Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
2 EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Essas novas maneiras de pensar e de agir dessas novas gerações digitais vão
influenciar o futuro dos professores, das escolas e da educação. Será preciso a
ampliação de políticas públicas efetivas, que propiciem a inclusão digital de todos os
cidadãos. Essas ações deverão ir além do espaço escolar e chegar a outros recantos
sociais, apesar de continuar sendo a escola o espaço privilegiado para a
aprendizagem da fluência digital.
As competências e habilidades dos alunos da geração net estão mudando. A
influência vem de fora das escolas, e, portanto cabe a escola e os seus docentes acompanhar
essa evolução. Como fala LIRA (2010, p.68) “Com certeza poderá ser criado um grande
“abismo tecnológico” entre alunos e professores que usam ou não os meios digitais para todo
e qualquer fim.”.
Essa é uma realidade e um desafio para os educadores da era digital, que é se
apropriar e introduzir os meios digitais no seu planejamento e cabe à escola introduzir isso no
projeto político pedagógico.
SAMPAIO (2010, p.86) cita: “o professor tem que se evoluir de acordo com a
sociedade e está ocorrendo que a escola é defasada. A escola é estática enquanto o mundo é
extremamente dinâmico”. E nesta mesma visão, SANTOS (2002, p.12) afirma: “a realidade
que se apresenta à maioria da população revela uma escola ainda distante das exigências
impostas pela sociedade tecnológica contemporânea.
Este tema não é algo novo a ser discutido na educação brasileira, pois desde 1971 se
deu início a informática na educação de nosso país. Como cita NASCIMENTO (2009) “Os
registros indicam a Universidade Federal do Rio de Janeiro como instituição pioneira na
utilização de computadores em atividades acadêmicas”.
Em 1980 iniciou-se as discussões sobre a inserção dos computadores nas escolas
públicas do ensino fundamental e médio. Segundo OLIVEIRA (1997) neste ano foi criado a
comissão especial de educação “com a responsabilidade de colher subsídios, visando gerar
normas e diretrizes para a área de informática na educação”.
Em 1981, ocorreu o I Seminário Nacional de Informática na Educação promovido
pelo SEI, MEC e CNPq, neste momento foram discutidos e planejados as diretrizes, bem
como, definida a política brasileira da Informática Educativa. Antes deste seminário ainda não
se fazia referência a este binômio informática-educação, como cita OLIVEIRA (1997)
“...informática-educação só ocupava espaço no âmbito da burocracia estatal”.
A sólida base teórica que foi sendo construída no Brasil sobre informática educativa,
possibilitou em 1989 ao MEC instituir através da Portaria Ministerial n. 549/89, o Programa
Nacional de Informática na Educação - PRONINFE, com o objetivo de “desenvolver a
informática educativa no Brasil, através de atividades e projetos articulados e convergentes,
apoiados em fundamentação pedagógica, sólida e atualizada, de modo a assegurar a unidade
política, técnica e científica imprescindível ao êxito dos esforços e investimentos envolvidos.”
A forma de impulsionar a inserção dos computadores nas escolas não teve modelo
universal; cada país acionou mecanismos diferentes, enquanto uns privilegiaram a
formação de grande número de professores, como a França, outros buscaram
convênios com as empresas privadas, de forma a garantir o maior número possível
de escolas com computadores, como no caso americano. No entanto, todos tiveram o
mesmo objetivo: melhorar a qualidade das escolas e garantir aos alunos o acesso ao
conhecimento de uma tecnologia extremamente utilizada nas sociedades modernas.
(OLIVEIRA, 1997, p. 28)
Em 1997, com a implementação do ProInfo, instituído pelo MEC e desenvolvido
pela Secretaria de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-
Estrutura Tecnológica (Ditec), em parcerias com as secretarias estaduais e municipais, que
proporcionou um grande impulso no uso da informática como ferramenta pedagógica em todo
o país. NASCIMENTO (2009) apresenta o que provocou este impulso:
vivenciada e que está sendo injetada nos educandos, e cabe aos educadores acompanhar,
buscando a sua inserção, conectando-se a esta rede, socializando os conteúdos,
disponibilizando fóruns de discussões, na busca de uma construção e reconstrução de saberes.
A conectividade se dá quando duas ou mais pessoas se aproximam mentalmente,
interagem, conversam ou colaboram. (...) O avanço tecnológico e a ampliação de uso
das World Wide Web (WWW) transformaram as possibilidades de conectividade
entre as pessoas. Não mais grupos pequenos, restritos, mas um “coletivo” de pessoas
unidas – ao mesmo tempo – pelos mesmos interesses, objetivos, ideias e ideais.
(KENSKI, 2008, p.102)
É a era da conexão e cabe à educação se conectar para navegar, ampliando os
espaços e as oportunidades, permitindo ao aprendiz a interatividade, o diálogo, a cocriação e o
controle dos processos de aprendizagem, mediante os recursos de gestão, autoria e
comunicação. É um ser humano em constante evolução, que sente a necessidade de pertencer
a um determinado grupo social, seja na família, escola, trabalho e outros.
CONCLUSÃO
do serviço foram bem avaliados pelos entrevistados, mas também foram detectados falhas que
precisam ser revistas pela equipe. No aspecto da aproximação do cotidiano da escola, da
relação teoria e prática, buscando facilitar junto com a gestão a inclusão destas tecnologias no
planejamento e na prática pedagógica.
Nesta pesquisa conclui-se que é imprescindível ao educador o acesso a estes
recursos, bem como participar de programas de formação continuada, de modo a refletir sobre
sua prática, suprindo as lacunas curriculares das licenciaturas no que diz respeito à utilização
das tecnologias. É na figura do gestor, como administrador técnico e pedagógico destes
espaços educativos, ao buscar soluções para suprir as dificuldades e empecilhos detectados,
oportunizando aos educadores e educandos a inserção das tecnologias nas atividades
curriculares. É o olhar e a ação do gestor que fará toda diferença na escola, ele é o articulador
de demandas e soluções para a aprendizagem das crianças. Assim, apresento a necessidade de
mais pesquisas para se encontrar um entendimento entre a sociedade, informática e a
instituição de ensino.
REFERÊNCIAS
COX, Kenia Kodel. Informática na Educação Escolar. Campinas, SP: Autores Associados,
2003.
MORAN, José Manuel, et alli. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Editora Papirus,
13ª edição, 2007.
MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar
lá. Campinas: Papirus, 2007.