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Apologética
católica

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Saiba

A apologética católica define-se como


qualquer outro tipo de apologética: a
defesa a fé, no caso, a fé católica, seus
dogmas e princípios. Geralmente é feita
com base em estudos no Catecismo da
Igreja Católica. Tem o objetivo de
esclarecer a fé da Igreja, expor a verdade
na doutrina católica, e refutar teses
contrárias a fé. A apologética católica
desenvolve-se principalmente nos
âmbitos teológicos.

Âmbito teológico
A apologética católica no âmbito
teológico diz respeito ao testemunho da
relação entre os dogmas de fé
professados pela comunidade e as suas
doutrinas com os diversos contextos nos
quais o Cristianismo se confronta com o
variado desafio da tradução e do
confronto.
O desafio da apologética é mostrar e
renovar a relação entre os dogmas
católicos e as fontes da experiência
cristã: o Novo Testamento em relação
normativa com o Tanakh dos judeus -
chamado pelos cristãos de Antigo
Testamento ou Antiga Aliança; a Sagrada
Tradição Apostólica e a sucessão de
tentativas de atualização realizadas na
dialética entre a Autoridade Eclesiástica
(Magistério) e a experiência de fé
renovada das comunidades cristãs.

Os apologetas católicos seguem


diversas orientações. Entre elas, uma é a
que vê como missão dos apologistas
católicos a de convencer que os
ensinamentos do Magistério da Igreja
Católica não são contrários ao Depósito
da Fé que os Santos Apóstolos
confiaram à Igreja nascente. Seu
principal objetivo é convencer que a
Igreja dos primeiros séculos é a própria
Igreja Católica.

Âmbito sociopolítico …

Aqui a apologética se concentra em


combater na sociedade moderna as
idéias ou movimentos que do ponto de
vista da doutrina católica são entendidos
como contrários ao Evangelho de Cristo.
Um exemplo disto está no atual debate
sobre a discriminalização do aborto, a
união civil entre pessoas do mesmo sexo
e a eutanásia.

Breve histórico

Período Apostólico …

Na Igreja Cristã primitiva existiram


apóstolos apologetas como São Paulo
(cf. 2Coríntios 10,5), São Pedro (cf.
1Pedro 3,15), São Judas Tadeu (cf.
Judas 1,3), entre outros. A apologética
que todos eles promoviam era
principalmente dirigida contra os judeus
e cristãos-judaizantes, os quais
dificultavam a adesão de novos fiéis
cristãos.

Com efeito, os melhores exemplos da


apologética do primeiro século se
encontram no Novo Testamento. O livro
dos Atos dos Apóstolos relata (18,24-
25.27-28) que existiu um homem
chamado Apolo que promoveu a defesa
da fé de uma maneira audaz:
"Entrementes, um judeu chamado Apolo,
natural de Alexandria, homem eloqüente
e muito versado nas Escrituras, chegou a
Éfeso. Era instruído no caminho do
Senhor, falava com fervor de espírito e
ensinava com precisão a respeito de
Jesus (…) A sua presença foi, pela graça
de Deus, de muito proveito para os que
haviam crido, pois com grande
veemência refutava publicamente os
judeus, provando, pelas Escrituras, que
Jesus era o Messias" (BAM).

Outra corrente religiosa que ampliou a


apologética neste período foi o
denominado "Gnosticismo cristão", o
qual foi definitivamente derrotado no
período seguinte, com a ajuda e
intelectualidade de Ireneu de Lião (+202).

Período Patrístico …
A literatura cristã do século II d.C. é
sobretudo apologética, combatendo
judeus, pagãos e imperadores. Justino
Mártir aponta o cumprimento da profecia
bíblica no Cristianismo. No século III,
Tertuliano continua, com coragem, a
apologética. Em Alexandria, Clemente
compõe uma exortação à conversão
chamada "O Protréptico". Orígenes
sucede Clemente de Alexandria e refuta
as acusações do pagão Celso em sua
obra "Contra Celso". É com este autores,
em especial, que a apologética alcança o
refinamento filosófico. Minúcio Félix
(século III), Arnóbio de Sica e Lactâncio
(século IV) dedicam obras visando a
conversão dos romanos. Eusébio de
Cesareia, em sua "Preparação
Evangélica" refuta Porfírio e vê, com
Atanásio de Alexandria, a queda do
Paganismo no Império Romano. No
século V, Teodoreto de Ciro, redige uma
"Suma contra o Paganismo", objetivando
eliminar as reminiscências pagãs.
Jerônimo e Agostinho de Hipona, no
Ocidente, fazem brilhar a apologética
cristã em obras como "Contra Helvídio" e
"A Cidade de Deus". Sucedem-lhes nesta
tarefa Orósio, Salviano, Leão Magno e
Gregório Magno.

