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E
ZRelatórios
A
F
Monografias
O
Dissertações
M
OTeses
C
MARIA MARLY DE OLIVEIRA
RProjetos
E
ZRelatórios
A
F
Monografias
O
Dissertações
M
OTeses
C 5a Edição Ampliada e Atualizada
segundo Nova Ortografia e Normas da ABNT
© 2011, Elsevier Editora Ltda.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da Editora, poderá ser reprodu-
zida ou transmitida, sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, m
ecânicos, fotográficos,
gravação ou quaisquer outros.
ISBN 978-85-352-3942-3
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erros de digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a
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CIP-Brasil. Catalogação-na-Fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
O45c
5.ed.
Oliveira, Maria Marly de
Como fazer projetos, relatórios, monografias, dissertações e teses /
Maria Marly de Oliveira. - 5.ed. [rev.] - Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
Apêndices
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-352-3942-3
10-3880. CDD:
808.066
CDU: 001.818
Dedicatória
Aos estudantes
que venham a utilizaruniversitários
esta obra comoe aos colegas professores
instrumento de referên-
cia, na construção e reconstrução de novos conhecimentos.
Quanto mais me capacito como profissional, quanto
mais sistematizo minhas experiências, quanto mais
me utilizo do patrimônio cultural, que épatrimônio
de todos e ao qual todos devem servir, mais aumen-
ta minha responsabilidade com os homens.
Paulo Freire, 1983, p. 20
Prefácio
dade com
duação a escrita.
seguem um Mas nemmodelo,
mesmo sempre os programas
embora de pós-gra-
a maioria das
sequências de informações seja semelhante.
Desse modo, é importante ressaltar que estelivro vem aten-
der tanto ao estudante de graduação como ao de pós-graduação.
Nesse aspecto, o livro Como fazer projetos, relatórios,
monografias, dissertações e tesesvisa a preencher uma lacuna nes-
te campo. Elaborado e desenvolvido pelaprofessora Maria Marly
de Oliveira, este trabalho se deve em grande parte à sua experiên-
cia construída, sobretudo, ao longo do tempo em que leciona as
disciplinas “Metodologia da Pesquisa Científica” e “Metodologia
do Ensino Superior”, emdiferentes programas de pós-graduação.
Portanto, é com inusitado prazer que felicito a autora deste
livro, o qual preenche uma lacuna, agora sanada pela educadora
Prof Dr Maria Marly de Oliveira, ex-diretora do Departamen-
ª ª
1
...............................................................
Noções básicas
1.1.1.1 Introdução
Esta é a parte inicial do texto, em que deve constar a deli-
mitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros ele-
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
1.1.1.2 Desenvolvimento
É a principal parte do texto, na qual deve constar a expo-
sição minuciosa do assunto tratado, fazendo-se uma contex-
tualização e uma fundamentação teórica, cuja estruturação di-
vide-se em seções e subseções que sofrem variações, segundo a
forma de abordagem de cada autor(a).
1.1.1.3 Conclusão
É a parte final do texto, na qual se apresentam as conclu-
sões do estudo realizado, segundo os objetivos propostos no
início do trabalho. É recomendável a apresentação de suges-
tões, com os desdobramentos que o estudo permitiu, e possí-
veis encaminhamentos para os atores sociais que foram envolvi-
dos no processo da pesquisa.
Outros trabalhos acadêmicos similares para conclusão de
curso (TCC), trabalho de graduação interdisciplinar (TGI), tra-
balhos de conclusão de cursos de especialização e/ou aperfeiçoa-
mento, sob a coordenação de um(a) orientador(a), poderão se-
guir também essas recomendações.
Assim, para facilitar a compreensão, apresentamos, no
Quadro 1, a disposição dos elementos essenciais a um trabalho
acadêmico.
2
Capítulo 1: Noções básicas
em
3
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
1.1.3.1 Margem
A configuração das folhas deve apresentar margem esquer-
da e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm.
1.1.3.2 Espacejamento
A ABNT, no já citado documento, recomenda que todo
texto seja digitado com espaço 1,5, informando que:
As citações de mais de três linhas, as notas, as referên-
cias, as legendas das ilustrações e tabelas, a ficha cata-
lográfica, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da
instituição a que é submetida e a área de concentração
devem ser digitados ou datilografados em espaço sim-
ples (NBR 14724, 2005, p. 8).
4
Capítulo 1: Noções básicas
1.1.4 Paginação
A capa e as páginas em branco, que são colocadas no iní-
cio e no final do trabalho, não são numeradas. Arecomendação
é de que todas as folhas do trabalho, a partir da folha de rosto,
devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A
numeração é colocada a partir da parte textual, em algarismo
arábico, no canto superior direito da folha, a 2 cm de sua borda
superior. No caso de o trabalho ser constituído de mais de um
volume, deve ser mantida uma única sequência de numeração
5
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
1.1.5.1 Capa
Os elementos essenciais para identificação de um traba-
lho acadêmico devem constar na capa, começando pelo nome
da instituição, seguida pela identificação do departamento e/ou
centro, programa, título, subtítulo, se houver, número de volu-
me (se houver mais de um), autor(a), local e ano de entrega ou
depósito.
Esses trabalhos devem ser encadernados, com uma capa
em plástico transparente, para proteção da folha digitada, no
caso de projetos e monografias. No caso de dissertações e teses,
usa-se capa dura de papelão, na cor determinada pela coorde-
nação do programa de pós-graduação. Todas as informações de-
vem ser formatadas com parágrafo centralizado, sendo aidenti-
ficação da entidade do programa e o título do trabalho digitados
em fonte 14, com espaço simples e em negrito (Apêndice A).
6
Capítulo 1: Noções básicas
7
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
1.1.5.7 Sumário
Contém a numeração de todas as divisões,seções e outras
partes do trabalho, na mesma ordem em que aparecem no tex-
to, indicando o número inicial da página de cada divisão, seção
ou outras partes. Após a numeração de cada item, coloca-se um
ponto e, nos subitens com dois ou mais dígitos, um ponto após
o primeiro e o segundo (ou terceiro) números, mas não se colo-
ca ponto no final da numeração desses subitens.
8
Capítulo 1: Noções básicas
As concisas,
vem ser páginas liminares são
evitando-seopcionais e, quando utilizadas, de-
as imensas listagens de pessoas, gru-
pos ou santos(as) de devoção do(a) autor(a). A sobriedade é sempre
bem-vinda em qualquer trabalho científico, técnico ou didático.
1.1.6.1 Errata
Elemento opcional que deve ser inserido logo após a folha
de rosto, constituído por referência do trabalho e texto da errata,
disposto conforme exemplo a seguir:
9
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
ERRATA
48 4 Desenvovimento Desenvolvimento
1.1.6.2 Dedicatória
A dedicatória é uma homenagem que o(a) autor(a) presta a
uma ou várias pessoas do convívio familiar, amigos(as), colegas ou
pessoas ilustres, cuja contribuição científica esteja relacionada ao
texto. Aparece logo depois da folha de aprovação, nas dissertações
e teses; em outros trabalhos, vem logo depois da folha de rosto.
1.1.6.3 Agradecimentos
Os agradecimentos também devem ser concisos e discre-
tos. Trata-se de um reconhecimento para com o(a) orientador(a),
os professores e as pessoas que, de forma direta ou indireta,
contribuíram para a realização e concretização do trabalho ci-
entífico. Elemento opcional, colocado após a dedicatória.
1.1.6.4 Epígrafe
Diz respeito à escolha de frase ou pensamento de cunho
filosófico, poético ou socioeducacional, que esteja relacionado
à construção do trabalho científico ou, ainda, que tenha um for-
te significado pessoal para o(a) autor(a). Elemento opcional,
colocado após os agradecimentos (Apêndice E).
