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Desejo Perigoso
Sabrina Jeffries
Senhorita Delia Trevor passa suas noites dançando em meio a bailes da alta
infernos de jogo de Londres. Então, uma noite o belo Warren Corry, o Marquês
ele ameaça revelar seu segredo, ela está determinada a impedi-lo de arruinar
seus planos, mesmo que isso signifique jogar um jogo de gato e rato com o
enigmático libertino.
enquanto obtém justiça por seu falecido irmão. Mas quando ela começa a
penetrar sob a fachada cuidadosamente feita por ele, conseguirá ele mantê-la a
Londres
Agosto de 1830
1
Nesse caso a palavra “gauche” parece ser um trocadilho, já que, além de significar “esquerda” em francês, também é
traduzido do inglês como “algo desastroso, que não é gracioso ou é socialmente estranho”.
2
No original “Owen’s house”. “House” significa casa, por isso ela diz que é casa, mas sem o h.
Capítulo Quatro
Warren olhou para o relógio no St. George's. Ele ainda tinha algum
tempo antes da uma da manhã, quando pretendia estar na casa da cidade de
Lady Pensworth, em Bedford Square. Felizmente, não era longe do clube, já
que ele teria que caminhar até lá. Os luminosos faróis de rua, o isolamento e a
exclusividade do bairro faria qualquer carruagem se destacar como um farol à
meia-noite, especialmente a de um marquês.
Além disso, ele poderia se mover mais facilmente a pé. E,
convenientemente, Bedford Square tinha um grande jardim privado no centro
onde ele podia esperar. Ele já tinha uma chave para ele. Ele tinha chaves para a
maioria dos jardins privados em Mayfair. Além do fato de que ele morava na
As entranhas de Delia congelaram. Por que devia ser ele? Porque aqui?
Porque agora?
Ela abaixou a cabeça, rezando para que ele não a tivesse reconhecido.
Oh, o que ela estava pensando? Claro que ele não a havia reconhecido.
Ninguém jamais associaria a escandalosa mulher que gostava de provocar com
o balbuciante e indefinível jovenzinho que jogava cartas como um profissional,
que tinha mão sujas e hábitos sujos e mantinha o chapéu baixo sobre o rosto.
Ela, na verdade, encontrou alguns de seus pretendentes neste lugar e eles não
notaram nada.
Mas a maioria deles eram tolos. Lorde Knightford decididamente não era
um tolo. E a cutucada de Owen no joelho dela, o sinal deles para perigo,
lembrou-lhe que Lorde Knightford tinha visto Owen com ela. Só isso se
registraria mentalmente no homem.
Isto é, se ele tivesse notado o servo. A maioria dos lordes não notava.
— Sr. Jones? — o marquês incitou. — Posso jogar contra você no piquet...
senhor?
Aquela hesitação antes do “senhor” lhe faz parar. Por favor, Deus, que
ele não tenha me descoberto. Ele poderia me arruinar com uma palavra e
então todos os meus planos seriam em vão.
Mas ela não se atrevia a se recusar a jogar com ele. Ela nunca recusara
outra pessoa e os outros se perguntariam sobre essa mudança de
comportamento.
— Certamente, meu senhor. — Ela abriu um novo pacote de cartas e
começou a embaralhar.
Ele se sentou.
— Como você soube sobre me chamar de “meu senhor”?
Que incomodo. Ele já estava a enervando.
— Todo mundo conhece o Marquês de Knightford por aqui.
— Então nos conhecemos antes.
Delia não resistiu a soltar um bufo, o que atraiu a atenção dele de volta
para ela. O brilho em seus olhos lhe fez parar. Ele estava apenas se divertindo
um pouco às custas de Jack Jones? Ou tentando irritar a Senhorita Delia
Trevor? Porque se fosse o último, ele estava conseguindo.
— Algo errado, Jones? — o marquês perguntou preguiçosamente
enquanto bebia seu porto.
— Nada do que continuar com esse jogo não resolveria.
— Você é realmente um tipo ranzinza. É uma maravilha que alguém
concorde em jogar com você.
