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Faculdade de Direito
Maio 2012
Lisboa
ÍNDICE
1
1. Introdução e Fundamentos Constitucionais da Intervenção do Estado
na Economia a partir da Constituição Económica
2
formação do sector empresarial do Estado, seu âmbito e o principal
instrumento jurídico regulador da actividade das empresas públicas.
3
2. Noção de Constituição Económica
1
J. Canotilho e V. Moreira, Constituição da República Portuguesa Anotada, Coimbra: Coimbra
Editora,1993, p. 383
2
Ver a Constituição Económica Português, Coimbra; Almedina, 1993, p.16
4
- Livre iniciativa da actividade privada dentro dos trâmites da lei;
- Intervenção directa e indirecta do Estado.
3
Ver outros desenvolvimentos in A Evolução da Constituição Económica Angolana, Casa das
Ideias, p.98 e seguintes.
5
7. Constituição Económica Estatutária (1975/1991)
6
Decreto -Executivo nº. 18/99 – E.F.E.C.E.M – UEE, o Decreto n.º 2/89 – Títulos
de Reajustamento, o Decreto nº. 3/89 – Títulos de Poupança Particular,
Decreto nº. 36/89 – Gabinete de Redimensionamento Empresarial, a Lei nº.
5/91 de 20 de Abril – Lei das Instituições Financeiras.
4
Programa de Saneamento Económico e Financeiro.
5
Este conjunto de legislação integra para muitos autores a Constituição Económica Material.
7
públicos, colectivos e urbanos (pesados e ligeiros), administração de portos e
aeroportos.
Esta fase da periodização da constituição económica revela já um volte face no
socialismo enquanto modelo económico de desenvolvimento, dando nota ao
período de transição da economia com base no princípio plano-mercado.
A Lei de Revisão n.º 23/92 deu a Lei Constitucional sobre esta matéria uma
nova redacção expressa no seu artigo 10º ao consagrar que “o sistema
económico assenta na coexistência de diversos tipos de prioridade pública,
privada, mista, cooperativa e familiar, gozando todos de igual protecção.
6
Ver artigo 11º n.º2 da Lei Constitucional.
8
11. A Nova Constituição Económica de Angola
9
120º referente as competências do titular do Poder Executivo7, em especial no
que diz respeito as alíneas b), c) e d); artigo 162º alíneas b), d) referentes as
competências de controlo e fiscalização da Assembleia Nacional no exercício
do Poder Legislativo.
7
O Conselho de Ministros enquanto órgão auxiliar do Presidente da República, compete
pronunciar-se nos termos do n.º4 do artigo 134º do CRA, sobre instrumentos de planeamento
nacional de medidas gerais de execução do programa de governação do Presidente da
República.
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Este diploma define as bases gerais para gestão das UEE, quer as já
existentes, quer as que viessem a ser criadas pelo Estado, e estabelece as
qual o grau de dependência das UEE face o Estado. O objectivo deste diploma
era «...garantir o necessário e correcto enquadramento das UEE na política
sectorial e regional e por outro lado o princípio fundamental de que a sua
gestão deve estar assente no controle do Estado...».
1. empresa estatal de âmbito nacional ------- que eram criadas pelo Conselho
de Ministros sob proposta do Ministro de tutela.
2. empresa estatal âmbito regional ------- que eram criadas por despacho
conjunto do; Ministro das Finanças; pelo Ministro de tutela e pelo titular do
já extinto cargo de Vice - Primeiro Ministro para o plano, conforme o
estabelecido nos artigos 5 e 6 da Lei 7/77.
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A) do Ministro de tutela
B) da Comissão Nacional do Plano e da assembleia de trabalhadores
C) do Ministro das Finanças.
A Lei 17/77, prevê também como órgão das E.P, um conselho de direcção
integrado pelo director, os chefes dos departamentos centrais, um
representante da UNTA, e um trabalhador.
A Lei 17/77 foi revogada pela lei 11/88 de 9 de Julho que constituiu durante
alguns anos a lei de bases das E.P. Esta lei define as empresas estatais como
sendo comunidades económicas propriedade do Estado, criadas através de
mecanismos previstos na lei, destinadas a produção e distribuição e bens, e a
prestação de serviços. Este conceito não difere muito do da lei 17/77
apresentando algumas alterações: por um lado a consagração do termo
propriedade pública anteriormente atribuída ao povo é agora atribuída ao
Estado. Estamos perante a consagração de uma nova dimensão de pessoa
jurídica distinta das sociedades comerciais as quais a lei não equipara,
conforme José A.Morais Guerra. Esta lei foi posteriormente revogada pela Lei
9/95 de 15 de Setembro.
