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Curvas de resfriamento contínuo com diferentes taxas de

resfriamento: Ensaio Jominy

Resultados:
- Microestruturas diferentes;
- Durezas diferentes.
Efeito da seção da peça sobre a velocidade de
resfriamento em meios diferentes

- As camadas superficiais resfriam mais rapidamente;

- Transformação da austenita em martensita;

- Transformação da austenita em outros produtos;

- Formação de produtos diferentes na superfície e no


núcleo;
Trincas de Têmpera

 No resfriamento ou aquecimento de uma Aço surgem


tensões decorrentes de:

- Heterogeneidade de temperatura na peça;


- Dilatação ou expansão térmica.

 No caso dos resfriamentos rápidos de Têmpera as trincas


podem ocorrer pela presença de:
A)
- Maior heterogeneidade de temperatura;
- Resfriamento rápido;
- Gradientes de temperatura no interior da peça;
- Gradientes de tensão, associados às diferentes expansões
(ou contrações) térmicas.
Trincas de Têmpera

B)
- Variação do volume associada à transformação
martensítica à medida que as diferentes regiões da peça
vão atingindo a temperatura Mi.

Representação do estabelecimento de tensões durante a têmpera de uma peça


utilizando água para o resfriamento.
Trincas de Têmpera Associadada à Expansão Martensítica

 Resfriamento lento:
-Variação de volume e decomposição
da austenita ocorre a temp. elevadas;
-As tensões são facilmente acomodadas
durante o resfriamento final.

 Resfriamento rápido:
-A contração da austenita ocorre até o
material atingir a temperatura Mi;
-Posteriormente inicia-se a expansão
associada à transformação martensítica;
-Nesta temperatura, o material possui
Tensão de Escoamento elevada e baixa
Ductilidade.
TRATAMENTOS ISOTÉRMICOS

Objetivo:
Tratamento térmico que visa obter:
- Aumento da dureza;
- Redução das tensões internas;
- Menor risco de ocorrência de trincas ou empenamentos.

Tipos e Tratamentos Térmicos a Temp. Isotérmica:


- Martêmpera;
- Austêmpera.
 MARTÊMPERA

- Indicado para Aços Liga e Ferros Fundidos cinzentos;

- Diferente da Têmpera, um pouco acima da linha Mi


(início da martensita), o resfriamento é retardado;

- Inicia-se nesta região, em temp. constante, (sem


encostar nas curvas “CC”) a homogeneização térmica
de toda seção;

- A temperatura da superfície e do núcleo são igualadas


(ainda com microestrutura austenítica);

- Posteriormente com o resfriamento ao Ar obtem-se a


Martensita;
 MARTÊMPERA

- Diminuição da quantidade excessiva de tensões


internas;

- O tratamento final possibilita martensita uniforme em


toda seção da peça;

- Dureza: de 65 a 67 RH C;

- As propriedades de um aço tratado por “Martempera e


revenido” são idênticas às propriedades de um aço
tratado por “Têmpera e revenido;
 MARTÊMPERA – Processo

Posição 1: A peça é aquecida acima da zona crítica para


se obter a austenita;

Posição 2: A peça é Resfriada


num banho de sal fundido ou
óleo quente, com temperatura
um pouco acima da linha Mi;

Posição 3: Mantém-se a peça


nessa temperatura por certo
tempo, tendo-se o cuidado
de não cortar a primeira curva
 MARTÊMPERA – Processo

Posição 4: (Resfriamento final)


A peça é resfriada, ao ar,
em temperatura ambiente;

Obs.:
Após a martêmpera é
necessário submeter
a peça a revenimento.
Comparando os processos de Têmpera e Martêmpera:

- (A) Têmpera: A superfície e o núcleo da peça atingem a


temperatura Mi em momentos (tempos) diferentes.
Resultado: aumento excessivo das tensões internas.

- (B) Martêmpera: Tratamento isotérmico antes de Mi, permite


a homogeneização da temp. da superfície e do núcleo.
Resultado: redução sensível das tensões internas.
 AUSTÊMPERA

- Indicado para aços com temperabilidade elevada (“C” >


0,50%) e em Ferros Fundidos cinzentos;

- Aços com baixo “C”, porém com elevado “Mn” ou com


presença de elementos de liga;

- Após o aquecimento do aço acima da zona crítica, um


resfriamento rápido a temperaturas de formação da
Bainita;

- Inicia-se nesta temperatura a nível constante, a


transformação da Austenita (curvas “CC”) em produto
Bainita;

- Dependendo da temperatura do banho (sal fundido ou


chumbo derretido) obtém-se Bainita mais ou menos
dura;
 AUSTÊMPERA

- Temperatura do banho: entre 260ºC e 440ºC;

