Você está na página 1de 105

ESTRUTURA E COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

UFCD 0649
OBJETIVOS

 Classificar a organização.
 Interpretar a estrutura organizacional.
 Reconhecer os princípios da comunicação organizacional.
 Identificar e caracterizar as funções internas à organização.
 Definir conceitos de qualidade.
ORGANIZAÇÃO

 “Um grupo social em que existe uma


divisão funcional de trabalho e que
visa atingir, através da sua atuação,
determinados objetivos e cujos
membros são, eles próprios, indivíduos
intencionalmente coprodutores desses
objetivos e, ao mesmo tempo,
possuidores de objetivos próprios.”
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS
CONCEITOS

É necessário também que as pessoas se organizem, ou seja, que


desenvolvam as suas atividades de forma coordenada e
controlada para atingir determinados resultados
CONCEITOS

Representam todos os meios colocados à disposição da


organização e necessários à realização das suas
atividades.
Nestes recursos incluem-se os recursos humanos, os recursos
materiais e tecnológicos, os recursos financeiros, a imagem de
mercado e credibilidade perante o exterior.
CONCEITOS

Os recursos organizacionais são, por definição, escassos, daí que a


sua alocação deva ser efetuada eficazmente por forma a que
a probabilidade de atingir os objetivos pré-definidos seja a maior
possível.
CONCEITOS

Representam os resultados organizacionais pretendidos


e a obter no futuro.
CONCEITOS

Representa toda a envolvente externa da organização


que, de forma direta ou indireta, influencia a sua atuação e o seu
desempenho
TIPOS DE ORGANIZAÇÕES

 Económicas – produção e comercialização de bens e serviços (bancos e empresas)


 Governamentais – prestação de serviços públicos (escolas, hospitais, etc.)
 Não-governamentais – fornecimento de serviços sem fins lucrativos (IPSS, ONG)
 Sociais – satisfação de necessidades de cultura, diversão, convivência, e ajuda mútua
(clubes, associações de socorros mútuos)
 Segurança – protegem as pessoas e os seus bens contra os riscos de vida em
sociedade (polícia, forças armadas, bombeiros)
 Religiosas – satisfação das necessidades de culto (igrejas, sinagogas, mesquitas).
AMBIENTE ESPECÍFICO DAS ORGANIZAÇÕES

 Clientes - Distribuidores e utilizadores dos bens e serviços


 Fornecedores - Fornecimento de materiais, equipamentos e trabalho
 Concorrentes - De produtos idênticos ou diferentes direcionados para o(s)
nosso(s) mercado(s).
 Componente Sociopolítica - Legislação aplicável à organização e aos seus
produtos, as relações com os sindicatos
 Componente Tecnológica - Exigência de novas tecnologias na produção, e
desenvolvimento de novos produtos
EMPRESA

 Uma empresa é uma organização com


uma característica especial que a
distingue das demais – o facto de a
sua principal finalidade ser a
maximização do retorno, no
médio e longo prazo, do capital
nela investido pelos detentores do
seu capital
OBJETIVOS E PAPEL NA SOCIEDADE

 O objetivo último das Empresas é Garantir a sua Continuidade através da


Criação de Riqueza.

 Só as empresas que conseguem criar riqueza estão em condições de contribuir


para o desenvolvimento da sociedade, quer do ponto de vista ECONÓMICO
quer SOCIAL.
OBJETIVOS ECONÓMICOS

 Gerar uma quantidade de dinheiro, proveniente das receitas, superior ao dinheiro


necessário para pagar as despesas.

 A aplicação desse diferencial - "lucro", deverá:


 Garantir a sobrevivência das Empresas
 Ser investido no crescimento das Empresas
 Remunerar os acionistas
OBJETIVOS SOCIAIS

 A Empresa deverá contribuir para o desenvolvimento social e científico dos


seus colaboradores, do meio em que se insere e da sociedade em geral
 Deverá também contribuir para que seja garantida a estabilidade económica e social
da região em que se insere
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

FINANCEIROS MATERIAIS PESSOAIS

COMERCIAIS ADMINISTRATIVOS
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

Financiamento
Autofinanciamento MATERIAIS PESSOAIS
Crédito

COMERCIAIS ADMINISTRATIVOS
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

Terreno, Edifícios
Equipamento
FINANCEIROS PESSOAIS
Maquinaria, Tecnologia
Matérias-Primas

