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Curso de Graduação em Geofísica – Bacharelado

PROJETO PEDAGÓGICO
Tabela 1: Disciplinas 11

1 INFORMAÇÕES GERAIS

1.2 PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO

O geofísico estuda a Terra a partir da observação de efeitos nos campos físicos e na


propagação de ondas, como: campo gravitacional, campo magnético, campos e ondas
eletromagnéticas, ondas sísmicas, fluxo de calor e outros.
O perfil do geofísico a ser formado pela a UFPA deverá estar voltado principalmente
aos trabalhos que o mesmo pode conduzir que mais forte impacto-econômico a curto-
médio prazo podem trazer em especial para a região, tais como:
z Prospecção de hidrocarbonetos (petróleo e gás);
z Prospecção mineral;
z Prospecção de água subterrânea;
z Monitoração ambiental;
z Avaliação geotécnica; além de
z Mapeamento geológico-geofísico, que fornece a base técnica para as descobertas
subsuperficias.
O perfil é tecno-científico e tem uma forte característica multidisciplinar, exigindo
conhecimentos das áreas de Geologia, Física, Matemática e Ciências da Computação. Deve
incorporar treinamento para trabalho em grupo bem como no campo. Em especial, deve
estar voltado para os problemas da região, que englobam a inadequação de várias técnicas
e instrumentos geofísicos para trabalhos em regiões tropicais. Deve, ainda, ser dotado de
visão crítica, capaz de reavaliar o seu desempenho e de ajustar-se com competência às
novas demandas geradas pelo progresso científico e tecnológico e às exigências
conjunturais em permanente mutação e evolução.
O profissional formado deverá estar capacitado a:
z Participar e colaborar na formulação de projetos nas áreas anteriormente
destacadas;
z Aplicar tecnologias tradicionais bem como novas tecnologias com visão sistêmica;
z Atuar de modo crítico e criativo na identificação e/ou resolução de problemas,
inclusive aqueles que são peculiares à região amazônica, como os efeitos do manto
de intemperismo sobre os dados, considerando aspectos de qualidade, econômicos,
sociais e ambientais;
z Assessorar empresas e entidades diversas, emitir laudos técnicos.

1.2 OBJETIVOS DO CURSO

O curso de graduação em Geofísica da UFPA tem por objetivo formar profissionais


capacitados a trabalhar nos campos de atuação já citados - prospecção de hidrocarbonetos
(petróleo e gás), prospecção mineral, prospecção de água subterrânea, monitoração do
meio ambiente, avaliação geotécnica, mapeamento geológico-geofísico - , com foco
inclusive às potencialidades e características da região amazônica.
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Além disto, o curso deve prover aos alunos uma sólida formação básica e
profissional que os prepare para a carreira científica e técnica em nível nacional e
internacional, pois, com a queda da barreira imposta pela Constituição Brasileira à atuação
de companhias estrangeiras na mineração, o perfil do profissional que opera em território
brasileiro está se diversificando.

1.3 FORMAÇÃO DO GEOFÍSICO: COMPETÊNCIAS, CONTEÚDOS


O geofísico é o profissional que tem a capacidade de:
1) formular um problema geofísico. Para tanto ele deve possuir e saber aplicar
conhecimentos básicos de geologia, já que a maioria dos problemas em geofísica de
prospecção deriva invariavelmente de problemas geológicos. Ele deve também possuir e
saber aplicar conhecimentos sólidos de física e matemática para poder formular o
problema geológico física e matematicamente (construção de modelos físicos e
matemáticos);
2) planejar um levantamento geofísico, definindo o(s) método(s) geofísico(s) mais
adequado(s) à solução de um problema geofísico de investigação da sub-superfície. Para
tanto ele deve conhecer os princípios físicos fundamentais de cada método geofísico;
3) estar familiarizado com a metodologia de aquisição de dados dos principais métodos
geofísicos, bem como saber criticar a qualidade de um conjunto de dados coletados;
4) executar as correções e operações (processamento) a ser aplicadas nos dados brutos com
o intuito de aumentar a relação sinal/ruído. Para tanto, ele deve possuir e saber aplicar
conhecimentos: (a) das características físicas tanto do sinal como do ruído; (b) de
matemática e de física que o permitam avaliar a utilidade e as limitações físicas das
operações de realce de sinal;
5) produzir uma representação geométrica das descontinuidades de propriedades físicas na
sub-superfície (interpretar) a partir de medidas realizadas na superfície (terrestre ou
marinha), acima dela, ou ao longo de furos de sondagem e avaliar o seu significado
geológico. Para tanto ele necessita reunir as seguintes habilidades:
a) capacidade de aplicar conhecimentos da física-matemática que estabelecem as
relações funcionais entre as distribuições de propriedade física e as entidades físicas
medidas;
b) capacidade de aplicar conhecimentos de matemática, não só para construir, a partir
das medidas, soluções que descrevam a distribuição da propriedade física, como
principalmente para analisar se a solução procurada é única e estável. No caso da
solução não ser única ou estável, o seu conhecimento matemático deve ser suficiente
para permitir identificar que tipo de informação física e/ou geológica devem ser
buscadas e transformadas em linguagem matemática para garantir a unicidade e
estabilidade da solução;
c) capacidade de aplicar conhecimentos de geologia que permitam a tradução das
informações geológicas disponíveis para uma linguagem matemática e incorporá-las
na busca das soluções referidas no item (b).
Tabela 1: Disciplinas 13

1.4 METODOLOGIA DE ENSINO

Re-enquadrar...

Duas moscas caíram num copo de leite. A primeira, forte, nadou até a borda, mas como a superfície era lisa
não conseguiu sair. Acreditando não ter saída, desanimou, parou de nadar, afundou. Sua companheira, que não era
forte, mas tenaz, continuou a se debater, a se debater, a se debater, até que, ao seu redor, formou-se um pequeno nódulo
de manteiga, onde conseguiu subir e dali alçar vôo.
Durante anos valeu essa história de elogio à persistência, que, sem dúvida, leva ao sucesso.
No entanto... Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, caiu em um copo de água. Começou a
se debater, como havia aprendido. Uma outra mosca viu sua aflição e, pousando na beira do copo, gritou-lhe: "Tem um
canudo ali, nade até lá e suba por ele". A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de
sucesso, e continuou a se debater, a se debater, a se debater, até que, exausta, afundou.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos
nos esforçando para alcançar resultados esperados como antes, até que afundamos no nossa própria falta de visão?
Quantos de nós, quando as evidências que nos chegam de fora nos apontam soluções mais eficazes, perdemos as
oportunidades de "re-enquadrar" nossa experiência e ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de
errar?

A proposta de metodologia de ensino do Curso de Graduação em Geofísica consiste


em reavaliar sucessos e fracassos, analisando-os sob a luz de poderem apontar novas
perpectivas, de modo a re-enquadrar a experiência adquirida num contínuo aprendizado.
Não poderá ser de outra forma com as mudanças com que nos deparamos, com a
velocidade que o mundo atingiu. Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência
é como uma nova porta que pode nos levar à motivação do continuar e à auto-estima que
nos sustenta.
Em outras palavras, não se trata de re-enquadrar o ensino do Curso de Graduação em
Geofísica, posto que esse curso não existe na UFPA. A proposta, fruto da reflexão de
profissionais com cerca de 20 anos de experiência em ensino ou mais, é mais ousada.
Trata-se de almejar o re-enquadramento do ensino de um modo geral, do ensino de
Geofísica em si. Trata-se também, a partir da experiência adquirida, de buscar e testar
procedimentos de ensino que permitam o re-enquadramento contínuo.
O re-enquadramento desenvolve-se em um espaço sobre o qual serão desenvolvidas
duas camadas de conhecimento, sobre as quais se propõe construir o ensino de Graduação
em Geofísica.
A primeira camada refere-se ao conhecimento básico, sendo fundamentais a
Geologia, a Física, a Matemática e as Ciências da Computação. Entre essas aqui será
destacada a Matemática, cuja proposta vai se beneficiar dos recentes avanços das Ciências
da Computação bem como beneficiar o ensino de Computação. Seu re-enquadramento
goza de uma característica importante: pode atingir não só o micro sistema do ensino da
Geofísica, mas atingir o macro sistema universitário.
A segunda camada engloba o conhecimento profissionalizante, que será referido
como o “fazer Geofísica” propriamente dito e um pouco mais explicado a seguir.
Essas camadas, enfim, serão erigidas em um espaço que se caracterizará, à medida
do possível, paulatinamente, de modo a transmitir para todas as disciplinas o uso de
métodos ativos enquadrados na metodologia proposta por Piaget.
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1.4.1 O Exemplo da Matemática

