Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Língua Portuguesa
“Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas marinhas sem sol. Losangos tênues de ouro
bandeira nacionalizavam os verdes montes interiores. No outro lado azul da baía a Serra dos Órgãos serrava. Barcos. E
o passado voltava na brisa de baforadas gostosas. Rolah ia vinha derrapava em túneis.
Copacabana era um veludo arrepiado na luminosa noite varada pelas frestas da cidade.”
Didaticamente, costuma-se dizer que, em relação à sua organização, os textos podem ser compostos de descrição,
narração e dissertação; no entanto é difícil encontrar-se um trecho que seja só descritivo, apenas narrativo, somente
dissertativo.
01. Levando-se em conta tal afirmação, selecione uma das alternativas abaixo para classificar o texto de Oswald
de Andrade:
a) Narrativo-descritivo, com predominância do dissertativo.
b) Dissertativo-descritivo, com predominância do dissertativo.
c) Descritivo-narrativo, com predominância do narrativo.
d) Descritivo-dissertativo, com predominância do dissertativo.
e) Narrativo-dissertativo, com predominância do narrativo.
02. Assinale a opção em que a indicação entre parênteses NÃO completa corretamente a lacuna da frase:
a) Os amigos ____ procuraram para dar-lhe os parabéns. (a)
b) Seria conveniente que ele se referisse ____ recomendações do chefe. (às)
c) Ele disse que ____ anos vem escrevendo suas memórias. (há)
d) Ela nunca chegou ____ gritar com o filho. (a)
e) Ele criou problemas todas ____ vezes em que veio aqui. (às)
06. Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
O aluno recorre ____ escondidas ____ várias autoridades, para chegar ____ situação mais cômoda.
a) as - a - àquela
b) as - à - aquela
c) às - a - àquela
d) às - à - aquela
e) as - à – àquela
08. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das frases a seguir:
I. Saíram daqui ____ pouco, mas voltarão daqui ____ pouco, pois moram apenas ____ dois quilômetros de distância.
II. ____ foram suas amigas? ____ estarão agora?
a) há - a - a - Aonde - Onde
b) há - há - à - Onde - Onde
c) há - a - a - Aonde - Aonde
d) a - a - à - Para onde - Por onde
e) a - há - há - Por onde – Aonde
11. As opções abaixo apresentam trechos, sucessivos e adaptados, de um texto publicado no jornal Estado de
Minas de 15/3/2010. Assinale a opção em que o trecho está gramaticalmente correto.
a) O grupo se reuniu para assistir o futebol. Custei entender pra quem todos torciam.
b) As pessoas envolvidas no processo chegaram no hotel às 20 horas.
c) No Brasil, a lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor fará 20 anos em 11 de setembro e são um dos
maiores sucessos de aceitação populares.
d) Todos preferem sem sombra, de dúvidas, um país organizado a um lugar paradisíaco e sem estrutura.
e) Não faltou, o apoio da mídia. A verdade é que, sem vigilância, execração pública e punição exemplar vão haver,
sempre pessoas tentando fazer o consumidor de vítima.
12. Assinale a alternativa cuja frase contraria a norma culta quanto ao emprego da crase.
a) Entregáramos livros à Fernanda.
b) O aluno foi até a direção se queixar da prova.
c) Ouvimos a denúncia e procedemos a sua investigação.
d) A Luciana, deram outra oportunidade.
e) Minhas razões são idênticas as suas.
01 Não é assim que se costuma dizer? Ou melhor, não era assim, no século passado? Diante de uma manifestação de
suprema ignorância, ou ignomínia, de miséria, atraso ou injustiça, arrematava-se: “E isso em pleno século XX!”. No
século XIX, o século da luz elétrica, do telégrafo e dos trens, igualmente deslumbrado consigo mesmo, já se dizia:
“E isso em pleno século XIX!”. Agora se dirá: “E isso em pleno século XXI!”. O leitor escolha o que é maior, se a
05 pretensão ou a ingenuidade, em tais manifestações. Quanto à pretensão, é como se os séculos se olhassem com
desprezo uns aos outros. “Isso vá lá que acontecesse naqueles pobres séculos anteriores, não no nosso.” Quanto
à ingenuidade, há uma confiança cega em que os séculos sempre se sucedem para melhor. O presente é sempre
melhor, ou menos ruim, que o passado. E o futuro será melhor que o presente. Vai ver, tem que ser assim. A utopia
da melhora contínua é condição para a sobrevivência.
(VEJA, 17/01/2001, com adaptações)
15.
I. A expressão “Ou melhor” corrige o tempo do verbo ser empregado no presente na primeira oração.
I. As duas ocorrências da preposição “de” nas linhas (L.1), indicam a seguinte estrutura sintática: manifestação de
suprema ignorância ou ignonímia, de miséria, atraso ou injustiça.
III. O pronome SE tem a mesma função condicional nas três ocorrências das linhas (L.2/3)
Assinale a opção correta:
a) Apenas os itens I e II estão corretos.
b) Apenas o item I está correto.
c) Apenas o item II está correto.
d) Apenas os itens II e III estão corretos.
e) Todos os itens estão corretos.
16. Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos altera sensivelmente o sentido do enunciado.
a) Atualmente o computador é capaz de executar o trabalho de muitas pessoas. É o computador atualmente capaz de
executar o trabalho de muitas pessoas.
b) Esta reação pode se traduzir na falta de colaboração com os motoristas. Pode esta reação traduzir-se na falta de
colaboração com os motoristas.
c) Funcionários menos graduados deixam de participar das decisões da empresa. Deixam de participar das decisões
da empresa menos funcionários graduados.
d) É bastante difundida essa crença sobre os sistemas de computação. Essa crença sobre os sistemas de computa-
ção é bastante difundida.
e) A casa foi organizada. Organizou-se a casa.
19. Julgue os itens abaixo em verdadeiro ou falso, segundo as normas vigentes de concordância nominal:
a) Seguem anexo os livretos.
b) Vai incluso à carta a minha procuração.
c) Vão em anexo à procuração os meus documentos.
d) Aquelas pessoas cometeram crime de leso-patriotismo.
e) Bastantes pessoas faltaram à reunião.
21. “Os pobres dos países ricos são menos pobres do que os pobres dos países pobres. Mas os ricos dos países
pobres não são mais pobres do que os ricos dos países ricos.” (Jô Soares)
Com base na leitura do texto acima, assinale o item em que está correta a identificação da classe a que
pertencem as palavras destacadas:
a) Menos pobres que os ‘’pobres’’/ mais ‘’pobres’’ que os ricos. (adjetivos)
b) Menos ‘’pobres’’ que os pobres / mais ‘’pobres’’ do que os ricos. (adjetivos)
c) Os ricos dos países ‘’pobres’’/ os ricos dos países ‘’ricos’’. (substantivos)
d) Os ‘’pobres’’ dos países ricos / os pobres dos países ‘’pobres’’. (adjetivos)
e) Os ‘’pobres’’ dos países ricos / os ricos dos países ‘’pobres’’. (substantivos)
22. Em “Eduardo chegou ontem a Roma...” e em “...ele possa voltar a Brasília...”, não temos sinal indicativo de
crase, porque Roma e Brasília são nomes de gênero feminino que:
a) Indicam nomes próprios de lugar.
b) Não admitem artigo feminino anteposto.
c) Indicam locuções adverbiais de lugar.
d) Não requerem complemento para os verbos.
e) Indicam as capitais da Itália e do Brasil.
25. Da frase: Esta é a conclusão amarga ____ se chega ____ análise dos indicadores de percepção da corrupção ontem
divulgados pela Transparência Internacional. Em norma padrão da língua portuguesa, tendo como base a regência
e o uso ou não do acento indicativo da crase, as lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
a) à que....pela
b) que...à
c) a que...com a
d) em que... perante à
e) a qual... devido
01 O Nordeste é marcado pela diversidade nas suas seis regiões naturais. Nelas são encontradas áreas densamente
povoadas, áreas com população rarefeita, poucas ilhas de umidade, espaços serranos em que o verde ainda se
mantém preservado e imensos vazios, nos quais se identifica estágio de desertificação. Para entendê-lo, há que se
partir das peculiaridades apresentadas por essas diferenças, embora estas também estejam em processo de des-
05 caracterização.
Diário do Nordeste (CE), 11/3/2010 (com adaptações).
28. A palavra “peculiaridades” (l.4) está sendo empregada com o sentido de:
a) Restrições.
b) Dificuldades.
c) Especificidades.
d) Limitações.
e) Condicionamentos.
29. Nos itens abaixo, foram reescritas frases da voz passiva para a ativa. O item em que ambas estão na voz
passiva é:
a) O líder da comunidade foi vaiado pela afirmação que fez. / Vaiou-se o líder comunitário pela afirmação que fez;
b) A reunião foi encerrada sem que se chegasse a conclusões favoráveis. / Encerraram a reunião sem que se chegas-
se a conclusões favoráveis;
c) Os benefícios do progresso devem ser usufruídos pelo povo. / Os povos devem usufruir os benefícios do progresso;
d) Não foram definidos nem as metas nem os prazos combinados. / Não definiram nem as metas nem os prazos combinados;
e) A proposta do presidente da mesa foi derrotada pelas acionistas. / Derrotaram a proposta do presidente da mesa os
acionistas.
33. Assinale a frase em que há ERRO no emprego de o ou lhe em relação à norma culta da língua:
a) O rapaz não lhe entregou o livro que prometera;
b) A mulher perdoou-o;
c) O professor os encontrou no teatro;
d) Paguei lhe as contas atrasadas;
e) Não desobedeça às leis de trânsito.
01 O país talvez esteja passando por períodos de descrença e desrespeito para com o patrimônio público, pois parece
que a separação entre o bem comum e o bem privado deixa de existir ou pelo menos de ser respeitada.
Essa descrença talvez seja resultado de um processo de décadas de injustiça social e de negação da identidade cidadã.
Uma nação constituída por pessoas que defendem e honram os seus direitos e deveres tem melhores condições de
05 diminuir as injustiças sociais, dentre elas as causadas pela corrupção, e aumentar o nível de desenvolvimento e progresso.
O desenvolvimento da Educação Fiscal torna-se primordial, pois permite informar os mecanismos de constituição
do Estado, ao mesmo tempo em que torna o cidadão ciente da importância da sua contribuição, fazendo com que o
pagamento de tributos seja entendido e visto como investimento para o bem comum. Com a informação, o indivíduo
pode se apropriar do poder de questionar e verificar a utilização destes investimentos sociais.
(Adaptado de www.receita.fazenda.gov.br)
45. Para cada lacuna abaixo são propostas duas formas de preenchimento. Assinale a opção em que as duas
propostas complementam de maneira coerente e gramaticalmente correta o texto.
O Brasil está assumindo papel ____(a)____liderança no fornecimento de energia de fonte renovável, ____(b)____
o álcool. Chamou, por isso, ____(c)____ atenção do mundo desenvolvido e há países negociando a compra do
produto nacional. Problemas como o do preço interno devem ser administrados com responsabilidade para não
corrermos o risco de perder a oportunidade, rara, ____(d)____ fixar papel preponderante ____(e)____ setor es-
sencial como o energético.
(Adaptado de Correio Braziliense, 22 de fevereiro de 2006)
a) na/de
b) como/para
c) a/à
d) de/para
e) em/pelo
A origem dos números está ligada às necessidades do homem. Desde a Antiguidade, já era preciso avaliar quantas
pessoas nasciam, morriam ou viviam em determinada comunidade, a quantidade de armas e ferramentas que possuíam,
de mantimentos e utensílios que eram vendidos ou trocados, o tamanho do rebanho, etc.
O homem pré-histórico ainda não tinha palavras para representar quantidades. Ele não sabia contar, mas precisava regis-
trar, por exemplo, se algum animal havia escapado do pasto. Para isso, separava pedrinhas ou fazia marcas em ossos ou
pedaços de madeira cada vez que um animal saía. Quando retornava, era só desfazer os montes de pedras ou apagar os
sinais. Se nascesse algum filhote, bastava acrescentar alguma marca. Dessa forma, o homem avaliava quantidades.
Mesmo sem saber contar, ele já percebia se o número de animais era o mesmo ou se havia aumentado ou diminuído.
Mais tarde, as contas feitas com objetos foram substituídas por operações com símbolos e surgiram, então, os números.
(Adaptado do jornal Correio Brasiliense)
51. Quando o autor usou a palavra ainda na frase O homem pré-histórico ainda não tinha palavras para represen-
tar quantidades (segundo parágrafo) ele queria dizer que isso era uma questão de:
a) Lugar.
b) Tempo.
c) Inteligência.
d) Idade.
e) Finalidade
53. Quando pensamos na palavra mantimentos (linha 03), lembramos que faz parte do que se chama de mantimentos
a) Um martelo.
b) Um pacote de biscoito.
c) Um casaco de lã.
d) Um tubo de cola.
e) Um saco de areia
54. Em vez de Mesmo sem saber contar (linha 11), o autor poderia escrever, sem mudar o significado de toda a frase:
a) Apesar de não saber contar.
b) Por não saber contar.
c) Quando ele não sabia contar.
d) Se ele não sabia contar.
e) Para ele saber contar
56. Se passarmos para o plural toda a frase A subtração é operação difícil, devemos escrever:
a) As subtrações é operações difícis.
b) As subtrações são operações difíceis.
c) As subtração são operação difícil.
d) As subtração são operação difícis.
e) As subtrações é operações difíceis.
59. Assinale a alternativa em que nenhuma das duas palavras admite flexão de gênero.
a) Certos artistas
b) Jovem senhora
c) Criança otimista
d) Escritor brilhante
e) Autor elegante
60. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão erradas em relação à grafia com “-ção”, “-são” e “-ssão”.
a) Permissão, conversão
b) Obtenção, discussão
c) Exceção, omissão
d) Consecussão, ascenção
e) Exceção, admissão, transmissão
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos
caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos
ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
(Fernando Pessoa)
63. Em, “É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós
mesmos.”, a oração iniciada pelo termo destacado tem valor semantico de:
a) Causa
b) Consequência
c) Finalidade
d) Condição
e) Comparação
64. Marque a alternativa em que o sinal indicativo de crase foi empregado pelo mesmo motivo do da frase “...teremos
ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”
a) Fizemos alusão à vida das pessoas que sofrem por amor.
b) Entre e fique à vontade que já vamos atendê-lo.
c) Esta atitude nao foi util à sociedade moderna.
d) Todos temos aversão à nova postura diante da vida.
e) Referi-me à mensagem de apoio que você recebeu dos amigos.
66. Leia a anedota abaixo e marque a asserção que interpreta corretamente seus sentidos e/ou seus componen-
tes linguísticos.
“Um homem chega para uma senhora que estava tranquilamente andando na rua e pergunta:
— Com licença, a senhora viu quem estava dobrando aquela esquina?
A senhora responde, prontamente:
— Não, quando eu vi, ela já estava dobrada...”
a) O advérbio “tranquilamente” está modificando o sentido tanto do verbo “chega” quanto do verbo “andando”.
b) Do ponto de vista gramatical e semântico, a substituição de “e pergunta” por: e inquiri-lhe manteria o primeiro
parágrafo igualmente correto.
c) O humor, a graça da anedota se deve à diferença de sentido que cada um dos personagens, em suas falas, deu ao
verbo dobrar.
d) O emprego da expressão “Com licença”, no contexto da anedota, tem a função semântica de realçar e fortalecer o
sentido da pergunta.
e) O sentido do primeiro parágrafo permanece inalterado se isolarmos com dupla vírgula o segmento: “que estava
tranquilamente andando na rua”.
67. No período “Tem que ter a sorte de nascer com saúde, sorte de ter amigos que esteja sempre ao nosso
lado”. A classe gramatical da palavra que no trecho anterior é a mesma da palavra que a seguinte frase:
a) Pessoas consideradas inteligentes dizem que os amigos são fundamentais.
b) Cultivar a tristeza é que não é inteligente.
c) É melhor ficar sozinho que ter amigos que não nos fazem bem.
d) Temos que ter paciência pra vivermos felizes.
e) Os que têm amigos são pessoas de sorte.
68. “Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos”; a forma abaixo que ALTERA o sentido original desse
segmento do texto é:
a) Quanto à veracidade dos fatos, havia controvérsias;
b) Em relação à veracidade dos fatos, existiam controvérsias;
c) No que diz respeito à veracidade dos fatos, havia controvérsias;
d) Afora a veracidade dos fatos, havia controvérsias;
e) Quanto à veracidade dos fatos, controvérsias havia.
70. Transpondo para a voz passiva a frase “Estão abrindo suas portas aos visitantes”, a forma verbal resultante será ....
a) Serão abertas
b) São abertas
c) Têm sido abertas
d) Têm aberto
e) Estão sendo abertas
73. As gramáticas geralmente afirmam que a oração é dividida em sujeito e predicado, fato que o professor;
deverá desmentir, comprovando com o seguinte exemplo:
a) Hão de existir muitos apreciadores.
b) Choveram lágrimas pouco autênticas.
c) Há muitos torcedores nas arquibancadas.
d) As estrelas piscavam para os enamorados.
e) Existem muitas crianças na platéia.
74. Sem ressaltar a classificação, mas dando a devida importância às relações significativas de cada uma da
“orações adverbiais”, a relação “causa/consequência” está presente no exemplo:
a) Ele vive como aprendeu com amigos.
b) Como você veio, ele está dispensado;
c) Eles eram grandes como girafas.
d) Assim que chegou ficou rouco.
e) Caso você venha, ele será dispensado.
77. “A beleza da vida, além de estar na quantidade de amigos, encontra-se dentro do nosso coração.”
O elemento de coesão do fragmento traduz o valor semântico de:
a) Oposição d) Soma
b) Explicação e) Finalidade
c) Concessão
78. Marque a alternativa em que o termo destacado destoa sintaticamente dos outros:
a) Uma imensa saudade que se espalha por dentro do peito de quem ama.
b) O que caracteriza esses sentimentos são amores verdadeiros.
c) A amizade é tão importante que, quando bate a saudade, a necessidade de estar junto é muito grande
d) Nos momentos de crise, eles, os amigos de verdade, são fundamentais.
e) Livres de tristezas, mágoas, os inimigos nunca se tocam.
