Você está na página 1de 1

Nomeclatura

Aplica-se a todos os
Antigamente chamava-se Lei de Introdução ao
CC. Porém, não faz parte do Código Civil, está
ramos do Direito.
anexada ao CC somente. Desta forma a
Lei12.376/10 alterou o nome para LINDB.

Norma de Sobredireito

Também chamada de norma de apoio.


Disciplina a aplicação e interpretação de
outras normas jurídicas.

Genérica

Ou Impessoalidade, a lei se aplica a todos.


Salvo a lei formal ou singular (aquela que se
aplica a uma determinada pessoa.

Obrigatoriedade

Imperativa, descumprimento da lei gera


sanções. Salvo a lei imperfeita (se for
descomprida, não acarreta nenhuma sanção
jurídica).
Características

Permanência

Persistencia, a lei é aplicada continuamente,


não se exaure.

Autorizante

A violação da lei legitima a vítima a pleitear


perdas e danos caso tenha sofrido algum tipo
de prejuízo.

Imperativas Lei que ordena que se


faça alguma coisa.
Ordem

Leis de ordem pública


Cogentes que tutelam o interesse
público. Lei que veda, proíbe um
Injuntivas, Imperativa (ordena) comportamento. Ex.
Não pode ser modificada pela vontade das Cláusula leonina é a que
partes nem pelo juiz. Proibitiva
Segundo a Força proíbe o sócio de
Obrigatória participar dos lucros
(abusiva).

Leis que tutelam


Permissivas interesses patrimoniais.
Podem ser modificadas
Supletivas, Dispositivas pelas vontades das
partes. Ex. contratos.

Aquelas cuja sanção é a


NULIDADE do negócio
Perfeitas jurídico. Se for violada o
negócio será nulo ou
anulável.

Aquela que prevê como


sanção a NULIDADE e
Classificação uma PENA CRIMINAL.
Mais que perfeita
ex. Bigamia (casar mais
que uma vez), art. 235/
Segundo a Intensidade CP.
da Sanção
Sanção é a consequência jurídica prevista para
a violação da lei.
Aquelas cuja violação
Coação é a aplicação da sanção.
prevê uma PENA
DIVERSA DA NULIDADE.
Coerção é algo psicológico, a possibilidade
jurídica de se aplicar a sanção. Ex. Divorciado que se
Menos perfeitas casa sem fazer partilha
dos bens. O segundo
casamento é válido, mas
o regime é de separação
de bens.

Se violada, NÃO TRAZ


NENHUMA SANÇÃO. É
Imperfeita uma mera
recomendação. Ex. Lei
do elevador.

Produz efeitos imediatos.


Traz em si o resultado já
pretendido.
Lei Lei de Efeito Concreto
Em regra não cabe MS contra lei em tese, salvo
quando se tratar de lei de efeito concreto. ex.
É a norma jurídica escrita emanada do Lei que proíbe certa atividade. Equivale aos
Poder Legislativo dotada de caráter atos administrativos, pois seus efeitos são
genérico e obrigatório. imediatos.

Código: é a lei que regula de forma


uniforme/unitária um ramo do direito.
Ele cria a lei. Ex. CC, CP.

Consolidação: é a reunião de leis


Sistema de Vigência A lei entra em vigor de
Objeto da LINDB preexistentes. Pode ser feita por meio
de leis ou por decreto do Presidente. Único uma só vez em todo o
Ex. CLT. Não pode de medidas território nacional.
provisórias ainda não convertidas em
lei (Art. 12, P1 da LC 95/98). É Também chamado de sincrônico ou simultâneo. Adotado no Brasil.
possível para revogar leis.
Sistemas
Compilação: é um repertório de
normas jurídicas organizadas pela
ordem cronológica e pela matéria. Sistema de Vigência A lei entra em vigor aos
Estatuto: é a lei que regula os Suscessiva poucos. Ex. Cada Estado
interesses de uma categoria de
pessoas. Ex. Estatuto do Índio. tinha um prazo.
Progressiva

É o período que medeia


entre a publicação da lei
e a sua efetiva entrada
em vigor. Período em que
as pessoas se preparam.