COMERCIAIS ADMINISTRATIVOS
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

Direção (Nível Institucional)


Executivos (Nível Intermédio)
FINANCEIROS MATERIAIS Técnicos (Nível Intermédio)
Operacionais (Nível
Operacional)

COMERCIAIS ADMINISTRATIVOS
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

FINANCEIROS MATERIAIS PESSOAIS

Pesquisa de mercado
Promoção
Organização de vendas ADMINISTRATIVOS
Força de vendas
Canais de distribuição
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

FINANCEIROS MATERIAIS PESSOAIS

Planeamento
Organização
COMERCIAIS
Direção
Controlo
NOÇÕES DE QUALIDADE

Gestão da qualidade
 A qualidade de produtos / serviços deve ser
encarada como um dos principais objetivos
de uma empresa
 Assim, esta deve organizar-se de maneira a
que os fatores técnicos, administrativos e
humanos que afetem a qualidade dos seus
produtos / serviços sejam controlados
CERTIFICAÇÃO

 A certificação de uma empresa (organização), qualquer que seja a sua dimensão ou


sector de atividade, consiste no reconhecimento formal por um Organismo
de Certificação - entidade externa independente (terceira parte) e
preferencialmente acreditada no âmbito do Sistema Português da Qualidade
(SPQ).
 Esta certificação ocorre após a realização de uma auditoria, de que essa
organização dispõe de um sistema de gestão implementado que cumpre as Normas
aplicáveis, dando lugar à emissão de um certificado.
OBJETIVOS DA CERTIFICAÇÃO

 Integrar a Qualidade na empresa como uma filosofia de gestão e não como


uma obrigação
 Cumprir os requisitos estabelecidos nas normas e na legislação aplicável
 Motivar a participação de todos os elementos da empresa e valorizar a sua
colaboração, procurando constantemente a melhoria da qualidade
 Aproximar a empresa aos conceitos da Gestão pela Qualidade Total (Total
Quality Management, TQM)
PRINCÍPIOS DA QUALIDADE

 Focalização no cliente - As organizações dependem dos clientes e,


consequentemente, convém que compreendam as suas necessidades, atuais e futuras,
satisfaçam os seus requisitos e se esforcem por exceder as suas expectativas
 Liderança - Os líderes estabelecem a finalidade da orientação da organização.
Convém que criem e mantenham o ambiente interno que permita o envolvimento
das pessoas para se atingirem os objetivos da organização
 Envolvimento das Pessoas - As pessoas, em todos os níveis, são a essência de
uma organização e o seu pleno desenvolvimento permite que as suas aptidões sejam
utilizadas em benefício da organização
PRINCÍPIOS DA QUALIDADE

 Abordagem por processos - Um resultado desejado é atingido de forma mais


eficiente quando as atividades e os recursos associados são geridos como um
processo
 Abordagem da gestão como um sistema - Identificar, compreender e gerir
processos interrelacionados como um sistema, contribui para que a organização
atinja os seus objetivos com eficácia e eficiência
 Melhoria contínua - Convém que a melhoria contínua do desempenho global de
uma organização seja um objetivo permanente dessa organização
PRINCÍPIOS DA QUALIDADE

 Abordagem à tomada de decisões baseada em factos - As decisões eficazes


são baseadas na análise de dados e informações
 Relações mutuamente benéficas com fornecedores - Uma organização e os
seus fornecedores são interdependentes e uma relação de benefício mútuo potencia
a aptidão de ambas as partes para criar valor
CICLO DA
QUALIDADE Expressão
Conceção do Especificações
funcional da
produto/serviço técnicas
necessidade

Processo de
prestação do
Identificação serviço/processo
das de fabrico
necessidades Marketing

Avaliação
Análise de Avaliação pelo
desempenho do interna cliente
produto/serviço e
ações de melhoria
ISO 9001:2015 Melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade

Responsabilidade
da gestão
Clientes

Gestão de Medição,
Clientes recursos análise e Satisfação
melhoria

Requisitos Realização do
Produto
Entrada produto Saída

Chave:
Atividades que acrescentam valor
Fluxo de informação
CICLO PDCA

PLAN

ACT DO

CHECK
30
A série ISO 9000:
A dupla 9001 - 9004
Necessidades e expectativas dos clientes:
Clientes + “partes
Clientes
interessadas”