80. Vai ____ à carta minha a disponibilidade de horário. Essas pessoas cometeram crime de ____ -patrimônio.
Elas ____ não quiseram colaborar.
a) incluso - leso - mesmo
b) incluso - leso - mesmas
c) inclusa - leso - mesmas
d) inclusas - lesa - mesmo
e) inclusas - lesas - mesma
“...Dario vem apressado, guarda-chuva no braço esquerdo. Assim que dobra a esquina, diminui o passo até parar, encosta-
se a uma parede. Por ela escorrega, senta-se na calçada ainda úmida de chuva. Descansa na pedra o cachimbo.
Dois ou três passantes à sua volta indagam se não está bem. Dario abre a boca, move os lábios, não se ouve resposta.
O senhor gordo, de branco, diz que deve sofrer de ataque.”
88. “O amor não só faz bem como alimenta”. A palavra grifada é uma conjunção:
a) Coordenativa adversativa.
b) Subordinativa integrante.
c) Coordenativa aditiva.
d) Subordinativa comparativa.
91. No período “Saí da festa embora quisesse assistir ao desfile de modas”, a conjunção grifada classifica-se
como subordinativa:
a) Condicional.
b) Consecutiva.
c) Concessiva
d) Temporal.
95. Aponte o grupo de palavras que, respectivamente, tem o significado de: MERGULHAR - ILUSTRE - PRESTES
A ACONTECER - VIR À TONA:
a) Emergir - iminente - eminente - imergir
b) Imergir - iminente - eminente - emergir
c) Emergir - eminente - iminente - imergir
d) Imergir - eminente - iminente - emergir
e) Emergir- eminente - eminente - emergir
01 Pesquisas constatam doses crescentes de pessimismo diante do que o futuro esteja reservando aos que habitam
este mundo, com a globalização exacerbando a competitividade e colocando os Estados de bem-estar social nos
corredores de espera do cumprimento da pena de morte.
É preciso “investir no povo”, recomenda o Per Capita – um centro pensante, criado recentemente na Austrália –,
05 com seus dons progressistas. Configurar um mercado no qual as empresas levem em consideração o interesse
público, sejam ampliados os compromissos de proteção ao meio-ambiente e tenham como objetivo o bem-estar dos
indivíduos. A questão maior é saber como colocar em prática essas belezas, num momento em que as lutas sociais
sofrem o assédio cada vez mais agressivo da globalização e as próprias barreiras ideológicas caem por terra.
(Newton Carlos. Má hora das esquerdas. In. Correio Braziliense, 20/11/2007 (com adaptações)
102. A preposição “com” (L.2) apresenta, no texto, sentido semelhante ao da expressão de modo que, e, por isso, ela
pode ser substituída por essa expressão, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
103. A argumentação do texto leva a concluir que um dos problemas dos “Estados de bem-estar social” (L.2), em um
mundo globalizado, é o cumprimento da pena de morte.
104. No segundo parágrafo do texto, os dois travessões demarcam a inserção de uma informação que define o que é
“Per Capita” (L.4).
105. O período sintático iniciado por “Configurar” (L.5) dá continuidade argumentativa a “É preciso” (L.4), no período anterior.
106. O adjetivo “agressivo” (L.8) está empregado com valor de advérbio e corresponde, dessa forma, a agressivamente.
107. Atende ao rigor gramatical a seguinte divisão silábica do vocábulo “ansiolíticos”: an-si-o-lí-ti-cos.
109. Nas palavras “país”, “político”, “preferência”, “perpétua” e “páginas”, o acento é decisivo para a determinação do
sentido dos vocábulos, uma vez que, sem acento, tais palavras, mesmo estando escritas de acordo com a norma
culta, teriam outro significado.
111. No trecho “estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas”, a omissão
da preposição “de” prejudicaria a correção gramatical do período.
112. O sentido da expressão “mal das pernas”, característica da oralidade, seria prejudicado caso se substituísse “mal”
por mau.
113. Em “O tempo destinado à formação”, o emprego do sinal indicativo de crase em “à” deve-se à forma nominal
“destinado” que rege complemento com a preposição a e à presença do artigo definido feminino.
114. O uso do sinal indicativo de crase no trecho “os dilemas inerentes à convivência” não é obrigatório.
Trabalho demais, agenda cheia, internet, celular e carros que chegam a mais de 200km/h transformam o homem moder-
no numa espécie de Coelho Branco de Alice no país das Maravilhas. Sempre apressado, eternamente atrasado. E
doente. Literalmente. A velocidade, símbolo do desenvolvimento tecnológico e de um modo de produção e consumo
cada mais vorazes, criou um sentimento de urgência que poucos conseguem administrar. Se é que conseguem mesmo.
O resultado é um novo mal que é a cara do nosso tempo: a doença da correria, uma espécie de superestresse que foi
descrito pelo médico americano Larry Dossey como uma resposta ao fato de o nosso relógio interno ter virado o relógio
de pulso e o despertador.
Iniciativas que privilegiam o bem-estar, a simplicidade, a tradição local, o resgate da história e a hospitalidade começam
a pipocar pelo globo. Esse é o começo de uma revolução cultural, uma mudança radical na forma como vemos o tempo
e como lidamos com a velocidade e a lentidão.
In. Galileu, Out/2005, p.43 (com adaptações)
116. A expressão “Esse é o começo” refere-se à ideia inicial do texto, expressa por “Trabalho demais, agenda cheia”.
117. “Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez que a sua missão é prestar um serviço público.”
Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do texto ao se
substituir “uma vez que” por qualquer um dos termos a seguir: porque, porquanto, já que, visto que, conquanto.
118. “O cenário econômico otimista levou os empresários brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de traba-
lho nos últimos cinco anos.”
No trecho acima, a partícula “a” ocorre tanto como preposição quanto como artigo: a primeira ocorrência é uma
preposição exigida pelo emprego do verbo “levou”; a segunda ocorrência é um artigo que determina “formalização”.
Nossos projetos de vida dependem muito do futuro do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é obra do acaso
ou da fatalidade. Uma nação se constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às vezes, até violentos
— entre grupos com visões de futuro, concepções de desenvolvimento e interesses distintos e conflitantes.
Para muitos, os carros de luxo que trafegam pelos bairros elegantes das capitais ou os telefones celulares não constitu-
em indicadores de modernidade.
Modernidade seria assegurar a todos os habitantes do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício dos
direitos democráticos. Por isso, dão mais valor a um modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população
alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo, bibliotecas, parques públicos. Modernidade, para os que
pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça; são instituições públicas
sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões econômicas.
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.).
Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
Considerando a argumentação do texto acima bem como as estruturas linguísticas nele utilizadas, julgue os
itens a seguir.
119. Mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no qual”.
120. Infere-se da leitura do texto que o futuro de um país seria “obra do acaso” se a modernidade não assegurasse um
padrão de vida democrático a todos os seus cidadãos.
121. Para evitar o emprego redundante de estruturas sintático-semânticas, como o que se identifica no trecho “Uma
nação se constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos”, poder-se-ia unir as ideias em um só período
sintático — Uma nação se constrói no meio de embates —, o que preservaria a correção gramatical do texto, mas
reduziria a intensidade de sua argumentação.
123. O trecho “os que pensam assim” retoma, por coesão, o referente de “muitos”, bem como o sujeito implícito da
oração “dão mais valor a um modelo de desenvolvimento”.
124. O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no último período sintático do texto, apresenta a dupla função de deixar
claras as relações sintático-semânticas marcadas por vírgulas dentro do período e deixar subentender “Modernida-
de” como o sujeito de “é sistema”, “são instituições” e “é o controle”.
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo capitalista, mas não necessari-
amente de mercado. De modo geral, a democratização das sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualda-
des sociais em geral não contribuem para a fixação de uma tradição democrática. Penso que temos de refletir um pouco a
respeito do que significa democracia. Para mim, não se trata de um regime com características fixas, mas de um processo
que, apesar de constituir formas institucionais, não se esgota nelas. É tempo de voltar ao filósofo Espinosa e imaginar a
democracia como uma potencialidade do social, que, se de um lado exige a criação de formas e de configurações legais e
institucionais, por outro não permite parar. A democratização no século XX não se limitou à extensão de direitos políticos e
civis. O tema da igualdade atravessou, com maior ou menor força, as chamadas sociedades ocidentais.
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações).
Com base nas estruturas linguísticas e nas relações argumentativas do texto acima, julgue os itens seguintes.
125. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse introduzido com a expres-
são “Desse modo”, em lugar de “De modo geral”.
126. Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se optar pela determinação do substantivo “respeito”,
juntando-se o artigo definido à preposição “a”, escrevendo-se ao respeito.
127. A flexão de singular em “não se trata” deve-se ao emprego do singular em “um regime”.
128. Depreende-se da argumentação do texto que o autor considera as instituições como as únicas “características
fixas” aceitáveis de “democracia”.
129. Pela acepção usada no texto, o emprego da forma verbal pronominal “se limitou” exige a presença da preposição
“a” no complemento verbal; a substituição pela forma não-pronominal — não limitou a extensão —, sem uso da
preposição, preservaria a correção gramatical, mas mudaria o efeito da ideia de “democratização”.
130. Em textos de normatização mais rígida do que o texto jornalístico, como os textos de documentos oficiais, a contra-
ção de preposição com artigo, com em “da igualdade”, deve ser desfeita, devendo-se escrever de a igualdade,
para que o sujeito da oração seja claramente identificado.
A visão do sujeito indivíduo — indivisível — pressupõe um caráter singular, único, racional e pensante em cada um de
nós. Mas não há como pensar que existimos previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em teias e
tensões relacionais que conformarão nossas capacidades, de acordo com a sociedade em que vivemos. A sociologia
trabalha com a concepção dessa relação entre o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe é: como nos
fazemos e nos refazemos em nossas relações com as instituições e nas relações que estabelecemos com os outros?
Não há, assim, uma visão de homem como uma unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. Estaríamos
envolvidos, constantemente, em tramas complexas de internalização do “exterior” e, também, de rejeição ou negociação
próprias e singulares do “exterior”. As experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que
determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir.
Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
Julgue os seguintes itens, a respeito das estruturas linguísticas e do desenvolvimento argumentativo do texto acima.
131. Ao ligar dois períodos sintáticos, o conectivo “Mas” introduz a oposição entre a ideia de um sujeito único e indivisível
e a ideia de um sujeito moldado por teias de relações sociais.
132. A inserção do sinal indicativo de crase em “existimos previamente a nossas relações sociais” preservaria a correção
gramatical e a coerência do texto, tornando determinado o termo “relações”.
133. Para se evitar a sequência “nós nos”, o pronome átono poderia ser colocado depois da forma verbal “fazemos”, sem
que a correção gramatical do trecho fosse prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas.
134. O emprego do sinal de dois-pontos anuncia que uma consequência do que foi dito é explicitar a pergunta proposta
pela sociologia.
136. O uso da forma verbal flexionada na primeira pessoa do plural “Estaríamos” inclui autor e leitores no desenvolvi-
mento da argumentação, de tal modo que seria coerente e gramaticalmente correto substituir “o homem vai adqui-
rindo” por vamos adquirindo, no período seguinte.
137. A flexão de plural em “próprias e singulares” estabelece relações de coesão tanto com “rejeição” quanto com “nego-
ciação” e indica que esses substantivos têm referentes distintos e não podem ser tomados como sinônimos.
O uso do espaço público nas grandes cidades é um desafio. Sobretudo porque algumas regras básicas de boa convivên-
cia não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo entrar
a qualquer preço, sem esperar e dar passagem aos demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes de
cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam o convívio urbano em uma experiência ruim. A saída é a
educação. Convencidos disso, empresas e governos estão bombardeando a população com campanhas de conscienti-
zação — e multas, quando só as advertências não funcionarem. Independentemente da estratégia, o senso de urgência
para uma mudança de comportamento na sociedade brasileira veio para ficar.
As iniciativas são louváveis. Caso a população, porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e não parte da
comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros.
Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações).
A respeito da organização das estruturas linguísticas do texto acima e da redação de correspondências oficiais,
julgue os itens subsequentes.
138. Respeitam-se a coerência da argumentação do texto e a sua correção gramatical, se, em vez de se empregar “do
espaço público”, no singular, esse termo for usado no plural: dos espaços públicos.
139. A fragmentação sintática de ideias coordenadas, decorrente do emprego do ponto-final antes de “Sobretudo”, de
“Ou” e de “São situações”, que é admitida em textos jornalísticos, deve ser evitada, para facilitar a objetividade e a
clareza, na redação de documentos oficiais.
140. Na relação entre as ideias do texto, subentende-se ao imediatamente antes de “tentar” e de “andar”; por isso, a
inserção de ao nessas posições tornaria o texto mais claro, além de manter a sua correção gramatical.
141. A presença da conjunção “e” torna desnecessário o uso do travessão, que tem apenas a função de enfatizar a aplica-
ção de “multas”; por isso, a retirada desse sinal de pontuação não prejudicaria a correção nem a coerência do texto.
142. A substituição de “Caso” pela conjunção “Se” preservaria a correção gramatical da oração em que se insere, não
demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a função condicional dessa oração.
(...)
Por fim, por oportuno informamos que as providências tomadas, e aqui mencionadas, também já são do conheci-
mento das partes envolvidas.
Atenciosamente
[assinatura]
Pedro Álvares Cabral
Chefe da seção de logística e distribuição de pessoal (SLDP).
144. Na oração “Segue anexa a nota editorial”, foi atendida regra de concordância nominal, visto que o adjetivo “anexa” está
no feminino para concordar com a expressão no feminino “a nota editorial”, que exerce a função de sujeito da oração.
145. Na oração “Há vinte meses que o Decreto foi revogado”, a forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída
por Faziam.
146. Se o verbo da oração “mas a maioria dos analistas aposta” estivesse flexionado no plural - apostam -, o período
estaria incorreto, visto que, de acordo com a prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa
natureza, deve ser feita com o termo “maioria”.
148. Seria mantida a concordância verbal no trecho “As mulheres, em todo o mundo, têm de passar por muitos obstácu-
los” retirando-se o acento circunflexo da forma verbal “têm”.
149. O sentido e a correção gramatical seriam mantidos se no trecho “Uma empresa júnior, sempre sediada em uma
universidade, é formada”, o segmento sublinhado fosse deslocado para o início do período, da seguinte forma:
Sempre sediada em uma universidade, uma empresa júnior é formada.
01 Num país territorialmente gigante, em que a censura restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet
tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao aproximar moradores urbanos e rurais, que falam
dialetos variados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha 100 novos internautas por minuto. É o
segundo país com mais usuários online no mundo – cerca de 162 milhões -, atrás apenas dos Estados Unidos da
05 América (EUA), onde há quase 200 milhões.
Jornal do Brasil, 22/07/2007 (com adaptações)
A respeito das estruturas e das idéias do texto acima, e considerando a atual fase de modernização econômica
da China, que busca acompanhar a evolução tecnológica mundial em marcha, julgue os itens seguintes.
150. O que dificulta a aceleração do desenvolvimento chinês é a exigüidade de território para uma grande população.
151. Infere-se do texto que, hoje, a população urbana da China supera em muito o número de habitantes no campo.
152. Ao adotar o inglês como idioma oficial e como único tipo de escrita usado no país, a China conseguiu inundar o
mercado mundial com seus produtos baratos.
153. O atual processo de desenvolvimento econômico chinês vincula-se diretamente à abertura política que tem levado
o país a democratizar-se rapidamente.
154. O vocábulo inicial do texto, “Num” (L.1), corresponde, no padrão culto da língua, à contração entre Nem e um.
155. A palavra “têm” é acentuada porque está no plural para concordar com “moradores”.
156. “É o segundo país com mais usuários online do mundo...”. Preservam-se a correção gramatical e a coerência
textual ao se retirarem os sinais de travessão, inserindo-se uma vírgula logo após “mundo”.
01 Há gente no Brasil interessada em importar dos Estados Unidos da América (EUA) o Teach for America, o mais bem-
sucedido programa feito para atrair os melhores estudantes de ensino médio para a carreira de professor. No Brasil, os
professores têm saído da parte menos qualificada da pirâmide – justamente aquela habitada por 20% dos alunos com
o mais baixo rendimento escolar do país. Qualquer iniciativa para mudar isso será mais do que bem-vinda.
05 O Teach for America consegue atrair os mais talentosos alunos para a docência oferecendo-lhes algo bem concre-
to. Depois de dois anos no papel de professor de escola pública – tempo mínimo de estada no programa -, esses
jovens ingressam quase que automaticamente em algumas das maiores empresas americanas, com as quais o
Teach for America estabeleceu uma produtiva parceria. Para as empresas, recrutar gente que passou por lá signi-
fica encurtar complicado processo de busca por bons profissionais. Pela estreita peneira do programa só passam os
10 realmente capazes. Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm direito à inscrição e, ainda assim,
85% deles ficam de fora. É essa rigorosa seleção que atrai os próprios estudantes. Sobreviver a ela é um sinal claro
de excelência, algo que faz todo mundo querer ostentar um carimbo do Teach for America no currículo.
No final, uma parcela deles acaba optando pela carreira de professor, coisa que jamais haviam pensado antes. A
maioria, no entanto, acaba deixando o programa depois dos dois anos previstos, mas não sem antes causar um
15 impacto gigantesco no nível do ensino. Os estudantes certamente irão beneficiar-se desse empurrão ao longo da
vida escolar. Mais do que isso: muitos dos que já passaram pelo Teach for America continuam envolvidos com
educação, em diferentes graus e áreas de atuação. Por tudo isso, não faria mal ao Brasil trilhar caminho parecido.