10
Capítulo 1: Noções básicas
Gráfico 1
Nível de escolaridade da Comunidade Bom Clima
8,04
22,41
9,59
Analfabeto
Ensino fundamental completo
Ensino fundamental incompleto
Ensino médio completo
18,96
Ensino médio incompleto
45,97
12
Capítulo 1: Noções básicas
RESPOSTAS
100,00
13
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
Tabela 2
Grupos familiares de migrantes carentes
Situação Registro de Sim Não TOTAL
de Nascimento
Trabalho dos Filhos Respostas % Respostas % Respostas %
14
Capítulo 1: Noções básicas
geográficos
do texto. e diferentes imagens que facilitam a compreensão
15
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
FPE
1.1.9 Índice
Segundo a norma NBR 6034 (2004), o índice é a relação
de palavras ou frases, ordenadas segundo um determinado cri-
tério que permite ao leitor uma fácil localização de assuntos de
seu interesse que estão contidos no texto. É importante obser-
var que existe uma diferença entre índice e sumário, visto que o
índice deve constar no final do texto, e o sumário antecede o
texto, ressaltando-se que aquele éopcional, enquanto este é um
elemento obrigatório na construção de trabalhos acadêmicos.
Enquanto o sumário apresenta toda estrutura do texto
em divisões por meio de itens e subitens, o índice detalha
determinado conteúdo com frases curtas, que facilita o aces-
so do leitor à informação com indicação precisa ao longo do
texto. Para melhor entendimento desta diferença, remetemos
o leitor ao subitem 1.1.5.7 deste capítulo, que trata especifi-
camente do significado e da importância do sumário.
16
Capítulo 1: Noções básicas
1.1.11 Glossário
É uma lista, em ordem alfabética, de palavras ou termos
técnicos que não são utilizados com frequência, e, por isso, cada
termo é acompanhado de explicações. Sendo elemento opcional,
o glossário é pouco utilizado.
17
Capítulo
2
...............................................................
Metodologia, métodos
e técnicas
Entenda-se por “metodologia” o processo que implica na
utilização de métodos e técnicas. Portanto, desde a fase inicial
em que se escolhe o tema de pesquisa até a fase final com a
análise dos dados coletados e as considerações finais, com possí-
veis recomendações, é o que se pode denominar de metodologia.
Evidentemente, este processo requer a opção por ummétodo
para operacionalização da pesquisa que se pretende realizar e a
utilização de técnicas para coleta e análise de dados.
Tomando como referencial Maren (1995), podemos afir-
mar que a metodologia trata de estudos e pesquisas através da
utilização de métodos, técnicas e discursos, sendo um conjunto
de operações sistematizadas e racionalmente encadeadas.
21
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
22
Capítulo 2: Metodologia, métodos e técnicas
23
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
tos
rios,e sendo
fenômenos. O desenvolvimento
resultado de acumulação dese dá na luta dos
mudanças, contrá-
tanto qua-
litativas como quantitativas, que ocasionam as transformações
qualitativas.
Para melhor aprofundamento desses pressupostos,
recomendamos uma leitura cuidadosa da obra: Ideologia
Alemã de Engels e Marx, que consta nas referências deste
livro.
24
Capítulo 2: Metodologia, métodos e técnicas
O método
para de estudo
se preservar de caso permite
as características uma investigação
holísticas e significati-
vas dos acontecimentos da vida real, tais como: ciclos de
vida individuais, processos organizacionais e administra-
tivos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações
internacionais e a maturação de setores econômicos.
Para o estudo
uma realidade
de caso múltiplo, a pesquisa utiliza mais de
para confrontar dados, visando buscar explica-
ções e fundamentos para os fenômenos que caracterizam o ob-
jeto de estudo. Cita-se, como exemplo, o estudo de caso entre
duas ou mais empresas de informática, ou um estudo entre es-
colas situadas em áreas urbanas e rurais.
Ainda para Yin (2005,p. 33), “o estudo de acso como estratégia de
pesquisa compreende um método que abrange tudo – tratando da lógica
de planejamento, das técnicas de coleta de dados, e das abordagens espe-
cíficas à análise dos mesmos”. Nessedo,
senti
o estudo de caso é um méto-
do abrangente que permite chegar a generalizações amplas baseadas em
evidências e que facilita a compreensão da realidade.
Logo, é importante compreender que o método de estudo
de caso é eclético, pois, além de ser uma estratégia de pesquisa,
também é utilizado como prática pedagógica. Nesse sentido,
vamos exemplificar o estudo de caso como estratégia didático-
pedagógica para realização de um trabalho interdisciplinar.
26
Capítulo 2: Metodologia, métodos e técnicas
mos à imaginação
em termos dos leitores(as)
de estudos e atividadesoescolares.
que seria Outro
possívelexemplo,
realizar
seria na área do Direito, no qual é frequente a utilização da
técnica de júri simulado através da análise de casos.
27
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
28
Capítulo 2: Metodologia, métodos e técnicas
29
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
reais”.
30
Capítulo
3
...............................................................
Projetos e relatórios
4.2.3 Entrevista
4.2.4 Formulários e planilhas
5. Universo e amostra
6. Orçamento
7. Cronograma de atividades
Referências
Apêndices
Anexos
O projeto acadêmico requer a realização de pesquisa, vi-
sando à construção de trabalhos científicos. Para isso, é neces-
sário muita disciplina, reflexões sistemáticas sobre a realidade
empírica a ser pesquisada, fazendo-se frequentes anotações
sobre a evolução do pensamento, as leituras realizadas e as
observações do fenômeno, relativamente ao objeto de estudo.
Antes de formular o projeto de pesquisa, é importante tentar
responder mentalmente as questões: O QUE FAZER? POR
QUÊ? PARA QUEM? ONDE? COMO? QUANDO?
Assim, após mencionar os itens e subitens da estrutura de
um projeto acadêmico e/ou projeto de pesquisa, passamos a des-
crever, de forma concisa, o significado e a forma de como deve
ser trabalhado cada um dos itens e subitens desse tipo de projeto.
3.1.1 Introdução
Todo projeto de pesquisa deve começar situando, no tem-
po e no espaço (contextualização), o problema ou a questão
central do estudo. O problema de pesquisa é uma questão que
envolve intrinsecamente uma dificuldade teórica e prática, para
a qual se busca resposta ou solução do problema que se esco-
lheu como tema de estudo.
33
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
amostra e aconhecimento.
avanço do possível contribuição que possa ser dada ao
34
Capítulo 3: Projetos e relatórios
1
Dependendo da opção do autor da pesquisa e do orientador, e, mais precisamente,
para estudos que privilegiam a abordagem quantitativa em vez de questões de
pesquisa, são construídas hipóteses e variáveis.
35
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
de precisão, do
terpretação evitando
que se ao máximopesquisar.
pretende uma possível distorção na in-
36
Capítulo 3: Projetos e relatórios
2
Chamamos a atenção para não se confundirem objetivos específicos com metas,
visto que estas dizem respeito ao que se pretende estudar em termos de números,
que são imbricados com a determinação de tempo. Por exemplo: selecionar, em
cinco municípios da zona rural de Petrolina, 25 vacas leiteiras, verificando-se a
produção durante os meses de maio a julho de 2003.
37
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
pleta de verbos
poderão no Apêndice
ser utilizados, desdeH,que
lembrando queprecisos
sejam mais muitos outros
para a
elaboração dos objetivos gerais e específicos.
38
Capítulo 3: Projetos e relatórios
39
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
40
Capítulo 3: Projetos e relatórios
3.1.5 Metodologia
Entenda-se metodologia comoprocesso no qual se aplicam
diferentes métodos, técnicas e materiais, tantolaboratoriais como
instrumentos e equipamentos para coleta de dados no campo.
A metodologia engloba todos os passos realizados para a cons-
trução do trabalho científico, que vai da escolha do procedimento
para obtenção de dados, perpassando a identificação de método(s),
técnica(s), materiais, instrumentos de pesquisa e definição de amos-
tra/universo, à categorização e análise dos dados coletados.
É fundamental que o(a) pesquisador(a) mencione qual o
tipo de pesquisa que pretende desenvolver, explicando se a op-
ção é por uma pesquisa empírica com trabalho de campo ou de
laboratório; se vai realizar uma pesquisa de análise teórica, uma
pesquisa teórico-empírica,
de caso ou, uma pesquisa
ainda, uma combinação histórica,
de dois tipos de um estudo
pesquisa.
