Você está na página 1de 6

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Reavaliação do Processo de Escoamento, Transferência de Calor e Interface de conexão

Numa Seção de Tubo do Superaquecedor Final.

(Contrato No. TMS.NAJL.05.28924 – Relatório Mensal – 08/06)

Este produto apresenta resultados parciais referentes ao Projeto P&D ANEEL


Tractebel Energia S.A. (Contrato TMS.NAJL.05.28924), previsto em
contrato, acrescentando informações e gráficos relacionados com o
comportamento hidrodinâmico para reavaliação do processo de escoamento e
transferência de calor entre gases e vapor e avaliando a condição de interface
entre os domínios para os gases no superaquecedor final da Unidade 6-UTLB.

Florianópolis, 31 de Outubro de 2006.


1- Metodologia e Hipóteses Simplificativas
Inicialmente, para o domínio da seção do tubo, as dimensões foram tomadas
segundo o passo transversal, com espessura de 0,3 metros e altura de 10 metros. A
diferença com relação ao relatório anterior, foi a expansão para 2 subdomínios com
conexão de interface fluido-fluido, com objetivo de trabalhar esse tipo de interface nas
condições de contorno mais adequadas. A figura 1 apresenta o domínio unificado,
formado pela união dos dois domínios preliminares, indicando a interface entre os gases e
onde as faces de cor azul indicam as condições de parede.
Os domínios trabalhados foram os mesmos, gases exteriores ao tubo, aço e vapor
no interior do tubo

Figura 1 - Domínio computacional estendido a dois subdomínios da seção


da serpentina do superaquecedor final.

Alem das condições de contorno prescritas utilizadas por aproximações, fizeram-


se simulações importando os perfis de velocidade e temperatura de simulações realizadas
em trabalhos anteriores de Projetos P&D ANEEL, os quais forneceram dados de entrada
no superaquecedor final. Esses perfis de velocidade e temperatura foram tomados como
condição de contorno na entrada dos gases.
O formato da malha permaneceu a mesma. Na figura 2, observamos as malhas dos
domínios trabalhadas no formato hexaédrico, idênticas às trabalhadas no relatório
anterior.

Figura 2a - Domínio gases Figura 2b – Domínio aço Figura 2c - Domínio vapor

Os dados utilizados foram obtidos através de aproximações nos fluxos mássicos no


interior das serpentinas juntamente com a exportação dos perfis de velocidade e
temperatura de simulações na caldeira de projetos anteriores, além daqueles fornecidos
pela empresa.
Tomando como base os dados do relatório anterior, se fez a simulação com as
modificações já mencionadas anteriormente. Por enquanto não se trabalhou a radiação já
que o foco principal é a condição de contorno que conecta os dois subdomínios
unificados.
Na figura 3, é mostrado os planos de entrada do perfil de velocidade e temperaturas
no superaquecedor final. E na figura 4, se apresenta a parcela do perfil de velocidade e
temperaturas importadas para ser adequadas como condição de contorno no subdomínio.

Figura 3a – Perfil de velocidades Figura 3b – Perfil de temperaturas


Figura 3 – Perfil de velocidades e temperaturas na entrada do Superaquecedor Final.
Figura 4a – Perfil de velocidades Figura 4b – Perfil de temperaturas
Figura 4 – Perfil de temperaturas e velocidades importadas na entrada do subdomínio
computacional.

2- Resultados do escoamento com dois subdomínios conectados pela


interface fluido – fluido numa seção transversal do domínio.

Na figura 5 é mostrado o perfil hidrodinâmico dos gases, indicando o comportamento


dos gases, observando uma simetria aproximada entre os dois domínios, a condição de
contorno utilizada foi de interface fluido-fluido, já que é a verdadeira condição de
conexão entre dois domínios fluidos, conexão esta, de grande valor para prescrever as
condições de contorno que conecta os nossos subdomínios.

a) Esquema colorido. b) Esquema vetorial.


Figura 5 - Comportamento hidrodinâmico dos gases (vista superior).
Na figura 6, é apresentado o mesmo domínio computacional, com as mesmas
condições de contorno, com a diferença da condição de contorno na entrada do
superaquecedor final, o qual deixa de ser prescrito por aproximações, para ser importado
de resultados anteriores da caldeira como um tudo.

a) Esquema colorido. b) Esquema vetorial.

Figura 6 - Comportamento hidrodinâmico dos gases com condições prescritas de


resultados da simulação da caldeira (vista superior).

Na figura 4, pode-se apreciar que importando os perfis de velocidade obtidos de


simulações anteriormente realizados na caldeira, não se mantém a condição de simetria
aproximada na interface dos dois subdomínios como se tinha com condições aproximadas
do perfil de velocidades perpendicular ao plano de entrada. Como o real perfil de
velocidades dos gases entrando no superaquecedor final não é perpendicular ao plano de
entrada, ocorre a inexistência de simetria entre as interfaces dos subdomínios.
Tomando em conta este inconveniente na interface de conexão entre os subdomínios,
trabalhos se prosseguem com a finalidade de rodar a máxima quantidade de subdomínios
computacionais possíveis para ter informação das condições de interface entre os
subdomínios, interfaces que são de grande importância para prescrever as condições de
interface nos subdomínios.
3- Conclusão

Prescrevendo o perfil de velocidade perpendicular ao plano de entrada no


superaquecedor final, se pode observar a existência de simetria na conexão de interface
entre os subdomínios rodados.
Importando o perfil de velocidades dos resultados obtidos de simulações feitos na
caldeira, pode-se observar a não simetria entre as interfaces dos subdomínios
computacionais, já que o perfil de velocidades não é perpendicular ao plano de entrada e
seu perfil depende de condições operacionais na caldeira.

Você também pode gostar