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VARGAS
RESUMO
Introdução
Nos dias atuais a mídia exerce um papel fundamental, assim como contribuiu
para demonstrar a sua eficácia na construção de uma conjuntura política nas décadas de
1930 e 1940, durante a chamada Era Vargas. O governo de Getúlio utilizou de vários
meios midiáticos para deixar a sua marca na história, independente do resultado positivo
ou negativo, mas o suficiente para garantir a seu governo força e centralização. Como
Capelato argumenta “O poder utiliza meios espetaculares para marcar sua entrada na
história” (CAPELATO, 2009, p. 67).
Diante dessa investigação, perpassaremos por um contexto histórico da história
do Brasil, para compreendermos as razões que possibilitaram a entrada de Getúlio
Vargas no comando do país e as suas principais ações no governo para garantir tal
poder. Talvez até mesmo pela preocupação de outros modelos de regimes políticos
servirem como base, tanto para sustentação de sua ideia quanto para a prevenção de
ideias contrárias, consideradas perigosas para a manutenção da “ordem” nacional.
1
As variadas formas de interpretações sobre a cultura midiática, no caso, com
maior ênfase em imagens, e o estudo de cada detalhe podem revelar sobre uma época,
um povo, ou uma sociedade. E neste caminho de desejo de fazer novas descobertas, é de
suma importância retomar as pesquisas de autores conceituados nesta área, como
Capelato, Pandolfi, Schmitz, entre outros.
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baseado em modelos europeus com regimes autoritários. Um deles foi a criação do DIP
(Departamento de Imprensa e Propaganda), responsável pela propaganda varguista.
Segundo Velloso,
O Departamento foi criado pelo decreto presidencial de dezembro de
1939, o DIP, sob a direção de Lourival Fontes, viria materializar toda
a prática propagandística do governo. A entidade abarcava os
seguintes setores: divulgação, radiofusão, teatro, cinema, turismo e
imprensa. Estava incumbido de coordenar, orientar e centralizar a
propaganda interna e externa; fazer censura ao teatro, cinema, funções
esportivas e recreativas; organizar manifestações cívicas, festas
patrióticas, concertos e conferências; e dirigir e organizar o programa
de radiodifusão oficial do governo (VELLOSO, 2010, P.158. apud:
HENN; NUNES, 2013, P.3).
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A alienação do espectador em favor do objeto contemplado (o que
resulta de sua própria atividade inconsciente) se expressa assim:
quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita
reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos
compreende sua própria existência e seu próprio desejo. (GUY
DEBORD, 1997, P. 24).
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3. A representação das crianças nas cartilhas do governo varguista
“Crianças!
Aprendendo, no lar e nas
escolas o culto da Pátria,
trareis para a vida prática
todas as probabilidades
de êxito.
Só o amor constrói e,
amando o Brasil,
forçosamente o
conduzireis aos mais
altos destinos entre as
Nações realizando os
desejos de
engrandecimento
aninhados em cada
coração brasileiro.
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A frase enfatiza o desejo do governo Vargas em conscientizar as crianças a amar
a pátria, mesmo com sofrimento, e não importa o local que estejam o amor à pátria tem
que estar acima de tudo. E como recompensa para sua lealdade levaria a uma vida
promissora e esperançosa para o futuro ideal. O amor ao qual se refere, é o amor ao
país, e a partir desses caminhos esperados pelo governo, todos aqueles que
contribuíram, iriam receber o fruto do seu trabalho no futuro.
A bandeira nacional, as crianças e a imagem de Vargas estavam todas inseridas
no mesmo contexto, pois o foco da propaganda era as crianças, “fáceis” de serem
manipuladas, além disso, a bandeira nacional tinha que estar alicerçada com a adoração
à pátria e não poderia faltar na imagem o presidente da época buscando enfatizar a
imagem de homem íntegro e preocupado com as crianças.