Obrigatórias Atrativas
Explicitas e implícitas (em relação ao
(segurança, segmento de mercado
confiabilidade, higiene, e face à imagem da
normas) empresa)

Campo coberto pelas


exigências do sistema
de gestão da qualidade
31

9001 Auditorias 9004


SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE

 O empregador é obrigado a assegurar aos trabalhadores condições de


segurança, higiene e saúde em todos os aspetos relacionados com o
trabalho
 Na aplicação das medidas de prevenção, o empregador deve mobilizar os meios
necessários, nomeadamente nos domínios da prevenção técnica, da
formação e da informação, e os serviços adequados, internos ou exteriores à
empresa, estabelecimento ou serviço, bem como o equipamento de proteção que se
torne necessário utilizar, tendo em conta, em qualquer caso, a evolução da técnica
ORGANIZAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO

 Entende-se por local de trabalho todo o local destinado à implantação de


postos de trabalho e por posto de trabalho, o espaço que o trabalhador ocupa
quando desempenha uma tarefa
 O posto de trabalho deve ser desenhado tendo em conta o trabalho e a
tarefa que vai realizar, a fim de que esta seja executada de modo
confortável e eficiente
ZONA DE TRABALHO

 Para que seja possível obter uma postura de trabalho correta, é necessário dispor de
uma zona de trabalho ótima cuja área máxima é definida pelo comprimento do braço
estendido. Deve haver atenção:
 Mesa de trabalho
 Cadeira de trabalho
 Apoio de pés
 Posturas no trabalho
ILUMINAÇÃO

 Uma iluminação adequada no local de trabalho contribui para que as condições do


mesmo não provoquem tensões psíquicas e fisiológicas. Nesta perspetiva, todos os
locais de trabalho devem oferecer boa visibilidade aos seus funcionários.
GESTÃO DO ESPAÇO E DO TEMPO

 Os novos desafios que as organizações enfrentam atualmente obrigam a um


planeamento rigoroso do trabalho, à sistematização de rotinas e à eliminação
de tarefas inúteis ou perdas de tempo.
PERDAS DE TEMPO

 Chamadas telefónicas desnecessariamente longas, repetitivas ou imprevistas


 Interrupções constantes de colegas, clientes, fornecedores, etc.
 Falta de pessoal
 Má perceção das instruções recebidas
 Perfeccionismo em excesso
 Dificuldade na gestão de assuntos pessoais
 Lacunas de formação ou incapacidades
 Dificuldades de comunicação
PERDAS DE TEMPO

 Indefinição de objetivos
 Objetivos demasiado ambiciosos
 Local de trabalho confuso/desorganizado
 Equipamento insuficiente, subdimensionado ou defeituoso
 Resistência humana à mudança
 Dificuldade em dizer não
 Insegurança
 Fadiga/ doença
GESTÃO DO ESPAÇO E DO TEMPO

 A inventariação das atividades desenvolvidas surge como a primeira estratégia


a adotar no sentido de gerir da melhor forma o tempo disponível
 Para estabelecer prioridades e eliminar tarefas inúteis, ou que possam ser
delegadas, é igualmente importante questionar:
 Será esta tarefa imprescindível neste momento?
 Poderá acumular-se com outra?
 Poderá ser feita por outra pessoa e noutro local?
 Poderá ser feita de forma mais simples e eficaz?
CLASSIFICAR A ORGANIZAÇÃO

 Dimensão
 Ramo de atividade
 Critério Jurídico
DIMENSÃO
Nº Funcionários Balanço Total Volume de Vendas

Micro Menos de 10 Menos de Menos de


2 000 000 € 2 000 000 €
Pequenas Entre 11 e 49 Menos de Menos de
10 000 000 € 10 000 000 €
Médias Entre 50 e 249 Menos de Menos de
43 000 000 € 50 000 000 €
Grandes Mais de 250 Mais de Mais de
43 000 000 € 50 000 000 €
Fonte INE: Entende-se por Micro, Pequena e Média Empresa (PME),
segundo a Recomendação da Comissão 2003/361/CE, de 6 de Maio de 2003
RAMO DE ATIVIDADE

