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Cálculo Diferencial e Integral de uma variável

para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL

1. Coordenadas cartesianas ortogonais

Seja  o plano determinado por dois eixos Ox e Oy perpendiculares em O.


Considere um ponto P qualquer do plano, e conduza por ele as paralelas aos eixos, que
interceptarão Ox e Oy respectivamente em P1 e P2.
Escolhida uma unidade de medida (geralmente a mesma sobre os dois eixos), adota-
se a seguinte nomenclatura:
a) Abscissa de P é o número real xP = OP1 ;
b) Ordenada de P é o número real yP = OP2 ;
c) Coordenadas de P são os números reais xP e yP indicados na forma de um par
ordenado (xP ; yP);
d) O eixo dos x ou Ox será chamado eixo das abscissas;
e) O eixo dos y ou Oy será chamado eixo das ordenadas;
f) O plano formado pelo par de eixos Ox e Oy será chamado plano cartesiano;
g) O sistema de eixos formados por Ox e Oy é chamado sistema cartesiano
ortogonal (ou ortonormal ou retangular);
h) O ponto O é chamado de origem do sistema cartesiano ortogonal.

xP (abscissa de P)
 P(x ; y)
P2

yP (ordenada de P)

O P1 x

NOTA: Os eixos coordenados Ox e Oy dividem o plano cartesiano em quatro


regiões angulares que são denominadas quadrantes:
y

2º quadrante 1º quadrante
(- ; +) (+ ; +)

O x

3º quadrante 4º quadrante
(- ; -) (+ ; -)

Representar no sistema de eixos cartesianos ortogonais os pontos:


A(4 ; 3) , B(−1; 3) , C(−3 ; −4) , D(4 ; −2) , E(2 ; 0) , F(0 ; 4)
y
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VARIÁVEIS E CONSTANTES

A grande finalidade dos números é sua utilização no sistema de medidas das


grandezas do mundo real.
Uma constante é uma quantidade cujo valor permanece invariável num problema
particular, como por exemplo: altitude de uma região, temperatura em que a água
ferve, etc.
Uma variável é uma quantidade que assume diversos valores num determinado
problema particular, como por exemplo: temperatura ambiente, uma distância
percorrida, etc.
A matemática trabalha basicamente com variáveis e constantes. As variáveis ou
quantidades que mudam na realidade ou nas nossas simulações são em geral
representadas pelas últimas letras do alfabeto: x, y, z, .... . As constantes são em geral
representadas pelas primeiras letras do alfabeto: a, b, c, .....
Existem dois tipos de constantes:
a) constantes absolutas que sempre têm o mesmo valor: números ou símbolos
denotando números (ex. temperatura em que a água ferve, valor de , etc.);
b) constantes paramétricas que têm o mesmo valor em cada problema dado,
mas podem ter valores diferentes em problemas diferentes. Tais quantidades
dependem da situação particular representada no problema.
Exemplo:
1) Na equação da área de um círculo, A = r2 temos que:
 é uma constante numérica (aproximadamente igual a 3,1416);
A e r são variáveis .
x y
2) Na equação segmentaria da reta   1 , temos:
a b
1 é constante numérica;
a e b são parâmetros;
x e y são variáveis

NOTA: Na matemática aplicada freqüentemente convenciona-se representar uma variável


pela primeira letra do seu nome – por exemplo: p para preço, q para quantidade, c para
custo, d para demanda, o para oferta, r para receita e assim por diante.

FUNÇÕES

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1. Definição – dizemos que uma relação f de um conjunto A em um conjunto B, não


vazios, é uma função de A em B, se e somente se, cada elemento (x) de A se
relaciona com um único elemento (y) de B. Essa relação é denotada por y = f(x)
Notação:
f:A B
x y = f(x)
NOTA: x é denominado de variável independente e y de variável dependente, ou
seja, o valor de y depende do valor de x que geralmente é expresso por uma lei de
formação ou lei de dependência, por exemplo: y = 2.x + 3
2. Domínio – o conjunto A é denominado de domínio da função , indicado por D(f) e
representa os valores que a variável independente x pode assumir;
3. Contradomínio – o conjunto B é denominado contradomínio da função, indicado
por CD(f) e representa os valores da variável y;
4. Imagem – o conjunto imagem da função é o conjunto de valores que a variável
dependente y pode assumir para cada x correspondente.
A B
A é o domínio ou seja, conjunto de partida
B é o contradomínio– conjunto de chegada
x f y
Conjunto Imagem da função : Im (f)
y é a imagem do domínio x
Im(f) = { y  B |  x  A com y = f(x) }
Observações:
1. Uma função definida em valores reais f: A B , A e B são subconjuntos reais;
2. Por simplificação, deixamos muitas vezes de explicitar o domínio e o contradomínio
da função f, falando apenas da lei y = f(x). Neste caso, fica implícito que o
contradomínio é real e o domínio o “maior” subconjunto dos reais para o qual a
função está definida (ou seja, para que faça sentido a lei);
3. Algumas funções que comumente são usadas na matemática e por serem utilizadas
muitas vezes em operações na própria matemática ou nas aplicações de
fenômenos físicos, químicos ou biológicos, ou na área econômica, são
denominadas funções elementares. No estudo de tais funções, necessitamos
sempre de informações, tais como: Domínio, Imagem, Raízes, gráficos e suas
principais propriedades.

I. FUNÇÃO CONSTANTE
1. Definição – f: R R é uma função constante se para cada x  D(f) existe um
único y tal que f(x) = k ou y = k, k é uma constante real
f: R R
x y=k

2. O gráfico da função constante é uma reta paralela ao eixo Ox pelo ponto (o ; k)


y

k (0; k)
⊡ Im(f) = { k }
x
II. FUNÇÃO AFIM (ou função polinomial do 1º grau)

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1. Definição – denomina-se função afim a função


f: R R
x y = ax + b , com a  0

2. Gráfico – o gráfico da função afim é uma reta (não vertical)de coeficiente angular a
e coeficiente linear b, ou seja, a reta que “passa” pelos pontos (0 ; b) e (−b/a ; 0).

Para a > 0 (f é estritamente Para a<0 (f é estritamente


y crescente) y decrescente)

(0 ; b)

−b/a b

(−b/a ; 0) x
b (−b/a ; 0)
● (0 ; b) ●
−b/a x

Nota: o ponto onde a reta “corta“ o eixo x recebe o nome de raiz da função e é obtido
fazendo y = o

Temos: y = ax + b

se y = 0 ax + b = 0 ax = − b x = − b/a que é a raiz ou zero da função

se x = 0 y = 0.x + b y = b, ou seja, b corresponde ao valor de y onde a reta


“corta” o eixo dos y .

3. Inclinação
A inclinação da reta é o ângulo “convexo” entre o eixo x e a reta r, sempre medido de
x para r no sentido anti-horário. As únicas situações possíveis são:

Reta Horizontal Reta “Crescente” Reta Vertical Reta “Decrescente”

y y y y

⊡ r r r r

  

x x x x

 = 0º 0º <  < 90º  = 90º 90º <  < 180º

4. Coeficiente angular da reta


O coeficiente angular, ou declividade da reta r, não vertical, é a tangente trigonométrica
do ângulo , ou seja, a = tg 

NOTA: Alguns autores denotam a função por y = mx + n, neste caso: m = tg 

y
P
y


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y = y – n
(0 ; n)

x

0 x x

A partir do ponto (0 ; n), para uma variação x de x haverá uma correspondente


variação y de y.
No triângulo retângulo do gráfico acima temos que:
y y n
tg  =  x . tg  = y – n y = tg  . x + n
x x
m
Portanto, m = tg 

4.1. Como obter o coeficiente angular “m” sendo dados dois pontos:
y
r
P2
y2 ●
y2 – y1
P1
y1

● 
x2 – x1

x1 x2 x

Seja r uma reta, não vertical, e sejam P1(x1 ; y1) e P2(x2 ; y2) dois pontos distintos
de r.
No triângulo retângulo da figura, temos:

y 2  y1 y 2  y1
tg  = m =
x 2  x1 x 2  x1

5. Equação da reta que passa por um ponto Po(xo ; yo)


Se Q(x ; y) é qualquer outro ponto da reta (isto é, um ponto genérico), então pode ser
usado, juntamente com o ponto Po(xo ; xo) para determinar o coeficiente angular ou
y  yo
declividade da reta: m= e, como a declividade é constante, podemos
x  xo
escrever:
y – yo = m . (x – xo)

III. FUNÇÃO QUADRÁTICA (ou polinomial do 2º grau)

1. Definição – denomina-se função quadrática ou função polinomial do 2º grau a


função
f:R R
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x y = ax2 + bx + c , com a  0

Ex.: y = x2 – 5x + 6 ; f(x) = x2 – 4 ; y = 2x2 ; etc.

2. Gráfico – o gráfico da função polinomial do 2º grau é uma parábola nas seguintes


condições:

>0 =0 <0

y y y

a>0

x1 x2 x x 1 = x2 x
x
x1  x2 x R
y y x 1 = x2 y x R
x x
a<0 x

x1  x2
Os pontos onde o gráfico intercepta os eixos cartesianos Ox e Oy, denominam-se
interceptos. No eixo x temos os interceptos (x 1 ; 0) e (x 2 ; 0) e, no eixo y, o intercepto
( 0 ; c)

 = b2 – 4ac é o discriminante (determina o nº de raízes reais da função).


As raízes ou zeros da função polinomial do 2º grau são obtidas através da fórmula de
b  
Báscara : x =
2a
NOTA 1: Se  > 0, a função tem duas raízes reais e distintas:
b  b 
x1 = e x2 = , podemos escrever:
2a 2a

f(x) = a . (x – x1) . (x – x2)

NOTA 2: Se  = 0, a função tem uma única raiz real de multiplicidade 2:


b
x1 = x2 = , neste caso, podemos escrever:
2a
f(x) = a . (x – x1)2

y a>0 y a<0
NOTA 3 :
(Concavidade para baixo)
(Concavidade para cima)
yV V(xV ; yV)

xV
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xV x
x
yV V (xV ; yV)
eixo de simetria

As coordenadas do vértice da parábola são :

b  b  
xV = e yV = V ; 
2a 4a  2a 4a 
OBSERVAÇÃO:
1. Se a > 0 , V é ponto de mínimo (ou minimante) da função. A imagem da
  
função neste caso, será: Im(f) =  4a ;   
 

2. Se a < 0 , V é ponto de máximo (ou maximante) da função. A imagem da


  
função neste caso, será: Im(f) =    ; 4a 
 

EXERCÍCIOS GERAIS DE FUNÇÃO

1. Se (a + 2b, a – 4) e (2 – a, 2b) representam o mesmo ponto do plano


cartesiano, determine o valor de ab.

