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Conscientização sobre
o Estresse no Trabalho nos
Países em Desenvolvimento
Um risco moderno
em um ambiente de
trabalho tradicional
Recomendações
para empregadores
e representantes
dos trabalhadores
Conscientização sobre
o Estresse no Trabalho nos
Países em Desenvolvimento
Um risco moderno em um
ambiente de trabalho tradicional
Autores
Irene Houtman
Karin Jettinghoff
Leonor Cedillo
Pesquisadora de Saúde Ocupacional
Caballocalco 35 – 7
Coyoacán, 04000, D.F.
México
Layout da capa
Tuula Solasaari - Pekki
Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional
Layout
Linda Puiatti
www.lindapuiatti.com
www.who.int/occupational_health
PREFÁCIO
-1-
Agradecemos aos seguintes especialistas por suas importantes
contribuições para esta publicação:
-2-
ÍNDICE
Capítulo 1:
INTRODUÇÃO AO PROBLEMA ..................................................................................... 4
Capítulo 2:
EFEITOS DA GLOBALIZAÇÃO E A NATUREZA VARIÁVEL DO TRABALHO ......... 7
Capítulo 3:
UMA DEFINIÇÃO DE ESTRESSE RELACIONADO AO TRABALHO ...................... 13
Capítulo 4:
UM MODELO SOBRE O ESTRESSE RELACIONADO AO TRABALHO ................. 15
Capítulo 5:
GESTÃO DO ESTRESSE RELACIONADO AO TRABALHO:
UMA ABORDAGEM POR ETAPAS ............................................................................. 23
Capítulo 6:
PENSAR GLOBALMENTE - AGIR LOCALMENTE .................................................... 35
Capítulo 7:
O PAPEL DE UM EMPREGADOR E/OU REPRESENTANTE
DOS TRABALHADORES ............................................................................................. 37
Capítulo 8:
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 39
Capítulo 9:
INFORMAÇÕES ADICIONAIS ..................................................................................... 41
Capítulo 10:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 42
-3-
Capítulo 1
INTRODUÇÃO AO PROBLEMA
O estresse relacionado ao trabalho é um padrão de reações psicológicas, emocionais,
cognitivas e comportamentais a alguns aspectos extremamente exigentes do conteúdo, da
organização e do ambiente de trabalho. Quando as pessoas sofrem estresse relacionado ao
trabalho, frequentemente elas se sentem tensas e angustiadas e sentem que não são capazes
de lidar com isso. Devido à globalização e a mudanças na natureza do trabalho, as pessoas
nos países em desenvolvimento precisam lidar com um aumento no estresse relacionado
ao trabalho. Nos países industrializados, as pessoas estão se familiarizando mais com o
que é estresse relacionado ao trabalho e como lidar com isso (por ex., OMS, 2005; OMS,
2003); entretanto, nos países em desenvolvimento, talvez não seja esse o caso. Embora
algumas pesquisas tenham sido realizadas nos países em desenvolvimento, especialmente
na América Latina, ainda não há estudos aprofundados o suficiente para analisar de modo
completo diferenças culturais e comportamentos, que podem variar de um país para outro.
Juntamente com as dificuldades existentes para controlar outros riscos ocupacionais bem
conhecidos, há pouca conscientização sobre o estresse relacionado ao trabalho e falta de
recursos para lidar com isso.
Deve-se prestar atenção aos aspectos culturais quando lidamos com estresse relacionado ao
trabalho nos países em desenvolvimento. Por exemplo, a espiritualidade e a religião, juntas
de rituais comunitários, muitas vezes são mais importantes do que a aquisição de bens
materiais ou dinheiro. Para as mulheres trabalhadoras, os recursos sociais para cuidarem de
suas famílias normalmente estão disponíveis nos setores da economia formal. Entretanto,
os recursos para a logística do dia a dia não são atualizados com a tecnologia aplicada aos
serviços públicos e privados na maioria dos países desenvolvidos, tais como pagamento
de contas por correio, telefone ou internet. Mesmo quando esse tipo de serviço existe em
alguns países, a maioria dos trabalhadores não possui acesso a eles. Portanto, as tarefas da
rotina diária podem ser demoradas e desanimadoras.