Para o levantamento dos dados, podem ser empregados
os seguintes procedimentos: pesquisa documental, pesquisa bi-
bliográfica, contatos diretos e observações de fatos e fenôme-
nos, mediante a utilização de planilhas ou equipamentos especí-
ficos para coleta e análise de dados do objeto de pesquisa.
A escolha da metodologia ou do procedimento meto-
dológico de pesquisa deve estar adequada aos objetivos e à justi-
ficativa, além de coerente com aformulação do problema que vai
ser investigado. Nessa direção, Denker (1998, p. 85) enfatiza que:
O detalhamento dos procedimentos metodológicos in-
clui a indicação e a justificação do paradigma que orien-
ta o estudo, etapas de desenvolvimento da pesquisa,
descrição do contexto, processo de seleção dos partici-
pantes, os procedimentos e o instrumental de coleta e
análise dos dados e os recursos utilizados para maxi-
mizar a precisão de resultados.
41
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
42
Capítulo 3: Projetos e relatórios
3.1.5.2.1 Observação
A observação é a base da investigação científica, permi-
tindo o registro dos fenômenos da realidade para se planejarem
e sistematizarem os dados que serão coletados.
3.1.5.2.2 Questionário
O questionário é considerado um importante instrumen-
to de pesquisa por fornecer subsídios reais do universo ou da
amostra pesquisada. A elaboração de um questionário requer
que o(a) pesquisador(a) conheça a realidade a ser pesquisada,
sendo recomendável que o tempo para as respostas não ultra-
passe meia hora. A elaboração das questões deve estar funda-
mentada no problema formulado, na hipótese e teoriapertinen-
tes ao tema pesquisado, devendo estar em relação direta com a
realidade da pessoa que vai responder ao questionário.
Para a elaboração de questionários, utilizam-se duas cate-
gorias de questões: as abertas e as fechadas. As questões aber-
tas permitem respostas livres, como, por exemplo: qual sua opi-
nião sobre os efeitos da globalização na economia brasileira? Já
as questões fechadas delimitam as respostas: você é a favor do
racionamento de energia? Sim ( ) Não ( ).
É recomendável que, na aplicação do questionário, não
conste a identificação da pessoa que o responde, deixando-se,
assim, maior liberdade para o fornecimento das respostas.
3.1.5.2.3 Entrevista
A entrevista diferencia-se do questionário por estabelecer
uma relação direta entre pesquisador(a) e entrevistado(a)e pela
utilização do registro das respostas em gravadores ou anota-
ções manuais.
44
Capítulo 3: Projetos e relatórios
45
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
3.1.7 Orçamento
É opcional e aplica-se aos projetos que são financiados. O
orçamento, fruto de fontes financiadoras, deve ser digitado em
forma de tabela, com detalhamento das despesas pelos itens:
recursos humanos, recursos financeiros, recursos materiais,
material de consumo, serviços de terceiros, viagens, diárias e
outras especificidades inerentes a cada projeto de pesquisa.
3.1.9 Referências
Entenda-se porreferências textuaistodo material bibliográfico
pesquisado e citado no interior do texto de monografias, disserta-
ções, teses, artigos científicos, livros, relatórios. A forma de apresen-
tação deve seguir a formatação da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), conforme detalhamento no Capítulo 6 desta obra.
Segundo a ABNT (NBR 14724, 2005, p. 8): “As referências,
ao final do trabalho, devem ser separadas entre si por dois espa-
ços simples.”
46
Capítulo 3: Projetos e relatórios
3.1.10 Apêndices/Anexos
Os anexos e apêndices devem ser apresentadosem ordem
alfabética, logo após asreferências, conforme as normas da ABNT
que estão explicitadas no Capítulo 6 desta obra.
47
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
Superior
acadêmico (IES),
comoorequisito
projeto de intervenção
para demanda
obtenção de créditosum trabalho
educativos,
que resulta de trabalhos realizados em forma de estágios, asses-
soria ou consultoria em empresas, ONGs, cooperativas, associa-
ções e diferentes organizações produtivas ou educacionais.
Para esse tipo de projeto, as recomendações são as mes-
mas que para os projetos acadêmicos (Apêndice L), acrescen-
tando o item contrato. No caso de o projeto de intervenção ser
48
Capítulo 3: Projetos e relatórios
referência
reporta aosbibliográfica, uma vez quecomo
projetos de intervenção a literatura existente
requisito se
acadêmico
para trabalho de conclusão decursos de pós-graduaçãolato sensu.
4
Tradução livre do Dictionnaire actuel de l‘éducation , 2a edição, de Renald Legendre,
1993.
5
Essas afirmações são baseadas na experiência da autora dessa obra, quando
no exercício da função de Diretora do Projeto Internacional Université de Sherbrooke
(U.S.) e Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) no período de
1989-1995. Tomamos como base uma obra canadense intitulada La function de
conseil auprès des organizacions , da autoria de Lescarbeau, Pyaetti e St-Arnoud.
49
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
Enquanto
e de chegada do que, no projeto
projeto de pesquisa,
é trabalhar apenas umo ponto
tema de
quepartida
exige
um exaustivo levantamento bibliográfico para a construção da
fundamentação teórica, além dos instrumentais para pesquisa
de campo e/ou bibliográfica; por sua vez, no projeto de inter-
venção, o conteúdo programático de cada disciplina é trabalha-
do na sua totalidade na busca de alternativase/ou soluções para
problemas existentes no processo ensino-aprendizagem, cuja es-
trutura é apresentada logo a seguir.
50
Capítulo 3: Projetos e relatórios
52
Capítulo
4
...............................................................
Redação de monografias,
TCC, TGI, dissertações
e teses
A redação de um trabalho acadêmico requer fidelidade
aos dados obtidos com organização, lógica e elegância de esti-
lo. Para melhor escrever um trabalho científico, Richardson
apud Litton (1999, p. 305) recomenda observarem-se atenta-
mente dez itens:
1. Variar a extensão das frases. Dar preferência às ora-
ções curtas e simples.
2. Eliminar toda palavra supérflua.
3. Usar tom impessoal na redação. Cultivar um estilo for-
mal, sem se mostrar pedante ou afetado.
4. Empregar corretamente o idioma.
5. Familiarizar-se com os sinais de pontuação e a função
que desempenham.
6. Dar a devida importância a cada palavra. Conhecer o
significado das palavras, antes de usá-las. Evitar os fal-
sos sinônimos, o nome vulgar ou familiar das coisas.
Nunca empregar gíria.
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
não bons
10. Ler vocábulos vulgares
autores. ou mal-informados.
Aproveitar o melhor dessa leitura
para desenvolver seu próprio estilo, que deve ser o re-
flexo da personalidade culta de um universitário e de
um profissional.
4.1 Níveis de pesquisa
É possível encontrar uma grande variedade de classifica-
ção de pesquisas. No entanto, a mais usual é a catalogação em
54
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
55
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
quantificáveis.
Esses dois tipos de abordagem não são excludentes, visto
que, na opção por uma pesquisa qualitativa, pode-se recorrer a
dados quantitativos para melhor análise do tema em estudo e
vice-versa.
56
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
4.3 Monografia
Antes de adentrarmos nos diferentes níveisde monografias,
é importante que se entenda o significado do termo
“monografia”, vistoque se percebe uma certa confusão conceitual
quanto aos trabalhos científicos que são exigidos como critério
de avaliação final em cursos de graduação e pós-graduação,lato
sensu e stricto sensu.
Do ponto de vista etimológico, a palavra monografia é de
srcem grega: monos (um só) e graphein (escrever). Assim sendo,
é comum definir-se monografia como “um estudo por escrito de
um só tema exaustivamente estudado e bem delimitado”
(HÜLNE, 1999, p. 249).
57
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
ção teórica)
em itens — trabalhado
e subitens, em seções
e, finalmente, e subseções,
apresentar umaou melhor,
conclusão,
que nada mais é do que uma apreciação geral sobre o estudo
realizado.