Não é um princípio
constitucional. Então não
é obrigatória.

Salvo a lei que cria ou aumenta a


contribuição social para seguridade social
(art. 195, P6/CF) e a lei que cria ou aumenta
tributo. Entram em vigor 90 dias depois de sua
publicação (art. 150, III, c/CF).

Atos administrativos (art.


103, I/CTN)

Emendas Constitucionais,
Vacatio Legis
Não há Vacatio Legis
No silêncio entram em vigor na data de sua
publicação (imediatamente). Lei que cria ou altera o
processo eleitoral. Mas
não podem ser aplicadas
as eleições que ocorram
dentro de ano (art. 16/
CF).

Vigência Inclui o dia da publicação


e o ultimo dia e a lei entra
em vigor no seguinte ao
último dia.
Contagem
Art. 8, P1, LC 95/98
Conta-se inclusive
sábados, domingos e
feriados, pois não é prazo
processual.

É a que indica a data a


partir da qual a lei entrará
em vigor.

No silêncio, a lei entra em


Cláusula de Vigência
vigor no Brasil 45 dias
depois da sua publicação.
(art. 1). E no exterior, 3
meses depois da
publicação.
Serve para qualquer lei.

Para corrigir os erros é


preciso de uma lei?

Se ainda não entrou em vigor (ainda no


Lei Corretiva período da vacatio), para corrigi-la, basta
publicá-la novamente.

A lei pode conter erros materiais Agora se ela já entrou em vigor, tem que
publicar uma nova lei é a chamada Lei
Corretiva. Enquanto não houver a lei, o juiz
pode corrigir a lei.

O Presidente da República não pode corrigir


(veto aditivo, modificativo), só pode aprovar
ou vetar (até parcialmente).

A contagem conta a partir


da publicação oficial do
Publicação Oficial da Lei Poder Executivo.
É no Diário Oficial do Poder Executivo. Se o município não tiver, a lei pode ser
publicada na imprensa particular. Se não houver
imprensa particular, pode ser em um local
público ou jornal vizinho ou DOE.

Ninguém pode alegar


desconhecimento
(ignorância) da lei. Exceção

Ninguém pode se escusar de obedecer a lei Artigo 8 da Lei de Contravenções Penais, se a


alegando que não a conhecia; pessoa alega que desconhecia a LCP, o juiz
pode conceber perdão judicial.
Teoria da ficção jurídica (presunção jurídica):
todas as pessoas conhecem as leis. FMB critica
a palavra presunção, pois é algo conhecido e a
maioria das pessoas não conhece.

Direito Estrangeiro
Princípio da
Obrigatoriedade das Leis
Art. 3 Direito Estadual e
Municipal
Princípio Iura Novit Curia
Se o juiz é do município, deve conhecer estas
O juiz conhece a lei, desdobramento do Exceções leis.
princípio da obrigatoriedade.

Ninguém precisa provar a existência da lei


que está em vigor.
Direito Consuetudinário
Quem o alega, tem o ônus de provar que o
costume existe:

1) Registro na junta comercial (art. 8, VI da Lei


8.934);
2) Por meio de testemunhas.

Definição

A lei permanece em vigor até que outra lei a


modifique ou a revogue.

Princípio da Continuidade Só lei revoga lei.

das Leis Lei é permanente, tem efeito indeterminado.

Art. 2

Não Aplicabilidade
O fato de uma lei não ser aplica, não significa
que a lei foi revogada.

Definição

É a restauração da vigência de uma lei


revogada em razão da revogação da lei
revogadora.

Possibilidade

Só é possível com cláusula expressa


restaurando a vigência da lei revogada.
Repristinação
Não é possível a repristinação automática,
tácita.
Está em vigor a lei A e aí vem a lei B revogando
a lei A. Depois vem a lei C e revoga a lei B.
Haveria repristinação se a lei A voltasse a ter
efeitos com a revogação da lei B.
Efeito Repristinatório
Diferenças
O efeito repristinatório, por sua vez, ocorre
quando uma norma aparentemente é
revogada por outra que, entretanto, vem a
Tanto na repristinação quanto no efeito
ser declarada inconstitucional pelo STF e,
repristinatório há a restauração da vigência de
por consequência, a sua vigência é
uma lei revogada.
restaurada.
- Repristinação: em razão da revogação da lei
A rigor, diante da inconstitucionalidade da lei
revogadora.
revogada, não havia se operado a revogação da
- Efeito repristinatório: em razão do STF ter
lei anterior, e, portanto, não é correto dizer que
declarado inconstitucional a lei revogadora.
houve a restauração da sua vigência, pois não
se pode restaurar aquilo que nunca foi
cancelado.

