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SUMÁRIO
6. HIPOTERMIA .......................................................................................................... 25
7. HEMORRAGIA ......................................................................................................... 27
8. FRATURA ................................................................................................................... 34
9. AMPUTAÇÃO .......................................................................................................... 37
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1. NOMENCLATURA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
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Broncoespasmo: espasmo dos músculos bronquiais.
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Ferida: solução de continuidade da pele, de mucosas, de serosas, que
espontaneamente evolui para cicatrização.
Filiforme: fino, em forma de fio.
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Melena: evacuação sanguínea, dejeção negra que recorda a consistência e a
cor de borra de café.
Mioplegia:paralisia muscular.
Mialgia: dor muscular.
Midríase:dilatação da pupila.
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Precordial:situado ou que ocorre diante do coração; epigástrio e superfície
anterior da parte inferior do tórax.
Precordialgia: dor na região precordial.
Prurido:coceira, comichão.
Ptialismo:salivação exagerada.
Regurgitação:retorno dos alimentos do estômago ou do esôfago á boca, sem
esforço de vômito.
Ressecamento: obstipação, prisão de ventre habitual.
Seborréia: secreção exagerada das glândulas sebáceas, especialmente do
couro cabeludo.
Sialorréia: fluxo exagerado da saliva; salivação.
Síncope: desfalecimento, perda súbita dos sentidos.
Taquicardia: aceleração das pulsações cardíacas, acima de 85bpm, no adulto.
Taquipnéia: respiração acelerada, que se apresenta em condições fisiológicas
ou patológicas.
Torpor: estado de sonolência, de apatia.
Ùlcera: solução de continuidade da pele, de mucosas, de serosas de órgãos,
coim perda de substância.
Vasoconstrictor: diz-se do agente ou nervo que estreita o calibre dos vasos.
Vasodilatador: diz-se do agente ou nervo que aumenta o calibre dos vasos.
Vertigem:perda ou perturbação do equilíbrio, com sensação de instabilidade
do corpo e dos objetos circundantes.
Vesical:referente à bexiga.
Volemia:nome com que também se conhece a massa total do sangue.
Xifóide: apêndice osteocartilaginoso que remata o esterno na parte inferior.
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universalidade do acesso, a equidade na locação de recursos e a integralidade
na atenção prestada.
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• RESGATE: Consiste na retirada do indivíduo do local, por vezes de
difícil acesso, de onde o mesmo não possa sair sozinho sem segurança,
pode ser necessário de uso de materiais e equipamentos especiais para
realizar esses procedimentos.
• Promoção e prevenção
• Sala de estabilização
• FN/SUS(Força Nacional do Sistema Único de Saúde)
• Samu 192
• UPA 24hrs (Unidade de Pronto Atendimento)
• Atenção Hospitalar
• Atenção domiciliar
PORTARIA N 1601, DE 7 DE JULHO DE 2011
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atendimento(UPA -24hs) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas de rede
de atenção às urgências em conformidade com a política nacional de atenção
às urgências.
REDE HOSPITALAR
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vida, como material para pequenas cirurgias, toda medicação utilizada na
emergência, cateteres, sondas, aspirador de parede e aspirador cirúrgico,
oxímetro de pulso, aparelhos para ventilação mecânica, aparelhos de
monitorização e desfibrilação cardíaca, bomba de infusão, enfim, todo o tipo de
material necessário para a reanimação e estabilização do paciente.
EQUIPE DE ENFERMAGEM
Deve estar sempre preparada para, sem conhecimento prévio do paciente,
atender às mais variadas emergências, seguindo sempre a sistematização do
atendimento inicial, conhecendo e utilizando sempre de todo o material
disponível.
CARACTERÍSTICAS DA EQUIPE:
• Capacidade altamente desenvolvida.
• Conhecimento profundo em áreas clínicas e cirúrgicas.
• Habilidade de avaliação, julgamento e priorização.
• Rapidez e agilidade.
• Desejo expresso de trabalhar nessa área.
SALA DE EMERGÊNCIA
O atendimento ao paciente grave exige a necessidade de atitudes decisivas e,
portanto de uma grande capacidade de julgamento dos profissionais
envolvidos.
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No passado, a arte do diagnóstico, a conduta no tratamento e o prognóstico do
paciente dependiam exclusivamente do médico, assim como a organização do
serviço e até mesmo o treinamento de todos os profissionais nele envolvidos.
Atualmente sabemos que o enfermeiro participa cada vez mais deste processo
e está cada vez mais ativo dentro dos serviços de urgência e emergência e em
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• A instalação elétrica deverá incluir iluminação geral e especial, tomadas,
sinalização e telefones.
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS:
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6- o suprimento de medicamentos deve ser previsto como base acústica
do serviço e mediante consulta à equipe médica. Mantê-los agrupados,
com identificação em destaque.
CARRINHO DE EMERGÊNCIA
JUNTO AO CARRINHO:
• Tábua de compressão torácica
• Desfibrilador
• Monitor
DESFIBRILADOR
Desfibrilador - é um aparelho elétrico com dois eletrodos que são colocados
sobre o peito do paciente. Ele descarrega eletricidade no coração quando é
indicada uma frequência fatal. O objetivo é dar choques no coração para que
ele volte ao normal. As arritmias fatais incluem fibrilação ventricular (batimentos
cardíacos rápidos, descoordenados e não sincronizados) eTaquicardia
ventricular (batimentos cardíacos rápidos que impedem o coração de bombear
adequadamente). Também pode ser usado em frequências menos perigosas
para fazer o coração voltar ao ritmo normal.
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IMPORTANTE: A ordem de disposição dos materiais do carrinho de
emergência pode variar de instituição para instituição, por vários fatores, como:
modelo do carrinho de emergência e protocolo institucional.
1ª Gaveta:
Na primeira gaveta do carrinho de emergência, deverá conter todos os
medicamentos de modo organizado, preferencialmente em ordem alfabética e
seus diluentes.