2. Sejam os conjuntos A = {1; 2; 3} e B = {0; 1; 3; 5}. Represente num diagrama de


flechas as seguintes relações binárias de A em B:
a. f = { (x; y)  A x B | y = x + 2};
b. g = { (x; y)  A x B | y > x};
c. h = { (x; y)  A x B | y = 2x – 1}

3. Sendo A = {0; 2; 4} e B = {1; 3; 5}, represente no gráfico cartesiano de A x B a relação


y = x + 1, com x  A e y  B.

4. Represente graficamente a função f: R R, definida por y = x + 1.

5. Quais dos seguintes diagramas definem uma função de A ={a, b, c, d} em B = {x, y,z,w}
A B A B A B A B A B
a x a x a x a x a x
b y b y b y b y b y
c z c z c z c z c z
d w d w d w d w d w

(I) (II) (III) (IV) (V)

a) II, III e IV b) I e IV c) IV e V d) I, III e V e) I, IV e V


6. “Quando uma máquina tem t anos de idade, seu valor de revenda é de:
v(t) = 4800 . e-t/5 + 400 reais.” Qual era o preço, em reais, da máquina nova?

7. Considere as funções f(x) = 3x – 5, g(x) = 3x2 + 2x – 4, h(x) = x – x2 e o número real


 f(0)  g( 1) 
A =   . Determine o valor de 5 . A 1
 h(2) 

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8. O preço a ser pago por uma corrida de táxi inclui uma parcela fixa, denominada bandei-
rada, e uma parcela que depende da distância percorrida. Se a bandeirada custa
R$ 3,44 e cada quilômetro rodado custa R$ 0,86, calcule:
a) o preço de uma corrida de 11 km;
b) a distância percorrida por um passageiro que pagou R$ 21,50 pela corrida.
Solução:
Seja P(x) o preço, em reais, a ser pago por uma corrida de x km.
De acordo com o enunciado, temos:
P(x) = 3,44 + 0,86 . x
a) Para x = 11 P(11) = 3,44 + 0,86 . 11 = 3,44 + 9,46 P(11) = R$ 12,90
b) Para P(x) = 21,50, teremos:
3,44 + 0,86 . x = 21,50 0,86x = 18,06 x = 21 km

9. O diagrama abaixo representa uma função f de A em B. Determine o domínio e a


imagem dessa função.

A B
f 2
0
4 D(f) =
1
2 10
0 Im(f) =
3
9

10. Determine o domínio das funções:


2 2
a) y = b) f(x) = x5 c) y = 2
x4 x 4
5 x2
d) f(x) = (2x – 6) 0,333... e) y = f) f(x) =
x5 x3
2x x2 x2
g) y = 2
h) f(x) = i) y =
x  4x  4 x3 x3

11. Qual dos gráficos seguintes representa uma função f de R * em R ?


R R R
a) b) c)

R R R

R R
d) e)

R
R

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12. O gráfico de f(x) = x2 + bx + c, em que b e c são constantes, passa pelos pontos (0; 0)
e (1; 2). Determine a imagem do domínio x = 2/3

13. Seja f: R R a função definida por f(x) = 2x – 4. Construa o gráfico de f e


complete as sentenças abaixo:
a) O conjunto solução da equação f(x) = 0 ou 2x – 4 = 0 é S = { }
b) O conjunto solução de f(x) > 0 ou 2x – 4 > 0 é S = { }
c) O conjunto solução de f(x) < 0 ou 2x – 4 < 0 é S = { }

14. Seja g: R R a função definida por g(x) = – x + 3. Construa o gráfico de g e


complete as sentenças abaixo:
a) O conjunto solução da equação g(x) = 0 ou – x + 3 = 0 é S = { }
b) O conjunto solução de g(x) > 0 ou – x + 3 > 0 é S = { }
c) O conjunto solução de g(x) < 0 ou – x + 3 < 0 é S = { }

15. A função f, do 1º grau, é definida por f(x) = 3x + k. Determine:

a) O valor de k para que o gráfico de f “corte” o eixo das ordenadas no ponto de


ordenada 5;
b) O ponto em que o gráfico de f “corta” o eixo das abscissas.

16. Determine a função polinomial do 1º grau que contém os pontos (1; 3) e (3; 7)

17. Esboce o gráfico da função f :R R definida por f(x) = x2 – 4x + 3 e determine


o conjunto solução das inequações abaixo:
a) x2 – 4x + 3 > 0 b) x2 – 4x + 3  0
c) x2 – 4x + 3 < 0 d) x2 – 4x + 3  0

18. Esboce o gráfico da função f :R R definida por f(x) = x2 – 4x + 4 e determine


o conjunto solução das inequações abaixo:
a) x2 – 4x + 4 > 0 b) x2 – 4x + 4  0
c) x2 – 4x + 4 < 0 d) x2 – 4x + 4  0

19. Um homem-bala é lançado de um canhão e sua trajetória descreve uma parábola.


Considerando que no instante de lançamento (t = 0) ele está a 3 metros do solo, 1
segundo após ele atinge a altura de 4 metros e 3 segundos após o lançamento ele
atinge o solo, pede-se:
a) A altura h do homem-bala, medida em metros e a partir do chão, em função do
tempo t, medido em segundos; Resp.: h(t) =  t2 + 2t + 3
b) O valor de h para t = 2. Resp.: 3 metros

1
20. Determine o vértice da parábola de função y = (x + 4) (x – 8)
4

21. Obtenha o vértice e o conjunto-imagem da função f : R R definida por


f(x) = x2 – 6x + 5

22. Determine o conjunto-imagem da função f : R R definida por f(x) = x2 + 8x – 12.

23. Esboçar o gráfico e obter o conjunto-imagem da função f : [1; 4] R definida por


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f(x) = x2 – 2x – 3.

24. Esboce o gráfico da função f : [0; 5] R definida por f(x) = x2 – 4x + 3. Ache o


máximo e o mínimo de f.
25. Nas funções polinomiais do 2º grau abaixo, determine os interceptos e construa o seu
gráfico:
a) f(x) = x2 – 2x
b) f(x) = x2 – 4
c) y = – x2 + 2x + 3
d) y = x2 – 6x + 8

26. Uma indústria produz óculos de sol pelo preço de R$ 20,00 cada. Calcula-se que se
cada óculos for vendido por p reais, os consumidores comprarão 120 – p unidades.
a) expresse o lucro L(p) da indústria em função do preço de venda;
b) esboçar o gráfico;
c) calcular o preço para o qual o lucro será máximo
Resolução:
a) O lucro é expresso pelo produto : (preço vendido – custo de fabricação) . (unidades
vendidas) , ou seja:

L(p) = (p – 20) . (120 – p) L(p) = – p2 + 140 p – 2400

b) As raízes ou zeros da função são dadas por – p 2 + 140 p – 2400 = 0 ou então, por
(p – 20) . (120 – p) = 0

p – 20 = 0 p1 = R$ 20,00 I1 (20 ; 0)
ou
120 – p = 0 p2 = R$ 120,00 I2 (120 ; 0)

p1  p 2 20  120
O vértice é dado por : xV =  = 70 xV = R$ 70,00
2 2
e
yV = L(xV) = L(70) = (70 – 20) . ( 120 – 70) = 50 . 50 yV = R$ 2500,00
que representa o preço máximo de lucro, ou seja, LMÀX = R$ 2.500,00
L(p)
c) do gráfico e do cálculo do
item (b) , concluímos que
2500 o lucro será máximo
quando o preço p for igual
ao xV , ou seja:

p = R$ 70,00
20 70 120 p
IV. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

1. FUNÇÃO SENO
A) Definição: é uma função de IR em IR, tal que a cada x associa um y = sen x.

f : IR IR | y = sen
P x
N⊡
Geometricamente, o valor do seno de x é a medida algébrica do segmento ON
Sen x 1 
obtido pela projeção ortogonal
x A do raio OP em que AP é um arco trigonométrico.
OEixo dos senos
Θ 10

y = sen x = ON
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Sinal do Seno :

IIº Q Iº Q
 

Θ Θ
IIIº Q IVº Q

B) Gráfico: O gráfico da função seno é uma curva chamada “senóide”.


x y
0º = 0 rad 0
1
30º = /6 1/2
 45º = /4 2 /
  
2
−2 2
− − 0   2 4 60º = /3 3 /
Θ Θ
2 2
90º = /2 1
−1
180º =  0
Do gráfico, temos: 270º = 3/2 −1
360º = 2
1) sen x = sen (x ± 2), pois x e (x ± 2) são arcos de mesma extremidade no 0
ciclo trigonométrico;
2) D(f) = IR e Im(f) = [−1; 1] ou Im(f) = {y  IR | −1 ≤ y ≤ 1};
3) a função é crescente no 1º e no 4º quadrantes;
4) a função é decrescente no 2º e 3º quadrantes;
5) o período (comprimento da senóide) da função seno é 2;
6) a função seno é ímpar, pois sen (−x) = −sen x

2. FUNÇÃO CO-SENO
A) Definição: é uma função de IR em IR, tal que a cada x associa um y = cos x.

f : IR IR | y = cos x
Geometricamente, o valor do co-seno de x é a medida algébrica do segmento
OM obtido pela projeção ortogonal do raio OP em que AP é um arco trigonométrico.

P Sinal do co-seno :

Eixo dos
1
 IIº Q Iº Q
co-senos x A Θ 

O M
cos x Θ Θ 
IIIº Q IVº Q
B) Gráfico: O gráfico da função co-seno é uma curva chamada “co-senóide”.
y = cos x = OMy x y
0º = 0 rad 1
1
30º = /6 3 /
2
 
−  45º = /4 2 /
 0  x 2
−2 −  Θ Θ
2 4
2 2 60º = /3 1/2
90º = /2 0
−1
180º =  −1
270º = 3/2 0
11
360º = 2 1
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Do gráfico, temos:
1) cos x = cos (x ± 2), pois x e (x ± 2) são arcos de mesma extremidade no
ciclo trigonométrico;
2) D(f) = IR e Im(f) = [−1; 1] ou Im(f) = {y  IR | −1 ≤ y ≤ 1};
3) a função é crescente no 3º e no 4º quadrantes;
4) a função é decrescente no 1º e 2º quadrantes;
5) o período (comprimento da co-senóide) da função seno é 2;
6) a função seno é par, pois cos (−x) = cos x.