Mônica Weiberg. Tomara que dê certo (com adaptações)
157. De acordo com o texto, por ser mal remunerada e desvalorizada perante a sociedade, a carreira de professor não
tem sido uma opção para os jovens estudantes brasileiros.
158. Ainda que o objetivo do Teach for America seja atrair os melhores alunos para a docência, poucos optam definitiva-
mente pela carreira de professor.
159. Infere-se do texto que a pouca qualificação dos professores influencia a qualidade da educação.
160. Passar pelo Teach for America implica sucesso profissional garantido.
162. Em “Pela estreita peneira do programa só passam os realmente capazes”, o sujeito da oração está indeterminado.
163. Em razão do contexto, o acento gráfico empregado na forma verbal “têm” (L.10) é obrigatório.
164. “Sobreviver a ela...”. A substituição do pronome “ela” por rigorosa seleção manteria o sentido e a correção gramati-
cal do texto.
165. Dado o sentido da palavra “maioria”, a forma verbal “acaba” poderia, sem prejuízo para a correção gramatical do
texto, estar flexionada na 3.a pessoa do plural.
166. O termo “gente” (L.1) exerce a função de sujeito da oração em que se insere.
167. “Oferecendo-lhes algo...”. O pronome “lhes” poderia ser substituído por “os”, sem prejuízo da correção gramatical
do texto, dada a possibilidade de dupla regência do verbo oferecer.
169. Em “É essa rigorosa seleção que atrai os próprios estudantes”, o emprego da expressão “É ... que”, dispensável à
estrutura sintática do período, tem valor enfático.
170. Em “importar dos Estados Unidos da América” (L.1), a preposição de, contida em “dos”, expressa ideia de procedência.
172. Embora a permanência do estudante no programa Teach for America seja curta, seus efeitos contribuem para a
melhoria da qualidade da educação pública nos EUA.
01 O Censo trouxe a público uma boa notícia. A esperança de vida ao nascer alcançou, em 2009, os 73 anos e dois
meses – um aumento de 3 meses em relação ao ano anterior. Mas os dados escondem um retrato brasileiro que
pede atenção: os homens continuam vivendo menos do que as mulheres. Em 2009, a expectativa de vida deles era
de 69 anos, enquanto a delas atingiu os 77. E mais: essa diferença vem aumentando a longo prazo. Em 1910, as
05 mulheres viviam um ano e dois meses a mais que os homens. A diferença subiu para seis anos e um mês em 1989
e para sete anos e sete meses em 2009. A esperança de vida dos homens evolui mais timidamente – aumentou
nove anos de 1980 a 2009 -, enquanto a delas subiu 11 anos.
O fenômeno é mundial, mas é mais acentuado em nações em desenvolvimento, como o Brasil. “Sempre que uma
cidade ou um país passa por um rápido processo de urbanização, as taxas de homicídio e acidentes de trânsito
10 aumentam significativamente”, diz um técnico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “E os homens, por
suas características biológicas e por seu estilo de vida, são mais suscetíveis a essas intervenções externas”.
Cláudia Jordão. Isto É, 08/12/2010, p. 76 (com adaptações).
173. O trecho “Mas os dados (...) atingiu os 77”, pode ser reescrito, mantendo-se a correção gramatical e o sentido
original do texto, da seguinte forma: Os dados porém, mascaram uma fasceta do país que devemos prestarmos
atenção: as mulheres tem apresentado mais longevidade que os homens.
174. A substituição do ponto final (L.1) por dois-pontos e a do travessão (L.2) por vírgula, com a devida alteração de
maiúscula e minúscula, mantêm a correção gramatical do texto.
175. A supressão do termo ‘essas’, em ‘a essas intervenções externas’, provocaria a necessidade do uso do acento
indicativo de crase em ‘a’.
176. Por serem utilizadas para apresentar, objetivamente, dados de pesquisa científica, todas as estruturas e expres-
sões do primeiro parágrafo são adequadas à redação de ofício que vise informar o ministro da previdência social
sobre a expectativa de vida do povo brasileiro.
177. O fecho “Atenciosamente” deve ser empregado para saudar autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.
178. Embaixadores, secretários de estado dos governos estaduais e auditores da justiça militar estão entre as autorida-
des que devem ser tratadas por Vossa Excelência.
180. O emprego da preposição “de” em “existe garantia de que novos investimentos” é exigido pela regência de “existe”.
181. Na oração “Segue anexa a nota editorial”, foi atendida regra de concordância nominal, visto que o adjetivo “anexa” está
no feminino para concordar com a expressão no feminino “a nota editorial”, que exerce a função de sujeito da oração.
182. O uso do sinal indicativo de crase no trecho “os dilemas inerentes à convivência” não é obrigatório.
183. As palavras “preparatórias”, “Conferência” e “angústia” recebem acento gráfico com base na mesma justificativa
gramatical.
184. No padrão ofício, sempre que o destinatário ocupar o cargo superior do órgão, o fecho do expediente deve conter
saudação como a seguinte: Reitero a Vossa Excelência meus protestos de elevada estima e sincera consideração.
185. A introdução dos avisos e ofícios que encaminham documentos deve-se iniciar com a informação do motivo da
comunicação, seguindo-se os dados completos do documento que está sendo encaminhado, como mostra o exem-
plo a seguir: Encaminho, anexa, para conhecimento, cópia do Memorando n.º 17, de 25 de abril de 2009, do
Departamento de Recursos Humanos, que trata da licença do servidor Fulano de Tal.
186. Tanto na exposição de motivos quanto no aviso e no ofício, quando se tratar de comunicação interna, na parte
destinada a local e data, o local pode ser abreviado, como nos seguintes exemplos: BSB, 12 de agosto de 2008; SP,
11 de julho de 2008; BH, 15 de maio de 2008.
187. O uso do acento agudo em “análise” é obrigatório para distinguir esse substantivo do possível uso da flexão do
verbo analisar, analise.
189. Uma criança pode ter seus sonhos frustados, caso não receba a devida orientação e o carinho incondicional por
parte dos pais.
190. Não existe um porquê para tantos casos de corrupção no país. Na verdade, o povo não precisa saber porque, basta
apenas que os políticos se preocupem mais com assuntos relevantes para a sociedade.
191. O nome da usina que produz eletricidade a partir da força da água exemplifica um caso em que a língua portuguesa
admite como corretas duas grafias: hidrelétrica e hidroelétrica.
Somente a assunção responsável e muito firme de princípios éticos poderá impedir o homem de utilizar todo o seu poder
e instrumental tecnológico na destruição de um ecossistema como o amazônico, na busca de matérias-primas e energia
para o seu próprio instrumental e para o aumento do conforto efêmero de uma minoria insensível, despreocupada e
insignificante em termos populacionais.
192. Uma minoria, que representa pouco do ponto de vista estatístico, é indiferente ao dano ecológico que pode ser
causado pela satisfação de suas exigências de conforto.
193. Se o homem não for ético, ele poderá destruir um ecossistema, em busca de matérias-primas e energia.
194. O conforto decorrente dos bens duradouros produzidos pelos avanços tecnológicos tem sido desfrutado de forma
igualitária pelas classes sociais.
195. O poder humano ainda é pequeno e o instrumental tecnológico disponível é insuficiente para ameaçar a vida de um
ecossistema.
196. O memorando, por se tratar de um documento de comunicação interna no âmbito institucional, permite o uso de
expressões da escrita cifrada, como vc em lugar de você, por exemplo.
197. Caso seja retirado o acento grave no trecho “em oposição à exploração”, mantêm-se a correção gramatical e o
sentido da frase.
199. Na redação de documento oficial, como um relatório ou ata, por exemplo, o parágrafo final do texto respeitaria o
registro formal da língua se assim fosse escrito: O relatório destaca a proporção de assalariadas terem subido de
quarenta e um vírgula oito porcento para quarenta e seis ponto quatro porcento.
200. Os vocábulos “impressa” e “entregue” são particípios irregulares dos verbos imprimir e entregar, respectivamente;
tais verbos admitem, também, as formas participiais regulares: imprimido e entregado.
UM APÓLOGO
Machado de Assis
201. O texto que você leu é uma narrativa de Machado de Assis intitulado Apólogo. O autor deu esse titulo ao
texto por:
a) Tratar-se de uma espécie de conto que condensa um flagrante da vida real ou fictício, antigo ou atual, numa expres-
sividade bastante coloquial.
b) Ser uma pequena história com conteúdo humorístico tendo como finalidade despertar graça.
c) Serem os personagens os animais e apresentar uma lição de moral.
d) Ter como personagens objetos inanimados e apresentar uma lição de moral assim como a fábula.
e) Se uma narrativa curta de sentido alegórico e moral. Nela, há a apresentação do homem e sua vida futura e seus
meios de vivencia espiritual.
600 TESTES – Língua Portuguesa 23
202. A partir da leitura do texto é possível inferir que:
a) O tema em questão é o valor da amizade.
b) O assunto em destaque é a vaidade.
c) Cada um possui um valor específico na sociedade.
d) A abordagem da vida é feita a partir da inveja
e) As pessoas não são vaidosas.
203. “Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:” Marque a alternativa correta a respeito do
fragmento dado:
a) A primeira oração não apresenta sujeito;
b) O sujeito da segunda oração é uma agulha.
c) O predicado da primeira oração é nominal;
d) O predicado da segunda oração é verbo-nominal;
e) “de linha” é um complemento nominal de novelo.
204. Marque a opção em que todas as palavras são acentuadas obedecendo às mesmas regras.
a) História – necessário – até
b) Aí –você – até
c) Há – até – aí
d) Ágeis – elegância – experiência
e) Também – até – aí
206. Marque a opção em que está correto o comentário formulado sobre o termo destacado. “Cada qual tem o ar
que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros”.
a) Cada qual é locução adjetiva
b) O termo “que” é objeto indireto do verbo dar.
c) O segundo “a” é um termo catafórico de vida.
d) O pronome “se” é classificado como apassivador
e) O pronome pessoal obliquo “lhe” é objeto direto do verbo dar.
207. Leia o segmento “A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também...” , assinale a opção em
que as vírgulas foram empregadas pelo mesmo motivo do segmento dado.
a) “Caindo o sol, a costureira dobrou a costura...”
b) “Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se.”
c) “A costureira, que a ajudou a vestir-se,levava a agulha...”
d) “Deixe-me, senhora”.
e) “...eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição...”
208. Em “Anda, aprende, tola.”, a forma verbal encontra-se no imperativo afirmativo. Se transcrevermos o seg-
mento passando a forma verbal para a segunda pessoa do singular do mesmo modo na forma negativa,
encontraremos:
a) Não anda, não aprende, tola.
b) Não andai, não aprendei, tola.
c) Não andes, não aprendas, tola.
d) Não andes, não aprendes, tola.
e) Não ande, não aprendas, tola.
209. Em todos os fragmentos abaixo, retirados do texto, há um pronome pessoal obliquo átono. Marque a alter-
nativa em que um deles apresenta função sintática diferente das demais.
a) “Que lhe importa o meu ar?”
b) “Cada qual tem o ar que Deus lhe deu.”
c) ‘...vendo que ela não lhe dava resposta,...”
d) Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile...”
e) “Onde me espetam, fico.”
211. Assinale a opção em que a classe gramatical colocada entre parênteses ao final da frase está classificando
corretamente o termo sublinhado.
a) Como não abro caminho para ninguém, fico onde me espetam. (Conjunção Subordinativa Causal)
b) Insultaram-se como dois rivais. (Conjunção Subordinativa Conformativa)
c) Ele não só reclama como se ofende por não ir ao baile. (Conjunção Coordenativa condicional)
d) Como começou essa briga entre vocês? (Pronome indefinido)
e) Ele fez tudo como estava previsto. (Conjunção Subordinativa Comparativa)
As Melhores Mulheres pertencem aos homens mais atrevidos. Mulheres são como maçãs em árvores. As melhores
estão no topo. Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem
pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir. Assim,
as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando na verdade, ELES estão errados... Elas têm que
esperar um pouco mais para o homem certo chegar... aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore.
213. Sobre o fragmento, “Assim, as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas...” marque a alterna-
tiva correta:
a) O período é composto por coordenação.
b) O conector “que” é um pronome relativo.
c) Há uma oração com valor de objeto direto.
d) O sujeito é simples: “assim”.
e) “algo” é objeto direto do verbo pensar.
215. No fragmento “Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo...”
os termos destacados são classificados respectivamente em:
a) Pronome demonstrativo – conjunção integrante – artigo definido
b) Artigo definido – pronome relativo – pronome demonstrativo
c) Artigo definido – conjunção adverbial final – pronome demonstrativo
d) Pronome demonstrativo – pronome relativo – pronome pessoal oblíquo
e) Pronome pessoal oblíquo – pronome relativo – pronome demonstrativo
216. A respeito da flexão dos verbos, analise as opções abaixo e assinale aquela que contenha discrepância em
relação a norma gramatical.
a) Ao chegar, encontramos tudo quebrado; nem parecia que o apartamento passara recentemente por uma reforma.
b) Queremos saber toda a verdade, por mais difícil que seja lidar com ela.
c) Se Pedro saber que estamos em férias, faria de tudo para nos divertir.
d) Convém estarmos atentos a tudo que ocorre a nossa volta.
e) Trabalhamos para não morrermos de fome.
218. Assinale a opção em que o pronome oblíquo destacado apresenta um valor semântico diferente dos demais
apresentados nas outras alternativas.
a) Tremia-lhe o queixo só de pensar na altura em que estava.
b) Passou-lhe pelo rosto um lampejo de mocidade ao lembrar-se de um antigo amor.
c) Notou-lhe a fisionomia alterada depois que encontrou com a mãe dos filhos.
d) Só lhe restava encalhar naquele buraco e sumir para sempre.
e) O médico auscultou-lhe o coração e estava tudo bem.
220. Indique a opção em que a concordância NÃO está de acordo com as regras da norma culta.
a) Gosto de viajar para lugares o mais calmos possível.
b) Compramos um sofá, uma poltrona e uma cadeira antigos.
c) A maioria das pessoas espera conseguir bons empregos.
d) Um dos cientistas que estudam as famílias que chegaram ao Brasil.
e) Mais de um diretor vão pedir aumento no mês que vem.
221. Assinale a alternativa em que as palavras são acentuadas, respectivamente, pelas mesmas regras de céti-
co, história e ninguém.
a) Câmara, chapéus, você
b) Último, política, íntimos
c) Máxima, demônio, vinténs
d) Útil, epíteto, está
e) Política, ínfima, nós
224. A única alternativa que apresenta palavra com encontro consonantal e dígrafo:
a) Maliciosa
b) Psicologia
c) Folhagens
d) Bolsas
e) Criancinha
225. No segmento Eu sempre me lembro de você.” a regência do verbo lembrar foi empregada segundo a norma
culta. Esse verbo está empregado segundo o registro informal na frase:
a) Todos lembram-se da infância.
b) Tudo lembra a minha infância.
c) Eu lembro da minha infância.
d) Eu lembro-me da minha infância
e) Lembram-me os bons momentos da infância.
227. Na frase “A moça, mesmo sem se arrepender, pediu desculpas a todos que havia magoado” o SE é:
a) Índice de indeterminação do sujeito
b) Pronome apassivador
c) Parte integrante do verbo
d) Pronome pessoal reflexivo
e) Partícula expletiva
229. Entre as orações contidas no trecho “...eu achava o mundo tão interessante que não suportava...” se esta-
belece relação semântica de:
a) Conclusão d) Modo
b) Consequência e) Causa
c) Tempo
230. No segmento “...acordava às sete horas da manhã...”, o acento indicativo de crase foi corretamente empre-
gado. O acento grave é facultativo na frase:
a) Meu dia se alongava das sete as onze horas da noite.
b) Todos os dias eu brincava das sete as onze horas da noite.
c) Eu ficava até as onze horas da noite acordado.
d) Eu ouvia a ordem para ir dormir as onze horas da noite.
e) Então, as onze horas da noite eu sempre reclamava.
231. Em: Pessoas, que dirigem e à noite, quando dormem, roncam ... A oração destacada é:
a) Oração coordenada assindética
b) Oração coordenada sindética explicativa
c) Oração subordinada adverbial temporal
d) Oração subordinada adverbial concessiva
e) Oração subordinada adjetiva restritiva
233. Com referência à regência do verbo assistir, todas as alternativas estão corretas, exceto:
a) Assistimos ontem um belo filme na televisão.
b) Os médicos assistiram os feridos durante a guerra.
c) O técnico assistiu os jogadores no treino.
d) Assistiremos amanhã a uma missa de 7 ª dia.
e) Assisti em Jacarepaguá.
235. Assinale a única frase que ficará incorreta se o pronome oblíquo que está entre parênteses for colocado
depois da forma verbal destacada:
a) Seus argumentos vão convencer facilmente. (me)
b) Atualmente, fala muita coisa errada sobre ele. (se)
c) A umidade está infiltrando pelas paredes. (se)
d) Não houve jeito de localizar no meio da multidão. (te)
e) Alguns amigos haviam convidado para uma festa. (nos)
239. “ ___ com tudo aquilo que ___ realizar, sem, contudo, nos ___ demais.”
Quanto ao emprego das formas verbais, qual a alternativa que completa, correta e respectivamente, as
lacunas do período acima ?
a) Preocupemo-nos pudermos expormos.
b) Preocupamo-nos podíamos expusermos.
c) Preocuparmo-nos pudermos expusermos.
d) Preocupemo-nos pudemos expor.
e) Preocuparmo-nos pudermos expormos.
Contou-me um amigo uma história exemplar, que teria ocorrido na cidade mineira de Nova Lima, por volta dos anos 30.
Existe em Nova Lima uma importante mina de ouro - a mina de Morro Velho - que, àquela época, vivia o seu fastígio e era
propriedade de uma companhia inglesa. Os operários, nas entranhas da terra, perfuravam a rocha com suas brocas e
picaretas e, dessa forma, respiravam durante anos, nas galerias fundas, a poeira de pedra que o trabalho levantava.
