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DIRETRIZES PARA ESTUDO DE

VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA

Critérios para Seleção e Avaliação de Desempenho de


Projetos de
Parques Tecnológicos

OUTUBRO 2012
PARQUES TECNOLÓGICOS
O QUE SÃO?
− Ambientes de inovação
−Instrumentos para dinamizar economias

POR QUE?
− Transformam conhecimento em inovação com ajuda do setor
privado, gerando riquezas (Steiner, Cassim e Robazzi, 2008)

COMO?
− Próximos a universidades e centros de pesquisa, em regiões pouco
urbanizadas

OUTUBRO 2012
PROPOSTA DO ESTUDO
O QUE?
− Prover critérios para credenciamentos de projetos de Parques
Tecnológicos
− Viabilidade técnica (ciência e tecnologia)
− Viabilidade do empreendimento (urbanístico-imobiliário)
− Viabilidade econômica (da entidade gestora)
− Elencar métricas para avaliação desses projetos

POR QUE?
− Promover projetos economicamente sólidos, financeiramente viáveis e
socialmente benéficos

COMO?
− Avaliar quantitativa e qualitativamente a instituição gestora e seus
projetos

OUTUBRO 2012
FONTES DE
FINANCIAMENTO

OUTUBRO 2012
FONTES DE FINANCIAMENTO

Quais são as partes Qual o envolvimento de


envolvidas no projeto? cada parte?

Quando serão feitos Como cada parte


investimentos? contribuirá?

OUTUBRO 2012
FONTES DE FINANCIAMENTO
1. POSSÍVEIS INSTITUIÇÕES Quais os interesses da
− Prefeituras e Governos Estaduais institução com o projeto?

e Federal
Que instituição contribuirá mais
− Universidades com o projeto?
− Instituições de fomento
Qual o limite da contribuição da
(BNDES, FAPESP, FINEP)
instituição?
− Instituições privadas
Os recursos da instituição
viabilizam o projeto?

OUTUBRO 2012
ESTUDO DE VIABILIDADE
TÉCNICO-ECONÔMICA

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
1. FONTES DE FINANCIAMENTO
− Determinação prévia das instituiçãos envolvidas e respectivas
participações
− Participações e contribuições

− Necessidades adicionais de capital

− Cronograma de investimentos e investidores


− Liderado pela instituição com maior aporte de capital

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
Cálculo do WACC
Utilizando informações da própria entidade gestora

D JCP E
WACC = rd × (1 - t) × + [ rs - × t ] ×
D+E E D+E
E Patrimônio líquido do projeto rd Retorno requerido sobre a dívida
D Dívida aplicada no projeto t Taxa de imposto de renda
rs Retorno requerido sobre o patrimônio JCP Juros sobre o capital próprio
líquido

Modelo pode ser adaptado para organizações públicas

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
1. FONTES DE FINANCIAMENTO
− Faseamento do Projeto

Lei 54.196/09
Fase de Estruturação

Credenciamento Provisório

Fase de Implantação

Fase de Operação Credenciamento Definitivo

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
1. FONTES DE FINANCIAMENTO
− Faseamento do Projeto

“Quais foram meus gastos esforços


financeiros no geral até agora, e quais
Fase de Estruturação serão eles no futuro para que meu
projeto esteja sólido no papel?”

“Quais serão meus custos e


Fase de Implantação investimentos para que meu projeto
saia do papel?”

“Quais serão meus custos e


Fase de Operação investimentos para manter o parque
em funcionamento?”

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
1. FONTES DE FINANCIAMENTO
− Faseamento do Projeto
Fontes de Financiamento e Respectivas Contribuições
Item Custos
Instituição Proponente Governo Parcerias Instituições de Fomento
Elaboração do Projeto Físico
Estruturação

Análise de sua Viabilidade


Fase de

Despesas Jurídicas
Despesas de Divulgação
Outras Despesas
Total da Fase
Área Física do Empreendimento
Fase de Implantação

Projeto Urbanístico-Imobiliário
Mobiliário e Materiais Comuns
Maquinário, Materiais e Mobiliário Específico
Recursos Humanos
Despesas Financeiras
Despesas Tributárias
Despesas Diversas
Total da Fase
Manutenção de Imóveis
Manutenção Mobiliário
Fase de Operação

Projetos de Melhorias
Reposição
Expansões
Esforços de Captação Adicional
Outras Despesas
Total da Fase

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
1. FONTES DE FINANCIAMENTO

− Fontes de Fomento e Captação de Recursos da Entidade Gestora


− Deverá informar sobre projetos já submetidos a agências de fomento e captação de
recurso, com a respectiva situação do projeto

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
2. PROJEÇÕES FINANCEIRAS
− Projeções de Demonstração de Resultado e Fluxo de Caixa da Entidade
Gestora
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO PROJETADO DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA
Receitas totais Resultado Líquido
(-) Custo dos Serviços Prestados (+) Depreciação
(+) Amortização
(-) Despesas Operacionais Resultado Líquido Ajustado
(-) Despesas Financeiras
(-) Despesas Administrativas (+) Entradas das Operações
(-) Saídas das Operações
(-) Despesa de Depreciação
(-) Despesa de Amortização (+) Entradas de Investimentos
(-) Saídas de Investimentos
(-) Tributação
(+) Entradas de Financiamentos
Receita Líquida (-) Saídas de Investimentos
OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
2. PROJEÇÕES FINANCEIRAS
− Fornecimento dos Fluxos de Caixa Livres (Free Cash Flow)*
Ativo Circulante Operacional Earnings Before Interest and Taxes
(-) Passivo Circulante Operacional (-) EBIT × Taxa de Imposto
Capital Circulante Operacional Resultado Líquido Operacional