Sector Primário
 Conjunto de atividades económicas que
produzem matéria-prima
 Isto implica geralmente a transformação de
recursos naturais em produtos primários
 Exemplos:
 Agricultura
 Pecuária
 Caça
 Pesca
RAMO DE ATIVIDADE

Sector Secundário
 É o setor da economia que transforma produtos
naturais produzidos pelo sector primário em
produtos de consumo, ou em máquinas industriais
(produtos a serem utilizados por outros
estabelecimentos do sector secundário).
 Exemplos:
Indústrias transformadoras
Electricidade
Gás
Água
Construção civil
Obras públicas
RAMO DE ATIVIDADE

Sector Terciário
 É definido pela exclusão dos dois outros setores
 Envolve a comercialização de produtos em geral, e a
oferta de serviços comerciais, pessoais ou
comunitários a terceiros.
 Exemplos:
Comércio
Transportes
Armazenagem
Comunicações
Bancos
Seguros
Restantes serviços
CRITÉRIO JURÍDICO

Empresário em Nome Individual (ENI)


 O Empresário em Nome Individual é um tipo de empresa onde há um único
individuo ou pessoa singular como titular.
Vantagens Desvantagens
Controlo total sobre o negócio; Património pessoal afeto ao negócio
Baixos custos fiscais; Potenciais dívidas alastradas ao agregado
Uso do património da empresa; familiar;
Simplicidade na constituição e na dissolução; Dificuldade na obtenção de financiamentos.
Sem capital social mínimo.
CRITÉRIO JURÍDICO

Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL)


Tipo de empresa onde só existe um individuo ou pessoa singular como titular, tal como
no ENI, mas onde se regista um património autónomo afeto à empresa.
Vantagens Desvantagens
Apenas os bens pessoais do empresário terão de O capital inicial deve ser igual ou superior a
responder pelas eventuais dívidas da empresa; 5000 euros, com um terço a ser pago em
Controlo sobre o negócio; dinheiro;
Criação da empresa apenas possível em método Podem existir casos onde os patrimónios
tradicional.
são conjugados.
CRITÉRIO JURÍDICO

Sociedade Unipessoal por Quotas


A Sociedade Unipessoal por Quotas é um tipo de empresa onde existe único sócio
com responsabilidade limitada ao valor da quota subscrita.
Vantagens Desvantagens
Controlo absoluto sobre o negócio; Complexidade na criação da empresa;
Possibilidade de modificação da sociedade, com Impossibilidade de obter certas vantagens
divisão e cessão da quota ou de aumento de fiscais, com o englobamento dos resultados
capital social por entrada de um novo sócio; da sociedade na matéria coletável;
A responsabilidade do empresário limita-se ao
Necessidade de um Técnico Oficial de
capital social da empresa;
Investimento reduzido de criação de sociedade Contas;
(um euro). Pode ser difícil obter financiamento.
CRITÉRIO JURÍDICO

Sociedade por Quotas


A Sociedade por Quotas é uma empresa constituída por dois ou mais sócios cujo
capital se encontra dividido por quotas / percentagens.
Vantagens Desvantagens
Sem limite mínimo para o capital social; Controlo partilhado da empresa;
Distinção entre património da empresa e o Complexidade de criação e de dissolução;
património pessoal; Entrada dos sócios com dinheiro ou com
Responsabilidade limitada ao valor da quota bens estimáveis em dinheiro;
subscrita;
Um sócio não pode colocar prejuízos do
Reunião de mais investimentos;
Obtenção de créditos e fundos; negócio na declaração de IRS;
Partilha de negócio e de conhecimento; Requer a verificação do regime de
Ganhos proporcionais ou programados. contabilidade organizada.
CRITÉRIO JURÍDICO

Sociedade Anónima
A Sociedade Anónima é uma sociedade onde o capital social se encontra dividido em
ações que podem ser transacionadas livremente. É constituída geralmente com um
mínimo de 5 sócios.
Vantagens Desvantagens
A responsabilidade é limitada ao valor das ações O capital social não pode ser inferior a
subscritas; 50.000€, e deverá ser dividido em ações de
Não se responde solidariamente pelas dívidas da igual valor nominal;
sociedade; Divisão do controlo da empresa;
Facilidade de transmissão dos títulos da
Fiscalização apertada se sociedade estiver
sociedade;
Acesso facilitado a créditos e investimentos. cotada no mercado de capitais;
Constituição complexa e dispendiosa, assim
como a sua dissolução.
CRITÉRIO JURÍDICO

Sociedade em Nome Coletivo


A sociedade em nome coletivo trata-se de uma sociedade composta por mais do que
um sócio com responsabilidade subsidiária em relação à sociedade e solidária
relativamente aos outros sócios.

