Você está na página 1de 12

 Categoria MEI: Doceiro;

 Consulta Prévia ou de Viabilidade de endereço > fazer antes de formalizar o negócio;

Emissão de nota fiscal

VEJA OS CRITÉRIOS PARA FORMALIZAÇÃO DO MEI


Os procedimentos de registro e legalização do MEI (Microempreendedor Individual)
compreendem um conjunto de atos realizados, eletronicamente, pelos órgãos e entidades
responsáveis pela legalização, inscrições tributárias, alvarás de funcionamento e demais

licenciamentos, a que estão sujeitos o MEI.

A formalização do MEI é gratuita e deve ser feita pelo Portal do Empreendedor, no endereço
http://www.portaldoempreendedor.gov.br.

O empreendedor ainda não inscrito como empresário individual na Junta Comercial poderá se
formalizar a qualquer tempo.

Nesta Orientação, examinamos as regras para formalização do MEI.

1. CONCEITO DE MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

Considera-se Microempreendedor Individual o empresário que exerce profissionalmente


atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços,
excluindo-se deste conceito o que exerce profissão intelectual, de natureza científica,

literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício


da profissão constituir elemento de empresa, ou o empreendedor que exerça as atividades de
industrialização, comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que atenda,
cumulativamente, às seguintes condições:
a) tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 ou, no caso de
início de atividades, de até R$ 6.750,00 multiplicados pelo número de meses compreendidos
entre o mês de início de atividade e o final do respectivo ano-calendário, considerada a fração
de mês como um mês completo;

b) seja optante pelo Simples Nacional;

c) exerça, de forma independente, tão somente atividades permitidas à opção pelo Simei,
conforme Anexo XI da Resolução 140 CGSN/2018 (Portal COAD). Entende-se como
independente a ocupação exercida pelo titular do empreendimento, desde que este não

guarde, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade,


subordinação e habitualidade;

d) não possua mais de um estabelecimento;

e) não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador;

f) possua até um empregado que receba exclusivamente um salário-mínimo ou o piso salarial


da categoria profissional.

Para efeito do disposto na letra “c”, e observadas as demais condições previstas na legislação,
poderá enquadrar-se como MEI o empresário individual que exerça atividade de
comercialização e processamento de produtos de natureza extrativista.

1.1. IMIGRANTE/REFUGIADO

O imigrante, o refugiado, bem como o solicitante de reconhecimento da condição de refugiado


poderão formalizar-se como MEI desde que atendam às condições para enquadramento
previstas no item 1 e aos demais requisitos examinados nesta Orientação.

Considera-se imigrante a pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se
estabelece temporária ou definitivamente no Brasil.
Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que:

a) devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade,


grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou
não queira acolher-se à proteção de tal país;

b) não tendo nacionalidade e estando fora do país onde antes teve sua residência habitual,
não possa ou não queira regressar a ele, em função das circunstâncias descritas no inciso
anterior;

c) devido à grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de
nacionalidade para buscar refúgio em outro país.

1.2. SALÃO-PARCEIRO

O salão-parceiro, de que trata a Lei 12.592/2012, não poderá se enquadrar como MEI.
Considera-se salão-parceiro o salão de beleza que celebra contratos de parceria, por escrito,
com os profissionais que desempenham as atividades de cabeleireiro, barbeiro, esteticista,

manicure, pedicure, depilador e maquiador.

2. PESQUISA PRÉVIA

Antes de iniciar o processo de inscrição, o interessado deverá realizar, por meio do Portal do
Empreendedor, a pesquisa da descrição oficial do endereço para exercício das atividades
desejadas e da possibilidade de exercê-las nesse local, junto à Prefeitura Municipal ou, no caso
do Distrito Federal, à Administração Regional.

Caso os órgãos e entidades se manifestem positivamente quanto às pesquisas efetuadas, os


dados que lhes deram origem, e que forem pertinentes, assim como os resultados, deverão ser
mantidos inalterados e ser integrados aos aplicativos a serem utilizados nas fases
subsequentes do processo de inscrição e legalização.

Os resultados negativos das pesquisas deverão ter os respectivos motivos informados e,


quando necessário, dadas as orientações de onde buscar informações para saná-los.