3. FUNÇÃO TANGENTE

A) Definição: é uma função de IR – { + n , n  Z } em IR, tal que a cada x associa
2
um y = tg x.

f : IR – { + n , n  Z } IR | y = tg x
2
Geometricamente, o valor da tangente de x é a medida algébrica do segmento
AT obtido pela projeção ortogonal do segmento OT no eixo das tangentes, em que
AP é um arco trigonométrico, conforme figura:
Eixo das tangentes

T Sinal da tangente:
P
 tg x IIº Q Iº Q
1  Θ 
x A
O
Θ  Θ
IIIº Q IVº Q

y = tg x = AT

B) Gráfico: o gráfico da função tangente é uma curva chamada “tangentóide”.


y x y
0º = 0 rad 0
30º = /6 3 /
3
45º = /4 1
60º = /3 3
90º = /2 
180º =  0
270º = 3/2 
360º = 2 0
  = IR3e período = 
+ n , n  Z }, Im(f)
D(f) = { x  IR| x 
−2 2 − 2 4
4. FUNÇÃO COTANGENTE, SECANTE 2
− − 0 E CO-SECANTE
 2 x

O estudo das funções Cotangente, Secante e Co-secante pode ser feito a partir
das três funções já vistas (seno, co-seno e tangente), pois elas são funções inversas.
Assim, podemos escrever:
1 sen x
FUNÇÃO COTANGENTE: f(x) = cotg x = tg x , com tg x  0 e tg x 
cos x
1
FUNÇÃO SECANTE: f(x) = sec x = , com cosx  0
cos x

12
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1
FUNÇÃO CO-SECANTE: f(x) = cossec x = , com sen x  0
sen x

NOTA: A relação fundamental da trigonometria é: sen 2 x  cos 2 x  1 .


Dessa relação, obtemos duas relações auxiliares:
1) sec 2 x  1  tg 2 x
2) cos sec 2 x  1  cotg 2 x

EXERCÍCIOS

1. Esboce os gráficos das funções e determine a sua imagem:

a) y = | sen x| e) y = 2. cos x
b) f(x) = | cos x| f) y = 1 + sen x
 
c) y = | tg x | , para  x g) f(x) = 1 + cos x
2 2
d) y = 2. sen x h) y =  sen x i) f(x) =  cos x

2. Faça o estudo do sinal das funções:

a) y = sen x, para 0  x  2
b) f(x) = cos x, para 0  x  2
 
c) y = tg x, para  x
2 2

3. Qual o ponto de máximo e de mínimo das funções:

a) y = sen x, para 0  x  
b) y = cos x , para   x  2

c) y = tg x, para 0  x 
2
d) y = | sen x |, para 0  x  2
e) y = | cos x |, para 0  x  2

V. FUNÇÃO EXPONENCIAL

Dado um número real a > 0 e a 1, chama-se função exponencial de base a à


função f: IR IR * definida por f(x) = ax

 Domínio = IR
 Contradomínio = Conjunto Imagem = IR *

Em a > 0 e a 1, temos: 0 1


a
0<a<1 ou a>1
13
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Gráfico: O gráfico da função exponencial é uma curva exponencial do tipo:

A) Crescente se a > 1 B) Decrescente se 0 < a < 1


y y

a
1 ∙
1
∙ a

1 x 1 x

Exemplo 1.

Esboçar o gráfico da função definida em IR por f(x) = 2 x

x y = 2x

-3 1/8
-2 1/4
-1 1/2
0 1
1 2
2 4
3 8

Exemplo 2.

x
Esboçar o gráfico da função exponencial definida em IR por f(x) =  
1
2

x y=(1/2)x

-3 8
-2 4
-1 2
0 1
1 1/2
2 1/4
3 1/8

14
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PROPRIEDADES:

P1 :  x  IR, ax > o

P2 : f(0) = a o = 1

f(1) = a 1 = a

Se x1 , x2  IR e 0 < a  1 , então:

P3 : a x1  a x2  x 1  x 2

x x  x1  x 2 , se a  1
P4 : a 1  a 2  
 x1  x 2 , se 0  a  1

NOTA: Um caso particular importante é o número de Euler “e” = 2, 7182818184...,


que é usado no cálculo dos logaritmos naturais ou neperianos (em
homenagem
ao seu criador John Napier 1550 - 1617) cuja base usa a constante de “Néper”
que é o número de Euler. Assim, f(x) = ex é a função exponencial natural.

LOGARITMO – Chama-se logaritmo de um número N, numa base a o expoente x que se


deve elevar a base a para se obter o número N, ou seja:

log N  x  a x  N , onde N e a são números reais, tais que N > 0 e


a
0<a1

Exemplos:
a) log 8
2
= 3 , pois, 23 = 8
2
 1 1
b) log 11// 24 = 2 , pois,   
2 4
c) log x
4
=2 x = 42 x = 16 (x > 0)
d) log 64
x
= 3 x3 = 64 x3 = 43 x=4 (0 < x  1)
e) log 3 (x2 – 1) = 1 x 2 – 1 = 31 x2 = 4 x=  2

VI. FUNÇÃO LOGARITMO

Dado um número real a, tal que, 0 < a  1, chama-se função logarítmica de base a
a função f: IR * IR definida por f(x) = log x
a
 Domínio = IR *
 Contradomínio = Imagem = IR

15
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Gráfico: O gráfico da função logarítmica é uma curva logarítmica do tipo:

A) Crescente se a>1 B) Decrescente se 0<a<1


y y

1
1
∙1 a x

a 1∙ x

NOTA: A função logarítmica é inversa da função exponencial.

Exemplo 1.

Esboçar o gráfico da função definida em por IR * por f(x) = log x


2
x y
4 y

3 1/8 -3
1/4 -2
2 1/2 -1
1 1 0
2 1
-1 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 x 4 2
-1 8 3
-2

-3

Exemplo 2.
Esboçar o gráfico da função definida em IR * por f(x) = log 1 / 2 x
tabela
x y

1/8 3
1/4 2
1/2 1
1 0
2 -1
4 -2
8 -3

PROPRIEDADES:

P1 : log a x1 = log a x2 x1 = x2 , se 0 < a  1


P2 : log a x1  log a x2 0 < x1  x2 , se a > 1
16
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P3 : log a x1  log a x2 x1  x2 , se 0 < a < 1


 log a x  0  x  1
P4 : para a > 1, temos: 
 log a x  0  0  x  1
 log a x  0  0  x  1
P5 : para 0 < a < 1 , temos: 
 log a x  0  x  1

DERIVADAS (Resumo)

1. TAXA DE VARIAÇÃO

Dada a função f(x) = 2x + 3, quando atribuímos valores para a variável x, obtemos


valores correspondentes para a variável y ou f(x):

x y = 2x + 3 (x ; y)

0 y=2.0+3 = 3 (0 ; 3)
1 y=2.1+3 = 5 (1 ; 5)
2 y=2.2+3 = 7 (2 ; 7)
3 y=2.3+3 = 9 (3 ; 9)

De acordo com os valores da tabela, notamos que, a medida que x varia de 0 até 3,
a variável y varia de 3 até 9, ou seja:
x1 = 0 y1 = 3
x2 = 3 y2 = 9

x = x2 – x1 = 3 y = y2 – y1 = 6
(a variação de x foi de 3 unidades) (a variação de y foi de 6 unidades)
A taxa de variação de uma função em relação a sua variável independente x, dada
y
no caso por , representa o coeficiente angular da reta ou a sua inclinação, e que é
x
sempre constante, quando a função dada é linear. Vejamos a tabela:
x1 x2 x = x2 – x1 y1 = (x1) y2 = f(x2) y = y2 – y1 y
x
0 1 1 3 5 2 2
1 3 2 5 9 4 2
2 5 3 7 13 6 2
3 6 3 9 15 6 2

y
Assim, a taxa de variação = 2 , isto significa que o coeficiente angular da reta
x
(m)
é constante e igual a 2.
Para uma função do 2º grau, a taxa de variação não será mais uma constante, por
exemplo, seja a função f(x) 2x2 – 1

x1 x2 x = x2 – x1 y1 = (x1) y2 = f(x2) y = y2 – y1 y
x
17
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0 -1 -1 -1 1 2 -2
1 -2 -3 1 7 6 -2
2 4 2 7 31 24 12
3 5 2 17 49 32 16

Veja a situação dos dois gráficos: y

y y = 2x + 3 y = x2 – 1

7
2 (y)
5
1 (x)
2 (y)
3
1 (x)

1 2 x x

Taxa de variação constante: Taxa de variação não constante:


y 2 2 y 6 2
= = =2 = 
x 1 1 x 1 1

2. NOÇÃO INTUITIVA DE DERIVADA

Seja a função y = f(x) contínua num intervalo [a ; b], com a  x1  x2  b.


Se x = x2 – x1 e y = y2 – y1 = f(x2) – f(x1) , então a taxa de variação é dada
y y 2 - y1 f(x 2 )  f(x1 )
por:   (I)
x x 2  x1 x 2  x1

Como x = x2 – x1 x2 = x1 + x

y f(x 2 )  f(x 1 ) f(x 1  x)  f(x 1 )


Substituindo em (I) , teremos:  
x x 2  x1 x
y f(x)

y2

y = y2 – y1
P
y1
x = x2 – x1

x1 x2 = x1 + x x

18
b
a
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Sendo x um acréscimo dado em x (positivo ou negativo) e y um acréscimo dado


y
em y (positivo ou negativo), a taxa de variação , que é um quociente de acréscimos,
x
pode ser também positiva ou negativa, significando coeficiente angular ou inclinação
y
positiva ou negativa . Essa taxa de variação também é chamada de razão
x
y
incremental ou taxa média de variação. Na figura acima, a taxa de variação
x
representa o coeficiente angular da reta secante à curva determinada pelos pontos
P(x1 ; y1) e Q(x2 ; y2). Quando o ponto Q tende a P, isto é, o ponto Q desloca-se sobre a
curva até coincidir com o ponto P, a reta secante se aproxima da reta tangente à curva.
Isto faz com que x 0 (lê-se: delta x tende a zero).