Ignorando esse comentário, Delia jogou a carta dela e a próxima partida
começou. Por um tempo, ele ficou abençoadamente quieto, exceto por suas
declarações. Já que era sua vez de ser o pé, ela tinha a vantagem e usou-a
implacavelmente. A perturbação se espalhando pela testa dele mostrava que
ele sabia que ela estava trucidando-o. Novamente.
3
Soberano A libra em ouro ou Soberano (em inglês, Sovereign) é uma moeda do Reino Unido, equivalente a uma libra esterlina. No
entanto, é utilizada na prática como reserva de valor a usar no futuro e não como moeda de troca.
Warren percebeu que estava patinando em gelo fino com Delia, mas não
conseguiu evitar, ela o fascinava. Na maioria das vezes, mulheres respeitáveis
eram livros abertos, ele podia ver suas maquinações tão claras quanto o dia.
Ele passou metade do seu tempo desviando suas tentativas de prendê-lo como
marido. Não com Delia. Ela não o queria por isso. Ela não o queria por nada.
Exceto talvez seus beijos, que ela parecia ter recebido bem. Ainda assim, outra
mulher teria usado o interlúdio sensual para atraí-lo. Ela usou isso para
empurrá-lo para fora. Mulheres normais simplesmente não se comportavam
dessa maneira. Certamente não com ele. Um momento, ele pensou que ela era
como a mãe dele: se cingindo em indignação feminina contra a própria ideia
de fazer amor por prazer. E no seguinte, ele se perguntou se Delia poderia ser
simplesmente inexperiente. E isto disparou seu desejo de dar-lhe um pouco de
experiência. Esse foi o problema: Delia era um enigma. E ele amava enigmas
reveladores, especialmente aqueles embrulhados em uma mulher atraente com
espírito.
Então, claro, ele ficou para o almoço, superando facilmente as objeções
de Delia. Sua tia também os ignorou. Lady Pensworth não era tola o bastante
para deixar um rico marquês escapar, especialmente um que demonstrou
interesse em sua sobrinha. E como Warren estava lá expressando seu grande
prazer em ter a oportunidade de passar mais tempo com a Srta. Trevor e sua
família, Delia não teve escolha a não ser se render. Ele gostava quando ela se
rendia, suave como seda, disposta e devassa. Aqueles beijos. . . Deus, ele não
teve o mesmo em anos. Inocentes e ainda ansiosos, eles fizeram a boca dele
molhar.
Um homem cauteloso ficaria longe. Mas ele nunca foi assim. Ele preferia
muito imprudentemente tentar levá-la a se render novamente. Quando ele
entrou na sala de visitas da casa da cidade, ele foi apresentado à Sra. Trevor, a
jovem cunhada de Delia. Ela era uma beleza, com abundantes cachos
castanhos, cujo vestido de meio-luto cinza e preto de alguma forma acentuava
suas curvas volumosas e pele cremosa. Mas lhe faltava ainda alguma coisa.
Embora esta noite, ela pretendia ir ao Dickson. Para o diabo com Warren.
A menos que ele planejasse arruiná-la, ele não poderia agir.
Mas antes disso, ela teve que assistir a um musical com sua tia e
Brilliana. Ela tinha pouca chance de encontrar seu cavalheiro tatuado lá, mas
ela não conseguia se livrar disso. Tia Agatha estava determinada a oferecê-la a
cavalheiros em Londres e não falava do musical.
Pelo menos não interferiria nas outras atividades dela.
Algumas horas depois, elas estavam se preparando para partir para o
musical quando o mordomo de sua tia sussurrou algo em seu ouvido. Quando
tia Agatha anunciou alegremente que Owen estava doente com uma queixa no
estômago e não os atenderia, o coração de Delia caiu. Owen não podia estar
doente. Ele teria que acompanhá-la até o Dickson mais tarde.