Ø Adalat/Mifedipina 10 mg
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Ø Adrenalina/Epinefrina 1 mg
Ø Atropina 0,25 mg/1ml
Ø Adenosina 6mg/2ml
Ø Aminofilina 240 mg
Ø Ancoron/ Amiodarona 5 mg
Ø Berotec
Ø Benadryl 50 mg/1ml
Ø Bricanyl 0,5 mg
Ø Bicarbonato de sódio a 8,4%
Ø Cedilanide/Lanatosídio C 0,4 mg
Ø Cloreto de Potássio (KCL) 10%
Ø Cloreto de sódio 20%
Ø Cortisonal 100 mg e 500mg
Ø Diempax 10 mg/2ml
Ø Diazepam 10mg
Ø Dobutamina
Ø Dopamina/Revivan 50 mg
Ø Etomidato
Ø Fentanil
Ø Furosemida/Lasix 20 mg
Ø Gadernal/Fenobarbital 200 mg
Ø Glicose hipertônica À 50%
Ø Gluconato de cálcio à 10%
Ø Haldol/Halopiridol 5 mg
Ø Hidantal/Fenaltoína sódica 50 mg
Ø Heparina/Liquemine 500 UI
Ø Hidrocortisona/Solu-cortef 500 mg
Ø Isordil 10 mg
Ø Morfina
Ø Narcan
Ø Nitroprussiato de sódio
Ø Noradrenalina 1mg/ml
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Ø Midazolan/Dormonid 5 e 15 mg
Ø Prometazina/Fernegan 50 mg
Ø Salbutamol
Ø Sulfato de magnésio 50%
Ø Sustrate
Ø Streptoquinase
Ø Seloken
Ø Quelicin
Ø Xylocaína
3ª Gaveta
Na terceira gaveta, em alguns hospitais, os mesmos optam por possuir kits
para facilitar o atendimento nas intercorrências, por exemplo:
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Kit Noradrenalina
Kit Tridil (Nitroglicerina)
Kit Revivan (Dopamina)
Kit Nipride (Nitroprussiato de sódio)
Kit Dobutamina
4ª Gaveta
Kit Passagem de Cateter Venoso Central
Kit Toracocentese
Kit Intubação (Ambu, Fio guia, Gaze, Tubo orotraqueal 7,0, Tubo orotraqueal
7,5, Tubo orotraqueal 8,0, Luvas estéril 7,5 e 8,0, Cânula de Guedell,
Laringoscópio diversos tamanhos, Pilhas reserva)
Kit sondagem Nasoenteral
Kit sondagem Nasogástrica (SNG nº 12, nº 14, nº 16, Xylocaína gel, Coletor
Sistema Aberto, Gaze e Seringa de 20 ml)
Kit sondagem Vesical (Seringa 20 ml, Xylocaína, Coletor Sistema Fechado,
Gaze, Clorexidina, Agulha 40 x 12, Luva estéril 7,5 e 8,0 e AD 10 ml).
Kit aspiração
Fios de sutura
Kit nebulização (Água destilada 500 ml, Nebulizador completo (máscara +
traquéia))
Máscara de venturi
Kit Umidificador (Cateter O2 tipo óculos, Umidificador, Extensão de O2, Água
Destilada 125 ml)
Kit Intracath
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registrada, datada e assinada em impresso próprio. Após o uso da medicação,
o material deverá ser reposto mediante prescrição médica devidamente
checada pela enfermagem, materiais com pedido do(a) enfermeiro (a). No caso
de psicotrópicos, faz-se necessário o uso de receita branca. A conferência do
cardioversor deve ser realizada diariamente pelo(a) enfermeiro (a), e registrado
em impresso próprio.
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• Em atividades de pesca, manusear cuidadosamente os peixes durante
sua retirada do anzol ou rede;
CONDUTA
• Procurar atendimento médico imediatamente
• Lavar o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-
vivas ou caravelas)
• Retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis,
fitas amarradas e calçados apertados.
• Não amarrar (torniquete) o membro acometido e, muito menos, cortar e/ou
aplicar qualquertipo de substância (pó de café, álcool, entre outros) no local da
picada;
• Em casos de acidentes com águas-vivas e caravelas, primeiramente, para
alívio da dor inicial, usar compressas geladas de água do mar (ou pacotes
fechados de gelo – “cold packs” – envoltos em panos, se disponível).
Desmaio - síncope
Pode ser precipitado por nervosismo, dores fortes, esforço físico excessivo, má
alimentação, calor excessivo, falta de sono, mudança postural rápida, além de
ser intercorrência de muitas outras doenças.
Sinais e sintomas
CONDUTA:
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1. Deitar a pessoa no chão, de barriga para cima, e colocar as pernas
mais altas que o corpo e a cabeça, cerca de 30 a 40 centímetros do
chão; para aumento de retorno venoso;
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CONDUTA
• Mantenha-se calmo e acalme e afaste as pessoas ao seu redor;
• Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão;
• Acomode o indivíduo em local sem objetos dos quais ela pode se debater e
se machucar;
• Utilize material macio para acomodar a cabeça do individuo, como por
exemplo; um travesseiro, casaco dobrado ou outro material disponível que
seja macio;
• Posicione o indivíduo de lado de forma que o excesso de saliva ou vômito
(pode ocorrer em alguns casos) escorra para fora da boca;
• Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa respire melhor;
• Permaneça ao lado da vítima até que ela recupere a consciência;
• Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir cansada e confusa,
explique o que ocorreu e ofereça auxílio para chamar um familiar. Observe a
duração da crise convulsiva, caso seja superior a 5 minutos sem sinais de
melhora, peça ajuda médica.
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Embora a perda de consciência seja a causa mais frequente de obstrução das
vias aéreas (pela queda da língua), a obstrução por corpos estranhos pode
provocar a perda de consciência e parada cardiopulmonar. A eventualidade de
corpos estranhos obstruindo as vias aéreas ocorre mais frequentemente
durante as refeições, mas outras causas de obstrução incluem próteses
dentárias deslocadas, fragmentos dentários, sangue, secreções (saliva,
vômito), balas etc. Em lactentes ou crianças, as causas mais frequentes são
aspiração de pequenos objetos ou leite regurgitado.
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• Sempre encaminhe a vítima ao médico após a aplicação da manobra de
Heimlich.
• Localizar o umbigo.
• Colocar a mão fechada 1 dedo acima do umbigo. A mão do
socorrista em contato com o abdome da vítima está com o punho
fechado e o polegar voltado para dentro. A outra mão é colocada
sobre a primeira.
• Aplicar 5 compressões abdominais sucessivas, direcionadas para
cima.
• Conferir se a vítima voltou a respirar expelindo o objeto.
6. HIPOTERMIA
TIPOS:
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HIPOTERMIA LEVE (32-35ºc)
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7. HEMORRAGIA
Hemorragia é o extravasamento de sangue de vasos sanguíneos
A hemorragia pode ser externa (sangue sai para fora do corpo) ou interna
(sangue sai de dentro dos vasos sanguíneos, porém fica preso no corpo).
Classificação Clínica
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Sinais e 5 sintomas de hemorragia interna podem ser os mesmos
encontrados na hemorragia externa, e, ainda:Contusões; - Dor
abdominal; - Rigidez ou flacidez dos músculos abdominais; - Eliminação
de sangue através dos órgãos que se comunicam com o exterior, como:
nariz e/ou pavilhão auditivo, vias urinárias, vômito ou tosse com
presença de sangue.
CONDUTA:
2. Elevação de membro.
4. Torniquete
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recomendam essa técnica funciona da seguinte forma: Eleve o membro de
modo que o ferimento fique acima do nível do coração. Essa técnica pode
ser usada em conjunto com a pressão direta nas hemorragias de membro
superior ou inferior. Os efeitos da gravidade vão ajudar a diminuir a pressão
do sangue, auxiliando no controle da hemorragia. Lembre-se que, essa
técnica não deve ser empregada quando houver suspeita de fratura,
entorse ou luxação.
Tratamento pré-hospitalar:
- Efetue hemostasia;
- Afrouxe roupas;
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- Ministre oxigênio suplementar, se necessário, de acordo com saturação de
O2;
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• Uma bandagem larga deve ser dobrada até que fique com
aproximadamente 10 cm de largura. Amarre esta atadura larga, duas vezes
ao redor da extremidade lesada;
• Dê um nó firme na atadura. Coloque um bastão de madeira ou outro
material similar sobre o nó e amarre novamente com um segundo nó firme;
• Utilize o bastão de madeira como uma manivela para rodar e apertar a
atadura;
• Aperte o torniquete até o sangramento cessar. Uma vez controlada a
hemorragia, não rode mais o bastão e mantenha-o firme no lugar.