Matemática é assaz preciosa e de suma importância em ciências e tecnologia, como é


o caso da Geofísica, para ficar sob o domínio de poucos “iluminados”. Deve ser desmistifi-
cada e tornada atraente a todos os “mortais”.
Numa primeira abordagem, o aluno não precisa de todos os detalhes para entender e
usar inteligentemente qualquer conceito de Matemática, nem da demonstração de teoremas
com jargões técnicos que só fazem confundir e camuflar a verdadeira importância prática
da Matemática. É preferível uma abordagem heurística, intuitiva, realçando as aplicações
(os aspectos mais técnicos, apelidados de rigor matemático pelos puristas, podem ficar para
o curso de pós-graduação, principalmente para o doutorado).
Atualmente, com a tecnologia computacional à disposição, tornar a aprendizagem
de conteúdo e o desenvolvimento de habilidades intelectuais mais significativa é
perfeitamente factível.
O computador seduz os jovens, vicia, pode-se dizer. Quanto mais novo, mais viciado.
Está em pleno desenvolvimento a “geração Internet”. O nosso desafio como educadores é
re-orientar positivamente esse “vício” para a Matemática e a Geofísica.
Todos os tópicos propostos nas cinco disciplinas de Matemática do Curso -
INTRODUÇÃO AO CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL, APLICAÇÕES DO CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL,
MATEMÁTICA FUNDAMENTAL APLICADA À GEOFÍSICA, MATEMÁTICA SUPERIOR APLICADA À GEOFÍSICA e
MATEMÁTICA AVANÇADA APLICADA À GEOFÍSICA - são absolutamente básicos e susceptíveis de
serem dominados com os recursos computacionais atuais (por exemplo,
MATHEMATICA, MATLAB e MAPLE). Do estabelecimento desta proposta participaram
professores de outros departamentos.
O conteúdo a ser ministrado é clássico, mas o modo como deve ser feito precisa ser
reformulado para levar em conta os novos tempos. Trata-se de tornar o aprendizado da
Matemática uma “viagem virtual”, que fascinará qualquer jovem acostumado a jogos
computacionais.
Para efetivamente explorar todos os recursos maravilhosos de programas como
MATHEMATICA, MATLAB e MAPLE será imprescindível que as aulas sejam
apresentadas com recursos modernos como data-show e computadores suficientes para
que os alunos tenham oportunidade de aprender com a “mão na massa” e se deleitar com a
aprendizagem.
Com a base proposta de Matemática, o aluno não terá dificuldade de cursar qualquer
outra disciplina do currículo do Curso de Graduação em Geofísica no que diz respeito à
compreensão do conteúdo matemático que for necessário. Alguns tópicos mais
especializados de Matemática serão cobertos pelo professor da disciplina que necessita tais
tópicos.
As cinco disciplinas serão ministradas nos 2,5 primeiros anos por professor do
quadro de docentes da Geofísica. Concomitantemente, será realizado, visando a
qualificação de docentes, treinamento de um grupo de professores do próprio Curso, ao
qual poderão juntar-se outros docentes interessados da UFPA, para que seja não só
estabelecido o diálogo e a troca de experiências necessários como também dada
continuidade ao trabalho com o objetivo de garantir sua perpetuação.
Tabela 1: Disciplinas 15

Fundamentais à experiência, inovadora no âmbito da UFPA, são a ampliação do


Laboratório de Computação, bem como o apoio remunerado de um grupo de monitores, a
serem escolhidos dentre alunos da pós-graduação.

1.4.2 “O Fazer Geofísica”

A Geofísica tem uma estrutura de trabalho (etapas do trabalho geofísico) com uma
coerência interna, um significado, que, se compreendido levam a utilizar suas habilidades
intelectuais de forma mais efetiva.
A aquisição do conhecimento profissionalizante, via de regra é deixado para os
últimos semestres dos cursos. No re-enquadramento proposto, esse conhecimento passa a
ser oferecido concomitantemente com o conhecimento básico. Todas as etapas do trabalho
geofísico, inclusive o trabalho de campo bem como a interpretação de dados, passam a ser
vivenciados pelo aluno já nos primeiros semestres. Principalmente as disciplinas
INTRODUÇÃO À PROSPECÇÃO GEOFÍSICA e INTRODUÇÃO À INTERPRETAÇÃO GEOFÍSICA terão essa
responsabilidade, de passar a base metodológica do “fazer geofísica” ao aluno recém
chegado.
Em seguida surge a figura do GT (grupo de trabalho), por exemplo GT de
Prospecção de Água, GT de Monitoração Ambiental, que permanecerá até o final do curso,
para acolher as atividades de pesquisa e extensão a serem realizadas. É a partir daí e por
meio deste que o ensino pode atacar temas diversos, inclusive problemas mais imediatos
do contexto em que o aluno se encontra inserido.
Os GTs reúnem pelo menos um professor e um aluno da Graduação, ainda, sempre
que possível, alunos da pós-graduação. Cada GT reunir-se-á periodicamente. Nas reuniões,
os alunos participarão de atividades diversas, inclusive da discussão dos resultados dos
trabalhos, que poderá envolver a apresentação dos mesmos sob a forma de seminários. A
intervalos a serem especificados, haverá a reunião de todos os GTs, para apresentação de
seus resultados.
Essas reuniões, que serão consideradas na carga horária, visam democratizar as
experiências que estarão sendo adquiridas pelo corpo docente e, especialmente discente da
Graduação bem como da Pós-Graduação, bem como fornecer subsídios técnico para a
continuidade dessas experiências além de treinar os participantes para apresentar seus
resultados em congressos. No GT, o abandono do aluno de uma possível posição passiva
é, portanto, ao máximo requerida: investigações, descobertas, questionamentos do que o
grupo obteve deverão ser frequentes; o aluno participa na realização e no planejamento das
atividades que propõe ou ajuda propor. No GT, portanto, todos são facilitadores do
aprendizado.
Finalmente, é o GT que mais facilmente permitirá avaliações visando o re-enquadra-
mento contínuo do ensino.
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1.5 ESTRUTURA/ATIVIDADES CURRICULARES

O curso englobará 3 módulos.

Módulo Inicial:
APRENDIZADO BÁSICO

Módulo Intermediário:
APRENDIZADO DOS MÉTODOS GEOFÍSICOS

Módulo Final:
PROFISSIONALIZAÇÃO

1.5.1 Módulo Inicial: APRENDIZADO BÁSICO

O módulo inicial possui 3 semestres de duração e envolverá várias disciplinas que


terão como sua meta principal o aprendizado do aluno da metodologia de “fazer
Geofísica”, introduzido inclusive em disciplinas básicas, além de possibilitar ao mesmo ter
uma visão geral sobre a contextualização desse saber.
Unânime foi a decisão do corpo docente da Geofísica de se afastar da prática de
oferecer nos primeiro semestres disciplinas básicas que pouco ou até mesmo não
expressam sua relação com o profissional que se quer formar.
As disciplinas de Matemática, por exemplo, que serão oferecidas ao aluno desde o
primeiro semestre e, embora com conteúdo clássico, já serão apresentadas realçando-se
suas aplicações em Ciência e Tecnologia, inclusive em Geofísica, bem como usarão o
instrumental/metodologia que na atualidade lhes compete, ou seja, não os ábacos ou
calculadoras de antigamente, mas recursos gráficos computacionais (como
MATHEMATICA, MATLAB e MAPLE), numa verdadeira “viagem virtual”.
O contato do estudante com toda a metodologia do “fazer Geofísica” é ainda mais
efetivo a partir do 2º semestre, quando ao mesmo, sob a forma de um projeto simulado ou
real, de grau de dificuldade muito baixo, serão apresentadas todas as etapas do trabalho
geofísico, inclusive o trabalho de campo e a interpretação computacional. A interpretação
merecerá, no semestre seguinte, detalhamento em uma disciplina voltada para essa etapa
que é a mais importante do trabalho geofísico.
Não há porque não oferecer ao aluno, já no início do seu aprendizado, a oportunidade
de participar do trabalho geofísico, seja para o mesmo ter oportunidade de compreender
com qual das etapas desse trabalho possui maior afinidade, e nessa começar a se
aprofundar, seja enfim para o mesmo certificar-se de ter optado pela formação com a qual
tem de fato afinidade.
O conjunto de atividades desse módulo envolverá disciplinas que compreenderão
atividades no Campo Geofísico de Testes – cuja construção será paulatina - e excursões
bem como atividades laboratoriais. O Campo de Testes consistirá de uma área na qual
serão enterrados objetos com forma e propriedades físicas conhecidas, com a finalidade de
simular alvos geofísicos.
Tabela 1: Disciplinas 17