-5-
seus trabalhadores ou a si próprios do estresse relacionado ao trabalho, e é difícil acessar os
grupos de trabalhadores dessas empresas para divulgar informações e prestar assistência a
eles. Além disso, a falta de desenvolvimento de políticas com relação aos riscos psicossociais
e ao estresse relacionado ao trabalho torna difícil para empresas de todos os portes colocar
em prática estratégias de controle eficazes para lidar com essas questões. A situação piora
com a falta de cobertura dos serviços de saúde ocupacional. A OMS estima que, em todo
o mundo, apenas 5-10% dos trabalhadores em países em desenvolvimento e 20-50% dos
trabalhadores em países industrializados (com poucas exceções) possuem acesso a serviços
de saúde ocupacional adequados (OMS, 2003). Os problemas psicossociais relacionados ao
trabalho raramente são tratados por esses serviços, mesmo quando eles estão disponíveis.
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Capítulo 2
A nível internacional:
• aumento das transações econômicas;
• aumento dos investimentos estrangeiros;
• aumento do comércio mundial - multinacionais gigantes, como no setor de seguros e
bancos, manufatura, produtores de petróleo e matérias-primas, têm um papel-chave neste
processo de globalização.
A nível nacional:
• empresas fragmentadas e unidades descentralizadas independentes menores;
• atividades terceirizadas para unidades menores;
• organização do trabalho mais flexível;
• relações industriais mais flexíveis (especificamente os acordos de contratação).
A vida laboral moderna também muda constantemente devido aos rápidos avanços
científicos e tecnológicos. Consequentemente, ocorrem mudanças rápidas nos sistemas de
produção. Isso significa que os trabalhadores têm que lidar com:
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Algumas consequências de altas exigências no emprego, baixo controle do trabalho e baixo
apoio de colegas de trabalho são ilustradas abaixo:
Quadro 1:
Riscos do estresse relacionado ao trabalho para a saúde: qual pode ser o grau
de risco?
Alguns resultados de pesquisas:
• O baixo apoio dos colegas de trabalho pode resultar em risco 2 vezes maior de
problemas nas costas, no pescoço e nos ombros (Ariens et al, 2001; Hoogendoorn
et al, 2000).
• Uma tensão elevada pode resultar em risco de morbidade hipertensiva 3 vezes maior
(Belkic et al, 2004)
Essas diversas mudanças globais e locais levam a exigências cada vez maiores a um
número crescente de trabalhadores. Quando os trabalhadores não conseguem lidar com
essas exigências, pode surgir o estresse relacionado ao trabalho como resultado. Quando
o estresse persiste ou ocorre repetidamente, ele pode ter vários efeitos negativos nos
trabalhadores e nas empresas para as quais eles trabalham.
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• Efeitos nas empresas: o estresse relacionado ao trabalho pode afetar o desempenho
das empresas devido aos custos associados a um maior absenteísmo e rotatividade de
pessoal, menor desempenho e produtividade, aumento das práticas de trabalho inseguras
e índices de acidentes, aumento das reclamações de clientes, substituição de trabalhadores
ausentes, treinamento de trabalhadores substitutos, e assim por diante.
Embora agora possamos documentar uma série de pesquisas sobre a magnitude das
causas e consequências do estresse relacionado ao trabalho nos países desenvolvidos e
industrializados, o estresse no trabalho ainda é um problema que está longe de ser resolvido.
Por sua vez, muito poucos dados estão disponíveis nos países em desenvolvimento.
No entanto, tem-se demonstrado que, em um “país em transição”, como na Rússia, as
mudanças nos chamados riscos “tradicionais” (químicos, biológicos e físicos) resultam
em aumento do estresse relacionado ao trabalho (Kuzmina et al, 2001). A exposição a
solventes orgânicos pode ter um efeito psicológico na pessoa através dos seus efeitos
diretos no cérebro, devido ao seu odor desagradável ou pelo medo de que tal exposição
possa ser prejudicial (Levi, 1981). Os riscos físicos e psicossociais podem afetar a saúde
tanto através de vias psicofisiológicas quanto psicoquímicas (Levi, 1984).
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Quadro 2: Dados estatísticos
Sobre o trabalho e a saúde nos países em desenvolvimento e industrializados
• Cerca de 75% da força de trabalho mundial (que conta com cerca de 2,4 bilhões de
pessoas) vivem e trabalham em países em desenvolvimento.
• 50% dos trabalhadores nos países industrializados julgam que seu trabalho é
"mentalmente exigente".
• A cada ano, há cerca de 120 milhões de acidentes de trabalho com 200 mil mortes
e 68-157 milhões de casos de doença ocupacional entre a força de trabalho global.