TIPOS DE HEMORRAGIAS
EPISTAXE
Conduta:
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HEMOPTIASE
Hemorragia pulmonar. Expectoração de sangue da árvore bronco pulmonar.
A hemoptise maciça com sangramento maior que 600 ml por 24 horas é uma
emergência, mesmo a hemoptise leve (pequena quantidade de sangue
misturada com muco, requer avaliação).
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Oxigênio suplementar.
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• Transferir para hospital de referência todos os pacientes com hemoptise
grave ou moderada, considerar admissão em terapia intensiva.
HEMATÊMESE
DIAGNÓSTICO
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
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• Puncionar veia de grande calibre e providenciar coleta de sangue para
provável hemotransfusão e exames laboratoriais, como hematócrito e
hemoglobina;
• Controlar parâmetros hemodinâmicos.
8. FRATURA
Perda da continuidade óssea por acidente, podendo danificar o tecido muscular
e os nervos.
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nervos e artérias, melhora da perfusão, redução de hemorragias, facilita a
colocação da tala e reduz a dor.
CONDUTA:
1. Realizar avaliação primária
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6. Avaliar pulso periférico e perfusão, sensibilidade e mobilidade.
LUXAÇÃO
É a separação de dois ou mais ossos da articulação, resultante da significativa
ruptura dos ligamentos que normalmente conferem estabilidade à articulação.
A suspeita de luxação deve ser imobilizada na posição encontrada. A
manipulação cuidadosa da articulação pode ser feita para restaurar o fluxo
sanguíneo quando o pulso é ausente ou fraco. Durante o transporte, gelo ou
compressas frias podem ser utilizados.
• Nunca tente colocar o osso no lugar, pois isso pode agravar a lesão e
causar contaminação;
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• A imobilização pode ser feita com estruturas rígidas, como talas, tiras de
papelão, revistas, cabo de vassoura ou mesmo com a parte íntegra do
corpo da vítima (Exemplo: usar uma perna para imobilizar a outra).
DISTENSÕES
São lesões nas quais ligamentos são estendidos ou lacerados, provocados
pela súbita rotação da articulação, caracterizadas por dor intensa, aumento do
volume e, ocasionalmente, hematomas.
ENTORSE
É uma lesão que ocorre quando se ultrapassa o limite normal de movimento de
uma articulação(Hiperextensão, por exemplo). Normalmente, ocasiona
distensão dos ligamentos e da cápsula articular e, consequentemente, dor
intensa ao redor da articulação, dificuldade de movimentação em graus
variáveis e, às vezes, sangramentos internos.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
• Orientar: repouso por três dias, aplicação local de gelo, elevação do
membro afetado e proteção articular com imobilizador (bandagem
compressiva, por exemplo) ou tala gessada.
• Orientar a fazer o uso da medicação corretamente conforme prescrição
médica.
9. AMPUTAÇÃO
Amputação é a perda de parte ou de todo o membro, e avulsão envolve a
remoção de tecidos moles.
Quando o tecido foi totalmente separado de um membro, este fica
completamente sem nutrição e oxigenação. Importante destacar que o risco de
hemorragia é maior em amputações incompletas, uma vez que quando um
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vaso é apenas parcialmente seccionado, as duas extremidades podem não se
retrair, e o sangue continua a sair pela abertura.
O membro perdido na cena deve ser localizado, para possível reimplante, mas
somente após a realização da avaliação primária e tratamento das lesões com
risco de morte. Os princípios para cuidar de uma parte amputada incluem:
SÍNDROME COMPARTIMENTAL
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acometido. Os outros três sinais – ausência de pulso, paralisia e palidez – são
achados tardios, que indicam alto risco de necrose muscular. Os
compartimentos também podem ser extremamente tensos e firmes à palpação.
SÍNDROME DE ESMAGAMENTO
• Soterramento prolongado;
• Lesão traumática à massa muscular;
• Comprometimento da circulação na área afetada.
Como a lesão muscular também libera potássio pode surgir arritmias cardíacas
que podem ser fatais. A urina apresenta coloração de chá ou refrigerante à
base de cola graças à mioglubinúria.
O principal fator na melhora do prognóstico é a instituição precoce e agressiva
de reanimação fluida, pois quando não realizada adequadamente, a vítima
pode evoluir para parada cardiorrespiratória.
CONDUTA:
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2. Oferecer o2 suplementar por máscara não reinalante 10 a 15 l/min se sato2
< 94%.
CLASSIFICAÇÃO DO CHOQUE
Os estados de choque podem ser classificados de acordo com a etiologia e o
padrão hemodinâmico.
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CHOQUE HIPOVOLÊMICO
É um distúrbio agudo da circulação, caracterizado pela queda real do volume
circulante, ocasionandoo desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio
para os tecidos.
PRINCIPAIS CAUSAS
As principais causas são hemorragias, vômitos, diarreias, diurese maciça e
queimaduras e pode ser classificado em quatro classes de acordo com a
porcentagem de perda de sangue.
CONDUTA:
No atendimento pré-hospitalar são mantidas as prioridades ABCDE do trauma
com foco na garantia deoxigenação.
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Promoção do conforto
CHOQUE CARDIOGÊNICO
É caracterizado pela “falha da bomba cardíaca”, isto é, pela incapacidade de o
miocárdio realizar o débito cardíaco eficaz para proporcionar a demanda
metabólica do organismo, gerando hipoperfusão tecidual generalizada:
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CHOQUE ANAFILÁTICO
É causado por uma reação alérgica grave desencadeada podendo ser por
vários agentes.
CHOQUE NEUROGÊNICO
O choque neurogênicoé um tipo de choque distributivo, no qual a vasodilatação
ocorre como consequência de uma perda do equilíbrio entre as estimulações
parassimpática e simpática. Comum no cenário do trauma em lesões
toracolombares. Não há estreitamento da pressão de pulso e possui como
características que o diferenciam dos outros tipos de choque a bradicardia,
pele rósea e quente.
CHOQUE SÉPTICO
A sepse é definida como a presença, provável ou confirmada, de infecção junto
a manifestações sistêmicas de infecção.
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A sepse grave é definida como sepse associada à disfunção de órgãos ou
hipoperfusão caracterizada por hiperlactatemia.
O choque séptico é definido como hipotensão induzida por sepse (PAS < 90
mmhg ou PAS < 70mmhg, ou PAS com diminuição de 40 mmhg ou dois
desvios padrão abaixo do normal, excluídas outras causas de hipotensão)
persistente apesar da ressuscitação fluida adequada.
CHOQUE OBSTRUTIVO
O choque obstrutivo ocorre quando existe uma oclusão ao fluxo de sangue nos
grandes vasos.
• TAMPONAMENTO CARDÍACO:PERICARDIOCENTESE;
• EMBOLIAPULMONAR: ANTICOAGULAÇÃO SISTÊMICA E
TROMBÓLISE;
• PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO: TORACOSTOMIA OU
DESCOMPRESSÃO TORÁCICA.