Vantagens Desvantagens
Solidariedade entre empresários perante Diluição do controlo da empresa;
credores; Responsabilidade subsidiária aos restantes
Admissão de sócios de indústria; sócios;
Sem montante mínimo de abertura.
Fusão de património pessoal e societário;
Entrada de património pessoal em caso de
insuficiência de património da empresa.
CRITÉRIO JURÍDICO

Sociedade em Comandita
A sociedade em comandita é um tipo de sociedade mista onde existem sócios
comanditados (que colaboram com serviços ou bens) e comanditários (que colaboram
com capital e que dirigem a sociedade).

Vantagens Desvantagens
Responsabilidade diferente e limitada entre os Montante mínimo obrigatório de 50.000€;
sócios; Partilha de controlo da empresa;
Responsabilidade solidária entre os sócios; Responsabilidade solidária entre sócios;
Divisão de negócio e de atuação.
Criação da empresa apenas pelo método
tradicional.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

 A Estrutura organizacional é o
conjunto de relações formais
entre os grupos e os indivíduos
que constituem a organização.
Define as funções de cada
unidade da organização e os
modos de colaboração entre as
diversas unidades.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

 Falar na estrutura da empresa, significa referir o conjunto dos elementos


constituintes da empresa e das relações, quer horizontais, quer verticais,
que entre esses elementos se estabelecem.
 Normalmente na estrutura de uma empresa estabelecem-se vários níveis
hierárquicos em que os superiores apresentam um certo tipo de
autoridade sobre os seus subordinados.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

 Existem vários tipos de estrutura e a opção por um ou outro tipo é


determinada por um conjunto de fatores como seja a estratégia da empresa, a
sua idade e dimensão, o nível tecnológico disponível, o estilo de liderança, o nível de
controlo desejado, etc.
FUNÇÃO E DEPARTAMENTALIZAÇÃO

 Uma função corresponde a um tipo de atividade laboral que pode ser


identificada e se distingue de qualquer outra. A função financeira, a função
comercial e a função produção são exemplos de atividades.
 A departamentalização é o processo de agrupar funções semelhantes ou
relacionadas ou atividades principais em unidades de gestão.
RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE

 A responsabilidade é a obrigação de se empenhar da melhor forma possível, na


realização das funções que a essa pessoa foram atribuídas.
 A autoridade é o direito de decidir, de dirigir outros na execução das
tarefas ou desempenho de certos deveres tendo em vista a prossecução dos
objetivos da organização.
ORGANIGRAMA

 É a representação gráfica da
estrutura de uma empresa
identificando os diversos órgãos e as
diferentes ligações que possam
existir entre eles num dado
momento.
VANTAGENS NA UTILIZAÇÃO DE ORGANIGRAMAS:

 Facilita a informação interna e externa


 Permite a visualização dos elementos que o compõem e das suas
interdependências
 Permite a localização rápida das diferentes funções e a identificação dos
responsáveis da empresa
 Clarifica as relações hierárquicas
 Facilita o estudo da organização
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E ANÁLISE
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E ANÁLISE

 Os órgãos são, normalmente, representados por retângulos de tamanho


igual. Também se podem representar por barras ou círculos, contudo, estas duas
últimas formas não são tão habituais.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E ANÁLISE

 As ligações entre os diferentes órgãos são representadas por linhas:


 Contínuas para as relações hierárquicas
 Tracejadas para as relações funcionais ou de órgãos de apoio (staff)

 A entrada e saída das linhas dos retângulos faz-se no meio dos lados, inferior e
superior.
CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANOGRAMAS

Quanto à extensão:
 Gerais - se representam a totalidade da organização;
 De Detalhe ou Parcelares - se refletem apenas um sector da empresa.
CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANOGRAMAS

Quanto à Disposição Gráfica:


 Ramificação vertical
 Este é o tipo mais utilizado na representação de estruturas. Os níveis hierárquicos são
estabelecidos na vertical.
CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANOGRAMAS

Quanto à Disposição Gráfica:


 Ramificação horizontal
 Esta representação orienta-se da esquerda para a
direita. Os níveis hierárquicos são
estabelecidos na vertical e na horizontal, as
linhas representativas das ligações.
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

 A comunicação empresarial é a
forma de comunicação que
compreende conteúdos
relativos ao quotidiano da
administração, seja ela qual for.
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

 A comunicação global da empresa pode ser sintetizada em quatro vertentes:


 Os sistemas de identificação da própria empresa
 Política de nomes e marcas dos produtos
 Sistemas de identificação visual e sonora: logótipo, linha gráfica, etc.