3. INSCRIÇÃO COMO MEI

O registro e a legalização do MEI devem ser feitos pela internet, através do Portal do
Empreendedor, no endereço http://www.portaldoempreendedor.gov.br, pelo próprio
empreendedor ou, opcionalmente, por intermédio de escritórios de serviços contábeis
optantes

pelo Simples Nacional, individualmente ou por meio de suas entidades representativas de


classe, por órgãos e entidades dos entes federados, Sebrae, por outras entidades ou outros
prepostos. No Portal do Empreendedor, deverá ser preenchido formulário eletrônico de
inscrição e enviado pela internet.

Os dados informados e as declarações efetuadas no formulário eletrônico serão transmitidos


para as bases de dados das Juntas Comerciais e da Secretaria da Receita Federal do Brasil,
automaticamente, e a inscrição será confirmada com o fornecimento, para o MEI,
respectivamente, do Nire (Número de Identificação do Registro de Empresa) e do número de
inscrição no CNPJ, que serão incorporados ao CCMEI (Certificado da Condição de
Microempreendedor Individual).

3.1. PROIBIÇÃO DE COBRANÇA DE TAXAS

A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e ainda as demais entidades e órgãos


não podem exigir taxas, emolumentos, custos, inclusive prévios e suas renovações, ou valores
a qualquer título referentes à abertura, à inscrição, ao registro, ao funcionamento, ao alvará, à
licença, ao cadastro, às alterações e procedimentos de baixa e encerramento e aos demais
itens relativos ao MEI, incluindo os valores referentes a taxas, a emolumentos e a demais
contribuições relativas aos órgãos de registro, de licenciamento, sindicais, de regulamentação,
de anotação de responsabilidade técnica, de vistoria e de fiscalização do exercício de
profissões regulamentadas.

3.2. DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE

Nos atos de inscrição, o MEI dará sua conformidade às seguintes declarações, que deverão ser
assinaladas no formulário eletrônico:

a) declaração de Desimpedimento;

b) declaração de opção pelo Simples Nacional e Termo de Ciência e

Responsabilidade com efeito de Alvará de Licença e Funcionamento Provisório;

c) declaração de Enquadramento como Microempresa (ME); e

d) declaração de Capacidade, para os maiores de 16 anos e menores de 18 anos.

3.3.SERVIÇOS PRESTADOS PELOS ESCRITÓRIOS CONTÁBEIS

Os escritórios de serviços contábeis e as suas entidades representativas de classe realizarão os


seguintes atendimentos gratuitos ao microempreendedor:

a) prestação de informações e orientações completas ao empreendedor sobre o que é o MEI,


quem pode ser, como se registra e se legaliza, quais são os benefícios e as obrigações e seus
custos e periodicidade, qual a documentação exigida e que requisitos deve atender em relação
a cada órgão e entidade para obter a inscrição, alvará e licenças a que o exercício da sua
atividade está sujeito;

b) execução dos serviços de apoio necessários:


– ao registro e à legalização do MEI, compreendendo todos os procedimentos constantes do
Portal do Empreendedor, inclusive a emissão dos documentos de arrecadação relativos ao
ano-calendário;

– à opção dos empresários, inscritos até 30-6-2009 na Junta Comercial e no CNPJ, pelo Simei
(Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples
Nacional), observadas as instruções a esse respeito expedidas pelo Comitê Gestor do Simples
Nacional;

c) elaboração e encaminhamento da primeira declaração anual simplificada do MEI, com


emissão dos documentos de arrecadação correspondentes à declaração e ao ano-calendário
da sua entrega, podendo, para tanto, as entidades representativas da classe firmar convênios
e acordos com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de seus
órgãos vinculados.

Os órgãos e entidades dos entes federados prestarão gratuitamente os serviços previstos na


letra “a” e os relativos ao registro e à legalização do MEI.

O interessado em formalizar-se como MEI poderá consultar no Portal do Empreendedor os


escritórios de serviços contábeis e as suas entidades representativas de classe, os órgãos e
entidades dos entes federados e de outras entidades que vierem a prestar os serviços
gratuitos mencionados, assim como os seus endereços completos, respectivos locais de
atendimento, horários de início e término de funcionamento, telefones e e-mails.

4. CONSULTA À BASE DE DADOS DO CNPJ

Por ocasião da inscrição eletrônica, será verificado na base de dados do CNPJ se o


empreendedor já é titular como empresário individual, se tem mais de um estabelecimento, e
se é sócio de sociedade empresária de natureza contratual ou administrador de sociedade

empresária, sócio ou administrador em sociedade simples.


Caso o resultado da verificação seja positivo, impedindo a inscrição, deverão ser informados ao
interessado os respectivos motivos e, quando necessário, dadas as orientações de onde buscar
informações para saná-los.