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CONSEQUÊNCIAS DO CHOQUE
Por se tratar de um problema multissistêmico, o choque pode trazer
repercussões em todos os sistemas orgânicos:
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CAUSAS
Vasoespasmos coronariano por uso de drogas e embolia coronária
(Endocardites)
FATORES DE RISCO
• Idade homens> 45 e mulheres> 55
• Aumento do colesterol LDL e HDL diminuído, história familiar
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• Tabagismo
• Obesidade
• Has (Hipertensão Arterial Sistêmica)
• DM (Diabete Mellitus)
• Sedentarismo
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
MARCADORES CARDÍACOS
• CREATINOQUINASE [CK]
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• ISOENZIMAS DA CK (CK-MB)
• PROTEÍNAS (MIOGLOBINA, TROPONINA TETROPONINA I).
TROMBOLÍTICOS -OBJETIVO
• dissolver o trombo da artéria e restabelecer o fluxo sanguíneo, ↓o infarto e
preservar a função miocárdica.
TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO
• 30 min (tempo porta agulha) até 6hs do início dos sintomas.
INDICAÇÕES
• Dor torácica, sem melhora com nitroglicerina e alteração no ECG.
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OBJETIVO
Imediata desobstrução mecânica (balão) ou por stent parareperfusão do
miocárdio.
ACESSO
Mais comum femural ou braquial
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• Pneumonia aspirativa;
• Pneumonite por irradiação
ETIOLOGIAS CARDÍACAS
• Infarto agudo do miocárdio
• ICC crônica (Insuficiência Cardíaca Congestiva ).
SINAIS E SINTOMAS
1 Agitação psicomotora – redução de O2 cerebral;
2- Dispneia – tosse com secreção rósea espumosa
3- Alteração do nível de consciência;
4- Distensão das veias do pescoço
5- Sensação de morte iminente;
6- Intolerância ao decúbito baixo;
7- Pele fria, palidez (pele acinzentada),
8- Cianose, diaforese;
9- Diminuição na sO2
10- Utilização de musculatura acessória.
TRATAMENTO
• Oxigenioterapia
• Diuréticos
• Morfina
• Nitroprussiato de sódio
• Dobutamina
• Nitroglicerina ou nitratos
• Ventilação mecânica não invasiva
• Intubação e ventilação mecânica
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
1- Administração de medicamentoslV;
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2- Assistência na oxigenoterapia;
3- Assistência na intubação e ventilação se houver insuficiência
respiratória;
4- Colocar o paciente em uma posição ereta;
5- Assegurar acesso venoso calibrosos para a administração dos
medicamentos;
6- Coletar amostras de sangue para exames laboratoriais e gasometria;
7- Monitorar o nível de consciência e tempo de enchimento capilar;
8- Acompanhar ECG e SSVV.
14. HIPOGLICEMIA
Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicoscom ou sem sintomas para
valores abaixo de 70 mg/dl;
CAUSAS
Descompasso no horário da ingestão alimentar → pico de ação da insulina,
agente hipoglicemiante oral, sexo masculino, níveis menores de hemoglobina
glicada e maior duração da doença.
CLASSIFICAÇÃO:
Hipoglicemia leve - •sinais e sintomas → oriundos ativação do SN simpático:
palidez, sudorese, tremores, taquicardia, palpitação, nervosismo e fome.
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CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
PACIENTE CONSCIENTE
• Administraçãode 15-20 g de carboidrato de ação rápida;
• Repetição do tratamento em 10 - 15 min. – caso não haja melhora;
• Administração de mais alimentos de ação prolongada → combinação de
carboidratos e proteínas ou gorduras após os sintomas recuarem.
• Notificação imediata (se o paciente estiver fora do hospital) se os
sintomas não recuarem após 2 ou 3 administração de carboidratos de
ação rápida.
PRINCIPAIS CAUSAS
Diminuiçãoou omissão da dose de insulina, doença ou infecção, diabetes não
diagnosticado e não tratado, medicações hiperglicemiantes, intercorrências
graves (IAM, AVC e traumas).
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• Dor abdominal taquipnéia hálito cetônico
• Fadiga e fraqueza
• Diurese ↑ alteração do nível de consciência
• Arritmia cardíaca
• Convulsão visão turva
• Hiperventilação desidratação
DIAGNÓSTICO
• Hiperglicemia - (glicemia maior de 250 mg/dl),
• Cetonemia e acidose metabólica (PH <7,3 e bicarbonato <15 me/l)
COMPLICAÇÕES
Esse quadro pode se agravar, levando a complicações como choque, distúrbio
hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de
angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.
TRATAMENTO
1- Reidratação: aumenta a excreção de glicose pelos rins.
2- Restauração dos eletrólitos: principalmente o potássio
3- Reversão da acidose: é revertida com insulina
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Assegurar permeabilidade das vias aéreas;
• Administrar oxigênio;
• Estabelecer acesso venoso calibroso;
• Iniciar reposição volêmica com SF 0,9%;
• Iniciar insulinoterapia em bolus e por infusão contínua.
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16. PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
O QUE É PCR?
Definição de PCR (Parada Cardio - Respiratória): Ausência de batimentos
cardíacos capazes de gerar pulso central, ausência de Consciência,ausência
de movimentos respiratórios efetivos, ausência de pulso periférico.
Outro exemplo de causa de PCR ocorre quando perdemos muito líquido, seja
por desidratação, sangramento ou infecção grave.
Quando o choque hipovolêmico é muito intenso, ou seja, a quantidade de
líquido perdido é muito grande, não haverá sangue suficiente retornando ao
coração. Consequentemente o coração não terá como bombear o sangue
(apesar da atividade elétrica estar normal), levando a uma PCR.Ainda existe
uma quarta possibilidade. Neste caso, toda a atividade elétrica do coração
desaparece e o coração fica “desligado”. Sendo assim, o miocárdio passa a
não receber estímulos para contrair e consequentemente permanece
totalmente sem movimento.
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Existem quatro ritmos de PCR. Algumas situações de PCR o coração está sem
movimento e em outras ele está em movimento, porém não possui acapacidade
de bombear o sangue ou possui essa capacidade, porém não tem o que
bombear.
ASSISTOLIA:
A assistolia caracteriza um ritmo de PCR no qual não existe atividade
elétrica. Neste caso o coração não apresenta movimentação.
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ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP)
Neste ritmo a atividade elétrica pode estar totalmente normal, porém por algum
outro motivo (hipovolemia, por exemplo) o coração não está bombeando o
sangue. Por isso, apesar de parecer ser um ritmo com pulso,não é!
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em movimento o bombeamento não ocorre assim como na taquicardia
ventricular.
Desfibrilação elétrica
É um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente
elétrica contínua não sincronizada no músculo cardíaco. • Esse choque
despolariza em conjunto todas as fibras musculares do miocárdio, tornando
possível a reversão de arritmias graves como TV e a FV, permitindo ao nó
sinusal retornos a geração e o controle do ritmo cardíaco.
Cardioversão elétrica
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pelo fato da função do choque ser de parar o coração, ou seja, zerar a
atividade elétrica anteriormente desorganizada. Desta forma, nosso
marcapasso natural, o nó sinusal terá uma maior probabilidade de reassumir
um ritmo eficaz que gere pulso central.