Fonte: http://www.who.int/occupational_health/en/oehstrategy.pdf
A maioria dos países em desenvolvimento tem investido muito pouco em pesquisa, embora
ainda tenham muitos problemas não resolvidos. Essas são, talvez, as principais causas
que explicam a dificuldade na geração de dados adequados e na avaliação do impacto das
mudanças no trabalho. Entretanto, foram realizados alguns estudos transversais específicos
que mostram a importância da pressão arterial elevada e das doenças cardiovasculares na
população no México, no Brasil e na Colômbia, e a distribuição diferencial entre grupos
de trabalhadores expostos e não expostos a condições psicossociais negativas, tais como
a tensão no trabalho, o excesso de comprometimento e a insegurança no emprego. Alguns
estudos também destacam o interesse nos setores econômicos crescentes, tais como os
serviços e a economia informal (Conferência da ICOH sobre Doenças Cardiovasculares,
2005).
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Há, no entanto, dados relacionados à prevalência de hipertensão na maioria dos países
da América Latina. A hipertensão e outras morbidades e mortalidades cardiovasculares
apresentam uma alta prevalência entre a população adulta na maioria dos países latino-
americanos. Esses números só podem estar associados a condições de trabalho estressantes
através de pesquisas e estudos de coorte nesses países. Embora, até o momento, não existam
estudos longitudinais nos países em desenvolvimento, um estudo que inclui o Questionário
sobre Conteúdo do Trabalho, na cidade de Hermosillo, no México (Cedillo e Grijalva,
2005), relatou que a taxa de prevalência de Trabalhos de Alta Tensão (Altas exigências
do trabalho – Baixo controle) em setores econômicos é de 26%. Resultados de diferentes
estudos em outros países mostraram que o risco de hipertensão poderia aumentar entre 2 a
3 vezes devido a trabalhos de alta tensão. Utilizando esses dados, estimou-se que ter altas
exigências e baixo controle na América Latina representava uma faixa de 21% a 32% da
hipertensão presente nesses países (risco atribuível à população).
Nos países industrializados, as pessoas estão cada vez mais familiarizadas com o que é o
estresse relacionado ao trabalho e como administrá-lo, embora o problema persista e até
pareça aumentar na União Europeia (Iavicoli, S. et al, 2004). No entanto, em alguns países
em desenvolvimento, as pessoas podem não ter conhecimento sobre esse assunto e não
estar cientes da importância de lidar com o estresse relacionado ao trabalho.
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Capítulo 3
Por outro lado, as tarefas que requerem um alto grau de controle pessoal e várias habilidades,
juntamente com um ambiente de trabalho que inclui relações sociais solidárias, podem
contribuir positivamente para o bem-estar e a saúde dos trabalhadores. Quando as exigências
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superam as habilidades e os conhecimentos, e o indivíduo ou seus superiores conseguem
perceber isso, pode surgir uma oportunidade para mudar essa situação para um estado de
equilíbrio e uma situação desafiadora e motivadora de aprendizagem e crescimento através
de discussões e ações tomadas pelo empregador e/ou trabalhador ou o representante do
trabalhador.
É importante destacar que, como “a saúde não é apenas a ausência de doença, mas
um estado de bem-estar físico, mental e social positivo” (OMS, 1986), um ambiente de
trabalho saudável se caracteriza não apenas pela ausência de condições prejudiciais, mas
também pela presença de ações que promovam a saúde.
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Capítulo 4
O processo de estresse pode ser resumido em um modelo que ilustra as causas do estresse,
reações de estresse, consequências a longo prazo do estresse e características individuais,
bem como suas inter-relações.
Condições
de vida
Nível de
desenvol-
vimento do
país Reações
Condições Consequências
ao
de trabalho a longo prazo
estresse
Características
individuais
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as exigências que lhe são impostas. Essas características podem interagir com fatores de
risco no trabalho e exacerbar ou atenuar seus efeitos. As características físicas e psicológicas,
tais como aptidão física ou um alto nível de otimismo, podem ter um efeito precursor ou
atenuador no desenvolvimento de reações de estresse e problemas de saúde mental. Por
um lado, se os trabalhadores puderem lidar com condições de trabalho ruins, eles terão
mais experiência e autoconfiança para superar condições semelhantes na próxima vez que
tiverem de lidar com elas. Por outro lado, quando ocorrem reações de estresse, como fadiga
e problemas de saúde a longo prazo, frequentemente, elas reduzirão a capacidade de uma
pessoa desempenhar bem suas tarefas e, assim, agravarão a experiência do estresse. Isso
acabará resultando em exaustão e colapso nervoso ou burnout.