“Precisamos reagir
em tempo, contra a
indiferença pelos
princípios morais,
contra os hábitos do
intelectualismo
ocioso e parasitário,
contra as tendências
desagregadoras,
infiltradas pelas mais
variadas formas nas
inteligências moças,
responsáveis pelo
futuro da Nação.”
Imagem 2 – “A juventude no Estado Novo”, 1937 a 1945. Rio de Janeiro (RJ), (CPDOC).
Na imagem 2, também retirada da cartilha “A juventude no Estado Novo”,
vemos Vargas e as crianças em posição lateral para que possamos ver suas
características como o sorriso das crianças, possível referência a sua obediência. É
possível observar que existem várias bandeiras do Brasil nas mãos das crianças,
simbolizando o patriotismo das mesmas, e sua disposição em obedecer ao líder em
destaque na imagem, e a amar a pátria.
Ainda, percebe-se que o foco está na figura de Vargas, pois ele está no topo,
enquanto as crianças estão mais baixo, separadas por uma espécie de “muro” e seus
olhares remetem à presença de um ser superior. Chama-nos a atenção para as feições
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das crianças por estarem felizes e contentes com a nova educação a partir de todas as
exigências do governo, e talvez neste sentido a imagem atinja também aos pais.
Nesse momento Vargas faz um apelo aos princípios morais, à honestidade, ao
respeito, à bondade e também contra aqueles que usam o intelectualismo estagnado
daqueles opositores que não buscam alterações e tampouco mudança, ou seja, ociosos.
Além disso, luta contra o intelectualismo explorador, é pensar sobre todos aqueles que
possuem propostas de governo diferentes sobre o país. Buscando eliminar as
contradições, as ideias contrárias às suas propostas, ou até mesmo silenciando a
população para não dar brechas a outras teorias de forma de vida.
A imagem de Vargas procura demonstrar o seu carisma com as crianças,
lembrando as imagens do governo alemão, chefiado naquele momento histórico por
Adolf Hitler. Esse político autoritário também explorou o seu carisma para conquistar o
público infantil, como podemos observar na imagem a seguir.
Imagem 3 – Hitler com crianças, Alemanha, 1935; Vargas com as crianças, 1939.
Podemos encontrar algumas semelhanças na intenção da utilização dessa
imagem, pois no caso Hitler e Vargas escolheram um público em comum no campo da
propaganda. E a estrutura física das imagens é bem parecida a posição de cada
personagem, as demonstrações de afeto, a alegria no olhar das crianças, entre outros.
Entretanto as funcionalidades de cada governo se dão de modo próprio, há uma
intencionalidade por trás de cada imagem, e cada uma possui as suas particularidades.
Desse modo, analisar a situação de crise econômica vivenciada no Brasil e como
consequência uma crise na estrutura política, era necessário demonstrar confiança nesse
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novo governo instaurado no país. E dessa forma a situação vivida na Alemanha após as
derrotas nas duas grandes guerras era bem diferente da realidade da nação brasileira.
Nos discursos de Vargas ficava evidente a participação efetiva da família e da
escola para que suas metas fossem atingidas, é claro, não na busca de efeitos imediatos,
mas no futuro. Integrando a ideia de progresso alternado com obediência do povo sobre
o governante da nação.
Neste sentido, citamos Napolitano:
Aos olhos da oposição, tanto liberal quanto a comunista, a retórica
nacionalista e as práticas autoritárias assumidas pelo Estado Novo
tornavam o regime muito parecido com os fascismos que dominavam
países importantes da Europa nos anos 1930. (...) Mas no caso
brasileiro, como vimos, nem as Forças Armadas, nem a Igreja
Católica, nem Getúlio Vargas, pessoalmente, tinha muita inclinação
pelo modelo fascista-totalitário, embora não recusassem o
autoritarismo com algumas doses do modelo corporativista como
forma de governo e tutela social. (NAPOLITANO, op. cit. P. 129.)
