Você está na página 1de 96

Módulo:

Fitoterapia no Sistema Gastrointestinal

Professora Esp. Cleusa Wichoski Maier


Nutricionista e Acupuntora
Nutrição Ortomolecular e Nutracêutica Clínica
Fisiologia Gastrointestinal
 Funções Básicas
 1. Ingestão – Transporte do alimento a boca.
 2. Secreção – Realizado pelas glândulas do TGI, fígado e
glândulas salivares.
 3. Mistura e Propulsão - Depende da contração da
musculatura lisa da parede do sistema TGI, permitindo
assim também o deslocamento do alimento através do
gastrointestinal.
 4. Digestão – Quebra de macromoléculas em partículas
menores, facilitando assim a melhor absorção de
nutrientes.
 5. Defecação – Eliminação para o meio ambiente do
material alimentar não utilizado pelo organismo.
Fisiologia Gastrointestinal
 Componentes do
Trato Gastrointestinal
 Cavidade Oral
 Faringe
 Esôfago
 Estômago
 Intestino delgado
 Intestino grosso

 Glândulas Acessórias
 Glândulas salivares
 Fígado e vesícula biliar
 Pâncreas
Fisiologia Gastrointestinal
 Cavidade oral (Boca)
 Bochechas
 Palatos mole e duro
 Dentes e língua.

 Sua função:
 Ingestão alimentar.
 Mastigação (redução do alimento/formação do bolo alimentar)
 Barreira biológica (Lisozima – hidrólise parede celular
bacteriana)
 Inicio da digestão (polissacarídeos e hidrólise dos trialcilgleróis)
 Deglutição.
Fisiologia Gastrointestinal
 Faringe – Participa da deglutição
 Canal de ligação da boca ao esôfago,
funciona como via de passagem:
 de ar para a laringe
 do alimento ate o esôfago.

 Esôfago
 Conduz o bolo alimentar até o
estômago, finalizando o processo de
deglutição.
Fisiologia Gastrointestinal
 Estômago
 Órgão de ligação
do esôfago ao duodeno
 Participa do processo digestivo

 Sua função:
 Armazenar e mistura os alimentos.
 Barreira microbiana, destruindo microrganismos;
 Secreção suco gástrico (composto por enzimas
digestivas)
Fisiologia Gastrointestinal
 Estômago
 Iniciada a digestão de proteínas e triglicerídeos.
 A digestão esta relacionada aos movimentos
ondulatórios peristálticos que promovem a mistura do
suco gástrico com o alimento, transformando o bolo
alimentar em quimo.
Fisiologia Gastrointestinal
 Intestino Delgado
 Dividido em duodeno, jejuno e íleo.

 Sua função:
 Misturar o quimo com sucos digestivos secretados pelas
glândulas anexas (suco pancreático e bile)
 Produção e secreção do suco entérico;
 Digestão e absorção da maioria dos produtos finais do
processo digestivo.
 Reabsorção de líquidos
Fisiologia Gastrointestinal
 Intestino Grosso
 • Parte terminal do sistema gastrointestinal estendendo
do íleo até o ânus.

 Sua função:
 Absorver de líquidos proveniente do conteúdo ileal
(água e eletólitos)
 Formação, armazenamento e eliminação dos resíduos
alimentares (bolo fecal).
Distúrbios
Gastrointestinais
Distúrbios Gastrointestinais

 Considerados os problemas mais comuns de saúde.

 Hábitos alimentares e os tipos específicos de alimentos


podem ter um papel significativo no início, tratamento e
prevenção de muitos distúrbios GI

 Sinais e sintomas dos distúrbios:


 Mau Hálito, Náusea e Vômito
 Eructação, Queimação e Flatulência
 Indigestão, Distensão Abdominal, Sensação de empachamento
 Resto de alimento não digerido nas fezes
Distúrbios Gastrointestinais
 TGI Superior:
 Dispepsia
 Refluxo gastroesofágio
 Esofagite
 Hipocloridria
 Gastrite
 Ulcera péptica
Distúrbios Gastrointestinais
 TGI Inferior
 Constipação e Diarréia
 Síndrome do intestino irritável
 Doenças Inflamatória Intestinal (DII)
 Colite ulcerativa e Doença de Crohn
 Diverticulose e Diverticulite
Distúrbios Gastrointestinais
 Dispepsia
 Conhecida como indigestão, causa sensação de
desconforto na parte superior do abdômen durante ou
logo após uma refeição.

 Pode estar relacionada a diversas doenças subjacentes e


causando sintomas como:
 Dor abdominal, arrotos, náuseas e queimação
 Empachamento, sensação de peso e saciedade precoce
Distúrbios Gastrointestinais
 Refluxo Gastroesofágico e Esofagite
 Ocorre pela diminuição na pressão do esfíncter
esofágico, permitindo o retorno do conteúdo gástrico
causando irritação e inflamação da mucosa esofágica
evoluindo para usa esofagite.

 Causada pelo aumento da pressão intra-abdominal


 Desordens da motilidade
 Flacidez do esfíncter
 Gestação
 Obesidade
Distúrbios Gastrointestinais
 Hipocloridria
 Caracterizada pela diminuição na secreção de ácido
clorídrico no estômago, responsável pela má digestão.
 Pode ocasionar uma inflamação no tecido do estômago,
favorecendo a produção de bactérias nocivas ao TGI

 Causada por inúmeros fatores:


 Doenças auto-imunes
 Erros alimentares
 Estresse e uso de medicamentos
Distúrbios Gastrointestinais
 Gastrite
 Inflamação da mucosa gástrica consequência da
hipocloridria, causada também pelo consumo de álcool e
fumo, medicamentos (antiinflamatório) e substâncias
corrosivas.