- O resfriamento final ocorre ao Ar ambiente;

- A Bainita substitui a estrutura martensítica revenida, esta


última obtida pela Têmpera e revenido;

- A austêmpera resulta:
• menores tensões internas;
• Ausência de empenamento das peças tratadas

- Devido à influência da seção das peças nas curvas de


resfriamento, a austêmpera não apresenta bons
resultados em peças de grandes dimensões;

- Dureza aproximada: 50 RH C;
 AUSTÊMPERA – Processo

Posição 1: A peça é aquecida


acima da zona crítica para se
obter a austenita;

Posição 2: A peça é resfriada


bruscamente em banho de sal
fundido, com temperatura entre
260ºC e 440ºC.

Posição 3: Permanece nessa temp. por um tempo, até que


sejam cortadas as duas curvas (CC - transformação da
austenita em bainita.
Posição 4: Resfriamento ao Ar ambiente.
PROCESSO DE TÊMPERA SUPERFICIAL

Objetivo:
Produzir endurecimento superficial pela obtenção da
microestrutura martensita, apenas na camada externa do
aço.

Aplicações:
- Em peças com formatos complexos e dimensões
impossíveis de temperar inteiramente;
- Alta dureza e alta resistência ao desgaste superficial;
- Boa ductilidade e tenacidade no núcleo.

Tipos: - Têmpera superficial por chama;


- Têmpera superficial por indução;
 Têmpera superficial por chama:

Métodos: Estacionário; Progressivo e Combinado.

• Método estacionário: (manual)


- Consiste em aplicar a chama
na peça, até que ela alcance uma
temperatura de cerca de 800ºC;

- A chama move-se sobre a área


que será endurecida;

- O resfriamento é imediato na água ou no óleo;


• Método Progressivo:

- A peça se move e o maçarico permanece fixo;


-O resfriamento é feito logo após a chama ter aquecido a
superfície da peça.
• Método Combinado:

- A peça e o maçarico movem-se


simultaneamente;

- Este método requer o uso


De máquinas ou dispositivos
especiais;

- É aplicado, geralmente, em
peças cilíndricas e de grande
tamanho.
• Resultados do Tratamento Superficial por Chama:

- A dureza final obtida varia de 53 a 62 HRC;

- A espessura da camada endurecida pode atingir até


10mm;

- A profunidade de camada endurecida depende:


- composição do aço;
- velocidade de deslocamento da chama;
- homogeneidade da temperatura desde a superfície
até espessura da camada.
 Têmpera superficial por indução:

- O aquecimento tem origem no princípio da indução


eletromagnética.

- Um condutor de eletricidade (peça metálica) é colocado


sob a ação de um campo eletromagnético. Este campo
desenvolve uma corrente elétrica de forma induzida.

- O aquecimento é feito por meio da corrente que circula


através da peça e da resistência que o material oferece
à sua passagem.
 Têmpera superficial por indução:

- A unidade para aquecimento


indutivo compõe-se de um
aparelho de alta freqüência
e de uma bobina de trabalho.

- A bobina é fabricada com


tubo fino de cobre, com uma
ou mais espiras, e toma a
forma da área da peça que se
deseja aquecer.
 Têmpera superficial por indução:

- A freqüência da corrente alternada, aplicada à bobina de


trabalho, influi no grau de aquecimento e profundidade
de têmpera.

Por exemplo:
- Alta freqüência, pequena profundidade de têmpera;

- Baixa freqüência, grande profundidade têmpera;

- Na prática, emprega-se a freqüência de 450Khz na


maioria das aplicações.
Tempera por Indução: Procedimentos:

- A peça é colocada numa bobina em que circula uma


corrente elétrica de alta freqüência;

- Dentro da bobina indutora, é gerado um forte campo


eletromagnético;

- A resistência que a peça oferece à passagem desse


campo provoca o aquecimento da superfície a
temperatura acima da zona crítica do material;

- Após a austenitização, a peça é resfriada por jatos de


água ou de óleo;

- Na superfície, forma-se uma estrutura do tipo


MARTENSITA.
- Após a têmpera superficial, é necessário revenir a
camada endurecida.

- O revenimento pode ser feito, também, pelo processo de


aquecimento por indução, seguido de resfriamento lento.

Vantagem da têmpera por indução:


- Permitir o controle preciso da profundidade da camada a
ser endurecida;

- Processo mais preciso e seguro do que o da têmpera por


chama;

- É largamente empregado na fabricação de peças de


grande responsabilidade, como eixos e engrenagens.

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