 O sistema de comunicação comercial


 Publicidade
 Promoção de vendas
 Marketing Direto
 Merchandising
 Atendimento pessoal
 Atendimento telefónico
COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

 A comunicação global da empresa pode ser sintetizada em quatro vertentes:


 O sistema de comunicação de pertença
 Comunicação externa: institucional, financeira e de recrutamento.
 Comunicação interna: para motivação de colaboradores e comparações com a concorrência

 O sistema de auditoria e de controlo


 Compreende a observação dos mercados, da tecnologia e da concorrência, bem como a medição
sistemática dos efeitos da comunicação e a preocupação em dialogar.
TIPOS DE COMUNICAÇÃO

 Comunicação interna vs. Comunicação externa


 Comunicação ascendente vs. Comunicação descendente
 Comunicação formal vs. Comunicação informal
COMUNICAÇÃO INTERNA
COMUNICAÇÃO INTERNA

 Considera-se boa a comunicação numa empresa, quando se:


 Define objetivos claros,
 Procura recursos humanos adequados às tarefas a serem executadas,
 Aposta na motivação das pessoas,
 Sabe recorrer às estratégias mais adequadas para atingir os fins visados
 Avalia e divide resultados.
COMUNICAÇÃO EXTERNA
COMUNICAÇÃO DESCENDENTE
COMUNICAÇÃO ASCENDENTE
COMUNICAÇÃO ASCENDENTE

 As ideias e sugestões que os empregados possam apresentar sobre a mesa


de direção podem constituir uma ajuda direta à gestão, dando ao diretor
uma ideia de como as suas diretrizes estão a ser implementadas.
COMUNICAÇÃO FORMAL VS. COMUNICAÇÃO INFORMAL

COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO
FORMAL INFORMAL

EQUILÍBRIO
CIRCUITOS FORMAIS

 A comunicação formal acompanha a hierarquia da instituição. Compreende toda a comunicação


avalizada e reconhecida pela organização.
 Vantagens da comunicação formal:
 Estabelece um diálogo da empresa com seu público interno e externo.
 Padroniza os processos da empresa.
 Influenciar o comportamento dos colaboradores.
 Da credibilidade aos discursos gerenciais.

 Desvantagens da comunicação formal:


 Burocratização da informação dentro da organização.
 Pouco trabalho em equipa.
 Falhas na comunicação.
 Dificuldade em personalizar as mensagens para os diferentes níveis de funcionários.
CIRCUITOS INFORMAIS

 A comunicação informal não é pensada pela empresa.


 Vantagens da comunicação informal:
 Gera rapidez na transmissão das informações.
 Motiva e integra as pessoas da empresa
 Reduz a carga de comunicações dos Gestores.
 Complementa a estrutura formal.
 Facilidade de compreensão e de atualização torna a sua velocidade incrivelmente superior das outras.

 Desvantagens da comunicação formal:


 É geradora de boatos, ruídos e atritos entre as pessoas.
 Provoca desconhecimento da realidade empresarial pelos gestores.
 Dificuldade de controlo.
A COMUNICAÇÃO EFICAZ: REGRAS E EFEITOS

 Uma organização que quer ser comunicativa tem determinadas


características, devendo:
 Estar aberta à comunicação com o ambiente externo através da receção e emissão de
mensagens interativas;
 Regular e equilibrar a comunicação formal e a comunicação informal;
 Ser explicitamente determinada para dar um fio condutor à comunicação formal;
 Ser responsável por todos para evitar a procura, por algumas pessoas, de um poder artificial
através da retenção da informação;
 Ser evolutiva, ou seja, não ser rotineira nem excessivamente formalizada;
 Ser enérgica para criar através da informação, da formação e da comunicação,
potencialidades internas e saber realizá-las.
A COMUNICAÇÃO EFICAZ: REGRAS E EFEITOS

 O processo de comunicação empresarial pode sintetizado em torno de cinco


perguntas simples:
QUEM COMUNICA?