Sem nenhuma proteção, os mineiros, ao fim de algum tempo, e na sua quase totalidade, contraíam a silicose, causada pelo
depósito de pó de pedra em seus pulmões desprotegidos. A silicose, além de encurtar a vida e a capacidade de trabalho,
provoca também uma tosse crônica, oca e ressoante, capaz de denunciar - à distância - a moléstia que lhe dá origem.
Nas noites de Nova Lima, quando buscava repouso, a cidade era sacudida e inquietada por uma trovoada surda e cava que,
nascendo dos casebres operários, resvalava em ondas recorrentes até as fraldas das montanhas em tomo. Era a grande
tosse dos pobres, sintoma e denúncia da silicose que os roia. Os ingleses, perturbados em seu sono e em sua boa consciência,
em vez de adotarem medidas hábeis para que a silicose cessasse, resolveram enfrentar o problema pelo exclusivo ataque ao
sintoma. Montaram em Nova Lima, com banda de música e foguetes, uma fábrica de xarope contra tosse que, ao mesmo
tempo, produzia para consumo dos colonizadores matéria-prima de refrigerantes não encontrados no País.
A fábrica andou de vento em popa, produzindo tonéis e tonéis de xarope, vendido a preço módico, mas não tão modesto que
impedisse uma pequena margem de lucro por unidade adquirida. Os ingleses, dessa forma, uniram o útil ao agradável. 0
abrandamento da grande trovoada brônquica foi transformado em fonte de renda - e sossego -, permitindo aos súditos de Sua
Majestade Britânica a boa consciência e a possibilidade de um sono reparador. A silicose, intocada, trabalhava em silêncio.
Esse modelo tragicômico pode ser aplicado, com estrita literalidade, a qualquer pretensão de combater o crime epidêmico
sem levar em conta a sua condição de sintoma, desenraizado, portanto, das causas sociais que o produzem e alimentam.
Criminalidade é efeito, é forma perversa de protesto, gerada por uma patologia social que a antecede e que é, também
ela, perversa. A criminalidade está para a patologia social assim como a tosse convulsiva está para a silicose. Sem os
filtros despoluidores da justiça social e da decência política, toda e qualquer medida contra o crime, por mais violenta e
repressiva que seja, constituirá mero recurso paliativo.
É claro que a criminalidade, enquanto sintoma, tem de ser adequadamente combatida por medidas policiais enérgicas,
tanto quanto é imperativo minorar, com remédio apropriado, a sofrida tosse do silicático. Mas que não se fique nisto, já
que o puro e simples combate ao efeito não remove - nem resolve - a causa que o produz. Ao contrário: a luta isolada
contra o efeito pode tomar-se danosa e perversa, uma vez que, destruindo sua função alertadora e denunciadora,
provoca uma cegueira perigosa, que aprofunda a raiz do mal.
(PELLEGRINO, Hélio. “Psicanálise da crinzinalidade brasileira “. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1986, p. 96.)
241. “Contou-me um amigo uma história exemplar ...” . Qual a razão de o texto não ser iniciado pelo pronome me?
a) Não se pode iniciar frase por pronome pessoal oblíquo átono.
b) Textualmente falando, tem mais importância a narração do que seu ouvinte.
c) Só se iniciam frases por palavras de conteúdo semântico mais importante.
d) Só é possível a próclise no caso de frases negativas.
e) O nível informal da linguagem do texto exige a ênclise.
243. A finalidade do emprego da forma verbal teria ocorrido na primeira frase do texto é:
a) Indicar ações e estados permanentes.
b) Exprimir a incerteza sobre fatos passados.
c) Designar ações anteriores à época em que se fala.
d) Mostrar fatos habituais do passado.
e) Denotar surpresa diante do narrado.
244. Conforme um texto vai evoluindo, vão correndo repetições de elementos. Indique o par de palavras ou
segmentos do primeiro parágrafo que não se relacionam ao mesmo referente:
a) “por volta dos anos 30” - àquela época
b) “entranhas da terra” - galerias fundas
c) “terra” - poeira
d) “rocha” - pedra
e) “perfuravam a rocha” - trabalho
No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-se ____aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas
consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo
questões de saúde pública como programas de esclarecimento e prevenção, de tratamento para dependentes e de
reintegração desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar
um drogado da nossa própria família?
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 17.09.2012. Adaptado)
250. A única alternativa que apresenta palavra com encontro consonantal e dígrafo:
a) Graciosa
b) Prognosticava
c) Carrinhos
d) Cadeirinha
e) Trabalhava
251. Nas palavras enquanto, queimar, folhas, hábil e grossa, encontramos a seguinte sequência de letras e
fonemas:
a) 8-7, 7-6, 6-5, 5-4, 6-5
b) 7-6, 6-5, 5-5, 5-5, 5-5
c) 8-5, 7-5, 6-4, 5-4, 5-4
d) 8-6, 7-6, 6-5, 5-4, 6-5
e) 8-5, 7-6, 6-5, 5-5, 5-5
252. Indique a alternativa em que todas as palavras têm a mesma classificação no que se refere ao número de
sílabas:
a) Enchiam, saíam, dormiu, noite
b) Feita, primeiro, crescei, rasteira
c) Ruído, saudade, ainda, saúde
d) Eram, roupa, sua, surgiam
e) Paralelepípedo, ônibus, pântano, cântico
254. O trecho – … a superfície gelada sofreu um derretimento nunca antes observado: a área descongelada
passou de 40 para 97%. – está corretamente reescrito em:
a) … a superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes fora observado, haja vista que a área descongelada
passou de 40 para 97%.
b) … a superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes se havia observado, como a área descongelada
passou de 40 para 97%.
c) … a superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes era observado, que a área descongelada passou de
40 para 97%.
d) ... a superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes foi observado, logo a área descongelada passou de
40 para 97%.
e) … a superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes tivera sido observado, enquanto a área descongelada
passou de 40 para 97%.
256. Na frase, Ele não escolheu para onde queria ir, desde que pudesse deixar para trás tudo o que tinha sido sua
vida até aquele momento... – a expressão em destaque introduz uma ideia de:
a) Comparação.
b) Tempo.
c) Oposição.
d) Condição.
e) Negação.
257. A frase – Depois de sete dias de viagem, e já a dez quilômetros da costa do Brasil, a tripulação desse navio, de bandeira
de Malta, descobriu o camaronês, de 28 anos. – está corretamente reescrita, com o verbo na voz passiva, em:
Depois de sete dias de viagem, e já a dez quilômetros da costa do Brasil, ...
a) O camaronês, de 28 anos, foi que descobriu a tripulação desse navio, de bandeira de Malta.
b) A tripulação desse navio, de bandeira de Malta, foi que descobriu o camaronês, de 28 anos.
c) O camaronês, de 28 anos, foi descoberto pela tripulação desse navio, de bandeira de Malta.
d) Descobriram o camaronês, de 28 anos, pela tripulação desse navio, de bandeira de Malta.
e) A tripulação desse navio, de bandeira de Malta, descobriu-se o camaronês, de 28 anos.
a) Subentende-se no trecho “na de produtos manufaturados” (L. 2) a elipse da palavra “queda” após “na”.
b) O termo “pois” (L. 2) estabelece no período uma relação de consequência.
c) O termo “quando” (L. 8) estabelece no período uma relação de condição.
d) Estaria gramaticalmente correta a redação para a linha 6: Não se podem esperar.
e) Mantém-se a correção gramatical do período e suas informações originais ao se substituir a expressão “ante o”
(L.3) por qualquer uma das seguintes: em relação ao, diante do, frente ao.
No Rio de Janeiro, uma senhora dirigia seu automóvel com o filho ao lado. De repente foi assaltada por um adolescente,
que a roubou, ameaçando cortar a garganta do garoto. Dias depois, a mesma senhora reconhece o assaltante na rua.
(Revista Veja)
260. Indique a alternativa que identifica os encontros vocálicos e consonantais presentes nos três grupos de
palavras abaixo, na mesma ordem de ocorrência em cada um deles. Os três grupos apresentam os mesmos
encontros vocálicos e consonantais, pela ordem:
I. Poema, reino, pobre, não, chove
II. Realize, perdeu, escrevê-lo, então, que
III. Dia, mais, contempla, então, lhe
a) Ditongo crescente, ditongo crescente, encontro consonantal, ditongo decrescente, dígrafo
b) Ditongo crescente, ditongo decrescente, encontro consonantal, dígrafo, encontro consonantal
c) Ditongo decrescente, hiato, dígrafo, ditongo decrescente, encontro consonantal
d) Hiato, ditongo crescente, encontro consonantal, ditongo decrescente, dígrafo
e) Hiato, ditongo decrescente, encontro consonantal, ditongo decrescente, dígrafo
264. Em “que INFELIZMENTE já havia morrido”, a palavra destacada é o resultado do acréscimo de um sufixo (-
mente) à base (-infeliz), que já é o resultado do acréscimo do prefixo (in-) à base (feliz). Observe que houve
mudanças significativas. Tanto no acréscimo de (in-) quanto no acréscimo de (-mente), que são:
a) O prefixo e o sufixo alteram a classe gramatical da base feliz.
b) O prefixo e o sufixo alteram o significado e a classe gramatical da base feliz.
c) O prefixo e o sufixo alteram o significado da base feliz, mas somente o sufixo altera a classe gramatical.
d) Não há nenhuma alteração semântica na base feliz, somente mudança da classe gramatical.
e) O prefixo e o sufixo alteram o significado da base feliz, mas somente o prefixo altera a classe gramatical.
265. Identifique a alternativa em que todas as palavras são formadas pelo mesmo processo.
a) Ataque, pureza, motorista
b) Carinhoso, encarecer, hipótese
c) Inculto, desleal, desacordo
d) Entardecer, pastora, desocupado
e) Tristeza, delicado, inútil
267. Assinale a palavra cujo espaço deve ser preenchido com x assim como mexer:
a) Ca _ imbo
b) In _ aço
c) _ inelo
d) Mo _ ila
e) En _ ada
270. Observar a oração: “O dono da loja saiu apressado”. Assinalar a alternativa em que a oração também tenha
o verbo com a mesma transitividade do que está sublinhado na frase acima:
a) Renato ajustou os pneus da bicicleta.
b) Acreditava em contos de fada.
c) Ofereceu-lhe uma ninharia.
d) Dinheiro não tinha.
e) Depois que acontecera aquela vitória.
271. Indique o trecho que constitui paráfrase das ideias essenciais do segmento transcrito abaixo:
“Os europeus do século XVI, cuja vida continuava pautada na religião e nas normas da Igreja, não haviam de todo
abandonado as antigas prescrições teológicas que condenavam os lucros advindos de empréstimos a juro, por serem
uma forma estéril de riqueza”. (Adalberto Marson)
a) Nem todos os europeus do século XVI, cuja vida permanecia adstrita às normas religiosas da Igreja, haviam
abandonado as antigas determinações teológicas de condenação aos lucros obtidos pelos agiotas, por serem uma
forma espúria de gerar riqueza.
b) Por terem abandonado as antigas restrições teológicas que condenavam os lucros provenientes de juros de
empréstimos, consideradas uma forma improdutiva de riqueza, os europeus do século XVI continuavam a pautar
sua vida na religião e nas normas da Igreja.
c) Seguindo as normas religiosas e cristãs, os europeus de seiscentos não haviam abandonado completamente os
antigos preceitos teológicos de obtenção de riqueza através da forma estéril de empréstimos a juros.
d) Obter riqueza por meio da usura era prática condenada pelas antigas prescrições teológicas, cuja religião e normas
da Igreja os europeus do século XVI não haviam de todo abandonado.
e) Continuando a manter sua vida pautada na religião e nas normas da Igreja, os europeus quinhentistas respeitavam
as antigas determinações teológicas segundo as quais os lucros obtidos a partir de empréstimos a juro mereciam
condenação, por constituírem uma forma improlífica de riqueza.
276. A substituição de uma palavra grifada pela outra implica mudança de significado:
a) Todos os alunos da turma traziam no peito dizeres relativos ao sexo.
Todos os alunos da turma traziam ao peito dizeres relativos a sexo.
b) Todos os alunos da turma correram à escola em busca de informações sobre a decisão da jovem.
Todos os alunos da turma correram a escola em busca de informações sobre a decisão da jovem.
c) Todos os alunos da turma entraram em férias com interrogações sobre a atitude da jovem.
Todos os alunos da turma entraram de férias com interrogações sobre a atitude da jovem.
d) Todos os alunos da turma foram em busca de informações sobre sexo.
Todos os alunos da turma foram à busca de informações sobre sexo.
e) Todos os alunos da turma falavam - se ao telefone sobre a conduta sexual do jovem
Todos os alunos da turma falavam - se pelo telefone sobre a conduta sexual do jovem
278. As formas verbais sublinhadas em “Gente que conhecia havia milhares de anos o pedaço” e “Naquele
momento, havia dois modos de olhar as coisas” podem ser substituídas, respectivamente, por:
a) Faziam e existiam;
b) Fazia e existia;
c) Haviam e existia;
d) Fazia e existiam;
e) Haviam e existiam.
01 A capital de Roraima cresceu às margens do rio Branco. O marco da cidade é a estátua de um garimpeiro e sua
bateia, erguida na praça central. Entre os políticos e comerciantes locais, a grande preocupação é lidar com os 70%
de área protegida do estado, terra indígena ou reserva ecológica, segundo eles, o maior entrave para desenvolver
a região. Mas, até recentemente, Boa Vista sequer contava com energia elétrica regular, que era produzida por
05 gerador a dísel.
282. Seria correto substituir a expressão “O marco da cidade”, na linha 1, por Cujo o marco.
283. As expressões “a região”, na linha 4, e “energia elétrica regular”, na linha 4, são, respectivamente, objeto indireto e
objeto direto.
“Uma das indicações de fragilidade que merece destaque no campo das organizações político-partidárias brasileiras é a
mobilidade dos políticos de um partido para outro. No Brasil, a ganância e a ambição orienta nossos representantes a essa
prática. Quem de nós aceita essa variação com tranquilidade? Os Estados Unidos exemplificam a política presidencialista:
trata-se a política com seriedade e lá, com certeza, nem um nem outro político sérios procederiam como os brasileiros.”
(Paulo Martinez)
285. Se em vez de “... trata-se a política com seriedade”, usássemos “... a política é tratada com seriedade...”, não
haveria alteração semântica no texto.
286. A redação: “... nem um nem outro político sério procederia como os brasileiros.”, corrige erro cometido no texto.
287. “Por causa da infidelidade partidária; no Brasil, somos nós quem pagamos a conta.” Isso não consta do texto, mas
é sintaticamente correto.
288. “Nos Estados Unidos, quase não se assistem mudanças intempestivas de partido, por parte de seus deputados
e senadores.”, essa frase não contém erro gramatical e poderia fazer parte do texto.
290. Entre as formas de organização da fila, o autor considera o sorteio a mais justa e eficaz, por não privilegiar ninguém.
291. Na lista das pessoas que estarão esperando, há três pares que se aproximam por serem parcialmente semelhantes
quanto ao nome, mas que de alguma forma se opõem.
293. A ética não é mais, efetivamente, do que a tentativa feita pelo ser racional, de averiguar-se em função de como viver melhor.
294. Sabe-se: a gente deve ser justos com os semelhantes; isso por que parte da arte de conviver no lugar do próximo,
tem haver com o senso de justiça.
295. Em que pesem algumas pessoas considerarem que a ética serve só e essencialmente para repreenderem os
outros; em verdade, serve para tentarmos melhorar a nós mesmos.
QUE SEDE!
01 Água potável a bordo de uma nave espacial é um problema. Nas missões Gemini e Apollo, o hidrogênio e o oxigênio
eram misturados para gerar eletricidade e, de quebra, produzir água. Esse processo acontecia dentro de células de
combustível. Mas esse esquema não funcionaria para missões muito longas, já que precisaria de quantidades
proibitivas das duas substâncias. Para viagens de meses, tem-se testado a ideia de reciclar a água usada ou a de
05 destilar a urina dos astronautas. Em um teste recente, um grupo de dois homens e duas mulheres viveram seis
meses dentro de uma câmara fechada, simulando um voo a Marte. O tempo todo eles beberam água reciclada
extraída da urina. A ideia pode parecer repugnante, mas a água destilada é quimicamente pura.
Terra, set./2003 (com adaptações).
Acerca das ideias e das estruturas do texto acima, julgue os itens a seguir.
296. A expressão “Esse processo” (L.2) refere-se à geração de eletricidade e água.
297. O tempo verbal na expressão “não funcionaria” (L.3) indica que a ideia da expressão seguinte representa uma
hipótese ou uma possibilidade.
298. A forma verbal “precisaria” (L.3) está no singular para concordar com “esquema” (L.3).
299. No texto, o sentido da palavra “proibitivas” (L.4) corresponde a enormes, demasiadamente grandes.
301. É correto concluir que, nas missões Gemini e Apollo, produzir água era o objetivo principal.
302. A forma verbal “tem-se” (L.4) está grafada sem acento porque está no singular.
303. Mantêm-se os sentidos e a correção do texto ao inserir “Durante” antes da expressão “O tempo todo” (L.6), desde
que seja feito o devido ajuste referente ao uso de letra minúscula em “O”.
304. O pronome “eles” (L.6) refere-se a “dois homens e duas mulheres” (L.5).
305. A ideia que “pode parecer repugnante” (L.7) é a de beber “água reciclada extraída da urina” (L.6/7).
36 600 TESTES – Língua Portuguesa
Quanto à concordância, julgue os fragmentos de texto contidos nos itens a seguir.
306. O projeto recuperou quatro galpões que são a base da Estação das Docas.
308. A Estação das Docas recebe cerca de quatro mil visitantes por dia. Aos sábados e domingos, são sete mil pessoas
que percorrem esse espaço.