DESFIBRILACÃO X CARDIOVERSÃO
DESFIBRILAÇAO: uma descarga elétrica com a função de parar o coração, ou
seja, organizar as células cardíacas que se encontram desorganizadas.
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A não identificação desses sinais de PCR representa a primeira indicação para
não iniciar a RCP.
Além disso, existem mais 5 situações no SBV, que autoriza o socorrista a
não iniciar a RCP
• Decapitação
• Carbonização
• Evisceração
• Decomposição
• Rigor mortis (rigidez cadavérica)
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
A AHA criou a cadeia na sobrevivência para pacientes vítimas de PCR,
representando as 5 etapas fundamentais para a sobrevida dos pacientes
vítimas de PCR
59
1.Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência
2.RCP imediata de alta qualidade
3- Rápida desfibrilação
4.Serviço médico básico e avançado de emergência
5.Suporte avançado de vida e cuidados pós PCR
AVALIAÇÃO INICIAL
60
1- CHECAR A SEGURANÇA DO LOCAL
2- CHECAR A RESPONSIVIDADE
3-CHECAR A RESPIRAÇÃO
61
4- PEDIR AJUDA
Idealmente deveria ter um DEA por perto para que a desfibrilação não
seja retardada (3º elo da cadeia da sobrevivência).
62
63
COMPRESSÕES CARDÍACAS
Para falar das compressões, vamos relembrar das leis de Isaac Newton:
Toda objeto que está em repouso tende a continuar em repouso, todo objeto
que está em movimento tende a ficar em movimento.
VENTILAÇÕES NO SBV
Para ventilar um paciente em parada cardiorrespiratória no suporte básico de
vida, existem três formas:
1. BOCA A BOCA
64
2. DISPOSITIVO VÁLVULA MÁSCARA (POCKET-MASK)
3. DISPOSITIVO BOLSA-VÁLVULA-MÁSCARA (AMBU)
65
66
MAIS DE 1 SOCORRISTA NA CENA
67
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO – DEA
PASSO A PASSO
O PASSO A PASSO PARA O USO DO DEA É MUITO SIMPLES. DEVEMOS
AGIR DE FORMA RÁPIDA E PRECISA.
68
LINDOCAINA: Antiarrítmico e vasodilatador–inibidor de canal de sódio e
potássio.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
ATENDIMENTO PCR TV OU FV
Choque..........compressões x ventilações.........adrenalina 1 mg
Choque..........compressões x ventilações.........adrenalina 1 mg
Choque..........compressões x ventilações.........adrenalina 1 mg
69
Obs:ADMINISTRO AMIODARONA SOMENTE 2 VEZES
PACIENTE REANIMA
A segunda situação que autoriza o socorrista a interromper a RCP é quando o
paciente reanima.
É importante salientar que reanimar significa que o paciente tosse, respira ou
se movimenta.
Quando o paciente reanima o paciente deve ser colocado na posição lateral de
segurança e deve ser monitorizado continuamente até a chegada do suporte
avançado. O paciente corre o risco de ter uma nova PCR a qualquer momento.
EXAUSTÃO
O socorrista exausto está autorizado a interromper a RCP.
Aqui devemos salientar que exaustão é diferente de cansaço.
70
Costumo definir exaustão como o nível de cansaço que você
interromperia os esforços caso a vítima fosse a pessoa mais
querida de sua vida.
Sempre que houver mais de um socorrista na cena, é imprescindível
revezar as compressões a cada 2 min ou 5 ciclos de 30:2 no máximo!
Exaustão = cansaço
AMBIENTE DE RISCO
Caso um ambiente inicialmente seguro, evolua para um ambiente de
risco ou zona quente, durante o atendimento, o socorrista está
autorizado a interromper a RCP para preservar a sua integridade.
Quando a vítima for uma criança pequena, e for possível transportar
essa vítima com facilidade, o socorrista poderá realizar o transporte
para um local mais seguro, ou zona fria.
Exemplos de zona quente no APH são incêndios, riscos de
explosão, tiroteios, rodovias com movimento de automóveis entre
outros.
MUDANÇA DE PRIORIDADE
71
AFOGAMENTO
SINAIS E SINTOMAS:
• Hipotermia
• Náuseas
• Vômitos
• Distensão abdominal
• Tremores
• Cefaleia
• Mal estar
• Cansaço
72
• Dores musculares
FISIOPATOLOGIA
Hipóxia - redução/ baixa de oxigênio no sangue
Anóxia - ausência de oxigênio no sangue
PRIMEIROS SOCORROS:
Promover menor número de complicações, Provendo-se oxigênio ao cérebro e
o coração, até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa ou
até esta ser entregue a serviço médico especializado.
73
FASE DE OBSERVAÇÃO
• Observação do acidente
• Número de vítimas envolvidas
• Verificar a profundidade do local
• Material disponível para o resgate
FASE DE ABORDAGEM
Verbal
Física
• Fornecer algo em que a
• Vítima possa se apoiar
• Aproximar-se fisicamente e
• Segurar a vítima
FASE DO REBOQUE
Conduzir a vítima para a porção mais rasa.
Transporte até um local seguro
74
18. QUEIMADURA
As queimaduras são consideradas feridas traumáticas causadas, em sua
maioria, por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Esses
agentes são capazes de produzir calor excessivo que danifica os tecidos
corporais e acarreta a morte celular, causando a destruição parcial ou total
da pele e de seus anexos, acometendo inclusive as camadas mais
profundas, como tecido subcutâneo, músculos, tendões e ossos.
De acordo com diretrizes do ministério da saúde, as queimaduras podem
ser classificadas em primeiro, segundo e terceiro grau, conforme descrito
abaixo:
75
A “REGRA DOS NOVE” é uma maneira rápida para estimar a extensão de
queimaduras em adultos. O sistema divide o corpo em múltiplos de nove. A soma
total dessas partes é igual à área de superfície corporal total e é uma importante
medida de gravidade da lesão. Crianças apresentam proporções diferentes dos
adultos, visto que suas cabeças são proporcionalmente maiores que as dos
adultos. Algumas literaturas não recomendam a adoção da “regra dos nove” para
crianças devido às diferenças em cada fase de crescimento, tornando essa
classificação imprecisa.
76
Médio queimado (médio): ocorrem queimaduras de segundo grau, que
acometem 5 a 10% da superfície corporal da criança e de 10 a 20% do
adulto; e de terceiro grau com até 10% em adultos, sem comprometer face,
mão, períneo e pé, além de qualquer queimadura que envolva mão, pé,
face, pescoço ou axila;
77
estar relacionados ao efeito de toxinas inaladas;
REPOSIÇÃO DE FLUIDOS
A administração de grandes volumes de fluidos por via intravenosa se faz
necessária para impedir que o doente entre em choque hipovolêmico.
Desta forma, o objetivo do tratamento é calcular e repor os fluidos que já
foram perdidos, assim como repor o volume que o socorrista espera que
seja perdido nas primeiras 24 horas após a lesão.
A mais notável fórmula utilizada para calcular o volume de fluidos a ser
infundido é a fórmula de parkland, que determina a administração de 4 ml x
kg x % da área queimada. Metade deste fluido precisa ser administrada nas
primeiras oito horas após a lesão, e a outra metade entre a 8ª e a 24ª hora.