5
Pomona era uma deusa de abundância frutífera na antiga religião e mito romanos. O nome dela vem da palavra latina pomum,
"fruta", especificamente fruto de pomar. Dizia-se que era uma ninfa de madeira. No mito narrado por Ovídio, ela desprezou o amor dos
deuses da floresta Silvanus e Picus, mas se casou com Vertumnus depois de enganá-la, disfarçada de velha.
Delia desviou o olhar de Warren. Como ela deveria lidar com isso? Ele
certamente acharia estranho que ela estivesse perguntando sobre a tatuagem
de algum lorde depois que ela demonstrou interesse em tatuagens para ele.
Ela precisava inventar uma mentira para cobrir seu propósito. Mas
primeiro ela precisava se livrar do pesadão do inferno dos jogos, que estava
pairando sobre a mesa como se estivesse ansioso para falar sobre a missão de
Owen.
— Obrigado pela informação, Dickson — disse ela. — Eu vou deixar
Owen saber.
Dickson enfiou as mãos nos bolsos.
— Ele nunca disse por que ele estava procurando pelo homem.
— Tenho certeza de que não é nada — disse ela. —Provavelmente
curiosidade sobre algum cara que ele conheceu aqui antes. Vou passar a
mensagem.
—Eu disse a ele que não via como poderia haver senhores com
tatuagens, por ser uma prática tão vulgar, mas ele insistiu...
— Obrigado, Dickson. Eu vou avisar ele.
O homem piscou, mas aparentemente percebeu que estava sendo
dispensado. Com um encolher de ombros, ele voltou para a taverna.
— Dickson tem razão, você sabe — Warren falou lentamente —É muito
incomum para um senhor ter uma tatuagem de qualquer espécie.
Uma varíola no homem. Ele era um cachorro com um osso e ela era o
osso.
E ela não tinha vontade de vê-lo afundar os dentes nela.
Embora o pensamento de sua boca nela...
Não, ela não deve deixar essa imagem chocalhar em sua cabeça ou ela
perderia sua capacidade de trucidá-lo. E ela pretendia totalmente trucidá-lo,
mesmo que apenas para limpar o sorriso de seus lábios.
Um espectador falou.
***
Quando ela entrou na sala de estar Warren estava sentado no sofá, ainda
vestindo seu traje de jantar da noite anterior. Mas ele não estava acordado. De
fato, a julgar pela maneira como ele se debatia, ele estava tendo pesadelos.
Ela parou, sem saber como agir. Ela deveria acordá-lo? Deixá-lo sozinho?
Deixar seu pesadelo seguir seu curso?
— Por favor não! Eu vou ser bom, eu juro! — ele jogou a cabeça de um
lado para o outro. — Não me deixe! Muito escuro… Muito escuro. Volte!
Seu tom desesperado enviou um arrepio por sua espinha. Mesmo
sabendo que ele não estava falando com ela, ela sentiu um puxão em seu
coração. Pobre homem. O que na terra, ele estava sonhando?
Isso não poderia continuar. Ele ficaria doente.
Aproximando-se com cautela, ela colocou a mão em seu ombro.
— Warren, acorde — ela o sacudiu um pouco. — Você está tendo um
pesadelo.
Warren olhou para a mulher com que ele pretendia se casar, a mulher
que tinha ficado estranhamente silenciosa e cautelosa. Mas ele não iria retirar
suas palavras. O próprio pensamento de Delia tentando chantagear algum
trapaceiro fez seu sangue gelar. Se ele tivesse alguma ideia de que ela estava
planejando uma coisa tão louca, ele teria lutado mais para impedi-la antes.
— Você está me proibindo de continuar procurando o trapaceiro? — Ela
perguntou com calma enganadora.
Uh-oh.
— Eu estou dizendo que desde que a situação com Camden Hall será
tratada por mim e meus advogados, não há mais nenhuma razão para você
procurar este homem e arriscar sua própria vida para obter dinheiro dele.
— Eu ainda não posso deixá-lo fugir com o que ele fez. Certamente você
entende isso.
Ele sentiu um aperto no peito.
— Por isso é a vingança que você procura. Não apenas dinheiro.