 Sintomas:
 Dor em queimação,
 Náuseas e vômitos,
 Sede intensa
 Anorexia
Distúrbios Gastrointestinais
 Ulcera Péptica
 São lesões crônicas que ocorrem em qualquer local do
trato gastrointestinal, quando exposto a ação agressiva
do sulco gástrico.
 Mais comuns ocorrerem no estômago ou duodeno

 As causas primárias de úlceras pépticas são:


 Infecções por H. pylori
 Uso de aspirina
 Estresse
 Consumo excessivo
de álcool e fumo
Distúrbios Gastrointestinais
 Tratamento convencional dos distúrbios dos TGI

 Antiácidos: impedem a estimulação da secreção de


ácido gástrico ou inibem a ação
 CIMETIDINA e RANITIDINA – Antagonistas Histamina

 OMEPRAZOL , LANZOPRAZOL e PANTOPRAZOL – inibidores

da bomba de prótons
 Bicarbonato ou carbonato de cálcio; hidróxido de alumínio ou de
magnésio (leite de magnésia) e magaldrato – neutralizam o
HCL elevando o pH
Distúrbios Gastrointestinais
 Tratamento convencional dos distúrbios dos TGI

 Antieméticos : impedem ou aliviam sintomas de náusea e


de vômito ou estimulam a peristalse e esvaziamnto
gástrico
 METOCLOPRAMIDA , BROMOPRIDA e DOMPERIDONA
Distúrbios Gastrointestinais
 Constipação
 Transtorno intestinal caracterizado por:
 Dificuldade persistente para evacuar
 Sensação de evacuação insuficiente
 Irregularidade intestinal
 Ausência de sintomas de alarme

 As causas mais comuns:


 Ausência repetida do impulso de defecar
 Dieta pobre em fibras
 Ingestão insuficiente de líquidos
 Uso crônico de laxantes
Distúrbios Gastrointestinais
 Constipação
 Principais sintomas:
 desconforto abdominal,
 formação de gases,
 distensão e dor abdominal.

 Complicações
 formação de fecaloma,
 formação de divertículos,
 fissuras anais e hemorróidas,
 apendicite,
 risco aumentado de câncer
Distúrbios Gastrointestinais
 Diarréia

 Alteração intestinal que implica no aumento da


frequência de evacuações (>3 x/dia), caracterizada pela
presença de fezes mais liquidas.
Distúrbios Gastrointestinais
 Diarréia

 Ocorre em consequência ao excesso de fluidos nas


fezes, por anormalidades na secreção ou na absorção,
classificada como:

 Aquosa: perda de grande quantidade de água durante a


evacuação, podendo estabelecer quadro de desidratação.

 Sanguinolenta: presença de sangue nas fezes, podendo


haver presença de muco e pus. Sugere inflamação ou
infecção do intestino
Distúrbios Gastrointestinais
 Síndrome do intestino irritável
 distúrbio funcional em que a dor e/ou
desconforto abdominal se associam a
evacuação frequentes ou alterações no
hábito intestinal, acompanhado de inchaço, distensão
e alterações na defecação.

 Causas:
 podem ser precedidas por estressores de
natureza psicológica ou física, além de alterações
da motilidade intestinal e da sensibilidade
visceral exacerbada.
Síndrome do intestino irritável
Distúrbios Gastrointestinais
 Doenças Inflamatória Intestinal (DII)
 Condições crônicas que causam inflamação do
revestimento e da parede do intestino, cujo impacto
sobre oTGI (funções digestivas e absortivas) depende
do local, a origem e a extensão da inflamação.
Distúrbios Gastrointestinais
 Colite ulcerativa
 Doença inflamatória crônica, que atinge o cólon e reto,
cuja inflamação mantém-se restrita à sua mucosa
ocorrendo a formação de pequenas ulceras

 Os sintomas são:
 Dor e distensão abdominal
 Diarréia com ou sem sangue
 Urgência para evacuar.
 Anorexia
Distúrbios Gastrointestinais
 Doença de Crohn
 Doença inflamatória, caracterizada por lesões que podem
envolver outros segmentos do canal alimentar, desde a
boca até o ânus.
 Pode causar ulcerações, fístulas, abscessos,
espessamento da mucosa ou até obstrução do lúmen
intestinal
Distúrbios Gastrointestinais
 Diverticulose
 Uma protrusão sacular da mucosa
através da parede muscular do cólon,
ocorre em áreas de fragilidade da
parede intestinal.

 Diverticulite
 Presença de inflamação e de infecção associadas
aos divertículos, mais frequente no cólon sigmóide,
podendo ocorrer ruptura da parede do divertículo,
complicando o quadro inflamatório.
Distúrbios Gastrointestinais
 Tratamento convencional distúrbios do TGI Inferior:
 Laxantes: Aceleram o movimento do bolo alimentar ao longo do
trato gastrointestinal – Metilcelulose, Óleo mineral e Bisacodil
 Estimulantes do peristaltismo: aumentam os movimentos
perístalticos – Domperidona e Bromoprida
 Antidiarréicos: diminuem a irritação causada na mucosa e
controlam a perda hidrica - Cloridrato de loperamida
 Antifiséticos: facilitam a eliminação dos gases – Dimeticona
 Antiinflamatórios: controle da inflamação intestinal
 Terapia nutricional
Fitoterapia como recurso
terapeutico
Fitoterapia e TGI
O uso das ervas ampliando a variedade e a
adequação da alimentação

Ervas como fontes de nutrientes

Efeito na digestibilidade e melhoria do


aproveitamento e da aceitabilidade da alimentação

As ervas como coadjuvantes do tratamento

As ervas na melhoria da qualidade de vida


Fitoterapia e TGI
 OBJETIVO DO USO FITOTERAPIA?
 Preventiva OU Reparadora
 Antioxidante e regeneradora
 Complementar

 QUAL A IMPORTÂNCIA DA
SUPLEMENTAÇÃO???????
Fitoterapia e TGI
 EM QUE CASOS UTILIZAR?