Idade Média …
No século VII, a apologética passa a
responder aos muçulmanos. João
Damasceno escreve diálogos entre
cristãos e muçulmanos; Isidoro de
Sevilha (século VIII), Pedro Damiano
(século XI), Ruperto de Deutz (século XII)
publicam debates. Abelardo redige um
diálogo entre um filósofo, um judeu e um
cristão. No século XIII, Tomás de Aquino
escreve a monumental Suma Teológica e
a "Suma contra os Gentios", abordando
questões como a existência de Deus, a
imortalidade da alma, a Santíssima
Trindade e a Encarnação do Verbo. Na
mesma época, Ramón Martini escreve
contra os sarracenos; Torquemada e
Dionísio Cartuxo escrevem contra os
muculmanos. A partir do século XIV, as
escolas de Scoto e Ockham passam a
sustentar que só é possível alcançar a fé
pela razão. Durante o Renascimento,
Ficino elabora uma síntese entre a
filosofia platônica e a fé cristã,
defendendo a imortalidade da alma e a
divindade de Cristo.

Do século XVI ao século XVIII …

Nos séculos XVI e XVII verificou-se um


grande desenvolvimento dos estudos
teológicos, em parte proporcionado pela
invenção recente da imprensa, pelos
estudos humanistas e pela necessidade
de instrução do povo, mas sobretudo
deram ocasião e assunto a muitas obras
os decretos, atos e estudos do Concílio
de Trento:[1]

São Roberto Belarmino, cardeal, teólogo e Doutor


da Igreja.

Em razão dos movimentos reformistas


protestantes, os católicos do século XVI
passam a se ocupar das disputas daí
oriundas. O zelo apostólico e gênio
persuasivo e insofismável de São Carlos
Borromeu revolucionou a catequese
católica. O grande sábio Roberto
Belarmino, doutor da Igreja, publicou De
scriptoribus ecclesiasticis(Roma, 1613) e
a monumental Disputationes de
controversiis christianae fidei(escrita
entre 1581–1593). O erudito Jacques-
Bénigne Bossuet escreve Defesa da
Tradição e dos Santos Padres(1693) e
História de mudanças nas igrejas
protestantes(1688).
Jacques-Bénigne Bossuet, Bispo, orador, teólogo e
escritor.

Juan Luis Vives escreve "A Verdade da Fé


Cristã", em que aponta a necessidade e
os fundamentos da religião cristã para a
salvação, abordando ainda, ao final,
questões suscitadas por judeus e
muçulmanos. Moyses Amyrant escreve
sobre a indiferença religiosa e Jacques
Abbadie sobre o criticismo bíblico de
Spinoza.

SãoCarlos Borromeu, Cardeal, orador, teólogo e


escritor.

Nos estudos dogmáticos destacou-se o


dominicano espanhol Melchior Cano
com a sua obra "De locis theologicis"[2] A
apologética católica deste período deve
muito também aos gênios cruzados de
Pedro Canísio, Bartolomeu Carranza,
João Maier, Johann Faber de Heilbronn,
Michael Helding, Hosius e Du Perron.

O Cardeal Belarmino S.J. foi o mais


célebre pelas suas obras contra as
heresias da época, que demonstrou
conhecer muito bem, o que lhe granjeou
não poucos inimigos dentre os
hereges[1]. Também teve de suportar a
sanha dos Bourbons, porque discorreu
em seus escritos, de modo claro, sobre a
reta doutrina sobre os direitos e deveres
nas relações entre a Igreja e o Estado. Já
Bossuet escreveu sobre "Histoire des
variations des églises protestantes" em
que faz a crítica das posições dos
protestantes.[1]