78
INFECÇÃO DA ÁREA QUEIMADA SINAIS E SINTOMAS DE INFECÇÃO
EM QUEIMADURA:
1- Mudança da coloração da lesão
2- Edema de bordas das feridas ou do segmento corpóreo afetado;
3- Aprofundamento das lesões;
4- Mudança do odor (cheiro fétido);
5- Descolamento precoce da escara seca e transformação em escara
úmida;
6- Coloração hemorrágica sob a escara;
7- Celulite ao redor da lesão;
8- Vasculite no interior da lesão (pontos avermelhados);
9- Aumento ou modificação da queixa dolorosa.
79
cranianos ou o tecido cerebral vizinho ou, mais seriamente, quando um
aneurisma ou MAV se rompe causando hemorragia.
80
• Fibrilação atrial(o ritmo dos batimentos cardíacos é rápido e irregular.).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Os acidentes vasculares encefálicos podem gerar uma ampla diversidade de
déficits neurológicos, dependendo da localização da lesão, tamanho da área de
perfusão inadequada e quantidade de fluxo sanguíneo colateral. O paciente
pode apresentar-se com um dos seguintes sinais ou sintomas
1. Queda facial
2. Debilidade dos braços
3. Fala anormal
Paciente com aparecimento súbito de 1 destes 3 achados tem 72% de
probabilidade de um AVC isquêmico, se os 3 achados estiverem presentes a
probabilidade é maior que 85%.
TRATAMENTO CLÍNICO:
Os pacientes que sofrem AVCI devem seguir tratamento clínico para prevenção
terciária. Aqueles com fibrilação atrial ou avccardioembólicos devem ser
81
tratados com varfarina e quando for contra indicada o ácido acetilsalicílico é
a melhor opção.
ASSISTÊNCIADE ENFERMAGEM
O paciente que sofreu um AVE encontra-se em risco de múltiplas
complicações, incluindo descondicionamento e outros problemas
musculoesqueléticos, dificuldade de deglutição, disfunção intestinal e vesical,
incapacidade de realizar o autocuidado, ruptura da pele.
82
• Encaminhamento do paciente para o setor de exames diagnósticos de
neuroimagem;
• Monitoração hemodinâmica contínua do paciente;
• Estabelecimento de acessos venosos calibrosos;
• Avaliação periódica do nível de consciência, pupilas e força motora, cuja
finalidade é detectarprecocemente sinais de deterioração neurológica;
• Avaliação do padrão respiratório devido ao risco de o paciente
necessitar de intubação orotraqueal;
• Monitoração da glicemia: deve ser mantida entre 80 a 150 mg/dl;
• Checar e avaliar os resultados de exames laboratoriais junto à equipe
médica;
• Assistência na mobilidade e posicionamento corporal adequado;
• Realização de mudança de decúbito periodicamente (pelo menos a cada
2h);
• Assistência no autocuidado e higiene corporal;
• Auxílio durante a alimentação e, a depender do caso, realização de
sondagem nasoenteral;
• Manutenção da pele limpa e seca com hidratação e massagem (nas
áreas não avermelhadas).
EMERGÊNCIAS TRAUMATOLÓGICAS
83
O POLITRAUMATIZADO
84
C) Qual foi o mecanismo do trauma (cinemática ou biomecânica)?
D) Quantas pessoas foram envolvidas e qual a idade de cada uma delas?
E) Serão necessárias mais unidades para tratamento ou transporte?
F) São necessários mais recursos ou mais pessoal (bombeiros, IML, polícia,
companhia elétrica)?
G) É necessário equipamento especial para salvamento ou retirada das
ferragens?
H) É necessário transporte aéreo?
I) O fator que levou ao trauma pode ter sido um problema clínico?
85
memória)ABCDE do trauma, de acordo com a prioridade. Vale salientar que a
avaliação primária só é prosseguida se a etapa anterior for Corrigida
ABCDE DO TRAUMA
ETAPA B – VENTILAÇÃO
A primeira medida consiste em administrar oxigênio eficazmente aos pulmões
da vítima. Uma vez que a via aérea esteja permeável, a qualidade e quantidade
da ventilação devem ser avaliadas:
86
• Verificar se a vítima está ventilando; caso não esteja em apneia, iniciar
imediatamente a ventilação assistida com bolsa-valva-máscara (ambu)
com oxigênio suplementar antes de continuar a avaliação;
• Assegurar que o ar inspirado contenha ao menos 85% de oxigênio;
vítimas com ventilação anormal devem ter seu tórax exposto, observado
e palpado rapidamente. Em seguida, devem-se auscultar os pulmões
para identificar murmúrio vesicular anormal, diminuído ou ausente.
87
ETAPA D – DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
A avaliação da função cerebral é uma medida indireta da oxigenação cerebral,
cujo objetivo é determinar o nível de consciência e inferir o potencial de hipóxia.
Vítimas agressivas, combativas ou que não cooperam devem ser consideradas
em hipóxia até prova em contrário.
88
transporte para o centro de trauma não deve ser retardado. A reposição
volêmica consiste na restauração do sistema cardiovascular por meio de
volume adequado de perfusão tão logo possível. Como o sangue e soluções
coloides geralmente não estão disponíveis no cenário pré-hospitalar, a solução
preferencial para reanimação no trauma é o ringer lactato, uma solução
cristaloide que além de sódio e cloreto, contém pequenas quantidades de
potássio, cálcio e lactato.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Esta avaliação consiste na avaliação cefalocaudal (da cabeça aos pés) da
vítima, sendo somente realizada após o término da avaliação primária e
tratamento de todas as lesões que ameacem a vida.
Seu objetivo é a identificação de lesões ou problemas não observados durante
a avaliação primária. A abordagem “ver, ouvir e sentir” é utilizada para avaliar a
pele e tudo que ela contém:
89
10. Deve ser obtido e registrado um conjunto completo de sinais vitais a cada 3
a 5 minutos, tanto quanto possível, ou a cada mudança na condição ou
problema clínico.
11. Um histórico rápido do paciente deve ser coletado através das vítimas que
estão conscientes ou parentes e transeuntes que estejam próximos,
documentado e repassado para a central de regulação.
12. O método mnemônico sampla.
90
causa dessas lesões em pacientes pediátricos de até 4 anos e em pessoas
idosas.
Constitui um sério problema de saúde pública que acarreta em um elevado
ônus individual, familiar e social. Atinge predominantemente indivíduos do sexo
masculino em idade produtiva, estando frequentemente associado a múltiplos
traumas. Geralmente, sequelas irreversíveis e incapacitantes são
desenvolvidas após TCE.
ETIOLOGIA:
Suas principais etiologias são: colisões automobilísticas (5 a 65 anos); quedas
(menores de 4 anos e idosos); agressões / violência interpessoal; acidentes
ocorridos em esportes e atividades recreativas.
CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA
Tipo de lesão: couro cabeludo, fraturas de crânio, lesões faciais; lesões
laríngeas e lesões cerebrais.
No que diz respeito à fisiopatologia, as lesões cerebrais podem ser
classificadas em:
91
• Lesões cerebrais secundárias: processos contínuos de lesão
(causas intracranianas e extracranianas) que incluem os seguintes
mecanismos:
92
ASSISTÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR AO TCE
Via aérea:
• Aspiração intermitente;
• Intubação traqueal (ecgl ≤ 8);
• Pode-se postergar a colocação do colar cervical;
• Monitorar a saturaçãodurante a intubação;
• Imobilização da coluna cervical;
• Cricotireoidostomia pode ser necessária.