5. DADOS CADASTRAIS

No ato da inscrição e registro, o MEI deverá inserir o número do CPF, a data de nascimento e o
número do recibo de entrega da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF), se
entregue, ou o número do Título de Eleitor, se não tiver entregado a referida Declaração.
Poderão ser adotados procedimentos de segurança além dos já previstos, inclusive
procedimento específico a ser definido pelo Gestor do Portal do Empreendedor, para a
formalização como MEI dos imigrantes, refugiados e solicitante de reconhecimento

da condição de refugiado.

No ato de inscrição, será realizada a validação do CPF e a verificação de existência de


impedimento para a opção de tornar-se MEI.

Ocorrendo a constatação de existência de incorreção de dado cadastral oriundo do CPF ou


impedimentos, respectivamente, será emitida mensagem de texto com a correspondente
informação, devendo o Microempreendedor Individual:

– no caso de dado cadastral incorreto, dirigir-se à Secretaria da Receita Federal do Brasil e


promover a sua correção, antes de continuar o preenchimento do formulário eletrônico; e

– no caso de impedimento, dirigir-se à Secretaria da Receita Federal do Brasil para obtenção


de informações complementares e de orientações quanto ao tratamento da questão, se
considerado cabível pelo interessado.

Quando ocorrer alteração de nome civil na base de dados do CPF, haverá atualização
automática do nome do empresário e do nome empresarial do MEI.
6. NOME DE FANTASIA

O MEI poderá registrar nome de fantasia. Aquele que atualmente já possua nome de fantasia
cadastrado será mantido pelo sistema e poderá ser alterado a qualquer tempo.

7. CAPITAL SOCIAL

O MEI poderá destacar Capital Social no ato de registro, sendo permitida a alteração do valor a
qualquer tempo.

8. DOCUMENTAÇÃO

Nenhum documento adicional aos requeridos no processo de registro e inscrição eletrônica do


MEI será exigido pelas Juntas Comerciais e pelos órgãos e entidades responsáveis pelas
inscrições tributárias e concessão de alvará e licenças de funcionamento.

Após o cadastramento, o CNPJ, a inscrição na Junta Comercial, no INSS e o Alvará Provisório de


Funcionamento, para as atividades de baixo risco, são obtidos imediatamente, através de um
documento único, que é o CCMEI (Certificado da Condição de Microempreendedor Individual
), exibido no Portal e que deverá ser impresso pelo MEI.

9. TERMO DE CIÊNCIA E RESPONSABILIDADE

O MEI emitirá eletronicamente o Termo de Ciência e Responsabilidade com Efeito de Alvará de


Licença e Funcionamento Provisório, integrante do processo de inscrição do
Microempreendedor Individual.

O Termo contém declaração eletrônica do MEI, sob as penas da lei, que:


a) conhece e atende os requisitos legais exigidos pelo Estado e pela Prefeitura do Município
para emissão do Alvará de Licença e Funcionamento, compreendidos os aspectos sanitários,
ambientais, tributários, de segurança pública, uso e ocupação do solo, atividades domiciliares
e restrições ao uso de espaços públicos; e

b) autoriza a inspeção e fiscalização no local de exercício das atividades, ainda que em sua
residência, quando necessária a comprovação dos referidos requisitos, ciente do
cancelamento do Alvará de Licença e Funcionamento Provisório no caso de não atendimento
desses requisitos.

O MEI manifestará sua concordância com o conteúdo do Termo de Ciência e Responsabilidade,


que permitirá o exercício de suas atividades, exceto nos casos de atividades consideradas de
alto risco. O documento terá prazo de vigência de 180 dias, contados a partir do ato de
inscrição.

9.1. MANIFESTAÇÃO DA PREFEITURA SOBRE O LOCAL ONDE A ATIVIDADE SERÁ EXERCIDA

No prazo de vigência do Termo de Ciência e Responsabilidade com Efeito de Alvará de Licença


e Funcionamento Provisório, a Prefeitura Municipal deverá se manifestar quanto à correção do
endereço de exercício da atividade do Microempreendedor Individual relativamente

à sua descrição oficial, assim como quanto à possibilidade de que este exerça as atividades
constantes do registro e enquadramento na condição de MEI.

Caso, no prazo mencionado, a Prefeitura Municipal não se manifeste quanto à correção do


endereço onde está estabelecido o MEI e quanto à possibilidade do exercício da atividade
empresarial no local desejado, o Termo de Ciência e Responsabilidade se converterá em Alvará
de Funcionamento definitivo.