1.5.2 Módulo Intermediário: APRENDIZADO DOS MÉTODOS GEOFÍSICOS

Nesse módulo com 3 semestres de duração, disciplinas básicas, como as de


Matemática, ainda estarão presentes, mas sua característica principal será envolver
disciplinas que permitirão ao aluno conhecer em detalhe os princípios físicos fundamentais
de cada método geofísico.
O “fazer Geofísica” não se restringirá a disciplinas que poderão envolver atividades
no Campo Geofísico de Testes excursões bem como trabalhos em laboratório. Passam a ser
admitidas e incentivadas atividades de pesquisa e extensão, inclusive sob a forma de
iniciação científica e monitoria, visando produção científica a ser apresentada em evento
científico, como o Congresso da Sociedade Brasileira de Geofísica que ocorre a cada 2
anos.
As atividades de pesquisa e extensão deverão ser ordenadas nos GTs, anteriormente
abordados..

1.5.3 Módulo Final: PROFISSIONALIZAÇÃO

O último módulo será desenvolvido em apenas 2 semestres em que disciplinas serão


escolhidas pelo estudante de acordo com a sua maior aptidão em Geofísica. É também
durante esse módulo que o aluno desenvolverá o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
É nesse módulo que a participação do aluno nos GTs mais será exigida. É nele que a
flexibilização da grade curricular passa a atuar de modo que caberá ao discente compor sua
própria grade em função da sua aptidão.
Aqui, cabe destacar, que o resultado do TCC não será apresentado sob a forma de
monografia, como usualmente é feito, porque sua divulgação e uso são muito restritos, mas
sob a forma de trabalho a ser divulgado em periódico especializado ou evento científico
pelo menos sob a forma de resumo expandido.
Toda a atividade externa que venha a propiciar ao estudante experiência, como
estágios, poderão ser consideradas na carga horária, ouvido o Colegiado do Curso.

1.6 FORMAS DE AVALIAÇÃO DO ENSINO, DA APRENDIZAGEM E DO CURSO


Os alunos serão avaliados pelos professores individualmente em cada uma das
disciplinas. A avaliação do ensino, da aprendizagem e do próprio curso, por sua vez, será
realizada ao final de cada um dos 3 módulos, de modo a se garantir que esteja sendo
avaliada a integração dos conhecimentos ministrado.
Essa avaliação será também o fórum permanente para garantir o que anteriormente se
chamou de re-enquadramento contínuo. Em outras palavras, além da preocupação com
qualidade da educação, eficiência do ensino, estará também presente a reflexão sobre a
necessidade de re-enquadramentos, do conteúdo, metodologia, funcionalidade das
disciplinas dentro da grade curricular. Dessa feita, tal avaliação será a principal ferramenta
para garantir a sobrevivência de metodologia do re-enquadramento.
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1.7 LINHAS DE PESQUISA E A ARTICULAÇÃO COM O ENSINO E A EXTENSÃO

O Departamento de Geofísica/Curso de Pós-Graduação em Geofísica desenvolve


atividades de ensino e pesquisa segundo as linhas de pesquisa a seguir destacadas, às quais
se filiarão os GTs, segundo seu objeto/projeto de estudo:
z Métodos Elétricos e Eletromagnéticos,
z Métodos Potenciais,
z Prospecção Geofísica,
z Sísmica,
z Geofísica de Poço.
Nos últimos anos, a integração entre a Pós-Graduação e a Graduação tem sido
almejada e, inclusive, incentivada pelo Programa de Apoio à Integração Graduação/Pós-
Graduação – PROIN, criado pela CAPES em 1995. A criação do Curso de Graduação em
Geofísica permitirá que essa integração aumente entre a Geofísica e outros cursos como a
Geologia, Oceanografia, Física e Matemática, uma vez que até o presente essa integração
contava com possibilidades muito restritas de ocorrer por um lado por depender de uma
diminuta fatia do alunado de Geologia, formada pelos eventuais interessados em Geofísica
e, por outro lado, pela inexistência de contacto da grande maioria dos professores de
Geofísica com a Graduação. Dessa forma vem-se perdendo, ao longo de todos esses anos,
a possibilidade de democratizar os resultados das pesquisas em geofísica e, inclusive, de
popularizar a Geofísica praticada no Brasil por um número muitísssimo reduzido de
profissionais.
A articulação das atividades de Pesquisa e Ensino com as de Extensão também serão
extremamente beneficiadas a partir da criação do Curso de Graduação em Geofísica, pois
poderão ser envolvidos um maior número de discentes, uma vez que, até o presente, essa
articulação podia contar com pouquíssimos interessados do Curso de Graduação em
Geologia. além dos alunos da pós-graduação. Nota-se que, apesar disso, tem sido
significativa a atuação da Geofísica na Extensão (vide anexo 1).

1.8 DURAÇÃO E HORÁRIO, VAGAS

O Curso terá a duração mínima de 8 semestres, que propiciarão a aquisição de pelo


menos 3200 horas-atividade, sendo o tempo máximo para a integralização estipulado em
12 semestres. Será desenvolvido em sua quase totalidade em apenas um turno, no horário
da manhã.
O número de vagas anuais será 10.

1.9 POSSIBILIDADES DE RELAÇÃO COM O ALUNO EGRESSO


O Curso incentivará a criação de uma associação de ex-aluno, manterá cadastro dos
profissionais egressos, bem como informará aos mesmos, através de sua homepage, as
datas das reuniões dos GTs, Workshops bem como cursos de especialização. As reuniões
dos GTs são o fórum considerado ideal para divulgação do que estará sendo desenvolvido
Tabela 1: Disciplinas 19

na UFPA em Geofísica bem como estado de arte e tendências de desenvolvimento em


Geofísica de um modo geral.
1.10 POLÍTICAS PARA ESTÁGIOS

O Colegiado do Curso procurará estabelecer estágios com as prefeituras de


municípios carentes em abastecimento de água tratada, visando a prospecção geofísica de
água subterrânea, como aliás vem sendo feito desde a década de 70, bem como outras
modalidades de pesquisa (por exemplo, mapeamento de águas térmicas subterrâneas das 3
potenciais estâncias de águas térmicas do Pará).
Também deverá ser tentado o estabelecimento de convênios com a finalidade de
proporcionar estágios em empresas como a Petrobras, CPRM, Vale do Rio Doce, entre
outras.

2. AS DISCIPLINAS

2.1 Elenco de Disciplinas e Suas Ementas

Na tabela 1 aparecem reunidas às disciplinas do Curso de Graduação em Geofísica


com suas ementas e todas as demais informações pertinentes, inclusive as habilidades a
serem alcançadas de acordo com o currículo de 2005 ( aprovado em Resolução n0 3445 de
08/09/2006).

2.2 Grade Curricular

A grade curricular é apresentada na tabela 2.