309. São 40 shows semanais, que reúnem até 200 músicos para um público de 14 mil pessoas, das quais, em média,
duas mil visitam diariamente as exposições na Galeria da Estação.
310. As agências parece não acreditarem no volume de viagens que vão fazer.
Considerando a sintaxe de concordância e o emprego do sinal indicativo de crase, julgue os itens subsequentes.
311. Os urubus solicitaram as demais aves que apresentassem as comprovações dos cursos feitos, bem como mostras-
se a carta de aprovação em concursos.
312. É considerada um desrespeito a uma ordem estabelecida a audácia de espalhar lindas melodias em terra de desafinados.
313. No que tange à lutas de classes, o texto informa que as privilegiadas deterão hegemonia frente às mais fracas.
Frequentemente, a análise do crime inclui uma série de reflexões e comentários que ultrapassam, em muito, o ato
delituoso em si; são questões que envolvem a ética, a moral, a psicologia e a psiquiatria simultaneamente. Sempre há
alguém atrelando ao criminoso traços e características psicopatológicas ou sociológicas.
A despeito dos recentes conhecimentos da neurociência, a maioria das pesquisas não encontrou uma associação entre
patologias psíquicas e risco de se cometer crime de grande violência, ou encontrou apenas uma discreta associação,
estatisticamente insignificante.
Com relação ao texto acima e a aspectos relevantes que o tema suscita, julgue os itens subsequentes.
314. Ao se substituir a expressão “A despeito dos” (L.6) por Em detrimento dos, a informação do texto modifica-se e há
prejuízo para a coerência textual.
315. A direção argumentativa do texto leva a concluir que atos criminosos violentos estão significativamente mais asso-
ciados a psicopatas do que a pessoas consideradas normais na população em geral.
316. Em “...a analise do crime...” o termo destacado é paciente em relação à palavra “analise” e exerce a função sintática
de adjunto adnominal.
Quanto à correção gramatical, julgue os fragmentos de texto contidos nos itens que se seguem, adaptados dos
autores indicados.
317. A fome e a guerra não obedecem a qualquer lei natural; são, na realidade, criações humanas. (Josué de Castro)
318. A guerra, a princípio, é a esperança de que a gente vai se dar bem, em seguida, é a expectativa de que o outro vai
se ferrar, depois, a satisfação de ver que o outro não se deu bem e finalmente, a surpresa de ver que todo mundo se
ferrou. (Karl Kraus)
319. Por que o mundo cria inquietações para si próprio? Todas as estradas levam ao mesmo lugar. Todos os pensamen-
tos, às mesmas conclusões. Por que o mundo cria inquietações para si próprio? (Confúcio)
320. Qualquer coisa que encorage o crescimento de laços emocionais serve contra as guerras. (Sigmund Freud)
SÍNDROME DE SURI
RIO DE JANEIRO – Temo estar perdendo maravilhas, mas nunca vi um filme com Katie Holmes. Sei que é mulher de um
ator chamado Tom Cruise, de quem também só assisti a “De Olhos Bem Fechados”, por causa do diretor Stanley Kubrick,
e que o casal tem uma filha de 3 anos, Suri, que vive saindo na mídia por usar sapatos de salto alto, tomar vinho tinto e
ter seu próprio cartão de crédito.
Holmes e Cruise devem ter suas razões – despreparo, carreirismo ou deslumbramento – para permitir tal precocidade na
biografia da filha. Nas reportagens sobre Suri, os ortopedistas alertam para o fato de que saltos altos são incompatíveis
com uma estrutura óssea cuja formação, segundo eles, só se completará aos 12 ou 13 anos. Além de serem uma
garantia de dores, calos e joanetes para Suri e, na vida adulta, de pernas curtas e dificuldade para caminhar. Esses
alertas, pelo visto, caem no vazio.
600 TESTES – Língua Portuguesa 37
O problema não se limita a Hollywood ou a filhos de pais famosos. No Brasil, talvez mais que em outros países, há meninas
entre 3 e 10 anos com hora marcada no salão para depilar a sobrancelha, aplicar “luzes” no cabelo ou fazer tratamento
contra celulite. Toda garota quer se parecer com a mãe, é normal. O problema é quando os fabricantes de cosméticos,
sutiãs etc. assumem o controle dessa estética infantil e passam a impô-la às crianças com a conivência das mães.
O humanista americano Neil Postman (1931-2003) alertou para esse problema num grande livro de 1982, “O Desapare-
cimento da Infância” (há versão brasileira, pela editora Graphia). Todas as previsões de Postman se confirmaram: sem
saber, estamos gerando crianças-adultos, que dificilmente chegarão à maturidade.
(Folha de S.Paulo, 14.12.2009)
321. Para analisar o assunto, que denomina de Síndrome de Suri, o autor se vale da:
a) Atuação da filha do casal Holmes e Cruise, em geral bem avaliada pela mídia.
b) Admiração pelo diretor Stanley Kubrick, que dirigiu Holmes e Cruise.
c) Lembrança dos filmes de Holmes, que admira pela competente atuação.
d) Exposição, na mídia, da filha do casal de atores Holmes e Cruise.
e) Vida profissional de Holmes e Cruise, que eximem a filha da exposição pública.
322. De acordo com o ponto de vista do autor, o comportamento adulto vivido na infância é uma realidade que:
a) Caracteriza os excessos das celebridades.
b) Foi criada pela indústria cinematográfica norte-americana.
c) É comum a muitas crianças, filhas de famosos ou não.
d) Se mostra saudável para a vida social das crianças.
e) Expressa amadurecimento das relações entre pais e filhos.
325. Na frase – ... os fabricantes de cosméticos, sutiãs etc. assumem o controle dessa estética infantil e passam
a impô-la às crianças com a conivência das mães. – entende-se que as mães:
a) Não se opõem à ação dos fabricantes.
b) Questionam a ação dos fabricantes.
c) Não permitem a exposição das filhas.
d) Atrapalham a ação dos fabricantes.
e) Desenvolvem a criticidade das filhas.
328. “Está fechada a pousada em cujas instalações passamos ótimos dias”. O pronome relativo da frase é sinta-
ticamente um:
a) Agente da passiva d) Sujeito
b) Adjunto adnominal e) Predicativo
c) Adjunto adverbial de lugar
331. As ideias abaixo formam um texto coerente, mas estão fora da ordem em que aparecem no original.
1. Acaba convencendo os pais a apostar em seu desejo.
2. Depois de comprado todo aquele aparato – uniforme, touca, roupão, sapatilhas –, são os pais que forçam os filhos
a continuar, para não jogar o dinheiro fora.
3. O prazer da competição, associado à idéia de que o filho é bom no que faz, pode levar os pais a desconsiderar
sinais importantes na criança.
4. A primeira delas é a insistência dos filhos para começar novas atividades.
5. Nesses casos, o esforço para criar o atleta mirim pode ser, com perdão do trocadilho, um autêntico gol contra.
6. Outra cilada muito comum é o orgulho que os pais sentem ao ver os filhos nas quadras.
7. É preciso cuidado para não cair em algumas armadilhas.
8. Nessa fase, a criança quer aprender um pouco de tudo.
Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta de estruturação dessas idéias em um texto.
a) 5 – 7 – 3 – 4 – 6 – 1 – 2 – 8.
b) 7 – 4 – 5 – 3 – 6 – 8 – 1 – 2.
c) 7 – 5 – 4 – 1 – 8 – 3 – 2 – 6.
d) 7 – 4 – 8 – 1 – 2 – 6 – 3 – 5.
e) 8 – 2 – 7 – 4 – 5 – 3 – 6 – 1.
333. Cientistas em todo o mundo dedicam-se ____ pesquisas com células-tronco, destinadas ____ combater certas
doenças degenerativas, que trazem sofrimento ____ uma grande parte da população.
As lacunas da frase apresentada estão corretamente preenchidas por:
a) à – a – a
b) à – à – a
c) a – a – a
d) a – à – à
e) a – a – à
338. Transpondo-se para a voz ativa a frase Seu corpo nunca fora tocado por um homem, a forma verbal resul-
tante será:
a) Tinha sido tocado.
b) Teriam tocado.
c) Tocaria.
d) Teria sido tocado.
e) Tocara.
339. O verbo sublinhado que está na voz passiva com pronome apassivador (voz passiva sintética) é:
a) Esperou-se por dias melhores naquele casamento.
b) As crianças se feriram ao pularem do muro alto.
c) Elas se amam por razões misteriosas.
d) Escrevem-se cartas de amor a qualquer hora.
e) Todos se queixaram da nova medida provisória.
340. Assinale a opção em que a colocação do pronome pessoal átono é INACEITÁVEL em relação à norma culta:
a) Vê-lo-ei na próxima semana.
b) Pretendia dizer-lhe que o amo muito.
c) Podes-me emprestar uma camisa esporte?
d) O povo tinha dado-lhe um voto de confiança.
e) Nunca o vimos tão feliz como hoje.
343. “...os sentimentos para receber a chegada de um amor,...” A função sintática da palavra sublinhada no
período acima é:
a) Complemento nominal d) Objeto indireto
b) Adjunto adnominal e) Sujeito
c) Adjunto adverbial
344. A oração “Assim como deixamos abertas as portas e disponíveis os sentimentos...” é classificada como:
a) Oração coordenada assindética
b) Oração subordinada adverbial causal
c) Oração absoluta
d) Oração principal
e) Oração subordinada adverbial concessiva
347. Seguem a mesma regra de acentuação gráfica todos os vocábulos da seguinte alternativa:
a) É – aí – até.
b) Século – céu – café.
c) Dominó – têxtil – exigência.
d) Destruíram – baía – heroísmo.
e) Moléculas – máquinas – órfãos.
348. O vocábulo destacado está em DESACORDO com o registro culto e formal da língua, quanto à flexão de
gênero ou número, em:
a) Havia menas ilusões no seu comportamento.
b) É necessário calma para falar do outro.
c) Entre mim e você há divergências bastantes.
d) Ela permanecia meio preocupada consigo mesma.
e) Como falavam mal de todos, ficavam sós.
350. Assinale a sentença em que a concordância verbal está correta, de acordo com a norma culta da língua.
a) Aconteceu muitos fatos importantes no último fim de semana.
b) Existe desportistas que usam roupas bem coloridas.
c) A maioria das crianças gosta de brincar de corrida.
d) Até pouco tempo, não haviam muitas pesquisas sobre o modo de correr dos animais.
e) O tempo bom e a temperatura amena da manhã convida a uma corrida ao ar livre.
352. Assinale a alternativa correta quanto à regência, tendo por referência a substituição da primeira pessoa (eu)
pela terceira (o jornalista).
a) Falando baixinho, a mulher informou o jornalista que haveria um imprevisto no dia seguinte.
b) Falando baixinho, a mulher informou ao jornalista de que haveria um imprevisto no dia seguinte.
c) Falando baixinho, a mulher informou o jornalista de que haveria um imprevisto no dia seguinte.
d) Falando baixinho, a mulher informou ao jornalista sobre que haveria um imprevisto no dia seguinte.
e) Falando baixinho, a mulher informou o jornalista em que haveria um imprevisto no dia seguinte.
354. O verbo indicado entre parênteses adotará obrigatoriamente uma forma do plural para preencher de modo
correto a lacuna da frase:
a) Foi nos anos 80 que ____ (ocorrer) a pesquisa dos estudiosos americanos.
b) ____ (resultar) do excesso de exercícios algumas complicações para a nossa vida.
c) Mesmo quando ____ (prejudicar-se) com os excessos, o atleta compulsivo os comete.
d) ____ (acarretar) uma série de malefícios essa ginástica feita de modo compulsivo.
e) Quando ____ (praticar) tantos exercícios, o atleta compulsivo não avalia os efeitos.
357. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, o pronome NÃO substitui as palavras destacadas:
a) Concluído o novo prédio, assistimos à sua inauguração. Assistimos a ela.
b) Ele aspira o ar puro da manhã. Ele aspira-o.
c) O juiz obedece ao código penal. O juiz obedece-lhe.
d) O governo assiste os flagelados. O governo assiste-lhes.
e) Informamos aos alunos o dia da prova. Informamos-lhes.
360. No trecho “ou ‘lobistas’ de um outro tipo de tráfico” foi empregada corretamente a palavra destacada, a qual
poderia ter sido confundida com a forma parônima tráfego. Das frases abaixo, aquela em que a lacuna deverá
ser preenchida pela segunda palavra posta entre parênteses, e não pela primeira como nas demais, é:
a) Só uma figura ____, que gozasse de prestígio, poderia resolver-lhe o problema. (eminente / iminente);
b) Recentemente, ____, no cenário político brasileiro, muitos escândalos. (emergiram / imergiram);
c) O réu procurou agir com ____, para não se comprometer. (descrição / discrição);
d) O Presidente do Tribunal ____ o pedido do candidato. (deferiu / diferiu);
e) O Juiz resolveu ____ o prazo concedido ao advogado. (dilatar / delatar).
362. Na frase, Este é o perfume de que mais gosto, a palavra que é classificada morfologicamente como:
a) Substantivo
b) Advérbio
c) Pronome relativo
d) Preposição
e) Conjunção subordinada
364. Ele sempre demonstrou animosidade para com os mais jovens, sobretudo quando estes, inadvertidamente, dis-
põem-se a falar sobre temas tidos como polêmicos.
Os termos sublinhados poderiam ser substituídos, sem prejuízo para o sentido da frase, por, respectivamente.
a) Impaciência, descuidadamente e improcedentes.
b) Intolerância, apressadamente e incontroversos.
c) Boa vontade, pressurosamente e delicados.
d) Tolerância, inocentemente e indevassáveis.
e) Má vontade, irrefletidamente e controversos.
367. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento dos parênteses:
a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ____ (tachas-taxas);
b) Sílvio ____ na floresta para caçar macacos (imergiu-emergiu);
c) Para impedir a corrente de ar, Luís ____ a porta (cerrou-serrou);
d) Bonifácio ____ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava);
e) Quando foi realizado o último ____? (censo-senso).
371. O pleonasmo é a reiteração de uma mesma ideia por meio de uma superabundância ou repetição de pala-
vras. Quando este recurso nada acrescenta e pode resultar de uma ignorância do sentido exato da palavra,
temos um pleonasmo vicioso. Indique, dentre as seguintes alternativas, aquela em que o termo destacado
pode ser considerado um pleonasmo vicioso.
a) Passagens, quero-as comigo!
b) A plateia gostou do principal protagonista.
c) Sei de uma criatura antiga formidável.
d) Como são charmosas as primeiras rosas.
e) Os altares eram humildes e solenes.
377. “Apesar de usar o mesmo uniforme de todos, este lhe cai melhor”.
“Sabe razoavelmente as aulas sem que aparentemente jamais abra um livro”.
Em ambas as frases está implícita a ideia de:
a) Proporção
b) Comparação
c) Concessão
d) Causa
e) Oposição
378. Sabendo-se que solecismo são desvios indevidos de regência concordância e colocação, indique a alterna-
tiva que não apresenta nenhuma desses desvios, segundo a norma culta:
a) Liliana, te amo perdidamente.
b) Quando saírem com nós, talvez nos contem o caso.
c) As meninas não devem se preocupar com a maquiagem.
d) Entre mim e você, sempre houve compreensão.
e) Esta revista é para mim ler.
383. Quanto ao gênero, qual alternativa apresenta, respectivamente, um substantivo sobrecomum e um comum
de dois?
a) Artista, pessoa
b) Estudante, tatu
c) Dentista, aluno
d) Criança, colega
e) Onça, barão
384. Classifique os pronomes em destaque: É preciso muito tato para dizer tal coisa.
a) Relativo; indefinido
b) Indefinido; possessivo
c) Indefinido; demonstrativo
d) Relativo; possessivo
e) Relativo; demonstrativo
385. Assinale a alternativa em que, pluralizando-se a frase, as palavras destacadas permanecem invariáveis.
a) Este é o meio mais exato para você resolver o problema: estude só.
b) Meia palavra, meio tom — índices de sua sensatez.
c) Estava só naquela ocasião; acreditei, pois, em meia promessa.
d) Passei muito inverno só.
e) Só estudei o elementar, o que me deixa meio apreensivo.
386. Assinale a alternativa que substitui corretamente a oração em destaque no seguinte período:
O presidente fez um pronunciamento político ontem à noite, falando cerca de dez minutos.
a) Porque falou cerca de dez minutos.
b) Quando falou cerca de dez minutos.
c) Posto que falou cerca de dez minutos.
d) Porquanto falou cerca de dez minutos.
e) Entretanto falou cerca de dez minutos.
“A vida é curta, quebre regras, perdoe rapidamente, beije demoradamente, ame verdadeiramente, ria incontrolavelmen-
te, e nunca deixe de sorrir, por mais estranho que seja o motivo.
A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas enquanto estamos aqui, devemos dançar...”
(Autor Desconhecido)
388. Há no segmento, várias formas verbais no imperativo. Se reescrevermos o fragmento destacado no impera-
tivo negativo teremos:
a) Não quebre regras, não perdoe rapidamente, não beije demoradamente, não ame verdadeiramente, não ria incon-
trolavelmente, e nunca deixe de sorrir.
b) Não quebres regras, não perdoes rapidamente, não beijes demoradamente, não ames verdadeiramente, não rias
incontrolavelmente, e nunca deixes de sorrir.
c) Não quebra regras, não perdoa rapidamente, não beija demoradamente, não ama verdadeiramente, não ria incon-
trolavelmente, e nunca deixa de sorrir.
d) Não quebra regras, não perdoas rapidamente, não beijes demoradamente, não ames verdadeiramente, não ri in-
controlavelmente, e nunca deixai de sorrir.
e) Quebra regras, perda rapidamente, beija demoradamente, ama verdadeiramente, ri incontrolavelmente, e deixa de sorrir.