Lei revogada pode ser


aplicada?
Sim, para direitos adquiridos, negócio jurídico
perfeito.

Toda lei é passível de


revogação
A lei não pode coibir sua revogação

Princípio da Conciliação
ou esferas autônomas

Possibilidade de convivência de normas gerais


e especiais que versam sobre o mesmo
assunto.

Regra: norma geral não revoga norma


especial.

Exceção: lei especial às vezes revoga lei


geral e vice versa, quando trata do assunto
da lei especial ou geral.

Total (ab-rogação)
Toda a lei foi revogada.

Parcial (derrogação)
Revogação

Cessação definitiva da vigência de uma lei


em razão de uma nova lei (princípio da
Expressa (direta)
continuidade das leis).

É aquela em que a lei indica textualmente as


Espécies leis ou dispositivos que serão revogados.

O art. 9 da LC 107/01 diz que a lei deve dizer


A expressão “Revogam-se as disposições em expressamente o que será revogado.
contrário" é uma disposição inócua, só chama a
atenção para se fazer a revogação tácita, ou
seja, quer haja ou não ocorrerá.

Tácita (indireta)

Ocorre quando a nova lei é absolutamente


incompatível com a lei anterior.

Global

Quando a nova lei disciplina inteiramente a


matéria disciplinada na lei anterior. Artigos
não repetidos consideram-se revogados,
mesmo que compatíveis. Ex. Surgimento de
um novo CC.

Competência para
revogação das Leis

Federação é a autonomia reciproca entre U/E/


DF/M. Cada ente da federação tem as suas
competências.

Competência exclusiva: Não existe hierarquia


entre leis de cada um destes entes. A lei federal
não pode revogar uma lei estadual.

Competências concorrentes: competem


simultaneamente à U/E/DF. Existe uma certa
hierarquia, pois a lei federal deve versar sobre
normas gerais e os E/DF normas específicas.
Se a U não fala sobre a lei E/DF pode falar
sobre, mas se vier uma lei federal, a lei estadual
será ineficaz.

Direito Adquirido
Pode ser exercido desde já.

O direito sob termo (fato futuro e certo) também


Definição é direito adquirido.

A lei não pode retroagir para violar direito


adquirido, ato jurídico perfeito e coisa
julgada. Ato Jurídico Perfeito

Coisa Julgada

Cláusula Expressa de
Retroatividade
Essa lei irá retroagir, expresso na lei.

Exceção
Não viole Direito Adquirido, Ato Jurídico Perfeito
e Coisa Julgada.
Princípio da Segurança
Jurídica
Princípio da Estabilidade Social, art. 5, XXXVI/
Lei Penal Benéfica
CF
Retroage até para violar coisa julgada.

Retroatividade

A CF não proíbe que a lei retroaja.


Lei Interpretativa
A entendimento de que a Emenda
Constitucional pode cassar direitos adquiridos É a interpretação autêntica ou legislativa é a
(art. 5, XXXVI/CF diz que somente a lei não feita por uma nova lei.
pode). Mas o entendimento dominante é que
não pode, pois a expressão ‘lei’ é adotada em É a que esclarece o conteúdo de uma nova
sentido amplo. lei, torna obrigatória uma interpretação que já
existia.

Adota uma interpretação que já era possível


antes dela, não cria direito novo.
Automática
Retroage até a data da entrada em vigor da
lei interpretada.

Aplica aos casos pendentes de julgamento,


já os casos julgados não se aplica.

Normas de Ordem
Pública

Tem aplicação imediata e se aplica aos


negócios anteriores, segundo a jurisprudência.