 Algumas patologias que apresentam melhora clínica


SIGNIFICATIVA
 Circulatórias
 Degenerativas
 Respiratórias
 Imunológicas
 Digestivas
 Hormonais
 Emocionais
Fitoterapia e TGI
Antes da prescrição deve ser considerado

Aspectos relativos ao paciente


Queixa principal
Desequilíbrios corpóreos
A sensibilidae do paciente a droga
O peso corporal do paciente
Associação das plantas medicinais
Interação com outras substâncias
Fitoterapia e TGI
 Aspectos relativos ao paciente
 Algumas plantas tem ação aguda e intensa
 Doses mais baixas: Pimenta; alho; alecrim;
mentha; poejo

 Algumas plantas tem ação menos intensa


 Doses mais altas: Melissa; espinheira santa;
passiflora; dente de leão
Ação dos Fitoterápicos no TGI
 Modulação Digestiva – TGI superior
 Ação enzimáticas e carminativas (reduzem
atividade antiinflamatória e aumentam a
digestibilidade)
 Substâncias amargas
 Óleos essenciais
 Anticolinérgicos
 Alcalóides

 MODULAÇÃO INTESTINAL - Mucilagens


Fitoterápicos – princípio amargo
 Existe um número grande de plantas cujos
componentes possuem um sabor amargo.
 Na fitoterapia as plantas que possuem estes
componentes, estimulam intensamente a secreção
dos sucos gástricos e desenvolvem uma ação tônica
geral.
 efeito obtido pela presença do óleo essencial que
estimula, por vias reflexas, a secreção gástrica.

 Deve-se administrar aproximadamente 30 min.


antes das refeições
Fitoterápicos – princípio amargo
 Formas mais usadas são as tinturas classificadas em:
 Óleos essenciais (terpenóides)
 mono, di e triterpenos
 Outros compostos
 flavonóides,
 oligossacarídeos e alcalóides

 Possuem ação:
 anti-séptica, antibacterianas e antiparasitárias

 ADVERTÊNCIA: Os princípios amargos não devem


ser administrados em casos de hiperacidez gástrica
ou úlcera em atividade
 Tabela Kaluf Plantas
Fitoterápico com ação carminativa
 Espécies vegetais carminativas (anti-flatulência) tem
a função de eliminar o excesso de gases
provenientes do trato digestivo
 Origem gástrica (dispepsias, úlceras, e gastrites)
 Origem intestinal (fermentação excessiva, colites,
constipação)

 Pode ser usada com espécies amargas


espasmolíticas:
 picantes (gengibre)
 Sedativas (tília, passionária, valeriana)
Fitoterápico com ação carminativa
 PRINCÍPIOS ATIVOS:
 Óleos essenciais: ação antisséptica e
redução dos processos fermentativos

 Flavonóides: ação espasmolítica sobre o


músculo liso GI e de vias biliares, melhora
na motilidade e secreção gástrica
Fonte: KALLUF, 2015
Continuação

Fonte: KALLUF, 2015


Fonte: KALLUF, 2015
Fitoterapia
 Espécies vegetais com enzimas digestivas
 • Contém proteases em seus princípios ativos
 • Fundamentais nos casos de deficiência de suco
gástrico
 • Papaína= mamão ( látex do fruto maduro)
 • Bromelaína= abacaxi (caule do abacaxi)
 São enzimas que favorecem a degradação de
peptídeos
Fisiologia Gastrointestinal
 Papaína e Bromelaína
 São enzimas que favorecem a degradação de peptídeos
com intensidade comparada a da pepsina
 Com atividade antiinflamatória
 ↓ atividade proteolítica quando provêm de frutos
maduros
A fitoterapia e o funcionamento
intestinal
 Diarréia
 As plantas compropriedades antidiarréicos são
classificadas em:
 Plantas com Taninos (capacidade adstringente)
 Adsorventes e absorventes (atraem toxinas)
 Modificadores da motilidade (reduz irritação )
 Mistos e Coadjuvantes
Fonte: KALLUF, 2015
A fitoterapia e o funcionamento
intestinal
 Transtornos Comuns

 Obstipação e constipação:

 Alteração funcional do trânsito intestinal


 Deficiência na intensidade do peristaltismo
 ↓ do trânsito intestinal
Fisiologia Gastrointestinal
 Classificação dos laxantes vegetais

 Formadores de massa ou volume


 São em geral compostos mucilaginosos e
hidrofílicos
 ↑ a massa fecal e estimula os reflexos evacuatórios

 ADVERTÊNCIA: Não podem ser utilizados quando


há obstrução intestinal total ou parcial e dores de
causas desconhecidas. Podem dificultar a absorção
de vitaminas e minerais
Fonte: KALLUF, 2015
Fonte: KALLUF, 2015
Fitoterapia nas glândulas anexas
 Fígado e Vesícula

 Para a ênfase do processo digestivo é importante a


função colerética do fígado e a colagoga da vesícula
e a boa tonicidade das vias biliares
Fisiologia Gastrointestinal
 Colerética (incremento na produção de bile),
 Colagoga (favorecem a excreção da bile do fígado
para a vesícula biliar e desta para o intestino
delgado)

