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DA CH POR E-MAIL A compreensão da história evolutiva dos diferentes grupos de
digite seu email vírus é vital para que possamos entender a sua epidemiologia e
desenvolver estratégias eficazes para o combate de uma série
de doenças humanas.
NOTÍCIAS
Alguns vírus têm profundo efeito sobre a história da
ESPECIAIS humanidade, enquanto outros têm impacto marcante e atual
sobre a saúde pública. Compreender a evolução dos vírus e dos
RESENHAS meios pelos quais eles obtiveram sua diversidade genética atual
pode nos auxiliar a entender esses efeitos.
COLUNAS
Os vírus são classificados em cerca de setenta famílias. Destas, vinte infectam o homem. A diversidade
genética dos grupos de vírus é afetada por sua história evolutiva e a de seus hospedeiros. Ancestrais
humanos foram infectados por muitos vírus e a compreensão dessa relação nos diz muito sobre a nossa
própria história evolutiva.
A coluna Por
Dentro das Por exemplo, vírus que causam doenças associadas com aglomerações não puderam se manter nas
Células é pequenas populações caçadoras e coletoras de homens pré-históricos. O vírus do sarampo é um exemplo
publicada na primeira e clássico desse grupo. Indivíduos afetados por essa infecção desenvolvem imunidade durante sua vida. Por
na terceira sexta-feira de isso, a manutenção desse vírus requer um suprimento constante de indivíduos não infectados –
cada mês pelo biólogo principalmente crianças.
Jerry Carvalho Borges.
Visite o arquivo para ler Tem-se estimado que o sarampo pode persistir em
as colunas anteriores e populações com pelo menos 250 mil indivíduos, algo que só
leia a apresentação do ocorreu com grupos humanos há 5 mil anos, no Oriente
colunista. Para enviar Médio. Uma vez que os primeiros humanos chegaram ao
críticas, comentários e continente americano há mais de 10 mil anos, eles não
sugestões, escreva para estiveram expostos – até 1492, quando a América foi
falecomjerry@ “descoberta” por Cristóvão Colombo – a vírus adquiridos por
yahoo.com.br populações humanas aglomeradas. Por isso, estima-se que
até o século 16 cerca de 90% das populações nativas das
Américas morreram de doenças causadas por vírus como o
sarampo e a varíola, provenientes dos invasores europeus.
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Forças como a deriva genética, a seleção natural, as taxas de mutação e a competição entre indivíduos de
espécies iguais ou diferentes obviamente atuam sobre esses vírus. Grupos menores ou que apresentem uma
menor capacidade de dispersão e que sofram uma proporção maior de mutações genéticas podem evoluir
mais rapidamente.
Vírus de RNA que dependem da RNA polimerase para a sua replicação estão mais sujeitos a sofrer
mutações. Isso se deve ao fato de que essa enzima é mais propensa a erros do que a DNA polimerase,
associada à multiplicação dos vírus de DNA.
Substituições das subunidades componentes do DNA e do RNA – conhecidas como nucleotídeos – que não
afetam o tipo de aminoácido codificado (substituições sinonímias) são provavelmente neutras do ponto de
vista evolutivo. Por outro lado, substituições não-sinonímias podem afetar de forma negativa ou positiva a
estrutura tridimensional da proteína codificada e influenciar, portanto, a sua atividade.
Como as proteínas têm sido, durante milhões de anos, submetidas a uma forte pressão seletiva, baseada na
eficiência de seu relacionamento com os seus substratos, modificações na sequência de aminoácidos e,
consequentemente, na estrutura tridimensional das proteínas quase sempre são nocivas para essas
moléculas orgânicas.
Vírus da gripe
O vírus da gripe ou influenza representa – juntamente com o
HIV – o exemplo mais extensivamente estudado de vírus
que têm se associado ao homem. Os homens são
infectados por três vírus da gripe relacionados entre si.
Esses vírus, denominados A, B e C, pertencem à família
Orthomyxoviridae.
Contudo, em três ocasiões durante o século 20, as propriedades antigênicas do vírus da gripe tipo A
modificaram-se radicalmente. Essas mudanças (conhecidas como mudanças antigênicas) fizeram com que
esses vírus passassem a apresentar um sorotipo diferente (linhagem que induz anticorpos diferentes no
hospedeiro) e geraram pandemias que levaram milhões de pessoas à morte.
O vírus da gripe tipo A possui um genoma formado por uma cadeia de RNA de fita simples com oito
segmentos separados. Cada um desses segmentos corresponde grosseiramente a um gene. Cada sorotipo é
determinado pelas proteínas hemaglutinina (H) e neuraminidase (N), codificadas respectivamente pelos
segmentos 4 e 6.
Dezesseis sorotipos H e nove N são conhecidos. Existe também uma série de combinações entre eles.
Porém, apenas poucos desses sorotipos são encontrados no homem e, tipicamente, apenas um ou poucos
estão presentes na população humana em um dado período. Por outro lado, todos os sorotipos são
encontrados em aves aquáticas, o reservatório natural do vírus da gripe tipo A. Alguns sorotipos estão
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Portanto, a gripe suína não representa uma grande novidade em termos evolutivos, mas sim um velho
fantasma que a humanidade tem combatido nos últimos 90 anos.
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