58
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
6
Os dados primários são informações obtidas diretamente no campo ou que têm sua
srcem nos eventos pesquisados. Os dados secundários são obtidos nas obras
bibliográficas e/ou relatórios de pesquisas anteriores ao estudo que se pretende realizar.
59
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
60
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
do
menteleitor. Cada
o que palavra,
se quer dizer,termo ou frase deve
o pensamento que setraduzir exata-
quer transmi-
tir e informar.
A objetividade diz respeito à utilização cor reta dos ter -
mos técnicos, que devem ser explicados com clareza, in-
formando sua utilização popular, se for o caso. Entre um
parágrafo e outro, manter a coerência na organização ló-
gica das frases, dando continuidade ao assunto e, em al-
guns casos, utilizar termos ou expressões, tais como: “daí
por que”, “é possível concluir”, “conforme autor citado”,
“ainda que”, “mesmo que”, “entretanto”, “assim”, “dando
continuidade”, “segundo o autor”, “como vimos”, “pode-
mos constatar que” etc.
O critério da objetividade também diz respeito à con-
sistência na forma de expressar-se corretamente. Trata-se
do uso adequado da linguagem, por meio da pontuação e
da sequência lógica, para uma boa compreensão do lei-
tor. Portanto, a consistência requer clareza na linguagem,
e cada assunto deve ser trabalhado de maneira direta e
com simplicidade.
Quanto à sobriedade, recomenda-se uma linguagem direta,
sem rebuscamentos na forma de apresentação do texto, ou seja,
a não-utilização de molduras ou linhas para enfeitar determina-
das páginas, gráficos ou tabelas.
61
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
pressupostos...
62
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
63
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
64
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
65
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
4.7.2 Citações
As regras gerais de apresentação de citações encontram-
se no texto da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
NBR 10520, de agosto de 2002, as quais aconselhamos o(a)
leitor(a) a consultar para maiores detalhes que não estão
elencados nesta obra. É de muita importância registrar as
recomendações básicas para trabalhar-se com citações, tais
como:
As chamadas pelo sobrenome do autor e pela instituição
responsável ou título incluído na sentença devem ser feitas em
letras maiúsculas e minúsculas. Por exemplo: muitos estudiosos
têm escrito sobre a construção do conhecimento e, dentre eles,
destacamos o grande educador Freire (1974, p. 42), que assim
se expressou em sua obra Uma educação para a liberdade: “não
posso ser apenas o narrador de alguma coisa que eu consideras-
se como um ‘fato dado’; devo ter uma mentalidade crítica, curi-
osa e sem repouso, constantemente vigilante, consciente tam-
bém dos leitores que têm de refazer o próprio esforço de minha
pesquisa”.
66
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
dade. A análisepara
determinante da representação tem, portanto,
todos os domínios valor
empíricos”
(FOUCAULT, 2002, p. 288).
Segundo Köche (1997, p. 155), as citações podem ser
efetuadas sob a forma de transcrição, que reproduz o texto srci-
nal, e em forma de paráfrase, em que se usa a citação livre de um
texto, sem reprodução. As citações que reproduzem o texto ori-
ginal são chamadas diretas; quando se faz uma citação retirada
de uma fonte intermediária (autor que cita outro autor), utiliza-
se a expressão apud.
As transcrições de até três linhas são inseridas no próprio
texto, entre aspas, e as que ultrapassam três linhas passam a ser
um parágrafo, que deve ser digitado com recuo à esquerda de
4 cm, em letra menor (fonte 10) e com espaço simples, confor-
me citações apresentadas neste livro. No dizer de O’Neilapud
Brynne e outros (1977, p. 102), “as teorias dão um quadro coe-
rente dos fatos conhecidos, indicam como são organizados e
estruturados, explicam, preveem e fornecem, assim, pontos de
referência para a observação de fatos novos”.
Por um lado, a prática não se restringe à aplicação
concreta dos conhecimentos teóricos, por mais que
isto seja parte integrante. Prática, como teoria, per-
faz um todo, e como tal está na teoria, antes e de-
pois. Sobretudo, prática não aparece apenas como
demonstração técnica do domínio conceptual, mas
como modo de vida em sociedade a partir do cien-
tista (DEMO, 1999, p. 59).
67
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
68
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
As citações
entre aspas duplas, diretas de até “a
por exemplo: 3 linhas devem
observação estardas
é uma contidas
técni-
cas de coleta de dados imprescindível em toda pesquisa científi-
ca. Observar significa aplicar atentamente os sentidos a um ob-
jeto para dele adquirir um conhecimento claro e preciso” (BAR-
ROS, 1999, p. 53).
As aspas simples são utilizadas para indicar citação no in-
terior da citação: “interpretar significa buscar o sentido mais
explicativo do resultado da pesquisa. Significa ‘ler através dos
índices’, dos percentuais obtidos, a partir da meditação e
tabulação de dados” (idem, p. 63).
As citações diretas com mais de três linhas devem ser des-
tacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letras
menores que a do texto utilizado e sem aspas.
69
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
tares
menteque, por extenso, onerariam
o desenvolvimento do texto,desnecessaria-
mas que po-
dem ser úteis ao leitor, caso queira aprofundar o
assunto;
3. trazem a versão original de alguma citação traduzida no
texto.
Quando for utilizada a citação bibliográfica como
nota de rodapé, é preciso que ela contenha apenas a refe-
70
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
71
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
algarismos.
72
Capítulo 4: Redação de monografias, TCC, TGI,
dissertações e teses
75
Capítulo
5
...............................................................
técnicos e didáticos
Este capítulo é um apoio complementar para atender à
demanda dos mestrandos que, após várias discussões em sala
de aula, sugeriram que fosse também apresentada, neste livro,
alguma sugestão quanto aos procedimentos técnicos e didáticos
para apresentação de trabalhos científicos.
5.1.1 Resumo
O resumo de um artigo científico, bem como de uma
monografia, dissertação e tese, deve ser “enxuto” e demonstrar
capacidade de síntese para oferecer ao leitor uma visão geral do
texto, possibilitando uma contextualização rápida do problema
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
5.1.2 Sinopse
A sinopse é um trabalho que consiste em apresentar por
escrito a compreensão de uma obra de forma bastante resumi-
da. Para Santos (2007, p. 42):
A sinopse é um pequeno texto de 25 a 50 linhas, geral-
mente redigido pelo autor ou pelo editor de uma obra.
A característica essencial da sinopse é a apresentação con-
cisa dos traços gerais, das ideias maiores, das grandes
linhas da obra. É um trecho normalmente inserido no
início dos textos publicados, e é muito útil para a reali-
zação de levantamentos bibliográficos.
É importante assinalar que existe uma diferenciação en-
tre sinopse e resumo, visto que a sinopse trata de um texto bas-
tante reduzido e que permite o posicionamento pessoal, e/ou
impressões de quem a redige. Já o resumo exige total fidelidade
ao pensamento do autor da obra, e em média representa uma
síntese entre 10 a 25% da obra srcinal.
78
Capítulo 5: Diretrizes para elaboração e apresentação de
trabalhos...
5.1.3 Palavras-chave
Tanto no resumo de artigos científicos, como em mono-
grafias, dissertações e teses, as palavras-chave se constituem
elementos obrigatórios (NBR 6022, 2003, p. 4). Elas devem ser
digitadas logo abaixo do resumo, sendo separadas entre si por
ponto e finalizadas também por ponto, por exemplo:
Palavras-chave: Construtivismo. Ensino Médio. Linguagem.
5.1.5 Memorial
O memorial trata da apresentação da trajetória acadêmi-
ca e profissional do autor, e deve ser apresentado de forma con-
cisa por análise crítica e reflexão de suas atividades ao longo de
sua vida. Com base em Caldas et al. (2006), passamos a apre-
sentar os elementos essenciais para construção e apresentação
de um memorial.
79
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
profissional.