Tabela 1: Disciplinas 11

DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS

NOME CR CH T P EMENTA/PROGRAMA HABILIDADES


o
1 semestre
Continentes à deriva. A controvérsia sobre a Teoria da Deriva Continental. O mistério do magnetismo terrestre.
Compreender o problema
Magnetismo fóssil. O ressurgimento da teoria da deriva continental. A Terra está se aquecendo ou esfriando?geológico a ser formulado física e
FÍSICA DA TERRA
3 45 3 0 Indícios no assoalho oceânico. A expansão do assoalho oceânico e a nova tectônica global. A teoria da deriva
matematicamente a partir de uma
CG3040
continental à luz dos conhecimentos modernos: A tectônica atual e os ciclos de Wilson, a tectônica pretérita.
visão global e fundamentado em
descobertas físicas.
Movimento de uma Partícula, Dinâmica da Partícula, Trabalho e Energia, Conservação da Energia, conservação Formular fisicamente o problema
FÍSICA FUNDAMENTAL I
4 60 4 0 do Momento Linear, Dinâmica da Rotação, Conservação do Momento angular, Equilíbrio de corpos rígidos, geológico; dominar os métodos
EN0279 Tópicos Suplementares. geofísicos.
Teoria de erros e representação gráfica, pêndulo simples, Lei de Hook, Trabalho e Energia, Gravitação, Formular fisicamente o problema
LABORATÓRIO BÁSICO I
2 60 0 4 Hidrostática, Fontes sonoras, velocidade do som, reverberação, Determinação da condutibilidade térmica de geológico; dominar os métodos
EN02083
sólidos, Calor de fusão. geofísicos.
Filosofia e história da Geologia, metodologia de investigação geológica, campos de aplicação e conceitos do
conhecimento geológico. Análise espaço-temporal ds processos: ciclo petrogenético, origem e evolução dos
processos geológicos. Geologia e meio-ambiente. Noções sobre mapas e perfis geológicos. Reconhecimento Compreender o problema
prático, laboratorial e de campo dos principais agentes geradores da paisagem geológica, suas interações e geológico a ser formulado física e
GEOLOGIA GERAL
5 90 4 2 representação de sua informação, metodologia de investigação geológica, campos de aplicação e conceitos do matematicamente.
CG01096
conhecimento geológico. Análise espaço-temporal dos processos: ciclo petrogenético, origem e evolução dos
processos geológicos. Geologia e meio-ambiente. Noções sobre mapas e perfis geológicos. Reconhecimento
prático, laboratorial e de campo dos principais agentes geradores da paisagem geológica, suas interações e
representação de sua informação.
Função é um dos conceitos de básicos em matemática. Tudo em matemática depende direta ou indiretamente
do conceito de função. No final desta disciplina o aluno deverá ter uma idéia clara e precisa do que seja uma
função e saber interpretar graficamente as funções elementares: polinomiais, trigonométricas, logarítmica,
exponencial e hiperbólicas. O conceito de derivada é fundamental em ciência e tecnologia. Tudo no mundo
varia; em alguns casos a variação e mais rápida em outros casos ela é mais lenta, mas tudo varia. A derivada é Formular matematicamente o
a ferramenta apropriada pala lidar com variações. Por exemplo, campo elétrico variando no tempo e no espaço problema geológico; dominar a
INTRODUÇÃO AO
cria campo magnético e vice-versa. Em geral, as operações em matemática têm mão dupla. Uma operação faz base matemática necessária para
CÁLCULO DAS
e outra desfaz. A soma e a subtração são um exemplo. Tecnicamente, uma operação é o inverso da outra. a compreensão dos métodos
FUNÇÕES DE UMA 4 75 3 2
Integral é o inverso da derivada. Derivando-se uma função obtém-se uma segunda função. Integrando esta geofísicos, seu processa-mento e
VARIÁVEL
segunda função chega-se à primeira função, ou seja, chega-se à primitiva. O Teorema Fundamental do Cálculo sua interpretação.
CG03083
é elo entre funções, derivada e integral. Este teorema sintetiza tudo sobre a relação entre função, derivada e
integral. Nesta disciplina, o programa Mathematica ajuda assimilar estes três conceitos através de vários
exemplos práticos.
1- Números reais e coordenadas na reta2- Equações e gráficos. 3- Funções.4-Derivada e limite..5. Cálculo
formal da derivada. 6- Derivada das funções trigonométricas. 7- As funções logarítmicas e exponenciais. 8 -
Máximos e mínimos.9- Comportamento das funções. 10.-O cálculo integral. 11- Métodos de integração.
Disciplina que estuda o desenvolvimento da habilidade, a partir de textos específicos da área de geologia, em Dominar a linguagem que será
INGLÊS diferentes níveis: compreensão geral, compreensão das idéias principais e compreensão detalhada ou usada não só na leitura de artigos
INSTRUMENTAL 4 60 4 0 intensiva. como também de manuais de
LA02030 instrumentos e softs de
processamento e interpretação.
SUB-TOTAIS 22 390 18 8
12

o
2 semestre
INTRODUÇÃO À 3 60 2 2 1. Histórico. Divisões da Geofísica. Os métodos geofísicos de investigação. Tipos de levantamento para aquisição de dados. Compreender as etapas do
PROSPECÇÃO Aplicações. Gastos. Recursos humanos. Bibliografia e sociedades. 2. Escalas e as diferentes etapas do trabalho geofísico: trabalho geofísico em nível geral,
GEOFÍSICA estudos geofísicos preliminares, preparação da área e da estratégia de medição, medidas de campo, apresentação dos dados, inclusive o trabalho de campo
CG03041 tratamento, interpretação. Resultados (o problema direto e o inverso). bem como a interpretação.
Oscilações, Gravitação, Dinâmica dos Fluidos, Ondas em Meios Elásticos, ondas sonoras, Temperatura, Calor Formular fisicamente o problema
FÍSICA FUNDAMENTAL II
4 60 4 0 e Primeira Lei da Termodinâmica, Teoria Cinética dos Gases, Entropia e Segunda Lei da Termodinâmica, geológico; dominar os métodos
EN02080
Tópicos Suplementares. geofísicos.
Carga E Matéria, O Campo Elétrico, A Lei De Gauss, Potencial Elétrico, Capacitores E Dielétricos, Corrente E
Resistência Elétrica, Força Eletromotriz E Circuitos, O Campo Magnético, A Lei De Ampère, A Lei De Faraday, Formular fisicamente o problema
FÍSICA FUNDAMENTAL III Indutância, Propriedades Magnéticas. 1.0. CARGA E MATÉRIA. 2.0. O CAMPO ELÉTRICO. 3.0. A LEI DE geológico; dominar os métodos
4 60 4 0
EN02081 GAUSS. 4.0. POTENCIAL ELÉTRICO. 5.0. CAPACITORES E DIELÉTRICOS. 6.0. CORRENTE E geofísicos.
RESISTÊNCIA ELÉTRICA. 7.0. FORÇA ELETROMOTRIZ E CIRCUITOS. 8.0. O CAMPO MAGNÉTICO. 9.0. A
LEI DE AMPÈRE . 10.0. A LEI DE FARADAY. 11.0. INDUTÂNCIA. 12.0. PROPRIEDADES MAGNÉTICAS.
Tabela 1: Disciplinas 11

Circuitos elétricos, ohmímetros, voltímetros e amperímetros, mapeamento de campos elétricos, Lei de Ohm, Formular fisicamente o problema
LABORATÓRIO BÁSICO II
1 30 0 2 circuito divisor de tensão, Lei de Ampère, indução eletromagnética. geológico; dominar os métodos
EN02084
geofísicos.
INTRODUÇÃO À As propriedades físicas e químicas dos minerais. Classificação, uso e ocorrência dos minerais, seus ambientes
MINERALOGIA E de formação. A cristalografia mineralógica. Ocorrência e associação de minerais. Usos dos Minerais. Compreender o problema
4 75 3 2
PETROLOGiA geológico a ser formulado física e
CG02062 matematicamente.
Heuristicamente podemos dizer que uma série de potência é uma representação de uma função por um
polinômio de grau infinito. Entre as séries de potências destaca-se a série de Taylor. A grande importância das
séries de potências é que a maioria das funções pode ser representada por uma série deste tipo. Isto facilita
imensamente o processo de derivação integração funções complicadas, visto que, em muitos casos, basta
derivar ou integrar termo a termo a série de potências, a exemplo de como se faz com os polinômios. Os
problemas em ciência e tecnologia, e em particular em geofísica, são, em geral, traduzidos na forma de Formular matematicamente o
equações diferenciais. Assim, o conceito de equações diferenciais é central na formação de um geofísico. problema geológico; dominar a
Grosso modo, uma equação diferencial é simplesmente uma relação entre uma função e suas derivadas. Como base matemática necessária para
CÁLCULO DAS a integração é o inverso da derivação, a solução de uma equação diferencial é, nos casos mais simples, obtida a compreensão dos métodos
FUNÇÕES DE UMA via integração. Entretanto, na maioria dos casos este expediente não é exeqüível e então, a salvação é se usar geofísicos, seu processa-mento e
VARIÁVEL 4 75 3 2 as séries de potências. Na prática a solução de uma equação diferencial se restringe na determinação dos sua interpretação.
CG03084 coeficientes dos termos da série de potência que representa a função que satisfaz a equação diferencial. É um
processo simples e extremamente eficaz. Funções de uma variável são definidas em intervalos da reta.
Funções de várias variáveis são definidas em regiões do plano ou em espaço de três ou mais dimensões. Um
vetor nada mais é do que a representação de um ponto no plano ou no espaço. Funções vetoriais são funções
de várias variáveis definidas no plano ou no espaço. Este assunto sobre vetores é iniciado aqui como base para
as próximas disciplinas, onde o conceito de vetor será estudado com mais profundidade. O programa
Mathematica desempenha papel fundamental no aprendizado dos assuntos desta disciplina.
1- Aplicações da integral. 2- Aproximação de funções por polinômios. 3- Seqüências infinitas. 4- Séries infinitas.
5- Séries de potências. 6 - Equações diferenciais. 7- Limites e integrais impróprias. 8 - Seções cônicas. 9 -
Vetores e curvas no plano.
SUB-TOTAIS 20 360 16 8

