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Nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais, Murilo Mendes é filho de Onofre Mendes,

funcionário público, e Elisa Valentina Monteiro de Barros. No dia 20 de outubro de 1902,


sua mãe morreu, prematuramente, de parto. Casou-se, então, o seu pai com Maria José
Monteiro ("Minha segunda mãe, Maria José, grande dama de cozinha e salão, resume a
ternura brasileira. Risquei do vocabulário a palavra madrasta.").[1]
Após a conclusão do curso primário e ter realizado o curso ginasial, ingressou, em 1916,
na Escola de Farmácia de Juiz de Fora, que abandonou decorrido um ano apenas. Aluno
interno, estudou no colégio Santa Rosa, em Niterói. Entre 1917 e 1921, foi empregado
como telegrafista, prático de farmácia, guarda-livros, funcionário de cartório, professor de
francês em um colégio de Palmira (atual Santos Dumont) e, mudando para o Rio de
Janeiro com o irmão mais velho, trabalhou como arquivista na Diretoria do Patrimônio
Nacional, subordinado ao Ministério da Fazenda. No Rio de Janeiro, Murilo Mendes
conheceu Ismael Nery, que passou a ser o seu grande amigo. Entretanto, de 1924 a 1929,
o poeta continuou a buscar, sem vocação, empregos vários, como o de escriturário em
banco.[2]
A partir de 1920, colaborou em jornais e revistas, ao mesmo tempo em que publicava seus
livros. Casou-se, em 1947, com Maria da Saudade Cortesão, filha de Jaime Cortesão,
escritor e historiador português exilado no Brasil. Fixou o casal, inicialmente, o domicílio no
Rio de Janeiro.[3][4]
Viajou, pela primeira vez, à Europa, no intervalo de 1953 a 1956. Em 1953, promoveu,
na Sorbonne, conferência sobre Jorge de Lima, cuja morte ocorrera há pouco. Continuou a
sua missão cultural na Bélgica e na Holanda. Mudou-se para Itália, em 1957, a fim de
exercer a função de professor de cultura brasileira na Universidade de Roma. Instalaram-
se o poeta e sua esposa no domicílio definitivo, situado na via del Consulato 6.[5][6]
Murilo Mendes faleceu no dia 13 de agosto de 1975, em Lisboa, local em que foi
sepultado.

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