A situação regional e/ou nacional estabelece normas e valores que também afetam o
trabalho e a situação familiar, e não apenas refletem valores culturais, mas incluem outras
questões, como desenvolvimentos demográficos e a situação econômica refletida pelo grau
de emprego, desenvolvimentos tecnológicos e questões legislativas. Embora o indivíduo
possa influenciar a organização, e a organização possa influenciar o nível setorial ou
nacional, o nível “mais alto” será, muitas vezes, mais poderoso que o nível “mais baixo”.
E o nível individual é o mais baixo nessa hierarquia.
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em comparação com as condições de trabalho como a principal causa do estresse. Essas
diferenças são importantes, uma vez que sugerem e conduzem a diferentes maneiras de
prevenir a origem do estresse no trabalho.
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Esses problemas requerem estratégias de prevenção que promovam o equilíbrio entre o
trabalho e a vida (social e familiar) e enfoquem em prestar apoio às pessoas, permitindo
que elas conciliem o trabalho com as responsabilidades familiares sem prejuízo de outros
direitos. Outros fatores indiretos podem influenciar no grau de estresse relacionado ao
trabalho, tais como o acesso a um clínico geral, um médico de saúde ocupacional ou
outros profissionais relevantes, e também na situação econômica no país de residência, na
legislação e regulamentações mais informais de um determinado país ou setor de atividade.
1. o duplo papel que elas têm que desempenhar tanto em casa quanto no trabalho, e a
dificuldade em equilibrar esses papéis;
2. os papéis de gênero na sociedade e a necessidade de um papel independente contrapondo-
se à necessidade de se adequar às expectativas sociais;
3. o assédio sexual no trabalho, cujas vítimas principais são as mulheres;
4. a discriminação baseada em gênero, que se traduz em salários mais baixos e um nível de
exigência mais alto para as mulheres.
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melhores níveis socioeconômicos, por exemplo, quando elas voltam do trabalho para casa
caminhando sozinhas tarde da noite ou quando estão no campo trabalhando sozinhas na
colheita ou recolhendo lenha.
Pesquisas afirmam que “o custo humano em termos de sofrimento e dor, logicamente, não
pode ser calculado. De fato, grande parte dele é quase invisível. Embora a tecnologia dos
satélites tenha tornado certos tipos de violência – terrorismo, guerras, tumultos e distúrbios
civis – visíveis para o público televisivo diariamente, muito mais violência ocorre fora da
vista em casas, locais de trabalho e até mesmo nas instituições médicas e sociais criadas
para cuidar de pessoas. Muitas das vítimas são jovens, fracas ou doentes demais para se
proteger. Outras são forçadas por convenções ou pressões sociais para manter o silêncio
sobre suas experiências” (Krug, 2002; OMS, 2003).
O Relatório Mundial sobre Violência e Saúde afirma ainda que “entre 1996 e 1997, o Banco
Interamericano de Desenvolvimento patrocinou estudos sobre a magnitude e o impacto
econômico da violência em seis países da América Latina (Buvinic e Morrison, 1999). Cada
estudo examinou os gastos, como resultado da violência, em serviços de saúde, serviços de
segurança pública (policiais) e judiciais, bem como prejuízos intangíveis e prejuízos com a
transferência de ativos. Expresso em termos de percentual do Produto Interno Bruto (PIB),
em 1997, os gastos com cuidados de saúde decorrentes da violência foram de 1,9% do PIB,
no Brasil; 5,0%, na Colômbia; 4,3%, em El Salvador; 1,3%, no México; 1,5%, no Peru; e
0,3%, na Venezuela” (Krug, 2002).
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Quadro 3: Causas do estresse relacionado ao trabalho:
Resumo
Trabalho
• Alto ritmo de trabalho, pressão de tempo
• Falta de controle (ritmo de trabalho, mas também relacionado a riscos físicos)
• Pouca participação
• Pouco apoio de colegas e chefia
• Falta de possibilidades de desenvolvimento de carreira
• Insegurança no emprego
• Longas jornadas de trabalho
• Baixa renda
• Assédio sexual e/ou psicológico
Interface casa-trabalho
• Conflito de responsabilidades e papéis, especialmente para mulheres
• A casa é o local de trabalho
• Família exposta a riscos relacionados ao trabalho
• Violência doméstica, agressão física, estupro
• Dificuldades na logística do dia a dia
Pessoa
• Competitiva, hostil
• Excesso de comprometimento
• Falta de autoconfiança
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Consequências do estresse relacionado ao trabalho
Quadro 4:
Reações FISIOLÓGICAS ao estresse:
• aumento da frequência cardíaca
• aumento da pressão arterial
• aumento da tensão muscular
• sudorese
• aumento da produção e secreção de adrenalina
• respiração superficial em frequências mais altas
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Quando a exposição ao estresse não diminui e persiste por períodos prolongados, os
trabalhadores não têm tempo suficiente para se recuperar. O estresse pode, consequentemente,
causar distúrbios mentais e físicos e prejudicar o sistema imunológico, resultando em
doença, absenteísmo e incapacidade para o trabalho.