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exclusivamente ou com pessoas colectivas públicas como as autarquias locais
e os institutos públicos.
A lei 9/95 traça o regime geral das E.P, e os estatutos das mesmas abordam
apenas especificidade, nomeadamente no que respeita a estrutura orgânica.
As E.P são entidades com fins lucrativos, e os seus lucros devem servir para
constituição de: reserva legal, fundo de investimento e fundo social.
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Os órgãos obrigatórios das empresas públicas são:
a) Conselho de Administração
b) Conselho Fiscal
As pessoas acima indicadas nos termos da mesma lei elaboram uma proposta
de criação de empresa que deve integrar um estudo de viabilidade técnica,
economia e financeira do qual conste a caracterização completa do projecto,
volume de investimentos, etc.
14
16. Reserva do Estado Angolano
3º Reserva de controlo:
- para actividades a exercer com participação de entidades do sector público
em posição majoritária que abarca o transporte aéreo regular de passageiros
domésticos, comunicação por via postal.
Sector das obras públicas e urbanismo constituído por 26 empresas das quais
3 grandes, 11 médias e 11 pequenas.
15
Sector dos transportes constituído por 16 empresas das quais 9 são da grande
dimensão, 4 de média e 3 de pequena.
Sector das finanças constituído por 4 empresas de grande dimensão das quais
3 bancos e 1 caixa de crédito.
Actividade bancária
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fluxos de poupança interna orientando-os para os investimentos com vista ao
relançamento da produção. Em 1991 por determinação do Decreto 47/91 de 16
de Agosto este banco foi transformado em sociedade anónima passando a
designar-se Banco de Poupança e Crédito SARL.
Banco de Comércio e Indústria (BCI) foi criado em 1991 pelo Decreto 8 A/91 de
16 de Março e iniciou as suas funções no mesmo ano. Foi criado com 91% do
capital do Governo através do Ministério das Finanças, e os restantes 9%
foram fornecidos por empresas públicas correspondendo 1% a cada uma delas,
sob a forma de sociedade anónima.
Caixa de Crédito Agro-Pecuária e Pescas (CAP) foi criada com fundos dos
lucros do BNA e recursos da privatização. Nasce como pessoa colectiva de
direito público e funciona junto do banco central.
TAAG – Linhas Aéreas de Angola esta empresa do Estado foi criada por força
do Decreto 15/80 e existiu como UEE até 1997 altura em que é elaborado o
Decreto 31/97 de 2 de Maio.
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De acordo com o art. 6º do estatuto os órgãos sociais da empresa são:
A Diamang era uma empresa mista na qual o Estado angolano tinha uma
participação de 77%, e exercia a sua actividade nas Lundas, enquanto que a
ENDIAMA exercia a sua actividade nas restantes regiões do país. Quando em
1986 desaparece a Diamang, a ENDIAMA passou a ser a concessionária
nacional detendo o monopólio da actividade.
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A SONANGOL cresceu muito e agrupa várias empresas nos ramos descritos
no artigo 4º n.° l do seu estatuto, por isso o seu próximo estatuto já em estudo
será constituída em Holding.
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No período de 2001-2008, o processo de privatizações em 2ª fase conheceu o
seu maior impulso, com a conclusão de 86 operações de alienação de activos
de empresas e participações sociais na capital de sociedades comerciais.
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O Estado deve sim a meu ver intervir na economia de modo a assegurar a
justiça e a coesão social, preservando a equidade intergeracional, protegendo
os cidadãos com parcos recursos, permitindo-lhes o acesso a bens e serviços
fundamentais que as constituições políticas dos países consagram.
O que fazer então para atingir tais propósitos no quadro da reformatação dessa
intervenção?
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30/11 das Micro, Pequenas e Médias Empresas, tendo encomendado um
estudo sobre a “Caracterização do Sector Empresarial Privado Angolano”.
20. Conclusão
8
Vide Decreto Presidencial n.º 49/11 de 19 de Março.