 Colaboram na digestão das gorduras

 ADVERTÊNCIA: são contra –indicadas nos casos de


oclusão das vias biliares e nos estados
degenerativos hepáticos
Fonte: KALLUF, 2015
Fonte: KALLUF, 2015
Fonte: KALLUF, 2015
Fitoterapia no TGI
 A atividade de uma droga vegetal não deve
necessariamente ser igual a de seu princípio
ativo isolado, pois na droga vegetal coexistem
muitas substâncias que podem moderar ou
sinergizar efeitos de outra
ABACAXI
 Nome científico: Ananas sativus
 Família: Bromeleacea.
 Nome popular: Abacaxi
 Constituintes químicos: Sua enzima bromaleína tem
atividade digestiva, comparável à ação da pepsina e da papaína
favorecendo a degradação dos peptídios.
 Tem vitamina A, B e C, fibras, compostos fenólicos, etc.
 Indicação: Digestivo, carminativo, laxante, antiinflamatório.
 Parte utilizada: Fruto.
 Modo de usar: Ingerir a polpa do fruto junto às refeições.
Com as cascas em maceração, pode-se fazer o suco.
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: O fruto verde provoca
efeitos purgantes, sensação de queimação e ardência na boca.
 Contra-indicações: Pacientes em uso de anticoagulantes.
CARDAMOMO
 Nome Científico: Elettaria cardamomum
 Família: zingiberaceae
 Nomes Populares: Cardamomo do Ceilão
 Constituintes químicos: Óleo essencial; resina;, cineol, ferro,
fósforo, heptano, linalol, limoneno, mucilagens nitrogenadas, terpinol-
acetato, terpinol.
 Indicação: O principal uso terapêutico do cardamomo consiste em
aliviar o desconforto no tubo digestivo alto. Carminativo,
antiespasmódico, sialagogo, aperiente.
 Parte Utilizada: sementes
 Modo de Preparo: Especiaria culinária ou 3g de sementes secas (1
colher de sobremesa para cada xícara de água ) em decocto após as
refeições.
 Efeitos Adversos: Vômitos em doses elevadas
ALECRIM
 Nome Científico: Rosmarinus officinalis
 Família: Labiatae (Lamiaceae)
 Outros Nomes Populares: alecrim-comum, flor-de-olimpo, rosa-
marinha.
 Usos: Oral: dispepsia (distúrbios digestivos)
 Parte Utilizada: folhas
 Princípios Ativos: Óleo essencial: α-pineno, 1,8 cineol, mirceno,
cânfora e verbenona, entre outros monoterpenos e sesquiterpenos.
 Modo de Preparo: Chá por infusão de 3 a 6g (1-2 colheres de
sopa) das folhas em 150mL de água. Tomar 1 a 2 xícaras de chá por
dia.

 Observações:
 •Não deve ser usado em pessoas com gastroenterites, histórico de
convulsões e em gestantes.
 •Uso apenas em maiores de 12 anos.
AROEIRA DO SERTÃO
 Nome científico: Myracrodruom urundeuva Fr. All.
 Família: Anacardeaceae
 Constituintes químicos: A casca é rica em taninos e em outros
compostos fenólicos. O óleo essencial obtido das folhas tem mais de
16 constituintes, sendo os mais importantes o alfa pineno, o gama
terpineno e o betacariofileno.Têm ação anti-histamínica.
 Indicações: Atividade antiúlcera, anti-inflamatória, cicatrizante,
adstringente, antimicrobiana.

 Parte usada: Casca do caule.
 Modo de usar: Tintura, xarope, decocto, sabonete.
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em alta concentração, pode
provocar irritação do aparelho gastrintestinal. Também pode
provocar alergia de pele e alergia respiratória.
 Contra-indicações: Pacientes sensíveis a esta planta.
AROEIRA DO SERTÃO
 Estudos realizados com o extrato hidroalcoólico,
em ensaios pré-clínicos, evidenciaram efeito
antiinflamatório, cicatrizante e antiúlcera.

 Uma avaliação clínica da planta para o tratamento de


úlcera foi realizada através da utilização do elixir da
aroeira administrado diariamente, por via oral, pela
manhã e à noite, durante 30 dias a 12 indivíduos
portadores de úlcera gástrica.

 Seis deles, ao final do tratamento, apresentaram


completa cicatrização do processo ulceroso.
BABOSA
 Nome científico: Aloe vera L.
 Família: Liliaceae.
 Nomes populares: Babosa, erva babosa, caraguatá.
 Constituintes químicos: Planta rica em antraquinonas, dentre elas a
baboleína e aloína, que atuam na mucosa intestinal diminuindo a absorção de
eletrólitos e de água, aumentando o peristaltismo e a secreção mucosa. Tem
ação colagoga e atua na cicatrização da úlcera gástrica.
 Tem, ainda, resinas, saponinas, mucilagem, lignina, vitaminas e minerais.
 Indicações: Inflamações, constipação (ação laxante/purgante), infecções.
 Parte utilizada: Sumo mucilaginoso das folhas.
 Modo de usar: Sumo alcoolatura, supositórios e pomadas Produtos
prontos) risco de Toxicidade.
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Pode causar nefrite em crianças, quando
em uso oral. Causa retenção de líquidos e congestão dos órgãos abdominais.
 Contra-indicações: Gravidez, pacientes com problemas renais e doenças
inflamatórias do intestino.

BOLDO
 Nome científico: Peumus boldus Molina.
 Família: Monimiaceae.
 Nomes populares: Boldo do Chile, boldo verdadeiro.
 Constituintes químicos: Os alcalóides, como boldina* (25 a 30% dos
alcalóides), esparteína e isocoridina, junto com seus flavonóides e o glicosídio
boldoglucina, têm ação protetora sobre a membrana dos hepatócitos, diminui
o dano oxidativo mitocondrial e estimula a secreção da bílis.
 Indicações: Dispepsias, afecções hepáticas, cálculos biliares e gases
intestinais.
 Parte utilizada: Folhas.
 Modo de usar: Infusão, 200 mL de chá a 5%, 5mL de extrato Fluído e 25mL
de tintura.
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Altas doses do seu óleo essencial podem
provocar irritação renal, vômitos e diarréia. Pode provocar convulsões.
 Contra-indicações: Crianças, lactantes e pacientes com obstrução das vias
biliares. La esparteína tem provoca contrações uterinas, daí sua contra-
indicações em grávidas
CANELA
 Nome Científico: Cinnamomum zeylanicum Blume.
 Família: Lauraceae
 Nome popular: Canela, canela verdadeira, canela do Ceilão, canela da Ìndia.
 Constituintes químicos: Rica em óleo essencial., sendo o principal
componente o aldeíldo cinâmico, eugenol (10%). Contém cumarina,
mucilagens, resinas, gomas, taninos condensados e açúcares
 Ensaios pré-clínicos comprovaram atividade miorelaxante e antiinflamatória
sobre músculo liso de traquéia e de íleo de cobaias. Em baixa dose, estimula
o Sistema Nervoso Central e em altas doses tem ação sedativa. Esta
atividade deve-se ao aldeído cinâmico.