Existem alguns riscos a longo prazo que reduzem a saúde e desencadeiam doenças
para o trabalhador, as quais podem ser expressos em:
• aumento do absentismo
• aumento dos atrasos
• aumento da rotatividade de pessoal
• redução do desempenho e da produtividade
• diminuição das taxas de crescimento e dos lucros
• redução da qualidade do trabalho e dos produtos
• aumento de práticas de trabalho inseguras e índices de acidentes
• aumento de reclamações de clientes
• aumento de eventos violentos
• aumento de doenças ocupacionais e aumento dos custos devido a todos os itens
acima
1
A depressão tem sido associada ao estresse relacionado ao trabalho (Tenant, 2001; Roos & Sluiter, 2004) e,
mundialmente, 8% dos casos de depressão têm sido atribuídos a fatores ambientais, particularmente o estresse
relacionado ao trabalho (Prüss-Űstün, Corvalan, 2006).
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Capítulo 5
Como fundamento básico de uma força de trabalho com desafios para a sua saúde, os
trabalhadores devem estar motivados, sentir-se seguros em seu emprego, estar satisfeitos e
perceber que têm controle do seu trabalho. A prevenção do estresse relacionado ao trabalho
é, portanto, uma medida importante e propomos que ela envolva um processo por etapas
(ver também OMS, 2004)2:
4. Implementar um 3. Elaborar um
plano de ação plano de ação
2
Para mais informações sobre esse assunto, nos referimos ao livro "Work Organization and Stress" (Organização
do Trabalho e Estresse). Ele foi escrito por Stavroula Leka, Amanda Griffiths e Tom Cox, do Instituto de
Trabalho, Saúde e Organizações, de Nottingham, no Reino Unido, um Centro Colaborador da OMS em Saúde
Ocupacional, e é publicado pela Organização Mundial da Saúde na série Proteção da Saúde dos Trabalhadores
(nº. 3) (www.who.int/occupational_health/publications/stress/en/).
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1ª Etapa: Ações preparatórias e detecção de sinais de estresse
relacionado ao trabalho
A primeira etapa no processo de gestão do estresse é uma fase preparatória na qual são
tomadas as seguintes medidas:
• Definir metas e prazos para um ou mais itens listados no Quadro 5 mostrado anteriormente.
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2ª Etapa: Analisar os fatores e grupos de risco
Nesta fase, ocorre uma análise mais detalhada da situação. Novas informações permitem
conhecer melhor as condições de trabalho e as características individuais dos trabalhadores,
de modo que as fontes de estresse relacionado ao trabalho e os trabalhadores em risco
possam ser identificados. Existem vários métodos que podem ser utilizados para coletar
essas informações (por exemplo, usando questionários, checklists, entrevistas e análise de
números de absenteísmo). Um questionário, como o exemplo mostrado no Quadro 6, pode
ser usado para se obter informações sobre as condições de trabalho que podem causar
estresse relacionado ao trabalho. Ele pode ser completado com perguntas adicionais que
são específicas à atividade, ao local de trabalho ou às condições do ambiente.