o
3 semestre
INTRODUÇÃO À Interpretação geofísica. Ajuste de anomalias geofísicas por tentativa-e-erro e pelo método dos mínimos Compreender as restrições da
INTERPRETAÇÃO quadrados. Dificuldades do ajuste de curvas na interpretação geofísica. Ambiguidade: não unicidade e interpretação geofísica e as
2 45 1 2
GEOFÍSICA instabilidade. A necessidade de introdução de informação geológica a priori. maneiras de contorná-las.
CG03043
Determinação dos processos que controlam a formação das rochas sedimentares. Entender a natureza da Compreender ambientes
SEDIMENTOLOGIA
3 60 2 0 cobertura sedimentar no contexto das suas propriedades físicas químicas e biológicas e dos processos sedimentares que são alvo de
CG01099 geológicos da parte da crosta terrestre na qual a bacia sedimentar se estabeleceu. estudos de geofísica

PROGRAMAÇÃO Conceitos básicos de linguagem. Expressões e atribuições. Estruturas de controle. Entrada e saída de dados. Dominar a linguagem que será usada
COMPUTACIONAL 4 75 3 2 Aplicações usando programas de apresentação de dados. Exercícios aplicados à problemas geofísicos. em etapas do trabalho geofísico como
CG03045 o processa-mento e a interpretação.

Introdução. Radioatividade: Propriedade nuclear. Fundamentos teóricos: estrutura atômica, mecanismos de Conhecer e aplicar os métodos
MÉTODOS
transformação nuclear, emissões radioativas, lei fundamental da desintegração radioativa, famílias e equilíbrio radiométricos.
RADIOMÉTRICOS 3 75 2 2
radioativo. Radioatividade das rochas e dos minerais. Instrumental para medidas ativas e passivas. Aquisição,
CG03057
processamento, apresentação e interpretação de dados. Aerolevantamentos. Exemplos de Aplicações.
12

O conceito de função de várias variáveis é uma extensão natural do conceito de funções de uma variável.
Funções de várias variáveis são muito mais comuns e mais importantes que funções de apenas uma variável.
Estudam-se funções de uma variável como pré-requisitos para o estudo de funções de várias variáveis. No final
desta disciplina o aluno deverá ter uma idéia clara e precisa do que seja uma função de várias variáveis e saber
interpretá-las graficamente no Mathematica. Ao contrário das funções de uma única variável que só tem um tipo Formular matematicamente o
de derivada (o gradiente), as funções de várias variáveis têm vários tipos de derivadas. O gradiente, a problema geológico; dominar a
divergência, o rotacional, entre outros, podem ser considerados tipos particulares de derivadas de funções de base matemática necessária para
várias variáveis. Esses diferentes tipos de derivadas de funções de várias variáveis são fundamentais em a compreensão dos métodos
ciência e tecnologia. Tudo no mundo varia, em alguns casos a variação e mais rápida em outros casos é mais geofísicos, seu processa-mento e
lenta, mas tudo varia. Dependendo das características de certos tipos variações, usa-se o gradiente, a sua interpretação.
divergência ou o rotacional. É fundamental que o aluno entenda isso. Em geral, as operações em matemática
CÁLCULO DAS têm mão dupla. Uma operação faz e outra desfaz. A derivada e a integral de funções de uma variável são bons
FUNÇÕES DE VÁRIAS exemplos. Tecnicamente uma operação é o inverso da outra. Integral é o inverso da derivada. Derivando-se
4 75 3 2
VARIÁVEIS uma função obtém-se uma segunda função. Integrando esta segunda função chega-se à primeira função, ou
CG03085 seja, chega-se à primitiva. Como as funções de várias variáveis permitem vários tipos de derivadas, é natural
que existam vários tipos de integrais de várias variáveis. Com efeito, a integral de linha, a integral de superfície
e a integral de volume estão associadas ao rotacional, à divergência e ao gradiente, respectivamente. Os
Teoremas Fundamentais do Cálculo Vetorial (teorema de Green, teorema de Gauss e teorema de Stokes) são
os elos entre funções de várias variáveis, derivadas (gradiente, divergência e rotacional) e integrais (de linha, de
superfície e de volume). No final da disciplina o aluno deve ter uma boa noção de todos esses conceitos e ser
capaz de entender o significado físico de cada um deles e sua importância em geofísica. O programa
Mathematica desmistifica os teoremas da divergência e de Stokes, e por conseqüência, desmistifica também os
operadores gradiente, divergência e rotacional junto com as integrais de linha, de superfície e de volume.
1- Vetores, curvas e superfícies no espaço. 2 - Funções de várias variáveis: 3 - Fórmula de Taylor – Máximos e
Mínimos. 4 - Funções implícitas e transformações 5 - Integrais múltiplas. 6 - Integrais de linha. 7 - Teoremas da
divergência e de Stokes.
Introdução; as 5 leis estruturais do parágrafo; o parágrafo de discussão: sentença-tópico; o parágrafo Redigir de forma objetiva os
REDAÇÃO TECNICO- introdutório: sentença de abertura, sentenças intermediárias e sentença-tese; o parágrafo de conclusões; relatórios, artigos e outros
CIENTIFICA 2 45 1 2 principais estratégias do parágrafo: definição, descrição, prescrição, comparação e causa-e-efeito; aplicação materiais de divulgação dos
CG voltada à organização do texto científico: resumo, introdução, metodologia, resultados e conclusões. resultados do trabalho geofísico.
SUB-TOTAIS 18 360 13 10

o
4 semestre
Introdução. Fundamentos teóricos: potencial, campo, equações de Laplace e Poisson. Propriedades: rochas Conhecer os fundamentos
MÉTODOS
sedimentares, ígneas e metamórficas. Instrumental: princípios do gravímetro instável, dos magnetômetros teóricos dos métodos
GRAVIMÉTRICO E
3 60 2 2 fluxgate, de prótons e de bombeamento ótico e do susceptibilímetro. Trabalhos e operações de campo. Prática gravimétrico e magnético
MAGNÉTICO I
com os instrumentos. Correções: Latitude, Ar-livre, Bouguer, Terreno, Isostática, IGRF, Variação Diurna.
CG03049
Respostas gravimétricas de corpos com formas simples: esfera, prisma.
Introdução. Propriedades elétricas de minerais e rochas. Fundamentos teóricos. Princípios, aquisição, Conhecer a aplicar os funda-
MÉTODOS ELÉTRICOS
3 60 2 2 processamento, apresentação e interpretação de dados dos métodos do Potencial Espontâneo, Resistividade mentos teóricos dos métodos
CG03050
Elétrica e Polarização Induzida. Exemplos de Aplicações. elétricos
O trabalho profissional de um geofísico é coletar, processar, modelar e interpretar, em termos geológicos, dados
INTRODUÇÃO A geofísicos. No jargão dos geofísicos, interpretar dados geofísicos equivale a resolver um problema matemático
ÁLGEBRA LINEAR 4 75 3 2 chamado problema inverso, ou seja, estimar um conjunto de parâmetros que identifica um alvo geológico que se
CG03086 deseja determinar, a partir de um conjunto de dados observados. A álgebra linear, ou melhor, a álgebra matricial Formular matematicamente o
é a ferramenta apropriada para lidar com problemas inversos em geofísica. Todo espaço vetorial E de dimensão problema geológico; dominar a
Tabela 1: Disciplinas 13

