliuria,
polidipsia, perda de peso, polifagia, visão turva, fadiga; coma, complicações
cronicas
Complicações: -Agudas
Náuseas
Vómitos
Coma hiperglicémico hiperosmolar não cetónico – descompensação
grave do estado diabético com uma taxa de mortalidade muito
significativa.
A cetoacidose diabética é uma disfunção metabólica grave causada pela
deficiência relativa ou absoluta de insulina;
- Crónicas
Retinopatia;
Nefropatia;
Aterosclerose
Neuropatias (pé diabético)
Dislipidemia
Hipertensão
Pé diabético (amputação)
Complicações locais cutâneas: lesões lipoatroficas; nódulos
endurecidos; infeção
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Diagnostico
Classificação Valores de glicemia em mg/dl
PTGO – 2h após 75g Casual (realizada a qualquer hora
Classificação Jejum
glicose do dia)
Glicemia normal <110 <140
Anomalia da glicemia de jejum
≥ 110 <126
(AGJ)
Tolerância à glicose diminuída
>100 < 126 >140<200
(TDG)
Sintomas Clássicos*** +
Diabetes ≥ 126 ≥200
Glicemia**≥200
**Glicemia realizada a qualquer hora do dia ***Poliúria, polidipsia, perda de peso sem explicação
PTGO - Prova de Tolerância à Glicose Oral
HIPERGLICEMIA
Manifestações clínicas
Eliminação aumentada de urina
Sede
Dores de cabeça
Dores de estômago
Azia
Dificuldades de respiração
Prurido da pele
Infecções de pele
Tonturas
HIPOGLICEMIA:
Manifestações clínicas
Hipersudorese
Fome
Astenia
Tonturas
Tremores
Taquicardia
Ansiedade
ANTI-DIABETICOS ORAIS
Tipos Acção Efeitos Secundários
•Glitazonas Diminuição da insulinorresistência ou 3.Falta de apetite, perturbações do
•Biguanidas aumento da sensibilidade à insulina estomago e diarreia
•Inibidores da alfa- Interferência na digestão e absorção
glicosidase dos Hidratos de Carbono
•Sulfoniluréias Secretagogos - Aumento da 1.Hipoglicemia se a dose não for
•Meglitinidas secreção de insulina adequada ou se o doente não comer
depois de o tomar;
Aumento de peso
Glitinidas 2.Hipoglicemia ligeira, náuseas,
vómitos, diarreia, azia
Inibidores de alfa- Retarda a absorção intestinal de 5. Flatulência e timpanismo
glicosidase carboidratos
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Diagnósticos de Enfermagem:
Alteração da nutrição (superior às necessidades do organismo) devida à
ingestão superior aos gastos com a atividade;
Medo de injetar insulina;
Risco de lesão (hipoglicemia) devido aos efeitos da insulina e da
incapacidade de se alimentar;
Intolerância à atividade devida ao precário controle da glicemia;
Déficit de conhecimento sobre o uso de hipoglicemizantes orais;
Risco de alteração da integridade tecidual devido à diminuição da
sensibilidade e da circulação para as extremidades inferiores;
Deficiência em lidar com a doença crónica e com o esquema complexo
de autotratamento;
46
APÓSITOS
47
Manual de
procedimentos
48
Manual de
Diagnósticos e
Intervenções de
Enfermagem
49
Escalas
50