 Indicação: Antimicrobiano, antiespasmódico (cólicas intestinais),


carminativo, anestésico local.
 Partes utilizadas: Casca (caule e ramos) e folhas.
 Modo de usar: Infuso e decocto ou como especiaria.
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não referidos na literatura consultada.
 Contra-indicações: Não referidas na literatura consultada.
CAPIM SANTO
 Nome científico: Cymbopogon citratus D.C. Staf.
 Família: Graminae.
 Nomes populares: Capim santo, capim limão, cidreira.
 Constituintes químicos: Suas folhas são ricas em óleos essenciais
que contém citral, cânfora, eugenol, mirceno e alcalóides (farnesol e
geranial).
 Indicações: Antiespasmódico, anti-séptico, carminativo, digestivo e
sedativo.
 Parte utilizada: Folhas.
 Modo de usar: Infuso das folhas verdes ou secas (2 colheres de
sopa/xíc).
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses recomendadas, não há
efeitos adversos. Em altas doses, provoca irritação de mucosas,
aumento do peristaltismo intestinal, taquicardia e sudorese.
 Contra-indicações: Grávidas, lactantes e pacientes com úlcera
gástrica ou duodenal.
CÁSCARA SAGRADA
 Nome científico: Rhamnus purshiana D.C.)
 Família: Rhamnaceae.
 Nomes populares: casca sagrada, cáscara.
 Constituintes químicos: Rica em antraquinonas e antracênicos (6 a 9%)
que se formam nas folhas e se armazenam nas cascas mais velhas. Atua na
permeabilidade da mucosa, aumentando do peristaltismo. Possui de 10 a
30% de aloínas A e B. Possui taninos, resinas, mucilagens, etc.
 Indicações: Laxante, colagoga/colerética.
 Parte utilizada: cascas.
 Modo de usar: Fazer o decocto das cascas e tomá-lo após as refeições.
Extrato seco de 80 a 100 mg/dia) .
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Quando o tratamento é prolongado e a
dose elevada, podem ocorrer: irritabilidade intestinal, nefrites, destruição
dos plexos nervosos intra-colônicos e câncer intestinal.
 Contra-indicações: Grávidas, lactantes e pacientes com úlcera gástricas e
doenças intestinais, como colite ulcerativa e doença de Crohn.
ERVA CIDREIRA
 Nome científico: Lippia alba Mill
 Família: Verbenaceae.
 Nomes populares: Erva cidreira, carmelitana, falsa melissa, cidreira.
 Constituintes químicos: Óleos essenciais (0,5 a 1,5%) contendo
citral (atividade calmante e espasmolítica), mirceno (atividade
analgésica), linalol (atividade anticonvulsivante, juntamente com o
citral), neral e egeranial Seus flavonóides também têm ação sedativa
 Indicações: Cólicas intestinais, má digestão, flatulência, ansiedade e
insônia.
 Parte utilizada: Folhas.
 Modo de usar: Infuso, 2 colheres de sopa por xícara
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses recomendadas, não os
há.
 Contra-indicações: Gravidez e lactação.
ERVA-DOCE
 Nome científico: Pimpinella anisum L.
 Família: Umbelífera ou Apiaceae.
 Nomes populares: Erva doce, anis, pimpinela.
 Constituintes químicos: Óleo essencial (anetol, estragol,
pinenolimoleno, etc). Flavonóides (quercitina e apigenina) e
cumarinas. Favorece a secreção salivar e a secreção gástrica.
 Indicações: antiespasmódica, carminativa e sedativa.
 Parte utilizada: Sementes maduras.
 Modo de usar: Infuso, concentração de 5 a 10% ou extrato
seco de 100 a 300mg/dia
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses recomendas, não
há efeitos adversos e/ou tóxicos.
 Contra-indicações: Grávidas não devem tomá-la em altas
doses, pois pode provocar contrações uterinas.
ESPINHEIRA SANTA
 Nome científico: Maytenus ilicifolia.
 Família: Celastraceae.
 Nomes populares: Espinheira santa, erva santa, cancerosa, sombra
de touro.

 Constituintes químicos: Alcalóides, Flavonóides: derivados da


quercitina e campferol.
 Taninos* hidrolizáveis, ácido clorogênico, terpenos (maitenina,
friedelina e friedelan-3-ol), etc.
 Em estudos pré-clínicos com ratas com úlcera gástrica induzida por
indometacina e estresse físico mostrou atividade contra úlcera
gástrica comparável a ranitidina e cimetidina. Aumenta o volome e Ph
do suco gástrico. O mecanismo de ação proposto é a inibição da
bomba de próton, etapa final comum das vias reguladoras da
secreção gástrica.
ESPINHEIRA SANTA
 Indicação: Gastrite, dispepsia e úlcera gástrica. Também tem
atividade cicatrizante e antimicrobiana.

 Parte utilizada: Folhas e ramos.

 Modo de usar: Extratos e Tinturas – Extratos padronizados cujas


doses diárias devam alcançar 60 a 90 mg de Taninos. Infusão: 1 a 2 g
em 150 mL de água – Utilizar uma xícara de chá 3 a 4x/dia.

 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não referidos na literatura


consultada.

 Contra-indicações: Grávidas e lactantes (há menção, não


confirmada, da diminuição da produção de leite).
GOIABEIRA
 Nome científico: Psidium guajava L.
 Família: Myrtaceae.
 Nomes populares: Goiabeira, goiaba.

 Constituintes químicos: Nas folhas, os principais


constituintes químicos são: taninos (9 a 10%), como:
penduculaginas e guacinas). Tem, ainda, flavonóides
(quercetina, avicularina e guajaverina) e óleos essenciais.
 A quercitina é a principal responsável pela atividade
antidiarréica por diminuir a produção de acetilcolina, que
é um estimulante da contração dos músculos lisos
intestinais e de outros músculos lisos de contração
involuntária. A quercitina está mais presente nas cascas e
nas folhas.
GOIABEIRA
 Indicação: Antidiarréica, antimicrobiana,
hipogliceminate.