O autor conclui a ideia de que as articulações feitas por Vargas para manter-se
no poder utilizando o autoritarismo não quer dizer a adoção dos regimes fascistas, e sim
de comportamentos de controle na sociedade e do próprio governo. As propagandas
utilizadas revelam esse seu lado exigente sobre os indivíduos sem deixar alternativas de
escolha de regime e como consequência a ausência de alguns direitos das pessoas. Neste
momento podemos identificar uma contradição, pois a ideia de liberdade, ou até mesmo
a conquista de direitos e transformação serão ancoradas na figura feminina, tema da
próxima imagem.
“Contemplai-a, agora,
com maior e justificado
orgulho. Ela tremúla só,
única e dominadora,
sobre todo o nosso vasto
território. Símbolo do
Brasil de hoje e de
amanhã, bela e forte,
afirma a unidade moral
e material do nosso
povo, numa síntese
perfeita da sua
existência e dos seus
ideais de
engrandecimento.”
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Imagem 4 – Trecho da cartilha “A juventude no Estado Novo”, 1937 a 1945. Rio de Janeiro
(RJ), (CPDOC).
Deparamos nessa imagem 4 com aspectos que refletem muito as discussões
teóricas feitas por Capelato, relacionando a figura da mulher como aquela que gera em
seu ventre o futuro da nação. Tanto a mulher quanto as crianças, ou filhos, estão
dispostas a lutar e em suas mãos está a bandeira do Brasil para fortalecer as propostas
nacionalistas. Neste sentido que a autora argumenta sobre o papel da família: “A
representação da família próspera e unida sugeria que a situação confortável era fruto da
política de justiça social” (CAPELATO, 2009, P.54).
Porém a imagem da mulher nesse período remete-nos a representações da
república como figura feminina como na imagem a seguir de 1889. Articular símbolos
nacionais com os novos elementos da política era uma das metas da educação naquele
contexto.
Aliás, a figura feminina na república brasileira deve ser entendida como uma
influência dos conceitos herdados de outros países, exemplo, a França. Baseado nos
ideais de liberdade, de uma monarquia fundamentada na figura masculina de um rei
para a transformação de um novo símbolo diferente, o símbolo da mulher, esteve
presente também no Brasil, mas por diversos motivos não obteve sucesso. 1
O texto complementa a intencionalidade da imagem, pois a figura feminina
demonstrava ao povo o compromisso de realizar as mudanças consideradas eficientes
para a população, e não pensando somente em uma elite dominadora na época da
política do café-com-leite. O governo varguista aproveita-se de símbolos que causavam
sucesso entre as classes populares em outros lugares, procurando enfatizar o laço de
união com todos assim, as vontades impostas para a população no Estado Novo eram
justificadas pela defesa de uma liberdade no país, que seja essa econômica ou de
consciência nacional.
1
Aqui no Brasil, a figura da mulher também foi utilizada como um elemento anti-republicano. Os bispos
incentivaram o culto à figura de Maria. Em 1904, Nossa Senhora Aparecida foi declarada padroeira do
Brasil.
A figura da república-mulher obteve fracasso. Faltou uma comunidade de sentido. A figura feminina foi
usada como prostituta, em muitos casos, ou depreciativa de outra forma. Isso se deve ao fato de que não
houve na sociedade brasileira uma participação feminina nos fatos políticos, portanto sua imagem cívica
não tinha nenhum sentido entre a população. (JUNIOR, 2011, pág. 1)
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Imagem 5 - A Patria Mineira. N. 28,21 de novembro de 1889, p.3
Ambas as imagens 4 e 5, possui um interesse caracterizado pelo uso de símbolos
patrióticos utilizados em diferentes contextos históricos. No caso da imagem 5, reflete
sobre os ideais da Revolução Francesa que se baseava em uma monarquia governada
por um rei, que de acordo com Júnior (2011, p.1) “Após a ‘Terceira República’ a figura
da mulher se popularizou. Aparece Marianne, nome popular na França, que se tornou a
personificação da República. Como reação, o governo incentivou o culto a Virgem
Maria”.