Como vimos no gráfico, à medida que x 2 x1 (x2 tende a x1), x vai tendendo a zero,
conseqüentemente , a reta secante vai se aproximando da reta tangente.
Usando a teoria dos limites, podemos escrever:
f(x 2 )  f(x 1 ) f(x1  x )  f(x1 ) y
lim = lim = lim que é o
x  o x 2  x1 x  o x  x  o x
coeficiente angular da reta secante quando Q P, ou seja, Q tende a coincidir com P.
y
A esse limite, lim , que é o limite de uma taxa instantânea de variação ou
x  o x
simplesmente, taxa de variação quando x  0, chamamos de derivada da função
f(x) no ponto x1D(f) e indicamos por f’(x1), quando o limite existe e é finito.

f(x1  x )  f(x1 ) y
Portanto: f’(x1) = lim = lim
x  o x x  o x

NOTA: Se um ponto P(x0 ; y0) pertence a uma função y = f(x), então o coeficiente
angular da reta tangente à curva dada pela função será:
y f(x 0  x )  f(x 0 )
m = f’(x0) = lim = lim
x  o x x  o x

A derivada de uma função y = f(x) é a função denotada por y ’ ou f’(x), tal que, seu
valor em qualquer x do domínio de f é dado por:

19
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
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f(x  x )  f(x )
y’ = f’(x) = lim , se o limite existir.
x  o x

NOTA: Dizemos que uma função é derivável quando existe a derivada para todos
os pontos do seu domínio.
OBSERVAÇÃO: A derivada de uma função pode ser denotada por:
dy df
y’ ou f’(x) ou ou ou Dx(y) ou Df(x)
dx dx

Exemplos:

1) Calcular a derivada da função f(x) = 3x2


f(x  x )  f(x ) 3.(x  x ) 2  3 x 2
f’(x) = lim = lim
x  o x x  o x

3.( x 2  2xx  x 2 )  3x 2 3x 2  6xx  3 x 2  3 x 2


f’(x) = lim = lim
x  o x x  o x
0
6 xx  3 x 2 x . ( 6x  3 x) 6x  3 x = 6x + 3.0
f’(x) = lim = lim = lim
x  o
x  o x x  o x

Portanto : f’(x) = 6x ou y’ = 6x

2) Calcular o coeficiente angular da reta tangente à curva f(x) = 3x 2 no ponto P( 1 ; 3 )

Solução: xo yo
Da questão (1) vimos que f’(x) = 6x e, sabendo que m = f’(x0) , onde xo é a
abscissa de um ponto pertencente à curva dada, concluímos que:

m = f’(xo) = f’(1) = 6 .1 m=6


y

reta tangente

3 P(1 ; 3)

1 x

3) Determine a equação da reta tangente à curva f(x) = 3 x 2, no ponto P(1; 3)

Solução:
A equação da reta tangente pode ser obtida pela fórmula:

y – yo = m . ( x – xo )

Das questões (1) e (2) , temos que: m = 6, xo = 1 e yo = 3

Portanto: y – 3 = 6 . (x – 1) y – 3 = 6x – 6 y = 6x – 3 que é a

equação da reta tangente representada no gráfico acima.


20
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
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A) A DERIVADA COMO VELOCIDADE

S(t)

S(t + ∆t)
∆S ∆S = S(t+∆t) – S(t) é o
S(t) deslocamento

t
t (t + ∆t)

∆t
S S(t  t)  S(t)
Temos que:  = vm
t t

Quando ∆t0 , obtemos a velocidade instantânea, ou velocidade no instante t,


que é o limite das velocidades médias, ou seja:

S(t  t)  S(t) dS dS


v(t) = lim  v(t) =  S' (t)
t  0 t dt dt

Esse valor é o que se vê no velocímetro de um auto.


B) ACELERAÇÃO – De modo análogo à velocidade, temos:
A aceleração média no instante t é dada por:

v(t  t)  v(t)


am =
t

Quando ∆t0 , obtemos a aceleração instantânea, ou aceleração no instante t,


que é o limite das acelerações médias, ou seja:

v(t  t)  v(t) dv dv


a(t) = lim  a(t) =  v' (t)
t  0  t dt dt

EXEMPLO 1:
No instante t = 0 um corpo inicia um movimento em linha reta. Sua
posição no instante t é dada por S(t) = 16t – t2 .
Determinar:
a) a velocidade média do corpo no intervalo de tempo [2 ; 4];
b) a velocidade do corpo no instante t = 2;
c) a aceleração média no intervalo [0 ; 4];
d) a aceleração no instante t = 4
Resolução:
S( 4)  S(2) (16.4  4 2 )  (16.2  2 2 ) 48  28
a) Vm =    10 unid. vel.
42 2 2
b) V(t) = S’(t) = 16 – 2t

21
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
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no instante t = 2, temos: v(2) = 16 – 2 . 2 = 12 unid. vel.


v(4)  v(0) (16  2.4)  (16  2.0) 8  16  8
c) am =      2 unid. acel.
40 4 4 4
d) a(t) = V’(t) = S’’(t) = −2
no instante t = 4, temos: a(4) = −2 unid. acel.

2. Calcular a taxa de variação da função f(x) = x2 + 3x – 1, quando


x varia de 1 para 3.
y 2 2
= f (3)  f (1)  (3  3.3  1)  (1  3.1  1)  17  3  14  7
x 3 1 2 2 2

3. Dada a função y = x2 + x + 1, determinar a taxa de variação da


função quando x aumenta de 0 para 1.
y f (1)  f (0) (12  1  1)  (0 2  0  1) 3  1 2
=     2
x 1 0 1 1 1

4. Uma cidade é atingida por uma moléstia epidêmica. Os setores


de saúde calculam que o número de pessoas atingidas pela
moléstia depois de um tempo t (medido em dias a partir do
primeiro dia da epidemia) é, aproximadamente, dado por:
t3
f ( t )  64t  .
3
a) qual a razão da expansão da epidemia no tempo t = 4 ?;
b) qual a razão da expansão da epidemia no tempo t = 8 ?;
c) quantas pessoas serão atingidas pela epidemia no 5º dia ?
Resolução:
Para um tempo t qualquer, a taxa é dada por f’(t) = 64 – t2
a) no tempo t = 4 , temos: f’(4) = 64 – 42 = 64 – 16 = 48 pessoas / dia;
b) no tempo t = 8 , temos: f’(8) = 64 – 82 = 64 – 64 = 0 a epidemia está
totalmente controlada.
c) Como o tempo foi contado em dias a partir do 1º dia de epidemia, o 5º dia
corresponde à variação de t do 4º para o 5º dia.
O número de pessoas atingidas pela moléstia durante o 5º dia foi:
 53   43 
 64 . 5     64 . 4    320  125  256  64
f(5) – f(4) =  3   3  3 3
 43
   
OBSERVAÇÃO:
dS
* A taxa de variação da função horária é chamada de velocidade escalar  V;
dt
dv
* A taxa de variação da velocidade é chamada de aceleração escalar  a.
dt

Para facilitar o cálculo das derivadas das funções, evitando o uso da definição, podemos
usar as regras de derivação a seguir:

REGRAS DE DERIVAÇÃO:
(derivadas de algumas funções elementares)
Função Derivada
y=k y’ = 0 K = constante real;
22
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
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y=x y’ = 1 u e v são funções de x;


y=k.x y’ = k n é um número natural.
y=xn y’ = n . x n – 1
y=k.xn y’ = k . n . x n  1
y=k.u y’ = k . u’
y=un y’ = n . u n – 1 . u’
y=uv y’ = u’  v’
y=u.v y’ = u’.v + v’. u
u u'. v  v' . u
y= y’ =
v v2
y = eu y’ = eu . u’
y = ln u u' Obtidas a partir da
y’ =
u Regra da Cadeia
y = au y’ = au . ln a . u’
y = log a u u' u'
y’ = . log a e ou y’ =
u u . ln a
y = sen u y’ = u’ . cos u
y = cos u y’ =  u’ . sen u
y = tg u y’ = u’ . sec2 u

Exemplos:
I) Calcular pela regra de derivação a derivada das seguintes funções:
1) f(x) = 5 f’(x) = D(k) = 0
2) f(x) = 3 . x f’(x) = D(k . x) = k f’(x) = 3
3) f(x) = x3 f’(x) = D(xn) = n . x n – 1 , n = 3
f’(x) = 3 . x 3 – 1 f’(x) = 3 x2
4) f(x) = 3x + 2 f’(x) = D(u + v) = u’ + v’ = 3 + 0 = 3

5) f(x) = (2x + 3)3 f’(x) = D(un) = n . un – 1 . u’


n=3
u = 2x + 3 u’ = 2 + 0 = 2
f’(x) = 3 . (2x + 3)3 – 1 . 2 f’(x) = 6 . (2x + 3)2
6) y = x3 – 12x + 5 y’ = 3x2 – 12
1
7) y = x 2  3x y = (x2 – 3x) 2 y’ = D(un) = n . un−1 . u’
n = 1/2
u = x2 – 3x u’ = 2x – 3
1 1 1 1
y’ = . (x2 – 3x) 2  1 . (2x – 3) y’ = . (x2 – 3x) 2 . (2x – 3)
2 2

8) y = (2 + 3x).(5 – 2x) y’ = D(u . v) = u’.v + v’. u


u = 2 + 3x u’ = 3
v = 5 – 2x v’ = 2
y’ = 3 . (5 – 2x) + (2) . (2 + 3x) = 15 – 6x – 4 – 6x y’ = 11 – 12x

23
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
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2x  4 u u'. v  v' . u


9) y = y’ = D   =
3x  1 v v2
u = 2x + 4 u’ = 2
v = 3x – 1 v’ = 3

2 . (3x  1)  3 . (2x  4) 6 x  2  6 x  12  14
y’ = 2 = 2 y’ =
(3 x  1) (3 x  1) (3 x  1) 2

u'
10) f(x) = ln (x3 – 2) f’(x) = D(ln u) =
u
3x 2
u = x3 – 2 u’ = 3x2 y’ =
x3  2
5x –2 u u
11) f(x) = e f’(x) = D(e ) = e . u’
u = 5x – 2 u’ = 5 y’ = 5. e5x – 2
12) y = 2 x2  3 x y’ = D(au) = au . ln a . u’ a = 2 , u = x2 – 3x u’ = 2x – 3
y’ = 2 x2  3 x . ln 2 . (2x – 3)
u'
13) y = log (2x + 3) y’ = D(log u) =
u . ln a
2
u = 2x + 3 u’ = 2 y’ =
( 2x  3) . ln 10
14) y = sen 5x y’ = D(sen u) = u’ . cos u
u = 5x u’ = 5 y’ = 5 . cos 5x

15) y = cos (2x + 3) y’ = D(cos u) =  u’ . sen u


u = 2x + 3 u’ = 2 y’ =  2 . sen (2x + 3)

16) y = tg (x2 – 4x) y’ = D(tg u) = u’ . sec2 u


u = x2 – 4x u’ = 2x – 4 y’ = (2x – 4) . sec2 (x2 – 4x)