No campo da Teologia Moral surgiram,


nesta época, muitos tratados
sistemáticos, destes destacam-se os
dos jesuítas Luís de Molina, Francisco
Suárez, Leonardo Lessius, as obras dos
irmãos de Lugo, João e Francisco e dos
dominicanos Domingo de Soto e
Bartolomeu de Medina. Entre os
casuístas figuram os jesuítas Manuel de
Sá, Tomás Sánchez, Paulo Laymann e
Hermann Busenbaum; os franciscanos
Patrício Sporer e Benjamin Elbel e os
rigoristas Concina e Giovanni Vincenzo
Patuzzi O. P. Sobre todos avulta a figura
de Santo Afonso de Ligório, fundador
dos Redentoristas, que, admitindo o
probabilismo, livra-se de muitas
dificuldades em que se encontravam
então os teólogos e os moralistas.[1]

Na mística destacaram-se os incontáveis


tratados de Santa Teresa de Ávila e São
João da Cruz, as obras de Frei Luís de
Granada, de São João de Ávila[3], de
Bartolomeu Fernandes, de Braga, de São
Francisco de Sales e os famosos
Exercícios Espirituais de Santo Inácio de
Loyola, também, dentre outros,
escreveram obras ascéticas no mesmo
período Luís de Ponte S. J. e Afonso
Rodrigues S. J. que escreveu O Tratado
de perfeição e virtudes cristãs e o Beato
Lourenço Scupoli, teatino, redigiu O
Combate Espiritual.[1]

Padre Antônio Vieira S. J. célebre escritor e orador


sacro do Séc.XVII
Para além dos pregadores franceses
como Bossuet, Bourdaloue e Fénelon é
grande o número de oradores sacros,
como Paolo Segneri S. J., Padre Antônio
Vieira S. J., João Faber, Abraham a
Sancta Clara, Leonard Goffiné, este
premonstratense, o capuchinho Martim
de Cochem e o oratoriano Jean Lejeune
dentre outros.

Muitos escritores católicos nos séculos


XVI e XVII se ocuparam do direito e do
direito canônico. Dentre eles ficaram
conhecidos Schmalzgrueber S. J.,
Anacletus e Thomassin. Ferrari escreveu
Prompta Bibliotheca canonica, juridica,
moralis, theologica, necnon ascetica,
polemica, rubricistica, historica e o
dominicano Rocabertí a Biblioteca
Maxima Pontificia..[4] Francisco de Vitória
O. P. lançou as bases do direito
internacional moderno, é conhecido
como um dos pais do direito
internacional,[5] defendeu a doutrina de
que todos os homens são igualmente
livres e com base na liberdade natural
sustentou que todos têm direito à vida, à
cultura e à propriedade.[6] Frei Bartolomé
de las Casas defendeu os indígenas do
Novo Mundo sugerindo que fossem
"tratados com toda suavidade, de acordo
com a doutrina de Cristo". Os seus
argumentos "deram forças a todos
aqueles que, no seu tempo e nos século
seguintes, trabalharam persuadidos de
que todas as pessoas do mundo são
seres humanos, com as capacidades e
as responsabilidades próprias dos
homens".[7]

No âmbito da história eclesiástica,


arqueologia, crítica e biografias,
despontaram, no período da Reforma
Católica o Cardeal César Barônio,
historiador, os Bolandistas, muito críticos
nas Acta Santorum, os Maurinenses ou
Mauristas com as suas edições dos
Padres da Igreja; Na arqueologia surge
Ludovico Antonio Muratori, bibliotecário
em Milão e mais tarde em Módena, com
o seu catálogo. Estudos especiais se
fizeram então nas catacumbas de
Roma.[4]

Os católicos do século XVII acusam os


protestantes de enfatizar demais a
razão; Pascal, em seus "Pensamentos"
aposta no coração. Influenciados pelo
Racionalismo, alguns católicos tentam
demonstrar o fato da Revelação quase
que matematicamente. S. Clarke defende
a Teologia Natural e que no Novo
Testamento concorda com a razão. Em
fins do século XVIII, W. Paley reúne os
argumentos contra os céticos e deístas.
Apologistas alemães defendem a
historicidade dos Evangelhos. Na França,
Rousseau e Voltaire são rebatidos pelos
católicos.