 Que fontes? Podem ser muito numerosas. São principalmente a publicidade, os


produtos, os dirigentes e o pessoal da empresa, os jornalistas, os distribuidores, as
associações de consumidores, os diversos grupos de pressão, etc.
 Quais são as fontes que dominamos e quais as que não dominamos?
 Quais são as imagens destas fontes e qual o seu impacte na comunicação?
A QUEM?

 Quais são os alvos?


 Qual o alvo global?
 Qual o centro do alvo? O centro do alvo, considerado à parte do alvo global, tem um
interesse essencial e é absolutamente necessário “tocá-lo” com eficácia.
 A comunicação está suficientemente dirigida? Devemos proceder em duas etapas,
privilegiando, em primeiro lugar, os líderes que farão repercutir a mensagem com maior
credibilidade?
 Quem são os líderes? Podemos identificá-los e determiná-los com precisão?
 O público “fora dos alvos” atingido pela nossa mensagem será importante?
 Quais poderão ser os efeitos desta comunicação fora de alvo?
O QUÊ?

 Que mensagem queríamos transmitir?


 Que mensagem foi realmente compreendida?
COMO?

 Através de que canal ou canais?


 Estes canais transportam bem a mensagem até aos alvos? Valorizam a
mensagem?
COM QUE RESULTADO?

 Os objetivos da comunicação foram alcançados?


 Como poderemos explicar os desvios?
COMUNICAÇÃO ORGANIZADA

Deve apresentar determinadas características:


1. Ser definida: estar dependente de um plano geral e de objetivos específicos;
2. Ser multidirecional: estabelece-se de cima para baixo, de baixo para cima,
transversalmente, interna e externamente;
3. Ser instrumental: é acompanhada de indicadores, dispositivos e instrumentos de
comunicação, selecionados de acordo com os objetivos;
4. Ser flexível: para poder integrar a comunicação informal, criando estruturas que lhe sejam
favoráveis;
5. Ser adaptada e integrar sistemas de informação que possam ser geridos e adaptados às
necessidades específicas de cada área organizacional.
FUNÇÕES BÁSICAS DA GESTÃO
FUNÇÕES BÁSICAS DA GESTÃO

 Planeamento
 Controlo e avaliação
 Organização
 Direcção
CICLO DE GESTÃO

Planeamento

Controlo e
Avaliação Organização

Direcção
CICLO DE GESTÃO

Planeamento

Controlo e
Avaliação Organização

Direcção
89
FUNÇÃO?

90
FUNÇÃO?

91
FUNÇÃO?

92
FUNÇÃO?

93
FUNÇÕES

 Produção
 Comercial
 Pessoal
 Financeira
 Planeamento Estratégico
FUNÇÃO PRODUÇÃO

 A gestão da produção ou gestão de operações é a função administrativa


responsável pela produção de bens e serviços.

 É uma atividade que atinge a todos os ramos de organizações (indústria,


comércio e serviços); ela está em todos os sectores da organização.
FUNÇÃO PRODUÇÃO

A função produção preocupa-se principalmente com os seguintes assuntos:


 Estratégia de produção: as diversas formas de organizar a produção para atender a
procura e ser competitivo;
 Projeto de produtos e serviços: criação e melhora de produtos e serviços;
 Sistemas de produção: arranjo físico e fluxos produtivos;
 Arranjos produtivos: produção artesanal, produção em massa e produção "magra";
 Ergonomia;
 Estudo de tempos e movimentos;
 Planeamento da produção: planeamento de capacidade, agregado, plano mestre de
produção e sequenciamento;
 Planeamento e controlo de projetos.
FUNÇÃO COMERCIAL

Cabe hoje à função comercial desenvolver um conjunto de atividades que


visam:
 Compreender o mercado, o que é conseguido através de estudos de mercado
que lhe darão indicações claras sobre aquilo que o cliente está disposto a aceitar por
um determinado preço em determinado preço em determinado momento
 Estudar e concretizar a forma de satisfazer o mercado, quer prevendo, da
forma mais exata possível, o volume de vendas por produto e zona geográfica, quer
estudando o tipo de clientes, os canais de distribuição e a comunicação adequada,
etc.
FUNÇÃO COMERCIAL