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Desenvolvimento de carreira e segurança no emprego:
Você tem boas perspectivas de carreira? Sim, Não ou
geralmente às vezes
Você é capaz de desenvolver suas habilidades e intelecto no Sim, Não ou
seu trabalho? geralmente às vezes
A segurança do seu emprego é boa? Sim, Não ou
geralmente às vezes
É provável que, nos próximos dois anos, você esteja exer- Sim, Não ou
cendo o mesmo trabalho de agora e na mesma empresa? geralmente às vezes
Horário de trabalho:
Você trabalha longas horas? Sim, Não ou
geralmente às vezes
Você trabalha à noite e/ou nos fins de semana (trabalho em Sim, Não ou
turnos)? geralmente às vezes
Você tem um horário de trabalho irregular? Sim, Não ou
geralmente às vezes
Papel na empresa e informações:
Em geral, suas tarefas de trabalho são claras para você? Sim, Não ou
geralmente às vezes
Você tem tarefas/papéis conflitantes? Sim, Não ou
geralmente às vezes
Você recebe informações suficientes para fazer seu trabalho Sim, Não ou
corretamente? geralmente às vezes
Você recebe feedback sobre o seu desempenho? Sim, Não ou
geralmente às vezes
Rendimentos:
Os seus rendimentos são suficientes para sustentar você e Sim, Não ou
sua família? geralmente às vezes
Interface casa-trabalho: Sim, Não ou
O seu trabalho interfere nas suas responsabilidades geralmente às vezes
familiares ou nas atividades de lazer?
A sua casa também é o seu local de trabalho? Sim, Não ou
geralmente às vezes
Se sim:
Os membros da sua família estão protegidos contra Sim, Não ou
condições de trabalho físicas desfavoráveis (ver pergunta 2)? geralmente às vezes
Você considera sua casa como um lugar adequado para você Sim, Não ou
trabalhar? geralmente às vezes
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3ª Etapa: Elaborar um plano de ação
a) Decida quais ações devem ser tomadas para reduzir o estresse relacionado ao trabalho,
estabelecendo um inventário de possíveis soluções para as causas do estresse relacionado
ao trabalho, como identificado na 2ª Etapa. Para essa ação, consulte os exemplos no
Quadro 7 de ações para prevenir o estresse relacionado ao trabalho.
b) Isso deve ser seguido por um plano que priorize as várias ações necessárias. Identifique
quem será responsável por qual ação, defina os prazos (por exemplo, 3-6 meses) e
atualize o seu objetivo, como identificado na 1ª Etapa.
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Riscos físicos no local de • Substituir as máquinas ou dispositivos que produzam risco
trabalho por outros que produzam menos risco
• Proteger a fonte de risco (ruído ou outro)
• Informar aos trabalhadores sobre os efeitos negativos da
exposição a esses riscos
• Oferecer aos trabalhadores equipamentos de proteção in-
dividual (protetores de ouvido, luvas para proteger as mãos
de superfícies quentes, etc.)
Tarefas ou funções • Fazer uma descrição clara da função com exigências in-
conflitantes ou pouco claras teligíveis e apropriadas
Experiência de trabalho • Fornecer treinamento adequado, quando necessário
insuficiente para a função • Designar um mentor/tutor pessoal no trabalho
• Oferecer ajuda e incentivar a ajuda de colegas
• Deixar as tarefas mais difíceis para outros colegas mais
experientes
Falta de apoio social do • Oferecer aos gestores treinamento para aprender a como
gestor e/ou colegas tratar seus subordinados
• Organizar atividades periódicas que estimulem o espírito
de equipe (jantar após o trabalho, excursões em equipe ou
outras atividades sociais)
• Almoços e intervalos para o café juntos
• Estimular e recompensar o trabalho em equipe
• Organizar reuniões periódicas nas quais os problemas de
trabalho possam ser discutidos e resolvidos (juntos)
Interface casa-trabalho • Apoiar ou disponibilizar serviços de creche
• Horários de trabalho flexíveis, como trabalho temporário e/
ou meio-turno
• Teletrabalho/trabalho em casa
• Levar em conta as necessidades da família e dos filhos
(crianças), além de cuidar do trabalhador
• Oferecer transporte para o trabalhador, quando necessário
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• melhorias ergonômicas no local de trabalho3;
• melhorar os horários de trabalho, bem como os períodos de trabalho e de descanso (por
exemplo, do ponto de vista da saúde, a rotação direta ou de sentido horário de turnos é
preferida em comparação com a rotação inversa ou de sentido anti-horário);
• implementar a consulta direta com os trabalhadores;
• melhorar a comunicação entre os grupos de trabalhadores, ou entre o cliente e o(s)
trabalhador(es), ou entre os trabalhadores e as chefias;
• fornecer descrições de funções ou tarefas claras;
• fornecer regras e caminhos claros de promoção.
Obs.: a vantagem dessa abordagem é que ela lida diretamente com as causas do estresse
no ambiente de trabalho e pode ter um efeito positivo em toda a força de trabalho de uma
empresa.