Século XIX …

No final do século XVIII ocorre a reação


contra o Racionalismo ilustracionista. Na
Alemanha é introduzida uma nova
defesa da fé: o instinto religioso dá
origem à fé. Defende-se o monoteísmo
como modelo de religião. Na França,
renasce o catolicismo romântico: o
papado é essencial contra a anarquia
religiosa e para aderir à fé é necessário
aceitar a Revelação. Na Espanha,
destacam-se Jaime Balmes e Juan
Donoso Cortés. Na Alemanha, G. Hermes
sustenta que a razão prática demonstra
que a aceitação da fé é essencial para o
imperativo moral. Na Itália, G. Perrone se
centra na religião revelada, replicando
aos críticos racionalistas dos
Evangelhos. Na Inglaterra, John Henry
Newman investiga o caminho pessoal
para a fé: o Cristianismo seria a única
religião que responde à fé natural. Nos
Estados Unidos, dois ex-protestantes, O.
Brownson e I. Hecker reavivam a
apologética católica no país. O Concílio
Vaticano I (1870), que definiu a
infalibilidade do Papa nos assuntos de fé
e moral, pronunciados ex cathedra,
aumenta o alcance da apologética,
apoiando dois estilos: um bíblico e
histórico e outro experimental e eclesial.
Enquanto isto, a apologética protestante
se divide em duas escolas principais,
uma conservadora, que rejeita os
avanços científicos, e outra liberal, que
os aceita.

Século XX …

M. Blondel estuda o dinamismo da


vontade, que apenas se satisfaz com o
dom sobrenatural. Assim, a apologética
deverá demonstrar que o Cristianismo
satisfaz o desejo sobrenatural inerente
(método da imanência). Na Alemanha, a
apologética recorre à fenomenologia.
Nos anos 1930 e 40 se verificam
muitíssimos testemunhos de conversão:
T. Merton, E. Gilson, Jacques Maritain,
entre outros. T. Cardin tenta uma síntese
entre ciência e fé. Enquanto isto, neo-
ortodoxos como K. Barth e R. Bultmann
rejeitam a apologética. P. Teillich refuta
Barth, afirmando que a apologética
encontra-se onipresente na Teologia
Sistemática. O anglicanismo dá à luz
ótimos apologistas leigos como G. K.
Chesterton (que mais tarde se
converterá ao Catolicismo) e C. S. Lewis
(o qual possui uma visão muito próxima
do Catolicismo). Com o Concílio
Vaticano II, passa-se a insistir mais no
diálogo com os não-católicos o que,
aliado com uma duvidosa interpretação
promovida por grupos liberais, faz com
que a apologética católica entre em
declínio e praticamente desapareça. Mas
o avanço vertiginoso dos novos
movimentos religiosos cristãos e não-
cristãos (alguns professando doutrinas
explicitamente condenadas pela Igreja
primitiva) e a expansão da Internet
fazem ressurgir a tradicional apologética
católica, inseparável da fé e da Teologia.

Principais apologistas católicos


não brasileiros

Alex Fulton Joseph
Grandet Sheen Gallegos
Bob G. K. Luís
Stanley Chesterton Fernando
Bruce Greg Oatis Pérez
Sullivan Jimmy Karl
Carlos Akin Keating
Caso- John Marcellino
Rosendi Henry d'Ambrosio
Dave Newman Marcus
Armstrong John Salza Grodi
Egionor José Martín
Cunha Miguel Zavala
Arráiz Miguel
Jordá
Histórico no Brasil
No Brasil, acredita-se que a apologética
católica começou com a Evangelização
promovida pelos missionários Jesuítas.

A guerra contra a invasão holandesa em


Pernambuco e a invasão francesa no Rio
de Janeiro (cujos invasores professavam
o Calvinismo), nos séculos XVI e XVII,
também pode ser considerado um
movimento apologético católico.

Grandes missionários e pregadores


católicos entre o século XVI e XIX são os
padres São José de Anchieta, Manuel da
Nóbrega, João de Azpilcueta Navarro,
Antônio Vieira e os bispos Dom Antônio
de Macedo Costa, Dom Vital Maria
Gonçalves de Oliveira, dentre outros.

Em 1958, o monge beneditino D. Estêvão


Bettencourt funda a primeira revista
apologética católica intitulada "Pergunte
e Responderemos", a qual continua
sendo editada até os dias de hoje, não
obstante o falecimento do autor aos 14
de março de 2008.