n é isomórfico ao Rn. Isto significa, que nos espaços vetoriais de dimensão finita pode-se usar tranqüilamente a base matemática necessária para
álgebra matricial no lugar da álgebra das transformações lineares. Para se resolver o problema inverso é a compreensão dos métodos
imprescindível resolver um outro problema, chamado problema direto ou de modelagem. As ferramentas de geofísicos, seu processa-mento e
modelagem são as técnicas analíticas e numéricas de solução de equações diferenciais e integrais. A álgebra sua interpretação.
das transformações lineares em espaços de dimensão infinita desempenha papel fundamental na solução das
equações diferenciais ordinárias e parciais. Neste caso nem sempre se pode substituir transformações lineares
por matrizes. Por essa razão, nesta disciplina, o conceito de transformação linear é o ator principal e as
matrizes são coadjuvantes. O programa Mathematica é uma ferramenta maravilhosa para estudar álgebra
linear, como será comprovado no decorrer desta disciplina.
1. Espaços vetoriais. 2. Transformações lineares. 3. Soma direta e projeções.4. Eliminação. 5. Produto interno.
6. A Adjunta. 7. Subespaços invariantes. 8. Operadores Auto-Adjuntos. 9. Operadores ortogonais e operadores
normais. 10. Pseudo-inversas.
Antes de 1873, ano em que Maxwell publicou o seu extraordinário livro A Treatise on Electricity and Magnetism,
não existia o cálculo vetorial. As quatro famosas equações, hoje conhecidas como equações de Maxwell,
estavam espalhadas no seu livro em 20 equações diferentes. Na época não era fácil entender o
eletromagnetismo de Maxwell através das suas 20 equações originais. Foi ai que Heaviside inventou, junto com
Gibbs, o cálculo vetorial a fim de entender a teoria eletromagnética proposta por Maxwell. Isto levou quase uma
década de trabalho árduo, resultando nas quatro equações de Maxwell que todo o geofísico tem obrigação de
saber. A final de contas, geofones, magnetômetros, GPR, sem falar nos métodos geofísicos elétricos e
eletromagnéticos, são tecnologias associadas às equações de Maxwell. Então, podemos dizer que o Formular matematicamente o
eletromagnetismo é a fonte inspiradora para se aprender os conceitos físicos de gradiente, rotacional, problema geológico; dominar a
APLICAÇÃO DO
divergência, campo de força, campo de fluxo, teorema da divergência, teorema de Stokes e assim por diante. base matemática necessária para
CÁLCULO DAS
Em Eletrostática e Magnetostática as equações de Maxwell se desacoplam dando origem às equações de a compreensão dos métodos
FUNÇÕES DE VÁRIAS 4 75 3 2
Laplace e de Poisson. Estas equações são fundamentais na formação de qualquer geofísico. Os métodos geofísicos, seu processa-mento e
VARIÁVEIS
potenciais (gravimetria, magnetometria), sondagens elétricas, entre outros, se baseiam nessas equações. sua interpretação.
CG03087
Historicamente, a resolução da equação de Laplace motivou Fourier a inventar as séries que levam seu nome.
Na verdade ele desenvolveu uma metodologia, hoje conhecida como método da separação de variáveis ou
método de Fourier para esse fim. Análise de Fourier é fundamental para a formação de um geofísico. Dizem
que ¾ dos geofísicos do mundo não fazem outra coisa a não ser processar dados usando, de uma maneira ou
outra, a análise de Fourier. O programa Mathematica torna o estudo das séries de Fourier uma viagem
encantadora. FFT com o Mathematica é tão simples como 2 + 2 igual a 4.
1. Campo de força e campo de fluxo.2. Série de Fourier.3. Transformada de Fourier. 4. Transformadas e séries
múltiplas de Fourier. 5. Transformada de Fourier discreta. 6. Equação de Laplace e problema de contorno. 7.
Funções Especiais. 8. Equação de Poison e problema de contorno. 9. Equação da onda:
Disciplina que estuda as feições estruturais ocorrentes nas rochas, seus aspectos geométricos, sua evolução Compreender o problema
espaço-temporal e sua hierarquização dos eventos deformacionais. Envolve a descrição, a classificação das geológico a ser formulado física e
GEOLOGIA formas, a análise estrutural e a mecânica deformacional das rochas, através da prática de campo e de matematicamente em sua
ESTRUTURAL 4 90 3 2 laboratório. Ordena os eventos de deformação litológica singulares delimitando sua amplitude espaço-temporal amplitude espaço-temporal
CG0109 assim como sua representação gráfica.

Nesta disciplina os alunos realizam trabalhos geofísicos na prática fazendo levantamento, processamento e Vivenciar o "fazer geofísica" pela
GRUPO DE TRABALHO interpretação de dados geofísicos medidos em campo. No GTI, tem-se por objetivo o mapeamento Geológico própria prática bem como pela
I de áreas. troca de experiências
2 45 1 2
(GT I)
CG03053
14

SUB-TOTAIS 20 405 14 12

o
5 semestre
MÉTODOS Processamento: continuação analítica, derivadas, separação regional-residual, redução ao polo, Relação de Conhecer e aplicar os métodos
GRAVIMÉTRICO E Poisson. Interpretação: dificuldades, corpos homogêneos com formas simples e arbitrárias, interface separando gravimétrico e magnético
3 60 2 2
MAGNÉTICO II 2 meios homogêneos.
CG03055
MÉTODOS Introdução. Fundamentos teóricos. Princípios, aquisição, processamento, apresentação e interpretação de Conhecer a aplicar os métodos
ELETROMAGNÉTICOS 4 75 3 2 dados de métodos do Domínio da Frequência e do Domínio do Tempo. Aerolevantamentos. Exemplos de eletromagnéticos
CG03056 aplicações.
O experimento sísmico: tipos de fontes, sensores sísmicos, o fenômeno da propagação sísmica. Propriedades Conhecer os fundamentos
MÉTODOS SÍSMICOS I físicas da elastodinâmica. Técnicas de medidas da propriedade física em rochas em laboratórios e no campo. O teóricos dos métodos sísmicos
3 60 2 2
CG03048 sinal sísmico: análise e interpretação. Instrumentos de medidas sísmicas na superfície e no poço. Introdução ao
processamento e interpretação de dados sísmicos de superfície. Ensaios de campo.
GRUPO DE TRABALHO Nesta disciplina os alunos realizam trabalhos geofísicos na prática fazendo levantamento, processamento e Vivenciar o "fazer geofísica" pela
II (GTII) 2 45 1 2 interpretação de dados geofísicos medidos em campo. No GT II, tem-se por objetivo a prospecção de água própria prática bem como pela
CG03059 subterrânea ou prospecção mineral. troca de experiências
Energia de Configuração, Campo Gravitacional, Campo Eletrostático, Campo Magnetostático, Campo Elástico, Transporte de Compreender os fundamentos
CAMPOS E ONDAS energia e momento, Campo eletromagnético, Campo Elastodinâmico, Ondas Mecânicas em fluidos e sólidos, Ondas físicos envolvidos em campos e
2 30 2 0
CG03044 Eletromagnéticas, Reflexão, Refração, Interferência, Difração, Atenuação e Dispersão, Descrição Geométrica de Fenômenos propagações de ondas que são
Ondulatórios, Frentes de ondas, Princípio de Huygens, Princípio de Fermat objeto de estudo na Geofísica
Definições básicas, unidades geotectônicas maiores. Feições geológicas dos oceanos e continentes. Teorias Formular fisicamente o problema
GEOTECTÔNICA geotectônicas. Migração continental. Expansão do fundo oceânico. A tectônica de placas. Classificação geológico; dominar os métodos
4 60 4 0
CG01039 geotectônica de bacias sedimentares. Sedimentação, magmatismo e deformação em bacias cratônicas. geofísicos.
Sedimentação, deformação, metamorfismo e magmatismo em cinturões móveis.
SUB-TOTAIS 20 360 12 8