E no Brasil isso aconteceu de forma muito diferente, aliás, a herdeira do trono
era mulher, mas houve uma tentativa de anulação dos direitos de Isabel pelo seu marido
Conde d’Eu. A configuração da república brasileira por possuir suas próprias
características revela o motivo do fracasso pelo qual o uso da figura feminina na
república não deu certo.
De acordo com Schmittz e Costa a escolha da figura feminina na imagem 4 na
Era Vargas supõe na tentativa de articular as imagens utilizadas da época em que houve
uma exaltação patriótica na criação da república, pois nesse momento havia um
sentimento de libertação da pátria brasileira. Para concluir essa ideia, os autores citam:
A escola e os professores foram os atores escolhidos para preparar as
novas gerações. Estes teriam como tarefa articular a identificação da
população com os símbolos da nação e com os comportamentos
considerados patrióticos. Tratava-se, pois, de formar indivíduos para
desenvolver uma maturidade intelectual racional que os tornasse aptos
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a constituir, na sociedade civil, o corpo político do Estado Nacional.
Para tanto, Capanema criou o Instituto Nacional do Livro (INL) em
1937; e a partir do decreto-lei no 1.006 de 30 de dezembro de 1938,
todos os materiais didáticos produzidos deveriam ter aprovação do
governo e seguir a política estadonovista. (SCHMITZ; COSTA, 2017,
P. 06)
Imagem 6 – Cartilha “Getúlio Vargas para crianças”, 1942. Rio de Janeiro (RJ).
(CPDOC/CDA Rev.30)
A imagem 6 foi usada como capa da cartilha “Getúlio Vargas para crianças”,
percebe-se um olhar extremamente cuidadoso e bem calculado para definir os ângulos
de cada ponto específico, com uma intenção essencialmente propagandística. O seu
olhar desperta nas crianças um sentimento fraternal, de proteção, ou seja, o exemplo fiel
para toda criança.
De acordo Schmitz e Costa (2017, p. 393) essa cartilha foi escrita por Alfredo
Barroso, ilustrada por Francisco Dias da Silva, editada em 1942, e publicada pela
Empresa de Publicações Infantis Ltda., no Rio de Janeiro. Em um formato de 13 x 11,5
cm, 112 páginas, sendo 52 ilustrações impressas em preto e branco. Também com um
texto de fácil compreensão, apropriada para as crianças. Na visão dos autores foi uma
das cartilhas mais lidas nas escolas, pois se tornou comum e ideal para a juventude
brasileira.
Algumas características dessa cartilha ficam evidentes diante das pesquisas
feitas pelos autores citados acima, entre elas podemos identificar a repetição do nome de
“Getúlio Vargas”, um marco temporal para contribuir com os acontecimentos dos fatos.
Outro fator bastante interessante e planejado é a forma de transmitir ao leitor os feitos
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positivos da imagem de Vargas contando as conquistas de seu governo. A variedade de
termos diferentes, mas que se relacionam diretamente com as crianças cria um vínculo
mais efetivo, além disso, as imagens das crianças e de Vargas procuram evidenciar esse
laço de amizade.
A política da época e a produção midiática criada ou aprovada pela DIP enfatiza
a importância desses instrumentos de manipulação para relacionar-se com a sociedade
daquele momento histórico. Sendo assim, Schmitz e Costa citam:
...enquanto parte de políticas oficiais do Estado, essas fontes se
constituem num suporte de interlocução que veiculam valores e
ideologias. Logo, como mediadores de representações políticas e
culturais de uma determinada sociedade e, como fonte de pesquisa,
permitem conhecer o modo como determinada sociedade estabeleceu
relação com sua história e seu passado. (SCHMITZ; COSTA, 2015, P.
04)
Imagem 7 – Capa da cartilha “Getúlio Vargas o amigo das crianças”, 1940. Rio de Janeiro (RJ),
(CPDOC).