• gerenciamento de tempo;
• lidar com clientes agressivos;
• levantamento de cargas pesadas;
• uso de máquinas ou equipamentos adequados;
• gerenciamento de estresse e treinamento de assertividade;
• busca de apoio da família, comunidade, religião e espiritualidade.
Obs.: essa abordagem focada no indivíduo tem duas desvantagens quando existem grandes
problemas no local de trabalho:
Como regra geral, as estratégias organizacionais para evitar o estresse relacionado ao trabalho
devem receber alta prioridade. No entanto, até mesmo os esforços mais conscienciosos
3
Para mais informações sobre este assunto, nos referimos ao livro ‘Preventing Musculoskeletal Disorders
in the Workplace’ (Prevenção de distúrbios músculo-esqueléticos no local de trabalho). Ele foi escrito por
Alwin Luttman, Matthias Jäger e Barbara Griefahn, do Instituto de Fisiologia Ocupacional da Universidade de
Dortmund, um Centro Colaborador da OMS em Saúde Ocupacional, e é publicado pela Organização Mundial
da Saúde na série Proteção da Saúde dos Trabalhadores (nº. 5) (www.who.int/occupational_health/publications/
muscdisorders/).
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para melhorar as condições de trabalho não seriam suficientes para eliminar o estresse
completamente para todos os trabalhadores. Por essa razão, uma combinação de abordagem
organizacional e individual é, muitas vezes, a maneira mais útil de prevenir o estresse
relacionado ao trabalho e, ao mesmo tempo, manter o foco nas medidas organizacionais
e nas medidas de trabalho-organização. Se estiverem disponíveis, o serviço de saúde
ocupacional, psicólogos profissionais ou profissionais com conhecimentos especializados
relacionados poderão informar ao empregador sobre medidas de prevenção ou intervenções
que sejam melhor indicadas para as situações de risco identificadas.
Antes de iniciar a fase de implementação, é importante discutir como o plano de ação pode
ser implementado e como diferentes parceiros da organização, bem como seus trabalhadores
ou pessoas de fora da organização, serão envolvidos.
É essencial informar aos trabalhadores e envolvê-los nas mudanças que ocorrerão. Eles
precisam saber quem deve estar envolvido no processo de mudança. A participação dos
trabalhadores é crucial, pois eles são os que melhor compreendem o seu trabalho e, muitas
vezes, têm ideias sobre como melhorá-lo. É somente através da participação que qualquer
eventual resistência a mudanças nas organizações será reduzida. Às vezes, pessoas de fora
da organização podem facilitar o processo de mudança.
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Quadro 7: Estudo de Caso:
Um exemplo de implementação bem-sucedida de soluções para reduzir o estresse
relacionado ao trabalho em organizações em duas cidades vietnamitas
(fonte: OMS/WPRO, 1999)
Como primeiro passo, foi criado um comitê organizador local. Muitas agências e órgãos
públicos a nível distrital, incluindo o Departamento de Saúde, o Departamento de Assuntos
Sociais, o Escritório Comercial e da Indústria, sindicatos e grupo de mulheres, participaram.
A título de orientação, o grupo diretivo do projeto participou de uma oficina de três dias
sobre locais de trabalho saudáveis, e dois cursos de capacitação foram realizados para
representantes de agências e pessoal dos locais de trabalho para prepará-los para o
gerenciamento de projetos. Foi oferecido um curso para gestores multidisciplinares a nível
distrital para introduzi-los às normas de saúde e segurança do trabalho e à avaliação
de riscos para a saúde no ambiente de trabalho. Um segundo curso foi fornecido aos
representantes dos trabalhadores e aos empregadores sobre o princípio de melhorar as
condições de trabalho.
Posteriormente, foi realizada uma pesquisa para avaliar as necessidades dos trabalhadores
em termos de proteção e promoção da saúde. Essa pesquisa revelou uma variedade
de queixas relacionadas a problemas de saúde e segurança e um número limitado de
intervenções de saúde existentes.
Com base nos resultados da pesquisa, um abrangente plano de ação de trabalho saudável
foi desenvolvido e implementado nas organizações participantes, incluindo modificações
nas condições de trabalho, exames de saúde e atividades relacionadas a um estilo de vida
saudável. Para incentivar um alto rendimento entre os locais de trabalho participantes, foi
estabelecido um sistema de premiação competitivo com base em 100 critérios realistas.
Embora os administradores de pequenas empresas inicialmente tenham reagido de
forma negativa com relação ao programa, eles começaram a apoiar depois de observar
os benefícios. O programa resultou em uma mudança na cultura do local de trabalho
nas organizações participantes, incluindo um ambiente de trabalho mais descontraído.