Pode retroagir para violar direito adquirido e


ato jurídico perfeito. Art. 2.035, PU/CC
(princípio da função social dos contratos se
aplica aos contratos anteriores).

Caducidade
LINDB
Superveniências de uma situação
cronológica ou factual que torna a lei
Lei de Introdução às Normas do Direito inválida. Ex. Leis de vigência temporária (lei
Brasileiro (Decreto-Lei 4.657/42) orçamentária).

Auto-revogação para alguns autores, mas a


linguagem mais técnica é caducidade.

Desuso

Cessação do pressuposto de aplicação da


lei. ex. Lei que proíbe a cassa de um animal
que é extinto.

Costume Negativo

Chamado de contra legem.

É o costume que viola a lei. O costume não


revoga a lei, mas pode gerar a ineficácia de
Ineficácia uma lei. Ex. A lei proíbe o cheque pre-datado,
mas o costume consagrou.
Hipóteses
Ocorre quando a lei mantém a vigência, mas
não é aplicada.

Decisão do STF que


declara a lei
inconstitucional
A decisão do STF não revoga a lei, mas a torna
ineficaz.

Princípio da Anterioridade
da Lei Tributária
Princípio da anterioridade só pode ser aplicada
no exercício financeiro seguinte.

Lei que altera o Processo


Eleitoral
Em vigor, mas não se aplica às eleições dentro
de um ano.

Hermeneutica Jurídica

Ciência que estuda a interpretação das leis.

Objetivo

Buscar, desvendar a vontade da lei e não a


vontade do legislador. Pois a lei, uma vez
promulgada, desvilhencia da vontade do
legislador.

Funções

Tornar viável a aplicação da lei ao caso


concreto. Interpreta-se para que a lei possa ser
aplicada ao caso concreto.

É adaptar a lei à realidade atual. Toda lei


passa por uma interpretação progressiva/
evolutiva (a que adapta a lei a realidade atual);

Amenizar o rigor excessivo da lei,


interpretação-la com equidade (dulcificar a lei,
amenizar a lei).

Deve visar:
- os fins sociais (finalidade do direito, do
ordenamento jurídico); e,
- as exigências do bem comum (finalidade da
vida em sociedade).

Esses dois conceito significam a ética da vida


em comunidade.

Lei Interpretativa
Contextual

Promulgada juntamente com a lei que a está


promulgando

Legislativa (Autêntica) Lei Interpretativa


Posterior
Feita pelo próprio legislador quando edita uma
lei interpretativa, lei que esclarece outras, tem Surgiu depois;
forma obrigatória
Retroage até a data da entrada em vigor (ex
tuna) da lei interpretada;

Aplica-se aos processos em andamento


(pendentes);

Não se aplica aos casos transitados em


julgado, respeita a coisa julgada;

Não cria direito novo, só torna obrigatório


uma interpretação que antes era possível.

Quanto ao Sujeito Decisões Judiciais com


Pessoa que irá interpretar
Força Obrigatória
São os precedentes judiciais obrigatórios (927/
CPC). Devem ser seguidas por outros
magistrados:

Judicial (Jurisprudencial) - Acórdãos do STF em controle de


constitucionalidade (ADIN, ADC);

- Acordãos prolatados nos incidentes de


Feita pelos juizes e tribunais quando decidem
assunção de competência;
o caso concreto;

- Acórdãos prolatados nos incidentes de


Não tem foram obrigatória, salvo o caso
resolução de demandas repetitivas;
concreto após transitado em julgado.
Interpretação das Leis
- Decisões ou orientações do plenário ou do
órgão especial, vincula o juiz vinculado ao
É uma atividade mental que busca desvendar tribunal.
o significado da lei.
Súmulas Vinculantes do STF (cabe
Toda lei deve ser interpretada, por mais clara reclamação); Outras súmulas em matérias
que seja. constitucionais, mesmo que não vinculantes;
e Súmulas do STJ em matérias
infraconstitucional.

Doutrinária (Científica)

Feita pelos teóricos do direito;

Nunca tem força obrigatória.

