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Gestão de conflitos: saiba

como melhorar o clima


organizacional
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Assim como em qualquer família, desavenças são naturais dentro de uma
empresa e, em alguns casos, podem até ser benéficas. Para isso, é essencial
que a organização mantenha uma boa política de gestão de conflitos. Confira,
a seguir, quais os principais fatores de conflitos e como lidar com eles.

Tipos de conflito
No livro Administração de conflitos: abordagens práticas para o dia a dia,
Ernesto Artur Berg explicou que existem três tipos de conflitos: pessoais,
interpessoais e organizacionais. Veja como reconheceR:

Pessoais: inquietações internas que atormentam um indivíduo e podem levar


ao estresse ou atritos com outras pessoas.

Interpessoais: ocorrem quando duas ou mais pessoas têm visões diferentes


sobre uma situação.

Organizacionais: problemas que não nascem de valores pessoais, mas das


constantes mudanças de dinâmicas organizacionais – muitas delas externas à
empresa.
Problemas pessoais são normais em qualquer empresa e saber lidar com eles
é essencial para a boa gestão de conflitos. Foto: iStock, Getty Images

Fatores que levam a conflitos


O Prof. Gretz, um dos principais palestrantes da área de Recursos Humanos
no Brasil, afirma que existem quatro fatores principais por trás de conflitos
dentro de empresas: família, saúde, desafio profissional e parte financeira.

“Uma das coisas mais comuns é que as pessoas não se organizam na vida
pessoal, na vida particular, e isso traz um reflexo para dentro da organização.
Especialmente quando há um endividamento“, diz Gretz.

Gretz afirma que um funcionário endividado irá levar essa preocupação para o
trabalho, pensará na dívida do cartão ou no cheque especial que estourou. “Ele
fica com aquela angústia, aquela aflição, e isso fica roubando energia. Parece
uma coisa muito simplista, mas essa é razão principal para conflitos”, afirma.

Para Gretz, problemas pessoais represados acabam respingando no


desempenho profissional e prejudicam a empresa. “Existem muitas pessoas
com coisas represadas dentro de si e que automaticamente caem de
produtividade, não trabalham com qualidade, ficam olhando para o relógio e
esperando a hora de ir embora”, diz. “E aí azar de quem estiver do outro lado,
precisando do serviço dessa pessoa”.

Como ter uma boa gestão de conflitos


Celia Spangher, diretora de Gestão do Talento da Maxim Consultores
Associados, afirma que conflitos são naturais dentro de empresas. “O ser
humano tem suas peculiaridades e é natural que divergências ocorram”, diz.

No entanto, ela ressalta que cabe às lideranças da empresa fazer uma


adequada gestão de conflitos com o objetivo de manter a coesão do grupo e a
produtividade. “Transparência, respeito e serenidade são as principais armas
para administrar conflitos. Se essas três características estiverem presentes na
liderança, ainda que conflitos existam, diferenças poderão ser respeitadas e
contornadas sem que haja maiores prejuízos”, afirma.

Gretz, por sua vez, sugere que um líder deve lidar com a gestão de conflitos
como um capelão. “O capelão é aquele pastor ou padre que vai no
hospital confortar o doente em estado terminal ou a família dele. O gerente ou
a liderança tem que ter esse papel de estar sempre olhando para as pessoas,
percebendo a expressão facial, ouvindo elas”, recomenda. “Às vezes, o líder
fica preocupado em resolver o problema, mas na metade da conversa a própria
pessoa diz: ‘eu sei que você não pode resolver, mas só o fato de você estar
ouvindo já me ajuda'”.





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