Os trabalhadores também se beneficiaram de melhorias no ambiente de trabalho físico
e nas informações recebidas sobre diversos tópicos de saúde. Uma análise da relação
custo-benefício revelou ganhos financeiros pelo aumento da produtividade em relação aos
investimentos em saúde e segurança feitos pela administração.
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Quadro 8: Estudo de Caso:
Uma colaboração de três anos entre a OIT (Programa Trabalho Seguro) e a CTM,
uma das principais centrais sindicais do México, iniciou um programa de "formação de
multiplicadores". Foi incluído um capítulo sobre o estresse relacionado ao trabalho, que foi
replicado por alguns dos sindicatos, os quais elaboraram seus próprios slides e folhetos
a partir desse material. Isso será usado para conscientizar os trabalhadores sobre esse
assunto.
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d) As pessoas envolvidas estão satisfeitas com seus novos arranjos ou formas de trabalhar?
Pergunte aos trabalhadores diretamente ou circule um questionário para analisar a nova
situação e comparar os novos números e resultados com aqueles obtidos anteriormente
(consulte o questionário no Quadro 6).
Através da avaliação, pode-se determinar se as soluções precisam ser alteradas e outras
medidas devem ser tomadas para gerenciar o estresse relacionado ao trabalho. Isso pode
levar a um plano de ação revisado.
1. Uma avaliação pode ser feita logo após a implementação do plano de ação (após cerca
de três meses) para determinar se o processo de implementação foi bem-sucedido e se há
algum efeito a curto prazo do programa.
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Quadro 9: Estudo de Caso:
Embora esse caso não seja um caso de um país em desenvolvimento, ele mostra o
benefício de trabalhar em conjunto com um grupo de organizações que têm um perfil de
risco psicossocial semelhante e que parecem ter sido bem-sucedidas no gerenciamento
dos riscos através de intervenções eficazes em termos de custo.
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Capítulo 6
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de saúde, bem como especialistas em condicionamento físico e nutricionistas. A Figura 3
abaixo representa a estrutura de uma rede de apoio para pequenas e médias empresas.
Pequenas
empresas
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Capítulo 7
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Quadro 10: Os 10 principais fatores para o sucesso na ação preventiva:
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Capítulo 8
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estresse relacionado ao trabalho é uma questão de crescente preocupação nos países em
desenvolvimento, pois inevitavelmente terá consequências negativas futuras para a saúde,
a segurança e o bem-estar dos trabalhadores, e a produtividade e a relação custo-benefício
das empresas para as quais eles trabalham. A crescente globalização e a transferência
de práticas de trabalho insalubre e tecnologias inseguras fazem com que isso se torne
facilmente um grande desafio, e requer empregadores e representantes de trabalhadores
dedicados cujo objetivo é proteger a força de trabalho. O quadro acima descreve alguns
fatores de sucesso para esses esforços.
A hipertensão e as doenças cardiovasculares são uma das principais doenças crônicas nos
países em desenvolvimento, consumindo uma proporção importante de seu orçamento de
saúde pública. Os trabalhos ou atividades profissionais que têm um alto nível de tensão
contribuem com 21% a 32% da prevalência de hipertensão. Isso significa que o redesenho
dos trabalhos seria uma medida eficaz em termos de custos para evitar uma proporção
considerável dessa doença, além de todos os esforços realizados para controlar os fatores
de risco tradicionais (químicos, biológicos e físicos, incluindo aspectos de promoção da
saúde que tratem, por exemplo, do sobrepeso e da nutrição).
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Se os empregadores, os trabalhadores, os seus representantes e as agências regionais fizerem
tudo o que puderem para minimizar o estresse relacionado ao trabalho, e trabalharem em
conjunto para melhorar a "qualidade de vida no trabalho", isso não só garantirá uma força de
trabalho saudável e produtiva, mas também assegurará benefícios econômicos sustentáveis
para a empresa e a nação como um todo. É muito importante que os empregadores e os
representantes dos trabalhadores promovam as pesquisas e as coletas de dados através
de levantamentos nacionais e regionais. Isso fornecerá dados reais sobre a prevalência
da exposição ao estresse relacionado ao trabalho, que poderão ser usados em análises de
custo-benefício, os quais, por sua vez, apoiarão as medidas a serem tomadas nas empresas
e até mesmo a nível nacional.
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Capítulo 9
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
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Capítulo 10
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