 Parte utilizada: Folhas e frutos


 Modo de usar: Infuso dos gomos foliolares verdes ou
das cascas e folhas.

 Efeitos adversos e/ou tóxicos: O cozimento das


partes aéreas desta planta pode apresentar
concentrações elevadas de quercetina (44%). Quando a
dosagem atinge 800mg/Kg, resulta ação mutagênica.

 Contra-indicações: Grávidas e lactantes.


HORTELÃ
 Nome Científico: Mentha sp.
 Família: Lamiaceae
 Usos Populares: ação digestiva, carminativa, antiespasmódica,
colagoga. Também possui grande uso na culinária e aromaterapia.
 Parte Utilizada: folhas e sumidades floridas.

 Princípios Ativos: óleo essencial (que consiste em mentol,


mentona, cineol e limoneno), flavonoides, taninos e resinas.
 Modo de Preparo: chá por infusão das folhas e sumidades floridas,
3g para 100 mL de água 3x/dia.

 Observações: O óleo essencial é fotossensibilizante e não


recomendado para uso oral, pois doses elevadas têm ação abortiva e
hepatotóxica. A essência irrita a mucosa ocular (conjuntiva) e é
contra-indicada para gestantes, lactentes, crianças de pouca idade e
pessoas com cálculos biliares.
MACELA
 Nome científico: Egletes viscosa Cass.
 Nomes populares: Marcela ou macela-da-terra
 Família: Compositaes.
 Constituintes químicos: ácido centipédico e ternatina
(ação antiespasmódica) e acetato de trans-pinocarveila.

 Indicações: Cólicas intestinais, diarréia, dispepsia, azia e


enxaqueca.
 Parte utilizada: Flores.
 Modo de usar: Infuso de 1 a 3 % de flores secas. Tomar três
vezes ao dia.
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Na literatura consultada,
não há referência.
 Contra-indicações: Na literatura consultada, não há
referência.
MAMOEIRO
 Nome científico: Carica papaya L.
 Família: Caricaceae.
 Nome popular: Mamoeiro
 Constituintes químicos: Papaína, conhecida como pepsina vegetal, responsável pela
ação digestiva. A quimopapaina e papaiaproteinase têm a mesma função. As resinas e
as fibras são responsáveis pela ação laxante.
 A fruta madura pode ser comida crua, mas a verde precisa ser cozida.

 Indicações: Digestivo, laxante, anti-inflamatório e vermífugo.


 Parte utilizada: Fruto, leite do fruto verde, folhas e sementes.
 Modo de usar: Como laxante, deve-se ingerir a polpa do fruto madura, junto às
refeições.
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: o uso de grande quantidade de folhas pode trazer
problemas cardíacos devido à presença da carpaina. O consumo excessivo do fruto
deixa as mãos amareladas. As sementes são abortivas e o látex das folhas e do fruto
verde produz irritação de peles e mucosas. Em pessoas sensíveis, a papaína produz
reações respiratórias alérgicas.
 Contra-indicações: Nas doses recomendas não há contra-indicações,
principalmente o uso do fruto.
PITANGA
 Nome científico: Eugenia uniflora
 Nome Popular: Pitanga.
 Família: Mirtaceae.
 Constituintes químicos: As folhas contêm óleos essenciais,
como o eugenol e o cineol e ácidos fenólicos. Tem, também,
flavonóides (quercitina e a quercitrina) e taninos.

 Estudos pré-clíncos demonstraram ação antimicrobiana,


principalmente para gram(+), antoxidante, diurética e anti-
hipertensiva.
 Contudo, seu uso mais importante é no tratamento da
disenteria. Ela aumenta a absorção de água e diminui os
movimentos peristálticos.
 O eugenol do óleo essencial tem propriedades carminativa,
eupéptica e antisséptica.
PITANGA
 Indicações: Disenteria, hipertensão arterial.
 Parte utilizada: Folhas

 Modo de usar: Infuso das folhas.

 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Não se conhecem


efeitos adversos do uso da Pitanga

 Contra-indicações: Não se aconselha o uso


durante a gravidez e a amamentação.
SAIÃO
 Nome científico: Kalanchoe brasiliensis Camp.
 Família: Crassulaceae.
 Nomes populares: Coirama, coirama-brava, coirama branca.
 Constituintes químicos: Briofilina; ácido caféico, ferúlico e
cinâmico; esteóides e flavonóides (quercitina e kaempferol). Tem alto
teor de mucilagens.
 Estudos laboratoriais confirmaram a ação antiinflamatória, analgésica
e bactericida.
 Indicações: Gastrites, úlceras, inflamações e infecções.
 Parte utilizada: Folhas
 Modo de usar: Sumo da folha fresca, infuso, alcoolatura e xarope

 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Diminuição da pressão arterial.


 Contra-indicações: Gestantes, hipotensos e portadores de
alterações da função da tireóide.
SENE
 Nome científico: Cassia angustifolia.
 Família: Fabaceae.
 Nomes populares: Sena ou sene.
 Constituintes químicos: Planta rica em antraquinonas, como
glicosídeos de diatrona e senosídeos. Possui flavonóides mucilagens e
resinas.
 Indicações: Laxante e antimicrobiano.
 Partes utilizadas: Folhas (folíolos) e frutos (vagens).
 Modo de usar: Infuso. 10g para 100 mL de água 2x/dia. Extrato seco
até 2g/dia.
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Quando o tratamento é
prolongado e a dose elevada, podem ocorrer: irritabilidade intestinal.
 Contra-indicações: Grávidas, lactantes e pacientes com úlcera
gástricas e doenças intestinais, como colite ulcerativa e doença de
Crohn.