Gramatical
Classificação
Ou literal, análise sintática das palavras
(significado de cada palavra);

Elemento histórico

Analisa as origens da lei, realidade social ao


tempo da lei;

O que importa é o significado atual da lei e


Quanto aos Métodos não o passado.
(Elementos, Meios)

Se houver divergência entre as duas (gramatical Lógica


e lógica), prevalece a lógica. Elemento Sistemático
Ou teleológica, mais profunda, busca a
vontade da lei ou finalidade da lei. O que leva o É aquela que coteja compara a lei interpretada
interprete a buscar a finalidade da lei? com outras leis; É sistemática, pois o direito é
Costumes, medicina, química, entre outros… um só, divide-se em ramos para facilitar;

A lei não pode se interpretada isoladamente,


para não haver contradição.

Direito Comparado
Comparada com outros países.

Declaratória

É aquela em que há uma coincidência entre o


texto da lei e a vontade da lei.

Extensiva

Quando a lei disse menos do que quis. Então


é preciso ampliar para abranger outras
situações que ela implicitamente quis dizer.
Quanto ao Resultado
É a conclusão que o interprete chegou
Restritiva

A lei disse mais do que quis. Precisa reduzir o


significado da lei.

Ab-rogante

Ocorre quando um dispositivo legal contradiz


o outro, de modo que um anula o outro. O
interprete chega a conclusão de que aquele
dispositivo não vai ser aplicado.

Falta da lei
Princípio da
Indeclinabilidade ou Não existe uma lei regulando o caso concreto
Obrigatoriedade da
Jurisdição
Lacuna da lei
O juiz é obrigado a decidir o caso concreto,
ainda que não haja lei sobre aquele assunto ou
seja lacunas. Existe a lei, mas ela não regula exatamente
aquela situação.

Conceito
Na falta ou lacuna da lei;

Integrar o ordenamento jurídico significa


preencher as lacunas ou a ausência da lei.

O ordenamento jurídico (direito) não tem


lacunas, só a lei. Direito não é só lei, tem outras
formas de expressão do direito além da lei como
a analogia, costumes e Princípios Gerais do
Direito e a equidade.

A lei não prevê esta ordem (posição correta),


mas há correntes que entendem que devem
seguir esta ordem.

A integração ocorre quando o juiz decide o caso


concreto por analogia, costumes ou princípio
geral do direito.

Legal

Aplica-se ao caso não previsto em lei uma LEI


QUE REGULA O CASO SEMELHANTE.

Qual a diferença entre a


analogia jurídica e o
Jurídica princípio geral do direito?

- O princípio geral do direito é aquele que se


Aplica-se ao caso não previsto em lei um enquadra perfeitamente ao caso concreto.
PRINCÍPIO GERAL DO DIREITO.

Analogia - Já a analogia jurídica o juiz aplica o princípio


geral do direito que não se enquadra
perfeitamente naquele caso concreto, mas
se enquadra em um caso semelhante.
Aplicar uma lei a um caso semelhante.

Supre as lacunas do Direito, por isso é uma


integração e não interpretação.

Pressuposto: haja uma lacuna ou falta da lei Normas que não admitem
regulamentando um caso concreto, isto é, caso
concreto não é regulado por lei.
analogia:
Se o caso concreto não é regulamentado por lei,
o juiz o decide aplicando uma lei que regula
caso semelhante. Leis restritivas de direito: aquelas que
proíbem determinadas condutas; com base no
princípio da legalidade, só a lei pode proibir. Ex.
Lei prevê multa para uma conduta, mas para
outra conduta parecida, não prevê. Assim, não
poderá aplicar analogia para esta semelhante.

Lei excepcional: é a que regula de modo


contrário a regra geral (abre exceções a regra
geral). Ex. Regra geral (toda pessoa é capaz),
exceções (art. 3/CC). Não se pode fazer
analogia para ampliar as exceções, pois o
pressuposto da analogia é que o fato não seja
regulado por lei, se a lei prevê exceções é
porque há lei.

Leis administrativas: as que regulam a


atividade administrativa do Estado. A legalidade
administrativa significa que o administrador só
pode fazer aquilo que a lei autoriza, então se a
lei é omissa quer dizer que ele não pode fazer.