VENTILAÇÃO
• A saturação deve ser mantida ≥ 95%;
• Deve-se manter frequência respiratória normais: 10, 20 e 25 ipm
(inspiração por minuto) para adultos, crianças e bebês respectivamente.
• Atentar que a hiperventilação é prejudicial para a o fluxo sanguíneo
cerebral, sendo indicada somente em casos de sinais de herniação e
fenômeno de cushing até a cessação das manifestações clínicas.
CIRCULAÇÃO
• Controle da hemorragia (couro cabeludo);
• Não usar curativo compressivo em afundamento de crânio;
• Assegurar acesso venoso calibroso e reposição volêmica em
velocidade não superior a 125 ml/h;
93
• Solução hipertônica não é recomendada: não existem evidências
robustas que sustentem essa prática.
A solução cristaloide de escolha é o ringer lactato.
DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA
• Monitorar a (ECG) seriamente (5-10 min);
• Administração de benzodiazepínicos em caso de convulsões.
• A avaliação secundária deve ser realizada após resolvidos os problemas
da avaliação primária e os principais pontos que devem ser atentados
são:
• Cabeça e face devem ser palpados cuidadosamente à procura de
ferimentos, depressões ou crepitações;
• “Halo” amarelo no chumaço de algodão, sinal de battle (equimose
retroauricular) e “olho de guaxinim” (equimose periorbital): sinais
indicativos de fratura de base de crânio;
• Exame do pescoço - dor e deformidades: possibilidade traumatismo
raquimedular;
• Déficits neurológicos e sinais de lateralização;
• Histórico sampla (sintomas, alergias, medicações, passado mórbido,
líquidos e última refeição, ambiente).
94
TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM)
Entende-se por traumatismo raquimedular (TRM) lesão de qualquer causa
externa na coluna vertebral, incluindo ou não a medula ou as raízes nervosas.
O trauma raquimedular, se não for reconhecido e atendido adequadamente no
local do trauma, pode resultar em lesão irreparável à medula espinhal e deixar
a vítima paralisada para sempre.
Algumas vítimas de trauma da coluna vertebral podem evoluir com lesão
medular, em consequência do movimento da coluna.
A imobilização inadequada da coluna fraturada pode produzir resultado muito
pior do que a imobilização inadequada do fêmur fraturado.
A ação repentina de forças violentas sobre o corpo pode mover a coluna para
além da amplitude normal de movimento, seja por impacto na cabeça ou no
pescoço, seja pelo deslocamento do tronco da sua posição abaixo do pescoço.
FISIOPATOLOGIA
Existem vários tipos de lesões da coluna vertebral que causam lesões
medulares:
95
• Superestiramento ou laceração dos ligamentos e músculos produzindo
uma relação instável entre as vértebras.
96
AVALIAÇÃO:
As prioridades ABCDE são mantidas, dando-se importância substancial na
etapa A, na qual a coluna cervical deve ser adequadamente contida
manualmente e imobilizada. A menos que seja contraindicado, a cabeça deve
ser trazida a uma posição alinhada neutra.
97
INDICAÇÕES PARA IMOBILIZAÇÃO DA COLUNA
O ponto chave é uma boa avaliação e, em caso de dúvida, imobilizar. No caso
de vítimas de traumas penetrantes (ferimentos por arma de fogo ou arma
branca), na cabeça, pescoço e tórax, deve-se suspeitar de mecanismo de
lesão preocupante quando houver unção motora ou sensitiva, ou, ainda, perda
de consciência.Se não houver nenhum dos sintomas citados, não existe
necessidade de imobilização da coluna.
TRATAMENTO
O tratamento da coluna possivelmente instável é composto pela imobilização
da vítima, alinhada em posição neutra, geralmente em prancha longa. A
cabeça, o pescoço, o tronco e a pelve devem serimobilizados alinhados em
posição neutra, impedindo qualquer movimento da coluna instável que
possaresulta em dano medular. A imobilização da coluna segue a regra geral: a
imobilização da articulação acima(cabeça) e da articulação abaixo da lesão
(pelve).
98
Caso a movimentação cuidadosa da cabeça e do pescoço em direção a uma
posição alinhada e neutra provoque qualquer uma das seguintes reações, ela
deve ser imediatamente interrompida:
• Resistência ao movimento;
• Espasmos dos músculos do pescoço;
• Aumento da dor;
• Início ou aumento de déficit neurológico, como adormecimento,
formigamento ou perda de motricidade;
• Comprometimento da via aérea ou da ventilação.
No que diz respeito aos colares cervicais rígidos, de maneira isolada, não
imobilizam adequadamente, apenas ajudam a sustentar o pescoço e impedir
movimentos. Limitam a flexão em quase 90% e a extensão, flexão lateral e
rotação em cerca de 50%. Devem sempre ser utilizados com estabilização
manual ou imobilização mecânica.
99
tórax faz com que a cabeça fique em hiperflexão, quando a criança é posta em
prancha longa. Para prevenir essa hiperflexão, é necessário colocar um coxim
sobre os ombros e o tronco da criança.
TRAUMAS TORÁCICOS
Uma força contusa aplicada à caixa torácica em colisões automobilísticas,
quedas de grandes alturas, agressões ou lesões por esmagamento podem
causar ruptura da anatomia e da fisiologia normais dos órgãos torácicos. Da
mesma forma, feridas penetrantes produzidas por armas de fogo, armas
brancas ou objetos empalados, como vigas de aço, podem ferir o tórax.
FISIOPATOLOGIA
Lesões penetrantesno tórax podem gerar feridas que criam uma comunicação
entre a cavidade torácica e o meio externo. Assim, o ar tende a penetrar no
espaço pleural pela ferida durante a inspiração quando a pressão intratorácica
é menor do que a pressão externa.
100
Em relação aos traumas fechados (lesões contusas), a onda de energia
transmitida no impacto pode lesionar o tecido pulmonar, causando hemorragia
no interior dos alvéolos (contusão pulmonar). Se a força aplicada lesionar a
pleura parietal, ar pode escapar do pulmão para o espaço pleural.
Pode também causar fraturas de costelas, com subsequente laceração do
tecido pulmonar, hemotórax e pneumotórax, ruptura degrandes vasos e
instabilidade da caixa torácica.
AVALIAÇÃO
Como em toda cena de trauma, primeiro verifica-se a situação e a segurança
da cena. Durante a avaliação primária as prioridades ABCDE são seguidas.
Um breve histórico sampla pode ser coletado com familiares ou com o próprio
paciente, caso esteja consciente e em condições de verbalizar.
101
OXIMETRIA DE PULSO: verificar a resposta do paciente frente à terapia
instituída.
102
O tratamento inicial pode incluir alívio da dor, acesso venoso calibroso, suporte
ventilatório (CPAP, bolsa-valva-máscara, intubação endotraqueal, ventilação
com pressão positiva) e monitoramento da oximetria de pulso e dos sinais de
agravamento.