Pendurando seu chapéu na trava da janela, ela se dirigiu para a escada
em espiral.
— Você pode me culpar? Meu irmão morreu porque estava tão
perturbado com o que tinha feito que ele tropeçou fora de uma ponte. Se não
fosse por aquele maldito lorde...
— Eu sei disso — Warren estava perdendo alguma coisa aqui. Por que
ela conectava diretamente a morte de seu irmão com perder todos os fundos
da família? Homens ficavam bêbados e tropeçavam em rios e lagos o tempo
todo. O afogamento poderia ter sido apenas um trágico acidente.
Não que ele seria capaz de convencê-la disso. Ela estava claramente
consumida pela ideia de vingar a morte de seu irmão.
— No entanto, a vingança é mais um daqueles jogos perigosos que
raramente saem da maneira como você planeja.
— Como você sabe? — Ela descartou.
Delia não podia acreditar que estava sentada seminua ao sol e ao vento,
enquanto Warren colocava as mãos sobre todo seu corpo. Ela deveria estar
envergonhada.
Em vez disso ela sentia-se selvagem e ousada e irrefletidamente feliz.
Warren tinha a procurado, logo que ele chegou da cidade. Ele tinha feito o seu
melhor para tranquilizá-la sobre o futuro deles, apesar de agora saber mais
sobre sua família e seus problemas.
E ele prometeu ser fiel a ela. Algo parecido.
Posso prometer seguramente nunca mais passar minhas noites nos
bordéis.
Ela iria fazê-lo cumprir. Mas primeiro...
— Mostre-me como lhe agradar. Eu quero tocar em você, também.
Com um grunhido, ele agarrou a mão dela e curvou-a em torno de sua
excitação agora à mostra. Seus olhos se fecharam conforme um olhar de puro
êxtase varria suas feições.
— Deus, sim, querida. Eu amo ter você acariciando meu pau. Você não
tem ideia...
Ela ouviu os homens falarem de seus paus no Dickson, não sabendo que
eles estavam falando dessa estranha vara de carne.
Fascinada pelo comprimento e rigidez, ela acariciou-o com grande
delicadeza.
— Assim? Eu estou fazendo a coisa certa?
Ela não queria machucá-lo.
— Está tudo bem — Ele respirou — Mas seria melhor se você segurasse...
Com mais firmeza. Mostre-me... Que você não está com medo de mim.
— Eu não estou — Bem, isso não era inteiramente verdade. Ele era muito
maior do que ela esperava. E esse... Esse pau era suposto entrar nela? Senhor.
Mas ela fez o que ele pediu e agarrou-o com mais força. Com um gemido
tenso, ele empurrou na mão dela.
— Assim, sim. Oh Deus, você é perfeita.
***
***
Delia estava tão exausta, ela mal conseguiu aguentar o café da manhã de
casamento. Além de ter tido pouco sono na noite passada, a tensão dos
acontecimentos de hoje minou sua energia. No momento em que ela e Warren
entraram em sua carruagem pouco antes do anoitecer e se dirigiram para
Londres, ela mal conseguia manter os olhos abertos.
Ela tentou, no entanto. Ela realmente tentou.
— O que você achou do serviço? — Ele perguntou conforme ele se
acomodou contra as almofadas em frente a ela.
— Foi lindo. Você não acha?
— Foi um casamento. O que mais há a dizer? — Quando ela olhou para
fora da janela, tentando esconder o quanto essa resposta a desapontou, ele
acrescentou: — Mas você foi uma noiva linda em toda aquela seda e laços.
As palavras, faladas em voz rouca, a acalmou.
— Você também não estava nada mal, meu lorde.
Em um casaco de superfino azul royal com gola de seda preta e calças
pretas, cada centímetro dele parecia o marquês que ele era. Foi um pouco
inquietante perceber que o magnífico indivíduo com os botões de ouro e
alfinete de safira em sua gravata de seda pertencia a ela. Ela mal sabia o que
fazer com tal extravagância.
Ele reconheceu o elogio com um aceno.