Elemento Objetivo

Repetição do Comportamento
Espécies
Mecanismos de A4
Integração do Elemento Subjetivo
Ordenamento Jurídico
Convicção da sua obrigatoriedade.

Art. 4

Costumes Classificação

Secundum legem: é o chamado costume


Repetição de um mesmo comportamento de interpretativo (auxilia na interpretação das leis e
maneira uniforme e constante em razão da dos standard jurídicos). Ex. O que é honra;
convicção de sua obrigatoriedade. - Standard jurídico: é aquele termo genérico,
vago, de difícil definição. Ex. boa-fé; castigo
A norma costumeira é também chamada de imoderado.
norma consuetudinária. É uma norma jurídica,
forma de expressão do direito. Praeter legem: é o chamado costume
integrativo, complementar; é o que supre a falta
A lei surge abruptamente, publicada e ou a lacuna da lei;
promulgada, entra em vigor; já o costume
surge paulatinamente, torna-se uma norma Contra Legem (negativo): aquele que viola ou
jurídica na medida que a coletividade passa a contraria a lei. Via de regra, não se pode, salvo
ter consciência de que é obrigatório cumprir se a lei protege direitos patrimoniais pode gerar
aquela norma. ineficácia da lei. Ex. Cheque precatado.

Costume judiciário: é a jurisprudência,


conjunto de decisões nos tribunais no
mesmo sentido. Nem toda decisão judicial é
uma jurisprudência, para que haja a
jurisprudência é necessário que haja essa
repetições de decisões. No Brasil, o juiz não é
obrigatório a seguir jurisprudência, não tem
força vinculante, salvo algumas exceções
(súmulas vinculantes, sumulas do STF em
matéria constitucional, súmulas do STJ em
matéria infraconstitucional, acórdãos do
incidente de assunção de incompetência - basta
um acórdão, acórdãos projetados em incidentes
de resolução de demandas repetitivas, acórdão
prolatado em Recurso Especial Repetitivo,
decisões do plenário ou do órgão especial do
tribunal - basta uma decisão…).

Princípios Gerais do
Direito

Primeira corrente: são os princípios do direito


romano: viver honestamente, não lesar o
próximo, dar a cada um o que é seu.

Segunda corrente: são as premissas éticas


que inspiram a elaboração das normas jurídicas.

Terceira corrente: são os postulados básico da


organização jurídica de um país. ex. Ninguém
pode alegar a própria torpeza, contraditório.

Ele estaria legislando e


violando o princípio da
separação dos poderes?

O juiz pode elaborar uma Não, pois a norma de equidade é diferente da


lei.
norma específica para um
A lei é genérica e se dirige a todas as pessoas
caso concreto? e a norma de equidade é individual se dirige
aquele caso concreto.

Pode, desde que cumprido tais requisitos:

- Não haja lei regulando o caso concreto (fato


Conceito não esteja regulado por lei), salvo se a
própria lei autorize (art. 723, PU/CPC - nos
Como ele elabora essa
Varia conforme a função:
procedimentos de jurisdição voluntaria o juiz
pode decidir por equidade se afastando dos
norma por equidade?
rigores da lei);
Equidade - Na elaboração das leis: significa justiça,
elaborar a lei com justiça; Partindo de um raciocínio jurídico universal
- Não seja possível a analogia, costumes e
(científico), isto é, com base nos princípios
PGD, é o último recurso;
- Interpretação das leis: o juiz deve decidir existentes no ordenamento jurídico.
Não está prevista na lei;
com base na equidade (suavizar o rigor
excessivo da lei adaptando ao caso concreto); Proibido equidade cerebrina: é a falsa
equidade, norma elaborada com base nas
- Aplicação do Direito: norma individual que o convicções pessoas, filosóficas do juiz.
juiz elabora para aquele caso concreto como se
fosse o legislador (Aristoteles). Não cria um direito novo.

O juiz pode decidir por


equidada?

Na sua função de interpretação das leis,


sempre deve decidir por equidade,
analisando o rigor excessivo da lei. Já na
função de elaboração da lei, em regra não,
salvo se cumprir dois requisitos: não haja lei
regulamento o caso em concreto e não for
possível os métodos de integração.