PNEUMOTÓRAX SIMPLES
É causado pela presença de ar no espaço pleural e os achados são
semelhantes aos de uma fratura de costelas. O paciente se queixa de dor
pleurítica e os achados clássicos são diminuição de murmúrio vesicular do lado
da lesão e timpanismo à percussão. Pode evoluir rapidamente para um
pneumotórax hipertensivo, por isso é preferível que seja transportado por uma
viatura de suporte avançado. O socorrista administra oxigênio suplementar,
institui acesso venoso calibroso, monitora a oximetria e se prepara para tratar o
choque.
103
não funcionem, a intubação endotraqueal e ventilação com pressão positiva
podem ser necessárias.
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOS
Ocorre quando o ar continua a entrar no espaço pleural e é aprisionado, com
gradual aumento da pressão intratorácica, piora do comprometimento
ventilatório e redução do retorno venoso ao coração, resultando em profundo
choque. A maior pressão do lado acometido pode empurrar as estruturas
mediastinais para o outro lado da cavidade.
104
HEMOTÓRAX
Consiste na presença de sangue no espaço pleural e pode representar uma
fonte de perda sanguínea importante, pois pode acomodar de 2.500 a 3.000 ml.
A hemorragia pode ter origem na parede da musculatura torácica, nos vasos
intercostais, no parênquima pulmonar, nos vasos pulmonares ou nos grandes
vasos do tórax.
As manifestações clínicas são dor torácica, dispneia, desconforto respiratório,
sinais de choque (taquicardia, taquipnéia, confusão, palidez e hipotensão) e
percussão abafada do lado da lesão.
CONTUSÃO CARDÍACA
Causada frequentemente pela aplicação de força na região anterior do tórax,
sobretudo num evento de desaceleração. Isto posto, o coração é comprimido
entre o esterno e a coluna vertebral, aumentando à pressão abruptamente nos
ventrículos, podendo causar, às vezes, lesões valvulares e, raramente, ruptura
cardíaca.
105
dessas lesões. O afundamento de esterno é um dos sinais mais preocupantes
e sugestivos.
TAMPONAMENTO CARDÍACO
Ocorre quando um ferimento cardíaco permite o acúmulo agudo de fluido entre
o saco pericárdico e o coração, que pode acomodar até 300 ml de líquido.
Devido ao saco pericárdico ser inelástico, a pressão do fluido acumulado se
eleva rapidamente, dificultando o retorno e débito cardíacos.
A cada contração cardíaca, mais líquido pode extravasar para dentro do saco
pericárdico. Isso pode se agravar até precipitar uma atividade elétrica sem
pulso(AESP). Cabe salientar que a causa mais comum é ferimento por arma
branca.
Logo, qualquer vítima com ferimento penetrante na região do coração deve ter
suspeita de tamponamento cardíaco. A tríade de becké um conjunto de
achados indicativos de tamponamento cardíaco: bulhas cardíacas abafadas ou
distantes, turgência jugular e hipotensão.
RUPTURAS DE DIAFRAGMA
Pode ocorrer por traumas contusos ou penetrantes. Qualquer penetração
abaixo dos mamilos ou no nível da ponta escapular ou aplicação de força
suficiente para aumentar abruptamente a pressão abdominal podem romper o
106
diafragma. Pode ocorrer associado a disfunção respiratória, fraturas das
costelas, hemotórax, pneumotórax.
TRAUMAS ABDOMINAIS
As lesões abdominais não reconhecidas são uma das principais causas de
morte em vítimas de trauma. As mortes precoces resultam tipicamente de
perda maciça de sangue, por isso, todo do paciente com choque inexplicado
deve ser considerado com hemorragia intra-abdominal até que se prove o
contrário. Quando lesionados, os órgãos sólidos e vasculares (fígado, baço e
veia cava) sangram, ao passo que os órgãos ocos (intestino, vesícula biliar e
bexiga) derramam seu conteúdo dentro da cavidade peritoneal ou no espaço
retroperitoneal. Adicionalmente, a liberação de ácidos, enzimas digestivas ou
bactérias do trato gastrointestinal (TGI) para o interior da cavidade peritoneal
resultam em peritonite e sepse, quando prontamente não tratada por
intervenção cirúrgica.
107
Vale lembrar que o aumento da pressão intra-abdominal decorrente da
compressão pode romper o diafragma e causar herniação dos órgãos
abdominais para a cavidade torácica.
AVALIAÇÃO
Deve ser garantida a segurança da cena e mantidas as prioridades ABCDE.
Além da coleta dos dados relacionados ao histórico sampla, outras perguntas
podem ser feitas, a depender do mecanismo da lesão:
108
distensão. Os sinais de grey-turner(equimose que acomete os flancos) e de
cullen(equimose periumbilical) indicam sangramento retroperitoneal.
A palpação é feita para identificar áreas dolorosas e deve ser iniciada por uma
área na qual a vítima não se queixe de dor. A bacia também deverá ser
cuidadosamente palpada para pesquisar instabilidade e dor. Ademais, alguns
achados sugerem diagnóstico de peritonite como: dor abdominal significativa à
palpação ou com a tosse, defesa involuntária, dor à percussão e ruídos
hidroaéreos diminuídos ou ausentes.
O abdome não deve ser palpado nem percutido em vítimas com objetos
encravados, pois isso pode provocar mais lesão orgânica pela ponta distal do
objeto.
TRATAMENTO
Vítimas de trauma contuso precisam ser imobilizadas adequadamente. No caso
de gestantes, se houver indicação de imobilização da coluna, a prancha deve
ser elevada em 10 a 15 cm do lado direito para prevenir a compressão
aortocava que diminui o retorno venoso, o débito cardíaco e, por conseguinte, o
fluxo úteroplacentário.
109
Obtêm-se dois acessos venosos calibrosos para reanimação volêmica
parcimoniosa. Na ausência de lesão cerebral traumática, a pressão arterial
sistólica deve ser mantida entre 80 a 90 mmhg. A calça pneumática antichoque
(pasg) pode ser considerada para transportes prolongados e na ausência de
objetos empalados (encravados), ruptura diafragmática, gravidez e
evisceração.
O socorrista não deve mover nem remover objetos encravados, visto que são
retirados apenas noCentro cirúrgico. A extremidade distal do objeto pode estar
contendo ativamente um sangramento. OSocorrista deve estabilizá-lo e
imobilizá-lo manual ou mecanicamente. Se houver sangramento em volta, deve
ser feita compressão direta em volta do ferimento.
TRAUMAS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS
As lesões musculoesqueléticas raramente representam uma condição de risco
imediato à vida.
O socorrista deve ter três considerações primárias ao tratar de lesões de
extremidades:
110
AVALIAÇÃO
As lesões musculoesqueléticas podem ser classificadas em três tipos:
111
• Função neurológica: avaliação da função motora e sensitiva dos
membros, por meio de perguntas sobre se o doente sente alguma
fraqueza ou sobre a presença de quaisquer sensações anormais de
formigamento ou dormência.
TRATAMENTO
O tratamento geral da suspeita de lesão em membros inclui as seguintes
etapas:
112
113
complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para
determinadas faixas etárias. Dou nº 160, 21 ago 1997. Seção 1, p. 18.227.
114
http://www20.anvisa.gov.br/
segurancadopaciente/images/documentos/livros/livro1-assistencia_segura.pdf
115