II) Dada a função f(x) = x2 + 2x –1 , determine:

1) a variação de y quando x aumenta de 1 para 3

para x1 = 1 , temos: y1 = 12 + 2 . 1 – 1 = 1 + 2 – 1 y1 = 2
para x2 = 3 , temos: y2 = 32 + 2 . 3 – 1 = 9 + 6 – 1 y2 = 14
Temos: quando x varia de 1 para 3, y varia de 2 para 14

y
2) a taxa de variação
x
y y  y1 14  2 12
 2    6
x x 2  x1 3  1 2

EXERCÍCIOS

1) Calcular a primeira derivada das seguintes funções:

a) f(x) = – 10 b) f(x) = 4x c) y = 5x2 + 6x - 2


d) f(x) = x e) y = (x2 – 3x).(x + 1) x2
f) y =
x3
24
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

1 1 i) y = 3
x3
g) y = x 3 h) y =
x2
j) f(x) = (2x + 3)5 k) y = 4x2 + 2x l) y = x +4
m) y = 9x3 + 5
1
x4 n) y = (7 – x)(7 + x) x 32
o) y =
x
p) y = 4x3 + 5x2 +10x – 3 q) y = (2x + 2)2 + (x –1)2 r) y = (2x + 4)0,5
x2 t) y = ( x  3)5 . x  3 1
s) y = u) y =  1  2x  3
 
x4  x 
v) y = 3 2 x  4 2 z) y = ln (x3 – 3x)
x) f(x) = log 3 (x +5)

2) Se  é a curva de equação y = x3 – 12x, determine a equação da reta tangente à


curva, no ponto de abscissa 4, ou seja, xo = 4.

3) Determine a taxa de variação da função f(x) = x 2 + 1 quando x varia de 1 para 3.

4) O lucro semanal de uma fábrica em função do preço de venda, é dado pela lei
denominada função lucro por: L(p) = 20.(10 – p).(p – 2) . Determinar a taxa de variação
do lucro se o preço p variar de R$ 2,00 para R$ 6,00.

REGRA DA CADEIA (Derivada da função composta)

dy du
Seja y = g(u), u = f(x) e se as derivadas e existem, então a
du dx
função composta y = g[f(x)] tem derivada que é dada por:

dy dy du
 . ou y’(x) = g’(u) . f ' (x)
dx du dx

dy
Exemplo: Determine as derivadas :
dx
a) y = (x2 + 3x + 4)5. A função equivale a y = u5 , então:
dy du
= 5.u4 ; sendo u = x2 + 3x + 4, temos = 2x + 3 . Logo:
du dx
dy dy du
 . = 5. u4 . (2x + 3) = 5.(x2 + 3x + 4)4.(2x + 3)
dx du dx

Obs.: Note que: se y = un, então y’ = n.un1.u’

b) y = (2x +1)100 y = un
du dy
u = 2x + 1 =2 e = 100.x99
dx du
dy dy du
 dx
 .
du dx
= 100.u99.2 = 200.(2x + 1)99

c) y = ln(x2 + 1) y = ln u
du dy 1
u = x2 + 1 = 2x e =
dx du u
dy dy du 1 2x dy 2x
 dx  du . =
u
. 2x = 2 = y’ = 2
dx x 1 dx x 1
25
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

d) y = 5 . x2  3 y = 5 . (x2 + 3)1/2 y = a.un


dy
y’ = = a.n.un1.u’
dx
a=5 , n=½
du
u = x2 + 3 u’ = = 2x
dx
5x
dy 1 1 1
= y’ = 5 . . (x2 + 3) 2 1 . 2x = 5x . (x2 + 3) 2 = 2 1 ou
dx 2 (x  3) 2
dy 5x
= y’ =
dx x2  3

DERIVADA IMPLÍCITA

Seja F(x; y) = 0 uma equação nas variáveis x e y. Se existir uma função


f, tal que para todo x pertencente ao seu domínio [xD(f)] se tenha F(x; y) =
0, dizemos que f é dada implicitamente por essa equação.

Exemplos:
1
a) A equação x2  y  1  0 define implicitamente a função y = 2.(1- x2)
2
Verificação: substituindo y = 2.(1 – x2) na equação dada, temos:
1
x2  . 2 . (1 – x2) – 1 = 0 x 2 + 1 – x2 – 1 = 0 0 = 0 (V)
2

b) A equação x2 + y2 = 4 (que é a equação de uma circunferência de centro


na origem e raio igual a 2) define, implicitamente, as funções:
x2 + y 2 = 4 y2 = 4 –x2 y =  4  x2

y= 4  x2
ou funções na forma implícita
y= 4x 2

A DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NA FORMA IMPLÍCITA

Suponhamos que F(x; y) = 0 defina implicitamente uma função derivável


y = f(x). Podemos determinar y’, sem explicitar y (sem precisar isolar y),
usando a regra da cadeia.

Exemplos: 1) Determinar as derivadas implicitamente:


a) x2 + y2 = 4
derivando ambos os membros em relação a x, temos:
2 2
d (x  y ) d(4)
= ou (x2 + y2)’ = (4)’
dx dx
2 2
dx dy
 0 ou (x2)’ + (y2)’ = 0
dx dx

26
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

dy
2x + 2y . =0 ou 2x + 2y . y’ = 0
dx
dy
isolando-se ou y’ , temos:
dx
dy
2y . =  2x ou 2y . y’ =  2x
dx
dy  2x x  2x x
= 2y   y ou y’ = 2y   y
dx

1
b) x2 + y–1=0
2
derivando membro a membro, temos:
' '
 2 1  1  1 
 x  y  1 = 0’ 2
(x )’ +  y  - (1)’ = 0 2x +  2 y'  - 0 = 0
 2  2   
1
y ’ =  2x y’ =  4x
2

c) x2 + 5y3 – x = 5
temos: (x2 + 5y3 – x )’ = 5’ 2x + 15y2.y’ – 1 = 0
1  2x
15y2 . y’ = 1 – 2x y’ =
15y 2

d) x . y – ln y = 2
1
temos: (x . y – ln y)’ = 2’ 1 . y + y’ . x - y . y’ = 0
1   1  xy  y2
y’ .  y  x  = y y’ .   = y y’ =
   y  1  xy

e) x2.y + 3x.y3 – 3 = x
temos: (x2.y + 3x.y3 – 3)’ = x’ (x2.y)’ + 3(x.y3)’ – 3’ = 1
2x.y + x2.y’ + 3.(1.y3 + 3x2.y’) – 0 = 1
2xy + x2y’ + 3y3 + 9x2.y’ = 1 y’.(x2 + 9xy2) = 1 – 2xy – 3y3
1  2xy  3y3
y’ =
x 2  9xy2

1
2) Determinar a equação da reta tangente à curva x2 + y–1=0 no
2
ponto (1 ; 0).

Solução:
I) Derivando implicitamente em relação a x, temos:
1 1
2x + y’ = 0 y’ = 2x y’ =  4x ou f’(x) =  4x
2 2

II) No ponto de abscissa xo = 1 determinamos o coeficiente angular da


reta: m = f’(xo) = f’(1) = 4.(1) m=4
27
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

III) Equação da reta: y – yo = m.(x – xo) y – 0 = 4 . [x – (-1)]


y = 4 . (x + 1) y = 4x + 4

EXERCÍCIOS DO LIVRO: UM CURSO DE CÁLCULO – HAMILTON


LUIZ GUIDORIZZI, indicados no cronograma do programa.

Página 148:
Exercícios 7.3

2. Calcule g’(x) sendo g dada por:


1
a) g(x) = x6 b) g(x) = x100 c) g(x) = d) g(x) = x2
x
1 1
e) g(x) = 3 f) g(x) = 7 g) g(x) = x h) g(x) = x3
x x

Página 159:
Exercícios 7.7

1. Calcule f ’(x).
a) f(x) = 3x2 + 5x b) f(x) = x3 + x2 + 1 c) f(x) = 3x3 – 2x2 + 4

d) f(x) = 3x + x e) f(x) = 5 + 3x2 f) f(x) = 2 3 x


1 4 5 2 3 1 2
g) f(x) = 3x + h) f(x) = + 2 i) f(x) = x + x
x x x 3 4
3
1 1 3
j) f(x) = x + x l) f(x) = 2x +
+ 2 m) f(x) = 6x3 + x
x x
n) f(x) = 5x4 + bx3 + cx2 + k, onde a, b, c e k são constantes.

7. Calcule F’(x) onde F(x) é igual a:


x x2  1 3x 2  3 x
a) b) c) d)
x2  1 x 1 5x  3 x 1
Página 160: Exercícios 7.7

9. Calcule f ’(x) onde f(x) é igual a:


cos x
a) 3x2 + 5cos x b) c) x . sen x d) x2. tgx
x2  1

12. Calcule f ’(x).


a) f(x) = x2. ex b) f(x) = 3x + 5 ln x c) f(x) = ex . cos x
ln x
e) f(x) = x2. ln x + 2ex i) f(x) =
x

Página 179: Exercícios 7.11


1.Determine a derivada.
a) y = sen 4x b) y = cos 5x c) f(x) = e3x d) f(x) = cos 8x
e) y = sen t3 f) g(t) = ln (2t + 1) g) y = esen t h) f(x) = cos ex
i) y = (sen x + cos x)3 j) y = 3x  1

28
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

Página 180: Exercícios 7.11 (regra da cadeia - funções compostas)


4.Derive.
a) y = x e3x b) y = ex cos 2x c) y = ex sen x
cos 5x
d) y = e2t sen 3t
2
e) f(x) = e  x + ln (2x + 1) g) y =
sen 2x

NOÇÕES DE INTEGRAÇÃO
I) INTEGRAL INDEFINIDA

A integral é a operação inversa da derivada, ou seja, conhecida a derivada de uma


função, a integração ou antiderivação desta gera a função que originou a derivada.
Exemplo: a derivada da função f(x) = x3 + C é a função f’(x) = 3x2 , então a integral
ou integração da função f’(x) = 3x2 é a função f(x) = x3 + C , onde C = constante real.
Simbolicamente podemos escrever:
dy
 3x 2 , cuja diferencial é representada por dy = 3x 2 . dx
dx
 dy   3x
2
. dx y = x3 + C ou f(x) = x3 + C

 símbolo da operação integração (lê-se: integral)

Definições:

I. Uma função F(x) é chamada uma primitiva da função f(x) em um intervalo dado,
se para todo valor de x pertencente ao intervalo dado, tem-se F’(x) = f(x);

II. Se F(x) é uma primitiva de f(x), a expressão F(x) + C, onde C é uma constante é
chamada integral indefinida da função f(x) e é denotada por:

 f ( x ) dx = F(x) + C
III. Da definição de integral indefinida, decorre que:

 f ( x ) dx = F(x) + C F’(x) = f(x)

f(x) é a função integrando;


F(x) é uma integral;
F(x) + C é a integral indefinida;
C é uma constante de integração

Obs.: O processo que permite achar a integral indefinida de uma função é chamado
Integração.