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As alterações constitucionais de 1991, em especial aqueles que abriram
caminho para o multipartidarismo e os princípios basilares para a economia de
mercado, levaram a uma nova formatação da actividade empresarial do Estado
em Angola, por via de um processo de privatizações e redimensionamento
empresarial, que por razões decorrentes da insipiência do empresariado
nacional privado, carência de capitais e instabilidade político-militar que então
se vivia frustrou uma vez mais os objectivos de edificação de uma economia
com uma menor e em alguns casos até mesmo inexistente intervenção do
Estado como agente económico.
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ANEXO – PROGRAMA DE REDIMENSIONAMENTO E PRIVATIZAÇÕES
INDICATIVO PARA 1998-2000
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ANEXO – PROGRAMA DE REDIMENSIONAMENTO E PRIVATIZAÇÕES
INDICATIVO PARA 1998-2000
Província de Benguela
37 ENCIME Média Privatização em curso
Província do Kwanza-Norte
38 CERÂMICA LUCALA Privatização
Província do Nanibe
39 EMPREDI Pequena Privatização
SECTOR DO CAFÉ
40 EMPRESAS TERRITORIAIS Pequena Privat. de 21.148 ha
41 CAFANGOL Grande Privatização parcial
42 PROCAFÉ Média Privatização parcial
43 UIGIMEX Média Privatização parcial
SECTOR DOS TRANSPORTES
44 SÉCIL MARÍTIMA Grande Transf.soc.comercial
45 ANGONAVE Grande Transf.soc.comercial
46 CABOTANG Média Transf.soc.comercial
47 C.F. LUANDA Grande Transf.soc.comercial
48 C.F. MOÇAMEDES Grande Transf.soc.comercial
49 C.F. AMBOIM Grande Extinção
50 PORTO DE LUANDA – Terminais Grande Concessão
51 PORTO DO LOBITO – Terminais Grande Concessão
52 PORTO DO NAMIBE – Terminais Grande Concessão
53 ABAMAT Grande Transf.soc.comercial
54 MANAUTOS Pequena Reestruturação/Privatização
55 ETP’S Pequena Privatização
56 ETIM’S Média Privatização
57 TRANSNORTE Média Transf.soc.comercial
58 CONDAUTOS Pequena Privatização
59 AGENANG Média Privatização
SECTOR DA INDÚSTRIA
Província de Luanda
60 REFRINOR Média Reest./Privatização parcial
61 PANGA-PANGA Grande Privatização parcial
62 ENTEX (Textang I, Fiangol, Facobang, Satec) Grande Privatização parcial
63 COMETA (I, II, III) Grande Reest./Privatização parcial
64 ENACMA (U.P. Kunene, Kuito, Keve, Afrimax) Grande Reest./Privatização parcial
65 BOLAMA (Combal, Villares I e Villares II) Média Privatização parcial
66 METANGOL – LUANDA Média Privatização em curso
67 TRANSAPRO Grande Extinção/Liquidação
68 LIMOCA (Liangol, Cafés Palanca, Somil) Média Privatização parcial
69 ETM Média Privatização
70 GADIL (Perlim, Smyrna) Pequena Privatização
71 DECORANG (Decorser, Decorsin, Sede) Média Privatização
72 MAMOPOL Pequena Privatização
73 EPAN / LUANDA Grande Privatização em curso
74 VIDRUL Média Privatização em curso
75 MOAGEM DO KIKOLO Média Privatização
76 HERÓIS DE KANGAMBA Média Privatização
77 PROMIL/MOAGENS DE CAHAMA Média Privatização
78 MOAGEX Média Privatização
79 AÇUNOR Grande Extinção/Reconversão
80 DIOGO D’AVILA Pequena Privatização em curso
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ANEXO – PROGRAMA DE REDIMENSIONAMENTO E PRIVATIZAÇÕES
INDICATIVO PARA 1998-2000
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ANEXO – PROGRAMA DE REDIMENSIONAMENTO E PRIVATIZAÇÕES
INDICATIVO PARA 1998-2000
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ANEXO – PROGRAMA DE REDIMENSIONAMENTO E PRIVATIZAÇÕES
INDICATIVO PARA 1998-2000
Lda.
156 HIDROMINA Média Extinção
SECTOR DA ENERGIA E ÁGUAS
157 EPAL Grande Transf.soc.comercial
158 ENE Grande Transf.soc.comercial
159 EDEL Grande Transf.soc.comercial
160 ENCEL Média Privatização
SECTOR DAS FINANÇAS
161 BPC Grande Privatização parcial
162 BCI Grande Privatização parcial
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Bibliografia
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