Capital Circulante Operacional


(+) Ativo Fixo Operacional Resultado Líquido Operacional
Capital Operacional Total (-) Investimento Líquido em Capital Operacional

Capital Operacional Total


(-) Capital Operacional Total (período anterior) FREE CASH FLOW
Investimento Líquido em Capital Operacional

* Fornecer Análise de Sensibilidade do FCF em função de variáveis julgadas relevantes


OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
3. VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
− 3.1 Valor Presente Líquido (VPL)
N Onde
Rt Rt Fluxo de Caixa no ano t
VPL =
Σ (1 + i ) t N
i
Quantidade de anos no projeto
Taxa de desconto, isto é, o WACC do
t =0 projeto.

A B C D E F G H
1 Custo Inicial Fluxos de Caixa anuais, pós IR
2 Ano 0 1 2 3 4 5 6
3 Fluxos (10,000.00) (5,911.34) (9,190.70) (22,523.35) (6,946.09) 723.88 4,833.05
4 Valor Anual (10,000.00) (5,911.34) (9,190.70) (22,523.35) (6,946.09) 73,219.57 4,833.05
5
6 VPL $ 944.537

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
3. VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
− Fornecer também a Curva de Perfil do VPL, isto é, diferentes valores do
VPL em função das variações no WACC
VPL
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
-
(10.000)
(20.000)
-10% 0% 10% 20% 30% 40%
WACC
OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
3. VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
− 3.2 Taxa Interna de Retorno (TIR)
− Calculada a partir das projeções de fluxos de caixa, é a taxa que iguala o valor
dos fluxos de caixa futuros ao valor do investimento inicial

− Valores maiores que o WACC são boas aplicações de recursos

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
3. VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
− 3.3 Payback Descontado
− Momento no qual o Break Even Point é atingido, isto é, quando os custos do
projeto são completamente cobertos

− Fluxos de caixa futuros são trazidos ao valor presente pelo WACC

− Subtrai-se esses fluxos ao investimento inicial até ter o retorno total do


investimento

− Leva em conta o valor do dinheiro no tempo

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
3. VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
− 3.4 Análise de Cenários
− Construção de um modelo que considera mudanças em variáveis

− Geração de simulações e seus efeitos no VPL

− Gráficos da Distribuição de Retornos

− Definição de um Intervalo de Confiança desejável

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
3. VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
− 3.4 Análise de Monte Carlo (exemplo)
Variáveis exógenas
DEMANDA MINÉRIO DE FERRO

Variáveis endógenas

CUSTOS CUSTOS
RECEITA
VARIÁVEIS FIXOS

VALOR PRESENTE LÍQUIDO


-2σ 0 +2σ
OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
3. VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
− 3.5 Planejamento de Custos
− Enunciar todos os custos do Parque Tecnológico, não apenas os respectivos à
instituição candidata a gestores (acrescidos de uma margem de segurança)

− 3.6 Impactos sobre Vetores de Desenvolvimento da Região


− Estimar o aprimoramento dos vetores de desenvolvimento que o projeto trará
para região

OUTUBRO 2012
VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA
3. VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
− 3.7 Outros benefícios
− Estimação dos empregos a serem criados, em conjunto com a aptidão
técnica da mão-de-obra local

− Previsão da geração de renda para sociedade

− Projeção do aumento do poder de compra

− Outros benefícios específicos do projeto

− Projetos associados com investimentos no projeto

OUTUBRO 2012
SÍNTESE
DAS DIRETRIZES

OUTUBRO 2012
SÍNTESE DAS DIRETRIZES

VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA

Financiamento Definição dos participantes e cronograma


Faseamento e Credenciamento
Custo do capital (WACC)
Projeções Projeções financeiras
Free Cash Flow
Viabilidade Indicadores de resultado financeiro
Impactos econômicos sobre a região
Benefícios específicos

OUTUBRO 2012
CHECKLIST
DO PROJETO

OUTUBRO 2012
CHECKLIST DO PROJETO
O QUE É?
− Forma de avaliar o cumprimento de cada uma das etapas
pela instituição propoente

POR QUE?
− Comparar e classificar os projetos apresentados para
otimizar a alocação de recursos

COMO?
− Atribuição de notas a todos os critérios e composição de uma
nota geral

OUTUBRO 2012
CHECKLIST DO PROJETO
QUAL É O RESULTADO?
− Quatro possíveis níveis de qualidade/completude:

Pontuação Conclusão
Entre 3,600 e 4,000 pontos O projeto deve ser aceito
Entre 3,000 e 3,599 pontos O projeto pode melhorar
Entre 2,200 e 2,999 pontos O projeto precisa melhorar
Menos de 2,200 pontos O projeto não é adequado

OUTUBRO 2012
OBRIGADO

felipe.zambaldi@fgv.br

OUTUBRO 2012

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