Trabalho demais, agenda cheia, internet, celular e carros que chegam a mais de 200km/h transformam o homem moder-
no numa espécie de Coelho Branco de Alice no país das Maravilhas. Sempre apressado, eternamente atrasado. E
doente. Literalmente. A velocidade, símbolo do desenvolvimento tecnológico e de um modo de produção e consumo
cada mais vorazes, criou um sentimento de urgência que poucos conseguem administrar. Se é que conseguem mesmo.
O resultado é um novo mal que é a cara do nosso tempo: a doença da correria, uma espécie de superestresse que foi
descrito pelo médico americano Larry Dossey como uma resposta ao fato de o nosso relógio interno ter virado o relógio
de pulso e o despertador.
Iniciativas que privilegiam o bem-estar, a simplicidade, a tradição local, o resgate da história e a hospitalidade começam
a pipocar pelo globo. Esse é o começo de uma revolução cultural, uma mudança radical na forma como vemos o tempo
e como lidamos com a velocidade e a lentidão.
In. Galileu, Out/2005, p.43 (com adaptações)
392. A expressão “Esse é o começo” refere-se à ideia inicial do texto, expressa por “Trabalho demais, agenda cheia”.
393. “Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez que a sua missão é prestar um serviço
público.”
Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do texto ao se
substituir “uma vez que” por qualquer um dos termos a seguir: porque, porquanto, já que, visto que, conquanto.
394. “O cenário econômico otimista levou os empresários brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de traba-
lho nos últimos cinco anos.”
No trecho acima, a partícula “a” ocorre tanto como preposição quanto como artigo: a primeira ocorrência é uma
preposição exigida pelo emprego do verbo “levou”; a segunda ocorrência é um artigo que determina “formalização”.
Nossos projetos de vida dependem muito do futuro do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é obra do acaso
ou da fatalidade. Uma nação se constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às vezes, até violentos
— entre grupos com visões de futuro, concepções de desenvolvimento e interesses distintos e conflitantes.
Para muitos, os carros de luxo que trafegam pelos bairros elegantes das capitais ou os telefones celulares não constitu-
em indicadores de modernidade.
Modernidade seria assegurar a todos os habitantes do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício dos
direitos democráticos. Por isso, dão mais valor a um modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população
alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo, bibliotecas, parques públicos. Modernidade, para os que
pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça; são instituições públicas
sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões econômicas.
Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.).
Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).
Considerando a argumentação do texto acima bem como as estruturas linguísticas nele utilizadas, julgue os
itens a seguir.
395. Mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no qual”.
396. Infere-se da leitura do texto que o futuro de um país seria “obra do acaso” se a modernidade não assegurasse um
padrão de vida democrático a todos os seus cidadãos.
397. Para evitar o emprego redundante de estruturas sintático-semânticas, como o que se identifica no trecho “Uma
nação se constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos”, poder-se-ia unir as ideias em um só período
sintático — Uma nação se constrói no meio de embates —, o que preservaria a correção gramatical do texto, mas
reduziria a intensidade de sua argumentação.
399. O trecho “os que pensam assim” retoma, por coesão, o referente de “muitos”, bem como o sujeito implícito da
oração “dão mais valor a um modelo de desenvolvimento”.
400. O emprego do sinal de ponto-e-vírgula, no último período sintático do texto, apresenta a dupla função de deixar
claras as relações sintático-semânticas marcadas por vírgulas dentro do período e deixar subentender “Modernida-
de” como o sujeito de “é sistema”, “são instituições” e “é o controle”.
A visão do sujeito indivíduo — indivisível — pressupõe um caráter singular, único, racional e pensante em cada um de
nós. Mas não há como pensar que existimos previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em teias e
tensões relacionais que conformarão nossas capacidades, de acordo com a sociedade em que vivemos. A sociologia
trabalha com a concepção dessa relação entre o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe é: como nos
fazemos e nos refazemos em nossas relações com as instituições e nas relações que estabelecemos com os outros?
Não há, assim, uma visão de homem como uma unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. Estaríamos
envolvidos, constantemente, em tramas complexas de internalização do “exterior” e, também, de rejeição ou negociação
próprias e singulares do “exterior”. As experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que
determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir.
Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).
Julgue os seguintes itens, a respeito das estruturas linguísticas e do desenvolvimento argumentativo do texto acima.
401. Ao ligar dois períodos sintáticos, o conectivo “Mas” introduz a oposição entre a ideia de um sujeito único e indivisível
e a ideia de um sujeito moldado por teias de relações sociais.
402. A inserção do sinal indicativo de crase em “existimos previamente a nossas relações sociais” preservaria a correção
gramatical e a coerência do texto, tornando determinado o termo “relações”.
403. Para se evitar a sequência “nós nos”, o pronome átono poderia ser colocado depois da forma verbal “fazemos”, sem
que a correção gramatical do trecho fosse prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas.
404. O emprego do sinal de dois-pontos anuncia que uma consequência do que foi dito é explicitar a pergunta proposta
pela sociologia.
405. O emprego das aspas em algumas palavras do texto ressalta, no contexto, o valor significativo não usual desses termos.
406. O uso da forma verbal flexionada na primeira pessoa do plural “Estaríamos” inclui autor e leitores no desenvolvi-
mento da argumentação, de tal modo que seria coerente e gramaticalmente correto substituir “o homem vai adqui-
rindo” por vamos adquirindo, no período seguinte.
407. A flexão de plural em “próprias e singulares” estabelece relações de coesão tanto com “rejeição” quanto com “nego-
ciação” e indica que esses substantivos têm referentes distintos e não podem ser tomados como sinônimos.
408. Na oração “Segue anexa a nota editorial.”, foi atendida regra de concordância nominal, visto que o adjetivo “anexa” está
no feminino para concordar com a expressão no feminino “a nota editorial”, que exerce a função de sujeito da oração.
409. Na oração “Há vinte meses que o Decreto foi revogado”, a forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída
por Faziam.
410. O fecho “Atenciosamente” deve ser empregado para saudar autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.
411. Embaixadores, secretários de estado dos governos estaduais e auditores da justiça militar estão entre as autorida-
des que devem ser tratadas por Vossa Excelência.
412. Nas comunicações oficiais dirigidas a um ministro de Estado, deve-se empregar o tratamento “Senhor Ministro”.
413. No padrão ofício, sempre que o destinatário ocupar o cargo superior do órgão, o fecho do expediente deve conter
saudação como a seguinte: Reitero a Vossa Excelência meus protestos de elevada estima e sincera consideração.
414. A introdução dos avisos e ofícios que encaminham documentos deve-se iniciar com a informação do motivo da
comunicação, seguindo-se os dados completos do documento que está sendo encaminhado, como mostra o exem-
plo a seguir: Encaminho, anexa, para conhecimento, cópia do Memorando n.º 17, de 25 de abril de 2009, do
Departamento de Recursos Humanos, que trata da licença do servidor Fulano de Tal.
416. O memorando, por se tratar de um documento de comunicação interna no âmbito institucional, permite o uso de
expressões da escrita cifrada, como vc em lugar de você, por exemplo.
417. Caso seja retirado o acento grave no trecho “em oposição à exploração”, mantêm-se a correção gramatical e o
sentido da frase.
418. Por ser constituída de substantivos femininos, a expressão “cara a cara” pode ser corretamente grafada, no texto,
também como cara à cara.
419. Os vocábulos “impressa” e “entregue” são particípios irregulares dos verbos imprimir e entregar, respectivamente;
tais verbos admitem, também, as formas participiais regulares: imprimido e entregado.
A TERRA
Ao sobrevir das chuvas, a terra (...) transfigura-se em mutações fantásticas, contrastando com a desolação anterior. Os vales
secos fazem-se rios. Insulam-se os cômoros escalvados, repentinamente verdejantes. A vegetação recama de flores, cobrin-
do-os, os grotões escancelados, e disfarça a dureza das barrancas, e arredonda em colinas os acervos de blocos disjungidos
– de sorte que as chapadas grandes, intermeadas de convales, se ligam em curvas mais suaves aos tabuleiros altos.
Cai a temperatura. Com o desaparecer das soalheiras anula-se a secura anormal dos ares. Novos tons na paisagem: a
transparência do espaço salienta as linhas mais ligeiras, em todas as variantes da forma e da cor.
Dilatam-se os horizontes. O firmamento, sem o azul carregado dos desertos, alteia-se, mais profundo, ante o expandir
revivescente da terra. E o sertão é um vale fértil. É um pomar vastíssimo, sem dono.
Depois tudo isto se acaba. Voltam os dias torturantes; a atmosfera asfixiadora; o empedramento do solo; a nudez da
flora; e nas ocasiões em que os estios se ligam sem a intermitência das chuvas – o espasmo assombrador da seca.
A natureza compraz-se em um jogo de antíteses.
Euclides da Cunha. Os sertões: campanha de Canudos. 31.a ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 1982, p. 37-8.
421. Considerando o último período do texto, assinale a opção em que a variação estabelecida não corresponde
a uma das antíteses do texto.
a) “vales secos” versus “rios”
b) “cômoros escalvados” versus ilhas verdejantes
c) “blocos disjungidos” versus colinas arredondadas
d) “sertão” versus vasto pomar
e) convales escancelados versus “intermitência das chuvas”
423. Os termos destacados no segmento “Os vales secos fazem-se rios. Insulam-se os cômoros escalvados,
repentinamente verdejantes”, são sintaticamente classificados, na ordem em que aparecem em:
a) Sujeito e objeto direto d) Complemento nominal e aposto
b) Predicativo e sujeito e) Sujeito e sujeito
c) Predicativo e objeto direto
429. Indique qual item apresenta erro quanto ao emprego do por que, por quê, porque e porquê.
a) Por que viemos à aula hoje?
b) E agora, você está reclamando por quê?
c) Explique-me o porque de sua revolta.
d) Por que temos que esperar os outros?
e) Torcemos porque fossem felizes no casamento.
Quem se dedicar hoje a ler todos os livros, manuais e artigos sobre o que é ser um “bom profissional” certamente vai
desistir de tentar qualquer emprego. Em primeiro lugar, as descrições que encontramos são sempre de “super-homens”,
que nunca têm estresse, não se cansam, são capazes de infinitas adaptações, nunca brigam com a família... Ou seja,
não é descrição de gente.
Em segundo lugar, o conjunto dessas fórmulas é francamente contraditório. O que uns dizem que é bom outros acham
que não. É como se cada autor, cada consultor, cada articulista pegasse uma ideia, transformasse em regra e quisesse
aplicá-la a todos os seres humanos, de qualquer sexo e de qualquer cultura.
Não é preciso muita sociologia para perceber que esse emaranhado todo, ao pretender indicar o bom caminho para
o profissional, desenha uma espécie de “tipo ideal” de trabalhador para as necessidades do mercado. E como o
próprio mercado é todo cheio de ambiguidades e necessidades que são contrárias umas às outras, o que sobra para
nós é uma grande perplexidade.
................................................................................................................................................................................................................
Então que tal parar um pouco de pensar no mercado e pensar em você mesmo? Qual é o “algo a mais” que você, com
sua personalidade, suas aptidões, seu jeito de ser, qual é esse “algo” que você pode desenvolver? É preciso saber que
formação é a mais adequada para você, não a formação mais adequada para o mercado.
As diferentes cartilhas, as diversas teorias, as fórmulas mágicas servem apenas para tentar conduzir todo mundo para o
mesmo lugar. O desafio é sair desse lugar e se tornar alguém incomum, de acordo com seus desejos e interesses. Então,
não será apenas uma questão de “empregabilidade”, como dizem, mas de vida.
Pode até não parecer, mas nós somos seres humanos, com dignidade. No mercado, há obviamente mercadorias, sim-
plesmente com preço. E fazer o melhor por si mesmo, e não pelo mercado, é algo que não tem preço.
(In: FOLHA DE SÃO PAULO - Especial: Empregos, 22 de abril de 2001 – p.10 – texto adaptado)
436. A crítica do autor dirige-se às publicações que, para vender a imagem do “bom profissional”, apresentam
orientações:
a) Extraordinárias e incoerentes com o mercado.
b) Inaceitáveis e muito cheias de regras.
c) Extravagantes e indiferentes à cultura de cada um.
d) Irrealizáveis e incompatíveis entre si.
e) Enganadoras e pouco criativas.
437. Com a expressão “super-homens” (linha 03), o autor tem a intenção de:
a) Fazer alusão ao potencial extraordinário das pessoas que buscam o constante aperfeiçoamento profissional.
b) Ressaltar a admiração que os modelos de profissional apresentados pelos manuais despertam no leitor.
c) Evidenciar a distância entre o que se recomenda nos livros e o que, de fato, as pessoas conseguem ser.
d) Incitar os futuros profissionais a se equipararem com os heróis modernos.
e) Reforçar a necessidade de preparação para que os jovens possam acompanhar, com um mínimo de segurança, os
“vôos” do mercado.
439. A alternativa que melhor corresponde ao sentido da palavra “francamente” na frase da linha 06 é:
a) Claramente.
b) Honestamente.
c) Diretamente.
d) Cordialmente.
e) Espontaneamente.
440. No texto, as palavras “indicar” (linha 11) e “conduzir” (linha 21) significam, respectivamente:
a) Citar e acompanhar.
b) Demonstrar e seguir.
c) Expor e transmitir.
d) Mencionar e transferir.
e) Sugerir e encaminhar.
443. De acordo com as normas da linguagem culta, o verbo “haver” é empregado no plural na frase:
a) Entre as recomendações apresentadas pelo consultor, ____ algumas que os empresários simplesmente des-
consideraram.
b) Apesar da excelente formação, ____ sete meses o analista de sistemas está desempregado.
c) Com uma formação mais humana e criativa, por certo esses jovens ____ de se tornar pessoas melhores e
ótimos profissionais.
d) Dias ____ em que dezenas de candidatos são entrevistados nesta agência.
e) Apresentado o resultado da seleção, não ____ candidatos suficientes para preencher o número de vagas.
444. De acordo com a norma culta da língua, a frase em que falta uma preposição é:
a) É preciso saber que formação você precisa para garantir a empregabilidade.
b) Uma boa educação não implica, necessariamente, gastos exagerados.
c) Alguns especialistas garantem que os melhores profissionais são bons leitores.
d) Renovar o quadro de pessoal acarreta despesas insuportáveis, mesmo para grandes empresas.
e) A fábrica planeja instalar uma nova unidade somente onde houver mão-de-obra qualificada.
445. De acordo com a norma culta da língua, a palavra “lhe” pode ser empregada na frase:
a) O mercado torna-se mais competitivo: é necessário humanizar ____.
b) O pai de família está desempregado: é preciso oferecer ______ uma nova oportunidade.
c) O jovem tem talento: é imprescindível preparar ____ para o futuro.
d) Este empresário apresentou um projeto audacioso: é bom orientar ____ para que proceda com cautela.
e) O estagiário não tem experiência: é importante corrigir ____ quando erra.
446. Todas as formas verbais em destaque devem ser acentuadas, EXCETO a da frase:
a) Você pode traçar uma meta e persegui-la ao longo da carreira.
b) É tanta a competitividade que poucos tem a chance de ser vitoriosos.
c) Convem analisar outras oportunidades antes de aceitar qualquer emprego.
d) Embora estivessemos melhor preparados, não fomos selecionados na primeira chamada do concurso.
e) Agora que já alcançaste a merecida aposentadoria, podes usufrui-la com serenidade.
Dia desses, Lília Cabral ligou a TV e deparou com um psicólogo, num programa vespertino, analisando sua personagem,
a Marta, de Páginas da Vida. “Fiquei estatelada”, conta. “Ele não deu uma dentro. Se seguisse o que ele diz, ia errar de
cabo a rabo”, ri. Atriz experiente, Lília prefere deixar-se levar pelo comando do criador da malvada que vem roubando a
cena no folhetim das 21 horas. “Não é uma vilã qualquer. É uma vilã do Manoel Carlos, isso faz muita diferença”, diz, para
falar da complexidade de uma personagem, segundo ela, capaz de provocar, ao mesmo tempo, identificação e repulsa.
“Pode até não haver uma pessoa exatamente como a Marta, mas existem muitas referências dessas mulheres precon-
ceituosas, amarguradas, sofridas. Ela é assim porque cresceu rejeitada pela vida”.[...].
Sucesso total. A paulistana Lília Cabral, de 49 anos, anda sorridente pelas ruas do Rio, cidade que há 22 anos escolheu
para viver. Já ouviu várias vezes que vai “acabar apanhando” pelas crueldades de sua personagem. Mas ainda não foi
alvo de xingamentos. Ao contrário. “Nunca recebi tantos elogios por um trabalho na TV”, conta. A vilã foi criada para ela.
No ano passado, quando disse a Lília que gostaria de contar com ela em sua próxima novela, Manoel Carlos ouviu um
pedido. “Disse que não queria ser boa”, conta Lília. “Mas não precisava ser péssima”, brinca. “Adoro fazer a Marta. Estou
trabalhando o triplo, mas não é desgastante”.
(Fonte: Adaptado de ALVARENGA, T. A vilã que roubou a cena. Veja Rio, São Paulo, edição 33, ano 15, 23 de agosto de 2006, p. 14).
448. No trecho: “Adoro fazer a Marta. Estou trabalhando o triplo, mas não é desgastante”, a atriz mostra-se:
a) Satisfeita.
b) Irônica.
c) Dissimulada.
d) Arrogante.
e) Insatisfeita.
449. Assinale a alternativa cujos termos substituem, respectivamente, provocar e repulsa sem alterar o sentido
das frases do texto transcrito:
a) Relatar e tolerância.
b) Produzir e repúdio.
c) Intensificar e lealdade.
d) Retificar e bondade.
e) Protelar e amabilidade.
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens que se seguem.
450. Há uma relação de contraste entre as ideias expressas na primeira estrofe e as expressas na segunda estrofe.
451. O emprego do pretérito imperfeito em “achavam” (L.2) indica uma ação que estava se processando quando ocorreu
um fato.