TAMARINDO
 Nome científico: Tamarindus indica L.
 Família: Leguminosae
 Nome popular: Tamarindo
 Constituintes químicos: A polpa do fruto maduro contém ácidos
orgânicos (tartárico, acético, e cítrico). As folhas e as raízes têm alta
concentração de flavonóides e as sementes têm óleos essenciais, sendo os
principais os ácidos linoleico (55%) e oléico (15%).

 Estudos pré-clínicos evidenciaram atividade laxante, bem como atividade


antimicrobiana para diversos germes, como a Eschericha coli., razão de sua
utilização no tratamento da infecção urinária.
 Indicação: Laxante, diurético e antimicrobiano.
 Partes utilizadas: Polpa do fruto, folhas.
 Modo de usar: Da polpa, faz-se o suco. Das folhas, o infuso.
 Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses recomendadas, não referência
na literatura consultada.
 Contra-indicações: Nas doses recomendadas, não referência na literatura
consultada.
MIL FOLHAS
 Nome Científico: Achillea millefolium L.
 Família: Compositae (Asteraceae)
 Outros Nomes Populares: novalgina, aquileia, atroveran.
 Usos: para falta de apetite, dificuldade de digestão, febre, inflamação e
cólicas.
 Parte Utilizada: partes aéreas2.

 Princípios Ativos: óleo essencial (composto de terpenos como o


cineol, borneol, pinenos) derivados terpênicos e sesquiterpênicos,
taninos, mucilagens, cumarinas, resinas, saponinas e princípio amargo;
lactonas e flavonoides.

 Modo de Preparo: chá por infusão de 1 a 2g das partes aéreas secas


em 150mL (uma xícara de chá) de água. Tomar 150mL do infuso, 10
minutos após o preparo, três a quatro vezes ao dia, entre as refeições
MIL FOLHAS

 Observações:
 Consumo proibido para menores de 12 anos.
 •Não deve ser administrado em paciente portadores
de úlceras gastroduodenais ou oclusão das vias
biliares; o uso acima das doses recomendadas pode
causar cefaleia e inflamação, e quando prolongado
pode provocar reações alérgicas.

 •O princípio amargo contido nesta planta faz o efeito


necessário no tratamento de falta de apetite
(anorexia) e dificuldade de digestão (dispepsia).
LARANJA AMARGA
 Nome científico: Citrus aurantium L.
Família: Rutaceae.
Outros nomes populares: tangerina-morgote
Constituintes químicos: acetato de linalina, acetado de
geraniol, acetado de geranilo, ácido ascórbico (vitamina C),
naringina, nobeletina, nerol, pectinas, pineno, proteínas, roifolina,
substâncias amargas, niacina.

 Propriedades medicinais: alcalinizante, antiespasmódica,


antiinflamatória, anti-séptica, antiulcerogênica, carminativa,
colagoga, depurativa, digestiva, diurética, estimulante estomacal,
laxante.
LARANJA AMARGA
 Indicações: acidose, ácido úrico, abrir o apetite, artritismo,
asma, cólera, constipação intestinal, dispepsia, distúrbios
metabólicos, diurese, dor de cabeça, doenças das vias
respiratórias, espasmo, estomatite, estimular a digestão,
escrofulose, estresse, escorbuto, febre, gases, gastralgia, gripe,
insônia, nevralgias, pneumonia, prisão de ventre, taquicardia.
Parte utilizada: folhas, flores, frutos.
Contra-indicações/cuidados: não encontrados na literatura
consultada.
Modo de usar:
- infusão ou decocção de 2 colheres das de sopa de folhas ou
flores picadas, em 1 litro de água fervente. Tomar 1 xícara, 3
vezes ao dia;
- ao natural com o bagaço, ou sob forma de suco.
PARIPAROBA
 Nome Científico: Pothomorphe umbellata
 Família: Piperaceae
 Outros Nomes Populares: aguaxima, caapeba e lençol-de-
santa-bárbara
 Usos: anti-úlcera, colagoga e anti-hepatotóxica.

 Parte Utilizada: Raiz e folhas


 Princípios Ativos: Suas folhas possuem óleo essencial (trans-
nerolidol, D-germacreno, trans-cariofileno, β-elemeno, óxido
de cariofileno, α-selineno e espatunelol), N-benzoilmescalina.

 Modo de Preparo: no tratamento de distúrbios hepáticos é


usada popularmente macerando as folhas em água, e
ingerindo-a em seguida.
PARIPAROBA
 Observações:
 Produz maior ou menor concentração de óleo essencial
em suas folhas dependendo da sombra a que é
submetida em seu desenvolvimento, sendo o melhor
nível o sombreamento bem fraco.

 A pariparoba compôs a 1ᵃ edição da Farmacopeia


Brasileira em 1926, porém, foi retirada em sua 2ᵃ edição,
em 1959. Atualmente, não está na lista de plantas
medicinais e/ou fitoterápicos regulamentados pela Anvisa.
 Sugere-se que o N-benzoilmescalina possui atividade
bactericida contra Helicobacter pylori (sem comprovação)
ALCACHOFRA
 Nome científico: Cynara scolymus L.
Família:Asteraceae.
Outros nomes populares: artichoke (inglês), carciofo (italiano).
Constituintes químicos: cinarina (ácidos 1,5-dicafeilquínico de 0,02 a
0,03%), sais minerais (fósforo, ferro, potássio, cloro, cálcio, enxofre, sódio,
magnésio e silício), ácido clorogênico, ácido caféico, mucilagem, pectina,
tanino, ácidos orgânicos: málico, glicérico e glicólico, glicosídeo
componentes flavônicos glicosilados (cinarosídeo, scolimosídeo,
cosmosídeo), cinaropicrina (amargo), enzimas (cinarase, oxidase,
ascorbinase, catalase, peroxidase), vitaminas (pró-vitamina A, B1, B2, C).