o
6 semestre
Teoria da Tensão e Deformação. Equação do movimento da partícula. Lei de Hooke Generalizada. Equação da Conhecer e aplicar os métodos
MÉTODOS SÍSMICOS II Elastodinâmica e suas possíveis soluções. Lei de Snell. Princípio de Fermat. Definição dos fenômenos de sísmicos
3 75 2 2
CG03054 refração, reflexão e difração em sísmica. Introdução à Teoria dos Raios. Processamento e interpretação de
dados sísmicos na superfície e no poço.
GRUPO DE TRABALHO Nesta disciplina os alunos realizam trabalhos geofísicos na prática fazendo levantamento, processamento e Vivenciar o "fazer geofísica" pela
III (GT III) 2 45 1 2 interpretação de dados geofísicos medidos em campo. No GT III tem-se por objetivo estudo de contaminação própria prática bem como pela
CG03062 ambiental. troca de experiências
Definição e caracterização do sinal em geofísica. Transformada de Fourier Discreta Direta e Inversa. Convolução e correlação Conhecer técnicas de processa-
ANÁLISE DE SINAIS
4 75 3 2 discretas. Algoritmo para Transformada de Fourier (FFT). Teoria da análise espectral do sinal em geofísica. Técnicas de filtragem mento de sinal.
CG03051
do sinal em geofísica. Introdução à interpretação geofísica no domínio da frequência.
Quando se têm problemas matemáticos complicados, a primeira coisa que se deve fazer étentar subdividi-los
em problemas mais simples. As transformadas integrais (de Fourier, deLaplace, de Hankel, de Hilbert, entre Formular matematicamente o
outras) são ferramentas apropriadas para decomporproblemas de equações diferenciais difíceis em problemas problema geológico; dominar a
VARÁVEIS COMPLEXAS
4 75 3 2 mais simples. Por exemplo, atransformada direta de Laplace transforma um problema difícil de equação base matemática necessária para
CG03088
diferencial emum problema simples de equação algébrica. Uma vez resolvido esse problema mais fácil,usa-se a a compreensão dos métodos
transformada inversa de Laplace para se obter a solução da equação diferencial original. Tudo tem seu preço. O geofísicos, seu processa-mento e
preço da transformada de Laplace é um pouco de cálculo de variáveis complexas. Um outro tipo de sua interpretação
Tabela 1: Disciplinas 15

transformação muito útil é a representação conforme por meio de funções complexas. Aqui, a idéia é substituir
um domínio de geometria complicada por um domínio simples e assim facilitar a resolução de um problema de
equação diferencial que, a princípio, seria extremamente difícil, ou mesmo impossível de ser resolvido no
domínio original. O programa Mathematica simplifica o cálculo de variáveis complexas. Ele trata as
representações conforme e a transformada de Laplace com muita simplicidade.
1. O plano complexo. 2. Funções Analíticas. 3. Teoria da integral. 4. Séries de potências. 5. Singularidades,
resíduos e integrais. 6. Representação conforme. 7. Transformada de Laplace.
DICIPLINAS OPTATIVAS De número de créditos variáveis, essas disciplinas são selecionadas pelo aluno dentre disciplinas geofísicas e Dominar o trabalho geofísico em
90
(vide ao final) outras, em especial geológicas, relacionadas. Os dados quantitativos servem apenas para orientação. área de interesse.
SUB-TOTAIS 13 345 9 8

o
7 semestre
DISCIPLINAS OPTATIVA De número de créditos variáveis, essas disciplinas são selecionadas pelo aluno dentre disciplinas geofísicas eDominar o trabalho geofísico em
120
(vide ao final) outras, em especial geológicas, relacionadas. Os dados quantitativos servem apenas para orientação. área de interesse.
GRUPO DE TRABALHO Neste GT IV, os alunos são levados a executar uma tarefa especifica que estará ligada a algum projeto Vivenciar o "fazer geofísica" pela
IV (GT IV) 2 30 2 0 desenvolvido pro professores do departamento de Geofísica. própria prática bem como pela
CG03063 troca de experiências.
A disciplina apresenta uma introdução à técnica de perfilagem geofísica de furos de sondagem, abordando: Conhecer as modificações pelas
PERFILAGEM DE POÇO descrição geral da perfuração de um poço, amostragem e fluidos usados na perfuração; descrição do ambiente quais passam métodos geofísicos
3 60 4 0
CG03060 às proximidades da parede do poço; informações que podem ser obtidas da perfilagem; descrição de medidas ao serem usados em poços.
elétricas, nucleares e acústicas; aplicações na exploração de petróleo, água subterrânea, minerais - minério.
SUB-TOTAIS 5 210 6 0

o
8 semestre
TCC Trabalho de conclusão de curso selecionado pelo aluno, de acordo com a área da Geofísica de maior afinidade. Dominar o trabalho geofísico em
5 120 2 6
CG03064 área de interesse.
DISCIPLINAS OPTATIVA De número de créditos variáveis, essas disciplinas são selecionadas pelo aluno dentre disciplinas geofísicas e Dominar o trabalho geofísico em
120
(vide ao final) outras, em especial geológicas, relacionadas. Os dados quantitativos servem apenas para orientação. área de interesse.
GRUPO DE TRABALHO Neste GT V, os alunos são levados a executar uma tarefa especifica que estará ligada a algum projeto Vivenciar o "fazer geofísica" pela
V (GTV) 2 30 2 0 desenvolvido pro professores do departamento de Geofísica. própria prática bem como pela
CG03065 troca de experiências
SUB-TOTAIS 7 270 4 6

CARGA HORÁRIA 2700


TOTAL

LISTA DE MATÉRIAS OPTATIVAS


NOME CR CH T P EMENTA HABILIDADES
16

GEOFÍSICA APLICADA Estudo dos ambientes geológicos e a sua relação com depóstios de petróleo, buscando as características Dominar o trabalho básico de
À PROPECÇÃO DE físicas dos traps por meio de métodos geofísicos. Exemplos de aplicações. prospecção de hidrocarbonetos
2 30 2 0
HIDROCARBONETOS
CG03081
Interpretação estratigráfica de seções sísmicas; Fundamentos sísmicos da sismoestratigrafia; Propriedades
físicas das rochas; Sismofácies e sistemas deposicionais; Significado estratigráfico de refletores sísmicos;
INTRODUÇÃO A
Superfícies com significado cronológico e padrões de terminação de refletores; Fundamentos da estratigrafia
SISMOESTRATIGRAFIA 3 45 3 0
de seqüências - um modelo para as geometrias de grande escala; Diagramas espaço-temporais na análise de
CG03075
seções sísmicas; Aplicações da sismoestratigrafia: geologia de petróleo e análise
de bacias.
PERFILAGEM
GEOFÍSICA DE POÇO
2 30 2 0
APLICADA A
MINERAÇÃO
MODELAGEM
ELETROMAGNÉTICA
2 30 2 0
ANALÓGICA
CG03078
Interpretação de testes de formação para avaliar quantitativamente a jazida petrolífera. Utiliza como
fundamento principal as equações que regem o escoamento dos fluidos em meios porosos, nos diversos
regimes de fluxo. Busca obter, a partir da resposta de pressão e de produção de um poço, as propriedades de
permeabilidade da rocha, dano de formação além de características ligadas à geometria do reservatório,
posicionamento de barreiras, dando subsídios à caracterização e à interpretação integrada dos
dados geológicos e geofísicos. Análise de casos históricos. Trabalho prático:Conceitos básicos. Objetivos da
avaliação de formações. Tipos de testes de formação. Interpretação de testes de formação : Equação
diferencial da difusividade hidráulica; Solução da linha fonte; Solução da fonte cilíndrica; Regimes de fluxo :
AVALIAÇÃO DE
Reservatório circular fechado;Reservatório circular com pressão constante no limite externo; Solução do raio
FORMAÇÃO 4 60 4 0
finito com estocagem e skin : Efeito de película e dano de formação; Estocagem. Teorema da superposição:
CG03079
Superposição no espaço; Superposição no tempo; Build up. Análise especializada : Teste de fluxo;
Teste de fluxo com vazão variável; Teste limite de reservatório; Teste de crescimento de pressão: Método
deHorner, Método de Horner com superposição de vazões; Pressão Média : Método de MBH, Método de MDH;
Técnicas de diagnóstico : Método de Ramey, Método de Gringarten, Método das Derivadas; Detecção de
anomalias causadas por variação no reservatório ou no fluido : Falhas e barreiras, Mudança de
transmissibilidade, Dois limites perpendiculares, Dois limites formando ângulo q., Dois limites paralelos,
Circular com manutenção de pressão, Circular sem manutenção de pressão, Completação parcial. Testes em
poços de gás.
GEOFÍSICA DE POÇO
REVESTIDO 2 30 2 0
CG03080
analise de observacoes - modelo matematico - exp. aleatoria e espaco amostral axiomas e teoremas basicos - Conhecimento de ferramenta
PROBALIDADE E
variaveis aleatorias - distribuicoes e suas caracteristicas - covariancia e correlacao - distribuicao conjunta - básicas de estatísticas a serem
ESTATÍSTICA 4 60 4 0
principais modelos - discretos e continuos-estatistica des- critiva - ajustamentos de funcoes reais - correlacao e utilizadas na análise de dados
EN07002
regressao. nocoes de amostragem e testes de hipoteses - aplicacoes. geofísicos.
Tabela 1: Disciplinas 17

São revistos os conceitos básicos da matemática do ensino fundamental e médio. 1- Funções. 2 – Revisar conceitos básicos de
MATEMÁTICA BÁSICA
4 60 4 0 Trigonometria. 3- Logaritmos. 4 – Polinômios. 5- Matrizes. 6 – Geometria Plana. 7 – Geometria Espacial. 8 – matemática.
CG03082 Sistemas Linear.