No século XX grande nomes católicos


ilustraram a apologética no Brasil: Dom
Sebastião Leme da Silveira Cintra,
Jackson de Figueiredo, Alceu Amoroso
Lima, padre Leonel Franca (principal
obra: A Igreja, a Reforma e a Civilização),
padre Júlio Maria de Lombaerde, Lúcio
Navarro (Legitima Interpretação da
Bíblia), dom Antônio de Castro Mayer, Dr.
Plinio Corrêa de Oliveira, Dr. Júlio
Fleichman (revista Permanência), Dr.
Orlando Fedeli, da Associação Cultural
Montfort entre outros.

Com o advento e popularização da


Internet, a apologética católica ganha
nova força e um novo campo. Em 1997,
Carlos Martins Nabeto funda o primeiro
sítio apologético católico da Internet
Brasileira: o Portal do Agnus Dei.
Referido sítio, ganhou destaques por
seus artigos em defesa da Fé católica, e
também pelas primeiras publicações
integrais das obras dos primitivos Padres
da Igreja em língua portuguesa, várias
delas traduzidas pelo próprio autor do
sítio.

Logo depois, em 1998, Frederico Viotti


cria o sítio da Frente Universitária
Lepanto, um movimento de estudantes
católicos com foco nos ambientes
universitários e estudantis, incluindo
difusão de boletins impressos
distribuídos nas universidades e
colégios, sobretudo em Brasília.[carece de
fontes
?
]

Cris Macabeus, pseudônimo de um


estudioso católico, desenvolve um site
específico para tentar desmascarar as
verdades do apocalipse protestante. [8]
Fernando Nascimento lança o projeto Cai
a Farsa que pretende catalogar verdades
absolutas contra a Igreja católica
veiculadas em sites protestantes. [9]

Outros projetos apologéticos se


espalham por todo o território nacional.
Os apostolados já não focam apenas na
defesa da fé diante dos protestantes e
infiéis, mas também dentro da própria
Igreja católica, cuja ala modernista,
progressista, liberal e relativista é
constantemente combatida por todos os
apologistas.

O delegado gaúcho Rafael Brodbeck


lança, com outros estudiosos católicos,
o site Salvem a Liturgia!, que exalta,
serena e firmemente, todos os abusos e
erros litúrgicos que infestam as Missas
Brasil afora, e reafirmam as Diretrizes
Litúrgicas, sendo coligados ao
Magistério Eclesiástico. É considerado
hoje o principal site de formação litúrgica
católica em língua portuguesa,
obedecendo estritamente as orientações
e resoluções oficiais romanas. Pelo
caráter formativo e combativo, tem o
apoio oficial de vários bispos católicos
do mundo: Dom Fernando Arêas Rifan,
Dom Osvino José Both, Dom Abade José
Palmeiro Mendes, OSB, abade emérito
territorial do Mosteiro de São Bento (Rio
de Janeiro), Dom Athanasius Schneider,
ORC, Dom Fernando José Monteiro
Guimarães, CSSR, Dom José Francisco
Falcão de Barros, Dom José Aparecido
Gonçalves de Almeida, Dom Antônio
Carlos Rossi Keller, Dom Adair José
Guimarães, Dom Carmo João Rhoden,
SCJ, Dom Francisco Barroso Filho e Pe.
Jean-Pierre Herman, ICRSS (Instituto de
Cristo Rei e Sumo Sacerdote).[10]

A Associação Cultural Montfort fundada


por Orlando Fedeli em 1983, em meados
da década de 90 inaugura um site na
internet, com uma postura ácida e
intolerante, famosos por "verem gnose
em tudo", se tornando sinônimo de
ortodoxia, reacionarismo beligerante e
polemista católico.

Em 2000 surgiu o Apostolado Veritatis


Splendor (fruto da união entre os sítios
Agnus Dei, Apologética Católica, Firmes
na Fé, Ictis, JesusCristoKitNet, Servi Dei e
Sou Católico) fundado por Alessandro
Ricardo Lima e Carlos Martins Nabeto.

Com a morte do Prof. Dr. Orlando Fedeli,


em 2010, o Padre Paulo Ricardo lança o
site Christo Nihil Praeponere que assume
uma defesa firme, fundamentada e clara
da fé católica.