Os autores Schmitz e Costa (2017, p. 390) detalham a capa dessa cartilha
“Getúlio Vargas: o amigo das crianças” de 1940, tendo 32 páginas, no formato de 27 x
19 cm, com 45 ilustrações, sendo 35 de Vargas. Nesta mesma análise há hipóteses sobre
a origem dessa capa, já que não tem autoria autografada. Diante dessas possibilidades, é
possível que houvesse a participação da DIP e da Gráfica Olímpica.
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A capa da cartilha propagou um forte sentimento buscando atingir o lado
emocional na demonstração de seu amor com as crianças. A linguagem clara e objetiva
levava o leitor a encontrar em diversos momentos a exaltação de Vargas com conceitos
direcionados a ele mesmo no intuito de criar um vínculo ainda maior na formação de
pessoas.
Nesse sentido, naquela época as crianças eram associadas a um ser humano sem
conhecimento, em fase de construção, para isso foram utilizadas diversas ferramentas na
tentativa de ensinar seus métodos em um grupo social “desprovido” de teorias sobre a
organização de uma sociedade.
A representação em destaque agora se dá, sobretudo, no título da cartilha, que
torna mais abrangente, partindo para o lado emocional da criança, pois nessa fase o
aspecto familiar começa a ser questionado, com a sua vivência entre amigos e
profissionais que estão à sua volta. Assim Vargas de “pai” transita a imagem para o
“amigo” da criança, papel fundamental que representaria esse outro lado do líder, o
apoio que a própria criança necessita naquele momento, ou seja, de um amigo e não
mais um membro da sua família.
Imagem 8 – Getúlio Vargas, o amigo das crianças, publicado pelo DIP em novembro de 1940.
(REV.30 16 f/CPDOC)
Na contracapa da cartilha “Getúlio Vargas o amigo das crianças”, vê-se outra
forma de propaganda característica de seu governo, mostrando a si mesmo em uma
posição de superioridade. Neste caso Getúlio Vargas se encontra no canto superior
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esquerdo, enquanto a criança está no canto inferior direito, no qual a posição de cada
personagem representa a posição política idealizada pelo regime: aquele, de cima, dita
as ordens à nação e aqueles que as recebem em baixo.
A mensagem escrita nesta contracapa deixa clara a intenção de Vargas ao fazer
uma comparação entre as crianças e a pátria, a intencionalidade em moldar as mentes
das crianças ainda em estado de inocência e para o governo a pátria deveria ser pensada
e estruturada com essa ideia de pureza.
Considerações Finais.
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Por fim esta análise procurou demonstrar a relação dos mecanismos midiáticos
com o contexto histórico da Era Vargas, sobretudo, com forte influência durante o
Estado Novo, procurando evidenciar os desejos do governo ao escolher o sistema
educacional, enfatizando desde a formação de crianças no presente até o planejamento
no mundo futuro. E como foi propagada cada imagem na busca da identidade nacional,
do culto ao líder e a ideia de progresso.
Referências
JÚNIOR, Paulo A. Pereira. Entre Maria e Marianne: A figura feminina como símbolo
da República Brasileira. UNILA, 2011.
SCHMITZ, Zenaide Inês; COSTA, Miguel Ângelo Silva da. Educação, Infância e
nacionalismo: uma abordagem a partir das cartilhas escolares “Getúlio Vargas
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para Crianças” e “Getúlio Vargas: o amigo das crianças”. Revista Linhas.
Florianópolis, v. 18, n. 36, p. 377-404, jan./abr. 2017.
Imagem 1 –
Getúlio Ribeiro – Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31030> Acesso em
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Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) –
Disponível em:<http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/arquivo-
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Portal Press - <http://revistapress.com.br/wp-content/uploads/2018/04/Estado-Novo-
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Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) –
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Centro de Pesquisa e Documentação de História - Contemporânea do Brasil
<https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/DIP> Acessado em 07 de
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