PERFILAGEM DE Locação de poço para água subterrânea com geofísica. Tipos e características construtivas de poços tubulares. Dominar o trabalho básico de
POÇO APLICADA A Elaboração de projetos de captação de água subterrânea. Testes de produção. Custos de perfuração e perfilagem de poço aplicado a
2 30 2 0
ÀGUA SUBTERRÂNEA complementação de poços. água subterrânea.
CG03076
PROCESSOS DE
FORMAÇÃO DE
4 60 4 0
DEPÓSITOS MINEAIS
CG01086
INTRODUÇÃO A
SÍSMICA DE ALTA
3 45 3 0
RESOLUÇÃO
CG03071
GEOLOGIA DE A Geologia aplicada à produção mineral. Minerais, rochas e solos. Recursos e reservas minerais. Exploração,
DEPÓSITOS MINERAIS 3 45 3 0 produção e consumo de bens minerais. Aspectos políticos, econômicos, sociais e ambientais da mineração.
CG01091 Geologia e recursos minerais do Brasil.

Ocorrência das águas subterrâneas. Definição e conceitos básicos dos sistemas aquíferos. Definições e
HIDROGEOLOGIA conceitos para a hidráulica de poços. Princípios fundamentais do movimento das águas subterrâneas.
3 60 4 0
CG01094 Hidráulica de aquífero. Hidráulica de poços tubulares. Determinação das condições de exploração de poços.
Obras de captação de água subterrânea. Locação de poço tubular. Qualidade das águas subterrâneas.
Sensoriamento eletromagnético (convencional), gravimétrico e magnético. Exemplos de aplicação. Conhecer as modificações pelas
SENSORIAMENTO quais passam métodos geofísi-cos
REMOTO GERAL 2 45 1 2 ao serem usados em levanta-
CG03061 mentos comumente com satéli-tes.
Conceitos, classificações e aplicações no reconhecimento de ambientes de deposição. Sedimentação e
ESTRATIGRAFIA
4 75 5 0 variação do nível do mar. Ambientes de deposição e modelos de fácies. Introdução à Paleontologia e Geologia
CG01085 Histórica. Métodos de datação e definição do Tempo Geológico.

GEOMETRIA pré-requisito de Geologia Estrutural. Visualizar problemas em 2-3 D.


DESCRITIVA 3 60 4 0
TE07011
Estrutura de produção e consumo de recursos energéticos. Distribuição da produção de petróleo. Habitat
RECURSOS
geológico do petróleo. Métodos e técnicas na exploração petrolífera. Origem, importância e usos do petróleo.
ENERGÉTICOS 4 60 4 0
Habitat geológico do carvão. Origem, importância e usos do carvão. Minerais radioativos: importância e usos.
CG01015
Métodos e técnicas na exploração de urânio e tório. Folhelhos oleígenos: importância, usos e exploração. Turfa
GEOFÍSICA APLICADA A Geofísica no contexto da prospecção mineral. Prospecção de depósitos de minério: sulfetos maciços, Dominar o trabalho básico de
À PROSPECÇÃO sulfetos disseminados, ferro, diamantes, bauxita, cassiterita, ouro. Discussão de casos históricos. prospecção de minerais-minério
2 30 2 0
MINERAL
CG03066
18

GEOFÍSICA APLICADA Estudo dos ambientes geológicos e a sua relação com aquíferos, buscando suas características físicas e Dominar o trabalho básico de
À PROPECÇÃO DE propriedades hidrodinâmicas por meio de métodos geofísicos. Exemplos de aplicações. prospecção de água subterrâ-nea
2 30 2 0
ÁGUA SUBTERRÂNEA
CG03011
GEOFÍSICA APLICADA Disciplina voltada à aplicação dos métodos geofísicos na prevenção, detecção e monitorização de agentes Dominar o trabalho básico de
À PROBLEMAS DE poluentes no meio ambiente, como exemplificado a partir de estudos realizados em regiões brasileiras em monitorização ambiental
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MEIO AMBIENTE especial
CG03010
GEOFÍSICA APLICADA Aplicações dos conhecimentos geofísicos a diversos problemas de engenharia civil e de minas Dominar o trabalho básico de
À GEOTECNIA 2 30 2 0 geofísica aplicada à Geotecnia
CG03067
INTRODUÇÃO AO Análise e caracterização de dados sísmicos. Etapas do pré-processamento. Empilhamento sísmico. Dominar o processamento sísmi-
PROCESSAMENTO Deconvolução sísmica. Migração. Inversão sísmica baseada em traços sísmicos. co usado especialmente na
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SÍSMICO prospecção de hidrocarbonetos
CG03069
INTRODUÇÃO À Análise do sinal sísmico. Definição de atributos do sinal sísmico. Integração com dados não sísmicos. Inversão Dominar a interpretação sísmica
INTERPRETAÇÃO sísmica baseada em modelos de informações pré-existentes. Técnicas de interpretação de dados sísmicos usada especialmente na
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SÍSMICA multidimensionais. prospecção de hidrocarbonetos
CG03070
Interpretação gravimétrica: Separação regional-residual; Imageamento e inversão aplicados à determinação Dominar a interpretação gravi-
INTERPRETAÇÃO do relevo do embasamento; Determinação da forma arbitrária de um corpo compacto e homogêneo. métrica e magnética usada na
GRAVIMÉTRICA E Interpretação magnética: Deconvoluções de Werner e Euler; Sinal analítico, Integral vertical. prospecção de hidrocarbonetos e
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MAGNÉTICA minerais-minério bem como ma-
CG03072 peamento geológico geofísico a
partir de aerolevantamentos
Introdução. Equações de onda, skin depth real, potenciais, modos TE e TM, funções transferência escalares Dominar aspectos básicos do
(transformações de Cagniard e Schmucker), função transferência tensorial (a forma do tensor Z, skew, método magnetotelúrico usado na
MÉTODO
anisotropia, vetores telúricos; a forma do tensor pertubação, tipper, tipper-skew; setas de indução, vetores prospecção de hidrocarbo-netos e
MAGNETOTELÚRICO 4 60 3 2
pertubação). Campos primários e secundários. Etapas do pré-processamento. Processamento convencional. mapeamento geológico-geofísico
CG03073
Cálculo das funções transferência. Introdução à interpretação. Exemplos de aplicação na prospecção de
petróleo e na geotectônica.
Introdução à inversão em Geofísica. Etapas do processo inverso. Problemas numéricos. Critérios para Dominar metodologias de inter-
INTERPRETAÇÃO
determinar se um problema inverso é bem-posto. Transformação de problemas mal-postos em bem-postos pretação através da técnica de
GEOFÍSICA AVANÇADA 5 90 4 2
através da introdução de informação geológica a priori. Inversão linear: O problema linear em forma matricial. inversão, passíveis de serem aplicadas
CG03074
Abordagens correntes para solução de problemas não lineares. a todos os métodos geofísicos.
MECÂNICA DO Princípios da Mecânica do Contínuo, Conservação da Massa, Conservação do Momento Linear, Conservação Dominar em nível teórico prin-
CONTÍNUO APLICADA 2 30 2 0 da Energia , Conservação do Momento Angular, Formulação Lagrangeana da Mecânica do Contínuo, Sólidos cípios usados pelos métodos
EN07045 elásticos, Reologia dos Materiais , Mecânica dos Fluidos e Fenômenos de Transporte. sísmicos.

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