As Jornadas de junho foram um


importante movimento de ressurgimento
do Conservadorismo no Brasil nas
massas humanas o que culminou com o
Impeachment de Dilma Rousseff e a
eleição de Jair Bolsonaro. Como a ampla
maioria do episcopado e presbiterado
católico no Brasil era filo-comunista,
bispos como dom José Francisco Falcão
de Barros, dom Henrique Soares da
Costa, dom Antônio Carlos Rossi Keller e
dom Athanasius Schneider passaram a
ter uma elevada audiência nacional. No
entanto, em virtude das políticas de
ecumenismo uma defesa da fé iria de
encontro as novas orientações irenistas
do Papa Francisco, que não está
disposto a polemizar a fé com ninguém e
tem combatido com muito rigor toda
sorte de proselitismo[11] Portanto a nível
eclesiástico desde 2010 se tem a defesa
da fé pelo padre Paulo Ricardo a nível
nacional.
No rádio e na televisão surgiram também
programas dedicados exclusivamente à
promoção da defesa da fé católica,
como "A Hora de São Jerônimo",
apresentado pelo apologista Carlos
Ramalhete, e "Escola da Fé", apresentado
pelo professor Felipe Aquino na TV
Canção Nova.

Por volta de 2015 o movimento


conservador no Brasil ganha mais um
nome de grande destaque: o do filósofo
Carlos Nougué. Por seus esforços
acabam surgindo por todo o Brasil
centros católicos tradicionais para
pesquisa e estudo da fé e da filosofia
escolástica. Em 2016, Bernardo Küster,
ganha proeminência no cenário nacional
ao fazer um trabalho de apologia da
Igreja defendendo-a dos próprios
religiosos e autoridades eclesiásticas
identificadas com Karl Marx e o
comunismo, mormente os adeptos da
teologia da libertação.

Principais apologistas católicos


brasileiros

Boaventu Kloppenb Estêvão


ra urg Tavares
Bettenco Carlos
urt Nougué
Orlando Felipe
Fedeli Aquino

Objetivos

O diálogo com os ateus …

A apologética católica, no diálogo com


ateus, pretende convencer-lhes
principalmente da existência de Deus.
Acreditam que tudo o que existe deve-se
ao ato criador de Deus; por isso, afirmam
que nada surgiu por acaso. Alguns
apologistas que trabalham nesta linha
questionam a Teoria da Evolução, que é
o principal argumento dos ateus contra o
Criacionismo.

O diálogo com as religiões


monoteístas

As grandes religiões monoteístas são:


Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.

No diálogo com judeus e muçulmanos, a


apologética católica quer convencer que
o Cristianismo é o cumprimento das
promessas e profecias messiânicas
anunciadas pelos Patriarcas e Profetas,
segundo as quais Jesus Cristo é o
Messias prometido não somente a Israel
mas a todas as nações.
Com o protestantismo, o diálogo
pretende demonstrar a continuidade da
doutrina católica com a Fé dos primeiros
séculos e a concordância com as
Sagradas Escrituras, além de defender a
existência da sucessão dos apóstolos, o
primado do Papa e a impossibilidade da
doutrina protestante da Sola Scriptura.

O diálogo com as religiões


politeístas

O esforço na conversa com as religiões


politeístas se propõe em defender a
ordem da criação como resultado da
inteligência de Deus e a ordem no Céu.
Segundo esta proposição, todo bem vem
e se orienta para Deus, que no dizer de
São Tomás de Aquino é a Causa das
Causas.

Principais desafios
A grande maioria dos católicos
reconhece que nada ou pouco sabem
sobre a Doutrina Católica e isto, segundo
os apologistas católicos, favorece a ação
proselitista e expansionista de outras
religiões.

Por outro lado, embora o crescimento


das denominações protestantes seja um
grande entrave, não é o principal, uma
vez que cada uma delas possui doutrinas
diversas entre si (algumas coincidentes
com a doutrina católica, outras
parcialmente coincidentes e outras ainda
diametralmente divergentes),
aumentando consideravelmente o
trabalho de defesa dos apologistas
católicos ante a confusão religiosa daí
oriunda.

Por outro lado, a quantidade de igrejas


orientais ortodoxas na América não é
expressiva, não constituindo, portanto,
em preocupação para os apologistas
católicos de línguas portuguesa,
espanhola e inglesa.

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