452. A atitude dos “homens que se achavam no café” (L.2) perante a morte é de total alheamento.
600 TESTES – Língua Portuguesa 53
453. No terceiro verso, a palavra “maquinalmente” pode ser substituída por involuntariamente, sem prejuízo para o
sentido do poema.
455. Preserva-se a correção gramatical se a expressão “no entanto” (v.7) for posta entre vírgulas.
456. O homem que “se descobriu num gesto largo e demorado” (L.7) adotou uma postura de consternação hipócrita
diante do morto.
457. O pronome “Este” (L.9) é utilizado como recurso de coesão textual e substitui o termo “esquife” (L.8).
458. Entende-se do trecho “E saudava a matéria que passava/ Liberta para sempre da alma extinta” (L.11-12) que, com
a morte, há a separação entre o corpo e a alma.
459. É correto classificar o termo “Liberta” (L.12) como verbo, pois ele exprime, no texto, uma ação.
DIFERENÇAS DO MESMO
Sendo uma radical evolução dos antigos mercados, os shopping centers são um símbolo da modernidade, sobretudo da
globalização partida, onde as ruas ficaram para os pobres. Da mesma maneira que a pobreza é diferente, come diferente
e vive diferente entre os diversos países do mundo, e os ricos vivem de maneira muito parecida, não importa o país onde
estejam, os shoppings são exatamente iguais em qualquer parte do mundo. A arquitetura, as temperaturas, as escadas
rolantes, as grifes das lojas, os setores de alimentação e suas cadeias de “fast-food”, tudo é exatamente igual.
Mas é possível ver diferença no tamanho do espaço dedicado às livrarias. Quando se comparam os shoppings do leste
da Ásia com os shoppings brasileiros, o visitante fica surpreso com o tamanho das livrarias que aqueles apresentam. Em
Manila, onde o sistema educacional e a distribuição de renda são os piores entre os países daquela região, a livraria de
um dos seus diversos shoppings é maior do que a maior das livrarias em um shopping brasileiro. A diferença é que
existe maior hábito de leitura na elite asiática do que na brasileira.
Cristovam Buarque. Os tigres assustados: uma viagem pela fronteira dos séculos. Rio de Janeiro: Record.
De acordo com as ideias e os sentidos de expressões contidas no texto, julgue os itens seguintes.
460. No segmento “antigos mercados” (L.1), o termo “antigos” está empregado com o sentido de ineficientes.
461. A primeira vírgula do texto está corretamente empregada por antecipar uma oração subordinada reduzida à sua
principal.
462. No segmento “A arquitetura, as temperaturas, as escadas rolantes, as grifes das lojas, os setores de alimentação e suas
cadeias de fast-food, tudo é exatamente igual.” As vírgulas foram empregada pelo mesmo motivo da questão anterior.
463. Os pássaros solicitaram as demais aves que apresentassem seus ninhos devidamente organizados.
464. É considerada um desrespeito a uma ordem estabelecida a audácia de espalhar lindas melodias em terra de desafinados.
465. O pronome de tratamento empregado no segmento “Encaminho a Vossa Excelência o Relatório de Atividades referen-
te a 2007” atenderia às normas de redação oficial para um expediente dirigido ao presidente do Senado Federal.
A merenda escolar, que é distribuída regularmente pela Secretaria de Educação para a rede pública do ensino, está
faltando em Juazeiro. As escolas da sede e da zona rural já estão há mais de noventa dias com as suas cotas esgotadas
e até o momento não se tem notícia de quando serão abastecidas, o que vem se constituindo em um problema para as
diretoras desses estabelecimentos.
Segundo as educadoras, a merenda escolar não só representa a complementação alimentar da maioria das crianças
matriculadas, como também contribui para o controle da evasão escolar. Já está provado, pelos estudos realizados, que
nas escolas da zona rural do município e na periferia das cidades a frequência do aluno à escola está diretamente
associada à merenda escolar.
Os professores, na sua unanimidade, reconhecem que a merenda escolar, especialmente em escolas localizadas nos
bairros de baixa renda, não é só complementação alimentar, ela se transforma no único alimento das crianças, porque
filhos de pais pobres e desempregados frequentam as aulas só pensando na hora da merenda.
467. O termo destacado no segmento poderia ser substituído por “Para” sem alterar o sentido da frase.
468. A Estrutura verbal destacada garante que há uma certeza na afirmação do que foi dito.
469. A estrutura “não só” “como também” apresenta valor subordinativo de concessão.
471. Abertura de ata: “Na data de hoje, dia 21 de março, acontece a prova de Conhecimentos Básicos do Concurso
Público da Secretaria Executiva de Estado de Administração do Pará, com 3201 candidatos, concorrendo nas 772
vagas, como Agentes Administrativos, em cargo de nível médio”.
472. Fechamento de requerimento: “Nestes termos, pede e espera pelo deferimento. Atenciosamente;” local, data, assi-
natura e cargo.
473. Há dois documentos oficiais que, tendo forma e natureza bastante semelhantes, costumam circular em e entre
repartições públicas; são eles: ofício e memorando.
Ao contrário do que muitos acreditam, a água, quando é poluída ou contaminada, é um recurso natural não-renovável.
Apesar de ser utilizada por várias pessoas como se fosse uma fonte inesgotável, cedo ou tarde, a água potável disponí-
vel no planeta se tornará extremamente escassa e, então, a população enfrentará sérios problemas causados pela falta
desse precioso líquido. Apesar de o Brasil ser detentor de uma das maiores reservas mundiais de água doce, hoje muitos
estados brasileiros já enfrentam o problema da falta de água potável.
Jerson Kelman. Folha do Meio Ambiente.
475. Se a água estiver contaminada ou poluída, ela não pode ser reaproveitada para uso como água potável.
476. A palavra “detentor” (L.5) pode ser substituída por aprisionador sem mudança na informação original.
477. A reescritura do segmento “Apesar de o Brasil ser detentor de uma das maiores reservas mundiais de água doce,
hoje muitos estados brasileiros já enfrentam o problema da falta de água potável.”, estaria igualmente correta da
seguinte forma Apesar do Brasil ser detentor de um ...”
478. As palavras destacadas no segmento “Ao contrário do que muitos acreditam, a água, quando é poluída ou contami-
nada, é um recurso natural não-renovável, são acentuadas em obediência às mesmas regras de acentuação.
479. É possível inferir depois da leitura do texto que o planeta está em perigo no diz respeito à falta de água.
Folheando jornais do início de 1930, descobre-se que o homem mais popular do Brasil não era Getúlio Vargas, mas Luís
Carlos Prestes, exilado em Buenos Aires depois de comandar a coluna que tomou seu nome. Tendo sido apenas capitão,
os jornais chamavam-no de general.
Como líder do Partido Comunista, Prestes naturalmente se beneficiou do prestígio de comandante da coluna. Como tal,
tornou-se mundialmente conhecido e peritos proclamavam a sua genialidade militar. Vários livros, o mais famoso dos
quais foi o “Cavaleiro da Esperança” de Jorge Amado, exaltaram os fastos da coluna.
Os homens sentem necessidade de mitificar passados heroísmos, expurgando-os do que houve de desabonatório. A
primazia histórica cabe aos gregos: escamotearam que seus heróis eram também saqueadores e estupradores. Não há
epopeias imaculadamente limpas e não deveria surpreender que a coluna praticasse torpezas: inevitáveis em forças
regulares, são ainda mais frequentes em forças irregulares de guerrilha, caso da coluna.
Surpreendente é que só passados 70 anos se tenham descoberto as mazelas da coluna. Em 1993, uma jovem repórter
teve a ideia de refazer o trajeto de 25 mil quilômetros da coluna, entrevistando testemunhas da sua passagem. Desco-
briu que os revolucionários deixaram após si um rastro de violências, saques, estupros e mortes. As reportagens saíram
em livro em 1994, e a repórter pagou o preço pela desconstrução de um dos mitos mais solidamente estabelecidos da
480. A palavra destacada no segmento “Tendo sido apenas capitão, os jornais chamavam-no de general.”, é
classificada sintaticamente como:
a) Predicativo do sujeito d) Predicativo do objeto
b) Sujeito e) Complemento nominal
c) Adjunto adnominal
482. Em relação ao que se diz no penúltimo parágrafo, são feitas as seguintes afirmações.
I. Ainda que não instigassem as violências contra a população civil, os chefes da Coluna se revelaram coniventes com elas.
II. Não se pode justificar os atos que se situam na esfera pública, como foi a ação da Coluna, exclusivamente em
relação às intenções que os motivaram.
III. A consagração da Coluna como peripécia militar minimiza as falhas cometidas, as quais são, de resto, inevitáveis
em casos como este.
Quais estão de acordo com o que se afirma no parágrafo em questão?
a) Apenas I. d) Apenas I e II.
b) Apenas II. e) Apenas I e III.
c) Apenas III.
484. No fragmento “Descobriu que os revolucionários deixaram após si um rastro de violências, saques, estu-
pros e mortes.”, há uma resposta errada na alternativa:
a) Uma oração subordinada substantiva objetiva direta;
b) Há três complementos nominais;
c) Vírgulas que separam elementos da mesma natureza
d) Uma palavra acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo;
e) Uma conjunção integrante
488. Assinale a alternativa em que “noite” tem a mesma função sintática que em “Caiu de repente a noite”.
a) Chegou inesperadamente à noite.
b) A noite era bela na praia.
c) Amava a noite enluarada.
d) Gostavam da noite.
e) Todos aproveitaram a noite com cautela.
Meti os dedos no bolso do colete que trazia no corpo e senti umas moedas de cobre; eram os vinténs que eu deveria ter
dado ao almocreve, em lugar do cruzado em prata. Porque, enfim, ele não levou em mira nenhuma recompensa ou virtude,
cedeu a um impulso natural, ao temperamento, aos hábitos do ofício; acresce que a circunstância de estar, não mais
adiante nem mais atrás, mas justamente no ponto do desastre, parecia constituí-lo simples instrumento da Providência; e,
de um ou de outro modo, o mérito do ato era positivamente nenhum. Fiquei desconsolado com esta reflexão, chamei-me
pródigo, lancei o cruzado à conta das minhas dissipações antigas; tive (por que não direi tudo?) tive remorsos.
(Machado de Assis - Memórias Póstumas de Brás Cubas)
490. A Polícia Civil apreendeu 415,4 quilos de crack ____ em uma casa na Avenida Delfim Moreira. No local,
também ____ dois quilos de maconha. Um homem de 28 anos e um adolescente de 17 ____ . A resposta que
completa adequadamente as lacunas é:
a) escondidos … havia … foram detidos
b) escondido … havia … foram detido
c) escondidos … haviam … foi detido
d) escondido … haviam … foram detidos
e) escondidos … havia … foram detido
493. Considerando o sistema ortográfico vigente, assinale a alternativa na qual a retirada do acento gráfico NÃO
implica a mudança de classe gramatical da palavra original.
a) Até d) Porém
b) É e) Têm
c) Está
495. Assinale a alternativa em que se repete o tipo de oração introduzida pela conjunção se, empregado na frase
– Questionamos também se uma corporação profissional deve ter carta-branca para determinar a dificulda-
de das provas.
a) A sociedade não chega a saber se os advogados são muito corporativos.
b) Se os advogados aprendem pouco, a culpa é da fragilidade do ensino básico.
c) O advogado afirma que se trata de uma questão secundária.
d) É um curso no qual se exercita lógica rigorosa.
e) No curso de direito, lê-se bastante.
498. Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de
pontuação correta:
a) Teresa, no caso desta tragédia, senti profundamente o que aconteceu.
b) Teresa, no caso, desta tragédia senti, profundamente o que aconteceu.
c) Teresa no caso desta tragédia: senti profundamente, o que aconteceu.
d) Teresa, no caso desta tragédia senti profundamente o que, aconteceu.
e) Teresa no caso dessa tragédia senti profundamente o , que, aconteceu.
501. O emprego do acento grave indicativo de crase na passagem “O trabalho permite à pessoa humana desen-
volver sua capacidade física e intelectual, conviver de modo positivo com outras pessoas e realizar-se
integralmente como pessoa”, justifica-se por
a) Estar antes de palavra feminina
b) Ser facultativo
c) Pela fusão da preposição pedida pelo verbo + o artigo definido A
d) Por se locução adverbial
e) Por não estar antes de verbo.
502. No período “Todos os que a presenciaram reconheceram que fora uma responsabilidade social” há:
a) Um pronome indefinido - dois pronomes pessoais do caso oblíquo - dois pronomes relativos
b) Um pronome indefinido - dois pronomes pessoais do caso oblíquo - um pronome relativo - uma conjunção subordi-
nativa integrante
c) Um pronome indefinido - dois pronomes pessoais do caso oblíquo - duas conjunções integrantes
d) Um pronome indefinido - um pronome demonstrativo - um pronome relativo - um pronome pessoal do caso oblíquo
- uma conjunção integrante
e) Um pronome indefinido, um artigo definido, uma conjunção integrante, m pronome relativo e um pronome pessoal
do caso reto.
503. Assinale a alternativa incorreta quanto à correspondência entre a voz passiva analítica e a voz passiva
sintética.
a) Seriam uniformizados os padrões de gosto.
Uniformizar-se-iam os padrões de gosto.
b) Fora conhecida a formação dos habitantes de todas as regiões do país.
Conhecera-se a formação dos habitantes de todas as regiões do país.
c) O domínio televisivo era provocado pela sobreposição de imagens.
Provocar-se-á o domínio da televisão pela sobreposição de imagens.
d) Infelizmente, serão aceitas as manifestações culturais.
Infelizmente, aceitar-se-ão as manifestações culturais.
e) O homem tem organizado seus livros.
Organizam-se seus livros.
504. Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido empregada com impropriedade semântica.
a) Se o asfalto não for reposto, os acidentes serão iminentes.
b) Toda mulher que tem classe deve agir com descrição.
c) O intimorato cidadão protegeu os idosos dos motoristas mal-educados.
d) O mau emprego das palavras torna o texto incoerente.
e) O guarde pegou em flagrante os motoqueiros sem habilitação.
506. A propósito do emprego da linguagem figurada presente na letra da música , é correto afirmar que, nos
versos “E cada vez que eu fujo/eu me aproximo mais”, há:
a) Paradoxo.
b) Comparação.
c) Eufemismo.
d) Metáfora.
e) Metonímia.
508. “Perguntei ____ ele não veio. Ele disse que não veio ____ choveu.” A alternativa que preenche corretamente
as lacunas é:
a) porque – porque
b) por que – porque
c) por que – por que
d) por quê – porque
e) porquê – por que
509. Há erro no emprego do pronome sublinhado, de acordo com a regência verbal, em:
a) Os requerimentos que ele visava eram de outra pessoa.
b) As passagens a que ele aspirava não serão oferecidas a ninguém.
c) São várias as oportunidades de trabalho das quais ele desconfia.
d) Os projetos a cuja elaboração ele assistira foram elogiados.
e) As testemunhas que o advogado se refere não foram suficientemente convincentes.
511. Também entre os Gregos foi assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como honrar os deuses, honrar
pai e mãe, respeitar os estrangeiros; consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre a moralidade externa
e em regras de prudência para a vida, transmitidas oralmente pelos séculos afora; e apresenta-se ainda como
comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais a cujo conjunto, na medida em que é transmissível, os
Gregos deram o nome de techné.
512. A expressão a cujo conjunto os gregos deram o nome de techné está corretamente reformulada, mantendo
o sentido original, em:
a) De cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos deram de “techné”.
b) Do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como “techné”.
c) Que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por “techné”.
d) Pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de “techné”.
e) O conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de “techné”.
515. No texto, os segmentos As regras das artes e ofícios resistiam naturalmente e a sua própria natureza estão
em relação, respectivamente, de:
a) Fato e hipótese. d) Fato e conclusão.
b) Consequência e causa. e) Hipótese e consequência.
c) Condição e conclusão.
517. Essa formação não é possível sem se oferecer ao espírito uma imagem do homem tal como ele deve ser.
A alternativa que traduz corretamente a ideia expressa no texto no segmento destacado acima, considerando
o contexto, é:
a) Não prescinde da propositura ao espírito de uma imagem ideal de homem.
b) Só é possível porque uma imagem do homem desejado como tal é oferecida ao espírito.
c) Implica a impossibilidade de se oferecer ao espírito uma ideia do homem sonhado.
d) Exige a isenção da oferta ao espírito de uma representação ideal de homem.
e) Impossibilita-se quando não se oferece ao espírito uma reprodução do homem como tal.
518. Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são antes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou
ao adestramento de cães de raça. A princípio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe social, a nobreza.
Considere as afirmações que seguem sobre o fragmento transcrito, respeitado sempre o contexto.
I. A conjunção mas pode ser substituída, sem prejuízo do sentido original, por “entretanto”.
II. O advérbio Já introduz a ideia de que mesmo Platão percebera a similaridade que o autor comenta, baseado na
comparação feita pelo filósofo entre “cães de raça” e “nobreza”.
519. A frase Platão a comparou ao adestramento de cães de raça está corretamente transposta para a voz passiva em:
a) O adestramento dos cães de raça é comparado a ela por Platão.
b) A comparação entre ela e o adestramento de cães tinha sido feita por Platão.
c) Comparou-se o adestramento de cães e ela, feito por Platão.
d) Ela foi comparada por Platão ao adestramento de cães de raça.
e) Haviam sido comparados por Platão o adestramento de cães de raça e ela.
523. Cálculos do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás, principal organismo ____
estudar o cerrado, preveem que até 2020 cerca de 60 mil km poderão ser incorporados ____ área agrícola da
região, devido principalmente ____ novas técnicas de plantio.