Por se tratar de um documento técnico e acadêmico,
sua estrutura segue a recomendação geral da ABNT (NBR,
14724, 2005) quanto aos elementos básicos: elementos pré-
textuais (capa, folha de rosto, sumário); elementos textuais
(introdução, desenvolvimento, conclusão) e elementos pós-
textuais (anexos).
5.1.6 Resenha
A resenha apresenta o conteúdo de uma obra de forma
sucinta por meio de uma análise crítica. Em se tratando de um
resumo detalhado da obra, proporciona ao pesquisador ou ao
leitor interessado no assunto uma visão geral do tema que se
pretende estudar.
Inicialmente, coloca-se na borda superior a referência
bibliográfica, para, logo a seguir, apresentar o resumo da
obra por uma análise crítica. No final, coloca-se o nome do
autor da resenha, com uma rápida síntese do seu curriculum
vitae (CV).
Em trabalhos acadêmicos, muitas vezes, é solicitada aos
estudantes de pós-graduação a resenha de umlivro, de um capí-
tulo ou mesmo de um texto. Para tais casos, o critério é o mes-
mo adotado na elaboração de uma resenha de livro, conforme o
exemplo:
80
Capítulo 5: Diretrizes para elaboração e apresentação de
trabalhos...
se da “pedagogia bancária”.
Capítulo 4: Educação e Conscientização. O autor faz um
detalhamento das experiências de alfabetização de adultos que
foram realizadas no país, antes do golpe militar de 1964.
Comentário crítico:
7
Entenda-se comobibliografia todo material pesquisado para construção de um texto,
referências
projeto ou relatório, sem haver citações no interior desses trabalhos. As
bibliográficas são pertinentes aos estudos realizados para construção de monografias,
dissertações e teses, com citações e transcrições de frases que fundamentam a
construção do conhecimento, no interior dos trabalhos acadêmicos/científicos.
81
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
5.1.8 Fichamento
As técnicas de fichamento visam a registrar as leituras
pertinentes ao assunto que se quer trabalhar, seja para a cons-
trução de artigos, monografias, dissertações, teses, seja simples-
mente como referenciais para ministrar cursos ou fundamentar
uma palestra. As duas técnicas mais utilizadas são as fichas bi-
bliográficas e as fichas de conteúdo.
82
Capítulo 5: Diretrizes para elaboração e apresentação de
trabalhos...
83
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
84
Capítulo 5: Diretrizes para elaboração e apresentação de
trabalhos...
5.1.8.4 Ficha-resumo
Este tipo deficha consiste em fazer a síntese de um livro, de um
capítulo ou de trechos de livros, revistas e enciclopédias. Cada resumo
varia segundo a necessidade da pessoa que deseja sistematizar
conteú-
o
do de um determinado assunto de seu interesse. Na elaboração de uma
ficha-resumo, é preciso levar em conta três
aspectos principais: indicação
bibliográfica, síntese das principais ideias e comentários ou críticas.
Para Hühne (1999, p. 47), a elaboração de umaficha-re-
sumo deve levar em conta os seguintes critérios:
1. um resumo deve caracterizar-se pela fidelidade às ideias do
autor. A interpretação deve ficar ao nível da objetividade;
2. deve apresentar uma estrutura orgânica capaz de revelar
o plano lógico da redação (introdução, desenvolvimento,
conclusão), isto é, o fio condutor traçado pelo autor;
3. deve expressar capacidade de síntese, de tal modo que
possam ficar em destaqueconceitos fundamentaisdo texto;
4. deve ser de cunho pessoal, permitindo mostrar a assi-
milação individual.
85
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
86
Capítulo 5: Diretrizes para elaboração e apresentação de
trabalhos...
5.1.8.7 Seminário
Entre as diferentes estratégias utilizadas para a apresenta-
ção de trabalhos científicos, destacamos a técnica deseminário,
por ser a mais usual nos diferentes programas de pós-graduação.
O seminário
pensável caracteriza-se
para a divulgação como uma
de pesquisas ferramenta
e estudos indis-
detalhados
sobre temas que são abordados em diferentes disciplinas
curriculares. Essa técnica, em sentido mais amplo, compreende
a realização de eventos que contam com a participação de di-
versos segmentos da comunidade acadêmica e de pessoas da
comunidade, que se interessam por temas trabalhados no con-
texto das Universidades, Entidades e Departamentos Institu-
cionais, ou, ainda, em diferentes grupos.
87
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
conferência de aberturano
uma pessoa especialista dotema
seminário,
propostoé eimportante convidar
que seja reconheci-
da nos meios acadêmicos. Os demais expositores também de-
vem ser escolhidos pelo domínio de conteúdo e pela identifica-
ção com a clientela-alvo do seminário que se pretende realizar.
A duração do seminário não deve ser longa; em média, dois a
três dias e, no máximo, uma semana.
A técnica de seminário também pode ser realizada como
finalidade didática dentro da programação de um curso, obje-
tivando um estudo aprofundado de um tema ou problema de
pesquisa, análise de textos, pesquisas bibliográficas e de campo.
Em regra geral, a escolha do tema está estreitamente ligada ao
conteúdo programático de uma disciplina da grade curricular.
Portanto, a sugestão parte do(a) professor(a) e a operacionali-
zação deve ser discutida com os estudantes, para definição de
cronograma e técnicas que serão utilizadas ao longo do estudo.
Nessa técnica, o importante é que professor(a) e alunos(as) es-
tejam sintonizados(as) quanto ao aprofundamento da análise
de textos e discussões coletivas. Segundo Santana e Menegolla
(1997, p. 98), o seminário tem dois objetivos precisos:
• oportunizar situações que permitam o encaminhamento
de soluções para problemas colocados em discussão;
• propiciar condições de trabalho que induzam os mem-
bros do grupo a tomarem iniciativas e participarem
efetivamente.
88
Capítulo 5: Diretrizes para elaboração e apresentação de
trabalhos...
dividida em pequenos
deles aprofunde grupos,dosendo
um aspecto tema.aconselhável que cada
O(a) professor(a) um
sugere
que os(as) alunos(as) escolham o(a) coordenador(a), o(a)
moderador(a) e o(a) relator(a) do seminário.
A seguir, é delimitado o tempo de exposição para cada
membro das equipes e o tempo disponível para debates. O(a)
professor(a) deverá acompanhar atentamente o debate, fazen-
do intervenções quando necessário. Após o fechamento do
tema pelos expositores, o(a) professor(a) faz a sistematização
do tema abordado e procede à avaliação coletiva, incentivan-
do os expositores e demais participantes a continuarem o
aprofundamento dos estudos. Os(as) alunos(as) responsáveis
pelo seminário deverão entregar ao(à) professor(a) um rela-
tório do trabalho realizado, em forma de resumo, com análise
crítica do tema estudado.
89
Capítulo
6
...............................................................
Normas da ABNT
clusão em1).
(idem, p. bibliografias, resumos, resenhas, recensões e outros
92
Capítulo 6: Normas da ABNT
93
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
tos citadosutilizado
o sistema em um trabalho devem
no texto. ser ordenadas
Os sistemas mais de acordo com
utilizados são:
alfabético (ordem alfabética de entrada) e numérico (ordem de
citação no texto).
94
Capítulo 6: Normas da ABNT
Exemplo:
CHIZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e
sociais. São Paulo: Cortez, 2003.
• Elementos complementares: quando se faz necessário para
melhor indicar o documento pesquisado.
Exemplo:
IBICT. Manual de normas da editoração do IBCIT. 2.
ed. São Paulo: FUNDAP, 317 p. Inclui índice. ISBN 85-
7285-026-0.
MUSEU DA IMIGRAÇÃO (São Paulo, SP). Museu da
Imigração – S. Paulo: catálogo, São Paulo, 1997. 16 p.
6.1.3.3 Folhetos
ASSOCIAÇÃO RIO-GRANDENSE DE EMPREENDIMENTOS DE
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL. Situação e pers-
. Porto Alegre, 1979. 30 p.
pectiva da produção ovina no Brasil
95
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
6.1.3.4 Separatas
MAKAU, A. B. Esperanza de la educacion hoy. Lisboa; J. Piaget,
1962. Separata de:
MOORE, W. (Ed.).Construtivismo del movimiento educacio-
nal: soluciones. Córdoba, AR: [s.n.], 1960. 309-340.