Cabe hoje à função comercial desenvolver um conjunto de atividades que


visam:
 Satisfazer o mercado, executando antecipadamente as encomendas recebidas,
orientando a produção, de forma a conseguir uma criteriosa gestão de stocks,
cuidando das condições de embalagem de transporte, mantendo os clientes
informados sobre os novos produtos e preços, organizando serviços pós-venda, etc.
 A grande diversidade da oferta disponível mostra-nos que não chega colocar no
mercado um bom produto, com preço competitivo e distribuído pelos
canais corretos.
FUNÇÃO COMERCIAL

 Em cada empresa, esta função emprega um conjunto de profissionais


designados de modo diverso, a saber: diretor comercial, chefe de vendas,
delegado comercial, promotor comercial, gestor de marketing.

 Ainda que hoje designamos pela área comercial da empresa é também designado
em algumas empresas por área do marketing.
FUNÇÃO COMERCIAL

 O principal objetivo do Marketing é a satisfação dos desejos e


necessidades dos clientes potenciais. É preciso que se transmita a imagem de
que, através dos seus produtos ou serviços da futura empresa, os clientes, ao
transferirem as suas preferências, verão os seus desejos e necessidades melhor
satisfeitos.
FUNÇÃO PESSOAL

 A gestão de recursos humanos é uma actividade exercida pelo


Departamento de Recursos Humanos de empresas com o papel principal de
desenvolver as seguintes atividades: Recrutar, Avaliar, Escolher, Manter o conjunto de
funcionários ou colaboradores de uma empresa ou organização.

 Então, sendo assim, concluímos que, esse departamento tem uma das mais
importantes funções dentro de empresas, onde a vida profissional de seus
colaboradores pode ser determinada através de avaliações constantes para futuras
indicações à promoções.
FUNÇÃO PESSOAL

 Na gestão de recursos humanos, além das questões contratuais e de direitos


de trabalho, há que ter em conta a formação, certificação e requalificação de
profissionais.

 A qualificação dos recursos humanos é um dos maiores garantes de sucesso do


negócio. É igualmente importante manter os trabalhadores motivados, com a
formação o mais atualizada e orientada possível para as necessidades.
FUNÇÃO FINANCEIRA

 A gestão financeira de uma empresa envolve um conjunto de ações e


procedimentos administrativos que visam maximizar os resultados
económico-financeiros, através da eficiência operacional e do controlo das
atividades financeiras.

 Esse conjunto de ações e procedimentos relaciona-se, por exemplo, com:


 Conhecimento das disposições de natureza fiscal
 Cumprimento de obrigações perante os seus empregados, nomeadamente junto da
Segurança Social e das Finanças
 Potenciação da eficiência operacional
FUNÇÃO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO

 O Planeamento Estratégico é um processo que fixa as grandes orientações que


permitem à empresa modificar, melhorar ou consolidar a sua posição face à
concorrência, atribuindo responsabilidades a todos os níveis hierárquicos envolvidos.

 O Planeamento estratégico ajuda a tomar decisões, tais como:


 Diversificação de produtos – Ex: a Coca-Cola, diversificou os seus investimentos no ramo da fast-
food.
 Novos produtos – Ex: No sector farmacêutico, criar um produto eficaz no combate a uma doença
incurável.
 Investimento/desinvestimento em equipamentos – Ex: automatizar todo um sector que possui
equipamento desatualizado.
FUNÇÃO PLANEAMENTO ESTRATÉGICO

O processo de Planeamento Estratégico pode resumir-se em:


 Estabelecimento dos objetivos - Definir, de forma clara, os objetivos a alcançar.
 Análise da situação
 Identificar ameaças e oportunidades, e os pontos fortes e fracos da empresa.
 Identificar os fatores críticos de sucesso.
 Análise do meio ambiente - Ter em atenção: a economia, a política, a cultura, as mudanças, entre
outros.
 Avaliação da estratégia - Tendo em conta os pontos atrás enunciados, decidir qual a melhor
alternativa de estratégia a ser implementada, sem esquecer a concorrência, os clientes e a própria
empresa.
 Implantação através dos outros tipos de planeamento - Utilizar toda a informação obtida para
concretizar os objetivos propostos e criar feedback para avaliação dos resultados.

Você também pode gostar