Juiz deve deixar de


aplicar uma lei
inconstitucional;
Não é novidade, pois qualquer juiz pode fazer o
controle difuso de constitucionalidade.

Juiz deve interpretar a lei


de acordo com os fins
sociais e as exigências
do bem comum.
Justiça Alternativa (A5)
Também não é novidade, art. 5/LINDB.
É o movimento do poder judiciário do Rio
Grande do Sul;

Preconiza que o direito deve ser aplicado


mediante duas premissas: Novidade
O modelo tradicional de aplicação do direito
torna a norma como objeto principal e verifica-
se se a norma se enquadra naquele fato/

A justiça alternativa prega como objeto


principal o fato e verifica se o fato enquadra-
se naquela norma.

Os juizes alternativos partem do princípio de


que toda norma visa regular uma situação
padrão que normalmente acontece. E eles
deixam de aplicar a norma quando um fato
concreto destoa daquela situação padrão.
Ex. Inquilino que não paga aluguel é despejado.
Mas, se a inquilina for uma viuva doente com 10
filhos, seria desumano para o juiz alternativo
(afasta a lei em determinadas situações).

Hierárquico

A norma superior prevalece sobre a norma


inferior. Ex. CF prevalece sobre as leis; leis
sobre ato administrativo…

Critérios Especialidade
Ordem de preferência: hierárquico, A norma especial prevalece sobre a norma
especialidade e cronológico. geral.

Cronológico

A norma posterior revoga a anterior quando


estiverem no mesmo nível hierárquico.
Respeitando-se os casos de direito adquirido.

Primeiro Grau
Quando a solução é por apenas um desses
critérios.

Hierárquico x
Cronológico
Aparente
Há uma norma constitucional anterior e depois
Aquela em que a solução do caso concreto é vem uma lei posterior dizendo diferente da
feita com base nos seguintes critérios: constituição;
hierárquico, especialidade ou cronológico.
Prevalece o critério hierárquico.

Antinomia

Conflito entre duas ou mais normas Especialidade x


jurídicas. Ocorre quando o fato concreto
aparentemente enquadra-se em mais de uma
Cronológico
norma jurídica.
Norma especial anterior e uma norma geral
posterior.
Segundo Grau, Aparente
Prevalece a especialidade.

É o conflito entre esses critérios.

São dois conflitos, por isso que é de segundo


grau:
- Primeiro: conflito entre as normas;
Primeira Corrente
- Segundo: conflito entre os critérios.
Prevalece o critério hierárquico (Norberto
Bobbio)
Especialidade x
Hierárquico

O caso concreto se enquadra no artigo da


Segunda Corrente
Constituição, mas também em uma lei ordinária
específica. Ex. Art. 7, XXVII/CF - O empregador
Helena Diniz diz que quando há um conflito
só indeniza acidentes do trabalho em que ele
entre o critério hierárquico e o da especialidade,
teve dolo ou culpa. Assim, o acidentado tem que
não é possível se saber qual prevalece.
provar esse dolo e culpa; já o art. 927, PU/CC -
quem exerce uma atividade de risco tem que
indenizar independente de culpa É preciso analisar o caso concreto para
(responsabilidade objetiva) verificar o que é mais justo.

No exemplo citado, prevalece o Código Civil,


pois estranhos não precisam provar dolo e
culpa, mas os empregados tem que provar
culpa? Violaria o princípio da isonomia.

Real, Lacuna de Colisão O juiz soluciona pelo


Princípio da Suprema
O conflito não é solucionado pelos critérios Justiça
da antinomia aparente.

Não é possível determinar qual norma será O juiz escolhe a norma que acha mais justa
aplicada, diferente da antinomia aparente. para o caso concreto e afasta a outra.

Existe uma lei que tem um artigo que se aplica a Se ele não se convence sobre qual
um caso e há outro artigo que se aplica ao prevalece, tenta solucionar pela analogia,
mesmo caso. costumes e princípios gerais do direito e se
não possível, soluciona pela equidade.

Você também pode gostar