Manifestando-se contrariamente à descrição do endereço de exercício da atividade, a


Prefeitura Municipal notificará o interessado para que este proceda a devida correção, sob as
penas da legislação municipal.
Havendo manifestação contrária à possibilidade de que o MEI exerça suas atividades no local
indicado no registro, o Município ou o Distrito Federal deverá notificar o interessado,
concedendo-lhe prazo para a transferência da sede de suas atividades, sob pena de
cancelamento do Termo de Ciência e Responsabilidade com Efeito de Alvará de Licença e
Funcionamento Provisório.

As correções serão realizadas gratuitamente pelo MEI por meio do Portal do Empreendedor.

Caso a notificação ocorra após o prazo de vigência do Termo de Ciência e Responsabilidade, o


Município ou o Distrito Federal fixará prazo para que o MEI transfira a sede de suas atividades,
sob pena de cancelamento do referido Termo convertido em Alvará de Licença e
Funcionamento.

Na hipótese de não transferência da sede, o cancelamento terá efeito a partir da notificação


do MEI pelo Município ou Distrito Federal.

O cancelamento efetuado pelo Município ou Distrito Federal, dentro do prazo de vigência do


Termo de Ciência e Responsabilidade com Efeito de Alvará de Licença e Funcionamento
Provisório, cancela o CCMEI definitivamente e perante todos os demais órgãos envolvidos no
registro do MEI.

10. EMISSÃO DO ALVARÁ

Os Municípios ou o Distrito Federal emitirão Alvará de Funcionamento Provisório, que


permitirá o início de operação do estabelecimento imediatamente após o ato de registro, com
o objetivo de licenciar a ocupação do MEI.

Conforme o risco da atividade econômica, será concedido o Alvará de Funcionamento para o


MEI:

a) instalado em área ou edificação desprovidas de regulação fundiária, edilícia e imobiliária,


inclusive habite-se; ou

b) em residência do MEI, na hipótese em que a atividade não gere grande circulação de


pessoas.
No caso de atividades não consideradas de alto risco, poderá o Município dispensar o MEI do
alvará quando o endereço registrado for residencial e na hipótese da atividade ser exercida
fora de estabelecimento.

11. CERTIFICADO DA CONDIÇÃO DE MEI

O CCMEI é o documento hábil de registro e licenciamento para comprovar inscrições, alvarás,


licenças e enquadramento do MEI na sistemática do Simei perante terceiros.

O Certificado é intransferível, salvo nos casos de sucessão hereditária para fins de anulação,
suspensão e baixa do MEI.

Concluída a inscrição do MEI no Portal do Empreendedor, o CCMEI será disponibilizado para


impressão pelo empreendedor, verificação de sua autenticidade e consulta por qualquer
interessado.

Constarão do CCMEI a situação Ativa e a data correspondente à inscrição, além de,


minimamente, as seguintes informações:

a) número de CNPJ;

b) número do Nire;

c) situação vigente da condição de MEI e respectiva data;

d) CNAE e objeto da ocupação;

e) números de inscrições, alvará de funcionamento e de licenças, se houver;

f) endereço da empresa;
g) informações complementares;

h) dados comprobatórios da vigência do Alvará de Licença e Funcionamento Provisório,


inclusive o Termo de Ciência e Responsabilidade com efeito de Alvará de Licença e
Funcionamento Provisório; e

i) informações sobre sua finalidade e aceitação.

12. VISTORIAS

As vistorias necessárias à emissão de licenças e de autorizações de funcionamento deverão ser


realizadas após o início de operação da atividade do MEI, quando a sua atividade não for
considerada de alto risco, enquanto que as vistorias de interesse dos órgãos fazendários
deverão ser realizadas a partir do início de operação da atividade.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei Complementar 123, de 14-12-2006 (Portal COAD); Lei


Complementar 128, de 19-12-2008 (Fascículo 52/2008); Lei Complementar 154, de 18-4-2016
(Fascículo 16/2016); Lei Complementar 155, de 27-10-2016 (Fascículo 44/2016); Lei 10.406, de
10-1-2002 – Código Civil (Portal COAD); Resolução 48 CGSIM, de 11-10-2018 (Fascículo
52/2018); Resolução 140 CGSN, de 22-5-2018 (Fascículo 21/2018); Instrução Normativa 15
Drei, de 5-12-2013 (Fascículo 49/2013).

Você também pode gostar