As lacunas do enunciado acima estarão preenchidas de forma correta, respectivamente, por:
a) a – a – a
b) a – à – a
c) à – à – a
d) à – a – à
e) a – à – à
524. “A falha é dos governos e das instituições internacionais, como o Banco Mundial, que se mostraram ineficazes
no combate à pobreza e às endemias do mundo. Pessoas como Buffett e Gates, portanto, indicam um
caminho para supri-la.” No trecho “Pessoas como Buffett e Gates, portanto, indicam um caminho para
supri-la”, o pronome sublinhado se refere a:
525. A alternativa abaixo em que NÃO se realiza de forma conveniente a junção do verbo com o pronome pessoal
enclítico é:
a) Traz uma reportagem = trá-la;
b) Doar 85% de sua fortuna = doá-los;
c) Indicam um caminho = indicam-lo;
d) Estimula a filantropia = estimula-a;
e) Fazer filantropia = fazê-la.
526. As palavras que recebem acento pela mesma razão que o justifica em “secretário” são:
a) Herói e décadas;
b) Inédita e também;
c) Falência e indivíduo;
d) Conferência e só;
e) Seminários e há.
527. A conferência foi feita em 1980 por um dos grandes advogados de São Paulo.
Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a forma verbal passa a ser:
a) Foram feitas;
b) Tinha feito;
c) Fizeram;
d) Fez-se;
e) Fez.
530. A lacuna corretamente preenchida pelo segmento que se encontra entre parênteses está em:
a) Os romanos acreditavam ____ o rei tinha origem divina. (por que)
b) A decadência econômica de Roma fez ____ a plebe entrasse em conflito com os patrícios. (com que)
c) O Império Bizantino foi construído no lugar ____ antes existia a colônia grega de Bizâncio. (de que)
d) O ano de 1453 marca o momento ____ Constantinopla é dominada pelos turcos. (para que)
e) O fortalecimento dos generais contribuiu ____ as guerras civis em Roma avançassem. (em que)
531. No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a histó- ria é fértil em relatos protagonizados por guerreiras.
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que qualquer outra alteração seja feita na frase, o segmento grifado
acima pode ser substituído por:
a) Todavia.
b) Conquanto.
c) Embora.
d) Porquanto.
e) Ainda que.
534. O funcionário ____ o chefe se dirigiu era a pessoa ____ todos confiavam.
a) para quem - em que;
b) em que - com quem;
c) por quem - de que;
d) a quem - em quem;
e) de quem - a quem.
535. O segmento grifado está empregado em conformidade com o padrão culto escrito em:
a) O apego nos bens que julgava lhe pertencerem provocou muitas discórdias.
b) Estou convicto de que as melhores providências já foram tomadas.
c) Sua ambição com o poder colocou-o em situação difícil.
d) Apresentou, perante a todos, suas desculpas pelo perigoso equívoco.
e) Medroso com tudo que lhe era desconhecido, não aceitou o cargo no exterior.
537. A frase em que as duas formas destacadas estão empregadas de acordo com a norma padrão é:
a) Esperamos que ele continui a prestar auxílio àquele grupo de guardas-civis envolvidos no projeto de atendimento à
população desabrigada.
b) Há muitos vices na política e não sei a quantos esse projeto de lei é capaz de satisfazer, motivo pelo qual não
arrisco nenhum palpite sobre os entraves que encontrará.
c) É este documento que contem os dados mais expressivos sobre a produção daqueles curtametragens.
d) Todos os componentes do grupo creem que terão sucesso, pois têm nas mãos abaixo-assinados que legitimam
suas solicitações.
e) Como faz a maioria dos cidadãos, ao atingir a idade prevista na lei, requis sua aposentadoria, mas parece ter
havido algum problema.
539. As palavras que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica em ”vários”, são:
a) Estômago e provável. d) Marítimas e também.
b) Ocorrência e predatório. e) Número e até.
c) Influência e insaciável.
O empresário João, dono de uma grande rede de supermercado, dizia que não tinha o menor constrangimento de
lembrar-se de sua formação modesta. A sua bem-sucedida carreira empresarial começou com uma pequena padaria
onde, certa ocasião, teve como fregueses os cangaceiros de Lampião.
— Os homens comeram quase todo o nosso estoque, mas, na hora de pagar, usei de prudência e não cobrei nada.
Lampião ficou meu amigo até a morte.
Seu João garante que foi um bom comerciante porque tinha uma solução pronta para tudo. Certa vez, ele encomendou
algumas toneladas de sal, mas quando a mercadoria chegou era cal.
Prontamente ele protestou. Mas o vendedor mostrou o pedido e lá estava escrito cal com sua própria letra.
Aí ele balançou a cabeça e falou:
— Pois é, era sal que eu queria. Só que eu esqueci a cedilha.
(Revista do Ministério do trabalho - com adaptações)
542. As vírgulas do primeiro período foram empregadas pelo mesmo motivo do da alternativa:
a) As pessoas, que viajam por conta própria, aproveitam muito mais.
b) Ficamos emocionados com as crianças, os idosos, os especiais e a natureza.
c) A leitura, diversão garantida nas tardes de domingo, é um ótimo exercício contra o estresse.
d) A vida, meus amigos, não é para ser mal vivida.
e) A maior alegria da vida, ou seja, uma das maiores, é viver em harmonia.
543. Ao deslocarmos o fragmento “para abocanhar a venda” em “Reclamei da enormidade que o empresário
gastou em propaganda durante a entressafra, para abocanhar sua venda.”, a frase que apresenta desvio
sintático/semântico é:
a) Reclamei da enormidade que o empresário gastou, para abocanhar sua venda, em propaganda durante a entressafra.
b) Reclamei da enormidade que o empresário gastou em propaganda, para abocanhar sua venda, durante a entressafra.
c) Reclamei da enormidade que, para abocanhar sua venda, o empresário gastou em propaganda durante a entressafra.
d) Para abocanhar sua venda, reclamei da enormidade, que o empresário gastou em propaganda durante a entressafra.
e) Reclamei para abocanhar sua venda, da enormidade que o empresário gastou em propaganda durante a entressafra.
544. Observe o período “Ele não decide onde vai trabalhar.” Considerando o uso adequado de onde e aonde, a
forma AONDE completa adequadamente a frase;
a) Este é um lugar _____ chegamos e nos sentimos felizes.
b) O balcão _____ nos informamos sobre a viagem é no final do corredor.
c) O local _____ descansaremos não é distante daqui.
d) Este é o espaço ____ nos sentimos felizes.
e) ____ será que está minha agenda de trabalho?
545. Considere a palavra SE na oração “Muitas estórias de amor se iniciam em bares noturnos.” A classificação
dessa palavra é idêntica à do termo assinalado na alternativa:
a) Arrependeu-se a pessoa que nunca se apaixonou pela vida.
b) Trabalha-se muito durante o período letivo.
c) A mulher perguntou se havia vagas para professoras.
d) Se todos quiserem, a vida em sociedade pode melhorar.
e) Não se devem rasgar documentos antes de lê-los.
547. Na passagem Nem tentavam evitar que fossem atacados pelo cupido”. A frase em que há correspondência
inadequada entre tempos verbais.
a) Tinham tentado que fossem atacados pelo cupido.
b) Tentavam evitar que foram atacados pelo cupido.
c) Tentarão evitar que seja atacados pelo cupido.
d) Tentam evitar que seja atacados pelo cupido.
e) Tentariam evitar que fossem atacados pelo cupido.
548. Marque a alternativa em que a troca de posições dos termos altera o sentido da expressão:
a) Maior perigo
b) Rápida discussão
c) Atitudes bárbaras
d) Qualquer fenômeno
e) Ensolarado dia
550. De acordo com as normas da linguagem culta, o verbo “haver” é empregado no plural na frase:
a) Entre as recomendações apresentadas pelo médico, ____ algumas que o paciente simplesmente desconsiderou.
b) Apesar da excelente formação, ____ sete meses o cardiologista está desempregado.
c) Com uma formação mais humana e criativa, por certo esses jovens ____ de se tornar pessoas melhores e
ótimos profissionais.
d) Dias ____ em que dezenas de candidatos são entrevistados nesta agência.
e) Apresentado o resultado da seleção, não ____ candidatos suficientes para preencher o número de vagas.
551. De acordo com a norma culta da língua, a frase em que falta uma preposição é:
a) É preciso saber que formação você precisa para garantir a empregabilidade.
b) Uma boa educação não implica, necessariamente, gastos excessivos.
c) Alguns especialistas garantem que os melhores profissionais são bons leitores.
d) Renovar o quadro de pessoal acarreta despesas insuportáveis, mesmo para grandes empresas.
e) A fábrica planeja instalar uma nova unidade somente onde houver mão-de-obra qualificada.
552. De acordo com a norma culta da língua, a palavra “lhe” pode ser empregada na frase:
a) O mercado torna-se mais competitivo: é necessário humanizar ____ .
b) O pai de família está desempregado: é preciso oferecer ____ uma nova oportunidade.
c) O jovem tem talento: é imprescindível preparar ____ para o futuro.
d) Este empresário apresentou um projeto audacioso: é bom orientar ____ para que proceda com cautela.
e) O estagiário não tem experiência: é importante corrigir ____ quando erra.
553. Todas as formas verbais em destaque devem ser acentuadas, EXCETO a da frase:
a) Você pode traçar uma meta e persegui-la ao longo da carreira.
b) É tanta a competitividade que poucos tem a chance de ser vitoriosos.
c) Convem analisar outras oportunidades antes de aceitar qualquer emprego.
d) Embora estivessemos melhor preparados, não fomos selecionados na primeira chamada do concurso.
e) Agora que já alcançaste a merecida aposentadoria, podes usufrui-la com serenidade.
557. Transpondo-se para a voz passiva a frase A privação da substância produz sintomas, obtém-se a forma verbal:
a) É produzida. d) São produzidos.
b) Produz-se. e) Foram produzidos.
c) Eram produzidos.
559. O verbo indicado entre parênteses adotará obrigatoriamente uma forma do plural para preencher de modo
correto a lacuna da frase:
a) Foi nos anos 80 que ____ (ocorrer) a pesquisa dos estudiosos americanos.
b) _____ (resultar) do excesso de exercícios algumas complicações para a nossa vida.
c) Mesmo quando ____ (prejudicar-se) com os excessos, o atleta compulsivo os comete.
d) ____ (acarretar) uma série de malefícios essa ginástica feita de modo compulsivo.
e) Quando ____ (praticar) tantos exercícios, o atleta compulsivo não avalia os efeitos.
FALTA DE AUTORIDADE
Walter Ceneviva
De repente o Judiciário começou ____ ser apontado como um dos maiores vilões da crise brasileira, em visão
distorcida e errada de seu papel na vida nacional. Tenho criticado vários segmentos do Judiciário, cujo controle
externo defendo. Recentemente escrevi que se os juízes tiverem vontade de trabalhar – expressão com ____ sinteti-
zei aspectos das deficiências jurídicas –, resolverão muitos dos problemas sociais que enfrentamos na atualidade.
Assim sendo, sinto-me ____ vontade para negar que cabe ao Judiciário ____ maior culpa pela crise.
Em primeiro lugar, tenha-se presente que grande número dos processos civis, fiscais e trabalhistas tem origem em
ilegalidades praticadas pelos administradores públicos, cuja visão caolha faz com que queiram receber créditos gover-
namentais, mas não queiram saldar seus respectivos débitos. Eles esquecem da sabedoria de Vicente Matheus quando
trata das facas de dois gumes, pois o Judiciário eficiente tanto permitirá as cobranças reclamadas, quanto forçará o
poder público a parar com seus calotes e impedirá as ilegalidades cometidas.
Em segundo lugar, acentuo as omissões no cumprimento do dever legal dos outros poderes. Exemplo gritante é o do
próprio Legislativo, que não aprovou as leis suplementares da Carta de 1988.
O Executivo, por seu lado, baixa instruções decretos, portarias e toda sorte de medidas administrativas, muitas das quais são
flagrantemente ilegais. Forçam os contribuintes a se defenderem em juízo. Agravam o congestionamento judicial. Nenhuma
lesão ou ameaça de lesão ao direito individual pode ser excluída de apreciação pelo Poder Judiciário na verdadeira democracia.
Se o Executivo quiser que as pessoas diminuam a corrida aos tribunais, deve parar com as ilegalidades.
Assinalo, ainda, a distância numérica entre o aparato judiciário brasileiro e o universo ao qual ele deve atender. Há menos 20.000
juízes para quase 350.000 advogados. O número de processos em andamento se contam aos milhões (só na justiça paulista
existem 4 milhões). A deficiência não é culpa exclusiva do Judiciário, embora este tenha boa parte de responsabilidade.
560. Completa correta e respectivamente as lacunas pontilhadas das linhas 1, 5, 6 e 7 as palavras da alternativa:
a) a – a qual – a – a d) a – a qual – à – a
b) à – à qual – à – à e) a – a qual – à – à
c) a – à qual – à – a
561. No sétimo parágrafo, no segmento “lembrar da história” recente, há um erro de regência que seria corrigido se:
a) Ao verbo fosse acrescentada a forma pronominal SE encliticamente.
b) Overbo fosse substituído por recordar.
c) A preposição DE fosse substituída por outra mais adequada ao contexto.
d) Se a oração subordinada reduzida fosse transformada em oração desenvolvida.
e) Se um sinal de pontuação – dois pontos, por exemplo - fosse acrescentado depois do verbo lembrar.
564. Considere a substituição do pronome pessoal eles pelo substantivo Judiciário e as modificações obrigató-
rias tendo em vista a concordância no período abaixo.
Inocentes, de todo, eles não são.
I. Sofrerá modificação de número um adjetivo predicativo.
II. Deverá ser modificado um verbo de 2ª conjugação
III. Deverá ser acrescentado um artigo que concorde com o substantivo Judiciário.
IV. As vírgulas deverão ser excluídas.
Quais propostas de modificação estão corretas?
a) Apenas I e II. d) Apenas I, II e III.
b) Apenas II e III. e) Apenas III.
c) Apenas I, II, IV.
567. Assinale a única frase em que o a deve receber acento indicativo de crase.
a) Dedicava-se a crônica semanal com prazer.
b) Pegou um lápis e pôs-se a trabalhar.
c) Leu o texto de ponta a ponta.
d) A crônica fazia referência a pessoas comuns.
e) Algumas vezes dirigia-se a seu computador.
568. Na construção de uma das opções abaixo foi empregada uma forma verbal que segue o mesmo tipo de uso
do verbo haver em “Houve muitos esforços meritórios para superar esse impasse.” Indique-a.
a) O antropólogo já havia observado a atitude dos grupos sociais.
b) Na época da publicação choveram elogios aos livros.
c) Faz muito tempo da publicação de livros como estes.
d) No futuro, todos hão de reconhecer o seu valor.
e) Não se fazem mais brasileiros como antigamente.
569. Assinale a opção em que há uso INADEQUADO da regência verbal, segundo a norma culta da língua.
a) É interessante a obra de Freyre com a qual a de Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral.
b) É necessário ler estes livros nos quais nos vemos caracterizados.
c) Chico Buarque, por quem os brasileiros têm grande admiração, é filho de Sérgio Buarque.
d) É tão bom escritor que não vejo alguém de quem ele possa se comparar.
e) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob cujas leis as pessoas traçam suas vidas.
570. A ausência do sinal gráfico de acentuação cria outro sentido para a palavra:
a) Trânsito. d) Infrutíferas.
b) Características. e) Anônimas.
c) Inevitável.
Grande parte das nossas vidas transcorre em locais de trabalho. Gastamos horas desenvolvendo tarefas que, aparente-
mente, não possuem um relacionamento estreito com a nossa pessoa.
A maioria dos seres humanos é constrangida a trabalhar pelo simples fato de que trabalho significa
especialmente sobrevivência. Esta ideia que é uma realidade nos está a indicar que o trabalho aparece como um ele-
mento constrangedor, se olhado na referência imediata de preenchedor das necessidades básicas.
Na cultura tecnológica, o trabalho adquiriu um extraordinário relevo e parece que é muito difícil os seres humanos
poderem viver sem trabalhar. O caráter obrigatório do trabalho lhe dá um significado punitivo, e muitos indivíduos o
encaram desta maneira.
A situação do trabalhador adulto é bastante complexa em nossa sociedade, já que os trabalhos estão
indicados e hierarquizados de acordo com os níveis de preparo e especialização.
Não adianta, pois, pensarmos no valor do trabalho como livre escolha já que, cada vez mais, se impõe a obrigatoriedade
de ter um treinamento, muitas vezes demorado, para assumir uma tarefa adequada na cultura contemporânea.
(Juan Mosquera, As ilusões e os problemas da vida)
a) Uma d) Nenhuma
b) Duas e) Quatro
c) Três
OS AUSENTES
Martha Medeiros
Eu não assisti ao programa, mas soube da história. O jornalista David Letterman recebeu Joaquin Phoenix para uma
entrevista. O ator fez jus à fama de bad boy: não parou de mascar chiclete e só respondia com monossílabos e grunhi-
dos, não facilitando o andamento da conversa. Letterman tentou, tentou e, como não conseguiu arrancar nada do sujeito,
encerrou a entrevista com uma tirada que me pareceu perfeita: “Joaquin, uma pena que você não pôde vir esta noite.”
Quando uma pessoa se dispõe a dar uma entrevista, tem que entrar no jogo: responder com generosidade ao que foi
perguntado e valer-se de uma educação básica, caso tenha. É bom lembrar que a maioria das entrevistas não é feita
apenas para dar ibope ao programa, e sim para ajudar na divulgação de algum projeto do convidado. Ambos saem
ganhando. Só quem não ganha é a plateia quando o convidado finge que está lá, mas não está. Madonna é até hoje o
trauma da carreira de Marília Gabriela, pelos mesmos motivos.
Claro que há quem defenda a atitude de Phoenix com o argumento da “autenticidade”, mas existe uma sutil diferença
entre ser autêntico e ser grosso. É muita inocência achar que podemos prescindir de uma certa performance social.
Espero não estar ferindo a sensibilidade dos “autênticos”, mas de um teatrinho ninguém escapa, a não ser que queira-
mos voltar a viver nas cavernas.
Não sou de me