6.1.3.5 Relatórios
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS. Relatório anual
de Secretaria Geral 1993-1994. Washington, DC, 1994. 158 p.
6.1.3.6 Teses/Dissertações
CARVALHO, Jussara Maria J.Jung e a educação: uma aborda-
gem no âmbito do ensino superior. Curitiba, 1998. 94 p. Disser-
tação (Mestrado em Educação). Centro de Teologia e Ciências
Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 1998.
OLIVEIRA, Maria Marly de. Formação em associativismo e de-
senvolvimento local no Nordeste do Brasil: a experiência de
Camaragibe, 1999. 320 f. Tese (Doutorado em Educação) –
Universidade de Sherbrooke, Quebec, Canadá, 1999.
96
Capítulo 6: Normas da ABNT
97
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
98
Capítulo 6: Normas da ABNT
99
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
6.1.3.16 Legislação
Compreende a Constituição, as ementas constitucio-
nais e os textos legais infraconstitucionais (lei complemen-
tar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as suas
formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas
das entidades públicas e privadas (ato normativo, porta-
ria, resolução ordem de serviço, instrução normativa, co-
municado, aviso, circular, decisão administrativa, entre
outros).
Os elementos essenciais são: jurisdição (ou cabeçalho da
entidade, no caso de se tratar de normas), título, numeração,
data e dados da publicação. No caso de Constituições e suas
emendas, entre o nome da jurisdição e o título acrescenta-se a
palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre pa-
rênteses.
Exemplos:
BRASIL. Constituição (1988).Constituição da República Fede-
rativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988.
SÃO PAULO (Estado) Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de
1989. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo,
v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.
º
BRASIL, Medida
1997. Diário provisória
Oficial n 1.569-9,
[da] República de 11 de
Federativa do dezembro de
Brasil, Poder
Executivo, Brasília, 14 dez., 1997. Seção 1, p. 29.515.
BRASIL, Decreto-lei n º 5.452, de 1 de maio de 1943. Lex ;
coletânea de legislação: ediçãofederal, São Paulo, v. 7, 1943. Su-
plemento.
BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.
100
Capítulo 6: Normas da ABNT
101
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
6.1.3.18 Doutrina
103
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
normas.
BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social. In:
SISLEX: Sistema de Legislação, Jurisprudência e Pareceres da
Previdência e Assistência Social. [S.I.]: DATAPREV, 1999. 1
CD-ROM.
BRASIL. Lei n º 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a
legislação tributária federal. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1999. Disponível
em:<http://www.in.gov.br?mp.leis/leis_texto.asp? =LEI
%209887>
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n º 14. Não é
admissível por ato administrativo restringir, em razão de ida-
de, inscrição em concurso para cargo público. Disponível em:
<htt://www.truenetm.com.Br/jurisnet/sumusSTF.htm>. Acesso
em: 29 nov. 1998.
104
Capítulo 6: Normas da ABNT
6.1.3.20 Decreto
Exemplo:
SÃO PAULO (Estado). Decreto nº 42.822, de 20 de janeiro de
1988. Dispõe sobre a desativação de unidades administrativas
de órgãos da administração direta e das autarquias do Estado e
dá providências correlatas. Lex: Coletânea de Legislação e Ju-
risprudência, São Paulo, v. 62, n. 3, p. 217-220, 1998.
6.1.3.22 Mapa
Exemplo:
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ES-
TATÍSTICA.Mapa de vegetação do Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro,
1995. 1 mapa, color., 1,08 cm x 1,19 cm. Escala: 1:500.000.
106
Capítulo 6: Normas da ABNT
107
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
6.1.3.29 Partitura
mentosInclui partituras
essenciais são: em suporte
título, local,oueditora,
meio eletrônico. Os ele-
data, designação
específica e instrumentos a que se destina.
Exemplo:
BARTOK, bela. O mandarim maravilhoso. Wien: Universal, 1962.
1 partitura. Orquestra.
GALLET, Luciano (Org.). Canções populares brasileiras. Rio de
Janeiro: Carlos Wehns, 1851. 1 partitura (23p.). Piano.
108
Capítulo 6: Normas da ABNT
109
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
Exemplo:
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do
paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRES-
SO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPE, 4., 1996, Reci-
fe. Anais eletrônicos... Recife: UFPE, 1996. Disponível em:
<http://www .propesq.ufpe.br/anais/educ/ce04.htm>. Acesso
em: 21 jan. 1997.
110
Capítulo 6: Normas da ABNT
6.1.4.8 Legislação
Exemplo:
BRASIL. Lei nº 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legis-
lação tributária federal. Diário Oficial [da] República Federal
do Brasil , Brasília, DF, 8 dez. 1999. Disponível em: <http://
www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?Id=LEI%209887>.
111
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
DAVIES, D. D. et al.
6.1.4.13 Monografia no todo em meio eletrônico –
CD-ROM
Segue a mesma recomendação adotada para
monografia no todo, seguindo-se a descrição física do meio
eletrônico.
Exemplo:
KOOGAN. André;
cionário digital 98.HOUAISS, Antonio
Direção geral (Ed.). Koogan
de André Enciclopédia e di-
Breikman.
São Paulo: delta; Estadão, 1998; 5. CD-ROM.
112
Capítulo 6: Normas da ABNT
6.1.6 Bíblia
Sendo a Bíblia dividida em duas partes: V elho e Novo
Testamento, em que o Velho Testamento compreende 46
livros e o Novo Testamento 26. Segundo Caldas et al (2006,
p.
do332), “cada livro
em capítulos recebe umaAdenominação
e versículos”. e éser apre-
referência deve dividi-
sentada sem autoria conforme é explicitado no subitem a
seguir.
113
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
rélio Básico
Fronteira, 987 p.Portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Nova
da Língua
1988.
114
Capítulo 6: Normas da ABNT
Exemplo:
ROCHA, P. A. (Ed.).
OLIVEIRA, L. L. (Coord.).
6.1.8.3 Pseudônimo
A entrada far-se-á pelo próprio pseudônimo. Conhecendo-se
o au-
tor, o nome dele deve ser indicado entre colchetes, após o pseudônimo.
Exemplo:
TUPINAMBÁ, M. [Fernando Lobo].
115
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
6.1.8.4 Sobrenomes
Quando os sobrenomes estão ligados por hífen ou após-
trofo são considerados nomes compostos.
Exemplo:
DUQUE-ESTRADA, O.
SANT’ANNA, S.
6.1.8.6 Exceções
a) Quando a palav ra que an tecede o último sob renome é um
artigo ou contração, faz-se a entrada pelo último
sobrenome.
Exemplo:
CASAS, J. de las.
b) se o sobrenome é antecedido apenas de um artigo, este de-
terminará a entrada.
Exemplo:
LAS HERAS, M. A.
c) Os títulos de formação profissional, de cargos ocupados e de
ordens religiosas não são incluídos na referência.
d) As prepo sições simples de, d’ não determinam a
entrada.
Exemplo:
MELO, C. A. B. de.
116
Capítulo 6: Normas da ABNT
6.1.8.9 Edição
A edição, quando mencionada na obra, é indicada em al-
garismos arábicos, seguido de ponto e da abreviatura da palavra
“edição”, no idioma da publicação.
Exemplo:
118
Capítulo 6: Normas da ABNT
1. ed.
5. Aufl.
a) Emendas, revisões, acréscimos à edição são indicados de for-
ma abreviada.
Exemplo:
2. ed. rev.
2. ed. rev. aum.
6.1.8.10 Imprenta
A imprenta, também chamada de notas tipográficas, é com-
posta dos seguintes elementos: local, editor e data.
a) Local de publicação: indica-se o nome da cidade como local
de publicação. Será transcrito tal como figura na publicação
referenciada.
– No caso de homônimos, acrescenta-se o nome do país, esta-
do, etc.