PROPRIEDADES DA INTEGRAL INDEFINIDA

I.  k .f ( x ) dx = k  f ( x ) dx , k = constante real
II.  [ f ( x )  g(x)] .dx =  f ( x ) dx   g( x ) dx
III.
d
dx
  f ( x) . dx  = f(x) , ou seja, a derivada da integral de uma função é a
própria
29
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

função.

REGRAS DE INTEGRAÇÃO:
Considerando: C  IR, K  IR, u = f(x) , v = g(x) e n  −1, temos as seguintes
integrais (elementares) imediatas:

1.  dx =x+C 2.  k dx = k  dx = k . x + C
xn  1 1
x x x
n 1
3. dx = + C 4. dx = dx = ln |x| + C
n 1
ax
a + C, 0<a1 e
x x
5. dx = 6. dx = ex + C
ln a
7.  (du  dv) 
 du 
 dv
Exemplo 1:

Calcular as integrais indefinidas:

a)  5 dx = 5 dx = 5 x + C , CIR
x1  1 x2
b)   x dx    x dx  
1 1
 C  
2
 C, CIR

c)  (3 x  5) dx   3x dx   5 dx  3  x dx  5  dx 
1 1
x 3 2
 3 .  5x  C  x  5x  C
1 1 2

 (x x x  x dx
2
d)  x 3  2x) dx  2
dx  3
dx  2 

x2  1 x3  1 x1  1
=   2  C =
2 1 3 1 1 1
x3 x4
=   x2  C , CIR
3 4
x3
e)  ( x  1) . (x  1) dx   (x 2  1) dx   x 2 dx   dx 
3
 x  C ,

CIR
f)  ( x 2  3) 2 dx 
 (x x x  dx
4
 6 x 2  9) dx  4
dx  6 2
dx  9 

x5 x3 x5
=  6  9x  C   2 x 3  9x  C , CIR
5 3 5
1 x 2  1 x 1 1
g)  x2
dx 
 x  2 dx 
21
 C 
1
 C  
x
 C,

CIR
1
x x
1
h) dx  dx  ln | x |  C , CIR
i)
1 3
1  1 3
x2 x2 2 2 2
 x dx   x 2 dx  1 1
2
 C  3
2
 C 
3
x  C 
3
x3  C ,

CIR
2x
j)  ( 2 e x  2 x ) dx  2  e x dx   2 x dx  2 e x 
ln 2
 C , CIR

30
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

EXERCÍCIOS

Calcular as integrais indefinidas:

 x dx  5 x dx  6x
2 dx
a) b) c)
4
d) x
1 / 2 dx
e)  3 . 3 x dx f) x
1/ 3 dx

t 2. 
 2 dt 3
g) h) x 2 dx i) 3 t . dt

 (2x  3) dx   3x
2 dx
j) k) 1  x . dx l)

 (0,1x  (x  (3 x
2  3x  4) . dx 2  9) . dx 2  4x  5). dx
m) n) o)

x  (2t  3)  ( x  3).(2x  1). dx


2 (x  1) . dx 2 . dt
p) q) r)
dt dx 1
s)  t3 t)  x 1
u)  x  3 . dx

Respostas:

1 2 5 2
a) .x  C b) .x  C c) 2x 3  C
2 2
3
3 2/3
d) 2 . x 2  C
4
e) x 3  C f) .x  C
3 2

1 6 5 2
g)   C h) .x3  C i) . 3 . t 3/2  C
t 5 3
2
j) x 2  3x  C k) .(1  x)3/2  C l) x3  C
3
1 3 1 3
m) . x 3  . x 2  4x  C n) . x  9x  C o) x 3  2x 2  5x  C
30 2 3
1 4 1 3 4 3 2 3 5 2
p) .x  .x  C q) . t  6t 2  9t  C r) . x  . x  3x  C
4 3 3 3 2
1
s)   C t) 2(x  1)1/2  C u) Ln |x + 3| + C
2t 2

MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO OU MUDANÇA DE VARIÁVEL PARA INTEGRAÇÃO

Sejam f(x) e F(x) duas funções tais que F’(x) = f(x). Se g(x) é uma função derivável
tal que Im(g)  D(F), podemos considerar a função composta F[g(x)].
Pela regra da cadeia, temos:

F[g(x)]’ = F’[g(x)] . g’(x) = f[g(x)] . g’(x), isto é, F[g(x)] é uma primitiva de f[g(x)].g’(x).
Então, podemos escrever:
 f [ g (x ) ] . g’(x) dx = F[g(x)] + C
31
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

Fazendo u = g(x), du = g’(x) dx, temos:


 f [ g (x) ] . g’(x) dx =  f (u) du = F(u) + C
Exemplos: Calcular as integrais por substituição:

 (x  3)
2
a) dx
un  1
 (x  3)  u n du
2
Fazendo u = x + 3 du = dx, então, dx = = +C
n1
3

 (x  3) 2 dx = ( x  3) + C
3
 (2x  3)
2
b) dx
1 1 un  1
 (2x  3)  u n du
2
Fazendo u =2x + 3 du = 2dx, então, dx = = . +C
2 2 n 1
1 (2x  3)3 ( 2x  3) 3
 ( 2x  3) 2 dx =
2
.
3
+C =
6
+C

 (5x  1)
1
c)  5x  1 dx = 2
dx
Fazendo u = 5x – 1 du = 5 dx
1 1 1 un  1
 (5x  1)  
1 1
Então: 2
dx = . (5x  1) 2 .5dx = u n du = . +C
5 5 5 n1
1 1 3
1 (5x  1) 2 1 (5x  1) 2 2
 5x  1 dx =
5
.
1 1
+C =
5
.
3
+C=
15
. (5x  1)3 +C
2 2

 (t
1
 9t 3 3
d) t 3  10 dt =
2
.  10 )
. 9t 2 dt
3

Fazendo u = t3 + 10 du = 3t2 dt
un  1
 
1 1
( t 3  10 ) . 3t 2 dt = 3 .  u n du = 3 .
3
Então: 3
. 9t 2 dt = 3 . (t  10 ) 3
+C
n1
1 1 4
3 3
(t  10) 3 (t  10) 3 9
 9t
4
3 . (t 3  10) 3 + C
t 3  10 dt = 3 .
2
. +C = 3. +C=
1 1 4 4
3 3

2x
e)  1 x 2 dx
Fazendo u = 1 + x2 du = 2x dx
2x du
Então:  1 x 2 dx =  u
= ln |u| + C = ln |1 + x2| + C

3x dx
f)  (x 2
 1) 2 = 3 .  (x 2  1)  2 . x dx
Fazendo u = x2 + 1 du = 2x dx
3 3 3 un  1
Então: 3 .  (x 2  1)  2 . x dx = .  (x 2  1)  2 . 2x dx = .  u n du = . +C
2 2 2 n 1
3x dx 3 ( x 2  1) 2  1 3 ( x 2  1) 1 3
 (x 2
 1) 2 =
2
.
 2 1
+C =
2
.
1
+C = 
2.( x 2  1)
+C

x dx
 (8  x
4x dx
g)  3
8  x2
= 4. 2
)
1
3
= 4.  (8  x 2 )
 13
. x dx

32
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

Fazendo u = 8 – x2 du =  2x dx
4 un  1
 
2  1
2 1
Então: 4. (8  x ) 3
. x dx = . (8  x ) 3 .(2)x dx = 2.  u n du = 2 . +
2 n 1
C
1 2
2  3 1 2
4x dx (8  x ) (8  x ) 3
 3
8x 2
= 2 .
 31  1
+ C = 2 .
2
2
+ C =  3 . (8 – x2) 3 + C
3
h)  cos(5x )
dx
Fazendo u = 5x du = 5 dx
1 1 1
Então:  cos(5x ) dx =
5
.  cos(5x ) . 5 dx =
5
.  cos u du = 5
. senu + C
1
 cos(5x ) dx =
5
. sen(5x) + C

i)  sen (3x  1)
dx
Fazendo u = 3x – 1 du = 3 dx
1 1 1
Então:  sen (3x  1) dx =
3
.  sen (3x  1) . 3 dx =
3
.  sen u du =
3
. (cos u) +
C
1
 sen (3x  1) dx = 
3
. cos (3x – 1) + C

 sen
2
j) . cos x dx
x

Fazendo u = sen x du = cos x dx


un  1 (sen x) 2  1 sen3 x
Então:  sen2 x . cos x dx =  un du =
n 1
+C =
2 1
+C =
3
+C

MÉTODO DE INTEGRAÇÃO POR PARTES

Sejam f(x) e g(x) duas funções deriváveis num intervalo. A derivada do produto
[f(x) . g(x)]’ = f(x) . g’(x) + g(x) . f’(x) f(x) . g’(x) = [f(x) . g(x)]’ – g(x) . f’(x) .
Integrando membro a membro, temos:
 f (x ) . g’(x) dx =  [f (x ) . g(x)]’ dx   g(x) . f’(x) dx
 u  f(x)
Fazendo  du = f’(x) dx temos:
 v  g(x ) dv = g’(x) dx dx

 u . dv = u.v  v du

Exemplos: Calcular as integrais por partes:


a)  x . eX dx
Fazendo u=x du = dx
x
dv = e dx v = ex

Temos: x . eX dx = x . ex   e x dx = x . ex – ex + C = ex . (x – 1) + C

b)  ln x dx
1
Fazendo u = ln x du = dx e dv = dx v=x
x

33
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

1
Temos:  ln x dx = u . v   v du = ln x . x   x . dx = x . ln x   dx = x . ln x – x
x
+C
c)  x . sen x dx
Fazendo: u = x du = dx e dv = sen x dx v =  cos x
Então:  x . sen x dx = u . v   v du = x . (cos x)   (  cos x ) dx =  x cosx +  cos x
dx
 x . sen x dx =  x cosx + senx + C
d)  x . cos x dx
Fazendo: u = x du = dx e dv = cos x dx v = sen x
Então:  . cos x dx = u . v   du = x . sen x  
x v sen x dx = x sen x (cos x) + C
 x . cos x dx = x sen x + cos x + C
e)  x . sen(3x) dx
Fazendo: u = x du = dx e
1 1
dv = sen(3x) dx v=
3
.  sen (3x ) . 3dx = 
3
. cos (3x)
 1  1
Temos:  x . sen(3x) dx = u . v   v du = x
 3  3 
.   . cos(3x )    . cos(3x ) dx =
1 1
3 
= x . cos (3x) + . cos (3x ) dx =
3
1 1 1
=  x . cos (3x) + . .  cos (3x ) . 3dx =
3 3 3
1 1
=  x . cos (3x) + . sen (3x) + C
3 9
x.  x . (1  x)
1
f) 1  x dx = 2 dx
Fazendo: u = x du = dx e
1 1
(1  x ) 2 2