 Propriedades medicinais: antiesclerótico, anti-tóxico, colagogo,


depurativa, digestivo, diurético, hepático, hipotensor, laxante, colerético,
febrífugo, anti-reumática, hipoglicemiante, antiuréica, anticolesterogênica.
ALCACHOFRA
 Indicações: ácido úrico, afecções hepatobiliares, possui capacidade de
ativar a excreção biliar.
Parte utilizada: folhas, brácteas (cabeça), raiz.
Contra-indicações/cuidados da: lactantes (cinaropicrina e a cinarase
promovem a coagulação do leite) e em casos de fermentação intestinal.
Efeitos colaterais: não encontrados na literatura consultada.
Modo de usar da Alcachofra: decocção; infusão.
decocção: das folhas 5%, ferver 10-12 minutos. Duas ou três xícaras ao dia
(preparar cada dose separadamente, para uso imediato);

 infusão: folhas picadas (2 colheres de sopa) em 1 litro de água. Tomar 1


xícara (chá) 3 vezes ao dia, após as refeições

 extrato hidroalcóolico: 0,5 a 1 g / dia;


extrato seco: 100 a 150 mg / dose. Tomar 3 vezes ao dia após as principais
refeições;
CARQUEJA
 Nome Científico: Baccharis trimera
 Família: Asteraceae (Compositae)
 Outros Nomes Populares: carqueja-do-mato, vassoura-de-botão
 Usos: Dispepsia (distúrbios da digestão). Seu extrato metanólico
apresenta potencial como adjuvante no tratamento da obesidade e
de dislipidemias, uma vez que inibe a atividade da enzima lipase
pancreática.
 Parte Utilizada: haste florífera.

 Princípios Ativos: Substâncias amargas, óleo essencial (carquejol),


substâncias resinosas, saponinas.

 Modo de Preparo: Chá por infusão. 2,5 colheres de chá da planta


picada em 1 xícara de chá (150mL) de água. Tomar uma xícara de chá
de 2 a 3 vezes por dia. Uso somente em adultos.
CARQUEJA

 Observações:
 •Publicações populares indicam a carqueja para o tratamento
de úlcera, diabetes, malária, anginas, anemia, diarreias, garganta
inflamada, vermes intestinais, febre, esterilidade feminina e
impotência masculina. Destes, foram comprovados
cientificamente as propriedades hepato-protetoras, digestiva,
antiúlcera, antiácida, anti-inflamatória, analgésica e na redução
dos níveis de açúcar no sangue1.
 •Não deve ser utilizado em grávidas, pois pode promover
contrações uterinas Evitar o uso concomitante com
medicamentos para hipertensão e
Referencias Bibliográficas
 ALBUQUERQUE, R. L. et al. Chemical composition and antioxidant activity of Plectranthus grandis andP. ornatus essential oils from north-eastern Brazil. Flavour
and Fragrance Journal, v. 22, n. 1, p. 24-26, jan/fev 2007
 ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos e Nutracêuticos. Rosário/Argentina:Corpus Libros, 2004
 BRASILEIRO, B. G. et al. Antimicrobial and Cytotoxic Activities Screening of Some Brazilian Medicinal Plants Used in Governador Valadares District. Rev.
Bras. Cienc. Farm., São Paulo, v. 42, n. 2, jun 2006.
 CARRICONDE, C. Introdução ao Uso de Fitoterápicos nas Patologias de APS. Olinda: Centro Nordestino de Medicina Popular, 2002.
 CUPPARI, L. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar – UNIFESP; Nutrição Clínica no Adulto. 2 ed. São Paulo: Manole, 2005.
 GULBERT, B; FERREIRA, J.L. P; ALVES, L. F; Monografias de plantas medicinais brasileiras e aclimatadas. Curitiba: Abifito, 2005.
 LEITE, J. P. V. Fitoterapia: bases científicas e tecnológicas. São Paulo: Atheneu, 2009.
 LINDBERG, G.; et al. World Gastroenterology Organisation Global Guidelines. WGO Practice Guidelines: Constipação. World Gastroenterology
Organisation, 2010.
 MAHAN, L. K., ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2005.
 MATOS, F.J. A , LORENSI, H. Plantas medicinais do Brasil: Nativas e Exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.
 MILLS, S. KERRY, B. Principles and Practice of Phytoteraphy: Modern Herbal Medicine. London: Churchil Livingtone, 2000.
 NEWALL, C.A, ANDERSON, L.A, PHILLIPSON, J.D. Plantas Medicinais: guia para profissional de saúde. São Paulo: Premier, 2002. Tradução
de Mirtes Frange de Oliveira Pinheiro.
 PEREIRA, F. L.; FERNANDES, J. M.; LEITE, J. P. V. Ethnopharmacological Survey: a Selection Strategy to Identify Medicinal Plants for a Local Phytotherapy
Program. Braz. J. Pharm. Sci., São Paulo, v. 48, n. 2, jun 2012.
 PHILLIP, R.B. Herbal-Drug interaction and adverse effects: an evidence based quick reference guide. London: Medical Publish, 2004.
 QUINTANS-JÚNIOR, L. J. et al. Antinociceptive and anti-inflammatory effects of Costus spicatus in Experimental Animals. Pharmaceutical Biology, v. 48, n.
10, out 2010. p. 1097-1102.
 RODRIGUES, T. S. et al. Métodos de secagem e rendimento dos extratos de folhas de Plectranthus barbatus (boldo-da-terra) e P. ornatus (boldo-miúdo). Rev.
bras. plantas med., Botucatu, v. 13, n. spe, 2011.
 SCHULZ, V., HANSEL, R.; TYLER, V. E. Fitoterapia Racional: um guia de Fitoterapia para as ciências da saúde. Manole. São Paulo, 2002.
Tradução de Glenda M. de Sousa.
 SILVA, R. C. Plantas Medicinais na Saúde Bucal. Vitória: Rozeli Coelho Silva, 2002.
 SILVA, S.M.C.; MURA, J.D.P. Tratado de alimentação e nutrição e dietoterapia. São Paulo,: Roca, 2007.
 SOUZA, S. P. et al. Seleção de extratos brutos de plantas com atividade antiobesidade. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.14, n.4, p.643-648, 2012.

Você também pode gostar