Exemplo:
Viçosa, MG.
Viçosa, RN.
– Mais de um local e um só editor, indica-se o primeiro ou o
mais destacado.
– Local não mencionado na publicação: quando identifi-
cado em outra fonte, aparecerá na referência entre col-
chetes.
Exemplo:
LAZZARINO NETO, S. [São Paulo]: SDF Editores, 1994.
– impossibilidade de se identificar o local: indica-se, entre col-
chetes, a abreviatura da expressão “sine loco” [s.l.].
119
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
6.1.8.11 Editora
a) O nome da editora será transcrito como aparece no docu-
mento, abreviando-se os prenomes e suprimindo-se os ele-
mentos que designam a natureza jurídica ou comercial da
mesma, desde que não dificulte sua identificação.
Exemplo:
J. Olympio e não José Olympio Editora.
b) Havendo mais de uma editora, citar a primeira ou a que esti-
ver em destaque.
c) Quando a editora não é identificada, usa-se a expressão “sine
nomine”, abreviada, entre colchetes [s.n.].
d) Sendo impossível determinar o local e o nome da editora,
utilizam-se ambas as expressões abreviadas e entre colche-
tes [s.l: s.n.].
e) Não se indica o nome da editora, quando este já constar da
entrada como autor.
Exemplo:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de gradua-
ção 1994 – 1995. Viçosa, MG, 1994. 385 p.
6.1.8.12 Data
a) A data
cos. de apublicação
Para referência,deve seréindicada
a data em algarismos
um elemento essencial arábi-
e deve
ser sempre indicada, seja a da publicação, a da impressão ou
a do “copyright”. Caso nenhuma data possa ser determinada,
registra-se uma data aproximada, entre colchetes.
Exemplo:
[1971 ou 1972] um ano ou outro;
[1981?] data provável;
120
Capítulo 6: Normas da ABNT
121
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
6.1.8.13 Paginação
Critérios para anotação de páginas, folha ou volumes:
Publicação em um só volume: indica-se o número de
páginas, seguido da abreviatura “p” ou “f”. A abreviatura “f”
é usada em trabalhos como teses e dissertações, que são
impressos no anverso da folha, ou seja, apenas em um lado
da folha.
Exemplo:
AZEVEDO, M. R. da. Viva a vida: estudos sociais, 4. São Pau-
lo: FTD, 1994. 194 p.
TABAK, F. A lei como instrumento de mudança social. Forta-
leza: Fundação Waldemar Alcântara, 1993. 17 f.
b) publicação em mais de um volume: indica-se o número deste
e a abreviatura de volumes “v”. Ex.: 3 v.
Exemplo:
TOURINHO FILHO, F. C.Processo penal. 16. ed. São Paulo:
Saraiva, 1994. 4 v.
122
Capítulo 6: Normas da ABNT
123
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
124
Capítulo 6: Normas da ABNT
6.1.10 Referências
Segundo as normas da ABNT (NBR 6023, 2002, p. 2),refe-
rência é a expressão correta para citar os(as) autores(as) e do-
cumentos que foram trabalhados na construção de trabalhos
acadêmicos (artigos científicos, monografias, dissertações e te-
ses). Portanto, é preciso evitar a expressãoreferências bibliográ-
ficas, vez que as normas atuais recomendam apenas colocar no
final desses trabalhos a palavra referências.
6.1.11 Apêndices/Anexos
Entenda-se por apêndice toda construção individual do
autor(a) de trabalhos acadêmicos, tais como: questionários,
roteiro de entrevistas, planilhas, fotografias, produção de par-
tituras, desenhos, e todo e qualquer outro material necessário
para legitimar os estudos realizados para construção e recons-
trução de um novo conhecimento. Segundo as normas da ABNT
(NBR 14724, p. 5) “o apêndice é opcional” e deve ser colocado
no final do trabalho acadêmico, após as referências. Ainda se-
gundo essas normas, recomenda-se a identificação por letras
maiúsculas, seguidas da sequência em ordem alfabética, tra-
vessão e os respectivos títulos, como por exemplo:
APÊNDICE A – Perfil dos Professores(as) da Escola
Alternativa.
APÊNDICE B – Roteiro das entrevistas.
O anexo também é opcional e está relacionado a todo e
qualquer material técnico e didático construído por terceiros, e
que é necessário para complementação e melhor fundamenta-
ção do trabalho acadêmico (idem, p. 5).
126
Referências
...............................................................
128
Referências
129
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
130
Referências
131
Como fazer projetos, relatórios, monografias,
dissertações e teses
SÁ, E. S. de (Coord.)
Manual de normalização de trabalhos técnicos,
. 4. ed. rev. atual. Petrópolis: Vozes, 1998. 189 p.
científicos e culturais
SANTOS, Antonio Raimundo dos.Metodologia científica: a cons-
trução do conhecimento. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A Editora,
2001. 139 p.
SANTOS, Izequias Estevam dos.Métodos e técnicas de pesquisa
científica. 4. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2003.
SEVERINO, Joaquim Antonio.Metodologia do trabalho científi-
co. 21. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2000. 279 p.
SELTZ, C. et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São
Paulo: Herder, 1975. 314 p.
SILVA, L. H. R. da.Modelos de referência bibliográfica. Recife:
UFRPE, 1999. Não-paginado.
TARGINO, Maria das Graças.Citações bibliográficas e notas de
rodapé: um guia para elaboração. Nova versão. Teresina: UFPI,
1998. 42 p.
TURATO, Egberto Ribeiro. Tratado da metodologia da pesquisa
clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológica discussão
comparada e aplicação nas áreas da saúde humana. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2003. 685 p.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO ESPÍRITO SANTO.
Biblioteca Central. Normalização e apresentação de trabalhos
científicos e acadêmicos : guia para alunos, professores e
pesquisadores da UFES. 4. ed. Vitória, 2000. 34 p.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO ESPÍRITO SANTO.O
que mudou na NBR 6023. Vitória, 2000. 8 p.
YIN, Robert, K. Case study research: desing methods. 2. ed.
Londres: Sage Publications, 1994. 146 p.
132
...............................................................
Apêndice A
Capa de monografias,
dissertações e teses
135
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE
PERNAMBUCO – UFRPE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM….
DEPARTAMENTO…
Recife
2008
...............................................................
Apêndice B
Folha de rosto
139
Paulo José da Silva
Recife
2008
...............................................................
Apêndice C
Ficha catalográfica
143
Catalogação na Fonte
Setor de Processos Técnicos da Biblioteca Central – UFRPE
CDD 001.42
1. Pesquisa – Metodologia
2. Redação técnica
3. Referências
4. Citações bibliográficas
5. Teses
6. Projetos
7. Publicações científicas
8. Título
...............................................................
Apêndice D
Folha de aprovação
147
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO…..
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO …….
_____________________________________________________
José Maria da Silva, PhD
Orientador
_____________________________________________________
Maria José Campos, Doutora em…
Examinadora externa – UFRJ
_____________________________________________________
Miguel Antonio, PhD
Examinador UFRPE
_____________________________________________________
Daniela Silva, Doutora em...
Examinadora UFRPE
Di ss er ta çã o ( ou Tes e) ap rov ad a n o d ia / / 20 08 , n o
Departamento de Educação da UFRPE.
...............................................................
Apêndice E
Epígrafe
151
A primeira condição para que um
ser possa assumir um ato compro-
metido está em ser capaz de agir
e refletir.
Paulo Freire
...............................................................
Apêndice F
Estrutura de um
projeto técnico
155
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................
BIBLIOGRAFIA ..........................................................................
ANEXOS/APÊNDICES (se for necessário) ................................
4. Orçamento
159
2010 2
...............................................................