1
dv = (1 + x) 12 dx v = (1  x ) 2
dx = = . (1 + x) 3 2
1 1 3
2
2 2

3
 x . (1  x) dx = u . v   v du = x .
1
Temos: 2 . (1 + x) 3 2  .(1  x ) 2 dx=
3 3
2 2
 (1  x)
3
= x. . (1 + x) 3 2  . 2
dx =
3 3
3 1
2 2 (1  x ) 2
= x. . (1 + x) 3 2  . +C=
3 3 3 1
2
2 2 2
= x. . (1 + x) 3 2  . . (1 + x) 5 2 + C =
3 3 5
2x 3 4
= . (1 + x) 2  . (1 + x) 5 2 + C
3 15

TABELA DE INTEGRAIS IMEDIATAS:

du
1)  du =u+C 2)  u
= ln |u| + C 3) e
u
du = eu + C
n 1
au
4)  un du = u
n 1
+ C (n é constante  1) 5)  au du =
ln a
+C

34
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

6)  sen u du =  cos u + C 7)  cos u du = sen u + C


 sec u du = tg u + C 9)  cos ec 2u du = cotg u + C
2
8)
10)  sec u . tg u du = sec u + C 11)  cos ec u . cotg u du = cosec u +
C

II) INTEGRAIS DEFINIDAS

No desenvolvimento do cálculo integral uma das suas aplicações é o cálculo das


áreas de figuras de formas variadas, que é uma forma de se apresentar a integral
definida.
Seja y = f(x) uma função contínua num intervalo real [a ; b]. A integral definida de
f(x), de a até b , é um número real, simbolizado por:
b
a f ( x ) dx , onde:
 a é o limite inferior de integração;
 b é o limite superior de integração;
 f(x) é o integrando
Geometricamente, a integral definida corresponde a área destacada na figura:

y
f(x)

a b x
A área limitada pela curva contínua positiva y = f(x), pelo eixo x e pelas retas x = a
e x = b é obtida dividindo-se a base [a ; b] em n subintervalos: a = x 1 , x2 , x3 , ..... , xn , xn+1
= b e os comprimentos dos n subintervalos por xi = xi + 1 – xi , i = 1 ; 2 ; ... ; n. A partir daí,
a área destacada (figura acima) será a soma das áreas dos retângulos obtidos nesses
subintervalos.

y f(ci) f(x)

ci

a=x1 xi xi + 1 xn+1= b x

xi = xi+1 – xi
A medida que cada retângulo é construído com a menor base possível, a base
superior do mesmo se confundi com a curva da função, ou seja, se aproxima de uma reta.
Isto significa que quando n   , xi  0 e a área total da curva, no intervalo [a ; b] será
o limite das somas das áreas de todos os retângulos possíveis de serem inscritos na
mesma, ou seja:
n b
A= lim
n
 f(c i ) . x i 
a f(x) dx
i 1

35
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

OBS: Esse somatório é chamada soma de Riemann (Geog Friedrich Bernhard


Riemann , 1826 – 1866) da função f(x).
Para facilitar o cálculo da integral definida de uma maneira rápida e simples,
considere a área das figuras abaixo quando deslocamos a extremidade direita:

y y y

f(x) f(x) f(x)

A(x) A(b) A(x+x) – A(x)


x x x
a x a b a x x+x
x b x  x
a f ( x ) dx a f ( x ) dx x f ( x ) dx
dA A(x  x)  A(x)
Temos: A’(x) =  lim , então A(x) é uma das
dx x  0 x
antiderivadas de f(x). Se F(x) é a antiderivada qualquer de f(x), então A(x) = F(x) + C.
Fazendo x = a , teremos:
a
A(a) = F(a) + C. Por outro lado, A(a) = a f ( x ) dx =0
Logo : F(a) + C = 0 C = – F(a)

Então: A(x) = F(x) – F(a)


b
Portanto: a f ( x ) dx = A(b) = F(b) – F(a)
b
= F( x ) ba = F(b) – F(a)
b
ou ainda: a f ( x ) dx = F(x)
a
Casos particulares:
b
1. Se f(x)  0 , a f ( x ) dx representa a área entre o eixo x e a curva f(x), para
axb y
f(x)
b

A
A= a f ( x ) dx

a b x
b
2. Se f(x)  g(x), a [ f ( x )  g( x )] dx representa a área entre as curvas, para
axb
y
f(x)

A A=
b
a [ f ( x )  g( x )] dx
g(x)

a b x
3. Se f(x)  0 para a  x  c e f(x)  0 para c  x  b , então a área entre f(x) e o
36
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

eixo x, para a  x  b é dada por:

y
f(x)
A c
c
b( x )] dx
A= a f ( x ) dx +
a [f ( x )  g
b
a c x c [  f ( x )] dx

4. Se f(x)  g(x), a  x  c e f(x)  g(x), c  x  b , então a área entre f(x) e g(x),


para a  x  b é dada por:
y
g(x)
c
A= a [ f ( x )  g( x )] dx +
b
c [g( x )  f ( x )] dx

f(x)

a c b x

PROPRIEDADES DA INTEGRAL DEFINIDA


b b
I. a k . f(x) dx  k
a f(x) dx , k = constante real

a a
a f(x) dx  F(x) 
a
II. a f(x) dx  0 , pois F(a) − F(a) = 0
a
b a a
III. a f(x) dx  
b f(x) dx , pois b f(x) dx  F(a)  F(b)
b c b
IV. a f(x) dx 
a f(x) dx 
c f(x) dx , acb
Exemplos:
1. Calcular as integrais definidas:
1 x3 1 13 03 1 1
a) 0 x 2 . dx 
3 0

3

3

3
 0 
3
2 x6 2 26 16 64 1 63
b) 1 x 5 . dx 
6 1

6

6

6

6

6
2 4 x4 2
2 4 x
3 . dx   x4 24  24
c)   0
4 2
2 x3 2  23   13 
1 ( x    4 . 3    4 . 1 
2  4). dx   4x
d) 3 1  3   3 
   
8 1 7 31
=  12   4   8 
3 3 3 3

2. Calcular a área limitada pela curva y = 2x – x2 e o eixo x


Solução:
Os pontos interceptos da curva com o eixo x são obtidos fazendo y = 0.
Logo: 2x – x2 = 0 x . (2 – x) = 0 x = 0 ou x = 2
37
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

f(x)

0 2 x

2 2x 2 x3 x3 2  2 3   2 0 3 
A= 0 (2x  x 2 ) . dx 
2

3
 x2 
3 0
  22 


3  
 0 
 
3 

=
8 4
= 4   0 A = u.a. (unidades de área)
3 3

3. Determine a área da curva f(x) = x3 no intervalo [0 ; 4]


y f(x) = x3
4
x4 4 44 04 256
A= 0 x 3 . dx = 4 0

4

4
=
4
0

A A = 64 – 0 A = 64 u. a.

0 4 x

4. Calcular a área limitada pelas curvas : y = x 2 e y = 3x

Solução:
Os pontos de intersecção entre as curvas dadas são obtidos resolvendo-
se o sistema de equações formado pelas curvas:

y  x 2 x  0
 x2 = 3x x2 – 3x = 0 x . (x – 3) = 0 

 y  3x x  3
Como não usaremos os valores de y, os mesmos não serão por nós obtidos.
3 3x 2 x3 3
y y=x 2
y = 3x
A= 0 (3x - x 2 ). dx 
2

3 0

 3.3 2 3 3   3.0 2 0 3 
    
A=  2 3   2 3 
   
27 27 27
A A=   0  9
2 3 2
9
 A=
2
u. a.
0 3 x

EXERCÍCIOS
1. Calcular as intergrais definidas:
2 1
a) 1 x 4 dx , Resp.: 15,5 b) -1 x1 / 2 dx , Resp.: 0
2 1
2 4 x 0 ( x
3 dx 2  2x  3) dx
c) , Resp.: 0 d) , Resp.: 13/3

e)
1
0 1  t dt , Resp.:
2
3

2 2 1  f)
1
- 2 (2  x  x
2 ) dx
, Resp.: 4,5
38
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

g)
1
0 e 2 x dx , Resp.:
2

1 2
e 1  h)
3
0
1
x3
. dx , Resp.: ln 2

2. Calcular a área limitada pela curva y = 2x + 3 , o eixo x e as retas x = 3 e x = 4


Resp.: 24 u.a.
x
3. Determinar a área limitada pela curva y = + 1 e o eixo x, no intervalo [0 ; 5].
2
Resp.: 11,25 u.a.
x2
4. Achar a área limitada pela parábola y = e o eixo x, no intervalo [0 ; 2].
2
Resp.: 4/3 u.a.
5. Determine a área limitada pela parábola cúbica y = x3 e o eixo x , no intervalo [0 ;4].
Resp.: 64 u.a.

6. Calcular a área limitada pela curva y = x2 + 4 e a reta y = 5 Resp.: 4/3 u.a.

7. Determinar a área limitada pela curva y = x e o eixo x, no intervalo [0 ; 9]


Resp.: 18 u.a.
8. Calcular a área limitada por:
a) y = 2x – x2 e o eixo x, acima do eixo x; Resp.: 4/3 u.a.
b) y = x2 e y = 2 – x Resp.: 4,5 u.a.
c) y = x2 e y = 8 – x2 Resp.: 64/3 u.a.