— Você deve dizer ao meu valete, entretanto. Ele estava tremendo de
preocupação sobre ter certeza que eu estaria bem.
Claro.
— Eu ainda não conheço esse ilustre homem. Eu começo a pensar que ele
é um fantasma — Seu valete tinha ido na frente à casa da cidade para
desempacotar os pertences de sua senhoria e provavelmente fazer uma criada
desempacotar as dela também.
— Você vai encontrá-lo amanhã. Dei-lhe esta noite de folga. Eu não acho
que eu vou precisar dele para a nossa noite de núpcias.
Warren não conseguia olhar para a esposa, não suportava ver a pena no
rosto dela. Ou pior, desprezo.
Droga Hart, por ter vindo aqui agora. Por contar a ela seu mais
vergonhoso segredo. Por deixá-la saber o louco que ele era.
Pelo menos ela guardou a verdade do irmão dele. Que os pesadelos
ainda o atormentavam. E isso significava que ela estava do lado dele. Que ela
iria defendê-lo mesmo quando ele não confiava nela com seus segredos.
Ele ouviu o sofá estalar quando ela se levantou. E ainda assim ele não
olharia para ela, não poderia olhar para ela.
— Por que você não me contou? — Ela perguntou suavemente.
— Não é algo que eu me orgulhe — Ele disse.
— O que? Se comportando mal quando era menino? Sendo trancado em
um porão?
A incredulidade em sua voz lhe deu uma pausa. Ele drenou seu
conhaque, saboreando a queimação.
— Tendo pesadelos sobre isso nesta idade avançada.
— Você não pode se culpar por isso.
A doce simpatia em sua voz tanto o aqueceu, quanto aterrorizou.
— Eu não posso? Os lordes não devem ter medo do escuro.
— E as jovens não devem ir jogar nos infernos vestidos como homens
também.
— Não é o mesmo.
Ela veio para ficar entre ele e a lareira, obrigando-o a olhar para ela.
— Você quer dizer, porque eu era apenas uma pessoa comum e você é
um marquês.
— Não. Não é o mesmo porque você fez isso para ajudar sua família.
Considerando que tenho pesadelos simplesmente porque tenho medo do
escuro. E do silêncio. E de ficar sozinho no escuro e no silêncio.
Ele soltou tudo de uma vez. No entanto, ela nem sequer recuou.
Delia podia ver pelo rosto de Warren que ele estava tão chocado quanto
ela. Ela gostava de Hart, pelo amor de Deus! E foi ele quem levou Reynold ao
limite? Oh Senhor, como poderia ser ele? O irmão do marido dela, de todas as
pessoas!
— Delia — Disse Warren com voz rouca — Eu juro que eu não sabia.
Isso a empurrou brevemente.
— Claro que você não sabia. Como você poderia? — Enquanto o alívio se
espalhava pelo rosto de Warren, Hart tirou seu braço do aperto de seu irmão
— Sobre o que vocês dois estão tagarelando? Eu nunca enganei ninguém
na minha vida. Bem, além de meus primos. E meus irmãos.
— Você não está ajudando, seu idiota — Warren disse.
Hart olhou para Delia.
— Quem diabos é seu irmão, afinal?
Ela olhou para ele.
— Reynold Trevor — Quando Hart empalideceu, ela sabia com certeza
que ele era o único culpado.
— Você o enganou. Você tirou tudo dele!
Hart ficou de pé.
— Sim, ganhei tudo o que ele apostou. Mas foi apenas para proteger
Niall.
Isso pegou Delia de surpresa.
— Senhor Margrave estava lá?
— Claro que não — Disse Hart —Essa é a questão. Meu primo ainda
estava se escondendo no continente e seu irmão continuava fazendo perguntas
sobre onde ele estava, como encontrá-lo.
Ele lançou a Warren um olhar desesperado.
— Eu percebi que seu irmão queria caçar Niall e levá-lo à justiça por
causa desse duelo maldito.
Delia apenas olhou boquiaberta para ele. Isso foi sobre Lorde Margrave?
Warren parecia tão confuso quanto ela.
Fim.