Apêndice H
Lista de verbos
163
Sugestões de verbos para elaboração deobjetivos
167
ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE
TRABALHOS ACADÊMICOS
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO DO TEMA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS/RECOMENDAÇÕES
171
DA ACADEMIA AO CONTEXTO POPULAR
RESUMO
INTRODUÇÃO
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como resultado das entrevistas realizadas, foi possível
resgatar a trajetória da formação inicial da comunidade de Bom
Clima e suas atuais formas de organização, em busca da melhoria
da qualidade de vida. Essa comunidade, que hoje conta com
524 moradores, teve início em 11 de setembro de 1996, com um
pequeno grupo de pessoas que se instalou, em barracas cober-
tas de plásticos, em volta de um terreno baldio, que servia de
“campo de futebol” para os moradores da favela “Bola na rede”,
situada em área vizinha à atual localidade de Bom Clima, em
Guabiraba.
Depois de incansáveis lutas, a comunidade já conta com
energia elétrica e água encanada. A maior preocupação dos
moradores é com a falta de saneamento básico, visto que a
água do consumo doméstico e os dejetos são colocados em
pequenas valas construídas em frente a cada casa ou barraco e
que
cos etêm, como única proteção, coberturas precárias de plásti-
telhas.
A comunidade ainda não possui escolas,e uma minoria de
crianças e jovens desloca-se para estudar em escolas situadas
em comunidades vizinhas. Já como resultado concreto dessa pes-
quisa, foi ministrado na UFRPE um treinamento sobre o méto-
do de Paulo Freire (1980) para três técnicos do CEPAC e três
estudantes do Departamento de Educação. Também foi realiza-
do um outro treinamento na própria comunidade de Bom Clima
para a preparação de três jovens da comunidade, os quais, jun-
tamente com os três estudantes da UFRPE, ministraram um
curso de alfabetização de adultos, que teve uma frequência mé-
dia de 12 alunos, sendo que 8 foram alfabetizados.
Em parceria com o Departamento de Economia Domésti-
ca da UFRPE, foram realizadas palestras sobre doenças sexual-
mente transmissíveis, orientações para gestantes e dois cursos,
sendo um sobre alimentação alternativa e outro sobre doces e
compotas.
Os dados dessa pesquisa foram fundamentados nos traba-
lhos de Demo (1996), Seltz (1974), Minayo (1996), para
categorização e análise dos dados coletados; para análise das
entrevistas e observações participantes, fomos buscar suporte
teórico em Freire (1980) e Brandão (1994), entre outros.
A análise dos dados obtidos conduziu-nos ao delineamen-
to do perfil socioeconômico da comunidade Bom Clima, cujos
dados são aqui apresentados de forma compacta. Das 136 resi-
dências pesquisadas, que totalizam 524 pessoas, 72% são do
sexo feminino, 24,3% do sexo masculino, e cincopessoas deixa-
ram o questionário em branco. Pode-se observar que a popula-
ção está concentrada na faixa etária de 21 a 40 anos, com pou-
nimo,Em25%relação
ganhamà renda mensal,
mais de 52% ganham
um salário mínimo,um15%salário
estão mí-
de-
sempregados e o restante não respondeu. Somente uma mino-
ria, que não ultrapassa 10%, tem carteira de trabalho assinada.
Observou-se que 79,5% desejam fazer um curso profis-
sionalizante, enquanto apenas 6,6% dos moradores disseram não
necessitar de cursos; o restante deixou de responder. Os cursos
mais procurados são na área da construção civil, como pedrei-
ros e serventes; as mulheres desejam fazer cursos de cabeleirei-
ra e manicure.
CONCLUSÃO
Esse estudo demonstra-nos que a população de Bom Cli-
ma é extremamente carente, observando-se que somente a Ong
CEPAC vem dando apoio para fazer alguns encaminhamentos
ao Poder Público, para que o Estado assuma suas responsabili-
dades, quanto à garantia da qualidade de vida às comunidades.
É evidente a ausência de uma política social, na qual a popula-
ção de Bom Clima possa ter o mínimo de retorno ao seu proces-
so de luta para ter acesso a vantagens sociais (DEMO, 1996,
p.19). Vantagens essas que, para a população pesquisada, estão
restritas a um patamar mínimo para garantia de uma vida mais
humana, na qual possam existir saneamento básico, escolas e
qualificação para o mercado de trabalho.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Manoel Correia de. A terra e o homem no Nordes-
te. São Paulo: Brasiliense, 1973.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues.O que é o método de Paulo Freire.
19. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.
181
INTERDISCIPLINARIDADE : é um trabalho interativo
entre os conteúdos de diferentes disciplinas, fazendo-se
uma articulação com a realidade sociocultural, política e
econômica.
TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA:
conhecimento adaptado ao nível do grupo
com o qual se trabalha. Esse conhecimento
deve ser trabalhado segundo o nível de
dificuldade dos alunos.
de projetos de pesquisa
185
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1. Objetivo geral
1.1 Objetivos específicos
2. Hipótese(s) e/ou questão central de pesquisa
3. Fundamentação teórica
4. Metodologia
4. 1 Método(s), materiais e técnicas
4.2 Instrumentos de pesquisa
4.2.1 Observação
4.2.2 Questionário
4.2.3 Entrevista
4.2.4 Formulários e planilhas
5. Universo / Amostra
6. Cronograma de atividades
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
ANEXOS
monografias,
dissertações e teses
189
ESTRUTURA PARA APRESENTAÇÃO
DE MONOGRAFIAS, DISSERTAÇÕES E TESES
Capa ...........................................................................................
Página de rosto ..........................................................................
Dedicatória .............................................................................. 1
Agradecimento ......................................................................... 23
Sumário ....................................................................................
Resumo Abstract ........................................................................... 4
Lista de tabelas ........................................................................ 5
Lista de quadros ...................................................................... 6
Lista de gráficos ...................................................................... 7
Lista de abreviaturas e siglas ................................................... 8
INTRODUÇÃO ....................................................................... 1
1. Fundamentação teórica (Capítulo I) ....................................
Obs.: Segundo
fizerem a literatura
necessários. pesquisada,
O mesmo se aplica utilizar
a todos os
os subtítulos
capítulos. que se
2. Metodologia (Capítulo II) .....................................................
Obs.: É recomendável utilizar os subtítulos para cada procedimento
realizado (por exemplo: Amostra, Instrumentais de pesquisa…)
3. Análise dos resultados (Capítulo III) ....................................
(Analisar os dados pesquisados com respaldo na fundamentação
teórica.)
4. Conclusões/Recomendações (Capítulo IV) ...........................
REFERÊNCIAS ..........................................................................
ANEXOS ....................................................................................
APÊNDICES ...............................................................................
relatórios técnicos
193
Obs.: A estrutura para apresentação de um relatório técnico
é uma descrição de cada item do projeto inicial que foi
negociado. Portanto, é um detalhamento do que foi
vivenciado na prática, e, havendo necessidade, outros
itens deverão ser acrescidos. No relatório técnico, é
muito importante que, na introdução, seja colocado o
diagnóstico da situação encontrada e a evolução du-
rante o processo de implantação ou implementação.
No final, deve ser feita uma análise geral da opera-
cionalização do projeto, apresentando sugestões e/ou
recomendações. Conforme Anexo F deste livro, a es-
trutura do relatório deve seguir este roteiro:
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................................
1. Objetivo geral ...................................................................
1.1 Objetivos específicos ........................................................
2. Recursos ...........................................................................
2.1 Recursos humanos (pessoal envolvido no projeto) ....................
2.2 Recursos materiais (local, equipamentos, material
de expediente) .......................................................................
2.3 Recursos financeiros (orçamento detalhado com
planilha de custos: pessoal, viagens, diárias, material de expediente,
serviços de terceiros e outros) ....................................................
3. Metas ................................................................................
4. Estratégias ........................................................................
5. Cronograma ......................................................................
6. Avaliação ..........................................................................
7. Sugestões/Recomendações ...............................................
BIBLIOGRAFIA ..........................................................................
ANEXOS (documentos, recibos, fotos e outros) ....................................
APÊNDICES ...............................................................................
...............................................................
Apêndice O
Abreviaturas dos meses
197
Quadro 17
Abreviaturas dos meses
Português, Espanhol, Italiano
Quadro 18
Abreviaturas dos meses
Francês, Inglês, Alemão