9. Calcule a área da região indicada na figura:

y y = ex

1 Resp.: (e2 – 1) u.a.

0 2 x

EXERCÍCIOS DO LIVRO: UM CURSO DE CÁLCULO – HAMILTON


LUIZ GUIDORIZZI, indicados no cronograma do programa.
Página 296: (Integral) - Exercícios 10.2
1. Calcule.
a)  x dx b)  3 dx c)  (3x  1) dx
d)  (x 2  x  1) dx e)  x 3 dx f)  (x 3  2x  3) dx
1  1 
g) x 2 dx h)   x  x 
3 dx

i)  x dx
 1
j)  3 x dx l)   x   dx
 x
m)  (2  4 x ) dx
 1 
  3x
2
n)  (ax  b) dx, a e b constantes o) x  dx
x3 

39
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

 1  2 3 
  x  2  dx
   2  dx r)   3 x2  3
5
p) q) 
 dx
 x  x x 
 3 1  x2  1
s)   2x  4  dx
 x 
t)  x
dx
Página 351: (Integral)  Exercícios 12.2 (métodos de integração – Substituição)
1. Calcule.
1
a)  (3x  2)3 dx b)  3x  2 dx c)  3x  2
dx
1
 ( 3x  2)  x sen x 2 dx f)  x e x dx
2
d) 2 dx e)

g)  x 2 e x dx h)  sen 5x dx i)  x 3 cos x 4 dx
3

j)  cos 6x dx l)  cos 3 x sen x dx m)  sen5 x cos x dx


2 5 x
n)  x3
dx o)  4x  3
dx p) 1  4x 2
dx
3x x
q)  dx r)  (1  4x 2 ) 2
dx s)  x 1  3x 2 dx
5  6x 2
1 sen x
t)  e x  (x  1)  cos x)  x e  x dx
2
1 e x dx u) 3 dx v) 2 dx
x
Página 360: (Integral)  Exercícios 13.3 (métodos de integração – Partes)
1. Calcule.
a)  x e dx b)  x sen x dx c)  x 2 e x dx
x

d)  x . ln x dx e)  ln x dx f)  x 2 . ln x dx
g)  x sec x dx h)  x . (ln x)2 dx i)  (ln x)2 dx
2

j)  x e dx l)  e x cos x dx m)  e  2x sen x dx
2x

x o)  x 3 cos x 2 dx p)  e  x cos 2x dx
2
n) 3
ex dx
q) x sen x dx
2

Página 311: (Integral - soma de Geog Friedrich Bernhard Riemann , 1826 – 1866)
Exemplo1. Calcule a área do conjunto do plano limitado pelas retas x = 0,
x = 1, y = 0 e pelo gráfico de f(x) = x2.
Solução:
y Área A =
y = x2 1
1  x3  13 03 1
 0
x 2 dx    
 3  0 3

3
 u.a.
3

Página 313: 0 1 x
y 3
Exemplo 3. y=x
Área A = área A1 + área A2
a) Calcule a área da região limitada pelo gráfico de f(x) = x 3, pelo eixo x e
pelas retas x =1 e x = 1. o x4 0 1
Solução: Área A 1 = 
1
x 3 dx  
4 1


4
1 A2
0 1 x 1 x4 1 1
A1 Área A2 = x 3 dx  
 o 4 0 4
Portanto:
1 1 1
Área =   = 0,5 u.a. 40
4 4 2
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

x = 1 x=1
1
1 x4  1 1

3
b) Calcule x dx  
4
 
4

4
= 0 = Área A2 – Área A1
1 
 
 1
Página 314:
Exemplo 4. Calcule a área da região limitada pelas retas x = 0, x = 1,
y = 2 e pelo gráfico de y = x2.
Solução:
Área A =
1
1  x3 
 0
( 2  x 2 ) dx  2x 

 3 

0
=
y=2
 3   3 
 2. 1  1    2.0  0   2  1  5
 3   3  3 3
y y = x2  

2 5
Portanto: Área A = u.a.
3

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Calcular:
2 x6 20 26 116 64x 1 63
a)  1
x 5 dx 
6 1
x=0

6

6

6

6

6
x=1
1 1 4
1 x3 1 x3 1 3 3 13 3  3 
x4   . 14    . 3 ( 1)4  =
1
b)  1 x 3
dx = 1  4 
3
1 1 3
1 4 1 4  4 
3  3  3 3
=  . 1   . 1    0
4  4  4 4
 
c)  
senx dx   cosx

   cos   [  cos ( )]   ( 1)  ( 1)  1  1  0

 
d)  0
cos x dx  sen x
0
 sen   sen 0  0  0  0

2. Achar a área entre as curvas, em cada caso:

a) y = x e y = x2

Pontos interceptos: x2 = x x2 – x = 0 x(x – 1) = 0


x = 0 ou x = 1
Gráfico:

41
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

1
y = x2 y=x A=  0
[x  x 2 ] dx

x2 x3 1
A= 2  3 0
 12 13   02 03 
A =  2  3    2  3 
   
1 1 1
A=   u.a.
2 3 6
b) y = x e y = x3
Pontos interceptos: x3 = x x3 – x = 0 x(x2 – 1) = 0
x = 0 ou x2 = 1 x = 0 ou x =  1
Gráfico:

A1 = A 2 AT =2.A1
1
y=x y=x 3
A1 =  0
[x  x 3 ] dx

A1
x2 x 4 1
A1 = 
A2 2 4 0
 12 14 
A1 =  2  4   0
 
1 1 1
A1 =   u.a.
2 4 4
1 1
Portanto: AT = 2 . A1 = 2 . AT = u.a.
4 2
1
OBS.: Se considerar A =  1
[ x  x 3 ] dx , obtém-se A = 0 (verifique.)
c) y = x2 e y = x3
Pontos interceptos: x3 = x2 x 3 – x2 = 0 x2 (x – 1) = 0
x2 = 0 ou x – 1 = 0 x = 0 ou x = 1

Gráfico:

y= x2

y= x3

1
x3 x4 1  13 14 

1 1 1
A= [ x 2  x 3 ] dx       0   A= u.a.
3 4 0  3 4  3 4 12
0  

3. Achar a área entre a curva y = (x – 1).(x – 2).(x – 3) e o eixo dos x.


(esboçar o gráfico)

42
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

A curva intercepta o eixo x em y = 0 , logo:


(x – 1).(x – 2).(x – 3) = 0 x = 1 ou x = 2 ou x = 3
(que são as abscissas dos pontos onde a curva “corta” o eixo x)
Gráfico:

y = (x-1)(x-2)(x-3)

y = (x2–3x+2)(x-3)

y = x3 – 6x2 + 11x – 6

A1 AT = A1 + A2
A2
OBS.: Se considerar a
Integral da função no
y = (x – 1).(x – 2).(x – 3) intervalo 1  x  3 ,
obtemos área igual a
zero. Faça a
Verificação.
2 3
AT =  1
f ( x ) dx 
 2
[ f ( x )] dx

2 x4 x3 x2 2 x4 x2 2
 (x 3  6x 2  11x  6) dx  3
I) A1 = 4
6
3
 11
2
 6x
1
= 4  2x  11 2  6x 1
1

 24 22   14 12  1 11 

A1=  4  2 . 2 3
 11 .  6 . 2     2. 13
 11 .  6.1   4  16  22  12    2   6
2   4 2   4 2 
   
23 23 23 1
A1 =  2 – (4 + )= 2+8 = 6– = u.a.
4 4 4 4

3 x4 x3 x2 3
II) A2 =  2
 (x 3  6x 2  11x  6) dx  
4
6
3
 11
2
 6x
2
=
x4
3 x2 3
=  4  2x  11 2  6x 2
 34 32   24 22 
A2 =   2.3 3  11 .  6.3     2.23  11 .  6 .2 
 4 2   4 2 
   
 81 99 
A2 =  
 54   18     4  16  22  12
 4 2 
279 279 1
A2 = 72   ( 2) = 70  A2 = u.a.
4 4 4
1 1 2 1
III) AT = A1 + A2 = + = AT = u.a.
4 4 4 2

4. Achar a área entre a curva y = (x + 1).(x – 1).(x + 2) e o eixo dos x.


(esboçar o gráfico)

A curva intercepta o eixo x em y = 0 , logo:


(x + 1).(x – 1).(x + 2) = 0 x = 1 ou x = 1 ou x = 2 (que são as
abscissas dos pontos onde a curva “corta” o eixo x)

43
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

Gráfico:

y=(x+1)(x-1)(x+2)

y = (x2 –1)(x+2)

A1 y = x3 – x + 2x2 – 2

A2 A1  A2 , então:

AT = A1 + A2
y=(x+1)(x-1)(x+2)

1 1
AT =  2
f ( x ) dx 
 1
[ f ( x )] dx

1 x4 x2 x3 1

1
I) A1 =  2
f ( x ) dx =
2
(x 3  x  2x 2  2) dx 
4

2
 2.
3
 2x
2

 ( 1) 4 ( 1)2 ( 1)3   ( 2) 4 ( 2)2 ( 2)3 


A1 =  4   2.  2.( 1)     2.  2.( 2)
 2 3   4 2 3 

1 1 2  16 4 8   3  6  8  24   16 
A 1 =     2     2 .  4 =    4  2   4
4 2 3  4 2 3   12   3 

 13   16  13 2 13  8 5
A1 =    6   =    u.a.
 12   3  12 3 12 12

1 x4 x2 x3 1

1
II) A2 =  1
[  f ( x )] dx =
1
 ( x 3  x  2x 2  2) dx  
4

2
 2.
3
 2x
1

 14 12 13   ( 1) 4 ( 1)2 ( 1)3 


A2 =    2.  2.1     2.  2.( 1)
 4 2 3   4 2 3 

 1 1 2   1 1 2    3  6  8  24    3  6  8  24 
A2 =      2       2  =    
 4 2 3   4 2 3   12   12 

 19   13  19 13 32 32
A2 =     =  = = u.a.
 12   12  12 12 12 12

5 32 37
III) AT = A1 + A2 =  AT = u.a.
12 12 12

5. Achar a área entre as curvas y = senx, y = cosx, o eixo y e o primeiro


ponto onde essas curvas se interceptam para x positivo (x>0).

44
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

Solução:
senx = cosx x = /4, com x  1º quadrante.

Gráfico:

A y = senx

/4

y = cosx

  

 = senx  (  cos x ) 4
= senx  cos x 4
4
A= [cos x  senx] dx
0 o o

 
   
A =  sen  cos    sen0  cos 0  =  2  2   (0  1)
2 2
 4 4  

2 2
A=  1 A = ( 2  1 ) u.a.
2

ENGENHARIA MECATRÔNICA/ELÉTRICA – CÁLCULO DIF. E INTEGRAL – 1º ANO


GABARITO DOS EXERCÍCIOS DO LIVRO DO GUIDORIZZI  PROF. MACHADO

CAPÍTULO 7
7.3
45
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

7.7

7.11

46
Cálculo Diferencial e Integral de uma variável
para os cursos de Engenharia e CC Eurípedes Machado Rodrigues

CAPÍTULO 10 CAPÍTULO 12
10.2 12.2

CAPÍTULO 13
13.3

47

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